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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

• Introdução à segurança com eletricidade;


• Riscos em instalações e serviços com eletricidades;
• Técnicas de análise de riscos;
• Medidas de controle do risco elétrico;
• Normas técnicas brasileiras;
• Normas regulamentadoras;
• Equipamentos de proteção coletiva e individual;
• Rotinas de trabalho – Procedimentos;
• Documentação de instalações elétricas.
• OBJETIVO

Orientar os profissionais que trabalham em instalações elétricas,


sujeitos aos riscos decorrentes do emprego da energia elétrica,
oferecendo noções de riscos elétricos e adicionais.
• ACIDENTES

Acidentes ocorrem, dentre outros motivos, por:


• Máquinas mal projetadas e/ou mal construídas, sem manutenção
preventiva/corretiva;
• Dispositivos de proteção e/ou máquinas inadequados ás atividades
desenvolvidas;
• Montagem de máquinas com tecnologias e origem diferentes;

• Layout inadequado, permitindo passagem de materiais entre as


máquinas e circulação indevida de pessoas no local;
• Fadiga, falta de treinamento, estresse e excesso de confiança.
INTRODUÇÃO À SEGURANÇA COM ELETRICIDADE

Energia elétrica: geração, transmissão, distribuições e Consumos

A energia elétrica que alimenta as indústrias,


comércio e nossos lares é gerada
principalmente em usinas hidrelétricas, onde a
passagem da água por turbinas geradoras
transforma a energia mecânica, originada pela
queda d’água, em energia elétrica.
A eletricidade é uma fonte de perigo, que mal
utilizada pode se tornar fatal. Perigosa mesmo
utilizando baixas tensões, como exemplo, as de
50 volts até 120 volts. Para a prevenção de
acidentes todas as instalações elétricas devem
ser executadas e mantidas de forma segura por
um profissional habilitado.
CAUSAS DIRETAS E INDIRETAS DE ACIDENTES COM ELETRICIDADE

● Diretos: Contatos com partes que em condições normais de funcionamento estariam


energizadas.
● Indiretos: Contatos com partes que em condições normais de funcionamento não estariam
energizadas, mas que podem ficar energizadas por falha no isolamento.
CAUSAS DIRETAS DE ACIDENTES COM ELETRICIDADE
● As causas diretas de acidentes com eletricidade consistem em contato físico
direto por falha na isolação.
CAUSAS INDIRETAS DE ACIDENTES COM ELETRICIDADE

As causas indiretas de acidentes com eletricidade não estão relacionadas à função


prevista e desejada do sistema elétrico, que consiste em gerar, transmitir, distribuir
e alimentar aparelhos e máquinas com energia elétrica. As causas indiretas são
descargas atmosféricas, tensões induzidas e tensões estáticas.

Exemplos de Acidentes com Eletricidade:

Postes em situação de risco, inclinados,


rachados e cheios de fios soltos
representam perigo e um alerta para a
população.
RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

2.1 CHOQUE ELÉTRICO


O choque elétrico é a perturbação de natureza e efeitos diversos que se manifesta
no organismo humano quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Os
efeitos do choque elétrico variam e dependem de:
• percurso da corrente elétrica pelo corpo humano;
• intensidade da corrente elétrica;
• tempo de duração;
• área de contato;
• frequência da corrente elétrica;
• tensão elétrica;
• condições da pele do indivíduo;
• constituição física do indivíduo;
• estado de saúde do indivíduo.
RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
2.2 ARCO ELÉTRICO OU VOLTAICO
O arco voltaico caracterizado pelo fluxo de corrente elétrica através de um meio “isolante,
como o ar, é geralmente produzido quando da conexão e desconexão de dispositivos elétricos
e também em caso de curto-circuito. Um arco elétrico produz calor que pode exceder a
barreira de tolerância da pele e causar queimadura de segundo ou terceiro grau.
O arco elétrico possui energia suficiente para queimar as roupas e provocar incêndios,
emitindo vapores de material ionizado e raios ultravioletas.No interior de painéis elétricos, os
arcos voltaicos normalmente provêm de curtos-circuitos acidentais, principalmente se houver
poeira condutiva sobre os barramentos elétricos, por estarem há muito tempo sem receber
inspeção preditiva; estes últimos se manifestam mais durante a comutação ou chaveamento
das cargas indutivas, sobretudo nas máquinas elétricas rotativas, de uso mais frequente nas
indústrias.
CONSEQUÊNCIAS FATAIS
RISCOS EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
NÍVEIS DE QUEIMADURAS

Primeiro grau: Superficial , só atinge a epiderme ou a pele (causa


vermelhidão).
Segundo grau: Da derme ou superficial, atinge toda a epiderme e
parte da derme (forma bolhas).
Terceiro grau: Da pele e da gordura ou profunda, atinge toda a
epiderme, a derme e outros tecidos mais profundos, podendo chegar
até os ossos. Surge a cor preta, devido a carbonização dos tecidos.
EXEMPLOS:
QUEDAS E PRECIPITAÇÕES

Pode haver consequências graves para as pessoas que, recebendo um choque elétrico
ou sendo atingidas por arco voltaico, sofram quedas.
Nos trabalhos em linhas elétricas, as estatísticas demonstram que este é um dos
acidentes mais comuns nas concessionárias de energia elétrica, muitas vezes, isso ocorre
por conta de imprudência, negligência, imperícia ou mesmo autoconfiança.
2.4 CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS

Para entendimento, podemos dizer de forma simplificada que campo eletromagnético é um


fenômeno invisível que é criado pela corrente elétrica.
Como o próprio nome sugere é uma associação entre o campo elétrico e o campo magnético.
Um corpo carregado pode atrair ou repelir uma partícula carregada próxima a ele, à medida
que essa partícula é afastada esse efeito de atração/repulsão é reduzido. Todo o espaço em
volta do corpo capaz de gerar esse efeito é chamado campo elétrico.
TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCOS

PERIGO: condição que pode provocar danos.


RISCO: medida da perda econômica e/ou danos para a vida humana
TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCOS

Para reduzir os acidentes de trabalho é preciso conhecer, analisar, avaliar e controlar os


riscos. A análise de riscos consiste em diversas técnicas utilizadas para criar um cenário para
realização de uma determinada atividade, por meio desse cenário e conhecendo a atividade é

possível identificar os riscos, assim como sua frequência e magnitude .


PERIGO: condição que pode provocar danos.
RISCO: medida da perda econômica e/ou danos para a vida humana.
ANÁLISE DE RISCO: estimativa qualitativa e quantitativa do risco.
AVALIAÇÃO DE RISCOS: comparação do resultado da análise
de riscos com critérios de tolerabilidade previamente estabelecidos.
GERENCIAMENTO DE RISCOS: formulação e execução de
medidas e procedimentos com o objetivo de prever, controlar
ou reduzir os riscos.
TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCOS
De origem elétrica: choque elétrico, campo elétrico, campo eletromagnético e
arco elétrico.
De queda: Constitui-se numa das principais causas de acidentes no setor elétrico,
sendo característico de diversos ramos de atividade, mas muito representativo nas
atividades de construção e manutenção do setor de transmissão e distribuição de
energia elétrica.
Espaço Confinados: Presença de poeiras e gases tóxicos, existência de
substâncias inflamáveis que podem gerar explosão e insuficiência de ventilação.
Áreas Classificadas: é um local sujeito a probabilidade de formação de
atmosfera explosiva, justamente por conter substâncias consideradas como
“explosivas”, como gases/líquidos inflamáveis e poeiras/fibras combustíveis.
Transporte e com equipamentos: Neste item abordaremos riscos de acidentes
envolvendo transporte de trabalhadores e a utilização de veículos de serviço e
equipamentos.
Ataques de insetos: Ataques de insetos, tais como abelhas, marimbondos e
formigas, ocorrem na execução de serviços em torres, postes, subestações, leitura
de medidores, serviços de poda de árvores e outros.
Ataque de animais peçonhentos/domésticos: Ocorrem, sobretudo nas
atividades de construção, supervisão e manutenção em redes de transmissão em
regiões silvícolas e florestais.
Riscos Ocupacionais: Consideram-se riscos ocupacionais, os agentes
existentes nos ambientes de trabalho, capazes de causar danos à saúde do
empregado.
Riscos Ergonômicos: São significativos, nas atividades do setor elétrico os
riscos ergonômicos, relacionados aos fatores: biomecânico, organizacionais,
psicossociais e ambientais.
O QUE É RISCO?
 CONCEITO DE RISCO

Medida de danos à vida humana, meio ambiente, instalações ou


imagem da empresa, resultante da combinação entre a frequência de

ocorrência e a magnitude das perdas ou danos (consequências).

Risco = Combinação de Frequência e Consequência

R = F x C
AVALIAÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES

Avaliação de Riscos

O que pode Quais os


dar errado? efeitos?
Com que
frequência?

Identificação
Avaliação de
da Situação de
Avaliação de Severidade
Risco
Frequência
 SITUAÇÕES DE RISCO

Situações acidentais com potencial para causar danos


às pessoas, ao meio ambiente, aos ativos ou à imagem da
empresa.
 Situações que possam causar danos para a integridade física das pessoas.
 Choques mecânicos:
 Geração de:
• Colisões;
• Fagulhas;
• Quedas de peças ou de
• Faíscas.
equipamentos;
 Vazamento de substâncias: • Quedas de pessoas;
• Inflamáveis; • Prensamento;

• Tóxicas; • Desmoronamento;
• Atropelamentos;
• Corrosivas.
• Projeção de peças ou fragmentos.
 Contato :
 Presença de:
• com superfícies energizada;
• atmosfera confinada;
• com superfícies quentes ou
• Substâncias;
criogênicas;
• objetos indesejados;
• com superfícies cortantes ou
• Reação descontrolada / indevida;
perfurantes;
• Agressão física;
• com partes rotativas.
• Descargas atmosféricas.
CAUSAS/DESCRIÇÃO: Exemplos de eventos ou fatores responsáveis pela ocorrência das
situações de risco:

 Exposição a temperaturas extremas;  Corrosão da estrutura;

 Exposição poeira;  Excesso de carga;

 Exposição fumo;  Movimentos repetitivos;

 Exposição fumaça;  Sinalização deficiente;

 Exposição névoa;  Falta de treinamento ou treinamento

 Exposição neblinas; deficiente;

 Exposição gases;  Piso molhado ou irregular;

 Exposição vapores;  Ruptura ou furo em tubulação;

 Exposição a ruído;  Falha mecânica em máquina de carga;

 Exposição a vibração;  Deficiência de iluminação

 Exposição a iluminação;  Equipe mal dimensionada;


MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
DESENERGIZAÇÃO
O procedimento para desenergização ao contrário do que muitos pensam, não consiste apenas em
desligar um disjuntor ou abrir uma chave. É um processo relativamente complexo que, de acordo com a
NR-10 deve obedecer à seguinte sequência:
PASSOS DESCRIÇÃO JUSTIFICATIVA/OBSERVAÇÕES

É a ação de desligar completamente um equipamento ou circuito de outros


Seccionamento equipamentos ou circuitos, promovendo afastamentos adequados que impeçam
tensão elétrica no mesmo;

É o processo pelo qual se impede o religamento acidental de um circuito


Impedimento de reenergização desenergizado;

Constatação de ausência da tensão É a ação de verificar a existência de tensão em todas as fases do circuito,
usualmente por sinalização luminosa ou voltímetro instalado no próprio painel;

A instalação de aterramento temporário tem como finalidade a Equipotencialização


Aterramento temporário dos circuitos desenergizados (condutores ou equipamentos) ou seja, ligá-lo
eletricamente ao mesmo potencial;

Define-se zona controlada como: entorno de parte condutora energizada,


segregada, acessível, de dimensões estabelecidas de acordo com nível de tensão,
Proteção dos elementos
cuja aproximação só é permitida a profissionais autorizados, como disposto no
energizados existentes na zona anexo II da Norma Regulamentadora Nº10. (Alterada pela Portaria MTPS n.º 508,
controlada de 29 de abril de 2016)

Instalação da sinalização de Este tipo de sinalização é utilizada para diferenciar os equipamentos energizados
impedimento dos não energizados, afixando-se no dispositivo de comando do equipamento
de reenergização principal e sinalizando que o mesmo está impedido de ser manobrado;

Observação: Os passos podem ser alterados em função de uma justificativa técnica, mantendo o mesmo nível de segurança.
MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO
• ATERRAMENTOS

Um dos objetivos do aterramento de uma instalação pode ser direcionar possíveis correntes
de fuga para a terra, protegendo as pessoas e preservando os equipamentos.

• SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO

São utilizados para seccionamento automático da


alimentação dispositivos de sobrecorrente, como os
disjuntores termomagnéticos e fusíveis, e também
dispositivos de corrente diferencial, como IDR
(interruptor diferencial residual) e o DDR (disjuntor
diferencial residual).
• PROTEÇÃO POR EXTRA BAIXA TENSÃO
Segundo o item 10.2.8 da NR-10, em todos os serviços
executados em instalações elétricas devem ser previstas e
adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva
aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem
desenvolvidas de forma a garantir a segurança e a saúde
dos trabalhadores.
• BARREIRAS E INVÓLUCROS
A proteção por barreira ou por invólucro tem o objetivo de
impedir que pessoas ou animais toquem acidentalmente as
partes vivas, e garantir que as pessoas sejam advertidas de
que as partes acessíveis pela da abertura são vivas e não
devem ser tocadas intencionalmente.

• BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS

Dispositivos de bloqueio são aqueles que impedem o


acionamento ou religação de dispositivos de manobra
(chaves, interruptores, etc.).
• BARREIRAS E INVÓLUCROS
A proteção por barreira ou por invólucro tem o
objetivo de impedir que pessoas ou animais
toquem acidentalmente as partes vivas, e garantir
que as pessoas sejam advertidas de que as partes
acessíveis pela da abertura são vivas e não devem
ser tocadas intencionalmente.
• BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS
Bloqueio é a ação destinada a manter, por meios
mecânicos, um dispositivo de manobra fixo numa
determinada posição de forma a impedir uma ação
não autorizada, em geral utilizando cadeados.
Dispositivos de bloqueio são aqueles que impedem o
acionamento ou religação de dispositivos de manobra
(chaves, interruptores, etc.).
É importante que tais dispositivos possibilitem mais
de um bloqueio, ou seja, a inserção de mais de um
cadeado, por exemplo, para trabalhos simultâneos de
mais de uma equipe de manutenção
• OBSTÁCULOS E ANTEPAROS

Os obstáculos são destinados a impedir o contato involuntário com partes vivas, mas não
o contato que pode resultar de uma ação deliberada e voluntária de ignorar ou contornar o
obstáculo.

• ISOLAMENTO DAS PARTES VIVAS


NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS
PARA ATIVIDADES COM ELETRICIDADE, HÁ DIVERSAS NORMAS
NORMA REFERENCIA

NBR 5410 Instalações Elétricas de Baixa Tensão

NBR 5418
Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas

NBR 14039 Instalações Elétricas de Média Tensão, de 1,0 kV a 36,2 kV

NBR 5419 Proteção de Estruturas contra Descargas Atmosféricas

NBR 13534 Instalações Elétricas em Ambientes Assistenciais de Saúde – Requisitos para a Segurança

NBR 13570 Instalações Elétricas em locais de afluência de público – Requisitos Específicos

NBR 5460 Sistema Elétrico de Potência

NBR 5422 Projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica

Resoluções da ANEEL 414/10 Portaria para Condições Gerais de Fornecimento de Energia

Lei nº 6514/77 Normas Regulamentadores

Capitulo V – CLT Segurança e Medicina do Trabalho


NORMAS REGULAMENTADORAS

Normas Regulamentadoras:

• As Normas Regulamentadoras, conhecidas no Brasil como NRs,


regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios
relacionados à segurança e saúde do trabalhador.
• Capacitar os participantes para prevenção em acidentes com eletricidade
(atendendo NR-10);
NORMAS REGULAMENTADORAS
Atualmente, existem 37 Normas Regulamentadoras do Ministério da Economia,
incluindo a NR-10
Norma Regulamentadora Tema

NR-01 Disposições Gerais


NR-02 Inspeção Prévia
NR-03 Embargo ou Interdição
NR-04 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho
NR-05 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
NR-06 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
NR-07 Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)
NR-08 Edificações
NR-09 Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
NR-10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
NR-11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR-12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
NR-13 Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulação
NR-14 Fornos
NR-15 Atividades e Operações Insalubres
NR-16 Atividades e Operações Perigosas
NR-17 Ergonomia
NR-18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
NR-19 Explosivos
NORMAS REGULAMENTADORAS
Atualmente, existem 37 Normas Regulamentadoras do Ministério da Economia,
incluindo a NR-10
Norma Regulamentadora Tema

NR-20 Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis


NR-21 Trabalhos a Céu Aberto
NR-22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
NR-23 Proteção Contra Incêndios
NR-24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
NR-25 Resíduos Industriais
NR-26 Sinalização de Segurança
NR-27 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho (Revogada)
NR-28 Fiscalização e Penalidades
NR-29 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
NR-30 Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR-31 Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e
Aquicultura.
NR-32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde
NR-33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados
NR-34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, Reparação e Desmonte
Naval
NR-35 Trabalho em Altura
NR-36 Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e
Derivados
NR-37 Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo
(publicada, no dia 21/12/2018, no Diário Oficial da União)
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)
No desenvolvimento de serviços em instalações elétricas e em suas proximidades, devem ser
previstos e adotados equipamentos de proteção coletiva, que de acordo com a NR-10 devem
ter prioridade sobre os equipamentos de proteção individual.
Equipamento de Proteção Coletiva − EPC é todo dispositivo, sistema ou meio, fixo ou móvel,
de abrangência coletiva destinado a preservar a integridade física e a saúde dos
trabalhadores, usuários e terceiros. Essa definição está no glossário da NR-10.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

Conforme Norma Regulamentadora NR-6 - Equipamento de Proteção Individual −


EPI é todo dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. A
empresa é obrigada a fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao
risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes
circunstâncias:
1. Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção
contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais.
2. Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas.
3. Para atender situações de emergência.
O texto da Norma Regulamentadora NR-10 inclui a vestimenta como um
dispositivo de proteção complementar para os empregados, incluindo a proibição
de adornos, mesmo que não sejam metálicos.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO
JUSTIFICATIVA / OBSERVAÇÕES
INDIVIDUAL

LUVA DE COBERTURA PARA


Utilizada exclusivamente como proteção da luva isolante de
PROTEÇÃO DA LUVA ISOLANTE
DE BORRACHA borracha.

Utilizada para proteção das mãos e braços do empregado contra


choque em trabalhos e atividades com circuitos elétricos
energizados.
LUVA ISOLANTE DE BORRACHA
TIPO CONTATO TARJA
Classe 00 500V Bege
Classe 0 1000V Vermelha
Classe I 7,5 kV Branca
Classe II 17 kV Amarela
Classe III 26,5 kV Verde
Classe IV 36 kV Laranja

CAPACETE DE PROTEÇÃO TIPO Utilizado para proteção da cabeça do empregado contra agentes
ABA TOTAL meteorológicos (trabalho a céu aberto) e trabalho em local
confinado, impactos provenientes de queda ou projeção de
objetos, queimaduras, choque elétrico e irradiação solar.
CURSO BÁSICO – NR-10
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
10.2 Medidas de Controle
MEDIDAS DE PROTEÇÃO
JUSTIFICATIVA / OBSERVAÇÕES
INDIVIDUAL

Utilizado para proteção dos olhos contra impactos mecânicos,


ÓCULOS DE SEGURANÇA PARA
PROTEÇÃO partículas volantes e raios ultravioletas.

CALÇADO DE PROTEÇÃO TIPO Utilizado para proteção dos pés contra torção, escoriações,
BOTINA DE COURO derrapagens e umidade.

CINTURÃO DE SEGURANÇA Utilizado para proteção do empregado contra quedas em serviços


TIPO PARAQUEDISTA onde exista diferença de nível.
CURSO BÁSICO – NR-10
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
10.2 Medidas de Controle
MEDIDAS DE PROTEÇÃO
JUSTIFICATIVA / OBSERVAÇÕES
INDIVIDUAL

VESTIMENTA DE PROTEÇÃO Utilizada para proteção do empregado quando executa trabalhos


TIPO CONDUTIVA ao potencial.

Utilizada para proteção do braço e ante braço do empregado


MANGA DE PROTEÇÃO
contra choque elétrico durante os trabalhos em circuitos elétricos
ISOLANTE DE BORRACHA energizados.

Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais


PROTETOR AUDITIVO que apresentem ruídos excessivos
CURSO BÁSICO – NR-10
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
10.2 Medidas de Controle
MEDIDAS DE PROTEÇÃO
JUSTIFICATIVA / OBSERVAÇÕES
INDIVIDUAL

Oferece grau de proteção contra arcos elétricos e projeção de


PROTETOR FARCIAL
Materiais.

O uniforme antichama é funcional, identifica o trabalhador e


UNIFORME CONJUNTO
também proporciona proteção contra chamas e faíscas durante
ANTICHAMA as atividades desempenhadas.

Utilizado para proteção respiratória em atividades e locais que


apresentem a necessidade, em atendimento a Instrução
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Normativa Nº1 de 11/04/1994 – (Programa de Proteção
Respiratória - Recomendações/ Seleção e Uso de Respiradores).
ROTINAS DE TRABALHO - PROCEDIMENTOS

INSTALAÇÕES DESENERGIZADAS
De acordo com a NR-10, a medida de controle prioritária é a desenergização do
circuito, entretanto, ao contrário do que muitos acreditam, desenergizar um circuito não
consiste apenas em desligar o disjuntor.
Segundo o item 10.5.1 da NR-10, somente serão consideradas desenergizadas as
instalações elétricas liberadas para o trabalho mediante os procedimentos apropriados,
obedecida a seguinte: seccionamento; impedimento de reenergização; constatação da
ausência de tensão; instalação do aterramento temporário com equipotencialização dos
condutores do circuito; proteção dos elementos energizados; instalação de sinalização
de impedimento de reenergização.
Para entender as rotinas e procedimentos de trabalho é importante conhecer algumas
definições:

- Impedimento de equipamento:
Isolamentos elétricos dos equipamentos ou instalação eliminando a possibilidade de
energização indesejada, inviabilizando a operação enquanto permanecer a condição de
impedimento.
- Responsável pelo serviço
Empregado da empresa ou de terceirizada que assume a coordenação e supervisão
efetiva dos trabalhos.
É responsável pela viabilidade da execução da atividade e por todas as medidas
necessárias à segurança dos envolvidos na execução das atividades, de terceiros e das
instalações, bem como por todos os contatos em tempo real com a área funcional e
responsável pelo sistema ou instalação. Assim como responsável pela condução do
preenchimento da APR.
- Pedido para Execução de Serviço - PES
Documento emitido para solicitar ao setor responsável o impedimento de equipamento,
sistema ou instalação visando à realização dos serviços.
O pedido para a execução de serviço deve conter as informações necessárias à
realização dos serviços tais como:
1. Descrição do serviço,
2. Número do projeto,
3. Local, trecho ou equipamento isolado,
4. Data e horário,
5. Condições do isolamento,
6. Responsável, emitente,
7. Observações etc.
- Autorização para execução de serviço - AES
É a autorização fornecida pelo setor ao responsável pelo serviço, liberando e autorizando
a execução dos serviços.
• Desligamento Programado: Toda interrupção programada do fornecimento de
energia elétrica deve ser comunicada aos clientes afetados, formalmente e com
antecedência, contendo data, horário e duração préprogramada do desligamento.
• Desligamento de Emergência: Interrupção do fornecimento de energia elétrica sem
aviso prévio aos clientes afetados e se justifica por motivos de força maior, caso
esporádico ou pela existência de risco à integridade física de pessoas, instalações e
equipamentos.
• Interrupção Momentânea: Toda interrupção provocada pela atuação de equipamentos
de proteção com religamento automático.
Observação:
Todo o serviço deve ser planejado e executado por equipes devidamente treinadas e
autorizadas de acordo com a NR-10, e com a utilização de equipamentos em boas
condições de uso. O responsável pelo serviço deverá estar devidamente equipado com um
sistema que garanta a comunicação confiável e imediata com o setor responsável pelo
sistema ou instalação durante todo o período de execução da atividade.

LIBERAÇÃO PARA SERVIÇOS


Constatada a necessidade da liberação de determinado equipamento ou circuito, deverá
ser obtido o maior número possível de informações para subsidiar o planejamento.
No planejamento será estimado o tempo de execução dos serviços, adequação dos
materiais, previsão de ferramentas e, número de empregados, levando-se em conta o
tempo disponibilizado na liberação.
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
A sinalização de segurança consiste num procedimento padronizado destinado a orientar,
alertar, avisar e advertir as pessoas quanto aos riscos ou condições de perigo existentes,
proibições de ingresso ou acesso e cuidados e identificação dos circuitos ou parte dele.
É de fundamental importância a existência de procedimentos de sinalização padronizada,
documentados e que sejam conhecidos por todos os trabalhadores (próprios ou
prestadores de serviços).
Os materiais de sinalização constituem-se de cone, bandeirola, fita, grade, sinalizador etc..
EXEMPLOS DE PLACAS
• Perigo de Morte - Alta Tensão

• Não Operar: “Trabalhos”


• Equipamento Energizado • Equipamento com Partida Automática

• Perigo - Não Fume - Não Acenda Fogo - • Uso Obrigatório


Desligue o Celular

• • Perigo - Não Suba


Perigo - Não Entre - Alta Tensão
A sinalização de segurança deve atender a outras situações:
• Identificação de Circuitos Elétricos ;
• Travamentos e Bloqueios de Dispositivos e Sistemas de Manobra e Comandos;
• Restrições e Impedimentos de Acesso;
• Delimitações de Áreas;
• Sinalização de Áreas de Circulação de Vias Públicas, de Veículos e de Movimentação
de Cargas;
• Sinalização de Impedimento de Energização;
• Identificação de Equipamento ou Circuito Impedido.
DOCUMENTAÇÃO PARA TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO

a) Análise preventiva de risco (APR):


Trata-se de uma técnica de análise de riscos que
possibilita a previsão antecipada da ocorrência
danosa. Seu desenvolvimento é realizado através do
estudo, do questionamento, do levantamento, do
detalhamento, da criatividade, da crítica e autocrítica,
com consequente estabelecimento de precauções
técnicas necessárias para a execução das tarefas
(etapas de cada operação), de forma que o
trabalhador tenha sempre o pleno domínio das
circunstâncias, por maiores que forem os riscos.

Check-list: O objetivo do check-list é tornar como hábito a verificação dos itens de


segurança antes do início de todas as atividades, auxiliando na detecção e na prevenção dos
riscos de acidentes e no planejamento das tarefas enfocando os aspectos de segurança.
Será preenchido de acordo com as regras de segurança do trabalho. “A equipe somente
deverá iniciar cada atividade, após realizar a identificação de todos os riscos e medidas de
controle, e após ter concluir o respectivo planejamento de segurança do serviço”.
Etapas essenciais para elaboração da análise de riscos
1º) Preparação da equipe.
2º) Preparação de materiais, ferramentas e equipamentos.
3º) Deslocamento/trajeto de ida.
4º) Liberação do equipamento.
5º) Execução da tarefa.
6º) Restabelecimento do equipamento.
7º) Deslocamento/trajeto de retorno.
8º) Análise crítica da tarefa.
As empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema
elétrico de potência devem constituir prontuário com o conteúdo do item 10.2.4 da NR-10
e acrescentar ao prontuário os seguintes documentos:
• Descrição dos procedimentos para emergências.
• Certificações dos equipamentos de proteção coletiva e individual.
A minha segurança e a sua depende de nós, seja consciente.
Obrigada!

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