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INSTITUTO DE TRANSPORTES E

COMUNICAÇÕES

ELECTRICIDADE INDUSTRIAL CV3


CONCEDER COMANDOS DE CIRCUITO EM
RESISTÊNCIA(CCCR)
RISCOS EM INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS E AS PRINCIPAIS
CAUSAS DOS CHOQUES ELÉCTRICOS

Fomando: Adolfo de Prates Langa nº 3 Turma: TEI-7


Formador: Juvêncio Cumbe

Classificação
(__________)
Índice
1. Introdução..................................................................................................................1
1.1. Objectivo geral....................................................................................................1
1.2. Objetivos específicos..........................................................................................1
1.3. Metodologia de estudo........................................................................................1
2. Os maiores riscos em instalações eléctricas..............................................................2
2.1. Arcos elétricos....................................................................................................2
2.2. Queimaduras.......................................................................................................2
2.3. Quedas e precipitações........................................................................................2
2.4. Campos eletromagnéticos...................................................................................3
2.5. Explosão, incêndio e choque acústico................................................................3
2.6. Riscos de ataque de insetos.................................................................................3
2.7. Ataque de animais...............................................................................................3
2.8. Riscos em ambientes fechados (confinados)......................................................4
2.9. Riscos ergonômicos............................................................................................4
2.10. Choques eléctricos..........................................................................................5
2.10.1. Principais causas dos choques elétricos..........................................................5
3. Medidas de proteção de riscos em instalações eléctricas..........................................6
3.1. Proteção contra choque por contacto directo......................................................7
3.2. Proteção contra choque por contacto indireto.....................................................8
4. Efeitos da corrente eléctrica no corpo humano.........................................................9
5. Conclusão................................................................................................................10
6. Observações.............................................................................................................10
7. Bibliografia..............................................................................................................11
8. Sítios........................................................................................................................11
1. Introdução
Electridade é uma grandeza de alta importância desde os tempos remotos até os dias de
hoje, porém esta é por sua vez uma área de grande perigo. A utilização da eletricidade
exige vários cuidados, uma vez que quando são negligenciados os devidos
procedimentos de segurança esta fonte de energia pode provocar não só danos
patrimoniais, como também ser fatal ou causar lesões irrecuperáveis.
A origem da maioria dos acidentes elétricos está relacionada com a falta de informação,
ou imprudência, de quem trabalha e utiliza recursos elétricos.

1.1. Objectivo geral

Falar dos riscos em instalações eléctricas e as principais causas de choques eléctricos

1.2. Objetivos específicos

Descrever os maiores riscos em instalações eléctricas

Avaliar as medidas de protecção em instalações eléctricas

Avaliar o efeito da carrente eléctrica no corpo humano

1.3. Metodologia de estudo

Para este estudo, foi usado um método baseado em pesquisas pela internet, em websites
brasileiros e portugueses, livros eletrónicos(PDF). Não houve contribuições
directamente alheias, porém o estudo foi feito individualmente.

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2. Os maiores riscos em instalações eléctricas

2.1. Arcos elétricos

O arco voltaico caracterizado pelo fluxo de corrente elétrica através de um meio


“isolante, como o ar, é geralmente produzido quando da conexão e desconexão de
dispositivos elétricos e também em caso de curto-circuito. Um arco elétrico produz
calor que pode exceder a barreira de tolerância da pele e causar queimadura de segundo
ou terceiro grau.

O arco elétrico possui energia suficiente para queimar as roupas e provocar incêndios,
emitindo vapores de material ionizado e raios ultravioletas.

No interior de painéis elétricos, os arcos voltaicos normalmente provêm de curtos-


circuitos acidentais, principalmente se houver poeira condutiva sobre os barramentos
elétricos, por estarem há muito tempo sem receber inspeção preditiva; estes últimos se
manifestam mais durante a comutação ou chaveamento das cargas indutivas, sobretudo
nas máquinas elétricas rotativas, de uso mais frequente nas indústrias.

2.2. Queimaduras

A queimadura elétrica está entre as mais graves lesões causadas ao corpo humano. Ela
difere dos outros tipos de queimaduras por conta de um certo “fator iceberg “a lesão
interna sempre é bem maior do que a epidérmica. Ela queima internamente com mais
intensidade do que externamente.

A queimadura elétrica é mais intensa nos pontos de entrada e saída da corrente elétrica e
tanto mais grave quanto maior for o valor da corrente e a sua respectiva duração.

2.3. Quedas e precipitações

Pode haver consequências graves para as pessoas que, recebendo um choque elétrico ou
sendo atingidas por arco voltaico, sofram quedas.

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Nos trabalhos em linhas elétricas, as estatísticas demonstram que este é um dos
acidentes mais comuns nas concessionárias de energia elétrica, muitas vezes, isso ocorre
por conta de imprudência, negligência, imperícia ou mesmo autoconfiança.

2.4. Campos eletromagnéticos

É gerado quando da passagem da corrente elétrica alternada nos meios condutores. Os


efeitos danosos do campo eletromagnético nos trabalhadores manifestam-se
especialmente, quando na execução de serviços de transmissão e distribuição de energia
elétrica, nas quais se empregam elevados níveis de tensão. Os efeitos possíveis no
organismo humano decorrente da exposição ao campo eletromagnético são de natureza
elétrica e magnética. Os efeitos do campo elétrico já foram mencionados acima. Quanto
aos de origem magnética citamos os feitos térmicos, endócrinos e suas possíveis
patologias produzidas pela interação das cargas elétricas com o corpo humano. Não há
comprovação científica, porém há indícios de que a radiação eletromagnética criada nas
proximidades de meios com elevados níveis de tensão e corrente elétrica possa provocar
a ocorrência de câncer, leucemia e tumor no cérebro. As principais ondas são de radio,
TV, microondas, raios X e raios gama.

2.5. Explosão, incêndio e choque acústico

Explosão provocada por arco elétrico, centelhamento de escovas de motores em


presença de gases e vapores explosivos. Incêndio provocado por curto-circuito em
presença de materiais combustíveis. Choque acústico provocado por deslocamento de ar
devido a explosões – de trovão, por exemplo.

2.6. Riscos de ataque de insetos

Ataques de insetos, tais como abelhas e marimbondos, ocorrem na execução de serviços


em torres, postes, subestações, leitura de medidores, serviços de poda de árvore e
outros.

2.7. Ataque de animais


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Ocorre, sobretudo nas atividades de construção, supervisão e manutenção em redes de
transmissão em regiões silvícolas e florestais. Atenção especial deve ser dada a
possibilidade de picadas de animais peçonhentos nessas regiões.

2.8. Riscos em ambientes fechados (confinados)

Os trabalhos em espaços fechados, como caixas subterrâneas e estações de


transformação e distribuição, expõem os trabalhadores ao risco de asfixia por
deficiência de oxigênio ou por exposição a contaminantes nas atividades do setor
elétrico.

2.9. Riscos ergonômicos

São significativos, nas atividades do setor elétrico, os riscos ergonômicos, relacionados


aos fatores:

Biomecânicos, posturas não fisiológicas de trabalho provocadas pela exigência de


ângulos e posições inadequadas dos membros superiores e inferiores para realização das
tarefas, principalmente em altura, sobre postes e apoios inadequados, levando a intensas
solicitações musculares, levantamento e transporte de carga, etc.

Organizacionais, pressão do tempo de atendimento a emergências ou a situações com


períodos de tempo rigidamente estabelecidos, realização rotineira de horas extras,
trabalho por produção, pressões da população com falta do fornecimento de energia
elétrica.

Psicossociais, elevada exigência cognitiva (conhecimento) necessária ao exercício das


atividades associada à constante convivência com o risco de vida devido à presença do
risco elétrico e também do risco de queda (neste caso, sobretudo para atividades em
linhas de transmissão, execução em grandes alturas).

Ambientais, representado pela exposição ao calor, radiação, intempéries da natureza,


agentes biológicos, etc.

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2.10. Choques eléctricos

Passagem de corrente elétrica através do corpo, utilizando-o como condutor. Esta


passagem de corrente pode causar um susto, pode também causar queimaduras, parada
cardíaca ou até mesmo a morte.

2.10.1. Principais causas dos choques elétricos

Os riscos de choques elétricos podem se originar em decorrência de diversas situações,


onde verifica-se que nessas situações ocorrem erros inicialmente na concepção do
projeto e também durante a execução e manutenção das instalações elétricas e, entre
elas, é possível citar:

 Instalações mal projetadas e dimensionadas; contatos acidentais devido à falta de


barreiras adequadas; c. Falta de aterramento ou aterramento deficiente ou
inadequado; utilização de equipamentos elétricos danificados; falta ou
deficiência dos isolamentos de emendas de fios; falta de utilização de
EPI’s( Equipamentos de Protecção Individual) e ferramentas adequadas;
ligações inadequadas sem a utilização de plugues e tomadas; utilização de
materiais de baixa qualidade; ligação errada de equipamentos; falta de
sinalização e orientação; execução de manutenções em circuitos energizados;

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3. Medidas de proteção de riscos em instalações eléctricas

Para proteção nas instalações eléctricas são seguidas certas normas, para tal conveio-se
destacar três normas:

NR 10 – Habilitação, Qualificação, Capacitação e Autorização dos Trabalhadores

Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados em


conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição
detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por profissional que atenda ao que
estabelece o item 10.8 da NR 10. Os procedimentos de trabalho devem conter, no
mínimo, objetivo, campo de aplicação, base técnica, competências e responsabilidades,
disposições gerais, medidas de controle e orientações finais.

NR 17 – Ergonomia

As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a


condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. É vedado o uso de
adornos pessoais no trabalho com instalações elétricas ou em suas proximidades. Nos
locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas
elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, garantindo ao trabalhador
iluminação adequada e uma posição de trabalho segura.

NR 26 – Sinalização e Segurança

Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser submetidos a


exame de saúde compatível com as atividades a serem desenvolvidas, realizado em
conformidade com a NR 07 e com a NR 26, registrado em seu prontuário médico. Nas

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instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de
segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR 26.

3.1. Proteção contra choque por contacto directo

A proteção contra contactos diretos consiste em defender as pessoas contra os riscos de


contacto com as partes ativas dos materiais ou aparelhos elétricos. Esta forma de
proteção é essencialmente preventiva e consiste em garantir que as partes ativas
dispõem de proteção contra os contactos diretos. A proteção contra contatos diretos
deve ser assegurada por meio de:

 Proteção por colocação fora de alcance


 Isolamento das peças em tensão sem possibilidade de remoção
 Invólucros ou barreiras removíveis apenas com chave ou ferramenta apropriada
 Afastamento das peças em tensão acessíveis
 Obstáculos removíveis sem ferramenta
 Utilização de tensão reduzida de segurança
 Utilização de Dispositivo Diferencial Residual de alta sensibilidade
 Os dispositivos de corrente diferencial-residual (DR) constituem-se no meio
mais eficaz de proteção complementar das pessoas contra choques elétricos.
 Utilização de equipamentos de Classe 2: Duplo isolamento ou isolamento
reforçado
 Separação elétrica (transformador de isolamento)
 Ligações equipotenciais
 Pessoas instruídas
 Utilização de tensão reduzida de segurança
 Utilização de Dispositivo Diferencial Residual que cumpra a condição
RMxIn≤ UL

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3.2. Proteção contra choque por contacto indireto

Deve existir um dispositivo de proteção que separe automaticamente da alimentação o


circuito ou o equipamento quando surgir um defeito entre uma parte ativa e uma massa.

Nas instalações deverão ser tomadas medidas de protecção contra contactos indirectos
de forma a garantir que nos elementos condutores estranhos à instalação elétrica não se
mantém uma tensão de contacto superior aos seguintes valores:

50 V – Se a instalação, ou parte da instalação, for prevista para alimentar apenas


aparelhos de utilização fixos ou móveis que não possuam massas susceptíveis de serem
empunhadas;

25 V – Se a instalação, ou parte da instalação, for prevista para alimentar aparelhos de


utilização fixos ou móveis que possuam massas susceptíveis de serem empunhadas ou
aparelhos de utilização portáveis com massas acessíveis.

As protecções contra contactos indirectos devem ser realizadas por um dos seguintes
métodos:

 Medidas que impeçam a corrente de defeito de percorrer o corpo humano ou o


corpo de um animal;
 Limitação da corrente de defeito que possa percorrer o corpo a um valor inferior
ao da corrente de choque;
 Corte automático, num tempo determinado, após o aparecimento de um defeito
susceptível de, em caso de contacto com as massas, ocasionar a passagem
através do corpo de uma corrente de valor não inferior ao da corrente de choque.

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4. Efeitos da corrente eléctrica no corpo humano
A corrente elétrica é um fenômeno que pode levar um ser humano à morte. Quando se
estabelece uma diferença de potencial entre dois pontos do corpo humano, flui
uma corrente elétrica entre eles. A intensidade dessa corrente depende da diferença de
potencial e da resistência elétrica entre esses pontos sobre os quais se aplica a voltagem,
por exemplo, a resistência elétrica entre as orelhas é igual a 100 Ω, aproximadamente.
A sensação de choque elétrico surge com correntes elétricas de intensidade superior a 1
mA. Com correntes superiores a 10 mA, os músculos contraem-se, o que dificulta, por
exemplo, o pulo (salto). Correntes próximas de 20 mA tornam a respiração mais difícil,
a qual pode cessar com correntes que chegam a 80 mA. As correntes elétricas que
chegam a matar são aquelas cuja intensidade está compreendida na faixa entre 100 mA
e 200 mA. Com intensidade próxima dos 100 mA, as paredes do coração executam
movimentos descontrolados, o que é chamado de fibrilação. As correntes que chegam a
ultrapassar os 200 mA não são tão perigosas quanto as de 100 mA, pois as contrações
musculares do coração são tão violentas que esse órgão fica paralisado, fato que acaba
aumentando a possibilidade de sobrevivência de um ser humano submetido a esse tipo
de choque elétrico.

A tabela abaixo traz os valores das correntes elétricas em ampère (A) seguidos dos
efeitos causados sobre o corpo humano.

Intensidade da corrente(A) Efeito fisiológico


1mA a 10 mA Pequenos formigamentos
10 mA a 100mA Contrações musculares, dor, dificuldade
para respirar, parada cardíaca
100mA a 200mA Fibrilação ventricular
200mA a 1A Parada cardíada, parade
cardiorrespiratória

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1A a 10A Queimaduras graves, parade cardíaca e
morte

5. Conclusão
Durante a pesquisa, pude concluir que:

 A electricidade é uma área de elevada importância para todos, porém para lidar
com ela, é preciso seguir muitas exigências.
 O choque é o risco mais predominante em locais com electricidade, por isso
muitos estudos referentes ao risco eléctrico, destacam este risco.
 Embora o corpo humano não tenha um sistema de circuito eléctrico comum, este
é um condutor eléctrico.

6. Observações
 As medidas citadas no trabalho devem ser tomadas no local de trabalho e
também fora do trabalho desde que tenha um sistema eléctrico.

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7. Bibliografia

Prevenção de riscos elétricos em locais de trabalho: SEGURANÇA DE PESSOAS:


TECNOLOGIAS E CONCEITOS 1: Sérgio Manuel
Choque elétrico: causas, consequências e seus efeitos para o corpo humano - Pedro
Thomé, Engenharia de Produção Agroindustrial (EPA), Universidade Estadual do
Paraná - UNESPAR/Campus de Campo Mourão; Ederaldo Luiz Beline, Colegiado de
EPA, UNESPAR/Campus de Campo Mourão

8. Sítios
https://alunosonline.uol.com.br/fisica/efeitos-corrente-eletrica-sobre-corpo-
humano.html
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/efeitos-corrente-eletrica-no-corpo-
humano.htm
Prevenção de riscos elétricos em locais de trabalho: SEGURANÇA DE PESSOAS:
TECNOLOGIAS E CONCEITOS 1: Sérgio Manuel
http://www.instalacoeseletricas.com/teoria.asp?id=8
https://www.mundodaeletrica.com.br/quais-riscos-correm-os-eletricistas-alem-do-
choque-eletrico/
https://www.apsei.org.pt/areas-de-atuacao/seguranca-no-trabalho/riscos-eletricos/
https://www.eletronor.com.br/blog/medidas-de-protecao-coletiva-em-instalacoes-
eletricas/
https://sites.google.com/site/electricidadetecproc/Segurana-das-Instalaes-Elctricas/
proteccao-contra-contactos-indirectos

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