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Escola “Prof.

Jairo Grossi”
CURSOS TÉCNICOS

DOENÇAS
TRAnSMISSÍVEIS

JULIANA BATISTA MEIRELES


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Escola “Prof. Jairo Grossi”
CURSOS TÉCNICOS

MENINGITE

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Muitos agentes, após penetrar no organismo principalmente
através das vias respiratórias, alojam-se na orofaringe. Por um
mecanismo ainda não suficientemente compreendido, esses
agentes, após a colonização, podem penetrar na célula e através da
corrente sanguínea, atingir as estruturas do SNC, estabelecendo-se
no espaço subaracnóideo, encontrando no líquor, meio adequado
para o desenvolvimento e proliferação. Como reação do organismo
a essa invasão, ocorre um processo inflamatório do espaço e
membranas, também conhecidas como meningite.
Portanto, resumidamente, meningite é a inflamação das
meninges.
DEFINIÇÃO
A meningite é uma inflamação das meninges, que são as
três membranas que envolvem o cérebro e protegem o
encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema
nervoso central.

Em princípio, pessoas de qualquer idade podem contrair


meningite, mas as crianças menores de 5 anos são mais
atingidas.
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AGENTE ETIOLÓGICO

As meningites são geralmente causadas por vírus,


bactérias ou outros microrganismos, como fungos
e parasitas, embora também possa ter etiologia não
infecciosa. A maioria dos casos é devida à infecção
bacteriana ou viral, sendo as demais causas menos
frequentes.

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TRANSMISSÃO
Meningites bacterianas: Os principais agentes bacterianos causadores de
meningite são:
• Neisseria meningitidis (meningococo), Streptococcus pneumoniae (pneumococo),
Mycobacterium tuberculosis, Haemophilus influenzae.

Meningites Virais : São representadas principalmente pelos Enterovírus.

Meningites fúngicas : O tipo mais comum de meningite fúngica é causada por


Cryptococcus neoformans.

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TRANSMISSÃO
 A transmissão dos agentes bacterianos é de pessoa a pessoa, através das
vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo
necessidade de contato íntimo (residentes da mesma casa, dormitório coletivo
ou alojamento) ou contato direto com as secreções respiratórias do
paciente. Nestes casos, o período de Incubação em geral, é de 2 a 10 dias, em
média de 3 a 4 dias. No caso de doenças meningocócicas, a transmissibilidade
persiste até que o meningococo desapareça da nasofaringe. Em geral, isso
ocorre após 24 horas de antibioticoterapia.

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A transmissão da meningite viral: Nas infecções por enterovírus
predomina a via fecal-oral, podendo ocorrer também por via respiratória.
No caso dos enterovírus, podem ser eliminados nas fezes por diversas
semanas e pelas vias aéreas superiores por períodos que variam de 10 a
15 dias

 A transmissão da meningite fúngicas: Geralmente ocorre devido à


inalação das formas leveduriformes do ambiente.
SINAIS E SINTOMAS
 Os sintomas da meningite ocorrem devido à uma inflamação das meninges,
cujas membranas envolvem o encéfalo e a medula espinhal. O quadro clínico
da meningite é grave e caracteriza-se por febre, dor de cabeça intensa,
náusea, vômito, rigidez de nuca( que impossibilitam abaixar o queixo até o
peito ),abaulamento de fontanela( em crianças) , prostração e confusão mental,
e convulsões. Em alguns casos também são vistas manchas pelo corpo.

As principais complicações das meningites bacterianas são: perda da


audição, distúrbio de linguagem, retardo mental, anormalidade motora e
distúrbios visuais.

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SINAIS E SINTOMAS

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DIAGNÓSTICO
 O diagnóstico da meningite é feito através da observação
clínica dos sintomas da doença e confirmado por meio de um
exame chamado punção lombar, que consiste na retirada de
uma pequena quantidade de líquor do canal vertebral.

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DIAGNÓSTICO

Punção lombar para retirada de líquor ( líquido cefalorraquidiano )

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DIAGNÓSTICO
Os principais exames para o esclarecimento diagnóstico de casos suspeitos de
meningite são:
• Exame quimiocitológico do líquor(permite a contagem e o diferencial das células;
e as dosagens de glicose e proteínas do LCR.)
• Bacterioscopia direta :líquor

• Cultura : líquor, sangue ;

• Aglutinação pelo látex (líquor e soro).

• Reação em cadeia da polimerase em tempo real (PCR ) do líquor e soro.

• Sorologia (pesquisa de anticorpos )- Soro.

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DIAGNÓSTICO

https://www.youtube.com/watch?v=Zwmmqeg1HCI

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TRATAMENTO

 Meningite bacteriana : A antibioticoterapia deve ser instituída o mais


precocemente possível, de preferência, logo após a punção lombar e a coleta
de sangue para hemocultura. O uso de antibiótico deve ser associado a outros
tipos de tratamento de suporte, como reposição de líquidos e cuidadosa
assistência. Os antibióticos mais utilizados são :
• Crianças :Penicilina, Ampicilina, Ceftriaxona
• Adultos : Ceftriaxona

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TRATAMENTO

Meningite viral : O tratamento antiviral específico não tem sido


amplamente utilizado. Em geral, utiliza-se o tratamento de suporte,
com avaliação criteriosa e acompanhamento clínico.

Tratamentos específicos somente estão preconizados para a


meningite herpética (A meningite herpética afeta indivíduos que têm
o vírus da herpes e que estão com o sistema imune enfraquecido ),
nesses casos usa-se o antiviral aciclovir endovenoso.

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QUIMIOPROFILAXIA
Realizada somente em casos de meningites bacterianas(casos de doença
meningocócica e meningite por Haemophilus influenzae. )

O antibiótico de escolha para a quimioproaxia é a rifampicina, que deve ser


administrada em dose adequada e simultaneamente a todos os contatos
próximos, preferencialmente até 48 horas da exposição à fonte de infecção
(doente).

Porque? Geralmente o agente bacteriano aloja-se na região orofaríngea de um


portador assintomático. A quimioprofilaxia então, consiste em evitar que novas
pessoas se contaminem. Ela não evita que o individuo adoeça. Por isso a
restrição a contatos íntimos. Então ela serve basicamente para a prevenção de
casos secundários erradicando a bactéria da orofaríngea tanto do portador são
quanto do doente.
QUIMIOPROFILAXIA
Quando? Como o agente tem um período de encubação de 2 a 10 dias,
preconiza-se a quimioprofilaxia neste período. 48hr após o início dos
primeiros sintomas, até 10 dias.

Onde/ quem? Contatos íntimos, geralmente domiciliares (comem e


dormem no mesmo ambiente que o doente). Monitorar por 10 dias
todos os indivíduos que tiveram contato com caso índice.
PREVENÇÃO
A principal forma de prevenir a meningite é por meio da vacinação. O SUS disponibiliza as seguintes
vacinas:

• Vacina meningocócica conjugada C que previne de doenças causadas pela bactéria Neisseria
meningitidis do grupo C – conforme Calendário Vacinal do SUS para crianças com 3, 5 e 12 meses,
também para os adolescentes de 11 a 14 anos, 11 meses e 19 dias como reforço ou dose única.

• Vacina BCG está indicada para o recém-nascido, na qual previne as formas mais graves da
tuberculose, dentre elas meningite tuberculosa e tuberculose miliar.

• Vacina Pentavalente (Difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae b e Hepatite B) que no caso
da meningite previne contra a infecção causada pela bactéria Haemophilus influenzae b, disponível no
SUS para crianças de 2, 4 e 6 meses.

• Vacina Pneumocócica 23 valente (para população acima de 60 anos). A Pneumocócica 10 valente


(para crianças com 2, 4 e 12 meses) - previnem doenças causadas pelo Streptococcus pneumoniae.
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PREVENÇÃO
Higiene pessoal, vestuário, alimentos, utensílios
domésticos...
Boa alimentação;
Manter ambientes sempre limpos e ventilados;
Evitar aglomerados de pessoas.
Vacinação.
VIGILÂNCIA , PREVENÇÃO E CONTROLE

Objetivos do Programa de Vigilância Epidemiológica: Prevenção e


Controle da Doença Meningocócica e Outras Meningites.

Atenção oportuna e adequada aos pacientes.


 Acompanhamento do comportamento epidemiológico.
Controle de surtos e epidemias.
Monitorização dos agentes etiológicos.
VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE
Procedimentos:
Notificação : Caso suspeito: todo paciente com sinais e sintomas de
meningite :febre, cefaleia intensa, vômitos, rigidez de nuca/abaulamento
de fontanela.

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VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE

Investigação clínico-laboratorial :
 bacterioscopia de líquor;
 isolamento em cultura (LCR; sangue);
 detecção do antígeno (CIE, Látex, PCR);

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VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE
Manejo adequado do caso:
 Suporte clínico – emergência clínica; internação obrigatória.
 Colher material – diagnóstico (bacteriologia e biologia molecular), antes de
instituir a antibioticoterapia.
 Isolar por apenas 24 h após a administração de tratamento adequado.
 Na DM(doença meningocócica) - quimioprofilaxia na alta, com rifampicina
Investigação epidemiológica na comunidade:
 Coabitantes domiciliares, creches, colegas de sala ou alojamento, pessoas
que tiveram contacto com secreção nos últimos 10 dias antes do início dos
sintomas do caso índice, profissionais de saúde que tiveram contato desprotegido
com secreções do caso índice.
 Vacinas contra DM

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