Você está na página 1de 69

LEGISLAÇÃO NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

MAJ BM RODRIGO
1Apresentação
2Objetivos
3Portaria nº 2.048
4 Portaria nº 2.048 - Sistemas Estaduais De Urgência e
Emergência

5 Portaria nº 2.048 – Atendimento Pré-Hospitalar


Móvel
6 Aspectos Éticos no APH
7 Recusa de Atendimento
8 Apoio em Local de Ocorrência

9 Transporte de Vítima
10 Referências
OBJETIVOS
1. O que é e qual a importância da Portaria 2.048;

2. Como foram distribuídos os Sistemas Estaduais de


Urgência e Emergência;

3. Entender os diferentes aspectos do APH móvel;

4. Diferenciar os tipos de ambulância e as suas finalidade;


OBJETIVOS (continuação)

5. Identificar os aspectos éticos do APH;

6. Diferenciar imperícia, imprudência e negligência;

7. Como agir perante um caso de óbito na cena;

8. Como agir quando outras equipes estão na cena;


OBJETIVOS (continuação)

9. Como agir perante a recusa de atendimento;

10. Diferenciar imperícia, imprudência e negligência;

11.Definir quando se deve ou não iniciar o transporte da


vítima.
Regulamenta o serviço de atendimento pré-hospitalar móvel, estabelecendo regras que vão desde as
especializações da equipe médica até as características dos veículos e os equipamentos a serem
utilizados nas ambulâncias.
PORTARIA Nº 2.048

Objetivos:

 Aperfeiçoar as normas já existentes e ampliar o seu escopo e ainda a necessidade de melhor definir
uma ampla política nacional para esta área de Urgência e Emergência de abrangência Nacional;

 Aprofundar o processo de consolidação dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência;

 Aperfeiçoar as normas já existentes e ampliar o seu escopo e ainda a necessidade de melhor definir
uma ampla política nacional para esta área;

 Ordenar o atendimento às Urgências e Emergências, garantindo acolhimento, primeira atenção


qualificada e resolutiva para as pequenas e médias urgências;
PORTARIA Nº 2.048

Finalidade:

Determinar às Secretarias de Saúde dos estados responsabilidades definida na Norma Operacional


de Assistência à Saúde – NOAS-SUS 01/2002, a adoção das providências necessárias à implantação
dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência;
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

II. A REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

 Elemento ordenador e orientador dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência;

 O Sistema deve ser capaz de acolher a clientela, prestando-lhe atendimento e


redirecionando-a para os locais adequados à continuidade do tratamento, através do trabalho
integrado das Centrais de Regulação Médica de Urgências com outras Centrais de
Regulação; Atribuições da Regulação Médica das Urgências e Emergências.
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

II. A REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

 MÉDICO REGULADOR:

 Julgar e decidir sobre a gravidade de um caso;

 Enviar os recursos necessários ao atendimento;

 Monitorar e orientar o atendimento feito por outro profissional de saúde habilitado;

 Definir e acionar o serviço de destino do paciente;

 Definir e pactuar a implantação de protocolos de intervenção médica pré-hospitalar;


PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

II. A REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

 MÉDICO REGULADOR:

 Saber com exatidão as capacidades/habilidades da sua equipe de forma a dominar as


possibilidades de prescrição/orientação/intervenção;

 Velar para que todos os envolvidos na atenção pré-hospitalar observem, rigorosamente, a


ética e o sigilo profissional, mesmo nas comunicações radiotelefônicas.
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

III. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR FIXO

 Assistência prestada, num primeiro nível de atenção, aos pacientes portadores de quadros
agudos, de natureza clínica, traumática ou ainda psiquiátrica, que possa levar a sofrimento;

 Prestado por um conjunto de unidades de saúde.


PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

III. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR FIXO

1 - As Urgências e Emergências e A Atenção Primária à Saúde e o Programa de Saúde da Família

 As atribuições e prerrogativas das unidades básicas de saúde e das unidades de saúde da


família em relação ao acolhimento/atendimento das urgências de baixa gravidade/complexidade
devem ser desempenhadas por todos os municípios brasileiros, independentemente de
estarem qualificados para atenção básica (PAB) ou básica ampliada (PABA).
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

III. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR FIXO

2 - Unidades Não-hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergências

 Devem estar aptas a prestar atendimento resolutivo aos pacientes acometidos por quadros
agudos ou crônicos;

 Descentralizar o atendimento de pacientes com quadros agudos de média complexidade;

 Diminuir a sobrecarga dos hospitais de maior complexidade que hoje atendem esta demanda;

 Articular-se com unidades hospitalares, construindo fluxos coerentes e efetivos de referência e


contrarreferência;
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

 Considera-se como nível pré-hospitalar móvel na área de urgência, o atendimento que


procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde, que possa
levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe
atendimento e transporte adequado a um serviço de saúde devidamente hierarquizado e
integrado ao Sistema Único de Saúde.
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

Atendimento pré-hospitalar móvel


PRIMÁRIO:
Atendimento pré-hospitalar móvel
Quando o pedido de socorro for oriundo de um SECUNDÁRIO:
cidadão.
Quando a solicitação partir de um serviço de saúde,
no qual o paciente já tenha recebido o primeiro
atendimento necessário à estabilização do quadro
de urgência apresentado, mas necessite ser
conduzido a outro serviço de maior complexidade
para a continuidade do tratamento.
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

 Atribuição da área da saúde;

 Vinculado a uma Central de Regulação Médica;

 Com equipe e frota de veículos compatíveis com as necessidades de saúde da população de


um município ou uma região, podendo, portanto, extrapolar os limites municipais;

 Esta região de cobertura deve ser previamente definida;

 Retaguarda da rede de serviços de saúde.


PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

 Equipe Profissional:

 Equipe de Profissionais Oriundos da Saúde:


• Coordenador do Serviço (área da saúde)
• Responsável Técnico (Médico)
• Responsável de Enfermagem
• Médicos Reguladores
• Médicos Intervencionista
• Enfermeiros Assistenciais
• Técnicos de Enfermagem
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

 Equipe Profissional:

   Equipe de Profissionais Não Oriundos da Saúde:


• Bombeiros militares
• Policiais militares
• Policiais rodoviários
• Condutor
• Radio-operador
• TARM (técnico auxiliar de regulação médica)
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

1. Médico:
Competências/Atribuições: 

• Manter uma visão global e permanentemente atualizada dos meios disponíveis para o atendimento pré-
hospitalar e das portas de urgência;

• Determinação do local de destino do paciente;

• Orientação telefônica;

• Manter contato diário com os serviços médicos de emergência integrados ao sistema;

• Prestar assistência direta aos pacientes nas ambulâncias.


PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

2. Enfermeiro: 
Competências/Atribuições: 

• Supervisionar e avaliar as ações de enfermagem da equipe no Atendimento Pré-Hospitalar


Móvel;

• Prestar cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica a pacientes graves e com


risco de vida;

• Prestar a assistência de enfermagem à gestante, a parturiente e ao recém nato;


PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

2. Enfermeiro: 
Competências/Atribuições: 

• Realizar partos sem distocia; Subsidiar os responsáveis pelo desenvolvimento de


recursos humanos para as necessidades de educação continuada da equipe;

• Obedecer a Lei do Exercício Profissional e o Código de Ética de Enfermagem;

• Conhecer equipamentos e realizar manobras de extração manual de vítimas.


PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

4. Condutor de Veículos de Urgência: 


Competências/Atribuições:

• Conduzir veículo terrestre de urgência destinado ao atendimento e transporte de pacientes;

• Conhecer integralmente o veículo e realizar manutenção básica do mesmo;

• Estabelecer contato radiofônico (ou telefônico) com a central de regulação médica e seguir suas
orientações; conhecer a malha viária local; Conhecer a localização de todos os estabelecimentos de saúde
integrados ao sistema assistencial local, auxiliar a equipe de saúde nos gestos básicos de suporte à vida;

• Auxiliar a equipe nas imobilizações e transporte de vítimas; realizar medidas reanimação


cardiorrespiratória básica.
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

5. Bombeiro Militar:
Competências/Atribuições:

• Comunicar imediatamente a existência de ocorrência com potencial de vítimas ou demandas


de saúde à Central de Regulação Médica de Urgências;

• Identificar e gerenciar situações de risco na cena do acidente, estabelecer a área de


operação e orientar a movimentação da equipe de saúde;

• Realizar manobras de suporte básico de vida;


PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

5. Bombeiro Militar:
Competências/Atribuições:

• Obter acesso e remover a/s vítima/s para local seguro onde possam receber o atendimento
adequado;

• Estabilizar veículos acidentados;

• Realizar manobras de desencarceramento e extração manual ou com emprego de


equipamentos especializados de bombeiro;
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

5. Bombeiro Militar:
Competências/Atribuições:

• Avaliar as condições da vítima, identificando e informando ao médico regulador as condições de


respiração, pulso e consciência, assim como uma descrição geral da sua situação e das circunstâncias
da ocorrência, incluindo informações de testemunhas;

• Transmitir, ao médico regulador a correta descrição da cena da urgência e do paciente;

• Manter-se em contato com a central de regulação médica repassando os informes iniciais e


subseqüentes sobre a situação da cena e do(s) paciente(s) para decisão e monitoramento do
atendimento pelo médico regulador;
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

5. Bombeiro Militar:
Competências/Atribuições:

• Conhecer e saber operar todos os equipamentos e materiais pertencentes a veículo de atendimento;

• Repassar as informações do atendimento à equipe de saúde designada pelo médico regulador para
atuar no local do evento;

• Realizar triagem de múltiplas vítimas;

• Participar dos programas de treinamento e educação continuada.


PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

 Definição Dos Veículos De Atendimento Pré-hospitalar Móvel

- TIPOS DE AMBULÂNCIA

• TIPO A: Ambulância de Transporte – eletivo


• TIPO B: Ambulância de Suporte Básico – USB
• TIPO C: Ambulância de Resgate – UR
• TIPO D: Ambulância de Suporte Avançado – URSA/ USA
• TIPO E: Aeronave de Transporte Médico – asa fixa ou rotativa
• TIPO F: Embarcação de Transporte Médico

- VEÍCULOS DE INTERVENÇÃO RÁPIDA (VIR)


PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

TIPO A: Ambulância de Transporte

• Veículo destinado ao transporte em decúbito


horizontal de pacientes que não apresentam risco
de vida, para remoções simples e de caráter
eletivo.

• Tripulação:  2 profissionais,
- um motorista e
- um Técnico ou Auxiliar de enfermagem.
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

TIPO B: Ambulância de Suporte Básico

• Veículo destinado ao transporte inter-hospitalar de


pacientes com risco de vida conhecido e ao
atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco
de vida desconhecido.

• Tripulação:  2 profissionais,
- um motorista e
- um Técnico ou Auxiliar de enfermagem.
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

TIPO C: Ambulância de Resgate - UR

 Veículo de atendimento de urgências pré-


hospitalares de pacientes vítimas de acidentes ou
pacientes em locais de difícil acesso, com
equipamentos de salvamento (terrestre, aquático e
em alturas).

• Tripulação:  3 militares com capacitação e


certificação em salvamento e suporte básico de
vida.
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

TIPO D: Ambulância de Suporte Avançado –


URSA, USA

• Veículo destinado ao atendimento e transporte de


pacientes de alto risco em emergências pré-
hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar que
necessitam de cuidados médicos intensivos.

• Tripulação: 3 profissionais, sendo


- um condutor,
- um enfermeiro e
- um médico.
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

TIPO D: Ambulância de Suporte Avançado


PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

TIPO D: Ambulância de Suporte Avançado –


URSA, USA

Medicações Acesso Venoso Procedimentos


PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

TIPO D: Ambulância de Suporte Avançado –


URSA, USA

Via Aérea Infantil + Kit Parto Via Aérea Adulto


PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

TIPO E: Aeronave de Transporte Médico

• Aeronave de Transporte Médico: aeronave de asa


fixa ou rotativa utilizada para transporte inter-
hospitalar de pacientes e aeronave de asa rotativa
para ações de resgate, dotada de equipamentos
médicos homologados pelo Departamento de
Aviação Civil - DAC.

• Tripulação: 3 - 4 profissionais, um/ dois piloto(s),


um médico, e um enfermeiro;
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

TIPO F: Embarcação de Transporte Médico

• Embarcação de Transporte Médico: veículo


motorizado aquaviário, destinado ao transporte por
via marítima ou fluvial. Deve possuir os
equipamentos médicos necessários ao
atendimento de pacientes conforme sua gravidade.

• Tripulação: 2 ou 3 profissionais, de acordo com o


tipo de atendimento a ser realizado (SB – condutor
+ técnico de enfermagem ou AS – condutor,
enfermeiro, médico).
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
IV - ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL

VEÍCULOS DE INTERVENÇÃO RÁPIDA – VIR

• Este veículos, também chamados de veículos


leves, veículos rápidos ou veículos de ligação
médica são utilizados para transporte de médicos
com equipamentos que possibilitam oferecer
suporte avançado de vida nas ambulâncias do Tipo
A, B, C e F.
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

V - ATENDIMENTO HOSPITALAR

UNIDADES HOSPITALARES DE ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

A - Unidades Gerais e Unidades de Referência:

2.1 - Características Gerais


2.1.1 – Recursos Humanos
2.1.2 – Área Física
2.1.3 - Rotinas de Funcionamento e Atendimento
2.1.4 - Registro de Pacientes
2.1.5 - Estruturação da Grade de Referência
Recursos Tecnológicos presentes em cada unidade
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

VI - TRANSFERÊNCIAS E TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR

• Transferência de pacientes entre unidades não hospitalares ou hospitalares de


atendimento às urgências e emergências, unidades de diagnóstico, terapêutica ou outras
unidades de saúde que funcionem como bases de estabilização para pacientes graves, de
caráter público ou privado.

• Finalidades:
a. A transferência de pacientes de serviços de saúde de menor complexidade para
serviços de referência de maior complexidade;
b. A transferência de pacientes de centros de referência de maior complexidade para
unidades de menor complexidade;

• Transporte Terrestre, Aéreo ou Aquaviário


PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

VII - NÚCLEOS DE EDUCAÇÃO EM URGÊNCIAS

• Os Núcleos de Educação em Urgências devem se organizar como espaços de saber


interinstitucional de formação, capacitação, habilitação e educação continuada de
recursos humanos para as urgências, sob a administração de um conselho diretivo,
coordenado pelo gestor público do SUS, tendo como integrantes as secretarias Estaduais
e Municipais de saúde, hospitais e serviços de referência na área de urgência, escolas de
bombeiros e polícias, instituições de ensino superior, de formação e capacitação de
pessoal na área da saúde, escolas técnicas e outros setores que prestam socorro à
população, de caráter público ou privado, de abrangência municipal, regional ou estadual.
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

VII - NÚCLEOS DE EDUCAÇÃO EM URGÊNCIAS

• Objetivos:

- Promover programas de formação e educação continuada na forma de treinamento em


serviço a fim de atender ao conjunto de necessidades diagnosticado em cada região,
fundamentando o modelo pedagógico na problematização de situações;

- Capacitar os recursos humanos envolvidos em todas as dimensões da atenção regional, ou


seja, atenção pré-hospitalar;

- Estimular a criação de equipes multiplicadoras em cada região, que possam implementar a


educação continuada nos serviços de urgência;
PORTARIA Nº 2.048
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

VII - NÚCLEOS DE EDUCAÇÃO EM URGÊNCIAS

• Objetivos:

- Congregar os profissionais com experiência prática em urgência, potencializando sua


capacidade educacional;

- Desenvolver e aprimorar de forma participativa e sustentada as políticas públicas voltadas


para a área da urgência;

- Certificar anualmente e re-certificar a cada dois anos os profissionais atuantes nos diversos
setores relativos ao atendimento das urgências.
Aspectos Éticos no Atendimento Pré-Hospitalar

Baseado na:

• Constituição Federal
• Código Penal
• Código Processo Penal
• Código de Ética Médica
• Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e
• Prontuário médico
Aspectos Éticos no APH

Constituição Federal do Brasil de 1988:

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Aspectos Éticos no APH

Código Penal

• Omissão de Socorro:

Art. 135. Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, a
criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em
grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de
natureza grave, e triplicada, se resulta a morte

Cabe à equipe de APH realizar os diversos atendimentos, desde que a vida de quem socorre
não esteja sob risco.
Aspectos Éticos no APH

Código Penal

• Fraude processual

Art. 347. Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de
coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
Pena – detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único. Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado,
as penas aplicam-se em dobro.

O atendimento de vítimas com vida é prioritário, mas o profissional deve atentar para preservar o local
dentro das possibilidades.
Aspectos Éticos no APH

Código Processo Penal

• Óbito evidente:

Local deve ser preservado conforme estabelecido no Art 6º.

Exemplos:
- Decapitação
- Esmagamento completo da cabeça ou tórax;
- Calcinização ou carbonização
- Estado de putrefação ou decomposição
- Rigidez cadavérica
- Seccionar troco
Aspectos Éticos no APH

Código Processo Penal

• Óbito evidente:

A equipe deve:
- Cobrir o cadáver;
- Solicitar os serviços competentes para providências legais;
- Preservar o local até a chegada do policiamento local;
- Preservar as informações das vítimas, fornecendo-as somente aos autoridades
competentes;
- Preservar a imagem da vítima, tentando evitar fotos e filmagens pela imprensa.
Aspectos Éticos no APH

Código Processo Penal

• Óbito NÃO evidente:

- Equipe deve iniciar manobras de RCP, solicitar apoio do suporte avançado se já não estiver
no local;
- Em caso de insucesso, o óbito pode ser constatado no local pelo médico;
- Atentar para preservação da cena (não deixar objetos no local);
- Procedimentos realizados devem ser anotados na ficha de atendimento (acesso venoso,
intubação, etc)

OBS: A contatação de óbito e prerrogativa médica. (Ato Médico), exceto em situação de


óbito evidente .
Aspectos Éticos no APH

Imperícia:

• Conceito: É a incapacidade, a falta de conhecimentos técnicos ou destreza em determinada arte


ou profissão. A imperícia pressupõe sempre a qualidade de habilitação legal para a arte ou profissão.

Exemplo: Médico não preparado para uma cirurgia que exija conhecimentos apurados. Se o socorrista
presta um auxílio a uma pessoa, além de seu nível de capacitação e, com isso lhe causa algum dano,
ocorre em imperícia e pode responder penalmente pela lesão causada (Ver Art. 13, § 2o, letra “a” e Art.
129, § 6o do CP).
Aspectos Éticos no APH

Imprudência:

• Conceito: Expor a si próprio ou a outrem a um risco ou perigo sem as precauções necessárias para
evitá-los. A imprudência é uma atitude em que o agente atua com precipitação, sem cautela.

Exemplo: É imprudente o socorrista que dirige um veículo de emergência sem colocar o cinto de
segurança.
Aspectos Éticos no APH

Negligência:

• Conceito: Descumprimento dos deveres elementares correspondentes à determinada arte ou


profissão. É a indiferença do agente que, podendo tomar as cautelas exigíveis, não o faz por
displicência ou preguiça.

Exemplo: É negligente o socorrista que não deixa frenado viatura de emergência quando estacionada.
Não faz uso do EPI.
Aspectos Éticos no APH

Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem

Apresenta tópicos semelhantes ao Código de Ética Médica.

Prontuário médico

Deixar registrado todo atendimento realizado na ficha de


atendimento/ocorrência: data, hora, provável mecanismo do trauma, etc.,
sempre de modo legível.
Aspectos Éticos no APH

RECUSA DE ATENDIMENTO

• O Código Civil estabelece, no art. 15, que o paciente não pode ser submetido a qualquer
procedimento terapêutico sem o seu consentimento.

• Possibilidade do direito de recusa à terapêutica proposta ao paciente maior de idade, capaz, lúcido,
orientado e consciente, no momento da decisão, em tratamento eletivo. Ou seja, deixa claro, do
ponto de vista normativo, que o direito à recusa terapêutica deve ser respeitado pelo médico, desde
que ele informe ao paciente os riscos e as consequências previsíveis da sua decisão, podendo
propor outro tratamento disponível.
Aspectos Éticos no APH

RECUSA DE ATENDIMENTO

• A dignidade do paciente incapaz, menor de idade ou adulto que não esteja no pleno uso de suas
faculdades mentais, independentemente de estar representado ou assistido. Nesses casos, impõe-
se a prevalência do tratamento indicado, sem consentimento livre e esclarecido, em casos de
risco de morte e de urgência e emergência com risco relevante à saúde.

• A Resolução estabelece ainda que havendo discordância insuperável entre o médico e o


representante, assistente legal ou familiares do paciente quanto à terapêutica proposta, ele deve
comunicar o fato às autoridades competentes (Ministério Público, Polícia, Conselho Tutelar etc.),
visando o melhor interesse do paciente.
Aspectos Éticos no APH

RECUSA DE ATENDIMENTO
Como Agir?

1. quando a vítima não apresentar redução da capacidade mental e de forma expressa e indiscutível se
recusar a ser socorrida, o socorrista deverá verificar se há lesões e se estas podem resultar em
agravo à saúde, sequelas ou morte;

2. após verificar e certificar-se de que não há lesões, o socorrista poderá liberar a vitima do
atendimento e/ou transporte ao hospital, devendo constar, no Relatório a recusa da parte interessada
em ser socorrida e sua consequente liberação;
Aspectos Éticos no APH

RECUSA DE ATENDIMENTO
Como Agir?

3. Após verificar e certificar-se de que, embora havendo lesões, estas não resultem em agravo à
saúde, sequelas ou morte da vítima, o socorrista deverá;
a. enfatizar a importância da ida ao hospital para recebimento de atendimento médico;
b. esclarecer os eventuais resultados das lesões e a possibilidade de seu agravamento;
c. se, ainda assim, a vítima mantiver-se inflexível na sua decisão de não ser transportada ao
hospital para receber o devido atendimento médico, deve-se:
i. Comunicar o fato ao Oficial de Operações e Oficial de Área;
ii. Constar no RELATORIO a recusa do atendimento e/ou transporte ao hospital, e os
dados da respectiva guarnição que atendeu a ocorrência.
Aspectos Éticos no APH

RECUSA DE ATENDIMENTO
Como Agir?

4. Após verificar e certificar-se de que há lesões que poderão resultar em agravo à saúde, sequelas
ou morte da vítima ou que há probabilidade de essas circunstâncias ocorrerem em razão de que a lesão
(sinal) ou o relato da vítima (sintomas) nem sempre revelam a gravidade do trauma ou a extensão da
lesão, o que pode, porém, ser avaliado em função do tipo de acidente, o socorrista deverá sempre que
possível, transportar a vítima.
Aspectos Éticos no APH

APOIO EM LOCAL DE OCORRÊNCIA

• A relação deve ser de cooperação entre as equipes de Resgate e os serviços de atendimento pré-
hospitalar públicos e/ou privados, respeitando-se os limites legais de atuação;

• Em ocorrências em que já houver iniciada a intervenção de sistemas de atendimento pré-hospitalar


legalizados, apoiá-los na atividade de salvamento e atuar na função policial militar, especialmente, no
que couber para a preservação de local de crime e ações de segurança pública.

OBSERVAÇÃO: médicos e enfermeiros do SAMU são autoridades de


saúde nas suas áreas de atuação. Suas decisões são baseadas em
Protocolos particulares e sob supervisão médica e de enfermagem da
respectiva Central de Regulação. Cabe ao Bombeiro nestes locais o
seu papel de “Bombeiro e ações de Salvamento”, sempre no espírito
de cooperação.
Aspectos Éticos no APH

TRANSPORTE DA VÍTIMA

• Se alguma condição de risco de morte é identificada durante o exame primário, o paciente deve ser
rapidamente imobilizado para transporte após o início da intervenção na cena.

• O transporte de vítimas traumatizadas graves para o hospital mais adequado e mais próximo deve ser
iniciado logo que possível.

• Exceto por circunstâncias excepcionais, o tempo de permanência na cena deve ser limitado a dez
minutos ou menos para esses pacientes.

• Deve ser entendido que limitar o tempo em cena e iniciar o transporte rapidamente ao hospital mais
adequado e mais próximo, de preferência um centro de trauma, são aspectos fundamentais da
reanimação do trauma no atendimento pré-hospitalar.
Aspectos Éticos no APH

TRANSPORTE DA VÍTIMA

• Por outro lado, pode ser cogitada a possibilidade de acionamento do USA para o local da ocorrência
(quando disponível), independentemente de pertencer a outro órgão de socorro público. Para tanto, o
comandante da guarnição de SBV deverá estimar o tempo de chegada da viatura de USA ao local da
ocorrência, a partir do seu acionamento, bem como o tempo de deslocamento da viatura de USB à
unidade hospitalar mais próxima.

• Caso o tempo de chegada do USA for igual ou inferior ao tempo de deslocamento do USB à unidade
hospitalar, o USA poderá ser acionado.
RECAPITULAÇÃO

1. O que é e qual a importância da Portaria 2.048;

2. Como foram distribuídos os Sistemas Estaduais de


Urgência e Emergência;

3. Entender os diferentes aspectos do APH móvel;

4. Diferenciar os tipos de ambulância e as suas finalidade;


RECAPITULAÇÃO (continuação)

5. Identificar os aspectos éticos do APH;

6. Diferenciar imperícia, imprudência e negligência;

7. Como agir perante um caso de óbito na cena;

8. Como agir quando outras equipes estão na cena;


RECAPITULAÇÃO (continuação)

9. Como agir perante a recusa de atendimento;

10. Diferenciar imperícia, imprudência e negligência;

11.Definir quando se deve ou não iniciar o transporte da


vítima.
ENCERRAMENTO

Dúvidas
Referências
 Brasil. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção às urgências / Ministério da Saúde. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2003.

 RESOLUÇÃO CFM nº 1451/1995

 PORTARIA Nº 1863, DE 29 DE SETEMBRO DE 2003

 PORTARIA Nº 2048, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2002

 RESOLUÇÃO CFM nº 1.529/98

 Código Penal

 Codigo de Ética Médica

 Constituição Federal de 1988

 Pré-hospitalar - GRAU - 2a. Edição 2015 – Manole

 APH - RESGATE - EMERGÊNCIA EM TRAUMA. 1ª Edição. Junia Sueoka


Palestra Título

Você também pode gostar