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1. Trate do TB primeiro: para alcançar uma vida feliz, estável e saudável, você precisa aprender a manejar
a doença todos os dias. Para portadores de TB, o manejo da doença tem que ser a prioridade — antes
do trabalho, antes dos relacionamentos, da criatividade e da vida em geral. Embora pareça caótico e
psicológico, o TB é uma doença física previsível e tratável. Uma vez que você comece a usar as
ferramentas de manejo da doença em 1º lugar, os sintomas irão diminuir, o desempenho profissional e
os relacionamentos com a família, com o cônjuge e com os amigos irão melhorar.
2. Para muitas pessoas, as mudanças de humor simplesmente surgem e, daí, precisam de tratamento.
Então você responde, melhora, estabiliza um pouco e volta à vida normal. Até que uma outra mudança
de humor ocorra mais uma vez. Essa forma de lidar com a doença é chamada de controle das crises. A
pessoa reage às alterações de humor geradas pelo TB, ao invés de preveni-las. Não é a forma ideal de
lidar com a doença. Agindo assim, você deixará a doença progredir, prejudicar sua vida e sua família.
3. É muito mais útil controlar a doença diariamente com um plano definido e fácil de seguir.
4. TB tipo I = depressões severas + manias severas (estados de aumento desproporcional de energia,
agitação, inquietação, euforia, irritabilidade exagerada, pensamentos acelerados e comportamento
impulsivo — para álcool, drogas, compras, jogo, apostas, sexo, comida ou medicamentos variados). Os
episódios de mania e depressão duram por semanas ou meses e, então, mesmo sem qualquer
tratamento, melhoram. A pessoa volta ao seu estado basal de funcionamento, se sentindo e agindo de
formal “normal”. Meses ou até anos podem se passar sem novos episódios de humor. Até que, mais
tarde, a doença retorna. No TB tipo I, também podem ocorrer sintomas psicóticos (delírios ou alucinações).
5. TB tipo II = depressões severas + hipomania (aumento de energia mental, com obstinação por algum
assunto, super-produtivo, com mais vontade de fazer as coisas e mais ativo, mas também com extrema
irritabilidade, impaciência e intolerância, gerando frequentes brigas e discussões com o cônjuge). O
paciente não percebe que está adoecido. A pessoa não tem consciência de que está alterada. Só se dá
conta depois que o período de hipomania já passou (4 dias) ou quando vier a depressão subsequente.
Na hipomania, há uma mistura de sintomas: irritabilidade agressiva + impulsividade + desatenção + falta
de foco ou concentração por uma mente cheia de pensamentos + muita ansiedade (ataques de pânico).
6. Nos pacientes com TB tipo II, a proporção de tempo em depressão versus hipomania é de 40:1. Como
os portadores da doença passam muito mais tempo nas fases depressivas do que em hipomania, até
50% das pessoas com TB são diagnosticados erroneamente como portadores de depressão unipolar
recorrente. Devido a sua natureza crônica, o TB tipo II é muitas vezes interpretado pelas pessoas como
“estranheza, mau humor ou incapacidade daquele sujeito de sair dessa!”
7. Mania disfórica = episódio misto → quando há a presença simultânea de sintomas depressivos e
hipomaníacos, ocorrendo juntos, na maior parte do dia, por 1 semana. Há agitação, inquietação,
pensamentos acelerados e dificuldade de dormir. Ao mesmo tempo, pessimismo extremo, negatividade,
crises de choro e irritabilidade. É um tempo de impulsividade, ações muito rápidas, aflição e angústia.
Fica tudo tão caótico e confuso que são frequentes os pensamentos sobre suicídio.
8. Um dos sintomas mais comuns do TB, a ansiedade pode estar presente tanto nas fases depressivas
como na mania/hipomania. Ocorre em mais de 90% dos pacientes bipolares. Pode ser a ansiedade
generalizada, que está presente de forma contínua, ou os ataques de pânico, que são crises abruptas
de intensa ansiedade, acompanhadas de sintomas físicos e sensação de morte iminente.
9. Quando você está doente, é tão pessoal e emocional que se torna muito difícil lembrar que estar doente
significa simplesmente que seu cérebro não está funcionando corretamente e precisa ser regulado. O
objetivo dos remédios estabilizadores de humor é colocar seu cérebro de volta nos trilhos, para que
possa operar de maneira mais normal e eficaz, respondendo de forma apropriada aos eventos da vida.
Se você abordar os medicamentos dessa forma, eles podem não parecer tão problemáticos e difíceis de
entender. Compreender a base biológica (química) do TB é fundamental para o paciente e seus familiares.
Take Charge of bipolar disorder: a 4-step plan for you and loved ones to create lasting stability — Julie A. Fast and John D. Preston — Copyright® 2006
Você não tem culpa de estar doente. Mas você é responsável pelo tanto que você cuida da doença
ou descuida dela — e permite as consequências!
Para a maioria das pessoas sem Transtorno Bipolar, estilos de vida caóticos não levam a grandes
mudanças de humor. A maioria das pessoas pode ficar acordada a noite toda fazendo um projeto e, depois,
dormir um pouco no dia seguinte, sem causar problemas. Muitas pessoas podem beber café, álcool, ir a
festas, ter brigas, discussões, levantar e ir trabalhar no dia seguinte. Você não pode. Provavelmente, ficará
doente se tiver esse comportamento. Principalmente, se fizer isso regularmente. Quanto mais cedo você
aceitar isso e fizer as mudanças de estilo de vida que precisa fazer, mais cedo encontrará a estabilidade.
Take Charge of bipolar disorder: a 4-step plan for you and loved ones to create lasting stability — Julie A. Fast and John D. Preston — Copyright® 2006