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Tuberculose

Manual de Recomendação para o


Controle da TB no Brasil
Prof. Ms. Silvana Feliciano
2022
História da tuberculose...doença de mais
de 20.000 anos
É tão antiga quanto a
humanidade!

A tuberculose (TB), antiga


enfermidade descrita como tísica,
foi conhecida, no século XIX, como
peste branca, ao dizimar centenas
de milhares de pessoas em todo o Múmia egípcia
mundo.

Slideshow.COVISA.maio09
História da tuberculose ..... doença de
aglomerações

Europeus trouxeram
muitas doenças durante
as colonizações

Muitas mortes durante as


guerras ocorreram não
apenas pela violência, mas
por causa das doenças
infecto - contagiosas
Slideshow.COVISA.maio9
Período da Revolução Industrial

Aglomerações / Multidões

Slide show.COVISA.novembro.2011
O PROBLEMA DA TUBERCULOSE
TUBERCULOSE

NO MUNDO
•A tuberculose continua sendo uma das doenças infecciosas
mais mortais do mundo.
•Todos os dias no mundo, mais de 4 mil pessoas morrem de
tuberculose e cerca de 30 mil adoecem com esta doença
evitável e curável.
•Nas Américas, todos os dias morrem mais de 70 pessoas e
cerca de 800 adoecem dessa doença.
 

•Dados do último Relatório Mundial da Tuberculose 2019, da


Organização Mundial da Saúde (OMS), indicam que a
tuberculose é a doença infecciosa que mais mata jovens e
adultos, ultrapassando o HIV/AIDS.
OPAS, 2022
O PROBLEMA DA TUBERCULOSE
NO MUNDO
•Cerda de 10 milhões de casos de TB no Mundo, em 2020.
•Estima-se que, em 2020, havia 18,3 mil crianças com TB
nas Américas, metade delas com menos de cinco anos de
idade.
•No Brasil, em 2020, foram notificados aproximadamente 69
mil casos novos e 4,5 mil mortes em decorrência da doença.
•Até 2019, a doença era a primeira causa de óbito por um
único agente infeccioso, tendo sido, desde 2020,
ultrapassada pela covid-19.
OPAS, 2022
TUBERCULOSE NO MUNDO E NO
BRASIL

•Em 2021, foram registrados 68.271 casos novos de


tuberculose.
•Em 2020, foram registrados 68.939 casos novos.
•No ano de 2020, ocorreram 4.543 mortes por TB.
•Em 2019, foram registrados 4.532 mortes por TB.

Nos anos de 2020 e 2021 foi observada queda acentuada


na incidência de TB, em comparação aos anos anteriores.
O PROBLEMA DA TUBERCULOSE
NO BRASIL
•O Brasil está entre os 30 países de alta carga para TB e TB-HIV
considerados prioritários pela OMS para o controle da doença no
mundo.
•Em 2019, foram notificados cerca de 4,5 mil óbitos pela doença,
com um coeficiente de mortalidade de 2,2 óbitos por 100 mil
habitantes.
•Em 2020, o Brasil registrou 66.819 casos novos de TB; com um
coeficiente de incidência de 31,6 casos por 100 mil habitantes.
•Cerca de 1,5 milhão de pessoas morreram de
tuberculose em 2020 (incluindo 214 mil entre pessoas que vivem
com HIV).
•A OMS considera o Brasil pais prioritário para o controle da TB.
Dia Mundial da Tuberculose 2022 –
Invista no fim da TB. Salve vidas
• O tema do Dia Mundial da Tuberculose 2022 – Invista no fim
da TB. Salve vidas – lembra a necessidade urgente de
investir recursos para intensificar o combate à doença e
cumprir os compromissos assumidos pelos líderes
mundiais.
• Isso é especialmente crítico no contexto da pandemia de
COVID-19, que colocou em risco o progresso da Estratégia
“Fim da TB” e para garantir o acesso equitativo à prevenção e
aos cuidados de acordo com o esforço da OMS para
alcançar a cobertura universal de saúde.
• Mais investimentos salvarão milhões de vidas, promovendo
  assim o fim da epidemia de tuberculose.

OPAS, 2022
TUBERCULOSE
O que é a Tuberculose ?
• A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa
causada por uma bactéria, visível apenas ao
microscópio, chamada bacilo de Koch (BK)
Em geral a Tuberculose
acomete os pulmões Mas pode atingir
qualquer parte do
corpo:
Pleura,
meninges,
gânglios,
rins, bexiga,
fígado,intestino,
pele e ossos
TRANSMISSÃO
• A transmissão é feita pelo ar.
Quando o doente fala, tosse ou
espirra, elimina bactérias/bacilos
para o ar em forma de gotículas.

• Quem transmite ?
Somente pessoas doentes com tuberculose pulmonar ou laríngea
transmitem a doença. A TB acomete, prioritariamente, o pulmão
que também é a porta de entrada da maioria dos casos.

Doentes que não transmitem:


• a maioria das crianças ( até os 10 anos)
• formas extra-pulmonares(rins, gânglios, ossos)
• doentes em tratamento regular e efetivo
TRANSMISSÃO

DOENTE CONTATO
BACILÍFERO
Mecanismo de Defesa

Bacilos
Sintomas - A tuberculose pulmonar pode
causar:

 tosse com  falta de apetite


ou sem escarro  perda de peso
 cansaço

 febre baixa, geralmente  Em alguns casos


à tarde; hemoptise(sangramento
das vias respiratórias)
 suor noturno
 dor no peito
Como se faz o diagnóstico ?
Por meio do exame do
escarro(baciloscopia).
Deverão ser colhidas
2 amostras, em dias
consecutivos.

1ª AMOSTRA

2ª AMOSTRA
Diagnóstico

Diagnóstico
Cultura Raio X Clínico Necropsia
1 – Clinico - Epidemiológico
1.1 TB Pulmonar
TB pulmonar primária (+ criança)
TB pulmonar pós primária ou secundária
TB miliar – forma grave (criança), Hiv soro (-) e soro (+)

1.2 - TB extra pulmonar


TB pleural
TB ganglionar periférica
TB meningoencefálica
TB pericárdica
TB óssea (crianças e pessoas entre a 4ª e 5ª década de vida)
2 – Diagnóstico Bacteriológico
2.1 – Baciloscopia Direta - detecta de 60 a 80% casos de TB
pulmonar.
2.2- Teste Rápido Molecular para Tuberculose- TRM-TB
está indicado, prioritariamente, para o diagnóstico de
tuberculose pulmonar e laríngea em adultos e adolescentes.
2.3 – Cultura para Micobactéria, Identificação e Teste de
Sensibilidade
A cultura é um método de elevada especificidade e
sensibilidade no diagnóstico da TB.
Nos casos pulmonares com baciloscopia negativa, a cultura do
escarro pode aumentar em até 30% o diagnóstico
bacteriológico da doença.
3 – Diagnóstico Radiológico

3.1 – Deve ser solicitado a todos com suspeita de TB


pulmonar.
3.2 – 15% dos pacientes não apresentam alterações
radiológicas.
4 – Prova tuberculínica
4.1 – Criança – método coadjuvante para diagnóstico.
4.2 – Consiste na inoculação intradérmica de um derivado protéico
purificado do M. tuberculosis para medir a resposta imune celular a
esses antígenos.
No Brasil, a tuberculina utilizada é o PPD-RT 23 (do alemão, Renset
Tuberkulin), aplicada por via intradérmica, no terço médio da face
anterior do antebraço E, na dose de 0,1ml, que contém 2 unidades
de tuberculina (2UT)
4.3- A solução da tuberculina deve ser conservada em temperatura
entre 2°C e 8°C não deve ser exposta à luz solar direta.
4.3 – A leitura deve ser realizada 48 a 72 horas após a aplicação, medido
em régua milimetrada transparente.
4.4 – Interpretação depende de critério epidemiológico, risco de
adoecimento, tamanho do endurado e idade.

A prova tuberculínica reativa, isoladamente, indica apenas a presença


de infecção e não é suficiente para o diagnóstico da tuberculose doença.
5 – Diagnostico - Histopatológico

5.1 Empregado em formas:


extrapulmonares,
miliar (um grande número de bactérias se desloca pela
corrente sanguínea e se dissemina pelo corpo ) e
indivíduos imunossuprimidos

O exame histopatológico consiste na análise microscópica dos


tecidos para a detecção de possíveis lesões existentes, com a
finalidade de informar ao clínico a natureza, a gravidade, a extensão, a
evolução e a intensidade das lesões, além de sugerir ou até mesmo
confirmar a causa da afecção.
Vulnerabilidade
Qualquer pessoa pode ter contato com o bacilo e adoecer.

Depende principalmente da resistência do organismo.

Mas a tuberculose está mais associada às condições sociais


em que as pessoas vivem e trabalham.
Tuberculose: Doença social

Condições sociais
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rad ,
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Co alim con
cei
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Há populações mais vulneráveis que a população em
geral, que são um grande desafio para o Programa de
Controle da Tuberculose:

 População indígena: 4 vezes


 Pessoas vivendo com HIV: 30 vezes
 População privada de liberdade: 40 vezes
 População em situação de rua: 60 vezes 

Fonte: M.Saúde, outubro.2008


No Brasil, assim como em outros países que possuem condições de vida
semelhantes, alguns grupos populacionais têm maior vulnerabilidade para
a TB. O Quadro abaixo ilustra essas populações e os seus respectivos riscos
de adoecimento, em comparação com a população em geral.

POPULAÇÕES VULNERÁVEIS RISCO DE ADOECIMENTO


POR TB
Pessoas vivendo em situação de rua (PSR) (*) 56 X MAIOR

Pessoas vivendo com HIV (PVHIV) (**) 28 X MAIOR

Pessoas privadas de liberdade (PPL) (**) 28 X MAIOR

Indígenas 3 X MAIOR

Fonte: CGPNCT/SVS/MS.
(*) Dados do Sistema de Notificação e Acompanhamento dos Casos de Tuberculose – TB-WEB/SP e Prefeitura Municipal da São
Paulo. Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. Censo da população em situação de rua na municipalidade de
São Paulo, 2015. São Paulo, 2015.
(**) Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan, avaliados março de 2017.
Fonte: M.Saúde, outubro.2008
Tratamento Diretamente Observado
TDO
É a observação diária da tomada da medicação
É observar o doente engolir o medicamento

A boa adesão é parte essencial para a cura da


tuberculose.
Tratamento Diretamente Observado (TDO) para
população em situação de rua (PSR)

Unidade Básica
de Saúde UNIDADES DE
INTERNAÇÃO PARA
DEPENDÊNCIA QUÍMICA CENTROS DE Tratamento
ACOLHIDA Supervisionado
(Albergue) no domicílio (RUA)

Tratamento Supervisionado
no domicílio (HOTÉIS SOCIAIS)
Tipos de TDO
 Domiciliar
 Nos serviços de Saúde
 Compartilhado- - Em Instituições de Longa
permanência (tais como prisões e unidades de internação
para menores cumprindo medidas socioeducativas) e de
permanência temporária (tais como albergues, asilos ou
comunidades terapêuticas).
 O TDO deve ser realizado por profissionais de saúde ou por
outros profissionais capacitados desde que supervisionados
por profissionais de saúde. É importante que essas
instituições estejam vinculadas ao serviço de saúde de sua
região/território.
Tratamento Diretamente Observado TDO

POR QUÊ realizar o Tratamento


Supervisionado?
• AUMENTAR A CURA;
• DIMINUIR O ABANDONO;
• DIMINUIR A RESISTÊNCIA AOS MEDICAMENTOS;
• ESTABELECER VÍNCULOS ENTRE O PACIENTE E
SERVIÇO DE SAÚDE;
• AUMENTAR A AUTO-ESTIMA DO PACIENTE.

Coletivo:
•Prevenir novas infecções
•Evitar o custo social
Tratamento Diretamente Observado TDO

INCENTIVOS aos pacientes:

•Passe de ônibus
•Cesta básica

•Lanches
Possíveis efeitos colaterais do tratamento
(mais comuns)
 Urina avermelhada
 Enjoo
Calma pai!
 Dor nas juntas Esses enjôos
 Dores no corpo vão passar!

 Queimação no estômago
 Tonteira
 Diminuição do efeito das
pílulas anticoncepcionais

Slideshow.COVISA.maio09
ESQUEMA BÁSICO PARA O TRATAMENTO DA TB EM ADULTO E
ADOLESCENTES (≥10 ANOS DE IDADE)
ESQUEMA FAIXAS DE UNIDADE/DOSE DURAÇÃO
PESO
RHZE 20 a 35 kg 2 compirmidos

150/75/400/275mg 36 a 50 kg 3 compirmidos 2 meses

(comprimidos em doses 51 a 70 kg 4 compirmidos (fase intensiva)


fixas combinadas)

Acima de 70 kg 5 comprimidos

RH 20 a 35 kg 1 comp 300/150 mg ou
2 comp 150/75 mg

300/150 mg (*) 36 a 50 kg 1 comp 300/150 mg + 1 comp de 4 meses


ou 150 /75 mg 150/75 mg
ou 3 comp 150/75 mg
(comprimidos em doses 51 a 70 kg 2 comp 300/150 mg ou (fase de
fixas combinadas) 4 comp 150/75 mg manutenção)

Acima de 70 kg 2 comp 300/150 mg + 1 comp de


150/75 mg ou 5 comp 150/75 mg

R- Rifampicina, H- Isoniazida, Z- Pirazinamina, E- Etambutol


* A apresentação 300/150 mg em comprimido deverá ser adotada assim que disponível.
Tratamento da Infecção Latente pelo
M. tuberculosis (ILTB)

 Pessoas infectadas pelo M. tuberculosis que não


apresentam TB ativa são identificadas como portadores
da Infecção Latente pelo M. tuberculoisis (ILTB ).
 O tratamento da ILTB é uma importante estratégia para
prevenção do adoecimento em populações com risco de
desenvolver a doença, tais como contatos de casos de
TB pulmonar bacilífera, pessoas vivendo com HIV e
demais situações com comprometimento da imunidade,
entre outras.
Tratamento da Infecção Latente pelo
M. tuberculosis (ILTB)

 Até 2021, mais de 76 mil pessoas em tratamento da


Infeccção Latente por Mycobacterium tuberculosis
(ILTB) estavam notificadas.
 53,3% das pessoas em tratamento da ILTB eram
contatos de pessoas com TB;
 Das pessoas que iniciaram o tratamento da ILTB
63,1% foram encerrados como tratamento completo.

Tratar a ILTB pode reduzir em até 90% o risco de desenvolvimento de


TB ativa.
Como prevenir e controlar:

• Diagnóstico Precoce (Busca Ativa);


• Tratamento e cura (TDO);
• Vacina de BCG-ID;

• Quimioprofilaxia
É uma atividade de saúde
pública que tem como objetivo
identificar precocemente as
pessoas que estão
transmitindo a tuberculose.
BUSCA ATIVA

 1% da população: sintomático respiratório.


 Destes: 4% BK (+)
TIPO DE BUSCA ATIVA
 BUSCA NOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Realizada nos locais onde existe maior afluência de usuários, tais
como, salas de espera, filas, farmácia, acolhimento, na porta da
UBS, etc.

 BUSCA EM GRUPOS DE ALTO RISCO


Comunicantes
Prisões.
Instituição de Longa Permanência para Idosos – ILPI (Asilos).
Hospitais Psiquiátricos.
Casas de Apoio (AIDS).
Centros de Acolhida (Albergues).
Fundação casa.

 BUSCA NAS FAMÍLIAS


BUSCA ATIVA NAS COOPERATIVAS E CENTRO DE
CONVIVÊNICIA
BUSCA ATIVA NOS CENTROS DE
CONVIVÊNCIAS/RUA
ATIVIDADES
1. Identificar o sintomático respiratório por
meio de interrogatório:
 indivíduo com tosse há mais de 3 semanas (UBS).
 Indivíduo com tosse há mais de 2 semanas
(instituições de risco).

2. Orientar o procedimento da coleta de escarro;

3. Coletar o escarro;

4. Preencher o pedido de baciloscopias;

5. Fornecer os dados do paciente para preenchimento


do livro de sintomático respiratório.
Avaliação dos contatos
• A avaliação consiste na realização de anamnese, exame físico e exames
complementares nos contatos, de acordo com a presença ou ausência de
sintomas.
Contato maior ou igual a 10 anos de idade

consulta

assistomático sintomático

Prova tuberculúnica (PT) Investigar TB


Exluida TB ativa

PT < 5 mm PT ≤ 5 mm
Continuar TB ativa
investigação
Repetir em 8 Rx de tórax
semanas
Tratar TB

OBS continua no
próximo slide
Avaliação dos contatos
Repetir em 8 Rx de tórax
semanas

Sem com normal alterado


conversão conversão

Alta com Rx de tórax Tratar Continuar


orientação ILTB investigação

normal alterado

Tratar Continuar
ILTB investigação
EXAME DE BACILOSCOPIA
e
TÉCNICA DA COLETA
Baciloscopia
• Sintomático Respiratório – 2 0u 3 semanas.
• Baciloscopia método Ziehl Neelsen.
• Cultura – baciloscopia negativa, extrapulmonar, HIV/Tb,
retratamento, risco acrescido ( situação de rua, detento,
profissionais de saúde ).
Amostra
•1ª amostra. Orientações.
•2ª amostra. Pontos importantes:
hidratação; local; técnica: 5 a 10ml, jejum, bochecho com água,
técnica de Huffing ( TEF ).

Casos especiais
•Lavado gástrico- Jejum, crianças e 2 amostras em dias consecutivos.
•Fluídos- LCR, pericárdio, ascítico, pleural, sinovial, aspirado ganglionar e
medula óssea.
•Sangue. Fragmentos de tecidos. Amostras contaminadas (urina e
secreções em geral).
INSTRUMENTAIS
Preenchido na UBS
Pedido de Baciloscopia Pedido de Cultura
2 cópias 1 cópia
FRENTE
VERSO
FRENTE
VERSO
Abandono do tratamento
Em geral, o paciente melhora dos sintomas logo nas primeiras
semanas.
Mas isso não significa que ele já esteja curado.

Se o tratamento for interrompido antes do tempo:


 O paciente volta a transmitir a tuberculose;
 Os bacilos que não morreram são os mais resistentes aos
medicamentos, e, são esses bacilos mais “fortes“ que vão se
reproduzir.
A cura é bem mais difícil e será necessário mudar os
medicamentos e aumentar o tempo do tratamento.
Abandono do tratamento
Principais motivos:
 A pessoa esquece de tomar os remédios;
 Acha que já está boa antes da hora;
 Acha que é remédio demais;
 Acha que é muito tempo de tratamento;
 Não agüenta as reações adversas do remédio;
 Não tem dinheiro para ir ao médico;
 A pessoa que bebe acha que vai passar mal;
 Não foi bem orientada sobre os riscos de parar o tratamento
 Fluxo inadequado das transferências.
Acolhimento
Quando se descobre a doença, as pessoas
que convivem com o doente já foram expostas
ao risco de se infectar e adoecer.
( Estas pessoas devem ser contatadas imediatamente/Busca
Ativa).

Então, não adianta nada isolar a pessoa doente.

Pelo contrário, isso diminui as chances dela enfrentar a situação


e vencer a doença. Nessa fase, alguns cuidados são necessários:

 Procure saber se o doente está se tratando corretamente;


 Procure o profissional de saúde para pedir orientação, sempre que
precisar.
O preconceito e a discriminação
fazem muito mal
Por medo e desinformação
quanto à doença, as
pessoas evitam o contato e
isolam a pessoa doente.

Quem precisa ser evitado é


o bacilo,
e não quem está doente!
Cada pessoa que faz o
tratamento
até o final contribui para
quebrar
a corrente de transmissão
da doença.
O paciente pode ter vida normal?

Não há necessidade de:

• Restrições alimentares;
• Separação de utensílios;
• Desinfecção de lençóis, roupas;
• Deixar de trabalhar;
• Evitar contato sexual;
• Isolamento social
Controle Ambiental (áreas de risco)

Princípio básico: VENTILAÇÃO


Ventilação: não há necessidade de
exageros...

... mas quanto maior, menor o risco de


infecção!
Controle Ambiental

OBJETIVOS:

 Remoção/diluição das partículas

 Contenção das partículas (isolamento respiratório)


Alguns exemplos de locais arejados
Biossegurança – Ambientes saudáveis

Sanatório Vicentina Aranha Sanatório Maria Imaculada


Campos do Jordão São José dos Campos
Biossegurança – Ambientes saudáveis

Instituto Clemente Ferreira


(referência em TB em SP)
Biossegurança – Ambientes saudáveis

Áreas de convívio comum


Biossegurança – Ambientes saudáveis

Áreas de convívio
comum
Biossegurança – Ambientes saudáveis
Recomendações Universais de Saúde

Alimentação Higiene

Vacinas e
controles
Exercícios e lazer
Pr
ec
on
Programa de Controle da ce
Tuberculose i to
ÉTICA
•Busca Ativa

• Identificar suspeitos

•Orientar a coleta de escarro

Di ltu
A •Assistir a tomada da medicação

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Cu
M
IG

en s
• Acompanhar todo o tratamento
ST

ça
E • Orientar a família e comunidade

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Respire Aliviado
Agora você já sabe como
enfrentar a tuberculose
Referências

• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.


Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual
de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil /
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2019.
• https://www.paho.org/pt/campanhas/dia-mundial-da-tuberculose-
2022#:~:text=24%20de%20mar%C3%A7o%20de%202022&text=A
%20tuberculose%20continua%20sendo%20uma,de
%20800%20adoecem%20dessa%20doen%C3%A7a.
• https://www.youtube.com/watch?v=5h2UtkaCEOo

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