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ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR

ESCOLA DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS (EFSd)

CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS 2022

ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

Trauma, Hemorragias e Choque


Coordenadora: 1º Ten PM QOS Enfermeira Raquel Batista Dantas
2022.

NOSSOS SÍMBOLOS, NOSSA HONRA.


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO

2. OBJETIVOS

3. DESENVOLVIMENTO

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS - DEBRIENF

REFERÊNCIAS
Trauma, Hemorragias e Choque

1. INTRODUÇÃO
TRAUMA
 Afecções traumáticas correspondem às 03 (três) primeiras causas de morte no mundo (1º DCV, 2º Câncer).
 Primeira causa de morte em pessoas economicamente ativa (19 a 45 anos de idade).
 Sobrevivência de um paciente traumatizado que recebe um tratamento pré-hospitalar adequado é maior do
que qualquer outro tipo de paciente (NAEMT, 2019).

HEMORRAGIA:
 Principal mecanismo de óbito em incidentes traumáticos – fortemente associado à mortalidade policial.
 Ruptura dos vasos sanguíneos e consequente extravasamento de sangue.
 Perdas sanguíneas não abortadas de forma intempestiva e adequada progridem para o estado de choque.

CHOQUE:
 Estado de perfusão ineficaz (circulação e oxigenação de órgãos) que leva à disfunção celular e pode
progredir para óbito poucos minutos.

(NAETM, 2019).
DIMENSIONAMENTO DA CENA: prioridades de
atendimento, avaliação primária e secundária
1. OBJETIVOS
 Definir o que é Trauma, Hemorragia e Estado de Choque.
 Saber atuar em procedimentos básicos para contensão de hemorragias.
 Identificar tipos de traumas (TCE, Traumas torácico, abdominal e de extremidades.
 Identificar os principais tipos de choque.

- METODOLOGIA ENSINO:
Abordagem teórica (02 HA): Definir Trauma e os princípios da cinemática do Trauma. Classificação das
lesões traumáticas (Contusões / Lesões penetrantes / Lesões por explosão. Diferenças entre Taumas
Abertos e Traumas Fechados, Lesões por compressão e cisalhamento. Definir hemorragia e hemorragias
exsanguinantes. Principais métodos de contensão de Hemorragias Principais características dos
Traumas (TCE, Trauma de Tórax, Trauma Musculoesquelético – entorses, fraturas, luxações.

Abordagem Prática (02 HA): Aplicação do método XABCDE contextualizado no trauma. Explicar a
importância da Diretriz STOP THE BLEED. Tipos de curativos para controle de hemorragias e lesões
(preenchimento de ferida, compressão direta, uso de torniquete, aplicação do curativo valvulado
(pneumotórax aberto), estabilização de membros fraturados.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
FATORES ASSOCIADOS AOS TRAUMAS - TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA
Trauma Mecânico
LESÕES TRAUMÁTICAS A energia mecânica é uma das formas mais comuns identificadas nos Traumas, e, ela
ocorre nas colisões de veículos automotores e em acidentes automobilísticos.
Trauma : definido como um evento Trauma Químico
A transferência da energia química com consequente trauma ocorre, por exemplo, em
nocivo aos tecidos e vasos que casos de intoxicação por elementos ácidos ou cáusticos como (soda cáustica,
advém da liberação de formas elementos químicos).
específicas de energia ou de Trauma Térmico
barreiras físicas ao fluxo normal de A energia térmica pode ser dissipada quando há dispersão da onda de calor entre os
energia (NAEMT, 2017). Essa corpos. Como exemplo podemos citar o aumento da chama em fogões e/ou
churrasqueira que podem queimar regiões do corpo.
energia existe em cinco formas
físicas: Mecânica, Química, Irradiação
Térmica, Irradiação e Elétrica. Por emanação de ondas de calor: as lesões de pele são frequentes no verão, devido à
exposição à energia por irradiação.
Trauma Elétrico
A transferência de energia elétrica é comum quando ocorre manipulação com fiação
elétrica, provocando diferentes padrões de lesões, como queimaduras (pele, nervos,
vasos sanguíneos, músculos e ossos), ejeção no momento da passagem da corrente
elétrica, levando a diferentes traumas (cabeça, coluna, tronco e membros) e, ainda,
arritmia, em algumas vezes, seguida de parada cardiorrespiratória devido à liberação
de potássio na circulação sanguínea decorrente da lesão do músculo cardíaco.
Fonte: Adaptação da autora. PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO

Mecânica

Elétrica Química

Energia

Radiação Térmica

Fonte: Adaptação da autora. PHTLS, 2019.


Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO

LESÕES TRAUMÁTICAS

CLASSIFICAÇÃO
Contusões: decorrentes de traumas
fechados.
Lesões penetrantes: decorrentes de
traumas abertos.
Lesões por explosão: podem causar Presença de Hematoma em Traumas Laceração tecidual em Traumas
tanto ferimento contuso como Contusos Abertos
penetrante, sendo uma transformação
de energia extremamente rápida, com
alta pressão, que causa um grande
impacto.

Fonte: Adaptação do material didático da autora. Imagens disponíveis em google imagens, setembro de
2021.

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO

LESÕES TRAUMÁTICAS

Fases do Mecanismo de Trauma das Explosões:


Primária: Onda de pressão (deslocamento de ar
inicial): lesões graves podem não ser aparentes.
Secundária: Fraquementos (traumas, queimaduras):
Vítima sendo atingida por material lançado pela força
da explosão.
Terciária: o corpo sendo lançado e atingindo o solo
ou outro objeto (ejeção).

Fonte :Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
Cavitação Temporária x Permanente Lesões por desaceleração do corpo

Lesões em estruturas orgânicas devido à compressão.

Fonte :Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
Cavitação Temporária x Permanente
Cavitação: refere-se ao deslocamento abrupto dos tecidos do
corpo humano para longe do local do impacto, devido à
transmissão de energia, o que forma uma cavidade. Isso acontece
quando o corpo, se movimentando, se choca contra um objeto
estático..
Traumas penetrantes: ferimentos de entrada e saída dependem
da intensidade de energia:
 Energia de baixa intensidade: armas brancas ou outros
objetos perfuro-cortantes.
 Média intensidade de energia: arma de fogo de baixo calibre.
 Alta intensidade de energia: rifles e armas de alto calibre.

Lesões por PAF: o ferimento de entrada é normalmente oval ou


arredondado, cercado por uma área escurecida devido à
queimadura da pólvora no tecido, enquanto a lesão de saída tem
uma característica estrelada (erupção em estrela), proveniente da
propagação da energia.

Fonte :Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
ENERGIA CINÉTICA (EC): Qualquer tipo de corpo em
CINEMÁTICA DO TRAUMA
movimento (translação, rotação, vibração e outros) é dotado
desse tipo de energia. Por esta força pode-se estimar a
transferência de energia que ocorre durante os acidentes
automobilísticos e quedas.

EC = M (massa corporal – peso) x V (velocidade)2

2
EXEMPLO:
Vítma de acidente automobilístico com peso estimado de 80 kg e
sob uma velocidade de 100 km/h. Temos EC = 80 x 10.000 / 2 =
MASSA OU VELOCIDADE...
400.000 Unidades de EC
O QUE É MAIS IMPORTANTE?

Fonte :Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO

CINEMÁTICA DO TRAUMA

As ocorrências com Mecanismo de Trauma Grave incluem:


✓ Quedas > 6m;
✓ Colisões a mais de 32 km/h;
✓ Ejeção da vítima para fora do veículo;
✓ Morte de um ocupante do veículo;
✓ Danos severos ao veiculo

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
TRAUMA CRÂNIO
ENCEFÁLICO - TCE
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO

TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO

 Reconhecimento:
 Ferimento extenso ou profundo na cabeça.
 Cefaléia ou dor no local da lesão.
 Náuseas e vômitos.
 Alteração dos sinais vitais.
 Pupilas desiguais (anisocóricas).
 Deformação do crânio (depressão ou abaulamento);
 Alteração no nível de consciência (alterações mentais);
 Sangramento no nariz ou canal auditivo;
 Saída de liquido claro (líquor) pelo nariz e ouvidos;
 Presença de hematoma nas pálpebras (sinal de guaxinim);
 Equimose na região retroauricular, atrás da orelha (sinal de battle);

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO

TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO

Proceder RMC e transporte rápido para centros de


trauma.

Não remover objetos empalados.

Não permitir ingestão de líquidos ou alimentos.

Não conter saída de sangue pelos ouvidos e/ou nariz.

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO

QUANDO REALIZAR RESTRIÇÃO DE MOVIMENTO DA COLUNA (RMC)


Se indicada a restrição de movimento espinhal, esta deve ser aplicada a toda
a coluna (lesões não contíguas), com o uso do colar cervical de tamanho
apropriado e o restante da coluna estabilizado (cabeça, cervical e tronco
alinhados).
Prancha rígida / Maca colher / Maca à vácuo / Maca da Ambulância.
Manter o alinhamento do pescoço e do tronco.

Colar e Prancha não


são mais indicados
de rotina

Trauma penetrante, em qualquer idade,


não tem indicação à restrição da coluna.

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO COM FERIMENTOS

CABEÇA OLHOS

Não tente limpar o ferimento, há perigo de Não tente remover objetos na córnea.
aumentar a hemorragia. Não faça curativo compressivo.
 Não faça compressão com os dedos. Não remova objetos empalados, estabilize-o.
Utilize um pano limpo ou gaze. O curativo deve ser frouxo em ambos os olhos.
Controle o sangramento com curativo limpo Em queimaduras químicas: lavar (com água estéril) no
e pouca pressão. sentido do canto do olho (próximo ao nariz) para as
extremidades.

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO COM FERIMENTOS

OLHOS

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO COM FERIMENTOS

ORELHA FACE

 Curativo ou bandagem.  Use pressão suficiente para parar o sangramento.


 Em caso de hemorragia, não feche o canal  Retire corpos estranhos do ferimento da boca.
auditivo.
 Saída de líquido e/ou sangue significa  Retirar objetos empalados caso penetre na cavidade oral.
Traumatismo Crânio Encefálico – TCE.

Fonte: Ilustrações disponíveisem Google imagens. 2019.


Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO COM FERIMENTOS

ORELHA Epistaxe
(Sangramento Nasal)
 Controle hemorragia.
 Em caso de avulsão, coloque um
retalho no lugar.
 Curativo local.
• Coloque o paciente sentado com a
cabeça ligeiramente inclinada para
frente.
• Aperte as partes moles do nariz
entre o polegar e dois dedos com Fonte: Ilustrações disponíveis em google imagens. 2022.
pressão firme durante 5 minutos.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO COM FERIMENTOS

ORELHA

 Curativo oclusivo com uma compressa,


podendo esta ser coberta com plástico estéril
ou papel alumínio.
 Peça para a vítima respirar devagar e observe
a respiração.
 Não aplique pressão sobre as vias aéreas.
 Não aplique pressão em ambos os lados
Fonte: Ilustrações disponíveis em google imagens. 2022.
cervicais.
TRAUMA DE TÓRAX
2. DESENVOLVIMENTO TRAUMA TORÁCICO
TRAUMA DIRETO - a caixa torácica é golpeada por
um objeto em movimento ou ela vai de
encontro a uma estrutura fixa.
TRAUMA MULTISSISTÊMICO
TRAUMA POR COMPRESSÃO - desmoronamentos,
construção civil, escavações – asfixia traumática

TRAUMA POR DESACELERAÇÃO OU CONTUSÃO -


Choque frontal (horizontal) contra um obstáculo
rígido, como por exemplo o volante de um ALTERAÇÕES FUNÇOES ALTERAÇÕES
automóvel – desaceleração rápida da caixa RESPIRATÓRIAS CIRCULATÓRIAS
torácica com continuidade do movimento dos
órgão.
TRAUMAS PENETRANTES - armas brancas, objetos
pontiagudos, estilhaços de explosões, projéteis
de arma de fogo. insuficiência respiratória aguda por choque devido lesões de
lesão da parede torácica, vias grandes vasos e lesões
aéreas, diafragma e pulmões. extratorácicas.

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO

TRAUMA TORÁCICO – PNEUMOTÓRAX


ABERTO E FECHADO

Pneumotórax
aberto

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO

TRAUMA TORÁCICO – PNEUMOTÓRAX


ABERTO E FECHADO

 Dor local.
 Dificuldade respiratória.
 Cianose nos lábios e pontas dos dedos.
 Eliminação de sangue através da tosse.
 Presença de abaulamento, escoriações, hematomas, deformidades no tórax. - PARA REFLETIR:
 Postura característica da vítima: paciente fica deitado sobre o lado lesionado Como deve ser o “Pega e Leva?
com a mão sobre a área afetada. Memorando nº 31.164.2/06 – EMPM

 Presença de objetos penetrantes, orifício proveniente de arma de fogo.


 Sinais de choque.

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
TRAUMA ABDOMINAL
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO

TRAUMA ABDOMINAL

 Como reconhecer? TRAUMA ABDOMINAL


 Alteração de cor.
 Endurecimento de uma região do abdome.
 Temperatura local.
 Evisceração.
LESÕES INTRA-ABDOMINAIS

GRANDES HEMORRAGIAS

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO

TRAUMA ABDOMINAL

 Como reconhecer?

 Dor abdominal.
 Distensão e rigidez abdominal.
 Presença de hematomas
 Sinais de choque: alto risco de hemorragia
 Evisceração.
 Objetos empalados.
 Orifício proveniente de arma de fogo / branca.

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
TRAUMA ABDOMINAL

 PROCEDIMENTOS:

 Mantenha a vítima deitada.


 Realizar controle da hemorragia.
 Atentar aos sinais de choque e evitar a
hipotermia, cobrindo a vítima.
 Não remover objetos empalados.
 Não tentar recolocar as vísceras para
dentro.
• Cobrir o local com um pano limpo,
umedecido com soro fisiológico ou água
limpa.
 Cobrir o pano úmido com um plástico. Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de
 Enfaixar o local para estabilizar o adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.

ferimento.
TRAUMA RAQUIMEDULAR
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
TRAUMA RAQUIMEDULAR

Alterações, temporárias ou
permanentes, nas funções motora,
sensitiva ou autonômica, consequentes
às ações de agentes físicos sobre a
LESÃO MEDULA
coluna vertebral e os elementos do
sistema nervoso nela contidos.

Fratura da coluna vertebral


SEQUELAS
SEM lesão medular
X
COM lesão medular

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
SINAIS E SINTOMAS
TRAUMA RAQUIMEDULAR
 Dor no pescoço ou nas costas ou ao movimentar.
 Dor à palpação na coluna.
 Deformidade da coluna.
 Defesa ou contratura da musculatura do pescoço ou das costas.
 Paralisia e paresia (adormecimento ou formigamento nas pernas ou
nos braços) em qualquer momento após o incidente;
 Priapismo (ereção peniana involuntária).
 Disfunção esfincteriana (urinar ou evacuar involuntariamente).
CONDUTA
 Estabilizar a cabeça sem tração, manter a vítima imóvel;
 Manter vias aéreas livres (manobra Jaw-Thrust).
 Examinar o pescoço em busca de dor e/ou deformidades (leve palpação, sem tração).
 Observar respiração e o nível de consciência.
 Observar capacidade motora, sensitiva e circulatória (pulso e perfusão).
 Não movimentar desnecessariamente a vítima (exceto se ocorrer PCR e/ou sangramento importante).
HEMORRAGIAS
EXTERNAS
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO

HEMORRAGIAS EXTERNAS

 Hemorragia Arterial: o sangramento é vermelho vivo, em


jatos, pulsando em sincronia com as batidas do coração. A
perda de sangue é rápida e abundante.

 Hemorragia venosa: o sangue possui coloração mais intensa


(escura) e não sai do corpo em “jatos”, apresentando, portanto,
uma perda mais uniforme e lenta.

 Hemorragia capilar: perda de sangue lenta, em pequenas


gotas, e o sangue tem cor intermediária.

ATENÇÃO!
SEMPRE INVESTIGUE HEMORRAGIA
EXSANGUINANTE

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
American College of Surgeons Committee on
Trauma, (Colégio Americano de Cirurgiões do
HEMORRAGIAS EXTERNAS
Trauma – EUA):

CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE HEMORRÁGICO – estimativa pela - Fases do Choque Hemorrágico: estágios I a IV.
perda de sangue - Estágios mais graves (III e IV): vítima progride
Classe Perda de Freq. Cardíaca Freq. Estado para ansiedade extrema, aumento do pulso e até
sangue respiratória mental
I 750 ml Alteração Alteração Levement
estado de confusão, torpor que levará ao coma
mínima mínima e ansioso (inconsciência) >>> necessidade de sangue e
II 750-1500 Aumento Aumento Moderada plasma.
ml mente
ansioso
III 1500-2000 >120 30-40 Ansioso,
ml batimento/min ventilações/min confuso
IV >2000ml >140 >35 Confuso,
batimento/min ventilações/min letárgico

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
TÉCNICAS DE CONTENÇÃO DE HEMORRAGIAS
HEMORRAGIAS EXTERNAS
a) Pressão Direta:
 Realizar pressão direta sobre a ferida;
 Aplicar com auxílio de gaze, se disponível, ou pano limpo;
 Manter pressão até uma solução definitiva.

b) Bandagem Compressiva:
 Feito de forma que uma pressão mecânica seja mantida sobre o
ferimento;
 Pode estancar grandes hemorragias;
 Usar gazes preenchendo a ferida;
 Usar um chumaço de gaze por cima para promover a pressão.

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado
no PHTLS, 2019. – NAEMT, 2020.
SENASP. Projeto de APH Tático para agentes de segurança pública, 2021.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
TÉCNICAS DE CONTENÇÃO DE HEMORRAGIAS
HEMORRAGIAS EXTERNAS
c) Curativos de preenchimento:
- Hemostáticos: gazes impregnadas com agentes hemostáticos -
equipamento obrigatório pelas Forças armadas dos EUA e forças
Agente de segurança como CIA, FBI, SWAT, policias locais,
hemostático
com eficiente atendimento de emergências e hospitais nos EUA e em vários
controle da países.
hemorragia
- Não hemostáticos: estudos mostram que a gaze em si e
o espaço que ela ocupa na cavidade contribui fortemente
Rolo de 6cm x 4 metros com a presença de um para o estancamento. O produto deve ser estéril para evitar
agente hemostático
infecções.
Produtos Hemostáticos: podem ser encontrados em
formula de gaze ou granulados. O mais comum é na forma
de gaze, feita pela QuickClot.
Vídeo para apoio ao aprendizado: Torniquetes de extremidades, agentes hemostáticos e Controle
de hemorragias no APH. IBRAP. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=oxK8OBG0Fug

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019. – NAEMT, 2020.
SENASP. Projeto de APH Tático para agentes de segurança pública, 2021.
IBRAP – Instituto Brasileiro de APH, 2021.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO

HEMORRAGIAS EXTERNAS TÉCNICAS DE CONTENÇÃO DE HEMORRAGIAS

d) Torniquetes: constrição externa (temporária) do leito vascular lesado através da oclusão


mecânica externa de veias e artérias.
✓ Aplicar diretamente sobre a pele.
✓ 4 a 5 “dedos” (4 a 6 cm) acima de ferida, para uma aplicação deliberada.
✓ Nunca sobre uma articulação.
✓ Apertar até desaparecer o pulso distal.
 Não deverá ser afrouxado.

✓ Se for necessário, instalar um segundo torniquete, acima do primeiro – torniquete duplo (posição proximal ao 1º)
✓ Manter o torniquete em amputações ou grandes lacerações, mesmo sem hemorragias evidentes.
✓ Em um ferimento por munições de alta velocidade, indica-se o uso do torniquete emergencial – sendo mais alto e mais apertado
(aplicação não deliberada).
✓ Não há evidências que determine o tempo máximo de uso do torniquete - danos relacionados ao uso prolongando foram raros.

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019. – NAEMT, 2020.
SENASP. Projeto de APH Tático para agentes de segurança pública, 2021.
IBRAP – Instituto Brasileiro de APH, 2021.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO
TÉCNICAS DE CONTENÇÃO DE HEMORRAGIAS
HEMORRAGIAS EXTERNAS
c) Curativos de preenchimento:
- Hemostáticos: gazes impregnadas com agentes hemostáticos -
equipamento obrigatório pelas Forças armadas dos EUA e forças
Agente
hemostático de segurança como CIA, FBI, SWAT, policias locais,
com eficiente atendimento de emergências e hospitais nos EUA e em vários
controle da
hemorragia países.
- Não hemostáticos: estudos mostram que a gaze em si e
o espaço que ela ocupa na cavidade contribui fortemente
Rolo de 6cm x 4 metros com a presença de um
agente hemostático para o estancamento. O produto deve ser estéril para evitar
infecções.
Produtos Hemostáticos: podem ser encontrados em
formula de gaze ou granulados. O mais comum é na forma
de gaze, feita pela QuickClot.
Vídeo para apoio ao aprendizado: Torniquetes de extremidades, agentes hemostáticos e Controle
de hemorragias no APH. IBRAP. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=oxK8OBG0Fug

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019. – NAEMT, 2020.
SENASP. Projeto de APH Tático para agentes de segurança pública, 2021.
IBRAP – Instituto Brasileiro de APH, 2021.
CHOQUE
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO Hemorragias /
desidratação

ESTADOS DE CHOQUE

Infartos /
DAC

Embolia Pulmonar

Perfusão tissular Infecções


ineficaz – prejuízo à
circulação e TCE
oxigenação celular.
Alergias

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019. – NAEMT, 2020.
SENASP. Projeto de APH Tático para agentes de segurança pública, 2021.
IBRAP – Instituto Brasileiro de APH, 2021.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO SEQUÊNCIA DE ÓRGÃOS NOBRES – PRIORIZAÇÃO

ESTADOS DE CHOQUE DE OXIGENAÇÃO (CHOQUE)

 Desequilíbrio entre o coração, o (4 a 6 minutos)


volume de líquidos e os vasos
sanguíneos para com as células
do corpo.
 No decorrer do tempo, o choque
leva ao sofrimento e morte celular
dos órgãos. (45 a 90 minutos)

(120 a 180 minutos)

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019. – NAEMT, 2020.
SENASP. Projeto de APH Tático para agentes de segurança pública, 2021.
IBRAP – Instituto Brasileiro de APH, 2021.
Trauma, Hemorragias e Choque
2. DESENVOLVIMENTO EVIDÊNCIAS E ABORDAGENS

ESTADOS DE CHOQUE Hipovolêmico Cardiogênico


Diminuição do volume de fluídos no corpo. Doenças (traumáticas e clínicas) do
Hemorragias, queimaduras graves, coração.
diarreia, vômitos (desidratação). Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), arritmia
 Pele pálida, úmida e fria. cardíaca, insuficiência cardíaca.
 Sede tremor e agitação Neurogênico
Séptico
 Pulso fraco e rápido (maior que pele quente, seca e rosada, além de nível
Infecções graves sistêmicas que levam à
100). de consciência e enchimento capilar normais
dilatação dos vasos sanguíneos.
 Perfusão capilar periférica lenta ou que progridem para comprometimento da
perfusão.
nula.
 Respiração curta e rápida. Anafilático
Reação de hipersensibilidade a
ATENÇÃO! medicamentos, alimentos, peçonha; etc.
Decorrente da histamina liberada
No choque neurogênico a vítima tem a pele quente,
seca e rosada, além de nível de consciência e
enchimento capilar normais. Porém se persistir
pode levar ao comprometimento da perfusão.

Fonte: Imagens de domínio público disponíveis em google imagens, 2022. Esquema de adaptação da autora baseado no PHTLS, 2019. – NAEMT, 2020.
SENASP. Projeto de APH Tático para agentes de segurança pública, 2021.
IBRAP – Instituto Brasileiro de APH, 2021.
Trauma, Hemorragias e Choque

BRIEFING – TRAUMAS, HEMORRAGIAS E CHOQUE


1. Quais as características típicas dos traumas (penetrantes,
contusos e por explosão)?
2. Quando deve-se prever a existência de compressão,
cisalhamento e desaceleração?
3. O que investigar e quais as abordagens recomendadas para os
traumas (TCE, Traumas de face, torácico e abdominal)?
4. Como abordar hemorragia que ameaça à vida?
5. Quais os tratamentos para hemorragias em geral?
6. Quais as evidências de estado de choque e qual a abordagem
recomendada em cada tipo?
REFERÊNCIAS
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