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Noções Básicas de

Primeiros Socorros

Esp. Leonardo H. M. de Carvalho

ftleonardocarvalho@gmail.com
Conceito:
 Primeiros Socorros são os cuidados imediatos
prestado a uma pessoa com o propósito de manter as
funções vitais e evitar o agravamento do seu quadro,
até a chegada do serviço avançado.
Porque aprender Primeiros
Socorros?
 Porque acidentes são corriqueiros.
 Muitas vezes é decisivo para o futuro da vítima.
Elementos comuns em
qualquer acidente
 Vítima;
 Socorrista;
 Curiosos.
Ligar para as
emergências:
 192 – SAMU;
 193 – Bombeiros.
Formas de acionamentos:
 ONDE?
 O QUE?
 QUANTAS PESSOAS ESTÃO FERIDAS?
 QUE TIPO DE FERIMENTO?
 AGUARDE INSTRUÇÕES!
Perfil de um Socorrista:
 Ter espírito de liderança;
 Bom censo, compreensão, tolerância e paciência;
 Saber promover e executar suas ações com
segurança;
 Reconhecer suas limitações;
 Criatividade.
Função do Socorrista:
 Mantenha a calma;
 Afaste os curiosos;
 Faça uma barreira com seu carro;
 Chame a emergência;
 Utilizar luvas e máscaras.
Passos a serem seguidos
numa emergência:
 Observação;
 Proteção;
 Sinalização;
 Isolamento;
 Localização.
Avaliação Primária
 Objetivo: Identificar situações que comprometam ou
venham comprometer a vida da vítima nos instantes e
após o acidente, no menor tempo possível.
Avaliação Primária
 Posição adequada do socorrista?
 Avaliar responsividade:
- Repousar as mãos nos ombros da vítima, efetuando
leves toques.
Avaliação Primária
 Se responsiva e necessitando de ajuda?
- Continuar a realizar a avaliação primária e
secundária;
- Avaliação neurológica.
Avaliação Primária
 Se não responsiva?
- coloca-se a vítima em decúbito dorsal, para checar
as vias aéreas.
 Método ABCDE
 “A”- Airways (Vias aéreas com controle da cervical).
Avaliação Primária
 Como checar as vias aéreas?
- Elevação da mandíbula (Jaw Thrust);
- Dedos cruzados.
Jaw Thrust
Avaliação Primária
 “B” – Breathing (Respiração).
 Se respirar?
- Continuar na avaliação da vítima;
- Se vítima de trauma, coloca colar cervical!
 Se não respirar?
- Realizar 2 ventilações e checar pulso central.
 Se o paciente respirar?
- Prevenir hipotermia e transportar
monitorando sinais vitais.
Avaliação Primária
 “C” – Circulation (Circulação com controle de
hemorragias).
- Avaliar pulso; perfusão periférica; coloração da pele;
temperatura; e umidade da pele.
Avaliação Primária
 Como verificar o pulso?
- Verificar inicialmente o pulso radial.
- Vítima inconsciente, avaliar pulso carotídeo.
Avaliação Primária
 Como avaliar a perfusão periférica?
- É realizada uma pressão na base da unha ou nos
lábios da vítima.
Avaliação Primária
 Coloração, temperatura e umidade da pele.
- Cianose e palidez são sinais de comprometimento de
oxigenação e perfusão dos tecidos.
- Pele fria e úmida indica choque hipovolêmico.
Avaliação Primária
 “D” – Desability (Estado neurológico).
- Objetivo: avaliar a gravidade e a estabilidade do
quadro da vítima.
- Nível de consciência (AVDI) e o exame das pupilas.
- “A” – Vítima acordada com resposta adequada ao
ambiente;
- “V” – Vítima adormecida. Os olhos se abrem
mediante a um estímulo verbal.
- “D” – Vítima com olhos fechados, abrindo após ser
realizado um estímulo doloroso.
- “I” – Vítima não reage a qualquer estímulo.
Avaliação Primária
 Exame das pupilas:
- Pupilas Isocóricas: Quando possuem contornos
regulares e são do mesmo diâmetro e reagem a luz.
- Pupilas Anisocóricas: São assimétricas.
Avaliação Primária
 Pupilas Isocóricas:
- Pupilas contraídas – miose
- Drogas (lícitas ou ilícitas);
- Envenenamentos;
- Intoxicação exógena.
- Pupilas dilatadas – midríase
- Hipóxia severa ou anóxia;
- Drogas
Avaliação Primária

 Exame das pupilas


Avaliação Secundária
 Objetivo: Identificar lesões que, no primeiro momento,
não comprometem a vida do acidentado mas, se não
forem adequadamente tratadas, poderão
comprometer-la nas horas seguintes.
Avaliação Secundária
 Escala de coma de Glasgow;
 Quantificação dos sinais vitais:
- FC, FR e PA.
 Exame céfalo-caudal.
Avaliação Secundária
 Escala de coma de Glasgow:
- É utilizada para avaliar o nível de consciência da
vítima em intervalos freqüentes e para sua
comparação a achados prévios.
- São atribuídos valores numéricos as seguintes
respostas da vítima:

1) Abertura ocular;
2) Melhor resposta verbal;
3) Melhor resposta motora.
Avaliação Secundária
 Abertura ocular:
- abrem espontaneamente – olhos abertos com
movimentos normais ( 4 pontos);
- Abrem sob estímulo verbal – olhos fechados que se
abrem mediante estímulo verbal ( 3 pontos);
- Abrem sob estímulo doloroso – olhos fechados que
se abrem mediante a um estímulo doloroso ( 2
pontos);
- Não abrem os olhos ( 1 ponto).
Avaliação Secundária
 Resposta verbal:
- Orientado, consciente – Consegue descrever quem é ( 5
pontos);
- Conversação confusa – Responde as perguntas mas não sabe
descrever, quem é, onde está ou que aconteceu ( 4 pontos);
- Palavras inapropriadas – Diz palavras isoladas e sem sentido,
não conseguindo formar frases completas ( 3 pontos);
- Sons incompreensíveis – Não consegue sequer articular
palavras, emitindo apenas múrmurios ou grunhidos ( 2 pontos);
- Sem resposta verbal ( 1 ponto).
Avaliação Secundária
 Resposta Motora:
- Obedece a comandos – É capaz de executar movimentos
mediante a solicitação verbal (6 pontos);
- Localiza a dor e retira – Consegue localizar a dor onde está
sendo estimulado dolorosamente e tenta tirar a mão do
examinador para impedi-lo (5 pontos);
- Retirada à dor – Localiza o estimulo doloroso e tenta escapar
dele, retirando a região estimulada (4 pontos);
- Flexão anormal (decorticação) – Ao ser estimulado flexiona os
MMSS e extende os MMII (3 pontos);
- Extensão anormal (descerebração) – Ao ser estimulado,
estende os MMSS e os MMII (2 pontos);
- Não responde ( 1 ponto).
Avaliação Secundária

ATITUDE DE DECORTICAÇÃO –
ATITUDE DE DESCEREBRAÇÃO –
FLEXÃO ANORMAL.
EXTENSÃO ANORMAL.
Avaliação secundária
 A soma da pontuação reflete o status neurológico da
vítima:
- Lesão encefálica grave (coma) – menor ou igual a 8
pontos;
- Lesão encefálica moderada – de 9 a 12 pontos
- Lesão encefálica leve – acima de 12 pontos.
Avaliação Secundária
 Quantificação dos sinais vitais:
 Frequência Cardíaca:
- Adulto: 60 a 100 bpm;
- Criança: 75 a 120 bpm;
- Bebê: 100 a 160 bpm.
Avaliação Secundária
 Frequência Respiratória:
- Adulto: 12 a 20 ipm;
- Criança: 15 a 30 ipm;
- Bebê: 20 a 50 ipm.
 Pressão Arterial:
- Adulto: 120 x 80 mmHg
- Criança e bebê: Sistólica: 90 + 2x (idade) mmHg
Diastólica: 70 + 2x (idade) mmHg
Avaliação Secundária
 Exame céfalo- caudal
- Objetivo: Procurar através da inspeção, palpação, por
sinais e sintomas sugestivos de traumas, seguindo
uma sequência de prioridades para a adoção de
medidas de correção, estabilização e priorização do
transporte.
- Cabeça; Pescoço; Tórax; Abdômen; Pelve; MMSS e
MMII.
Avaliação Secundária
 Cabeça: Capacete ósseo que protege o encéfalo.
- Palpar o crânio, sempre mantendo o controle da
cervical.
- Deformidades craniana, rinoliquorragia,
otoliquorragia, edema e equimose periorbital ( sinal do
guaxinim), equimose retro – auricular (sinal de Battle)
e pupilas anisocóricas.
Avaliação Secundária

Equimose Retroauricular

Equimose Periorbitária, Olhos de


Guaxinim.
Avaliação Secundária
 Pescoço:
- Inspecionar e palpar: sem levantar a cabeça, traquéia
e pulso carotídeo.
 Achados importantes:
- TCE, fratura de clavícula ou dos três primeiros arcos
costais, dormência e sensibilidade, priapismo.
Avaliação Secundária
 Tórax:
- Inspeção: simetria da caixa torácica, respiração
paradoxal, áreas de palidez, hematomas.
- Palpação: Clavículas, arcos costais, esterno.
 Achados importantes: TRM, pneumotoráx,
hemopneumotórax, lesão de baço, lesão de fígado,
fratura do esterno.
Avaliação Secundária
 Abdômen e Pelve:
- Inspeção (Abdômen): Sinais de contusão, distenção
e mobilidade.
- Palpação (Abdômen): Analisar sensibilidade e rigidez
da parede abdominal (abdômen em tábua).
- Pelve: Afastar e aproximar a asa ilíaca em relação à
linha média.
- Palpar: Púbis no sentido antêro-posterior.
 Achados importantes: dor a palpação com ou sem
crepitação; Perna flexionada resistindo a posição
ortostática.
Avaliação Secundária
 MMSS:
- inspecionar e palpar dos ombros às mãos.
- Observar ferimento, alinhamento, deformidade,
flacidez, rigidez e crepitação. Testar a mobilidade ativa
e passiva. Testar a simetria da força muscular nas
mãos. Verificar sensibilidade, motricidade e
enchimento capilar.
 MMII:
- inspecionar e palpar da raiz das coxas até os pés.
Observar ferimento, alinhamento, deformidade,
flacidez, rigidez e crepitação.
Avaliação Secundária
 Dorso:
- realizar a manobra de rolamento a noventa graus
para examinar o dorso. Inspecionar alinhamento da
coluna vertebral e simetria das duas metades do
dorso. Palpar a coluna vertebral em toda a extensão, à
procura de edema, hematoma e crepitação.
DÚVIDAS???

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