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Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos-UNITPAC

Doença Arterial DAOP


Obstrutiva periférica
ESTUDO DE CASOS CLÍNICOS INTERDISCIPLINARES
Doença Arterial DAOP
Obstrutiva periférica
CONCEITO

A Doença Arterial Obstrutiva Periférica


(DAOP) tem por definição o acometimento da
aorta e de seus ramos (NETO; DO
NASCIMENTO, 2007).
Doença Arterial
Obstrutiva periférica

SINAIS E SINTOMAS
Os principais sinais e sintomas são:
Dor;
Redução de temperatura cutânea;
Ausência ou diminuição dos pulsos do
membro acometido;
Cianose;
Hipoperfusão;
Alterações tróficas ;
Claudicação intermitente.

(PEREIRA et al, 2008)


Doença Arterial COMPLICAÇÕES
Obstrutiva periférica A DAOP constitui um marcador
importante para as complicações
cardiovasculares e cerebrovasculares
como:
FATORES DE RISCO Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Inclui : Principalmente em indivíduos com
Diabetes Melitus outras comorbidades associadas como
Tabagismo hipertensão arterial sistêmica (HAS),
Dislipidemia dislipidemia, diabetes melitos (DM) e
Hereditariedade tabagismo levando ao desenvolvimento
generalizado e progressivo de placas
Hipertensão Arterial ateroscleróticas. Sendo que o DM e
(DE FREITAS et al, 2022) tabagismo são considerados fatores de
risco mais importantes pois
contribuiem cerca de três a quatro
vezes mais para o desenvolvimento da
DAOP .
(SANTOS, 2022)
Doença Arterial
Obstrutiva periférica EXAME FÍSICO
INSPEÇÃO
Membro acometido uma pele fina, seca e
descamativa, com presença de rachaduras e
DIAGNÓSTICO calosidades; unhas quebradiças e rarefação de
pelos; palidez; presença ou não de úlceras;
necroses ou gangrenas.
A realização do diagnóstico da DAOP
baseia-se principalmente na anamnese PALPAÇÃO
Presença de extremidades com temperatura
e no exame físico. diminuída em relação com a temperatura
corporal ou a temperatura da região
m
proximal; pulsos arteriais diminuídos ou
EXAMES COMPLEMENTARES ausentes; presença de frêmitos. Além de fazer
o teste de enchimento capilar.
Os principais exames realizados são o AUSCULTA
ITB(índice Tornozelo-Braquial), Sopro sistólico na região onde existe
Ecografia- Doppler, arteriografia e a frêmito, característico de estenose. Realizar
também a ausculta das artérias femorais.
oximetria percutânea.
Doença Arterial
Obstrutiva periférica

PREVENÇÃO
As recomendações do American College os
Cardiology para dieta no que tange prevenção de
doenças cardiovasculares englobam: (ARNETT et
al., 2019)

Alimentação enfatizando ingesta de vegetais,


frutas, legumes, grãos (oleaginosas) e peixes.
Troca de gorduras saturadas com lipídios
insaturados.
Reduzir quantidade de colesterol e sódio na
dieta.
Reduzir ingesta de alimentos processados,
carboidratos refinados e bebidas adoçadas.
Evitar gorduras trans.(EILAT-ADAR et al.,
2013)
Doença Arterial
Obstrutiva periférica
TRATAMENTO
O tratamento clínico está relacionado ao:
Controle da hipertensão;
Redução do colesterol;
Realização de atividades físicas,
Parada do consumo do tabaco e
Pacientes diabéticos devem ser seguidos
pelos médicos , e quando possível, por equipe
multidisciplinar na prevenção e tratamento
do pé diabético.
Já o tratamento cirúrgico está mais relacionado
a desobstrução do fluxo sanguínea arterial
CASO CLÍNICO

Doença Arterial Obstrutiva periférica


Paciente M.M.S.S , sexo feminino, parda, viúva , natural de
Araguaína-TO, 79 anos de idade, pensionista, ensino
fundamental incompleto, hipertensa ,tabagista, nega
etilismo. Foi a unidade de saúde Centro de Reabilitação
de Araguaína-TO em 2018 encaminhada do Hospital
Regional de Araguaína , com diagnóstico de DAOP evoluído
a amputação transfemoral em dorso do pé direito no dia
03/11/2017. Compareceu lúcida, orientada, comunicativa
e deambulando com auxílio de cadeira de rodas. Paciente
reside em casa própria de tijolo com 6 cômodos, banheiro
dentro de casa, água encanada , com rede de esgoto, possui
rede elétrica, não possui meio de transporte. Faz uso de
cadeira de rodas para deambular e para suas necessidades
humanas básicas. Nega doença familiar. Apresenta
normotensa PA: 130x90 mmHg, normocárdica P: 96 bpm,
queixa dificuldade de locomoção, expressa dor fantama,
expressa fragilidade emocional devido precisar de
auxílio de cadeira de rodas, faz uso de medicamento
nifedipino . Atividades de vida diária: parcialmente
independente no banho, vestuário e sanitário; e
CASO CLÍNICO independente na alimentação, transferência e mobilidade.
Diurese e evacuações presentes sem alterações SIC da
paciente . Não refere queixas a alergias medicamentosas.
PROBLEMA DE ENFERMAGEM
Cadeira de rodas Fragilidade emocional
Queixa dificuldade de locomoção Tabagista
Dor fantama

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Deambulação prejudicada relacionada à alteração de
1 humor, dor, falta de condicionamento físico
evidenciado por capacidade prejudicada de andar
uma distância necessária.
Dor aguda relacionado à agente lesivo evidenciado
2 por expressão facial de dor.

3
Perfusão tissular periférica ineficaz relacionado ao tabagismo
evidenciado por claudicação intermitente, alteração em
característica da pele .

4 Conforto prejudicado relacionado à desconforto com a situação.


PROTEGENDO O COTO APÓS AMPUTAÇÃO
Protegido : ligadura elástica ou com meias de compressão
adequadas ao tamanho do coto.
Para aplicar corretamente a ligadura elástica e enfaixar o
coto, deve-se:
1. Colocar a faixa, começando pelo local mais distante do coto e
terminar em cima do coto;
2. Passar a faixa como se estivesse desenhando um 8 , não dando
voltas circulares à volta do coto;
ASSITA: 3. Não apertar muito para não comprometer a circulação do
sangue, nem deixar muito largo, senão não faz efeito.
As ligaduras de compressão ajudam a diminuir o inchaço do
coto e, devem ser ajustadas sempre que estão frouxas, sendo
normal, pôr a ligadura até 4 vezes ao dia.

HIGIENIZAÇÃO da ligadura :lavar à mão com água


morna e sabão neutro, evitando o uso de produtos
químicos, torcer ou secar na máquina, por exemplo.
INTERVENÇÃO DE
CUIDADOS GERAIS COM O COTO AMPUTADO ENFERMAGEM
Orientar a higienização ;
Explicar como realizar a proteção do coto;
Orientar que o coto sempre em posição funcional;
Estimular exercitar o coto, fazendo pequenos movimentos
todos os dias várias vezes ao dia para manter uma boa
circulação;
Orientar não deixar o coto pendurado fora da cama ou
cruzado sob as pernas, nem por objetos pesados sob o coto;
Orientar tomar banhos de sol, para receber vitamina D e
fortalecer o osso e a pele do coto;
Orientar evitar pancadas e ferimentos para não
prejudicar a cicatrização do coto;
Estimular ingesta hídrica ajuda a manter as células da
pele e dos tecidos hidratadas e saudáveis, facilitando a
cicatrização e prevenindo infeções;
Orientar alimentação rica em alimentos cicatrizantes,
como comer brócolis, morango ou gerna de ovo, por
exemplo.
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM
CUIDADOS COM A CADEIRA DE RODAS
ORIENTAR NA TRANSFERÊNCIA DA CADEIRA PARA CAMA
• Posicionar a cadeira próxima à cama. Elas devem ter a mesma altura.
• Travar a cadeira , remover o braço da cadeira e elevar o apoio dos braços/pernas;
• Posicionar a tábua apoiada seguramente entre a cama e a cadeira
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM
CUIDADOS COM A CADEIRA DE RODAS
ORIENTAR PARA SEGURANÇA COM CADEIRA

Observar o caminho. Evite desníveis, buracos,


degraus etc.;
Pedir ajuda para subir e descer escadas;
Posicionar a cadeira de rodas de frente para a
rampa, quando for para subir, e de ré, quando
for para descer;
Observar a inclinação da rampa antes de subir
ou descer;
Retirar os tapetes e outros obstáculos do chão.

ADAPTAÇÃO

Influenciar em seus aspectos físicos, afetivos


e sociais.
Encaminhar apoio ao psicólogo;
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM
TABAGISTA

Orientar reduzir o número de cigarros.


Para isso, é só contar o número de
cigarros fumados por dia e passar a fumar
um número menor a cada dia até parar;
Explicar os riscos e complicações para o
fumante, juntamente com as substâncias
inseridas.
Orientar tomar água, mascar chicletes
diet, praticar atividades físicas, comer
frutas e legumes são algumas formas de
combater a vontade de fumar

Sendo que o DM e tabagismo são considerados fatores de


risco mais importantes pois contribuiem cerca de três a
quatro vezes mais para o desenvolvimento da DAOP .
Doença Arterial
Obstrutiva periférica
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
PEREIRA, Danielle Aparecida Gomes et al. Avaliação e tratamento fisioterápico na doença arterial obstrutiva
periférica de membro superior: um estudo de caso. Jornal Vascular Brasileiro, v. 7, p. 72-75, 2008.
NETO, Silvestre Savino; DO NASCIMENTO, José Luis Martins. Doença arterial obstrutiva periférica: novas
perspectivas de fatores de risco. Revista Paraense de Medicina, v. 21, n. 2, p. 35-39, 2007.
ARNETT, Donna K. et al. 2019 ACC/AHA Guideline on the Primary Prevention of Cardiovascular Disease: Executive
Summary: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical
Practice Guidelines. [s.l: s.n.]. v. 140 DOI: 10.1161/CIR.0000000000000677.
EILAT-ADAR, Sigal; SINAI, Tali; YOSEFY, Chaim; HENKIN, Yaakov. Nutritional recommendations for cardiovascular
disease prevention. [s.l: s.n.]. v. 5 DOI: 10.3390/nu5093646.
PINTO, Daniel Mendes; MANDIL, Ari. Claudicação intermitente: do tratamento clínico ao intervencionista. Rev.
Bras. Cardiol. Inv, v. 13, n. 4, p. 261-9, 2005.
NETO, Silvestre Savino; DO NASCIMENTO, José Luis Martins. Doença arterial obstrutiva periférica: novas
perspectivas de fatores de risco. Revista Paraense de Medicina, v. 21, n. 2, p. 35-39, 2007.
DOENÇA, IMPACTO DA. Doença arterial obstrutiva periférica no paciente diabético: avaliação e conduta.
Doença Arterial
Obstrutiva periférica
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Sociedade Brasileira de Angiocirurgia e Cirurgia Vascular-SBACV. DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA OBSTRUTIVA DE
MEMBROS INFERIORES DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Universitário Walter Cândido da Universidade Federal do Ceara-
Doença Arterial Obstrutiva Periférica.
ALEXANDRE, Neusa Maria Costa; ROGANTE, Maria Marilene. Movimentação e transferência de pacientes: aspectos
posturais e ergonômicos. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 34, p. 165-173, 2000.
CHARLO, Patrícia Bossolani et al. Estratégias para a cessação do tabagismo na atenção primária à saúde: Revisão
integrativa da literatura. Saúde Coletiva (Barueri), v. 12, n. 80, p. 11330-11347, 2022.
COSTA, Jacqueline Denubila. Cuidadores informais de usuários de cadeira de rodas: identificando perfis e
compreendendo o impacto biomecânico da atividade de transferência. 2022. Tese de Doutorado. Universidade de
São Paulo.

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