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SEGURANÇA EM INSTALAÇÔES E
SERVIÇOS EM ELETRICIDADE – NR 10
REVISÃO: Abril/2019
1
O profissional autorizado deve receber treinamento de no
mínimo 40 horas (Básico - Segurança em Instalações e
Serviços em Eletricidade) com os seguintes requisitos:
2
VIVER COM SEGURANÇA
2- RISCOS ELÉTRICOS
• CHOQUE ELÉTRICO (contato com a energia elétrica)
• ARCO ELÉTRICO (irradiação da energia elétrica)
• CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS (indução da energia elétrica)
• INCÊNDIO (fogo sem controle em instalações elétricas)
3
4- MEDIDAS DE CONTROLE
4
Módulo II
• PROTEÇÃO SUPLETIVA PARA EVITAR CONTATO INDIRETO;
SISTEMAS DE ATERRAMENTO
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO PRINCIPAL
SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO
DISPOSITIVO COM TRANSFORMADOR DIFERENCIAL-
RESIDUAL: DR
ISOLAÇÃO SUPLEMENTAR
PONTUAL POR SEPARAÇÃO ELÉTRICA
5
4.2- PROTEÇÃO CONTRA AGENTES DE EFEITOS TÉRMICOS
• CENTELHAMENTO INVOLUNTÁRIO
• CORRENTES DE FALTA À TERRA
• SOBRECORRENTES
• SOBRETENSÕES
• DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
• MAU CONTATOS
5- NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS
• NORMAS ABNT
6- NORMAS REGULAMENTADORAS DO MTE
• NORMA REGULAMENTADORA NR-10
6
7- EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA
8- EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
• LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
7
11- RISCOS ADICIONAIS
8
13- ACIDENTES ELÉTRICOS
15- RESPONSABILIDADES
FIM
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1 - SEGURANÇA COM ELETRICIDADE
10
PRINCIPAIS RISCOS COM ENERGIA
ELÉTRICA
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Quanto maior a tensão mais perigoso é o equipamento ou a instalação; o
que lesa e fere é a corrente elétrica passando pelo corpo ou pelo ar e o
que torna a eletricidade perigosa é a potência, a combinação de tensão
alta com corrente alta.
A eletricidade não admite improvisações, ela não tem cheiro, não tem
cor, não é visível e no SEP - Sistema elétrico de potência, não possui
proteções para os seres vivos e no contato direto ou indireto pode ser
fatal.
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CHOQUE ELÉTRICO
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A RESISTÊNCIA
DO CORPO HUMANO
INTERNA
Ri3 100 Ri1 200
500
Rit 500
EXTERNA
pele úmida
0
Ri2 200
pele sêca
de 1000 a 2000
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EFEITOS E SEQUELAS DO
CHOQUE ELÉTRICO
Intensidade Efeito
10 a 100 μA Fibrilação ventricular em pacientes
“eletricamente sensíveis”, cateterizados
1 mA Percepção cutânea
5 mA Contrações musculares dolorosas
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TENSÃO RESIDENCIAL DE 127 V
Choque estático
Choque dinâmico
Descargas atmosféricas
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CHOQUE DINÂMICO
O toque acidental em partes energizadas de equipamentos e instalações
acontece por queda de cabos, defeito, fissura ou rachadura na isolação,
painéis abertos ou acesso intencional, no caso de ladrões e suicidas.
A tensão de toque é a diferença de potencial em relação à terra que o
trabalhador fica exposto ao tocar acidentalmente num fio do circuito
energizado.
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O choque dinâmico é o mais perigoso, porque a energia elétrica
mantém o ser vivo energizado, ou seja, a corrente de choque persiste
continuamente enquanto as proteções não atuarem ou alguém intervir
e desligar a alimentação.
Os animais morrem com descargas elétricas na rede aérea.
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Mesmo pessoas que suportam o choque elétrico, devido a alta isolação
da pele e baixa sensibilidade a dor, também podem sofrer lesões graves
por choque elétrico.
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O choque elétrico pode produzir diversos efeitos, tais como:
• Aquecimento interno dos órgãos devido a passagem da corrente
de choque;
• Tetanização (rigidez) dos músculos
• Superposição da corrente do
choque com as correntes neuro
transmissoras que comandam
o organismo humano, criando
uma pane geral e o estado de
morte aparente
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• Comprometimento do coração, quanto ao ritmo de batimento
cardíaco e à possibilidade de fibrilação ventricular;
• Efeito de eletrólise, mudando a qualidade do sangue;
• Comprometimento da respiração;
• Prolapsia, isto é, o deslocamento dos músculos e órgãos internos
da sua devida posição;
• Comprometimento de outros órgãos,
como rins, cérebro, vasos, dos órgãos
genitais e reprodutores.
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Lesões não térmicas
• Espasmos musculares;
• Contração descoordenada do coração (fibrilação);
• Parada respiratória e cardíaca, morte aparente e óbito;
• Ferimentos resultantes de quedas e perda do equilíbrio.
Lesões térmicas
• Queimaduras de 1º, 2º e 3° graus nos órgãos, músculos e pele;
• Aquecimento e dilatação dos vasos sanguíneos;
• Aquecimento/carbonização de ossos e cartilagens;
• Queima de terminações nervosas e sensoriais;
• Queima das camadas gordurosas abaixo da pele
tornando-as gelatinosas.
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Prováveis locais por onde pode se dar o contato elétrico, o trajeto da
corrente elétrica e a porcentagem de corrente que passam pelo coração:
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ALTERAÇÕES CARDÍACAS
26
Espraiamento de corrente do choque elétrico
27
Espraiamento de corrente do choque elétrico
I M
PERCURSO DA CORRENTE
1. Passagem de corrente
pelo pé direito.
28
Espraiamento de corrente no coração
29
Para entender os efeitos fisiológicos da passagem da corrente elétrica
pelo corpo humano, a IEC - Comissão Eletrotécnica Internacional fez
um estudo sobre o assunto que culminou na norma IEC 60479 e
estabeleceu zonas e faixas de corrente, em mili- Ampères (mA), que
podem ser prejudiciais ao ser humano.
Elas levam em conta a intensidade de corrente (em milésimos de
Ampères) e o período de exposição (em segundos).
30
– IEC 60479:1994 –
Efeitos fisiológicos da corrente elétrica
31
Limiar de não - largar – IEC 60479
Se soltam:
curva 3 – 0,5% das pessoas
curva 2 – 50% das pessoas
curva 1 – 99,5% das pessoas
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Medidas Preventivas em caso de Choque
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- Instalar o DR 500 mA e o aterramento elétrico de proteção na entrada
da instalação para proteção contra incêndios e choques por contato
indireto e instalar o DR 30 mA na saída dos circuitos externos de locais
úmidos para proteção contra choques por contato direto;
- Manter uma distância segura da rede de alimentação (SEP);
- Utilizar placas de sinalização indicando que o circuito ou a máquina
estão energizados ou em manutenção;
- Trabalhe sempre com ferramentas isoladas como reforço de
segurança;
- E nunca é demais afirmar: COM ELETRICIDADE A PRINCIPAL
PREVENÇÃO DE ACIDENTES É O PLANEJAMENTO,
PREPARAÇÃO E EXECUÇÃO CONFORME OS PROCEDIMENTOS
INTERNOS DA EMPRESA.
- Trabalhe acompanhado com alta tensão acima de 1 kV.
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ARCO ELÉTRICO
Toda vez que a corrente elétrica passa pelo ar ou outro meio isolante
(óleo isolante) ocorre um arco elétrico com radiação térmica.
O arco elétrico, centelha, flash, faísca ou arco voltaico é uma ocorrência
de curtíssima duração (menor que 1/2 segundo) e muitos são tão
rápidos que o olho humano não chega a perceber.
Os arcos elétricos ou voltáicos são extremamente quentes.
Próximo ao “raio laser", eles são a mais intensa fonte de calor na Terra.
Sua temperatura pode alcançar 20.000°C.
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Os arcos elétricos são eventos de múltipla energia, sendo considerado o
mais grave dos riscos elétricos, com forte explosão e energia acústica
acompanham uma intensa energia térmica.
Em ambientes de categoria III e IV (IEC 61010) uma onda de pressão
também pode se formar, sendo capaz de atingir quem estiver próximo
ao local da ocorrência.
Pessoas desprotegidas ou que estejam no raio de alguns metros de um
arco podem sofrer severas queimaduras.
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Consequência de arcos elétricos (queimaduras e quedas)
37
Causas de arcos elétricos
38
A quantidade de energia liberada durante um arco depende da corrente
de curto-circuito e do tempo de atuação dos dispositivos de proteção
contra sobrecorrentes.
Altas correntes de curto-circuito e tempos longos de atuação dos
dispositivos de proteção aumentam os danos do arco elétrico.
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Medidas Preventivas em caso de arco elétrico
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CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS
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Campos elétricos
De acordo com o INMETRO, os campos elétricos são medidos em
volts por metro (V/m).
Experiências demonstram que uma partícula carregada com carga q,
abandonada nas proximidades de um corpo carregado com carga Q,
pode ser atraída ou repetida pelo mesmo sob a ação de uma força F.
A região do espaço ao redor da carga Q, em que isso acontece,
denomina-se campo de indução elétrica.
É quando ocorrem as descargas elétricas no espaço suficiente para
movimentação destas cargas pelo meio isolante.
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Efeito corona
Descargas aéreas em volta dos materiais condutores e isolantes
acontecem devido ao poder das pontas e quando o campo elétrico é
maior que a rigidez dielétrica do ar 30 kV/cm que pode ter sua isolação
afetada por umidade e temperatura.
Estas descargas que formam uma espécie de plasma com manto
luminoso são decorrentes de uma avalanche de elétrons partindo e se
mantendo na região espacial do campo de indução elétrico, corroendo e
deteriorando os materiais isolantes.
As descargas aéreas diminuem a vida útil
dos isoladores e são particularmente
perigosas em atmosferas explosivas.
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Efeito corona na rede elétrica
Fenômeno relativamente comum em redes primárias de distribuição e
linhas de transmissão com sobrecarga.
Devido ao campo elétrico muito intenso nas vizinhanças dos condutores,
as partículas de ar que os envolvem tornam-se ionizadas e, como
consequência, emitem radiação eletromagnética de largo espectro
quando da recombinação dos íons e dos elétrons.
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Detecção do efeito corona
O efeito corona ou coroa produz ruído sibilante audível em forma de
estalos, luz azulada, gerando uma perda de energia na rede.
É uma fonte de interferência eletromagnética de rádio frequência que
pode gerar problemas de recepção na região afetada.
O efeito corona pode diminuir com o aumento do diâmetro dos
condutores e diminui também aumentando a distância entre eles.
O efeito corona modifica a molécula de oxigênio gerando ozônio é
detectado por câmeras ultravioletas ou coletores ultrassônicos.
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Geração de ozônio
O ozônio também é gerado na atmosfera, pelas descargas atmosféricas
(raios de uma tempestade), e a quantidade produzida em uma
tempestade média é geralmente de 0,015 PPM – zero vírgula zero quinze
partes por milhão.
Os picos de atividade solar geram PEM no espaço e ozônio em grande
quantidade na nossa atmosfera.
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Campos magnéticos
47
Materiais magnéticos
48
Medidas Preventivas em caso de CEM
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2 – TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCOS
Os acidentes são materializações dos riscos associados a energias
perigosas presentes nas instalações, máquinas e equipamentos, sem
projeto e com procedimentos fracos.
Para reduzir a frequência dos acidentes, é preciso avaliar e controlar
previamente os riscos.
Para cada etapa do serviço deve ser observado:
• O que pode acontecer errado?
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Efeitos das sobretensões transitórias (surtos):
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A análise de riscos é um conjunto de métodos e técnicas de segurança,
que aplicados, identifica e avalia qualitativa e quantitativamente os riscos
que uma atividade representa.
Como resultado de uma análise de risco é a identificação prévia de
cenários de acidentes, suas frequências esperadas de ocorrência e a
magnitude das possíveis consequências.
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Metodologias de análises de risco
Exemplos de ferramentas de segurança:
a) Análise Preliminar de Perigos (APP);
b) Análise Preliminar de Riscos (APR);
c) Procedimento “What-if” (O QUE - SE);
d) Análise de Riscos e Operabilidade (HazOp);
Energia perigosa
e) Análise por Árvore de Eventos (AAE);
f) Lista de Verificação “Chek-list” (LV);
g) Modelo causal de perdas (Dominó de Bird);
h) Outra metodologia equivalente apropriada.
Riscos
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Conceitos básicos
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Análise preliminar de riscos
Gerenciamento de riscos
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APP - Análise preliminar de perigo
CLASSIFICAÇÃO QUALITATIVA DOS RISCOS
ALTA
MÉDIO MÉDIO MÉDIO ALTO ALTO
(ocorre)
CATEGORIA MÉDIA
DA frequência (esperado BAIXO MÉDIO MÉDIO ALTO ALTO
DE ocorrer)
OCORRÊNCIA BAIXA
(ocorrências (pouco BAIXO BAIXO MÉDIO MÉDIO ALTO
/ano) provável)
REMOTA
IRRELEVANTE BAIXO BAIXO MÉDIO MÉDIO
(improvável)
RELEVANTE
CONSIDERÁVEL CRÍTICA
PEQUENA (falha com
(falha exige (impede CATASTRÓFICA
(defeito) restrição de
operação manual) operação)
velocidade)
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A classificação dos riscos quanto a severidade das consequências são:
● Categoria I - Desprezível - Quando as consequências / danos estão
restritas a área industrial da ocorrência do evento com controle imediato.
● Categoria II - Marginal - Quando as consequências / danos atingem
outras subunidades e/ou áreas não industriais com controle e sem
contaminação do solo, ar ou recursos hídricos.
● Categoria III - Crítica - Quando as consequências / danos provocam
contaminação temporária do solo, ar ou recursos hídricos, com
possibilidade de ações de recuperação imediatas.
● Categoria IV - Catastrófica - Quando as consequências / danos
atingem áreas externas, comunidade circunvizinha e/ou meio ambiente.
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APP - Análise preliminar de perigo
RISCO MEDIDAS DE CONTROLE
INSPEÇÕES
IRRELEVANTE
MANUTENÇÃO CORRETIVA PROGRAMADA DENTRO DA PREVENTIVA
MELHORIAS NO EQUIPAMENTO
MÉDIO SUBSTITUIÇÃO DO EQUIPAMENTO
REDUÇÃO DA PERIODICIDADE DA MANUTENÇÃO PREVENTIVA
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
(perfil da mão-de-obra, nível de segurança, treinamento)
ALTO PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO
PROCEDIMENTOS PARA EMERGÊNCIA
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APP - Análise preliminar de perigo
ANÁLISE PRELIMINAR DE PERIGO
TAREFA Medir tensão com o uso do multímetro analógico na saída do disjuntor de baixa-tensão.
CLASSIFICAÇÃO DO RISCO
DETECÇÃ CLASSE
OPERAÇÕES RISCO EFEITOS FREQUÊNCI consequência MEDIDAS DE CONTROLE
O DO
A (gravidade)
RISCO
Abrir o quadro
Nada
geral de baixa NC NC NC NC NC NC (Nada Consta)
Consta
tensão.
Fechar o
quadro geral
NC NC NC NC NC NC NC (Nada Consta)
de baixa
tensão.
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4.1 - SISTEMAS PREVENTIVOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA
Medidas de controle dos riscos elétricos
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As medidas preventivas de controle do risco de choque elétrico são:
Proteção básica total - Partes vivas de instalações elétricas devem
ser isoladas e protegidas e não devem ser acessíveis.
Supre proteção coletiva dos condutores energizados em condições
normais contra o contato direto com a energia elétrica;
Proteção básica parcial - Depende do indivíduo identificar e da
intenção pessoal em respeitar a proteção instalada.
Proteção supletiva - Massas ou partes condutivas acessíveis não
devem oferecer perigo, seja em condições normais, seja em caso de
alguma falha que as torne acidentalmente vivas.
Supre proteção coletiva das estruturas condutoras
em condições adversas de isolamento elétrico
contra o contato indireto com a energia elétrica.
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As técnicas de proteção das pessoas contra os perigos devidos a
eletricidade podem ser também classificadas em dois grandes grupos:
Proteção passiva
Que trata das medidas visando isolar a corrente elétrica do contato com
seres vivos ou a impedir o contato com as partes energizadas.
Proteção ativa
Trata dos métodos que estabelecem a atuação dos dispositivos que
seccionamento dos circuitos elétricos todas as vezes que ocorrer uma
situação em que o valor ou o tempo de exposição da tensão possa
colocar em perigo a integridade física das pessoas.
As normas técnicas pedem para que as proteções
sejam combinadas uma de cada grupo.
No caso da ABNT NBR 5410:2004 pede para dar
preferência as proteções de equipotencialização e
seccionamento automático (ambas supletivas e
ativas).
62
Proteções combinadas
ABNT NBR 5410:2004
TN-C TN-S
O BEP é uma
extensão do
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BEF (TAP).
No caso de contato direto com partes vivas o choque elétrico
acontece quando se toca inadvertidamente o condutor vivo do circuito de
uma instalação de energia elétrica.
O choque acontece quando as partes do corpo tocam simultaneamente
duas linhas vivas (a proteção ativa por IDR não é 100% eficiente) ou
uma fase e a massa aterrada do equipamento.
A corrente elétrica do choque é atenuada pela:
• Resistência elétrica do corpo humano;
• Resistência do aterramento no ponto de alimentação;
• Resistência do calçado;
• Resistência do contato do calçado com o solo;
• Resistência da terra no local dos pés no solo.
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No caso de contato indireto através de massas energizadas o choque
ocorre quando regiões neutras eletricamente ficam energizadas devido a
uma fuga na isolação e aterramento das suas partes vivas.
No momento que flui a corrente de falta à terra as massas metálicas
ficam sujeitas a uma diferença de potencial, criando o risco de choque
elétrico.
Neste caso deve-se prover medidas de proteção supletiva que visam
suprir a proteção contra choques no caso da falha das proteções
básicas.
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Medidas especiais para proteção adicional devem ser consideradas
em locais sujeitos a umidade.
Medidas de proteção complementares contra efeitos térmicos evitam a
deterioração do isolamento e sua combustão, prejuízo do
funcionamento seguro da instalação e risco de queimaduras na
operação do processo.
O bloqueio do religamento automático e intertramentos mecânicos e
elétricos (uso da chave kirk com vestuário completo) também são
considerados como medidas básicas parciais de proteção coletiva.
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4 - SISTEMAS PREVENTIVOS DE PROTEÇÃO COLETIVA
PROTEÇÃO COLETIVA POR DESENERGIZAÇÃO
PROTEÇÃO COLETIVA POR EXTRA BAIXA TENSÃO
PROTEÇÃO COLETIVA POR USO DE EPC e EPI
PROTEÇÃO BÁSICA CONTRA CONTATOS DIRETOS
PROTEÇÃO TOTAL POR ISOLAMENTO DAS PARTES VIVAS
PROTEÇÃO TOTAL POR BARREIRAS e INVÓLUCROS
PROTEÇÃO PARCIAL POR LIMITAÇÃO DE TENSÃO
PROTEÇÃO PARCIAL POR OBSTÁCULOS e ANTEPAROS
PROTEÇÃO PARCIAL POR COLOCAÇÃO FORA DE ALCANCE
PROTEÇÃO PARCIAL POR SINALIZAÇÃO e ISOLAMENTO DE ÁREA
PROTEÇÃO SUPLETIVA CONTRA CONTATOS INDIRETOS
PROTEÇÃO POR ATERRAMENTO
PROTEÇÃO POR EQUIPOTENCIALIZAÇÃO PRINCIPAL
PROTEÇÃO POR SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO
PROTEÇÃO POR DR BAIXA SENSIBILIDADE
PROTEÇÃO POR ISOLAÇÃO SUPLEMENTAR
PROTEÇÃO PONTUAL POR SEPARAÇÃO ELÉTRICA INDIVIDUAL
PROTEÇÃO ADICIONAL PARA LOCAIS ÚMIDOS
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO SUPLEMENTAR
DR ALTA SENSIBILIDADE
PROTEÇÃO CONTRA EFEITOS TÉRMICOS
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS e QUEIMADURAS
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PROCEDIMENTO DE DESENERGIZAÇÃO
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EXTRA-BAIXA TENSÃO
É comum o emprego da tensão de segurança abaixo de 50 V para
condições de trabalho desfavoráveis, como instalações em áreas
classificadas ou no trabalho com linha viva em ambientes úmidos.
As condições são favoráveis a choque elétrico no ambiente úmido, pois
a resistência do corpo humano é diminuída e a isolação elétrica dos
equipamentos fica comprometida.
Equipamentos de solda empregados em espaços confinados, como
solda em tanques, também requerem que as tensões empregadas
sejam menores que a tensão limite de segurança.
A proteção por extra-baixa tensão consiste em empregar uma
fonte da baixa tensão ou uma isolação elétrica confiável, se a
tensão extra baixa for obtida de circuitos de alta-tensão.
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A extra-baixa tensão é obtida tanto através de transformadores
isoladores abaixadores, de baterias ou geradores.
O aterramento do circuito EBT pode ser SELV, PELV ou FELV:
• SELV (do inglês “safety by extra-low voltage”): Sistema de extrabaixa
tensão que é eletricamente separado do terra e com tensões inferiores
a 50V, como em piscinas e estacionamentos de campings, etc.
• PELV (do inglês “protected by extra-low voltage”): Sistema para
locais secos que é aterrado e também separado de outros sistemas.
Atenção:
• não aterrar o circuito de extra baixa tensão SELV;
• não fazer ligações condutoras com circuitos de maior tensão;
• não dispor os condutores de um circuito de extra-baixa tensão
em locais que contenham condutores de tensões mais elevadas.
70
Do ponto de vista da segurança estes métodos são excelentes, pois aqui
o fator de segurança é multiplicado por três, ou seja, multiplica-se pelos
três fatores: a isolação funcional, a isolação do sistema, no caso de
transformadores isoladores abaixadores e a redução da tensão.
RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO
72
Locais de serviço elétrico (Salas elétricas)
73
PROTEÇÃO POR ISOLAMENTO DAS PARTES VIVAS
Isolamento elétrico
É a ação destinada a impedir todo o contato direto com as partes vivas
da instalação elétrica ou indireto através de dispositivos e ferramentas.
As partes vivas devem ser completamente recoberta por uma isolação
que só possa ser removida através de sua destruição.
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A isolação reforçada é um tipo de isolação única aplicada às partes
vivas de condutores que assegura um grau de proteção contra choques
elétricos equivalentes ao da dupla isolação.
A expressão "isolação única" não implica que a isolação deva constituir
uma peça homogênea. Ela pode comportar diversas camadas
impossíveis de serem ensaiadas isoladamente, como isolação básica ou
como isolação suplementar.
Na prática podemos considerar os condutores com isolação reforçada.
Os cabos podem ser instalados em locais inacessíveis sem a utilização
de invólucros/barreiras (eletrodutos, calhas fechadas, etc.), sendo
constituído de isolação (2) e cobertura (4) em composto termo plástico
de PVC, não sendo considerada pelo fabricante a função de isolação da
camada de cobertura (4), considerando-se esta somente como proteção
contra influências externas.
4 2
75
Isolação de um cabo elétrico
76
Isolação com madeira em painéis
77
PROTEÇÃO POR BARREIRAS E INVÓLUCROS
78
As barreiras e invólucros devem:
• Impedir que seres vivos toquem acidentalmente as partes vivas;
• E garantir que as pessoas sejam advertidas de que as partes
protegidas são vivas e não devem ser tocadas intencionalmente.
79
BARREIRAS
80
ANTEPARO
81
82
83
INVÓLUCROS
84
Quando for necessário abrir ou remover as barreiras, abrir os
invólucros ou remover partes dos invólucros, tal ação só deve
ser possível:
• Com ajuda de chave ou ferramenta;
• Intertravamento. Acesso somente após desenergização
das partes vivas protegidas pelas barreiras ou invólucros
em questão, exigindo-se ainda que a tensão só possa
ser restabelecida após recolocação ou reposicionamento
das barreiras ou invólucros;
• Ser interposta uma segunda barreira, entre a barreira
ou a parte do invólucro a ser removido e a parte viva.
A barreira sinalizada protege pessoas não advertidas.
85
PROTEÇÃO PARCIAL POR LIMITAÇÃO DA TENSÃO
86
Circuito acidental de aterramento
V toque < 50 V
87
Circuito acidental de aterramento
V passo < 50 V
IEC 60479-1
25 V 50 V
89
Duração máxima da tensão de contato – CA
< 50 Infinito
50 5
75 0,60
90 0,45
110 0,36
150 0,27
220 0,17
280 0,12
90
Duração máxima da tensão de contato – CC
120 5
140 1
160 0,5
175 0,2
200 0,1
250 0,05
310 0,03
91
PROTEÇÃO PARCIAL POR OBSTÁCULOS E ANTEPAROS
92
Colocação de obstáculos em BT
93
ANTEPAROS ISOLANTES
94
ANTEPAROS ISOLANTES
95
PROTEÇÃO PARCIAL POR COLOCAÇÃO FORA DE ALCANCE
96
Colocação fora de alcance em BT – baixa tensão
97
Distâncias mínimas de circulação (Salas elétricas em BT)
98
Distâncias mínimas de circulação (Salas elétricas em BT)
Colocação de
anteparos protetores
99
Distâncias mínimas de segurança em BT
Os condutores nus devem ser instalados de forma que seu ponto mais
baixo observe as seguintes alturas mínimas em relação ao solo:
a) 5,50 m, onde houver tráfego de veículos pesados;
b) 4,50 m, onde houver tráfego de veículos leves;
c) 3,50 m, onde houver passagem exclusiva de pedestres.
Os condutores nus devem ficar fora do alcance de janelas, sacadas,
escadas, saídas de incêndio, terraços ou locais análogos. De forma
que os condutores devem atender a uma das condições seguintes:
a) estar a uma distância horizontal igual ou superior a 1,20 m;
b) estar acima do nível superior das janelas;
c) estar a uma distância vertical igual ou superior
a 3,50 m acima do piso de sacadas, terraços ou varandas;
d) estar a uma distância vertical igual ou superior
a 0,50 m abaixo do piso de sacadas, terraços ou varandas.
100
Colocação fora de alcance em MT – média tensão
101
Distanciamento seguro
5 m
Calçadas
6m
Ruas
7m
Rodovias
9m
Ferrovias
102
Colocação fora de alcance
103
Aproximação perigosa
104
105
106
107
PROTEÇÃO PARCIAL POR SINALIZAÇÃO E
ISOLAMENTO
108
A padronização de cores nos componentes visa à proteção de pessoas
que estiverem trabalhando no circuito e de pessoas que venham a
manobrar dispositivos elétricos.
Placas locais padronizadas alertam visualmente os riscos presentes
também para leigos.
109
O isolamento de área efetivo com uso de barreiras e invólucros se
aplica em locais de acesso ou trânsito de pessoas não advertidas.
Barreiras sólidas sinalizadas são muito mais eficientes do que
obstáculos e anteparos de fácil remoção. As barreiras sólidas e
invólucros travados são bloqueios físicos às áreas e espaços perigosos
enquanto que obstáculos de fácil remoção apenas advertem quanto a
aproximação insegura.
110
PROTEÇÃO POR ATERRAMENTO
111
O ponto de aterramento com eletrodos combinados deve ser único em
cada local da instalação, qualquer que seja sua finalidade:
- equipotencialização;
- aterramento móvel temporário de trabalho;
- aterramento elétrico de proteção;
- aterramento de neutralização de raios – SPDA; ou
- aterramento funcional.
112
Aterramento provisório móvel para emergência
113
Aterramento de proteção
114
PROTEÇÃO POR EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
115
A equipotencialização, o aterramento elétrico e o seccionamento
automático da alimentação se completam, de forma indissociável.
Quando a equipotencialidade e o referencial de terra não são o suficiente
para impedir o aparecimento de tensões de contato perigosas, entra em
ação o recurso do seccionamento automático, promovendo o
desligamento do circuito com a massa em que se manifesta a tensão de
contato perigosa.
116
A tensão de contato (Uc) em qualquer ponto da instalação não pode ser
superior à tensão de contato limite (UL ).
Esta regra é satisfeita se em cada edificação existir uma ligação
equipotencial principal, reunindo os seguintes elementos:
a) condutor(es) de proteção principal(is);
b) condutores de equipotencialidade principais ligados a canalizações
metálicas de utilidades e serviços e a todos os demais elementos
condutores estranhos à instalação, incluindo os elementos metálicos da
construção e outras estruturas metálicas;
c) condutor(es) de aterramento;
d) eletrodo(s) de aterramento de outros (eletrodo
de neutralização de descargas atmosféricas, etc.).
117