Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Instalações eléctricas II
Trabalho de investigação
Tema:
Nomes:
Docente:
1
1.2. Objectivos
2
2.1. MEDIDAS DE PROTEÇÃO DE PESSOAS E BENS EM
INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS DE BAIXA TENSÃO
2.2.Generalidades
De acordo com a Norma IEC 60479-1 os efeitos da passagem de corrente elétrica pelo corpo
humano são descritos e agrupados conforme a Tabela 1.
3
Tabela 1 - Efeitos da corrente de fuga nas quatros zonas
4
3.1 Efeitos do choque elétrico
Ao passar pelo corpo humano, a corrente eléctrica causa uma série de perturbações que o
organismo reage desde uma ligeira contração superficial até uma violenta contração
muscular, podendo ocasionar a morte do indivíduo, perturbações como inibição do centro
nervoso com parada respiratória, alteração do ritmo cardíaco, podendo produzir fibrilação
ventricular e até parada cardíaca, queimaduras profundas, alterações do sangue produzidas
por efeitos térmicos electrolíticos da corrente eléctrica (bortoluzzi, 2009). A tabela a seguir
mostrará a relação entre a corrente eléctrica e seus efeitos sobre o corpo humano.
Intensidade da corrente;
Frequência da rede eléctrica;
Tempo de duração da electrocussão;
Resistência da vitima.
5
principal barreira à passagem da corrente elétrica, e sua resistência é maior em comparação
com tecidos mais condutores, como músculos e órgãos internos.
A energia elétrica de alta voltagem, pode rapidamente romper a pele, reduzindo a resistência
do corpo para apenas 500 Ohms ou ainda menos, permitindo assim a passagem de grandes
quantidades de corrente pelo corpo humano.
A colocação fora de alcance, tal como o seu nome indica, funciona por colocação das partes
ativas em locais inacessíveis a pessoas que não sejam qualificadas ou instruídas para o uso
dos equipamentos. As partes ativas não se devem situar no volume de acessibilidade. O
volume de acessibilidade pode ser condicionado por obstáculo, na horizontal, ou por
afastamento mínimo de 2.5 m na vertical.
Todas as partes ativas devem ser completamente isoladas com um isolamento resistente o
qual só poderá ser retirado por destruição. Os isolamentos de equipamentos montados em
fábrica devem satisfazer as regras aplicáveis a esses equipamentos. Os equipamentos não
montados em fábrica devem ser dotados de proteção que suporte, de forma duradora, as
solicitações a que possam vir a ser submetidos.
As partes ativas devem ser colocadas dentro de invólucros ou atrás de barreiras com IP ≥
IP2X (aberturas de dimensão inferior a 12.5 mm). Se isto não for possível cumprir devem
tomar-se precauções para impedir que as pessoas e os animais toquem acidentalmente nas
partes ativas. Ao retirarem-se as proteções deve-se garantir que as pessoas estejam
conscientes de que as partes que fiquem acessíveis pela abertura são partes ativas. Os pisos e
passadeiras colocados por cima de partes ativas devem ter um IP ≥ IP4X. As barreiras e os
invólucros devem ser robustos e duradouros, para manterem o grau de proteção exigido. Os
7
obstáculos devem impedir a aproximação física, não intencional, às partes ativas, assim como
os contactos não intencionais com as partes ativas durante a exploração.
Nas medidas de proteção por uso de TRS ou TRP, devem ser usadas tensões nominais
inferiores a 50 V para correntes alternadas ou a 120 V para correntes contínuas. Como fontes
de alimentação podem ser utilizadas pilhas ou acumuladores, dispositivos eletrónicos e
transformadores de segurança que satisfaçam a norma EN 61558. As partes ativas dos
circuitos devem ser separadas, eletricamente, de qualquer outro circuito, devendo ser tomadas
medidas adequadas para garantir uma separação, pelo menos, equivalente à que existe entre
os circuitos primário e secundário de um transformador de segurança. As fichas não devem
poder entrar em tomadas de outras tensões, as tomadas devem impedir a introdução de fichas
de outras tensões. Estas tomadas alimentadas por TRS não devem possuir contacto de terra.
As massas dos equipamentos alimentados a TRS não podem ser ligadas à terra, nem a
condutores de proteção ou massas ou elementos condutores de outras instalações.
Os contactos indiretos ocorrem quando uma pessoa entra em contacto com uma parte
metálica de um equipamento normalmente sem tensão mas que, devido a um defeito de
isolamento, interrupção ou ausência do condutor de proteção, permite o estabelecimento de
correntes de fuga de valor, eventualmente significativo, como se observa na Figura 2.3.
A proteção contra contactos indiretos pode ser assegurada com recurso a diferentes medidas,
alternativas ou em concorrência, entre as quais estão a proteção por corte automático da
alimentação e a proteção por separação elétrica.
8
4.9 Proteção Por Corte Automático Da Alimentação
O circuito deve ser alimentado por um transformador de separação ou por uma fonte de
alimentação que garanta uma segurança equivalente. A tensão nominal do circuito separado
não deve ser superior a 500 V.
A eletrocussão ocorre quando o corpo de uma pessoa permite a passagem de corrente elétrica
entre dois condutores energizados de um circuito elétrico ou entre um condutor energizado e
uma superfície ou objeto aterrado. Isto é, quando há a diferença de potencial entre uma parte
do corpo e outra, a corrente elétrica fluirá e com ela surge o fenômeno do choque elétrico
(NEITZEL, 2008).
5 Esquemas de aterramento
O Hélio Creder enuncia que ”Os sistemas eléctricos são classificados segundo diversos
esquemas de aterramento, que diferem entre si em função da situação da alimentação e das
massas com relação a terra” (CREDER, 2004).
10
5.1 Esquema TT
De acordo com as regras técnicas, o esquema TT tem um ponto da alimentação ligado
diretamente à terra, sendo as massas da instalação eléctrica ligadas a eléctrodos de terra
electricamente distintos do eléctrodo de terra da alimentação.
5.2 Esquema IT
No esquema IT, todas as partes activas estão isoladas da terra ou um ponto destas está
ligado à terra por meio de uma impedância, sendo as massas da instalação eléctrica
ligadas à terra.
11
5.2 Esquema TN
RTIEBT refere que o esquema TN tem um ponto ligado directamente à terra, sendo as massas
da instalação ligadas a esse ponto por meio de condutores de protecção. De acordo com a
disposição do condutor neutro e do condutor de protecção, consideram-se os três tipos de
esquemas TN seguintes:
12
6 Dispositivos protecção de pessoas e bens
Os aparelhos de protecção têm como função proteger as pessoas e todos os elementos
constituintes de um circuito eléctrico ou de uma instalação eléctrica contra os diferentes
tipos de defeitos, avarias ou anomalias que podem ocorrer. Os principais tipos de defeitos
e anomalias que podem ocorrer num circuito são:
Sobrecargas;
Curtos-circuitos;
Correntes de fuga;
Sobretensões;
Subtensões.
6.2 Pára-raios
Pára-raios inventado por Benjamim Franklin é um dispositivo projectado para proteger os
transformadores, bancos de capacitares, linhas eléctricas, edifícios contra descargas
atmosféricas e contra surtos de manobra. Entretanto, quando o raio atinge uma rede de
distribuição de energia eléctrica, a tensão é normalmente alterada para valores anormais e os
pára-raios limitarão o valor destas sobretensões e drenarão a descarga para a terra.
A tensão nominal dos Pára-raios a instalar para proteger uma rede deve ser em função do
nível de tensão da rede assim como do seu regime do neutro, ou seja, se é isolado, ligado
directamente à terra ou se é ligado à terra por intermédio de uma resistência ou bobine. A
capacidade dos Pára-raios a instalar é no geral de 10 KA.
13
A tabela que abaixo se apresenta, refere-se as tensões nominais a usar em diferentes situações
nas redes da Electricidade de Moçambique (EDM), para Pára-raios da marca ASEA, tipo
XBE.
DA REDE (KV)
Neutro isolado Neutro á terra
6,6 7,2 6
11 12 12
22 24 24
33 36 33
6.4 DST
Os Descarregadores de Sobretensões são usados para proteger equipamentos e instalações,
das prováveis descargas atmosféricas e de sobretensões de manobra e normalmente são
classificados pela sua capacidade de descarga de corrente.
14
Um circuito inteiro não deve ser afetado caso outro apresente alguma falha. Desse modo, o
DR torna-se o meio mais eficaz na proteção de pessoas, evitando que ocorram acidentes. O
dispositivo também possui uma segunda função bastante importante: a proteção contra
incêndios. Ele permanece como um vigia da qualidade da instalação elétrica, evitando que
aconteçam as chamadas “fugas de corrente”, que podem gerar arcos e causar incêndios.
Uma forma de eliminar uma parte dos riscos de acidente consiste na utilização de um
dispositivo diferencial com uma corrente diferencial estipulada não superior a 30 mA,
destinado a garantir rapidamente o desligar da instalação eléctrica, ou de parte desta, em caso
de aparecimento de uma corrente de defeito à terra de reduzido valor.
7 Dimensionamento
O dimensionamento de um dispositivo diferencial, como um interruptor diferencial ou um
disjuntor diferencial, é feito levando em consideração vários fatores, incluindo a corrente
nominal do circuito, a sensibilidade necessária para detectar correntes de falta e as
características do sistema elétrico em que o dispositivo será instalado.
15
Primeiro deve-se determinar a corrente nominal do circuito, que é a corrente máxima
esperada no circuito que o disjuntor diferencial irá proteger. Por exemplo, se for estiver
dimensionado um disjuntor diferencial para um circuito de iluminação com carga máxima de
20 A, a corrente nominal seria 20 A.
8 CONCLUSÃO
A proteção da instalação elétrica e das pessoas é de extrema importância para garantir a
segurança e evitar acidentes relacionados à eletricidade. Qualquer instalação elétrica está
sujeita a defeitos e acidentes de diversas naturezas. Por isso, é necessário um sistema de
proteção e segurança que seja adequado, a fim de evitar maiores danos. A instalação elétrica
deverá ser executada de acordo com Normas e materiais adequados e de qualidade.
16
9 BIBLIOGRAFIA
ABNT, Norma Brasileira - Instalações Elétricas de Baixa Tensão NBR. 5410;
Guia Técnico das Instalações Elétricas. Porto: Certiel - Pinto, L. (2004);
Regulamento de segurança de redes de distribuição de energia elétrica,
RSRDEEBT(2011);
RTIEBT (Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão).
17