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O Sistema de Emergências Médicas, a

corrente de sobrevida. Aspectos legais e éticos


nos atendimentos de emergência.

Prof. Jessiane Borges


O SISTEMA DE
EMERGÊNCIAS MÉDICAS

O sistema de emergência médica pré-hospitalar teve


sua consolidação durante a guerra do Vietnã,
reduzindo drasticamente o risco de morte dos feridos.
Na década de 1970, houve uma valorização desse tipo
de atendimento e a criação de insumos importantes,
como o desfibrilador cardíaco, instrumento utilizado
até hoje, contudo, com uma influência tecnológica
invejável.
O Serviço de Emergência Médica (SEM) consiste num
conjunto de ações extra-hospitalares, hospitalares e intra-
hospitalares que possibilitam uma ação multidisciplinar
rápida e eficaz em situações de emergência clínica ou
traumática e com risco de vida eminente.
Estrela da vida

Ele tem como representação visual um símbolo de origem americana


denominado Estrela da Vida, constituído por seis faixas e pelo bastão com a
serpente enrolada, no centro, que está relacionado à área da saúde.
URGÊNCIA X EMERGÊNCIA
A urgência significa uma situação imprevista, com ou sem risco
potencial de vida, mas em que a vítima necessita de cuidados médicos
imediatamente.

A emergência implica uma situação de risco iminente de vida ou


sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato
CONCEITO
 Suporte Básico de Vida – primeiros socorros, sem
procedimentos invasivos
 Suporte Avançado de Vida – procedimentos invasivos, local
adequado do atendimento
 SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

 Resgate - Atendimento às situações de urgência e emergência


por militares, serviços de segurança pública e salvamento
 Pronto Atendimento – sem leitos de internação, apenas
algumas especialidades médicas;
 Pronto Socorro – com leitos de internação, clínicas médicas
e cirúrgicas, UTI, várias especialidades médicas e de
serviços de diagnóstico.
SAMU 192 ATENDIMENTO PRÉ-
HOSPITALAR MÓVEL 192
 Número nacional de urgência médica
 Atribuição da área da saúde VAGA ZERO
 Na urgência, o atendimento deve ser prestado
independente da existência ou não de leitos vagos.
ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS
 Clínicas
 Traumáticas

 Gineco-obstétricas

 Pediátricas

 Cirúrgicas

 Psiquiátricas

 Desastres e acidentes com múltiplas vítimas

 primário - pedido de socorro de um cidadão

 secundário – quando partir de um serviço de saúde, no qual o


paciente já tenha recebido o primeiro atendimento necessário
à estabilização do quadro de urgência apresentado, que
necessite de continuidade do tratamento.
 ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS
 Reduzir o número de óbitos
 Reduzir o tempo de internação em hospitais

 Reduzir as sequelas decorrentes da falta de socorro


precoce.
CLASSIFICAÇÃO DAS
AMBULÂNCIAS
TIPO A – Ambulância de Transporte: pacientes que não apresentam
risco de vida, para remoções simples e de caráter eletivo.
Tripulação: motorista habilitado e auxiliar ou técnico de
enfermagem
CLASSIFICAÇÃO DAS
AMBULÂNCIAS
TIPO B – Ambulância de Suporte Básico: transporte
inter-hospitalar de pacientes com risco de vida conhecido
e ao atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco
de vida desconhecido, não classificado com potencial de
necessitar de intervenção médica no local e/ou durante
transporte até o serviço de destino.
CLASSIFICAÇÃO DAS
AMBULÂNCIAS
TIPO C – Ambulância de Resgate urgências pré-
hospitalares de pacientes vítimas de acidentes ou
pacientes em locais de difícil acesso, com equipamentos
de salvamento (terrestre, aquático e em alturas).
Tripulação: 3 profissionais militares habilitados para
salvamento e suporte básico de vida.
CLASSIFICAÇÃO DAS
AMBULÂNCIAS
TIPO D – Ambulância de Suporte Avançado: pacientes
de alto risco em emergências pré-hospitalares e/ou de
transporte inter-hospitalar que necessitam de cuidados
médicos intensivos.
Tripulação: motorista, enfermeiro e médico
CLASSIFICAÇÃO DAS
AMBULÂNCIAS
TIPO E – Aeronave de Transporte Médico: aeronave de
asa fixa ou rotativa utilizada para transporte inter-
hospitalar de pacientes e aeronave de asa rotativa para
ações de resgate, dotada de equipamentos médicos
homologados pelo Departamento de Aviação Civil –
DAC.
Tripulação: piloto, enfermeiro e médico, se necessário
habilitado para salvamento
CLASSIFICAÇÃO DAS
AMBULÂNCIAS

TIPO F – Embarcação de Transporte Médico: veículo


motorizado aquaviário, destinado ao transporte por via
marítima ou fluvial
Tripulação: condutor, e 2 profissionais conforme a
indicação do atendimento.
IMPORTANTE!!! 
 Toda pessoa que for realizar o atendimento pré hospitalar
(APH), deve antes de tudo, atentar para a sua própria
segurança. O impulso de ajudar a outras pessoas, não
justifica a tomada de atitudes inconsequentes, que
acabem transformando-o em mais uma vítima. Quando
se está lidando com vidas, o tempo é um fator que não
deve ser desprezado em hipótese alguma. A demora na
prestação do atendimento pode definir a vida ou a morte
da vítima, assim como procedimentos inadequados.
SEGURANÇA DO LOCAL DA CENA: 
Manter a segurança no local de atendimento previne que
outros acidentes aconteçam, inclusive com você.

Como manter a segurança: Evitar contato direto com


substâncias que possam transmitir doenças infecciosas
como sangue, urina, fezes, vômito, saliva, muco, esgoto,
água, roupas ou superfícies contaminadas. Para tanto, o
socorrista deve utilizar os equipamentos de proteção
individual (EPI).
Evitar ou eliminar os agentes causadores de lesões ou
agravos à saúde, como fogo, explosão, eletricidade,
fumaça, água, gás tóxico, tráfego (colisão ou
atropelamento), queda de estruturas, ferragens cortantes e
materiais perigosos. Para que o socorro siga de forma
segura, antes mesmo de se examinar a vítima, o local deve
ser cuidadosa e sistematicamente avaliado. Por isso é
fundamental fazer a "avaliação da cena".
REMOÇÃO E RESGATE DE VÍTIMAS
 Como regra básica, não se deve mover uma vítima do
local do acidente até que todo o processo de remoção
tenha sido devidamente organizado. No entanto a
remoção deverá ser feita se:
 Houver perigo de incêndio;

 Houver materiais perigosos ou explosivos;

 O local do acidente oferecer perigo a vítima ou ao


socorrista;
 A ambulância não puder chegar ao local.
AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
 Avaliação da vítima é dividida entre primária e secundária.
É por meio destas avaliações que identificamos as
condições da vítima.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
 A avaliação primária deve ser cuidadosa e respeitar uma
ordem, como podemos ver abaixo:
 1. Ver se a vítima está consciente, ou seja, se responde –
chame-a, sem movimentá-la;
 2. Se ela não responde, veja se ela respira (ver, ouvir e sentir
os movimentos respiratórios) com cuidado para não desalinhar
a coluna cervical;
 3. Avaliar a circulação (pulso);
 4. Avaliar se há sangramentos.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

Somente após completar todos os passos da avaliação primária é


que se parte para a avaliação secundária:

Observe a vítima da cabeça aos pés, veja se há algo errado, por


exemplo:

Confusão mental (a vítima não dá respostas adequadas às


perguntas);

Queimaduras;

Fraturas;

Objetos encravados.
 PROTOCOLO EXAME PRIMÁRIO
  Segurança do local....
 Controle Cervical e Responsividade.

 X  Hemorragia exsanguinante ( controle de


sangramento externo grave)
 A  Vias Aéreas

 B  Respiração

 C  Circulação

 D  Exame Neurológico

 E  Exposição da Vítima
Verificar sinais vitais e iniciar o exame corporal pela região
posterior e anterior do pescoço (região cervical),
observando o alinhamento da traqueia (colocar o colar
cervical).
Verificar se no crânio há afundamentos ou escalpes (couro
cabeludo e testa);
EXAME SECUNDÁRIO
EXAME FÍSICO DETALHADO
Examinar o ombro (clavícula e escápula); Examinar o
tórax, procurando por fraturas e ferimentos; Observar a
expansão torácica durante a respiração;
EXAME FÍSICO DETALHADO
 Examinar os quatro quadrantes do abdome, procurando
ferimentos, regiões dolorosas e enrijecidas;
 Examinar a região anterior e lateral da pelve e a região
genital;
EXAME FÍSICO DETALHADO
Examinar os membros inferiores (uma de cada vez), as
pernas e os pés (pesquisar a presença de pulso distal,
motricidade, perfusão e sensibilidade);
CONFIANÇA E CALMA
Não piore a situação, ao exagerar na sua reação você acaba
amedrontando a vítima.
Fique calmo e tranquilize a vítima:
Respire fundo e Sente-se calmamente com a vítima e fique
falando com ela e assegurando que ajuda está a caminho.
REGRA “VOCÊ É O ESPELHO DA VÍTIMA. FIQUE CALMO E ELA
FICARÁ TAMBÉM.”

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