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Internato de
Clínica da Mulher
F isiologia da Micção e
Incontinência
Urinária:
- Fisiologia da Micção:
controle da micção pelo SNA
e parte motora;
D istopias Genitais:
-Distopia genital corresponde à
qualquer descenço das vísceras
pélvicas, ou seja, corresponde ao
descolamento caudal, total ou parcial de
qualquer segmento ou órgão pélvico da
sua localização habitual, com protrusão
para o canal vaginal;
- Isso ocorre devido a um suporte
anatômico defeituoso → uma fraqueza/
frouxidão na parede; além da falha nos
sistemas de sustentação e suspensão
das paredes vaginais e útero. As
vísceras que podem apresentar
descenço são:
- Prolapso de parede anterior → bexiga;
anteriormente chamado de cistocele;
- Prolapso de parede posterior → reto;
chamado de retocele;
- Prolapso de intestino delgado;
- Prolapso uterino;
- Prolapso combinado → quando temos
mais de um segmento acometido;
- Descolamento caudal, total ou parcial
de qualquer segmento ou órgão
pélvico da sua localização habitual
com protrusão para o canal vaginal;
- Suporte anatômico defeituoso → falha
no sistema de suspensão e
sustentação do útero e paredes
vaginais;
- O aparelho de suspensão da pelve
feminina, representado pela 1ª
imagem, é → ligamento uterossacro,
que possui função de puxar o útero
para trás e para cima, e é o principal
quando relacionado às 3 estruturas;
ligamento cardinal/paramétrio, que
- Tratamento Conservador:
- Exercícios de Kegel;
- Estrogênio vaginal;
- Pessários;
- Pode ser clínico e/ou cirúrgico. O
clínico inclui estrogenioterapia,
fisioterapia e uso de pessários. A
estrogenioterapia mais eficaz é local
– melhora o trofismo vaginal,
realizada com cremes vaginais. A
fisioterapia inclui exercícios de
Kegel, eletroestimulação, biofeedback
e cinesioterapia;
- Importante ressaltar que o tratamento clínico
possui mais importância na prevenção do que
no tratamento propriamente dito. Os pessários
são peças colocadas dentro da vagina, que
ficam caindo e obrigam a paciente a ficar
contraindo, fazendo com que o assoalho
pélvico segure as vísceras que estão
prolapsando. São indicados em prolapsos
sintomáticos a pacientes com contraindicação
cirúrgica;
- Tratamento Cirúrgico: em resumo, são
essas as opções escolhidas na abordagem
cirúrgica para cada tipo de prolapso;
- Prolapso anterior → colpoplastia anterior;
- Prolapso posterior → colpoplastia posterior;
- Prolapso uterino → histerectomia vaginal;
- Prolapso de cúpula vaginal →
- Epidemiologia:
- Aumenta para 75% em mulheres com história de infertilidade;
fi
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022
- Teoria de Sampson ou da
menstrua o retr grada → foi
observado que 90% das
mulheres apresentam l quido
l i v re n a p e l v e e m p o c a
menstrual, sugerindo, assim,
que certo grau de re uxo
tub rio ocorra. C lulas
endometriais, ent o, implantar-
se-iam no perit nio e nos
demais rg os p lvicos, dessa
forma, iniciando a doen a. Como somente 10% das mulheres apresentam
endometriose, os implantes ocorreriam pela in u ncia de um ambiente hormonal
favor vel e de fatores imunol gicos que n o eliminariam essas c lulas desse local
impr prio.
- Teoria gen tica → predisposi o gen tica ou altera es epigen ticas associadas a
modi ca es no ambiente peritoneal (fatores in amat rios, imunol gicos,
hormonais, estresse oxidativo) poderiam iniciar a doen a nas suas diversas formas;
- Divisão:
- Peritoneal: caracteriza-se pela presença de
implantes super ciais no peritônio, não
penetrando mais de 5mm;
- Fatores de Risco:
- História familiar de 1° grau;
- Primiparidade tardia;
- Nuliparidade;
- Menarca precoce;
- Malformações uterinas;
- Estenoses cervicais;
- Tratamento:
- 1- O principal objetivo do tratamento da endometriose é a melhora da
sintomatologia e bloquear a menstruação;
- Classi cação
- 1. Sangramento da o v u l a ç ã o: d u r a 1 a 3 d i a s;
- Concomitante a ovulação;
- 3. Descamação Irregular:
sangramento irregular prolongado;
- 4. Sangramento Pré-
menstrual: perdas de
sangue escassa;
- Dor hipogástrica;
- Massa anexial;
- Causas:
- Miomas → submucosos = mais associados ao sangramento uterino anormal;
- Pólipos endometriais;
- Fisiopatologia:
- 1. Deprivação de estrogênio → ação estrogênica é que amadurece os foliculos
ovarianos, por estimulo do FSH, ate a ovulação, ou seja amadurecimento folicular;
- Na perimenopausa os
folículos passam por
uma falência
progressiva, não
ocorrendo ovulação,
pela baixa produção
de estrogênio;
- 2. Falta de ação da
progesterona →
progesterona reduz a
atividade proliferativa
endometrial e
ocasiona a nidação;
- Na menarca não há
ovulação, portanto não forma progesterona, o que ocasiona uma das formas de
SUA;
- 3. Fase Lútea → esta fase acontece, em média, nos últimos 12 dias do ciclo e,
durante esses dias, o folículo, deixado pelo óvulo dentro do ovário, começa a
produzir progesterona em maior quantidade, para continuar preparando o
revestimento do útero para o caso de uma possível gravidez. Além disso, também
existe um aumento na produção de estrogênio e, por isso, algumas mulheres podem
apresentar sensibilidade nos seios, mudanças de humor e até inchaço. Quando a
fecundação não acontece, o folículo vai encolhendo dentro do ovário e, por isso, os
níveis de estrogênio e progesterona vai diminuindo até que o revestimento do útero
seja eliminado, dando início à menstruação e ao próximo ciclo menstrual. Já se
existir fecundação, o óvulo ca grudado nas paredes do útero e o corpo começa a
produzir hCG, um hormônio que mantém o folículo produzindo estrogênio
e progesterona em níveis elevados para manter o revestimento do útero até à
formação da placenta;
- Fatores de Risco:
- Câncer de endométrio;
- Coagulopatias;
- Resistencia insulínica;
- Doenças tireoidianas;
- Petéquias;
- Equimoses;
- Tamanho do útero;
- São fatores de risco como esses, que ocasionam de uma forma direta a não
ovulação, ou o que chamamos de ciclos anovulatórios. A partir disso, analisamos
que os fatores de risco estão diretamente relacionados tanto com a baixa produção
de estrogênio, como na menacme e na síndrome de ovário policístico, e até mesmo
devido a falta da produção de progesterona, para facilitar a nidação e
consequentemente implantação do embrião;
- Histeroscopia ou histeriassonogra a;
- Coagulograma;
- Hemograma;
- Função tireoidiana;
- Diagnóstico Diferencial:
- Abortamento;
- Mioma;
- Ca de colo do útero;
- Discrasias sanguíneas;
- Vaginites (idosas);
- Cervicite;
- Ca de corpo do útero;
- Tratamento Medicamentoso:
- Fase Aguda:
- Te r a p i a c o m E s t r ó g e n o e
Progesterona → a terapia com
anticoncepcional oral combinada
é efetiva em ciclos anovulatórios,
além de induzir a diminuição do
risco de câncer de ovário e
endométrio;
- Fase Crônica:
- Preservação dos Ciclos Menstruais → utilizado com fármacos que contenham
progestagênio. A ação destes será de interromper o efeito proliferativo do estrogênio
sobre o endométrio, transformando-o em endométrio secretor. Porém, não levam a
epitelização, logo não culmina na cessação do sangramento.
- Tratamento Cirúrgico:
- Histerectomia:
A menorréia:
- 4. A a menstruação do mês não ocorre no dia esperado. Nesse sentido, ela pode
vir com alguns dias de retardo, ou eventualmente, nem acontecer. Vale esclarecer
- Amenorreia um sintoma
caracterizado pela aus ncia de
menstrua o. Pode-se referir que a
amenorreia, em mulheres sem uso
de medicamento hormonal e na
aus ncia de gesta o e lacta o,
indicativa de uma disfun o; e o tratamento s ser adequado com o diagn stico
etiol gico correto;
- Pode ser classi cada em prim ria ou secund ria para descrever, respectivamente, a
aus ncia de menstrua o sem a ocorr ncia de menarca ou ap s a menarca. A falha
da menarca, isto , aus ncia da primeira menstrua o espont nea, caracteriza a
amenorreia prim ria, que deve ser investigada quando → a menarca n o ocorreu
aos 15 anos de idade em meninas com caracteres sexuais secund rios presentes; a
menarca n o ocorreu 5 anos ap s o in cio do desenvolvimento das mamas, se isto
se deu antes dos 10 anos de idade; nas meninas em que, aos 13 anos de idade,
seja observada completa aus ncia de caracteres sexuais secund rios;
- Diagn stico:
- Anamnese: ao constatar que gesta o, amamenta o, amenorreia induzida por
medica o e casos de ambiguidade sexual est o exclu dos, algumas
particularidades auxiliam nessa investiga o:
- Exame genital → o diagn stico de h men imperfurado pode ser feito pela inspe o;
j o diagn stico de vagina curta, pela intro- du o de cotonete ou de hister metro
pela abertura himenal. No exame, avaliar sinais de atro a genital. Em pacientes que
j iniciaram vida sexual, o especular pode auxiliar na avalia o de outras m s-
forma es vaginais e de colo, e o toque bimanual, na avalia o dos rg os p lvicos.
- Avalia o Laboratorial:
- Dosagens s ricas de horm nio foliculotr co ou fol culo-estimulante → FSH e
prolactina.
- Exame de Imagem:
- Resson ncia magn tica em casos particulares. Para avalia o p lvica, em especial
em alguns casos de malforma o dos rg os genitais. Resson ncia magn tica ou
tomogra a de sela t rcica ou de cr nio, quando necess rio investigar tumores;
- Tratamento: amenorreia um diagn stico sindr mico, ou seja, re ete um sin- toma
de diversas doen as ou afec es. O tratamento est vinculado sua etiologia, bem
como s expectativas da paciente, em especial, reprodutivas e sexuais;
- Tratamento Cl nico:
- Na hiperprolactinemia → tratamento com agonistas dopamin rgicos. A
bromocriptina empregada na dose inicial de 1,25 mg por dia, durante os primeiros
sete dias. A seguir, a dose aumentada gradualmente, dividida em duas a tr s
tomadas di rias, at que se obtenha o controle dos sintomas. A cabergolina outro
- Nos casos de hipoestrogenismo, a conduta vari vel → na amenorreia prim ria sem
desenvolvimento dos caracteres sexuais secund rios, come ar o tratamento com
pequenas doses de estro- g nio e, posteriormente, aumentar a dose at o
desenvolvimento mam rio, com posterior inclus o de progestag nio. Elevar a dose
estrog nica at atingir dose da fase adulta (ver protocolo espec co de insu ci ncia
ovariana prematura). Na de ci ncia estrog nica na mulher adulta, reposi o com
estrog nios conjugados ou estradiol por diferentes vias, sendo que, nas mulheres
com tero, a adi o de progestag nio necess ria para evitar o c ncer de endo-
m trio. Quando o hipoestrogenismo for decorrente de situa es revers veis, pode-se
proceder reposi o estroprogestativa concomitante ao tratamento espec co para
a causa (exemplo: desordens alimentares ou algumas doen as cr nicas), at o
restabelecimento da fun o ovariana;
- O exame f sico deve contemplar altura, peso, ndice de massa corporal, avalia o de
hirsutismo, pesquisa de galactorreia, acne, alopecia, estrias e manchas e de outras
altera es na pele, palpa o da tireoide, avalia o da distribui o dos pelos
pubianos e do tro smo vaginal. Nesta etapa s o identi cadas as pacientes com
hiperandrogenismo, que seguir o investiga o apropriada para diagn stico
- Segunda etapa → dosagem de TSH (horm nio tireotr co), de FSH (horm nio
fol culo estimulante) e de prolactina (PRL). A dosagem de TSH tem como objetivo a
detec o de doen as da tireoide, principalmente de hipotireoidismo subcl nico
encontrado em pequeno n mero de pacientes amenorreicas. A dosagem de
prolactina visa exclus o de hiperprolactinemia, que pode ser idiop tica (disfun o
hipotal mica ou outras situa es que possam alterar a produ o ou concentra o
da dopamina – inibidora da PRL), consequente ao hipotireoidismo (se n o foi
dosado TSH, deve ser feito agora), causada por tumores da hip se (micro e
macroprolactinoma), devido ao uso de medica es (metoclopramida, verapamil,
risperidona, fenotiazidas, butirofenonas, ACOs, dentre outras), ou em situa es ditas
siol gicas (lacta o, estimula o mam ria, estresse, sono);
- A dosagem de FSH objetiva, por sua vez, avaliar se a causa da amenorreia est no
compartimento ovariano ou nos compartimentos centrais (eixo hipot lamo-
hipo s rio). a etapa em que se exclui fal ncia ovariana: FSH elevado indica defeito
em ov rios (hipogonadismo hipergonadotr co), devido redu o no n mero de
fol culos e/ou defeitos nos mecanismos de est mulo ao desenvolvimento
folicular.8,10 A fal ncia ovariana pode ser suspeitada em pacientes com menos de
40 anos, que apresentam sintomas menop usicos precoces associados a n veis
elevados de FSH.1 Em pacientes com menos de 30 anos com fal ncia ovariana n o
iatrog nica deve ser feito cari tipo, para afastar mosaicismo com cromossoma Y –
que leva indica o de gonadectomia pelo risco de gonadoblastoma;
- FSH normal ou diminu do (<5mUI/ml) indica causa central, com aus ncia de
estimulo produ o hormonal ovariana (hipogonadismo hipogonadotr co). FSH
normal tamb m pode indicar altera o uterina como causa de amenorreia. Nestes
casos, necess rio prosseguimento da investiga o;
- Quarta etapa → teste do estrog nio. O teste do estrog nio a etapa seguinte da
investiga o no caso de a paciente n o ter apresentado sangramento ap s o teste
da progesterona. a fase em que se visa descobrir se a aus ncia de ciclos
menstruais devido de ci ncia estrog nica, les o endometrial ou a
anormalidades no trato de sa da. Esta etapa mimetiza um ciclo com estrog nio e
progesterona ex genos, baseando-se na administra o de estrog nios conjugados
na dose de 1,25 mg/dia ou 2 mg de estradiol via oral por 21 dias, com associa o
de progesterona (acetato de medroxiprogesterona) nos ltimos 5 a 10 dias, nas
mesmas doses citadas anteriormente para o teste de progesterona. A ocorr ncia de
sangramento indica teste positivo e exclui as causas uterovaginais, sendo a falta de
estrog nio a causa de amenorreia;
- Quinta etapa → teste do GnRH (horm nio liberador de gonadotro nas). E por m,
em casos de de ci ncia central, pode-se realizar o teste do GnRH, al m de exames
de imagem do SNC para avalia o adicional. Altera es funcionais hipotal micas
s o as razoes mais frequentes hipogonadismo hipogonadotr co, e na maior parte
das vezes est o relacionadas ao estresse psicol gico, perda de peso acentuada
ou desnutri o e ao exerc cio f sico excessivo;
- Classi cação:
- OMS: inclui 7 grupos de amenorreia. A porcentagem de anovulação correspondente
a cada grupo 4 será apresentada entre parênteses;
- Grupo 5 → prolactinoma;
- Diagnóstico:
- Sintomas e sinais → dependendo da gravidade, podem variar desde ciclos normais
frequentes ou infrequentes até amenorreia, em mulheres estressadas e com índice
de massa corporal (IMC) alterado, incluindo também mulheres obesas sem outra
etiologia endócrina;
- Tratamento: a mudança de hábitos, rumo a uma vida saudável, pode ser a solução
de nitiva → alimentação, exercício físico e gestão do stress;
- Adenomas: 91% são massas selares e parasselares. Selares de TSH, GH, ACTH,
prolactinomas, FSH-LH (raro);
- Diagnóstico:
- Signos e sintomas → a amenorreia é acompanhada por sintomas e sinais
neurológicos produzidos por lesões estruturais de HH, como: cefaleia, hipertensão
intracraniana e distúrbios de nervos cranianos, entre outros. Na avaliação,
geralmente são necessários endocrinologistas, neurologistas, ginecologistas e
neurocirurgiões;
- Teste de GNRH → para diferenciar lesões hipotalâmicas de lesões hipo sárias (bolus
subcutâneo de 100 mg de GNRH e a resposta basal de LH e FSH é determinada,
- Diagnóstico:
- Sinais e sintomas → ciclos infrequentes, amenorreia, galactorreia (56%) mais
associada à hiperprolactinemia tumoral em que também podem ser encontrados
efeitos de massa;
- Hipotireoidismo → levotiroxina;
- Diagnóstico: fácil quando os critérios diagnósticos são levados em conta (Tabela 4).
No entanto, ainda é debatido se os critérios de Rotterdam ou Thessaloniki são mais
apropriados para o diagnóstico de SOP. Nos critérios de Rotterdam 2003, além de
considerar os fenótipos que provoca, o diagnóstico é considerado com 2 dos 3
critérios iniciais, mais o quarto critério. Os Três Critérios de Tessalônica, conduzidos
pela Androgen Excess Society e pela SOP Society em 2009, parecem ser os mais
simples e apropriados;
- Tratamento da SOP: manejo básico para todos os pacientes: (i) estilo de vida
saudável, incluindo dieta e exercício físico para manter um IMC normal. Cirurgia
bariátrica se IMC > 35 kg/m2. Apenas reduzi-la em 5% aumenta a frequência de
ovulação 26. (ii) Metformina: para pacientes com resistência à insulina, geralmente
obesos, com hiperandrogenismo conhecido e história familiar. Eles se bene ciam,
principalmente, pela redução dos riscos de DM2 e síndrome metabólica 27;
- 5. Insu ciência Ovárica Prematura (IOP): a insu ciência ovariana prematura (POI)
ou insu ciência ovariana primária, anteriormente chamada de insu ciência ovariana
prematura (POF), é a perda temporária ou permanente da função ovariana em
pessoas com menos de 40 anos de idade. Esta amenorréia hipergonadotrópica-
hipoestrogênica (Figura 2). É potencialmente reversível, visto que 5-10% voltam a ter
ciclos menstruais intermitentes e gestações espontâneas em 4,4%, razão pela qual
o nome PIO é mais apropriado 34,35. A prevalência de PIO é geralmente de 1% em
sobreviventes de câncer; mas, em geral, é de 3,7% E relacionado à idade: entre 18 e
25 anos 1/10.000, entre 25 e 30 anos 1/1.000 e entre 35 e 40 anos 1/100. Causa
pelo menos 10% de anovulação e amenorreia. Muitos POIs foram considerados
- Metabólico → galactosemia;
- Diagnóstico:
- Sintomas e sinais → o hipoestrogenismo agudo causa sintomas vasomotores e, se
crônico, coloca todos os pacientes em risco de vaginite atró ca, distúrbios da libido,
distúrbios psicológicos, osteoporose e doenças cardiovasculares;
- Tratamento:
- Infertilidade → de forma pro lática, com (i) criopreservação de embriões em
pacientes com possibilidade de parceiro masculino e (ii) criopreservação de oócitos
ou tecido cortical ovariano, em pacientes jovens com suspeita familiar de IOP ou
aguardando tratamento oncológico. Gravidez o mais rápido possível com: (i)
transferência de embriões ou fertilização in vitro (FIV) com os embriões ou oócitos
preservados; (ii) se não foi feita pro laxia, é melhor realizar a FIV com oócitos
doados o quanto antes; não é prudente esperar reversão espontânea da PIO ou
estimulação de indutores de ovulação. (iii) Ultimamente, em pacientes com HAM
positivo, está sendo tentada a extração laparoscópica de tecido cortical ovariano
para fragmentação capsular, estimulação e autotransplante, na esperança de
reversão da PIO e até gestações espontâneas ou com FIV;
- Tratamento: Levotiroxina até estabilizar TSH < 2,5 mUI/mL (Tabela 2). (i)
Anovulação, ocasionalmente é necessário adicionar letterazol ou clomifeno.
Amenorreia: se não reversível com levotiroxina, adicionar ACOS;
- Tratamento:
- Corticosteroides → dexametasona 0,5 mg/dia ou seu equivalente com prednisona (5
mg) ou hidrocortisona (10 mg). (i) Na anovulação,ocasionalmente, é necessário
adicionar literazol ou clomifeno. (ii) A amenorreia é gerida com Acos;
- Tumor hipo sário produtor de ACTH (doença de Cushing) → ACTH é maior que 20
ng/mL e RM hipo sária é positiva para tumor; em casos duvidosos, os gradientes de
ACTH são medidos por cateterização dos seios venosos petrosos;
- Amenorreia → EP;
- Cerca de 80% dos tumores não funcionantes são derivados das células
gonadotró cas. Como as células tumorais gonadotró cas geralmente produzem
hormônios ine cientemente os pacientes apresentam hipogonadismo e
irregularidade menstrual;
- Gokalp et al. (2016) descrevem que a glândula pituitária é um dos tecidos mais
vascularizados, entretanto, na gravidez ocorre hiperplasia e hipertro a dos
lactótrofos sem aumento correspondente no seu suprimento sanguíneo.
Consequentemente, a glândula pituitária se torna vulnerável à isquemia, devido a
sangramentos no período gestacional. As células mais afetadas são somatotró cas,
lactotró cas, gonadotró cas, corticotró cas e tireotró cas, respectivamente;
- Barbieri e Ehrmann (2021) orientam que a avaliação clínica deve ser seguida de
testes laboratoriais para hiperandrogenemia, com início na dosagem de testosterona
total ou livre. Além disso, se oligomenorreia/amenorreia, pede-se triagem para
outras causas de anovulação, como dosagem de β-HCG, painel de doenças
crônicas (hemograma, taxa de hemossedimentação e per l metabólico abrangente),
FSH e LH, prolactina, TSH, 17- α-hidroxiprogesterona, Sulfato de
Desidroepiandrosterona (SDHEA), Cortisol, IGF-1 e ultrassom abdominal e pélvico.
Além disso é importante avaliar o risco cardiometabólico, por meio de exames como
lipidograma, Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG), além da aferição regular da
pressão arterial e do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC);
- Conforme relatado por Luisi et al. (2015), aproximadamente 21% dos casos de FOP
familiares têm relação com a pré-mutação do gene FMR1 localizado no
cromossomo X, e a mutação completa caracteriza a síndrome do X frágil. Na
síndrome de Turner (45, X), os níveis foliculares iniciais são normais, mas ocorre uma
redução folicular mais acelerada. Desse modo, algumas pacientes apresentam
amenorreia primária, e outras podem ter alguns ciclos menstruais e, logo após,
entrar em falência ovariana;
- No estudo realizado por Mendoza et al. (2015), dentro das causas metabólicas
podemos citar a galactosemia, condição rara caracterizada pela de ciência de
galactose- 1-fosfato-uridil-transferase. A toxicidade de seus metabólitos tem efeito
direto sobre as células germinativas. Dentre as causas autoimunes, as mais
comumente associadas à FOP são o hipotireoidismo, diabetes mellitus tipo I,
doença de Addison, miastenia gravis, doença de Crohn, vitiligo, anemia perniciosa,
lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide e a síndrome autoimune
poliglandular;
- De acordo com Mendoza et al. (2015) con rmado o diagnóstico deve ser solicitado
ultrassonogra a transvaginal, testes genéticos e imunológicos, observando a história
clínica, ginecológica e/ou obstétrica, familiar, patologias pregressas e o biotipo das
pacientes. Ademais, é interessante fazer um estudo da reserva ovariana da paciente
com desejo de gestar, por meio da contagem de folículos antrais detectados por
ultrassom e da dosagem de hormônio antimulleriano. A diminuição da atividade
hormonal ovariana pode aumentar os riscos de desenvolvimento de distúrbios
cognitivos, afetivos, predispor doenças cardiovasculares, AVC e osteoporose, que
podem ser reduzidos por meio da Terapia de Reposição Hormonal (TRH) que
consiste na reposição de 100 mcg/dia de estradiol para mimetizar uma dose
siológica e na adição de progesterona cíclica por 10-12 dias mensalmente,
prevenindo contra hiperplasia e câncer endometrial (LUISI et al., 2015). De acordo
com Pinkerton et al. (2017) é recomendado o início precoce da TRH e sua
manutenção até a idade mediana da menopausa (50-52 anos). É importante
observar se há contraindicações para a TRH como, por exemplo, histórico pessoal
ou familiar de câncer estrogênio- dependente. Para Mishra et al. (2019), além da
terapia hormonal, a reposição de cálcio e vitamina D e a prática de exercícios físicos
são e cazes na abordagem das pacientes com FOP;
- Quando existe uma perda da função da enzima codi cada pelo gene CYP21A2 (21-
hidroxilase) de 20-50% tem-se a HACNC, a 21-hidroxilase é catalisadora da reação
d e c o n v e r s ã o d a p ro g e s t e ro n a e d a 1 7 - α - h i d ro x i p ro g e s t e ro n a e m
desoxicorticoesterona e 11-desoxicortisol, respectivamente. Estes são precursores
de hormônios como aldosterona e cortisol. Sendo assim, uma perda funcional da
21-hidroxilase causa uma redução na biossíntese de aldosterona e cortisol e uma
elevação de precursores, principalmente a 17-α-hidroxiprogesterona. Além disso,
devido ao aumento na concentração do hormônio adrenocorticotró co (ACTH),
graças ao mecanismo de feedback, ocorre uma elevação de andrógenos adrenais;
- Segundo Carmina et al. (2017), é possível realizar o diagnóstico via estudo genético,
porém, devido ao alto custo geralmente é feito pela dosagem de 17-α-
hidroxiprogesterona. Livadas e Bothou (2019) indicam o tratamento com
suplementação de hidrocortisona na infância a m de evitar a fusão prematura das
epí ses em pacientes com sinais de pubarca precoce, de forma rotineira em
pacientes adultos que não tolerem uso de anticoncepcionais orais e drogas
antiandrogênicas, em casos de infertilidade, em situações de estresse como
cirurgias, traumas e infecções e durante a gestação a m de manter níveis de
testosterona no limite superior da normalidade. Entretanto, há controvérsias na
literatura sobre a recomendação da medicação, não existindo guidelines de
tratamento disponíveis. Os sintomas de hiperandrogenismo (acne e hirsutismo)
- Tumor Ovariano dos Cordões Sexuais: tumores dos cordões sexuais são um
grupo de neoplasias raras e clinicamente heterogêneas com diversos tipos
patológicos. Diferentemente dos outros tumores ovarianos que aparecem entre a
sexta e a sétima décadas de vida, os tumores ovarianos dos cordões sexuais
frequentemente aparecem em adolescentes e adultos jovens (LUKE et al., 2017). Os
2 tipos mais frequentes são os tumores de células da granulosa e o tumor de células
de Sertoli-Leydig, representando 85% dos tumores de cordões sexuais em crianças
e adolescentes;
- No mundo, o c ncer do colo do tero foi respons vel por mais de 265 mil bitos em
mulheres em 2012, sendo que 87% desses bitos ocorreram em pa ses em
desenvolvimento. A ltima informa o para mortalidade no Brasil aponta que
ocorreram, em 2013, 5.430 mortes por c ncer do colo do tero em mulheres
brasileiras. A sobrevida em cinco anos para esse tipo de c ncer obteve melhora ao
longo dos anos, variando de menos de 50% para mais de 70% em todo o mundo,
de uma forma geral. No Brasil, para o per odo de 2005 a 2009, a sobrevida cou em
torno de 61%;
- Vacinação: no Brasil, o calend rio vacinal inclui, desde 2014, a vacina tetravalente
contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir de janeiro 2017, os meninos de
12 a 13 anos tamb m come aram receber a vacina. A faixa et ria ser ampliada
gradualmente at 2020, quando a vacina estar dispon vel para meninos de 9 a 13
anos. O esquema vacinal consiste em duas doses, com intervalo de seis meses para
meninas e meninos.(1) Al m do c ncer do colo do tero, a vacina protege contra
c ncer de p nis, garganta, nus e verrugas genitais. Essa vacina protege contra os
subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os
dois ltimos s o respons veis por cerca de 70% dos casos de c ncer do colo do
tero. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcan arem a idade preconizada,
dever o realizar o exame preventivo, pois a vacina n o protege contra todos os
subtipos oncog nicos do HPV. A vacina quadrivalente foi aprovada nos Estados
Unidos pela FDA (Food and Drug Administration) para ser usada em mulheres e
homens na faixa et ria de 9 a 26 anos;
- Testes de HPV: os testes de HPV podem ser utilizados para rastreamento do c ncer
do colo uterino, triagem de mulheres com resultado citol gico compat vel com atipia
de c lulas escamosas de signi cado indeterminado (ASC-US) e para seguimento de
mulheres tratadas por neoplasia intraepitelial cervical grau 2 ou 3 (NIC 2/3). Os
testes de HPV s o coletados no canal cervical. Existem v rios testes dispon veis,
sendo a maioria baseada em detec o do DNA-HPV.(1,2) Os testes dispon veis
detectam em geral os 12 tipos de HPV de alto risco oncog nico de nidos pelo
IARC, os HPVs 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59;
- Diagn stico Citopatol gicos de ASC e AGC: todas as mulheres com laudo
citopatol gico de ASC-H devem ser encaminhadas para colposcopia. No caso de a
citologia se manter ASC-US ou de maior gravidade, a paciente a partir dos 25 anos
dever ser encaminhada para colposcopia. Mulheres imunossuprimidas com
diagn stico citopatol gico de ASCUS devem ser encaminhadas para colposcopia j
no primeiro exame alterado. Pacientes com diagn stico citol gico de AGC devem
ser encaminhadas para colposcopia. colposcopia, deve ser realizada nova coleta
de ma- terial para citologia com especial aten o para o canal cervical.
Concomitantemente, recomend vel a avalia o endometrial com ultrassonogra a
- Nos casos em que o exame histopatol gico da pe a cir rgica mostrar qualquer uma
das margens comprometidas por NIC 2/3, o seguimento dever ser feito com exame
citopatol gico e colposcopia semestrais nos primeiros dois anos;
- O m todo ouro de diagn stico do c ncer de colo uterino dado pela histologia, que
pode ser realizada por meio de uma biopsia direta da les o ou, em casos de les o
endocervical, por meio da coniza o de colo uterino ou curetagem do canal
endocervical. Esta ltima modalidade apresenta taxas de at 50% de falso-negativo,
ou seja, dever ser valorizada quando mostrar um resultado positivo; quando
negativo, n o afasta a possibilidade de haver um tumor. A coniza o indicada
quando a invas o (> 5 mm) n o pode ser descartada pela colposcopia e bi psia
dirigida da les o, quando a bi psia mostrar les o microinvasora, quando a
colposcopia insatisfat ria na suspeita de invas o ou em casos de n o
concord ncia entre os m todos diagn sticos, na suspeita de invas o. Atualmente,
nos tumores escamosos invasores iniciais, a prefer ncia pela coniza o a frio,
para evitar os danos t rmicos e fragmenta o do material, por m o uso da cirurgia
de alta frequ ncia (CAF) para a realiza o dessa coniza o diagn stica tamb m
aceito, desde que respeite a t cnica adequada e os princ pios b sicos desse
procedimento, como a ressec o em pe a nica. Nas les es glandulares
(adenocarcinoma invasor inicial), a prefer ncia pelo uso da coniza o a frio para
estabelecer o estadiamento correto da les o;
- e. Status das margens cir rgicas (livres, comprometidas para les o intraepitelial,
comprometidas para les o invasora);
- Com essas informa es, o ginecologista poder estadiar corretamente a pa- ciente
segundo os crit rios da FIGO e indicar a melhor proped utica para o caso. Apesar
do estadiamento do carcinoma do colo do tero, recomendado pela FIGO, ser
realizado por exames cl nicos, a avalia o por imagens deve ser realizada sempre
que poss vel;
- O adenocarcinoma in situ uma doen a rara atualmente, cuja incid ncia tem
aumenta- do em mulheres jovens. O diagn stico histol gico demanda uma grande
experi ncia do patologista, pois simula atipia glandular reparativa ou reativa,
metaplasia tub ria, endometriose ou at adenocarcinoma invasor. importante
lembrar que a citologia n o um m todo adequado para detec o do
adenocarcinoma in situ, sendo essa frequentemente diagnosticada por bi psia
colpodirigida frente a uma colposcopia anormal ou na pe a de coniza o. A conduta
no adenocarcinoma in situ permanece controversa, pois a maior parte das
informa es prov m de s rie de casos e existem dados con itantes em rela o
presen a de doen a residual frente a margens do cone livres ou comprometidas.
Como a doen a se origina no canal cervical, pode ser mais di cilmente excisada por
coniza o. A margem comprometida tem sido associada com at 50% de doen a
residual, com eventuais focos de invas o endocervical;
- Nos casos de carcinoma escamoso microinvasor est dio IA1 sem invas o
angiolinf tica, a coniza o a frio em pe a nica o tratamento padr o, em mulheres
que desejam preservar a fertilidade ou mesmo em mulheres menopausadas. As
margens do cone devem estar livres de qualquer neoplasia. muito frequente a
- Nos casos de adenocarcinoma microinvasor est dio IA1 sem invas o angiolinf tica,
a conduta permanece controversa, e tratamentos mais radicais t m sido
frequentemente indicados. Essa radicalidade ocorre, pois, existe uma maior
di culdade em avaliar a profundidade da invas o em pe as de mulheres com
adenocarcinoma microinvasor. Em mulheres com desejo de manter a fertilidade, a
coniza o um tratamento aceit vel, desde que a pe a cir rgica tenha sido
adequadamente avaliada, que n o haja invas o angiolinf tica ou presen a de
neoplasia nas margens do cone. ideal que o esp cimen do cone tenha 3 mm de
margens livres. A detec o do adenocarcinoma microinvasor pode ser realizada em
pe as de excis o da zona de transforma o com al a realizada para proped utica e
tratamento das les es cervicais precursoras. ideal que a excis o tenha sido
realizada em pe a nica. Caso haja doen a nas margens do cone, opte por novo
cone ou traquelectomia;
- Optando-se por histerectomia, nos casos de cone com margens livres, o risco de
doen a extracervical baixo, n o havendo, portanto, indica o de linfadenectomia
ou parametretomia. Caso se opte por histerectomia na presen a de doen a nas
margens do cone, deve se proceder a histerectomia radical com linfadenectomia,
pelo risco de carcinoma invasor profundo no canal cervical. A ooforectomia
opcional e deve ser reservada para mulheres na menopausaO tratamento padr o
para carcinoma escamoso e adenocarcinoma microinvasor do colo do tero, com
invas o de espa os linfovasculares ou com profundidade de invas o maior que 3
mm, a histerectomia radical modi cada com linfadenectomia p lvica. Nesses
casos, a probabilidade de invas o linfonodal de cerca de 10%;
- Durante o intraoperat rio deve ser avaliada a extens o da doen a e, caso haja
comprometimento linfonodal, deve se prosseguir com a histerectomia radical. O
procedimento pode ser realizado via abdominal, vaginal ou por cirurgia minimamente
invasiva. A traquelectomia radical com linfadenectomia permite excelente controle
oncol gico quando bem indicada. As taxas de gesta o t m sido em torno de 50%,
por m h uma alta taxa de aborto e trabalho de parto prematuro
- Pacientes que tinham linfonodos suspeitos foram exclu das. As taxas de intervalo
livre de doen a e sobrevida global foram signi cantemente maiores no grupo que
recebeu tratamento combinado (quimioterapia e radioterapia concomitante). Desde
ent o, ap s estes tr s estudos cl ssicos, a quimioterapia e radioterapia
concomitante tornaram-se o tratamento padr o dos carcinomas do colo do tero
inoper vel. Mais recentemente, gemcitabina foi adicionada ao tratamento
combinado de cisplatina e radioterapia concomitante em pacientes com carcinoma
de colo est dios IIB-IVA e foi veri cado aumento na sobrevida global 74,4% versus
65,0%, por m com toxicidades grau 3 e 4 frequentes no bra o com gemcitabina
86,5% versus 46,3%, respectivamente;
- Apesar de poucos estudos terem avaliado especi camente o tratamento prim rio do
adenocarcinoma invasor do colo uterino, esse tipo histol gico usualmente tratado
da mesma forma que o carcinoma das c lulas escamosas. A histerectomia radical
com linfadenectomia p lvica bilateral (com ou sem bi psia de linfonodo sentinela)
o tratamento preferencial para o c ncer de colo uterino est dio IB1 quando a
preserva o da fertilidade n o desejada. A radioterapia de feixes externos (EBRT)
consiste em uma alternativa para pacientes com contraindica o ou que recusem o
tratamento cir rgico. Para preservar a fun o end crina, a transposi o ovariana
pode ser considerada previamente radioterapia p lvica em mulheres com menos
de 45 anos de idade com c ncer de c lulas escamosas. Naquelas mulheres com
desejo de preser- va o da fertilidade, a traquelectomia radical via vaginal com
linfadenectomia p lvica videolaparosc pica pode ser considerada em casos
selecionados e com tumores de di metro inferior a 2 cm. A traquelectomia radical
via vaginal tem surgido como uma op o para preserva o da fertilidade em casos
selecionados no est dio IB1 com at 4 cm de di metro pela possibilidade de uma
maior ressec o parametrial;
- RESUMO:
- Est gios Ib e IIa: s o considerados est gios iniciais, podem ser tratados por cirurgia
ou radioterapia com alto grau de sucesso e os resultados de ambas modalidades
s o similares. A cirurgia prefer vel na paciente jovem pela possibilidade de
preserva o dos ov rios e manuten o da fun o hormonal;
- Radioterapia p s-operat ria est indicada nas les es maiores de 4cm de di metro,
histologia graus II e III, na presen a de invas o estromal profunda, in ltra o linfo-
vascular, linfonodos comprometidos e margens cir rgicas ex guas. Recomenda-se a
irradia o p lvica com megavoltagem na dose de 45Gy em 25 fra es di rias de
1,8Gy, seguida de braquiterapia do fundo vaginal;
- A Radioterapia exclusiva tamb m pode ser utilizada no tratamento dos est gios
iniciais. A preserva o da fun o hormonal pode ser conseguida atrav s da
realiza o de ooforopexia por video-laparoscopia pr via radioterapia. Os ov rios
s o transpostos para as cristas il acas, demarcados com clips radiopacos e
colimados com blocos individuais de chumbo;
- Est gios IIIa e IIIb: tumores do est gio III constituem enfermidade avan ada e n o
s o pass veis de cirurgia. S o tratados por radioterapia exclusiva com resultados
pobres. O tratamento utiliza a radioterapia p lvica de megavoltagem na dose de
45Gy em 25 fra es seguida de braquiterapia. Toda a extens o vaginal deve ser
inclu da na braquiterapia do est gio IIIa, atrav s da utiliza o de cilindros vaginais.
Nos tratamentos de baixa taxa de dose, duas inser es de 20Gy em 48 horas, com
intervalos quinzenais s o recomendadas. A distribui o de cargas deve ser tal que o
ter o superior da vagina, a 5mm de profundidade, receba a mesma dose liberada no
pontoA. A soma das doses de radioterapia externa e braquiterapia deve ser da
ordem de 100Gy no ter o superior da vagina, 80Gy no ter o m dio e 60Gy no ter o
inferior. Deve-se usar o cilindro de maior di metro que a vagina possa conter;
- Da mesma forma que descrita para os tumores do est gio IIb, a complementa o de
dose nos param trios feita com 9Gy de radioterapia externa, em campos
localizados pequena pelve. Bloco mediano protege as reas centrais que
receberam braquiterapia. Os resultados do tratamento radioter pico no est gio III
s o insatisfat rios. Outras modalidades de tratamento podem ser empregadas na
tentativa de melhorar as taxas de controle local e sobrevida e incluem as altera es
do fracionamento e a braquiterapia intersticial dos param trios. Os resultados
reportados ainda s o controversos e n o permitem incluir e recomendar nenhuma
- Est gio IV: habitualmente tratado por radioterapia exclusiva. A cirurgia pode ser
empregada em casos selecionados mas consiste na exentera o p lvica. A
evolu o da t cnica operat ria tem possibilitado a realiza o de exentera es
posteriores com a conserva o do es ncter anal e exentera es anteriores com
reconstru o de neo-bexiga e preserva o da fun o urin ria. A radioterapia feita
com irradia o externa da pelve na dose de 45 - 50,4Gy em 25- 28 fra es. Em
fun o da redu o tumoral, a doen a residual tratada com campo adicional de
radioterapia externa utilizando t cnica rotat ria at a dose de 70Gy. Em casos que
permitam a utiliza o de braquiterapia esta prefer vel irradia o rotat ria
devendo ser realizada nos mesmos moldes descritos para o est gio III;
- O seguimento de mulheres tratadas por c ncer do colo do tero tem como objetivos
a identi ca o de complica es do tratamento e a detec o de recidiva ou
progress o. Dependendo do est dio ao diagn stico e da qualidade do tratamento,
10% a 85% das pacientes tratadas por c ncer do colo do tero podem apresentar
progress o ou recidiva, sendo os primeiros dois anos os de maior risco. A recidiva
pode ser locorregional e dist ncia.(2) O seguimento das mulheres com carcinoma
do colo do tero tratadas deve ser baseado essencialmente na presen a de
C âncer de Endométrio:
-Incidência: é a malignidade do trato genital mais comum nos EUA;
- Fatores Protetores:
- Sinais:
- Exame físico → avaliar linfonodos periféricos e mamas;
- Métodos Diagnósticos:
- Citologia cervical → 1/3 a 1/2 das pacientes com adenocarcinoma endométrio tem
citologia cervical alterada no Papanicolau;
- US transvaginal;
- Dilatação e curetagem;
- Biópsia Endometrial:
- Lesões Pré-cancerosas (Hiperplasia Complexa
Atipica):
- A biópsia endometrial (com ou sem curetagem endocervical) deve ser su ciente para
planejar o tratamento de nitivo;
- Estadiamento: cirúrgico;
Seguimento: exame físico casa 3-6 meses e após 2 anos realizado 6 meses ou
anualmente;
c limatério:
- Coagulação → 7 e 10;
C âncer de Ovário:
-Desa o para o médico → sem sinais e sintomas (maioria não produz
hormônios, e vira massa quando é avançado), rastreamento (citologia oncótica nem
US são efetivos, nem dosar CA 125), benigno x maligno (imagem sem sinais
- C) Do estroma → 5-10%;
- Macroscopia:
- Benignos → cistos em geral uniloculados, lisos, com conteúdo seroso (água);
- Tumores Mucinosos:
- Cistoadenoma mucinoso → 80%;