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UC 5- PRESTAR CUIDADOS DE

ENFERMAGEM DE HIGIENE,
CONFORTO E
MONITORAMENTO DAS
CONDIÇÕES CLÍNICAS.
INFECÇÃO HOSPITALAR
https://www.youtube.com/watch?v=ahzcg6dy5MM
INFECÇÃO HOSPITALAR- IRAS
(INFECÇÃO RELACIONADA À ASSITÊNCIA À SAÚDE)
INFECÇÃO HOSPITALAR

Toda infecção adquirida durante a internação hospitalar, após 48 a 72

horas (desde que não incubada previamente à internação) ou então

relacionada a algum procedimento realizado no hospital (por exemplo,

cirurgias), podendo manifestar-se inclusive após a alta.


INFECÇÃO HOSPITALAR

Atualmente, o termo infecção hospitalar tem sido substituído por


Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS).
Essa mudança abrange não só a infecção adquirida no hospital, mas
também aquela relacionada a procedimentos feitos em ambulatório, durante
cuidados domiciliares e à infecção ocupacional adquirida por profissionais de
saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros).
INFECÇÃO CRUZADA

É a infecção ocasionada pela transmissão de um microrganismo de um


paciente para outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou um instrumento
contaminado.
INFECÇÃO HOSPITALAR

FATORES DE RISCO:
• Estar internado e tempo de internação.
• Combinação de três fatores: condição clínica do paciente, virulência do
microrganismo e fatores relacionados à internação (procedimentos invasivos,
condições do ambiente, atuação do profissional de saúde).
• Falta de Vigilância epidemiológica;
• Uso de antimicrobianos inadequadamente;
• Método de proteção anti-infecciosa ineficazes;
INFECÇÃO HOSPITALAR

• Não uso de EPIs;


• Falha no processo de esterilização;
• Falha no preparo das medicações parenterais.
• Extremos de idade;
• Diabetes Mellitus;
• Doenças cardiovasculares;
• Alterações da consciência;
INFECÇÃO HOSPITALAR
• Estados de imunossupressão;
• Procedimentos que exijam procedimentos invasivos (SVD, Inserção de Cateter
Venoso Central, ventilação mecânica);
• Cirurgias que comprometam a integridade da pele.
IMPACTO - INFECÇÃO HOSPITALAR

• Aumento dos gastos e da duração da internação;


• Aumento da morbi- mortalidade;
• Estresse Emocional.
• Microrganismos resistentes;
• Paciente é o maior prejudicado.
INFECÇÃO HOSPITALAR
INFECÇÃO HOSPITALAR
CCIH – COMISSÃO DE
CONTROLE DE INFECÇÃO
HOSPITALAR
CCIH – O QUE É

As Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) foram instituídas


por lei a partir de 1998 pelo Ministério da Saúde, juntamente com a criação
do Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) que consiste em um
conjunto de ações desenvolvidas com vistas a reduzir ao máximo possível a
incidência e a gravidade das infecções hospitalares.
Cabe à CCIH a execução das ações do PCIH, sendo esta comissão um órgão
de assessoria à autoridade máxima da instituição, e a ela diretamente subordinada.
A CCIH é composta por profissionais da área de saúde, de nível superior,
formalmente designados e nomeados pela Direção do hospital.
CCIH – O QUE É

Os componentes representam os seguintes serviços: médico, enfermagem,


farmácia, laboratório de microbiologia e administração. Em instituições com
número igual ou menor que 70 leitos, a CCIH pode ser composta apenas por 01
(um) médico e 01 (um) enfermeiro.
Os membros executores representam o Serviço de Controle de Infecção
Hospitalar (SCIH) e são eles os responsáveis diretos pela execução das ações do
PCIH.
CCIH – FUNÇÃO
• Planejar;
• Elaborar;
• Implementar;
• Manter;
• Avaliar o Programa de Controle de Infecção Hospitalar.
• Conjunto de ações desenvolvidas com o objetivo de reduzir ao máximo
possível a incidência das infecções hospitalares.
• CCIH deve ser adequada às características e necessidades do
Estabelecimento de Assistência à Saúde – EAS.
CCIH – AÇÕES

• Realização da vigilância epidemiológica para detecção de casos de


infecção hospitalar, seguindo critérios de diagnósticos previamente
estabelecidos, a fim de entender sua ocorrência e planejar ações de
melhoria em conjunto com a direção hospitalar e equipe assistencial;
CCIH – AÇÕES

• Elaboração de diretrizes para a prevenção das infecções relacionadas à


assistência à saúde, que devem sem incorporadas nas normas e rotinas de
atendimento ao paciente e serviços de apoio, com o objetivo de diminuir
os riscos de ocorrência de uma infecção relacionada à assistência à saúde.
Colaboração no treinamento de todos os profissionais da saúde no que se
refere à prevenção e controle das infecções hospitalares;
CCIH – AÇÕES

• Elaboração de orientações para prescrição adequada de


antibióticos e implantação de ações que contribuam para o
controle de seu uso, evitando que os mesmos sejam prescritos
de maneira indevida;
CCIH – AÇÕES

• Estabelecimento de recomendações quanto às medidas de precaução e


isolamento para pacientes com doenças transmissíveis ou portadores de
bactérias resistentes a antibióticos, a fim de reduzir o risco de
transmissão desses agentes entre pacientes ou profissionais de saúde;
CCIH – AÇÕES

• Oferecer apoio técnico à administração hospitalar para a


aquisição correta de materiais e equipamentos e para o
planejamento adequado da área física dos estabelecimentos de
saúde.
INFECÇÃO HOSPITALAR – PREVENÇÃO

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS!!!!

• Lavagem das mãos com água e sabão;


• Fricção com Álcool 70%;

OBS: O uso de solução alcoólica não substitui a lavagem das mãos.


INFECÇÃO HOSPITALAR – PREVENÇÃO

• Plano terapêutico otimizado e orientado para garantir a brevidade do


período de internação na medida do que for possível;

• Indicação e manutenção criteriosa da utilização de procedimentos


invasivos (sondas, drenos, cateteres, cirurgias);

• Nutrição adequada do paciente;


INFECÇÃO HOSPITALAR – PREVENÇÃO

• Controle da doença de base;

• Redução das medicações imunossupressoras na medida do possível;

• Atenção para técnicas adequadas de inserção e manutenção de


dispositivos invasivos;

• Adequada higienização do ambiente hospitalar.


INFECÇÃO HOSPITALAR – CUIDADO COM VISITAS
FAMILIARES
• O visitante deve sempre higienizar as suas mãos na chegada ao hospital,
antes e após tocar o paciente ou superfícies próximas ao seu redor e ao sair
do hospital;

• Não é recomendado que o visitante leve alimentos para o paciente sem a


autorização e conhecimento prévio do médico e/ou da nutricionista, sob o
risco de prejudicar o tratamento do mesmo.
INFECÇÃO HOSPITALAR – CUIDADO COM VISITAS
FAMILIARES

• Também evite levar flores e/ou plantas para o quarto do paciente


(disseminação de insetos como formigas e aranhas no ambiente
hospitalar. Ainda, as plantas podem trazer a presença de esporos fúngicos
que, se inalados pelos pacientes imunossuprimidos, podem causar uma
doença pulmonar grave, com risco inclusive de óbito);
INFECÇÃO HOSPITALAR – CUIDADO COM VISITAS
FAMILIARES

• Preferencialmente não levar crianças para realizar visitas no hospital.


Como as crianças ainda se encontram em período de imunização
contra doenças transmissíveis, elas podem mais facilmente tanto
transmitir quanto adquirir infecções dentro do ambiente hospitalar.
INFECÇÃO HOSPITALAR – CUIDADO COM VISITAS
FAMILIARES
• Não sentar na cama do paciente, nem em camas vagas ao lado do paciente.
Essa é uma atitude que demonstra educação e respeito ao próximo paciente
que irá ocupar o leito.

• Se houver alguma placa ou orientação na porta do quarto, procure por algum


profissional de saúde responsável pelo paciente antes de entrar. Dessa forma,
você receberá informações úteis que irão auxiliá-lo durante a permanência no
hospital, podendo cooperar para o controle das infecções.
SUPERBACTÉRIAS

As chamadas “super bactérias” na verdade são bactérias já conhecidas,


presentes normalmente no corpo humano (por exemplo, intestino e pele),
porém que se tornaram resistentes aos antibióticos hoje disponíveis,
principalmente devido à pressão seletiva exercida pelo uso abusivo de
antibióticos em todos os cenários (dentro e fora do hospital).
No ambiente hospitalar, são chamadas de bactérias multirresistentes.
SUPERBACTÉRIAS

Quando um paciente adquire uma


infecção por uma bactéria multirresistente, as
opções terapêuticas para o seu tratamento são
menores e a chance de adequada recuperação
fica prejudicada.
Em muitos casos, se faz necessária a
utilização de antibióticos ou combinações
menos usuais para o seu tratamento.
A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

O termo higienização das mãos (HM) engloba a higiene simples, a


higiene antisséptica e a antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das
mãos.
A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Como Fazer a Fricção Antisséptica das mãos com preparações


alcoólicas?

Duração de todo o procedimento: 20 a 30 seg:


Friccione as mãos com Preparações Alcoólicas!
LAVAGEM DAS MÃOS

OBJETIVO:

• Retirar sujidade, suor, oleosidade, células descamativas e microrganismos da superfície


das mãos, antes e após qualquer procedimento.

FINALIDADE:

• Prevenção e redução de infecção.


LAVAGEM DAS MÃOS
Descrição do Procedimento:

1. Ficar diante da pia de forma ergonomicamente correta, mantendo as mãos e o uniforme longe
da sua superfície.
2. Acionar a água e umedecer mãos e punhos completamente sob a água corrente.
3. Aplicar, na palma da mão, quantidade suficiente de sabonete líquido (3 ml a 5 ml).
4. Ensaboar as palmas das mãos friccionando-as entre si.
5. Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos.
6. Esfregar a palma da mão esquerda contra o dorso da mão direita, entrelaçando os dedos.
LAVAGEM DAS MÃOS

7. Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais e vice-versa.


8. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta e vice-versa, segurando
os dedos com movimento de vai e vem.
9. Esfregar o polegar direito com o auxílio da palma da mão esquerda e vice-versa, utilizando
sempre movimentos circulares.
10.Friccionar as pontas dos dedos (polpas digitais) e unhas (sempre curtas) da mão esquerda
contra a mão direita fechada em concha e vice-versa, fazendo movimentos circulares.
11.Esfregar o punho esquerdo com o auxílio da palma da mão direita, em movimentos circulares
e vice-versa.
12.Enxaguar abundantemente as mãos e os punhos, retirando todo resíduo do sabonete líquido,
no sentido dos dedos da mão para os punhos.
LAVAGEM DAS MÃOS

13. Secar as mãos completamente, dos dedos aos punhos e os antebraços, com papel toalha, em
sentido único.
14. desligar a água com o uso do papel caso não seja acionamento por sensor.
15. Descartar o papel toalha em recipiente adequado (Lixo Comum) com tampa de acionamento
por pedal.
16. Após higienizar as mãos com sabonete líquido, repita a operação, passo a passo, utilizando
álcool em gel.
OBSERVAÇÕES:
• Mantenha as mãos e os punhos mais altos do que os cotovelos durante a lavagem das mãos.
• Evite tocar as torneiras com as mãos.
• Se as mãos tocarem na pia durante a lavagem, deve-se repetir toda a operação.
DEGERMAÇÃO DAS MÃOS
DEGERMAÇÃO DAS MÃOS

OBJETIVO:
• Eliminar a microbiota transitória da pele e diminuir a microbiota residente
antes do procedimento cirúrgico.

FINALIDADE:
• Prevenção e redução de infecção.
DEGERMAÇÃO DAS MÃOS
Descrição do Procedimento:

1. Retirar os adornos (anéis, pulseiras, relógios, etc.).


2. Ficar diante da pia de forma ergonomicamente correta, mantendo as mãos e o uniforme longe da superfície.
3. Acionar a água, umedecer as mãos, os antebraços e os cotovelos.
4. Pressionar a escova com antisséptico sobre as mãos, os antebraços e os cotovelos ou colocar antisséptico sobre
essas partes.
5. Passar a escova sobre as unhas para limpá-las.
6. Escovar entre os dedos e, em seguida, o dorso e a palma das mãos, os antebraços e os cotovelos por cerca de 3 a
5 minutos.
7. Utilizar a lado rígido da escova, escovar as unhas e, com a parte macia, friccionar as esponjas no dedo, mãos e
antebraços, nesta ordem, sem retorno, por cinco minutos.
DEGERMAÇÃO DAS MÃOS
Descrição do Procedimento:

8. Manter as mãos voltadas para cima.


9. Enxaguar em água corrente, deixando as mãos e os antebraços acima do nível dos
cotovelos.
10.Secar com compressas estéreis, que devem vir dobradas em quatro partes, enxugando-se
primeiro uma das mãos e, com o outro lado da compressa, a outra mão.
11.Acionar a lixeira com pedal e descartar a compressa.
12.Aplicar solução alcóolica sobre as mãos e os antebraços, friccionar e aguardar secar.
13.Finalizar a paramentação cirúrgica.
DEGERMAÇÃO DAS MÃOS
Bruna Chiaradia Cantelmo Rennó
Instrutora de Formação
bruna.renno@mg.senac.br

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