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CONTEÚDO

* Câncer de mama
* Câncer de próstata
* Câncer de pele
* Câncer de colo de útero
CÂNCER DE MAMA
Outubro Rosa: conscientização e saúde mental

O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comum no Brasil,


segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), ficando atrás apenas
do câncer de pele.

Nas mulheres, essa variação da doença é a mais incidente, não só no Brasil,


como também no mundo.

Receber o diagnóstico de uma doença tão perigosa é complicado, pois além


dos desafios físicos que o enfrentamento de um câncer exige, existem os
impactos que o tratamento causa na saúde mental do paciente.
O que é câncer?

É o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o


crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos
"O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres em todo o
mundo, sendo raro em homens.

Normalmente a doença é diagnosticada em exames de rotina quando


se percebe um nódulo na região dos seios.

Entretanto, muitas vezes, os nódulos não podem ser sentidos, sendo,


portanto, fundamental a realização de exames de imagem.

O exame mamográfico é o principal exame realizado para diagnóstico e


deve ser feito por mulheres entre 40 e 69 anos de idade.
"O autoexame das mamas era bastante recomendado como forma de detecção da doença, entretanto, em virtude da dificuldade de algumas mulheres
de entenderem a anatomia do órgão, falsos resultados eram obtidos.

Nódulos pequenos podem não ser sentidos, o que pode causar a falsa impressão de que a mulher está saudável e retardar a consulta ao médico.

Todavia, é importante ressaltar que o autoexame, junto a exames periódicos, pode salvar vidas.
"O câncer de mama possui significativos
índices de cura, que giram em torno dos 95%
quando descoberto precocemente.

O tratamento normalmente consiste em uma


cirurgia para a retirada do tumor e a
complementação com técnicas de
radioterapia e quimioterapia.
"Apesar de muitas vezes o câncer de mama não possuir causa específica, algumas medidas podem ser tomadas como prevenção.
A principal forma de prevenir-se é ter uma alimentação saudável, balanceada e rica em alimentos de origem vegetal.
É importante também evitar embutidos e o consumo excessivo de carne vermelha.
Atividades físicas e hábitos saudáveis de vida, como não fumar nem ingerir bebida alcoólica, também ajudam a evitar a doença.
Câncer de mama nas mulheres
Câncer de mama nos homens

"Assim como as mulheres, os homens possuem glândulas mamárias


e também estão propícios a apresentar o câncer de mama.

Para cada cem casos de câncer de mama em mulheres, existe um


caso de câncer de mama em homens, sendo um tipo de câncer
muito raro e muito pouco estudado.
"Estudos mostram que a média de idade dos homens
acometidos pelo câncer de mama varia de 60 a 70 anos,
concluindo que esse tipo de câncer tende a ser diagnosticado
em idade mais avançada do que nas mulheres.

Na maioria dos casos de câncer de mama masculino, a


detecção da doença é feita em estágio avançado, o que
dificulta o tratamento, podendo haver metástase e por vezes
óbito. 
Assim como outros tipos de câncer, o
câncer de mama masculino tem a
sua causa ainda desconhecida, mas
especialistas acreditam que alguns
fatores podem desencadear a
doença, como:
→   Fatores genéticos: algumas pesquisas mostram que alguns homens que apresentaram a doença têm histórico familiar de câncer de mama.

→   Fatores ambientais: alguns autores descrevem que esse tipo de câncer de mama está associado ao tipo de trabalho da pessoa, como trabalhadores que têm
maior exposição a altas temperaturas, trabalhadores de indústrias químicas, de sabão e perfumes.
→   Fatores hormonais: o uso de hormônios
pode causar hiperestrogenismo, que é uma
desordem relacionada a hormônios sexuais,
o que aumenta as chances de desenvolver o
câncer de mama;
Câncer de mama em homens
CÂNCER DE PROSTATA
Novembro Azul: Conscientização sobre o Câncer de
Próstata

O câncer de próstata é o câncer mais frequente no sexo


masculino, ficando atrás apenas do câncer de pele não
melanoma. 

No intuito de conscientizar a população masculina sobre a


doença, visando a diminuir a taxa de mortalidade, que
ainda é alta, o Instituto Lado a Lado pela Vida e a Sociedade
Brasileira de Urologia (SBU) desenvolvem o Novembro Azul,
uma iniciativa que já faz parte do calendário nacional das
campanhas de prevenção no Brasil.
O objetivo é combater a doença e, principalmente, motivar
a população masculina a fazer exames preventivos.
Sobre o Câncer de Próstata

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, de
forma e tamanho semelhantes a uma castanha.
Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais,
é produzir o esperma.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais frequente em homens, após os tumores de pele.
A doença pode demorar a se manifestar, exigindo exames preventivos constantes para não ser descoberta em estágio avançado
e potencialmente fatal.
Ela acontece quando as células deste órgão começam a se multiplicar de forma desordenada.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o sexto tipo mais comum de câncer no Brasil.
– Quais são os fatores de risco para o câncer de próstata?
• Idade (cerca de 62% dos casos são de homens a partir dos 65 anos)
• Histórico familiar
• Raça (maior incidência entre os negros)
• Alimentação inadequada, à base de gordura animal e deficiente em frutas, verduras, legumes e grãos
• Sedentarismo
• Obesidade
– É possível prevenir?

Evitar a doença, não. Mas é possível diagnosticá-la


precocemente, quando as chances de cura são de cerca de 90%.
– Quais são os sintomas?
Na fase inicial, quando as chances de cura são maiores, não há qualquer sintoma.
Por isso a importância dos exames.
Na fase avançada, quando a cura é mais difícil, o paciente pode sentir: vontade de urinar com urgência, dificuldade para urinar e levantar várias
vezes à noite para ir ao banheiro, dor óssea, queda do estado geral, insuficiência renal, dores fortes.
– Quais são as opções de tratamento?

De acordo com a fase do tumor e as características do paciente, o médico poderá definir quais as melhores formas de tratamento.
Nos estágios iniciais da doença (tumores localizados e localmente avançados) a prostatectomia radical é o tratamento padrão.
Consiste em uma cirurgia para retirada da próstata e apresenta altos índices de cura.
Por que não posso só fazer o exame de sangue?

Porque cerca de 10 a 20% dos casos não são detectados pela dosagem
de PSA no sangue. O exame de toque e o PSA são complementares.
CIRURGIA DA PROSTATA
EXAME DA PROSTATA
CÂNCER DE PELE
O que é?
O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o  Instituto Nacional do Câncer.

O tipo mais comum, o câncer da pele não melanoma, tem letalidade baixa, porém seus números são muito altos.

A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. 
Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por
ano.

Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente.
QUAIS OS TIPOS DE CÂNCER DE PELE? 

Existem, principalmente, 3 tipos de câncer de pele: Carcinoma basocelular (CBC); Carcinoma espinocelular (CEC) e o Melanoma. 


Todos os três são mais frequentes a partir dos 50-60 anos, porém podem surgir em qualquer idade, em especial se existir algum
fator genético envolvido. 
CARCINOMA BASOCELULAR (CBC) 
Esse é o tipo de câncer de pele mais comum que começa nas células basais, que produzem novas células da pele conforme as antigas
morrem. 

Normalmente é caracterizado por um nódulo de cera branco ou uma mancha escamosa marrom em áreas que estão expostas ao sol. 
CARCINOMA ESPINOCELULAR (CEC) 
Segundo tipo de câncer de pele mais comum que normalmente ocorre devido a presença de células escamosas presentes
na camada mais superficial da pele (epiderme).
   
Pode acometer diversas partes do corpo, como cabeça, braços, pernas, região genital e entre outras. 
MELANOMA 
O melanoma é o tipo mais raro de câncer e tem origem nas células produtoras de melanina, substância que determina a
cor da pele (melanócitos).

Pode surgir em qualquer área do corpo humano. 


QUAIS OS SINTOMAS DO CÂNCER DE PELE? 
Os sintomas mais comuns são: pintas que aumentam de tamanho, coçam ou sangram e pintas que mudam de cor ou têm formato irregular.

Além disso, existem alguns tumores que podem ter aspecto de lesões tipo verrugas, nódulos sobrelevados e avermelhados e manchas mais ásperas.

Estas lesões devem ser sempre investigadas especialmente se surgiram de repente, demoram mais de 4 semanas para cicatrizar e se apresentam aumento de tamanho ou
sangramento. 
COMO DIAGNOSTICAR O CÂNCER DE PELE? 
O câncer de pele é diagnosticado através de
uma biópsia da lesão da pele, ou mesmo a
retirada completa da lesão ou da pinta.

Após a coleta, a amostra é encaminhada para


avalição anatomopatológica, onde é
confirmado se é um tumor maligno ou não. 
QUAL O TRATAMENTO DO CÂNCER DE PELE? 
Felizmente, a maioria dos cânceres de pele são diagnosticados no início e o principal tratamento consiste em cirurgia para retirada de lesão ou
pinta.
Em alguns casos, especialmente o melanoma, além da cirurgia da própria lesão, pode ser indicado a retirada de alguns gânglios (linfonodos)
próximos à lesão.
Por exemplo, uma lesão no braço e a retirada de alguns linfonodos da axila. 
Nos casos em que a cirurgia não é possível por diversos motivos, como lesões
muito grandes, cirurgias de risco, ou, até mesmo, quando após cirurgia ainda
existe tumor residual, pode ser utilizada a radioterapia para auxílio do
tratamento. 
Já quando o tumor não é mais localizado e apresenta
metástases, existem tratamentos com quimioterapia e
imunoterapia, a depender do tipo de câncer de pele
COMO PREVENIR O CÂNCER DE PELE? 
A principal medida de prevenção do câncer de pele é evitar exposição solar, desde a infância. 

A exposição controlada ao sol é importante para manter a vitamina D dentro de níveis adequados, mas nunca deve ser
feita sem o uso de protetor solar, chapéus, bonés e óculos de sol. 
Algumas pessoas têm maior risco de câncer de pele (pele clara, exposição solar sem proteção ao longo
da vida, muitas pintas na pele), e, mesmo para aquelas sem fatores de risco, recomenda-se exame
dermatológico uma vez ao ano, para que seja feito diagnóstico precoce.

Assim, é possível um melhor tratamento e maior chance de cura. 


Os tipos de câncer mais comuns na infância e adolescência são:

Leucemia
Tumor do Sistema Nervoso Central
Linfomas
Tumor de Wilms
Neuroblastoma
Osteossarcoma
Câncer dos tecidos moles
Retinoblastoma
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
Câncer de colo do útero O que é?
Um dos mais frequentes tumores
na população feminina brasileira, atrás
somente do câncer de mama e do colorretal.
Afeta cerca de 16 mil de mulheres a cada ano
no país, com a maior parte ocorrendo antes
dos 50 anos
ANATOMIA
O colo uterino é a parte inferior do útero localizada junto à cúpula
da vagina, com a qual se comunica por meio de um conduto, o canal
cervical, por onde penetram os espermatozoides e sai o sangue
menstrual.

A parte externa do colo, que fica em contato com a vagina, chama-


se ectocérvice; sua parte interna é a endocérvice.

O local em que o canal cervical se abre para a vagina recebe o nome


de zona de transformação, área em que se desenvolve a maioria
dos tumores do colo uterino.
Os cânceres do colo uterino se originam nas células que forram essa
área: o epitélio.

A parte que está em contato com a vagina (a ectocérvice) é revestida


por um epitélio escamoso (semelhante ao da vagina), que pode dar
origem ao câncer de células escamosas.

O epitélio da parte interna do colo de útero (endocérvice) é um


epitélio glandular e pode dar origem a outro tipo de câncer do colo
uterino: o adenocarcinoma.
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
O tumor uterino tem início como uma lesão pré-
maligna, chamada neoplasia intraepitelial cervical,
sendo lesões causadas pelo HPV.

De acordo com o grau de comprometimento, são


classificadas em graus 1, 2 e 3 (em ordem
crescente de agressividade).
O último estágio das lesões pré-malignas é a neoplasia
intraepitelial cervical grau 3, previamente também
chamada de carcinoma in situ.

Nessa fase, as células malignas atingiram pelo menos


dois terços da espessura do epitélio cervical, porém
ainda não têm a capacidade de invadir os tecidos e
causar metástases, por estarem limitadas por uma
barreira natural do órgão, chamada membrana basal.
Quando o tumor consegue ultrapassar a membrana
basal, pode invadir progressivamente os tecidos
vizinhos.

Inicialmente as células malignas irão se infiltrar


superficialmente em direção à vagina e profundamente
em direção às lâminas de tecido conjuntivo que
mantêm o útero fixo em sua posição na bacia: os
paramétrios.
A partir daí, as células tumorais podem invadir
órgãos vizinhos, como bexiga, ureteres, reto,
cavidade pélvica, os linfonodos da região e
penetrar os vasos linfáticos e sanguíneos para
ter acesso a órgãos distantes, como pulmões,
fígado e ossos.
Crescimento local do câncer de colo uterino. Note
que o câncer, ao crescer, passa a infiltrar o tecido
próximo ao epitélio do colo em direção à vagina e
profundamente em direção aos ligamentos que
mantêm o útero fixo em sua posição na bacia: os
paramétrios.
Crescimento à distância do câncer de colo uterino.
Note que o câncer pode atingir os linfonodos
próximos e, a seguir, órgãos distantes, como pulmões,
fígado e ossos.

Felizmente, tumores avançados de colo uterino são


cada vez menos frequentes, porque os exames
preventivos permitem diagnosticar lesões pré-
malignas ou malignas em fase precoce.
TIPOS DO CÂNCER DE CÓLO UTERINO
Existem diferentes tipos de câncer do colo uterino,
dependendo do tipo de célula que lhes dá origem:
Carcinoma epidermoide ou escamoso
É responsável por 70% a 80% dos casos e se origina
nas células da ectocérvice. Está associado à infecção
pelo HPV.

Adenocarcinoma
É o segundo tipo mais comum, correspondente a
cerca de 20% dos casos, e se origina a partir das
células da endocérvice. Também está associado a
infecções pelo HPV.

Carcinoma adenoescamoso
Fatores de risco
O HPV está associado ao aparecimento do
câncer de colo uterino.
A transmissão pela via sexual explica por que
a maioria dos casos ocorre durante a vida
sexual ativa. Como o HPV é transmitido às
mulheres pelos homens, o uso de preservativo
protege as mulheres em até 70% das vezes.
Sintomas
As mulheres precisam ficar atentas a alguns sintomas que são
fundamentais para o diagnóstico desse câncer como:
•Sangramento vaginal, principalmente durante ou após as relações
sexuais
•Sensação de peso e dor na região da bacia
•Dor pélvica
•Sintomas urinários e retais
•Secreção vaginal de odor desagradável
•Outro sinal da doença mais avançada é o odor forte na
região vaginal. Isso ocorre devido à acumulação de tecidos
de origem tumoral na região, que facilitam o crescimento de
bactérias
Prevenção
O rastreamento do câncer do colo uterino deve ser indicado nas seguintes situações:

•Mulheres devem fazer o exame do Papanicolau três anos após a primeira relação sexual e
anualmente a partir de então;
•Mulheres que não tiveram relação sexual até os 18 anos devem fazer o exame do
Papanicolau aos 21 anos. Desse momento em diante, o exame do Papanicolau deve ser feito
anualmente;
•Mulheres com idade a partir dos 30 anos, com três exames normais de Papanicolau, podem
repeti-lo a cada dois ou três anos, desde que não mudem de parceiro sexual;
•Mulheres com idade a partir dos 70 anos, sem fatores de risco e com três exames normais de
Papanicolau podem interromper a periodicidade do exame;
•Mulheres que se submeteram à retirada completa do útero por causas benignas podem
optar por não fazer o exame de Papanicolau.
Diagnóstico

O exame de Papanicolau é uma das maiores


armas da medicina para identificar esse tipo de
enfermidade, inclusive infecções pelo HPV, que
podem ser tratadas antes que se transformem em
câncer.
Mas é importante esclarecer que ele não faz o
diagnóstico diretamente.

Quando o resultado está alterado e há indicação


de avaliações mais detalhadas, vai ser solicitado
que a paciente faça uma biópsia (retirada de um
pequeno fragmento da lesão).
Para visualizar melhor a área afetada, os ginecologistas usam
o colposcópio, aparelho com lentes de aumento.

Além de fazer o diagnóstico, é importante determinar a


extensão do tumor, através do exame clínico e do toque
retal.

Para completar a avaliação, também são empregados


exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia
computadorizada e ressonância nuclear magnética,
conforme o caso.
Tratamento

Requer a combinação de procedimentos como cirurgia,


radioterapia e quimioterapia, dependendo do estágio em que
a doença se apresenta:

No estádio, em que o câncer está confinado ao colo de útero,


podemos separar os tumores que apresentam pequenas
áreas de invasão (tumores com milímetros de tamanho e
microinvasivos – Estádio IA) daqueles maiores, com tamanho
acima de 7 mm (Estádio IB).

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