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ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR

ESCOLA DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS (EFSd)

CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS 2022

ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

Dimensionamento da cena: prioridades de atendimento,


avaliação primária e secundária
Coordenadora: 1º Ten PM QOS Enfermeira Raquel Batista Dantas
2022.
NOSSOS SÍMBOLOS, NOSSA HONRA.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO

2. OBJETIVOS

3. DESENVOLVIMENTO

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS - DEBRIENF

REFERÊNCIAS
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
Corpo de SAMU (Unidade Básica e ou Policia Rodoviária
1. INTRODUÇÃO Bombeiros Militar
193
Avançada) 192 Federal
191
Dimensionamento da cena para atuação do socorrista Policía Civil –197 Defesa Civil –199 CEMIG –116

Este quesito refere-se à análise de todas as condições identificadas na cena AVALIAR (3R):
de atendimento como checar se o local é seguro, a situação em que a vítima Riscos?
se encontra e o número de vítimas. Recursos?
Antes de iniciar o atendimento, o socorrista deve checar a segurança do Resposta?
local e de si mesmo e somente iniciar o socorro se houver condição - IMV? Resgate especializado?
considerado o Princípio de Ouro no APH (“Cena Segura”)

(Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022).


DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
1. OBJETIVOS
✓ Definir o que é dimensionamento da cena.
✓ Contextualizar a análise de cenário considerando prioridades de atendimento considerando criticidade
e viabilidade do salvamento.
✓ Explicar e aplicar os conceitos dos Guidelines de Trauma (ATLS, PHTLS e PHTLS Militar).
✓ Explicar e exemplificar diferenças entre avaliação primária e secundária da vítima).

- METODOLOGIA ENSINO:
Abordagem teórica (30 minutos): contextualizar cena (hipotética) de acidente (com e sem múltiplas
vítimas), explicar o métodos START, X-ABCDE e contextualizar o algorrítimo MARCH (situações táticas).
Abordagem Prática (70 minutos): Práticas desenvolvidas em cada letra dos algoritmos (X-ABCDE e
MARCH):
X e M: uso do torniquete, compressa e/ou preenchimento para contenção de hemorragia exsanguinante).
A – A: manobras de abertura de vias aéreas, aplicação da cânula nasal, demonstração
B e R: Avaliação da Respiração: investigação rápida de traumas e padrão respiratório. C e C: Avaliação
da circulação (perfusão capilar, alterações de pulsos).
D-E e H : Avaliação neurológica com controle da temperatura, prevenção de hipotermia (avaliação
pupilar, déficits neurológicos, exposição da vítima). Explicar como ocorre a avaliação secundária (APH
Convencional e APH Tático)
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO
PRIORIDADES DE ATENDIMENTO - CRITICIDADE X VIABILIDADE DO SALVAMENTO

APLICAÇÃO – MÉTODO START (IMV)


Evento que gera simultaneamente um maior número vítimas de
forma a comprometer a capacidade de resposta local disponível
rotineiramente - incidente que envolve número maior ou igual a
cinco vítimas (BRASIL, 2002).
“30” (30 segundos): avaliação da capacidade respiratória.

“2” (2 segundos): avaliação da qualidade da perfusão periférica


em 2 segundos;

“Pode fazer”: avaliar o nível de consciência conforme


entendimento e realização dos comandos feitos pelo socorrista.
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO
PRIORIDADES DE ATENDIMENTO - CRITICIDADE X VIABILIDADE DO SALVAMENTO
CLASSIFICAÇÃO DE VÍTIMAS EM INCIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS (START)
VERMELHA (ATENDIMENTO IMEDIATO)
Vítimas com ferimentos graves, porém com chance de sobrevida. Possuem prioridade elevada
para atendimento, retirada da cena e transporte. Exemplo: Trauma torácico com tórax instável.
AMARELA (PODE AGUARDAR)
Vítimas com ferimentos moderados. Podem aguardar um tempo na cena até tratamento definitivo.
Exemplo: membros fraturados.
VERDE (GRAVIDADE LEVE)
Vítimas com ferimentos mínimos, que podem deambular e ajudar outras vítimas mais debilitadas.
Essas vítimas são as que costumam causar alguns problemas, pois estão deambulando,
assustadas e com dores. Deve-se investir apoio psicológico e orientação para que não
sobrecarreguem o serviço terciário de saúde. Exemplo: escoriações difusas no corpo.
MORTOS (CINZA OU PRETO)
Vítimas que não respondem a procedimentos simples, como abertura de vias aéreas e com
ferimentos críticos que indicam morte iminente. Exemplo: paciente em parada cardíaca,
exposição de massa encefálica, esmagamento, etc.
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO
ALGORITMOS PARA AVALIAÇÃO DAS VÍTIMAS DE TRAUMA EM APH
SEQUENCIA X- ABCDE MARCH
MACIÇA Controlar sangramentos com uso de
X HEMORRAGIA Controle de Hemorragias Graves.
M HEMORRAGIA torniquete, agentes hemostáticos e
EXSANGUINANTE
A VIAS AÉREAS Manter vias aéreas pérvias e a preenchimento de ferida.
(AIRWAY) estabilização da coluna cervical A AÉREA Manter a permeabilidade das vias aéreas
(manobra Jaw-Thrust, cânula
B RESPIRAÇÃO Garantir boa respiração e ventilação nasofaríngea, i-gel).
(BREATHING) R RESPIRAÇÃO Identificar ferimentos no tórax e tratar o
C CIRCULAÇÃO Verificar pulso e controle de pneumotórax (aberto e fechado) com
(CIRCULATION) hemorragias menores curativo valvulado ou outras técnicas.
D NEUROLÓGICO Avaliação de disfunção neurológica,
C CIRCULAÇÃO Verificar nível de consciência, indício do
(DISABILITY) pupilas, aplicar escala de coma de
estado de choque. Conferência de pulso
Glasgow ou AVDI.
distal e perfusão capilar.
H HIPOTERMIA Manter a vítima aquecida, sem contato
E EXPOSIÇÃO Expor a vítima para avaliação, mas
direto com o solo. Pode ser utilizado
(EXPOSURE) controlando o ambiente e
cobertor, manta aluminizada, fonte de
prevenção da hipotermia.
calor instantânea.
Fonte: Adaptado do material didático elaborado pela autora no TPB 2022-2024.. Baseado na última edição Fonte: Adaptado do material didático elaborado pela autora no TPB 2022-2024.. Baseado na última edição do
do PHTLS (9ª edição). PHTLS (9ª edição).

NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS (NAEMT). PHTLS: Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. 9ª edição. Editora Artmed. 2019.
NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS (NAEMT).PHTLS: Prehospital Trauma Life Support, Military Edition. 9ª edição. 2021, 1032p.
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO

ALGORITMOS PARA AVALIAÇÃO DAS VÍTIMAS DE TRAUMA EM APH

FASES DO APH DE COMBATE/TÁTICO


FASE SITUAÇÃO TÁTICA
ATENÇÃO: Cuidado sob Confronto Ameaça imediata e ativa. Possibilidade de deslocamento e
Dimensionamento da cena e Armado auto socorro por parte do militar ferido.
(sob fogo) Estado de atenção: Estado de Alarme (vermelho), já ocorreu ou
atendimento em ambiente está ocorrendo o confronto.
tático requer capacitação, Atendimento em Ameaça contida, mas pode retornar. Em caso do militar
materiais e insumos Campo Tático desacordado ou apresentando instabilidade no nível de
especializados. consciência, travar a o armamento do militar ferido. Verificação
de hemorragias exsanguinantes, aplicação do torniquete se
necessário e extricação do militar ferido. Militar deverá
Contextualização em permanecer no Estado de Alarme pelo fato de ainda não
Seminário Integrativo da controlar o ambiente e novos confrontos serem possíveis.
disciplina Atendimento em Sem ameaça – Evacuação do militar ferido para um
Evacuação Tática ambiente controlado e com suporte médico avançado
(pronto socorro). Após saírem da zona quente, ambiente hostil,
os militares deverão retornarem ao Estado de Alerta (Laranja) e
quando o cenário permitir, retornar ao Estado de Atenção
(Amarelo).
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO

ALGORITMOS PARA AVALIAÇÃO DAS VÍTIMAS DE TRAUMA EM APH

PROTOCOLO DO
EXÉRCITO BRASILEIRO:
Baseado no TC3

PROTOCOLO DA SENASP:
Baseado no TC3

Inspiração – Exército Norte


Americano

FERNANDES. Marcelo Manaia Gonçalves. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR TÁTICO: IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO PERMANENTE NO ATENDIMENTO ÀS BAIXAS EM COMBATE NO
EXÉRCITO BRASILEIRO. Exército Brasileiro. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), 2021. Disponível em:
https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/123456789/9671/1/Cap_Marcelo%20Manaia%20Gon%C3%A7alves%20Fernandes.pdf. Acesso em mai. 2022.
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária

ATENÇÃO!
HABILITAÇÃO NO CURSO
MARCH BÁSICO REQUER
CAPACITAÇÃO. JAMAIS
EXECUTE O QUE NÃO ESTÁ
HABILITADO.
IMPERÍCIA

(Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022).

Página pessoal: Odocaveira. Disponível em: https://www.facebook.com/odoccaveira/photos/a.103808797665671/283112653068617/?type=3


DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO

MNEMÔNICO X- ABCDE
"X" - HEMORRAGIA EXSANGUINANTE: Controle inicial de hemorragias externas graves que levam ao risco
de morte (como prioridade absoluta na cena) devem ser contidas antes mesmo de realizar o manejo das vias
aéreas (etapa da letra “A” no algorrítimo). Forte recomendação da compressão direta sobre sangramentos e o
uso do TORNIQUETE em traumas graves que geram sangramentos de extremidades. Em convergência
com a Diretriz, a Campanha STOP THE BLEED é uma iniciativa do grupo de trabalho interagências federais
nos EUA, coordenado

Embora o uso do torniquete não seja prerrogativa exclusiva do ambiente tático, é neste cenário que sua utilidade obteve
grande avanço.
A compressão local das feridas sangrantes tem sido a manobra mais difundida mundialmente para o controle da hemorragia, e, na
maioria das vezes apresenta desfechos satisfatórios. Entretanto, durante as guerras do Iraque e Afeganistão o exército americano
conseguiu reduzir consideravelmente o número de mortes evitáveis com a aplicação do TORNIQUETE nos sangramentos maciços
de extremidades.
Aliado a isso, o aumento do número de ataques com arma de fogo a alvos civis e ataques com bombas, motivou o governo dos
Estados Unidos lançar uma campanha para “Parar o Sangramento” (Stop the Bleed), com o intuito de informar sobre atitudes que
poderiam ser benéficas em caso de ataques em massa. O sucesso do uso de desfibriladores automáticos e ensinamentos de
como proceder em paradas cardíacas baseou o início desta ideia.
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO
MNEMÔNICO X- ABCDE

"X" - HEMORRAGIA EXSANGUINANTE

(Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022).

✓ Sangramento profuso/difuso.
✓ Perda/amputação de um membro.
✓ Sangue abundante acumulado no chão.
✓ Curativos ou bandagens embebecidos de sangue.
✓ Sangramento em uma pessoa confusa/desorientada.
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO
MNEMÔNICO X- ABCDE
"X" - HEMORRAGIA EXSANGUINANTE
ATENÇÃO:
A aplicação do Torniquete pode
ser de forma “deliberada” e “não
deliberada”
✓ Torniquetes são indicados para controle de hemorragias em
extremidades.

✓ Aplicação do TQ acima da lesão (4-6 cm) - Tornique


deliberado: Altamente eficiente e diminui riscos de síndrome
compartimental, pois nas extremidades onde a circunferência é
menor, mais facilmente comprimida (ideal para transportes
rápidos).

✓ Aplicação do TQ Alto e apertado (não deliberado): para a


pop. em geral ou pessoas sem treinamento ou que não se
sintam seguras. Não devem ser aplicados em regiões
juncionais> Indicado dependendo da condição tática ou em
transportes longos (8 a 12 horas). Pode-se usar mais de TQ
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO
1 - Comprima a lesão do sangramento
diretamente com as mãos:
MNEMÔNICO X- ABCDE A maioria das hemorragias externas pode ser
controlada pela aplicação de pressão direta (05 a
"X" - HEMORRAGIA EXSANGUINANTE 10 minutos) na ferida, o que permite a
interrupção do fluxo de sangue e favorece a
“A única coisa mais trágica do que uma formação do coágulo.
morte, é uma morte que poderia ser 2 - Aplique/Preencha a Ferida Sangrante:
evitada!” Recomenda-se, preferencialmente, utilizar
compressa estéril, pressionando firmemente
ATENÇÃO: por 10 a 20 minutos. Caso não seja disponível
Torniquetes “piratas” podem utilize um pano limpo e seco. Em seguida, fixar a
compressa com bandagem/faixa.
custa a vida da vítima.
3 - Aplique o Torniquete:
Dispositivos seguros possuem No membro afetado cerca de 5 a 7 cm em
aprovação da ANVISA posição proximal à lesão ou, de acordo com o
IV Consenso de Hartford (Alto e apertado).
Não aplicar sobre articulações. Caso a lesão
esteja próxima a uma articulação, posicione
o torniquete acima da articulação. Aperte
o torniquete até que o sangramento pare
completamente.
Fonte: Adaptado do material didático elaborado pela autora no TPB 2022-2024. Imagens disponíveis em google imagens.
Maiores informações sobre a Campanha Stop the Bleed em: < https://www.stopthebleed.org/ >. Acesso em outubro de 2021.

(Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022).


DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO TORNIQUETE DE QUALIDADE
• Deve possuir um único sistema de fivela simples para correto tracionamento que permita uma aplicação extrema;

• Deve possuir fivela para passada simples resistente: permite que a afixação e remoção do torniquete no membr tracionamento,
resultando em menor perda sanguínea;
• Possuir barra de tracionamento (preferencialmente metálica); ao ser girada no próprio eixo, traciona o sist possuir sobressaltos nas
extremidades, a fim de facilitar seu manejo, de localização fixa, que após aplicação do torniquete;

• Deve possuir entrada chanfrada bilateral para travamento da barra de tracionamento, deve suportar o tracionam flexão;

• Deve possuir placa de estabilização com bordas arredondadas para não pinçar a pele do Operador;
• O Funcionamento deve ser dado pelo posicionamento justo de fitas formando uma espécie de tubo, que compo livremente por ele. Esta
fita simples é conectada a barra de tração, que ao ser girada, traciona o sistema. Esse co exercida pelo tracionamento;
• Sem Latex;

• Recomendado pelo CoTCCC – USA ou através de estudo que comprove características


similares;
• Desenhado para ser aplicado em todas as condições climáticas;

• Dimensões mínimas aberto: 95,25cm; Largura: 3,80cm; Registrado na Anvisa;

• Deve ser igual ou semelhante ao Torniquete CAT GEN 7 ou SOFT GEN 4;


Cor: Caqui (ou Tan, ou Coyote); vermelho (e/ou laranja); preto; ou azul (recomendado para treinamentos).
Fonte: Adaptado do ANEXO I-B: NÍVEL BÁSICO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR TÁTICO PARA PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PÚBLICA COMPOSIÇÃO DOS KITS E REQUISITOS TÉCNICOS MÍNIMOS DE EQUIPAMENTOS E INSUMOS. Disponível em: <https://www.gov.br/mj/pt-
br/assuntos/noticias/mjsp-realiza-audiencia-publica-para-discussao-do-projeto-de-atendimento-pre-hospitalar-tatico/equipamentos-e-insumos-sei_mj-16081217-anexo-i-b.pdf>. Acesso em 08 nov 2021.
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO TORNIQUETE DE QUALIDADE

Link sugerido – demonstração da aplicação do torniquete:


https://ibraph.com.br/2021/02/11/aula-pratica-2-torniquetes-juncionais-
cinta-pelvica-e-imobilizacao-de-membros/

(Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022).


DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO
MNEMÔNICO X- ABCDE

"X" - HEMORRAGIA EXSANGUINANTE

PROBLEMATIZAÇÃO:
Como seria a aplicação
do TQ?

Deliberado ou Não
deliberado?

(Vídeo com imagens de domínio público disponíveis na plataforma youtube, 2022).


DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO
Avaliação das Vias Aéreas e Respiração (AB) -
MNEMÔNICO X- ABCDE
mantendo MMC
PROBLEMATIZAÇÃO:

Quando se deve colocar colar


cervical e prancha?

(AHA, 2020; PHTLS, 2019)


DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO
MNEMÔNICO X- ABCDE Avaliação da Circulação (C)

“C” – AVALIAÇÃO DA CIRCULAÇÃO:


nesta fase é imprescindível avaliar o “status
hemodinâmico» da vítima identificando
precocemente quadros de PCR ou Choque,
além de outras hemorragias.
A frequência de pulso e o enchimento
capilar podem estar alterados e, portanto,
mudanças na coloração da pele, sudorese
(excesso de suor) e diminuição do estado de
consciência sugerem perfusão comprometida.
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO
Avaliação Neurológica, Exposição da vítima e
MNEMÔNICO X- ABCDE Controle de Temperatura (D-E)

“D” – AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: Realizar


análise do nível de consciência, tamanho e
reatividade das pupilas e nível de lesão medular
(alterações de força e sensibilidade como
tetraplegia, paraplegia etc).

“E” – EXPOSIÇÃO E PREVENÇÃO DE


HIPOTERMIA: Analisar a extensão
das lesões e proceder ao controle
do ambiente com prevenção da (Imagens de domínio público disponíveis em google
hipotermia. imagens, 2022).
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Histórico e exame físico detalhado (da cabeça aos pés)

Objetivo: identificar lesões ou problemas que não foram identificados durante o exame primário.

✓ Procurar por escoriações, queimaduras, hematomas, ferimentos penetrantes, inchaço,


deformidade de ossos, sons incomuns, etc.

✓ Comparar um lado com outro, procurando sinais anormais

✓ Monitorar sinais vitais convencionais (pulso e respiração) e complementares (perfusão capilar,


pupilas, pele).

(AHA, 2020; PHTLS, 2019)


DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Histórico e exame físico detalhado (da cabeça aos pés)

ATENÇÃO:
No contexto
tático a
avaliação
secundária é
diferente.

(Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022).


DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
2. DESENVOLVIMENTO
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Histórico e exame físico detalhado (da cabeça aos pés)

A alergias
ATENÇÃO:
M medicamentos de uso No contexto tático a
avaliação
P passado médico secundária é
diferente.
L líquidos e alimentos ingeridos

A ambiente, eventos que levaram ao trauma


(Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022).
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária

ESTAÇÕES PRÁTICAS
1. Classificação IMV ou Não IMV
2. diferenças entre Avaliação Primária e Secundária
3. Avaliação Mnemônico X-ABCDE
4. Enfoque na aplicação do torniquete
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária

BRIEFING - VÍTIMAS DE TRAUMA


1. Identificar o cenário: acione a equipe de apoio (COPOM e
SAMU/CBMMG).
2. Controlar a Hemorragia: avalie ocorrência e magnitude do
sangramento. Aplique o torniquete se disponível.
3. Solicitar o DEA: para todos os casos de vítima inconsciente.
4. Avaliar a vítima: Mneônico do X-ABCDE ou MARCH
5. Aguardar transporte da equipe de resgate/salvamento:
avaliar circusntâncias adversas e proteger a vida
REFERÊNCIAS
AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA). Adult Basic Life Support. 2020 International Consensus on Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care Science With Treatment.
Recommendations. Circulation. 2020;142. Acesso em Out 2020. Disponível em<: https://cpr.heart.org/en/resuscitation-science/cpr-and-ecc-guidelines.>.
BRASIL. Ministério da Defesa. Aprova a Diretriz de Atendimento Pré-Hospitalar Tático do Ministério da Defesa para regular a atuação das classes profissionais, a capacitação, os procedimentos
envolvidos e as situações previstas para a atividade. Portaria Normativa MD/GM Nº 16, DE 12 de abril de 2018.
BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Comando de operações terrestres. Manual de Campanha: atendimento pré-hospitalar (APH) Básico, 2020.117p. Disponível em:<
https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/123456789/6446/3/EB70-MC-10.343.pdf>. Acesso em 21 setembro 2021.
MINAS GERAIS. Polícia Militar. Memorando Nº 31.164.2/06 – EMPM de 26 de maio de 2006. Dispões sobre a abordagem do policial militar no atendimento às vítimas de trauma penetrante. [Norma
Institucional].
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Manual de Campanha: ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) BÁSICO 1ª Edição 2020. Disponível em:
https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/123456789/6446/3/EB70-MC-10.343.pdf. Acesso ems t. 2021.
NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS, Tactical Combat Casualty Care - TCCC Guidelines for Medical Personnel. Agosto, 2018. Mississipi. EUA.
NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS (NAEMT). PHTLS: Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. 9ª edição. Editora Artmed. 2019.
NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS (NAEMT).PHTLS: Prehospital Trauma Life Support, Military Edition. 9ª edição. 2021, 1032p.
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BERGERON, J. DAVID e BIZJAK, Glória. Primeiros Socorros. Ed. São Paulo. Atheneu, 1999.
BRASIL. Decreto-Lei 2.848, de 07 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 31 dez. 1940.
_________. Lei n. 10.406, 10 de janeiro de 2002. Código Civil. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 11 jan. 2002.
________. Ministério da Saúde. Portaria n.º 2048, de 5 de novembro de 2002. Aprova o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência. Diário Oficial da União, Brasília,
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________. Ministério da Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde. Biossegurança em saúde: prioridades e estratégias de ação. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 242 p. (Série B. Textos
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CARCHEDI, Luiz Roberto. O Sistema integrado de atendimento às emergências médicas do Estado de São Paulo: base legal. São Paulo: Academia de Polícia Militar, 1995.
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CRUZ VERMELHA Brasileira Filial do Estado de Minas Gerais. Manual do Socorro Básico de Emergência. Belo Horizonte, 1ª edição, 2007.
MAIA, Rodrigo. História do APH de Combate no Mundo. Disponível em http://vidaquesalva.blogspot.com/2018/08/historia-do-aph-no-mundo.html. Acessado em 10 de outubro de 2021, às
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MAIA, Rodrigo. A Batalha de Mogadíscio. Disponível em https://aphdecombatebr.com.br/a-batalha-de-mogadiscio/. Acessado em 10 de outubro de 2021, às 22hs50min.
MINAS GERAIS. Lei nº 15778, de 26 de outubro de 2005. Torna obrigatório equipar com aparelho desfibrilador cardíaco os locais, veículos e estabelecimentos que menciona. Disponível em: <
http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br;minas.gerais:estadual:lei:2005-10-26;15778 >. Acesso em janeiro de 2016.
MINAS GERAIS. Lei nº 15778, de 26 de outubro de 2005. Torna obrigatório equipar com aparelho desfibrilador cardíaco os locais, veículos e estabelecimentos que menciona.Disponível em:
http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br;minas.gerais:estadual:lei:2005-10-26;15778. Acesso em janeiro de 2020.
RODRIGUES, Waldeci Gouveia et al. Manual de Atendimento pré-hospitalar. Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. 1ª edição, 2008.
VIANA, Mariza Santos Ortiz. Guia Básico para o Primeiro Atendimento. Socorro de Emergência. Ed. Atheneu. São Paulo. 1999.
NATIONAL ASSOCIATION OF EMERGENCY MEDICAL TECHNICIANS (NAEMT). PHTLS: Atendimento pré-hospitalar ao traumatizado. 9ª edição. Editora Artmed. 2019.

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