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EM UTI
4º TERMO
1º BIMESTRE
Introdução
A enfermagem, enquanto profissão teve início na Inglaterra, no século XIX, com o trabalho
de Florence Nightingale, recrutando e treinando um grupo de mulheres para colaborarem nos
cuidados e na higiene dos soldados feridos durante a Guerra da Criméia (1854-l856). Nessa
época, também com Florence Nightingale, surgiu a idéia de classificar os doentes de acordo
com o grau de dependência, dispondo-os nas enfermarias, de tal maneira que os mais graves
ficassem próximos à área de trabalho das enfermeiras, para maior vigilância e melhor
atendimento.
As unidades de terapia intensiva evoluíram com a criação das salas de recuperação na década
de 20, para assistência a pacientes de neurocirúrgia, no Hospital "Johns Hopkins", na década
de 30 em Teubingen, na Alemanha, com a assistência intensiva pós-operatória. Na década de
40, surgiram salas de recuperação cirúrgica em Rochester, Minnesota e Nova York e em Nova
Orleans no "Ochsner Clinic".
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Durante a epidemia de poliomielite nos anos 50 sobrecarregou os hospitais e forçou a criação
de centros regionais para o atendimento dos pacientes. Estes centros de pólio levaram o
impacto da tecnologia e as modernas técnicas de ventilação mecânica prolongada, evoluíram
fora das salas de cirurgia, o que fez com que as enfermeiras lidassem, pela primeira vez, com
equipamento que as separava de seus pacientes e aprendessem a combinar manipulação de
instrumentos com os cuidados manuais.
Apesar da transformação e rápido desenvolvimento destas unidades, o alto risco dos pacientes
internados, as enfermeiras praticavam a humanização no ambiente de terapia intensiva,
visando um melhor atendimento ao paciente, bem como aos seus familiares e redução do
stress vivenciado pelo profissional que faz o cuidado integral a este paciente.
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No Brasil, a implantação das Unidades de Terapia Intensiva (U.T.I.), teve início na década de
70, atualmente é uma unidade presente dentro do contexto hospitalar.
O surgimento da prática em U.T.I. Marcou um dos maiores progressos obtidos pelos hospitais
de nosso século, visto que, antes dela, o cuidado ao doente grave realizava-se nas próprias
enfermarias, faltando, assim, área física adequada, recursos materiais e humanos para melhor
qualidade desse cuidado.
Projetar uma UTI ou modificar uma unidade existente, exige conhecimento das normas dos
agentes reguladores, experiência dos profissionais de terapia intensiva, que estão
familiarizados com as necessidades específicas da população de pacientes. Revisões
periódicas devem ser consideradas na medida em que a prática da terapia intensiva evolui. O
projeto deve ser abordado pôr um grupo multidisciplinar composto de diretor médico,
enfermeiro chefe da UTI, arquiteto principal, administrador hospitalar e engenheiros. Esse
grupo deve avaliar a demanda esperada da UTI baseado na avaliação dos pontos de
fornecimento de seus pacientes, nos critérios de admissão e alta, e na taxa esperada de
ocupação. É necessário análise dos recursos médicos, pessoal de suporte (enfermagem,
fisioterapia, nutricionista, psicólogo e assistente social) e pela disponibilidade dos serviços de
apoio (laboratório, radiologia, farmácia e outros).
Localização
Cada UTI deve ser uma área geográfica distinta dentro do hospital, quando possível, com
acesso controlado, sem trânsito para outros departamentos. Sua localização deve ter acesso
direto e ser próxima de elevador, serviço de emergência, centro cirúrgico, sala recuperação
pós-anestésica, unidades intermediárias de terapia e serviço de laboratório e radiologia.
Número de Leitos
Os leitos necessários para fornecer uma cobertura segura e adequada para pacientes
gravemente doentes num hospital, dependem da população do hospital, quantidade de
cirurgias, grau do compromisso de cuidados intensivos pela administração do hospital, pelos
médicos e enfermeiros, e dos recursos institucionais. Um método empírico frequentemente
relatado é que um hospital geral deveria destinar 10% da capacidade de leitos para UTI. Uma
UTI deve existir com no mínimo cinco leitos, em hospitais com capacidade para cem ou mais
leitos. A instalação com menos de cinco leitos torna-se impraticável e extremamente onerosa,
com rendimento insatisfatório em termos de atendimento. Estabelecimentos especializados em
cirurgia, cardiologia e em emergência devem fazer cálculo específico.
Forma da Unidade
A disposição dos leitos de UTI pode ser em área comum (tipo vigilância), quartos fechados ou
mistos. A área comum proporciona observação contínua do paciente, é indicada a separação
dos leitos pôr divisórias laváveis que proporcionam uma relativa privacidade dos pacientes.
As unidades com leitos dispostos em quartos fechados devem ser dotados de painéis de vidro
para facilitar a observação dos pacientes. Nesta forma de unidade é necessária uma central de
monitorização no posto de enfermagem, com transmissão de onda eletrocardiógrafa e
frequência cardíaca. Unidades com quartos fechados proporcionam maior privacidade aos
pacientes, redução do nível de ruído e possibilidade de isolamento dos pacientes infectados e
imunossuprimidos. A unidade mista combina os dois tipos de forma e tem sido adotada com
bons resultados.
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Sala de isolamento é recomendável e cada instalação de saúde deve considerar a necessidade
de salas de isolamento compressão positiva e negativa nestas salas. Esta necessidade vai
depender, principalmente da população de pacientes e dos requisitos do Departamento de
Saúde Pública.
Área de internação
Área de Pacientes
Os pacientes devem ficar localizados de modo que a visualização direta ou indireta, seja
possível durante todo o tempo, permitindo a monitorização do estado dos pacientes, sob as
circunstâncias de rotina e de emergência. O projeto preferencial é aquele que permite uma
linha direta de visão, entre o paciente e o posto de enfermagem. Os sinais dos sistemas de
chamada dos pacientes, os alarmes dos equipamentos de monitorização e telefones se somam
à sobrecarga auditiva nas U.T.Is. Devem ser utilizados pisos que absorvam os sons, levando-
se em consideração os aspectos de manter o controle das infecções hospitalares, da
manutenção e movimentação dos equipamentos. As paredes e os tetos devem ser construídos
de materiais com alta capacidade de absorção acústica. Atenuadores e defletores nos tetos
podem ajudar a reduzir a reverberação dos sons. As aberturas das portas devem ser defasadas
para reduzir a transmissão dos sons.
Posto de Enfermagem
O posto de enfermagem deve ser centralizado, no mínimo um para cada doze leitos e prover
uma área confortável, de tamanho suficiente para acomodar todas as funções da equipe de
trabalho, com dimensões mínimas de 8m2. Cada posto deve ser servido pôr uma área de
serviços destinada ao preparo de medicação, com dimensão mínima de 8m2 e ser localizada
anexo ao posto de enfermagem. Deve haver iluminação adequada de teto para tarefas
específicas, energia de emergência, instalação de água fria, balcão, lavabo, um sistema
funcional de estocagem de medicamentos, materiais e soluções e um relógio de parede devem
estar presentes. Espaço adequado para terminais de computador e impressoras é essencial
quando forem utilizados sistemas informatizados. Deve ser previsto espaço adequado para se
colocar os gráficos de registros médicos e de enfermagem. Os formulários de registro médicos
e impressos devem estar armazenados em prateleiras ou armários de modo que possa ser
facilmente acessado pôr todas as pessoas que requeiram o seu uso.
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Sala de Utensílios Limpos e Sujos
As salas de utensílios limpos e sujos devem ser separadas e que não estejam interligadas. Os
pisos devem ser cobertos com materiais sem emendas ou junções, para facilitar a limpeza.
Banheiro de Pacientes
Armazenamento de Equipamentos
Uma área para guardar os equipamentos que não estão em uso ativo, deve ser planejada. A
localização deve ser de fácil acesso e espaço adequado para pronta localização e remoção do
equipamento desejado. Deve ser previsto, tomadas elétricas aterradas em número suficiente
para permitir a recarga dos equipamentos operados à bateria.
Laboratório
Todas as U.T.Is. Devem ter serviço de laboratório clínico disponível vinte e quatro horas pôr
dia. Quando o laboratório central do hospital não puder atender as necessidades da UTI, um
laboratório satélite dentro da, ou adjacente à UTI deve ser capaz de fornecer os testes
químicos e hematológicos mínimos, incluindo análises de gases do sangue arterial.
Sala de Reuniões
Uma área distinta ou separada próxima de cada U.T.I. ou de cada grupo de U.T.Is., deve ser
projetada para observar e armazenar as radiografias, estudar e discutir os casos dos pacientes.
Um negatoscópio ou carrossel de tamanho adequado deve estar presente para permitir a
observação simultânea de uma série de radiografias.
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Uma sala de descanso deve ser prevista em cada U.T.I. ou grupamento de U.T.Is, para prover
um local privado, confortável e com ambiente descontraído. Devem existir sanitários
masculinos e femininos dotados de chuveiro e armários. Uma copa com instalações adequadas
para armazenamento e preparo de alimentos, incluindo uma geladeira, um fogão elétrico e ou
forno micro-ondas. A sala de descanso precisa estar ligada à U.T.I. por um sistema de
intercomunicação.
Conforto Médico
Deve ser próximo à área de internação, de fácil acesso, com instalações sanitárias e chuveiro.
A sala deve ser ligada à U.T.I. por telefone e ou sistema de intercomunicação.
Recepção da U.T.I.
Cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is. deve ter uma área para controlar o acesso de
visitantes. Sua localização deve ser planejada de modo que os visitantes se identifiquem antes
de entrar. Pôr ser uma unidade de acesso restrito é desejável que a entrada para os
profissionais de saúde, seja separada dos visitantes e um sistema de intercomunicação com as
áreas da U.T.I. Efetivo.
Área indispensável, deve ser localizada próximo de cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is.,
destinada aos familiares de pacientes, enquanto aguardam informações ou são preparados para
visita na unidade. O acesso de visitantes deve ser controlado pela recepção. Um bebedouro e
sanitários devem ser localizados dentro da área ou próximos a ela. São desejáveis para este
ambiente cores vivas, carpete, janelas, iluminação indireta e suave. Deve ser previsto
telefones públicos, sofás, cadeiras retas e reclináveis, terminais de circuito interno de TV e
materiais educativos.
Os corredores utilizados para transportar os pacientes devem ser separados dos utilizados
pelos visitantes. O transporte dos pacientes deve ser rápido e a privacidade preservada.
Quando necessário o uso de elevadores, deve ser previsto um tamanho superdimensionado e
separado do acesso público.
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Módulo de Pacientes
Os módulos dos pacientes devem ser projetados para apoiar todas as funções necessárias de
saúde. A área de cada leito deve ser suficiente para conter todos os equipamentos e permitir
livre movimentação da equipe par atender às necessidades de terapia do paciente. Cada
módulo de U.T.I. deve ter um alarme de parada cardíaca interligada no posto de enfermagem,
sala de reuniões, sala de descanso dos funcionários e demais salas com chamada.
No projeto da U.T.I. um ambiente que minimize o stress do paciente e dos funcionários deve
ser planejado, incluindo iluminação natural e vista externa. As janelas são aspectos
importantes de orientação sensorial e o maior número possível das salas deve ter janelas para
indicação de dia/noite. Para controlar o nível de iluminação podem utilizar cortinas, toldos
externos, vidros pintados ou reflexivos. Outros recursos para melhorar a orientação sensorial
dos pacientes podem incluir a provisão de calendário, relógio, rádio, televisão e ramal
telefônico. A instalação de T.V. deve ficar fora do alcance dos pacientes e operados pôr
controle remoto.
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Infecção na Unidade de Terapia Intensiva
Prevenção e controle
A enorme importância deste tipo de intervenção está patente no fato de, que cerca de 50% de
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infecções nosocomiais que podem ser prevenidas, a grande maioria são as que resultam
diretamente de cuidados prestados aos doentes. É dever de todos os profissionais de Saúde
promover um ambiente biológicamente seguro.
Infecção respiratória
- Promover uma boa higiene orotraqueal, especialmente nos doentes com sondas
nasogástricas (os microorganismos proliferam com grande facilidade num meio descuidado);
- Proporcionar uma mobilidade ao doente, que apresente esta capacidade diminuída, através
de alterações de decúbitos (vai contribuir para uma melhor ventilação e facilitando assim o
impedimento de estase de secreções e, por conseguinte uma inflamação dos alvéolos);
- Vigilância e despiste de sinais e sintomas (tosse excessiva, febre que não regride, dor
torácica a agravar e hemoptises);
- Usar cateters adequados à veia a puncionar e à finalidade a que se destinam (tendo em conta
a medicação a fazer e a duração do respectivo tratamento);
- Explicar ao doente a necessidade do cateter e que o seu manuseamento deve ser delicado
(evitando traumatismos desnecessários);
- Efetuar uma correcta fixação do cateter, evitando a colocação de adesiva em redor deste,
pois com o passar do tempo (mesmo apenas 24 horas) vai existir uma acumulação de
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microorganismos devido à cola do adesivo;
- Evitar a manipulação da borracha dos sistemas e tentar utilizar as torneiras de três vias,
procedendo-se, sempre que possível, à mudança do sistema ao fim de 24 horas devido ao seu
manuseamento;
- Cateters colocados em situação de urgência devem ser retirados assim que possível e
substituídos por outro (devido a possível uso incorrecto de assépsia devido à situação de
urgência).
Infecção urinária
- Utilizar cateter vesical adequado e apenas em última situação (pode-se optar por um
cateterismo intermitente em caso de pós-operatório);
- Proceder a uma higiene perineal correcta e mantê-la enquanto o cateterismo for necessário;
- Proceder a uma hidratação adequada em conformidade com o doente (cerca de 1,5 litros por
dia);
- Vigiar a integridade da mucosa.
Infecção da sutura
- Evitar utilizar produtos químicos aquando a desinfecção das paredes para a realização da
sutura;
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- Isolar o doente que assim o necessite, de forma a evitar a contaminação de outros.
Estes procedimentos são apenas uma pequena parte do que se deve efetuar. Todos os
profissionais de Saúde são responsáveis por um pequeno contributo, desde o seu vestuário até
a manutenção do ambiente.
Humanização em UTI
Para que haja humanização total em uma UTI, três diferentes aspectos devem ser
considerados (AMIB, 2004):
✓ O ambiente físico.
✓ O cuidado com o paciente e seus familiares;
✓ A atenção ao profissional da equipe;
✓ O Ambiente Físico na UTI
✓ Cores leves nas paredes e portas tornam o ambiente mais tranqüilo.
✓ Proporcionar ambiente calmo e silencioso, minimizando ao máximo os ruídos dos
equipamentos e da equipe.
✓ Presença de janelas, que permitam ver o azul do céu, a luz do sol e o verde das
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árvores.
✓ O Ambiente Físico na UTI
✓ Garantir bom espaço entre os leitos, para facilitar o trabalho dos profissionais, além de
maior privacidade para o paciente.
✓ Separar pacientes mais graves para que os conscientes não vejam ou ouçam as
intervenções que se processam ao seu redor, gerando menos ansiedade.
✓ O cuidado com o paciente e família.
✓ O envolvimento com o paciente e a família é um pré-requisito essencial para
humanizar.
Oferecer cadeira para acompanhantes, para que possam permanecer o mais tempo possível
com o paciente, evitando sentimentos como abandono e solidão. Oferecer informações e
conscientização dos familiares sobre a doença e o tratamento ao qual o paciente está sendo
submetido, avaliando suas necessidades e o grau de satisfação em relação aos cuidados
prestados.
Por isso, “deve-se cuidar de quem cuida”, evitando as manifestações do estresse, como fadiga
física e emocional, tensão e ansiedade, geradas comumente em uma UTI e como condição
necessária para aumentar a qualidade do cuidado prestado. Uma remuneração justa, sala de
descanso para os plantonistas, atendimento psicológico e palestras educativas aos
profissionais.
A solução para a humanização está na equipe de saúde, que deve mostrar seu lado humano a
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cada procedimento e acima de tudo mostrar que têm sentimentos, que são conscientes dos
desafios a serem enfrentados e dos limites a serem transpostos.
A humanização deve fazer parte da filosofia da enfermagem. O ambiente físico, recursos
materiais e tecnológicos são importantes, porém não mais significativos do que a essência
humana. Esta sim irá conduzir o pensamento e as ações da equipe, tornando-os capazes de
criticar e construir uma realidade mais humana, menos agressiva e hostil para os que
diariamente vivenciam a UTI.
É grande o número de pacientes que exigem cuidados intensivos que nem sempre estes estão
restritos nas unidades intensivas e sim em outros setores dos hospitais, como: emergências,
enfermarias e ambulatórios.
A assistência ao ser humano unidade bio, pisco, social, espiritual, com suas necessidades
básicas em seu ciclo saúde-doença-cuidado é objetivo essencial da Assistência de
Enfermagem.
Os Enfermeiros devem estar preparados e aptos para manuseios e funcionamento de
equipamentos e qualificados cientificamente sob o ponto de vista cognitivo e de habilidades
para atender a um cliente crítico. Não podemos prever quando e como irá acontecer o
agravamento de uma condição clínica de um paciente e esta necessidade de atendimento
deverá ser prestada de imediato evitando disfunção de orgão vital, iatrogenias e até mesmo a
morte.
O conselho Federal de Enfermagem normatiza em âmbito Nacional, a obrigatoriedade de
haver Enfermeiros em todas as unidades de serviços que desenvolvam ações de enfermagem
que envolva procedimentos de alta complexidade, comum na assistência a pacientes
críticos/potencialmente críticos. É responsabilidade privativa do Enfermeiro, cuidados diretos
de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida os cuidados que exijam conhecimentos
cientifícos e tomadas de decisões imediatas e como integrante da equipe de saúde. Compete
ao Enfermeiro dirigir, coordenar planejar, prescrever, delegar, supervisionar e avaliar as ações
de Enfermagem de acordo com a necessidade e dependência do paciente. O paciente grave
será adequadamente assistido se for avaliado, reconhecido e priorizados.
A equipe de Enfermagem deve ter base de conhecimentos que facilite a capacidade de
perceber uma grande variedade de questões, bem como informações altamente definidas e
especifícas, pois o profissional atual deve ser o mais auto realizado possível: físico, emocional
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e espiritual a fim de atender os desafios de cuidar daqueles gravemente enfermos.
O objetivo da Assistência de Enfermagem é sempre promover equilíbrio fisiológico e
emocional ao paciente. A estrutura e equipamentos de atendimento ao paciente
crítico/potencialmente crítico deverão constar da interdisciplinaridade e da humanização, com
enfoque nas necessidades do usuário, na integralidade assistêncial e no respeito à participação
efetiva dos diferentes profissionais envolvidos na atenção a paciente crítico/potencialmente
crítico. (Ministério da saúde Portária 1071 de 04/07/2005).
Monitorização Hemodinâmica
- Pressão arterial não invasiva: que é a verificação da Pressão Arterial, através do método
escutatório, com esfigmomanômetro e estetoscópio, ou através do método automatizado que
tem como base a medida da pressão arterial através de curvas de medidas, realizada por
software validado para tal fim.
- Temperatura: mensuração da temperatura corporal através dos termômetros. Essa pode ser
mensurada de três maneiras: a temperatura retal e neste caso o valor obtido é um grau Celsius
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acima da temperatura axilar; a temperatura central, que pode ser obtida com termômetro
esofágico, cateter de pressão intracraniana com dispositivo de temperatura e também com cateter
de artéria pulmonar através da termodiluição.
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Monitor Multiparamétrico
- Pressão arterial invasiva: A pressão por este método é medida através de um cateter
introduzido na artéria, o qual é conectado em uma coluna liquida. A medida da pressão é
obtida através do transdutor de pressão que faz a leitura; é obtida pressão sistólica, diastólica e
média.
- Pressão Venosa Central (PVC): mensura à pré-carga do ventrículo direito (VD), ou seja, a
capacidade de enchimento do ventrículo direito ao final da diástole. Para a mensuração da
PVC, é necessário o posicionamento de um cateter em veia central (veia cava superior),
comumente utilizando-se de punção percutânea de veia subclávia ou veia jugular interna. É
checado radiologicamente para certificar-se que o cateter esteja bem posicionado e não esteja
dentro do átrio direito. Pode-se utilizar para a mensuração da PVC, um manômetro de água
graduado em cm ou um transdutor eletrônico calibrado em mmHg. Espera-se que haja
oscilação da coluna d'água ou do gráfico no monitor, acompanhando os movimentos
respiratórios do paciente valores normais:
- 6 a 10 cm de água;
- 3 a 6 mmHg.
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- Pressão Artéria Pulmonar (PAP): O tratamento do paciente crítico envolve a
monitorização e a avaliação hemodinâmica. O cateter de Swan-Ganz, ou cateter de artéria
pulmonar, 1960, Dr. Swan criou um cateter que permitia aferir as pressões cardíacas direita e
esquerda, porém houve muita dificuldade na passagem do cateter até a artéria pulmonar,
causando algumas complicações nos pacientes como arritmia e até perfuração do miocárdio.
Algum tempo depois, Dr. Swan teve a ideia de colocar um balonete na ponta, diminuindo a
densidade do cateter e melhorando sua passagem, alcançando a artéria pulmonar. Após mais
alguns anos, Dr. Ganz sugeriu a ideia de um termostato na ponta do cateter permitindo a
mensuração do débito cardíaco, tornando-se o cateter que utilizamos atualmente.
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Após a punção do sítio de inserção, o médico procede da mesma forma que um cateter central,
diferenciando apenas pela colocação de um introdutor que irá proteger o cateter; o balonete do
cateter é insuflado e começa a ser inserido dentro do introdutor, vamos acompanhar a
introdução do cateter pelo monitor, onde visualizamos a morfologia da curva de pressão, cada
câmara cardíaca tem uma curva específica, permitindo identificar a localização do cateter.
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