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Sumário
Tuberculose
i. Definição
ii. Epidemiologia
iii. Transmissão
iv. Diagnóstico
v. Classificação
vi. Tratamento
vii. Interacção fármaco-nutriente
viii. Tratamento nutricional
5. Doenças infecciosas 2
i. Definição
5. Doenças infecciosas 3
i. Definição
5. Doenças infecciosas 4
i. Definição
5. Doenças infecciosas 5
i. Definição
5. Doenças infecciosas 6
ii. Epidemiologia
5. Doenças infecciosas 7
ii. Epidemiologia
Estima-se que 1,1 milhão (13%) dos 8,6 milhões de pessoas que
desenvolveram TB em 2012 eram HIV-positivos. Cerca de 75% desses
casos foram na Região Africana.
Somente a Índia e China foram responsáveis por 26% e 12% dos casos,
respectivamente.
Moçambique faz parte do grupo dos 22 Países com o maior peso de TB.
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iii. Transmissão
5. Doenças infecciosas 11
iii. Transmissão
5. Doenças infecciosas 12
iii. Transmissão
5. Doenças infecciosas 13
iv. Diagnóstico
Diagnóstico clínico
Os sintomas respiratórios suspeitos de TB pulmonar (TBP) são: tosse com
duração de 2 ou mais semanas, expectoração, hemoptises (expulsão
sanguínea através da tosse), dor toráxica e dispneia.
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iv. Diagnóstico
5. Doenças infecciosas 15
iv. Diagnóstico
Diagnóstico laboratorial
- Exame directo (baciloscopia)
Perante um doente com estas manifestações é obrigatória a realização de
2 baciloscopias da expectoração realizadas em 2 dias:
- a primeira amostra colhida no momento da 1ª consulta (amostra imediata)
- a segunda na manhã seguinte, em casa ao acordar (amostra matinal).
- Cultura
A cultura da expectoração dá-nos o diagnóstico de certeza de um caso de
TB.
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iv. Diagnóstico
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iv. Diagnóstico
Diagnóstico radiológico
Infelizmente, não há nenhuma imagem radiológica característica da TB
pulmonar.
A história clínica cuidada e em especial o exame bacteriológico da
expectoração são as bases para um diagnóstico correcto.
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iv. Diagnóstico
- Nos casos que tenham feito um tratamento anterior, não é possível pelo
RXT diferenciar as recaídas das sequelas.
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iv. Diagnóstico
Ponto Prático:
A grande maioria dos doentes (> 90%) com uma TB cavitária tem BK+.
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v. Classificação
5. Doenças infecciosas 23
v. Classificação
Determinantes
Localização da doença
- TB Pulmonar (TBP)
- Extrapulmonar (TBE) (referir sempre o local)
- Disseminada em 2 ou mais localizações (excluindo a TB pulmonar +
pleural)
Bacteriologia
- Exame directo da expectoração (BK+ ou BK-)
- Cultura da expectoração (C+ ou C-)
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v. Classificação
5. Doenças infecciosas 25
v. Classificação
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v. Classificação
Tuberculose Extrapulmonar:
- Uma amostra, de uma localização extrapulmonar, (+) à cultura para
Mycobacterium tuberculose ou com baciloscopia positiva para BAAR OU
- Histologia / forte evidência clínica consistente com tuberculose
extrapulmonar activa e
- Confirmação laboratorial de infecção com o HIV OU
- Forte evidência clínica de infecção com o HIV e
- Decisão de um clínico de iniciar tratamento completo antituberculose.
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v. Classificação
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v. Classificação
Gravidade da doença
Os doentes devem ser divididos em 2 grandes grupos: doentes graves e
em ambulatório.
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v. Classificação
Caso novo: doente que nunca fez tratamento a TB ou que fez tratamento < 1 mês
Recaída: doente que fez tratamento anterior completo e volta a ter baciloscopia/cultura
positiva
Falência: doente caso novo com baciloscopia positiva ao 5º ou 6º meses de tratamento
anti-tuberculose
Retratamento após abandono: doente que interrompeu o tratamento por 2 meses e inicia
regime de retratamento
Recorrente: tratamento anterior completo; BK e C negativas mas quadro clínico muito
sugestivo de TB activa (mais frequente nas PVHS).
Crónico: doente com baciloscopia positiva no final do regime de retratamento.
Transferido: doente transferido de um distrito (onde foi notificado) para outro para continuar
o tratamento.
TB Multidrogas-resistente (MDR): doente com bacilos resistentes a pelo menos H
(isoniazida) e R (rifampicina)
TB Extremamente resistente (XDR): doente com bacilos resistentes a H+R+ 1 Injectável
(Km/Cm/Am) (ex: estreptomicina) + 1 fluoroquinolona
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vi. Tratamento
Objectivos
- Curar o doente com TB.
- Prevenir a morte por TB activa ou suas sequelas.
- Prevenir as recaídas/falências/recorrências.
- Diminuir a transmissão da doença na comunidade.
- Evitar a progressão da infecção com o HIV.
- Prevenir o desenvolvimento da resistência adquirida aos medicamentos
- Prevenir as sequelas de TB.
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vi. Tratamento
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vii. Interacção fármaco-nutriente
Evitar álcool.
- a absorção da isoniazida é reduzida pela presença de alimentos deve
ser administrado 1h antes ou 2h após as refeições.
- a isoniazida diminui a quantidade de piridoxina (vitamina B6) e interfere no
metabolismo da vitamina D, o qual, por sua vez, pode diminuir a absorção
de cálcio e fósforo os doentes necessitam de maior ingestão de
vitamina B6 e D e de minerais, a partir de alimentos ou de suplementos.
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vii. Interacção fármaco-nutriente
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viii. Tratamento nutricional
Nutrição e prevenção
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viii. Tratamento nutricional
Reabilitação nutricional
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viii. Tratamento nutricional
Reabilitação nutricional
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viii. Tratamento nutricional
Ingestão reduzida:
- restrição hídrica
- dispneia (dificuldade na respiração)
- redução da saturação de oxigénio durante a alimentação
- anorexia resultante de doença crónica
- distúrbios gastrointestinais e vómitos
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viii. Tratamento nutricional
Limitações adicionais:
- dificuldade em preparar alimentos devido à fadiga
- falta de recursos financeiros
- prejuízo na capacidade de se alimentar (para crianças e lactentes)
- metabolismo alterado
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viii. Tratamento nutricional
Terapia nutricional
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viii. Tratamento nutricional
A perda de peso entre as pessoas com TB pode ser causada por vários
factores, incluindo:
- redução da ingestão de alimentos devido à perda de apetite, náuseas e
dor abdominal;
- perdas de nutrientes por vómitos e diarreia e
- alterações metabólicas causadas pela doença.
O baixo IMC (< 18,5 kg/m2) e falta de aumento de peso com o tratamento
adequado da tuberculose estão associados com um risco aumentado de
morte e recidiva da tuberculose e pode ser uma indicação de gravidade da
tuberculose, má resposta ao tratamento e/ou a presença de outras
comorbidades.
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viii. Tratamento nutricional
Sinais e sintomas com relevância nutricional:
desnutrição, perda de peso, sudorese nocturna, fadiga, dispneia e
hemoptise (expectoração com sangue pela tosse).
Terapia nutricional:
- as avaliações e intervenções nutricionais são focadas mas alterações
causadas pela doença de base ou pela condição social.
- indivíduos com infecções crónicas e aqueles que realizam trabalho
manual com elevado esforço físico podem necessitar de maior ingestão
energética.
- geralmente o doentes com tuberculose requerem uma ingestão
aumentada de energia e líquidos, excepto se contraindicado.
- promover o acesso a alimentos e também a suplementos orais com
elevado teor de energia e de proteína é uma opção clínica menos
dispendiosa e mais praticável.
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viii. Tratamento nutricional
Avaliação e aconselhamento
- Todos os indivíduos com tuberculose activa devem receber
a) uma avaliação do seu estado nutricional e
b) aconselhamento apropriado com base no seu estado nutricional, no
momento do diagnóstico e durante o tratamento.
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viii. Tratamento nutricional
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viii. Tratamento nutricional
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viii. Tratamento nutricional
Suplementação de micronutrientes
- um suplemento diário de múltiplos micronutrientes deve ser fornecido
em situações em que os alimentos fortificados ou complementares que
devem ser fornecidos de acordo com o padrão de tratamento de
desnutrição moderada não estão disponíveis.
- todas as mulheres grávidas com tuberculose activa devem receber
vários suplementos de micronutrientes que contenham ferro e ácido fólico e
outras vitaminas e minerais de acordo com a preparação de múltiplos
micronutrientes das Nações Unidas para complementar as necessidades
de micronutrientes maternos.
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viii. Tratamento nutricional
Suplementação de micronutrientes
- para as mulheres grávidas com TB activa em locais onde a ingestão de
cálcio é baixa, a suplementação de cálcio como parte dos cuidados pré-
natais é recomendado para a prevenção de pré-eclâmpsia, principalmente
entre as mulheres grávidas que correm maior risco de desenvolver
hipertensão, de acordo com as recomendações da OMS.
- a todas as mulheres lactantes com tuberculose activa deve ser fornecido
suplemento com ferro e ácido fólico e outras vitaminas e minerais de
acordo com a preparação de múltiplos micronutrientes das Nações Unidas,
para complementar as necessidades de micronutrientes maternos.
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viii. Tratamento nutricional
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viii. Tratamento nutricional
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viii. Tratamento nutricional
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viii. Tratamento nutricional
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