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DERMATOVIROSES E HANSENÍASE
Professora Tábata Hoffmann
HANSENÍASE
● Micobacterium leprae (Bacilo de Hansen) – notificação compulsória
○ Causada pelo micobactéria Lepra. Também chamada de Bacilo de Hansen
● Incubação longa – divisão lenta
○ Significa que o paciente leva meses a anos (até 10 anos) para apresentar manifestações porque a
divisão lenta
○ Micobacterium leprae leva 14 dias para 1 bactéria virar 2 bactérias (lenta)
○ E. coli leva 20 minutos para 1 bactéria virar 2 bactérias (rápida)
● Principais locais afetados: Pele e células de Schwann
○ Locais que detecta a bactéria quando se faz exame
■ Derme. Então não dá para fazer teste de detecção de anticorpos nem antígenos. Porque a
bactéria fica reservada na derme
● Detectado nas partes profundas da derme
● Podem cursar com deformidades e mutilações
○ Causam estigmas na patologia e dependendo do subtipos, pode se manifestar de forma diferente
Epidemiologia
● Entre os anos de 2016 e 2020, foram diagnosticados no Brasil 155.359 casos novos de hanseníase.
● Perda de sensibilidade cutânea (de 1 ou todos) nas áreas afetadas pelas lesões, podendo ser em relação à:
○ Tato, dor, calor e frio
Exames
● INTERPRETAÇÃO
○ O exame é útil no diagnóstico das infecções por
Mycobacterium leprae, constituindo ferramenta
indispensável no diagnóstico da hanseníase, uma vez
que o Mycobacterium leprae não cresce em meios de
cultura. Assim, o bacilo só pode ser demonstrado por
meio desta coloração, de lesões de pele. A vantagem do
método é a rapidez de execução e alto valor preditivo
positivo. Um resultado negativo, porém, não exclui a
possibilidade da doença.
■ Importância do diagnóstico é para poder intervir
antes.
● ?@A5B* CD* !@EDFB* >* parecido com tuberculose. Só muda a
forma de coleta.
○ Local de coleta de Hanseníase: pele.
○ 5 amostras: 2 amostras no lobo da orelha e dos 2
cotovelos e do local de suspeita de Hanseníase. Gera 5 lâminas no mínimo com 5 cortes diferentes
○ Coleta: usar pinça emborrachada (para não machucar o paciente) e pressionar o tecido para
interromper o fluxo sanguíneo para não interferir na coleta. Aguarda segundos e com auxílio de
bisturi ou lanceta, passa um cotonete ou haste estéril ou parte não
cortante e esfregar na lesão para coletar o material na lâmina. É a única
forma de coleta e análise com eficiência no diagnóstico.
○ O paciente vai ser testado para Hanseníase com o preparado da lâmina
com coloração Ziehls-Nielsen ou álcool ácido resistente (mesmo
para o tuberculose) pois se comportam da mesma maneira. Tudo cora
de azul. Micobactéria cora de rosa. Até mesmo outras bactérias, se
cora de azul e não interfere na análise. A análise é manual, o analista
olha em toda a lâmina para buscar os bacilos.
● GH0*$#&($&*$=+%=#"*>*2H0*(0+)$)%"#I*
OUTROS EXAMES
● Anticorpos: Não existe metodologia que consiga detectar em amostras de anticorpos.
● Reação de mitsuda: Pode -se utilizar reação de “Mitsuda”. O problema é que ela vai detectar todas as
pessoas que tiveram contato com a doença, mesmo aquelas que não estão com a doença. Ou seja, você
vai fazer com os indivíduos passem pelos transtornas da coleta, para só falar se teve contato ou não.
● PCR: Pode usar PCR, mas não é muito acessível. Isso é uma doença de notificação compulsória, pode
manter para o Lacen, laboratório que faz a análise de amostras de doenças de notificação compulsória para
confirmar ou avaliar as cepas. Dá para mandar para ali, e vai ser gratuito para realização, e é rápido. No
caso dessas doenças de notificação compulsória, tem essa
vantagem. HI dá negativa na baciloscopia, HT também. Então se der
positiva é hanseníase, se der negativa, não descarta, confirmamos
por PCR, e nesse caso, conseguimos mandar para o Lacen.
Reação de Mitsuda
Qual o problema na metodologia? Leva 30 dias para ler a reação.
PPD leva poucos dias. Mitsuda dá positivo para todo mundo que teve
contato com a Hanseníase, só teve muita gente que teve contato, mas não teve manifestação porque o sistema
imunológico estava funcionando e o indivíduo não vai apresentar a doença, mas vai ter o anticorpo devido contato.
E você vai submeter o paciente a um teste com reação na pele que pode ulcerar, vai dar desconforto, vai levar 30
dias para resultado. E não vai me dar resultado conclusivo, se o paciente realmente tem a doença. Não
aplicado clinicamente.
○ O diagnóstico final sobre uma provável infecção pelo HSV-1 ou pelo HSV-2 depende da oscilação de
títulos de anticorpos da classe IgG dirigidos contra cada um dos dois agentes separadamente.
Se avaliamos o paciente somente com IgG e sem IgM. Hipóteses: paciente já teve, tem memória, ou tomou vacina,
ou pode ser uma doença crônica, um vírus com evolução crônica. Mas quando avaliamos o paciente dentro da
janela, ele tem tanto IgM quanto IgG.
Como que determino a fase em que o paciente se encontra? Pelo título. Vendo o valor de 5,4 conseguimos
posicionar? não, teríamos que comparar com uma nova amostra, coletando alguns dias depois. Outro ponto
importante é que se esse paciente tem uma infecção, se curou, continua produzindo anticorpos, ele reativa a
doença, o IgG aumenta de novo. Conseguimos detectar reativação do vírus. O vírus permanece no organismo,
mas o anticorpo também permanece, preciso detectar reativação, e é a partir dos títulos de anticorpos, preciso
avaliar dois pontos diferentes para comparar. não tem um padrão, mas se espera uns 10 dias para comparar,
mas se fizer em 5 dias já percebemos essa diferença.
Paciente rosa: ele tem vírus, teve contato, e vai ter o vírus para sempre. E ele pode inclusive ter se infectado pelo
tipo 2, por exemplo, e ter se reinfectado com o tipo 1. Considerar que o IgM pode ser positivado para HSV-1 e
HSV-2. Então, a infecção pode ser recente por um vírus (IgM elevado) e já antiga com vírus presente do vírus de
outro tipo (IgG elevado). IgM reagente significa que ele tem o vírus, não significa necessariamente que o
vírus está ativo. Tratamos os sintomas. Se não tem sintomas, não precisaria iniciar o tratamento.
PACIENTE 1:
●IgM: 2,6. Interpretação: Reagente.
●IgG: 0,5: Interpretação: Não reagente.
Resultado: Tem o vírus. É uma infecção ativa, temos só o IgM reagente.
IgG não reagente, então não temos dúvida.
PACIENTE 2:
● 1a análise:
○ IgM: 2,8. Interpretação: Reagente.
○ IgG: 2,3. Interpretação: Reagente.
○ Tem vírus, mas não dá para dizer que é ativa, precisamos comparar. Olhando a comparação, vemos
reativação, porque elevou expressivamente o título de IgG comparado ao resultado anterior.
● 2a análise (10 dias após):
○ IgM: 2,6. Interpretação: Reagente.
○ IgG: 5,1. Interpretação: Reagente.
● Porque não pode ser somente a mesma infecção e não uma reativação? Porque a janela de elevação e
queda de IgM e IgG é de meses. Só que ao repetir o exame em 10 dias e apresentar uma elevação grande,
indica uma reativação.
PACIENTE 3:
●1a análise:
○IgM: 0,4. Interpretação: Não reagente.
○IgG: 2,9. Interpretação: Reagente.
●2a análise:
○IgM: 0.3. Interpretação: Não reagente.
○IgG: 4,0. Interpretação: Reagente.
●Presença do vírus
●Está ativo? Não dá para saber. Então tenho
que fazer comparação de exames em 2
tempos. Houve reativação? Sim.
44:26 RHAYLAN
● PARA RELEMBRAR! O vírus quando está íntegro, como na circulação e nos tecidos, não é detectado.
Quando ele está dentro da célula, usa a célula do hospedeiro para formar novas partículas virais. Só que
enquanto a célula humana está sendo explorada pelo vírus, a célula consegue detectar ao pegar os
antígenos e expor na sua membrana para que as células de defesa identifiquem os antígenos para ver se
são estranhos ou não para ativar o sistema imunológico. Por isso, alguns antígenos demoram para ser
detectados pelo sistema imunológico e produzir anticorpos de forma mais tarde, por causa do jeito que o
antígeno se localiza na partícula viral. Logo, vírus só é detectado quando está dentro da célula
● ANTICORPO ANTI ANTÍGENO PRECOCE - EA é um anticorpo IgM, porque se elevou primeiro. Esse
anticorpo, apesar de ser o primeiro, não é o melhor para diagnóstico porque dá resultados cruzados e pode
dar resultado falso positivo.
● ANTICORPO ANTI CAPSÍDEO VIRAL - (VCA)
○ VCA- anticorpo IgM que é contra o capsídeo viral (verde). Há uma demora para ter queda do título
viral (4 semanas), nem todo o paciente cursa dessa maneira. Uma vez que inicia produção de
anticorpos IgM pode levar um tempo, e no gráfico demonstram 4 semanas, mas pode levar meses a
1 ano. O paciente se comporta de maneira diferente.
○ VCA-IgG, faz pico de produção e mantém a produção ao longo da vida (rosa).
● E o último é contra o antígeno nuclear do vírus EBNA-1 IgG porque o antígeno está dentro do núcleo e
demora para ser exposto e depois se mantém ao longo da vida constante
● O vírus permanece na vida como os outros? Não, o vírus é eliminado. Se os títulos de anticorpos se
mantêm, o que pode ser? Reinfecção. O que acontece de diferente na reinfecção? Há aumento de título de
IgG e aumento de IgM. Porque o título do IgM está dando um pico no final do gráfico? Porque nem todos os
IgM são produzidos novamente em caso de reinfecção.
● Então há uma diferença para o antígeno, patógeno, paciente e anticorpo. Vai ser diferente para cada caso,
não tem um padrão.
● Na reinfecção, pode não apresentar IgM. A grande maioria da população, não apresenta VCA-IgM na
reinfecção.
● Tem que avaliar IgM e IgG juntos porque o IgM pode dar reação cruzada e dar falso positivo. Só que os IgG
não dão reação cruzada.
● Avidez: usado para determinar idade do anticorpo.
○ Interpretação:
■ IgM + e IgG -: não solicita teste de avidez
■ IgM + e IgG +: pode solicitar teste de avidez
■ IgM - e IgG +: até pode solicitar teste de avidez, mas qual a aplicação do teste de avidez?
Qual o problema? Se você já está num ponto que só tem IgG, já passou da janela da
importância do teste de avidez, se deixou de produzir IgM para faixa indetectável, já passou 4
meses e o teste de avidez não traz nenhuma informação nova
■ Avidez positivo/aumentada: infecção antiga