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ESPAÇO CONFINADO

Aprovação e Publicação

A Norma Regulamentadora Nº 33 - SEGURANCA E SAUDE NOS

TRABALHOS EM ESPACOS CONFINADOS - aprovada pela Portaria

MTE Nº 202, de 22/12/2006, foi publicada no DOU de 27/12/2006.


A NR 33, de observância obrigatória em todos os
estabelecimentos que possuem espaços confinados, possui cinco
itens e três anexos, indicados a seguir:
• Objetivo e Definição;
• Responsabilidades;
• Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços
confinados;
• Emergência e Salvamento;
• Disposições Gerais;
• Anexo I – Sinalização para identificação de Espaço Confinado;
• Anexo II – Permissão de Entrada e Trabalho (PET);
• Anexo III – Glossário.
33.1.1 OBJETIVO

Estabelecer requisitos mínimos para identificação dos espaços


confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e
controle dos riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que
interagem direta ou indiretamente nestes espaços.
33.1.2 CONCEITO

Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para


ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída,
cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou
onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

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Exemplos
Galerias - Telecomunicação Caixa de efluentes

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ESPAÇO CONFINADO

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33.2 Das Responsabilidades
33.2.1 Cabe ao Empregador:

a) indicar formalmente o responsável técnico pelo


cumprimento desta norma;
- Ter conhecimento e experiência no assunto;
- Conhecer os espaços confinados existentes na empresa;
- Ter capacidade para trabalhar em grupo e tomar decisões.

As atribuições do Responsável Técnico incluem, entre outras:


- identificar os espaços confinados;
- elaborar e coordenar a gestão de segurança saúde;
- definir medidas para isolamento e sinalização;
- Estabelecimento de critérios para seleção e uso de todos os tipos de equipamentos
e instrumentos, bem como a avaliação periódica do programa para trabalho em espaços confinados.

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33.2 Das Responsabilidades
b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;
c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;
d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por
medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento, de
forma a garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de trabalho;

e) garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de


controle, de emergência e salvamento em espaços confinados;
f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito, da
Permissão de Entrada e Trabalho;
g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde
desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;

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33.2 Das Responsabilidades
h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das
empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em
conformidade com esta NR;

i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco


grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; e

j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada


acesso aos espaços confinados.

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33.2 Das Responsabilidades
33.2.2 Cabe aos Trabalhadores:

a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;


b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;
c) comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua segurança e
saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; e
d) cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com relação aos
espaços confinados.

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33.3 - Gestão de segurança e saúde nos
trabalhos em espaços confinados

33.3.1 – A gestão de segurança e saúde deve ser planejada,


programada, implementada e avaliada, incluindo medidas técnicas de
prevenção, medidas administrativas e medidas pessoais e
capacitação para trabalhos em espaços confinados.
33.3.2 Medidas técnicas de prevenção:

a) identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de


pessoas não autorizadas;
✓ Deve ser afixada na estrutura externa do EC próximo a entrada, uma placa com
o numero, código e/ou nomenclatura do espaço confinado;

✓ A sinalização do espaço confinado deve ser feita através do modelo


estabelecido.
33.3.2 – Medidas Técnicas de Prevenção

b) antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados;


✓ A entrada no espaço confinado, sempre que possível, deve ser evitada.
✓ Quando for inevitável a entrada e trabalho no EC a antecipação e o
reconhecimento dos riscos devem ser feitos através da Análise
Preliminar de Riscos (APR) - e Permissão de Entrada e Trabalho
(PET)

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33.3.2 – Medidas Técnicas de Prevenção

c) proceder à avaliação e controle dos riscos

• Riscos físicos

• Riscos químicos

• Riscos biológicos

• Riscos ergonômicos

• Riscos Mecânicos

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Riscos em Espaços Confinados
• Riscos Físicos – ruído, calor, radiações não ionizantes e umidade são
encontrados com frequência nos espaços confinados.
Riscos em Espaços Confinados
• Riscos Químicos - A presença de contaminantes e a deficiência de oxigênio
(O2) podem provocar a intoxicação, asfixia (simples ou química) e,
eventualmente, a morte dos trabalhadores.
Riscos em Espaços Confinados
• Riscos Biológicos - condições propicias para a proliferação de micro-
organismos e algumas espécies de animais, em virtude da umidade alta,
iluminação deficiente, água estagnada e presença de nutrientes.

Vírus, bactérias e fungos podem provocar doenças, tais como:

✓ Hepatite; Tétano, Leptospirose, Raiva, etc.


✓ Cobras, insetos e outros artrópodes podem provocar intoxicações e doenças.
Riscos em Espaços Confinados
• Riscos Ergonômicos – O acesso e a movimentação no espaço confinado são
muitas vezes difíceis em razão do tamanho das aberturas de entrada e da sua
geometria. A iluminação e geralmente deficiente e algumas atividades exigem
esforços excessivos e posturas desconfortáveis.
Riscos em Espaços Confinados
Riscos Mecânicos – Incluem trabalho em altura, instalações elétricas inadequadas,
contato com superfícies aquecidas, maquinário sem proteção, impacto de ferramentas
e materiais, inundação, superfícies inclinadas, desabamento, e formação de atmosfera
explosiva, que podem causar quedas, choques elétricos, queimaduras, aprisionamento
e lesão em membro ou outra parte do corpo, afogamento, engolfamento, asfixia,
incêndio e explosão.
33.3.2 Medidas técnicas de prevenção

d) prever a implantação de travas, bloqueios, raqueteamento, lacre e


etiquetagem;

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33.3.2 Medidas técnicas de prevenção

e) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle


dos riscos atmosféricos em espaços confinados;

• Os riscos atmosféricos devem ser preferencialmente eliminados antes da


entrada e mantidos sob controle durante a permanência dos trabalhadores
no interior dos espaços confinados. A concentração de contaminantes, a
presença de inflamáveis e o percentual inadequado de oxigênio, seja por
deficiência ou enriquecimento, são riscos atmosféricos que podem
provocar intoxicação e asfixia dos trabalhadores ou a formação de uma
atmosfera inflamável/explosiva.

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33.3.2 Medidas técnicas de prevenção
Atmosfera de Risco
Riscos Atmosféricos
A exata natureza do risco, depende do tipo de gás que está
presente, mas em geral, nós dividimos em três classes:

Inflamáveis
Metano, Butano, GLP, Gás Natural, Hidrogênio,
Acetileno,Vapor de Gasolina e Alcool

Tóxicos
Cloro, Amônia, Monóxido de Carbono, Gás Sulfídrico

Asfixiantes
Nitrogênio, Argônio, Dióxido de Carbono.
Riscos Atmosféricos
Deficiência de Oxigênio
AR ATMOSFÉRICO DEDIFICIENCIA DE O2
O ar que respiramos é formado por:
Os Alarmes de concentração de
78 % Nitrogênio oxigênio devem ser ajustados
20,9 % Oxigênio para alarmar com valores abaixo
1 % Argônio
de 19,5 % e acima de 23 % em
0,1% Outros gases
volume;
= 100% em Volume
Fonte: Manual de Proteção Respiratória
Prof. Maurício Torloni
Situações que podem causar a
Deficiência Oxigênio

Reações químicas
Oxidação de
Superfícies
Secagem de
Combustão de pinturas
Produtos inflamáveis:
Solda oxi-acetilênica Consumo Humano:
Corte oxi-acetilênico Muitas pessoas
Aquecimento com trabalhando pesado
Chama no interior do
Estanhagem espaço confinado.
Outros

Ação de bactérias:
Fermentação de Gases Asfixiantes
materiais
Extinção por CO2,
orgânicos em
Inertização com
decomposição.
Nitrogênio, Argônio.
IPVS
(Imediatamente Perigoso à Vida ou à Saúde)

O IPVS refere-se à exposição aguda do aparelho respiratório


ou dos olhos a condições atmosféricas que apresentem
riscos iminentes à vida ou produza um imediato efeito
debilitante à saúde, assim como impeça o indivíduo da
evasão imediata dessa atmosfera perigosa.
Limites de Inflamabilidade L.I.I e L.S.I

L.I.I. é o ponto onde L.S.I. é o ponto


existe a mínima máximo onde ainda
concentração para existe uma
que uma mistura de concentração de
ar + gás/vapor se mistura de ar +
inflame. gás/vapor capaz de
Combustível
se inflamar.
0% 100%
L.I.I. L.S.I.
POBRE EXPLOSIVA EXPLOSIVA
RICA
Pouco Gás Muito Gás e pouco Ar

100%Ar 0% Ar
Limites de Inflamabilidade

Metano x Hexano
Atmosfera de Risco - Gases Tóxicos

Os gases tóxicos podem causar vários efeitos


prejudiciais à saúde humana.
Os efeitos dos gases tóxicos no organismo humano
dependem diretamente
da concentração (Risco Imediato)
e do tempo de exposição (Efeito Cumulativo).

Monóxido de Carbono (CO)


Gás Sulfídrico (H2S)
Dióxido de Enxôfre (SO2)

Amônia (NH3)

Cloro (Cl2)
Gás Cianídrico (HCN)
TWA E STEL

TWA – Time Weighted Average (Média Ponderada por Tempo)

Concentração média ponderada admitida para a exposição ao gás


durante 8 horas consecutivas, sem causar danos à saúde.

STEL – Short Term Exposure Limit (Limite de exposição a curto prazo)

Concentração máxima admitida para a exposição ao gás durante


15 minutos consecutivos, sem causar danos à saúde.
Monitorando Gases Tóxicos
Monóxido de Carbono - CO

Aparência:
Por não possuir
cheiro, nem cor, Limites de Tolerância
podemos não perceber IPVS 1200 ppm
sua presença, não
Limites de inflamabilidade no ar:
prevendo a ventilação do
LSI: 75 %
local.
LII: 12 %
Onde encontramos:
 resultado de queima Temperatura de ignição
incompleta de 609,3 °C
combustíveis 10.000 ppm
 fornos Fatal (Fonte CETESB)
 caldeiras
solda Tratamento
 Motores a combustão Câmara
 Geradores a diesel, Hiperbárica
gasolina Transfusão de
 resultante do processo Sangue
Dióxido de Carbono – CO2
Asfixiante Simples

Aparência:
Gás sem coloração e sem cheiro

Limites de Tolerância
IPVS 40.000 ppm

Limites de inflamabilidade no ar:


Se Inalado causará vertigem, dor de NÃO É INFLAMÁVEL
cabeça, sonolência e perda dos
Temperatura de ignição
sentidos. Pele cianótica (ou azulada)
NÃO É INFLAMÁVEL

Ponto de fulgor
Onde encontramos: NÃO PERTINENE
 Processos de Combustão
Inertização (Fonte CETESB)

 Sistemas automáticos de extinção de


incêndio Respiração de grãos e sementes
 Resultante do processo
Gás Sulfídrico - H2S
Aparência:
Apresenta cheiro de ovo
podre inibe o olfato
após exposição.
Onde encontramos:
 industrias de papel Limites de Tolerância
 águas subterrâneas IPVS 100 ppm
água e esgoto
decomposição de matéria orgânica vegetal Limites de Inflamabilidade no ar:
e animal LSI: 45%
LII: 4,3%
 reservatórios de petróleo e nos campos
onde há injeção de água do mar. Temperatura de ignição
 mecanismos de dissolução de sulfetos 260,2 °C
minerais,
formação bacteriológica, atividade da
bactéria redutora de sulfato – BRS, no Densidade relativa do vapor
interior do reservatório...
(Fonte CETESB)
Sintomas
irritação dos olhos, garganta e pulmões tosse
Perda da consciência e Paralisia respiratória
1.000 ppm Fatal
Amônia - NH3
Aparência:
Sem cor.
Cheiro forte e irritante.
Onde encontramos:
Limites de Tolerância
IPVS 300 ppm
 industrias de frigoríficos, na refrigeração.
 Fabricação de fertilizantes
Limites de Inflamabilidade no ar:
 Fabricação de cerâmicas,
LSI: 27,0%
 corantes e fitas para escrever ou imprimir,
LII: 15,5%
 na saponificação de gorduras e óleos,
Temperatura de ignição
agente neutralizador na indústria de
651,0 °C
petróleo e
como preservativo do látex,
(Fonte CETESB)

Sintomas:
Dificuldade respiratória,Náusea, eritema, conjuntivite,
cegueira temporária ou permanente.

2.500 ppm
Fatal
Acetileno – C2H2
Asfixiante Simples, irritante, anestésico
Aparência:
Cheira à ALHO e é dificilmente
detectado pelo olfato em baixas
concentrações.

Efeitos:
Concentrações moderadas podem
causar dor de cabeça, sonolência, vertigem, náusea,
vômito, excitação, excesso de salivação e
inconsciência. O vapor liberado pelo líquido pode
também causar a falta de coordenação e dores Limites de inflamabilidade no ar:
abdominais. Este efeito pode ser retardado. A falta de LSI: 100 %
Oxigênio pode levar a morte.
LII: 2,5 %

Temperatura de Auto-ignição
Onde encontramos: 305 °C
 Indicado para os processos Oxicombustíveis:
(Fonte White Martins)
Corte, Solda, Brasagem, Aquecimento,
Goivagem, Flamagem de Plásticos, Têmpera
Superficial, Geração de Fuligem e Metalização
com Pó.
33.3.2 Medidas técnicas de prevenção:

f) avaliar a atmosfera nos espaços confinados, antes da entrada de


trabalhadores, para verificar se o seu interior é seguro;

37
Monitoramento

O2 LEL

H2S CO
Monitoramento

39
33.3.2 Medidas técnicas de prevenção

g) a manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a


realização dos trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou
inertizando o espaço confinado;

40
33.3.2 Medidas técnicas de prevenção

• PURGAR X INERTIZAR
PURGAR: quer dizer tornar puro, purificar, expelir, limpar por ventilação ou
lavagem com água ou vapor tornando a atmosfera interna pura e limpa;

INERTIZAR: é tornar inerte uma atmosfera. O ar interior do espaço confinado


está contaminado por combustível e é necessário executar uma operação a
quente, como solda.

N2
A INERTIZAÇÃO GERA ATMOSFERA IPVS, INERTIZAR NÃO PURGA
Ventilação
É o procedimento de movimentar continuamente uma atmosfera
limpa para dentro do espaço confinado.

Insuflação   Exaustão

Consiste em introduzir AR limpo no Consiste em remover a atmosfera


Espaço, diluindo a atmosfera e diretamente da fonte geradora.
restabelecendo a condição de oxigênio.
Objetivos:
Objetivos:
1) Remove vapores formados por
1) Assegura a quantidade de aplicações de solventes
oxigênio 2) Remove contaminantes formados
2) Conforto Térmico (calor ou frio) pela solda ou corte (Fumos
3) Remove odores fortes metálicos).
4) Dilui e desloca contaminantes

 Combinado 42
44
VENTILAÇÃO NATURAL EXAUSTÃO LOCAL

VENTILAÇÃO PRESSÃO EXAUSTÃO GERAL


POSITIVA 47
Especificando um

Ventilador / Exaustor
Características:
 Capacidade de Fluxo (Vazão)
 Curva Vazão x Pressão
 Alimentação (Elétrico ou
Combustível)
 Certificado para área
classificada. (Exd – Exi)
 Peso
 Mobilidade
 Nível de Ruído

Dutos
são utilizados para direcionar o fluxo
de ar.
São normalmente flexíveis e podem
ser sanfonados para facilitar
manuseio e guarda.
Deve ser dimensionado levando
em consideração seu diâmetro
e comprimento a alcançar. Devemos fazer Aterramento
33.3.2 Medidas técnicas de prevenção

h) monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde


os trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para
verificar se as condições de acesso e permanência são seguras;

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33.3.2 Medidas técnicas de prevenção
i) proibir a ventilação com oxigênio puro;

j) testar os equipamentos de medição antes


de cada utilização; e

k) utilizar equipamento de leitura direta,


intrinsecamente seguro, provido de alarme,
calibrado e protegido contra emissões
eletromagnéticas ou interferências de
radiofreqüência. 50
33.3.3 Medidas administrativas
a) manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos
desativados, e respectivos riscos;
b) definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do espaço
confinado;
c) manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado;
d) implementar procedimento para trabalho em espaço confinado;
e) adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho às peculiaridades da
empresa e dos seus espaços confinados;
f) preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão de Entrada e Trabalho antes
do ingresso de trabalhadores em espaços confinados;
g) possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da Permissão de
Entrada e Trabalho;
33.3.3 Medidas administrativas
h) entregar para um dos trabalhadores autorizados e ao Vigia cópia da Permissão de Entrada e
Trabalho;
i) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho quando as operações forem completadas, quando
ocorrer uma condição não prevista ou quando houver pausa ou interrupção dos trabalhos;
j) manter arquivados os procedimentos e Permissões de Entrada e Trabalho por cinco anos;
k) disponibilizar os procedimentos e Permissão de Entrada e Trabalho para o conhecimento dos
trabalhadores autorizados, seus representantes e fiscalização do trabalho;
l) designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando os deveres de
cada trabalhador e providenciando a capacitação requerida;
m) estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no interior dos espaços
confinados;
n) assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com
acompanhamento e autorização de supervisão capacitada;
o) garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e medidas de controle
existentes no local de trabalho; e
p) implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise de risco,
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considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido.
33.3.3 Medidas administrativas

◼ A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada entrada

◼ Os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a Permissão de Entrada


e Trabalho devem ser avaliados no mínimo uma vez ao ano e revisados sempre que
houver alteração dos riscos, com a participação do SESMT e da CIPA.

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33.3.3 Medidas administrativas

◼ Os procedimentos de entrada em espaços confinados devem ser revistos quando da


ocorrência de qualquer uma das circunstâncias abaixo:
a) entrada não autorizada num espaço confinado;
b) identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho;
c) acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada;
d) qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço confinado;
e) solicitação do SESMT ou da CIPA; e
f) identificação de condição de trabalho mais segura.

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Profissionais do Espaço
Confinado

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33.3.4 Medidas pessoais
33.3.4.1 Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve
ser submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar,
conforme estabelecem as NRs 07 e 31, incluindo os fatores de riscos psicossociais
com a emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional - ASO.
Eletroencefalograma (EEG) Eletrocardiograma (ECG)
Acuidade visual Raio X tórax
Espirometria Hemograma, Glicemia
33.3.4.2 Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com
os espaços confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle.
33.3.4.3 O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em
espaços confinados deve ser determinado conforme a análise de risco.
33.3.4.4 É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de
forma individual ou isolada.

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33.3.4 Medidas pessoais

33.3.4.5 O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes


funções:

a) emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;

b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos


na Permissão de Entrada e Trabalho;

c) assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam


disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes;

d) cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e

e) encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços.

57
33.3.4 Medidas pessoais:
33.3.4.6 O Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia.

33.3.4.7 O Vigia deve desempenhar as seguintes funções:

a) manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores


autorizados no
espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade;

b) permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato


permanente com os
trabalhadores autorizados;

c) adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de


salvamento, pública ou
privada, quando necessário;

58
33.3.4 Medidas pessoais:
d) operar os movimentadores de pessoas; e
e) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum
sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente,
situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas
tarefas, nem ser substituído por outro Vigia.

33.3.4.8 O Vigia não poderá realizar outras tarefas que possam


comprometer o dever principal que é o de monitorar e proteger os
trabalhadores autorizados;
33.3.4.9 Cabe ao empregador fornecer e garantir que todos os trabalhadores
que adentrarem em espaços confinados disponham de todos os
equipamentos para controle de riscos, previstos na Permissão de Entrada e
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Trabalho.
33.3.4 Medidas pessoais:

33.3.4.10 – Em caso de existência de Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida

ou à Saúde – Atmosfera IPVS -, o espaço confinado somente poderá ser

adentrado com a utilização de máscara autônoma de demanda com pressão

positiva ou um respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para

escape.

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EPI
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL,
ACESSÓRIOS E SISTEMA DE ANCORAGEM:

Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI,


acessórios e sistemas de ancoragem devem ser
especificados e selecionados considerando-se a
sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos
mesmos e o respectivo fator de segurança, em
caso de eventual queda.

Na seleção dos EPI devem ser considerados,


além dos riscos a que o trabalhador está
exposto, os riscos adicionais.
O cinto de segurança deve ser do tipo
paraquedista e dotado de dispositivo para
conexão em sistema de ancoragem.
O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela
Análise de Risco.
O trabalhador deve permanecer conectado ao
sistema de ancoragem durante todo o período de
exposição ao risco de queda.
O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar
fixados acima do nível da cintura do trabalhador,
ajustados de modo a restringir a altura de queda e
assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as
chances do trabalhador colidir com estrutura inferior.
ÁREA CLASSIFICADA
CONCEITO:

É uma área onde apresenta uma atmosfera


potencialmente explosiva, ou seja, uma mistura
de gases ou vapores inflamáveis com o ar, sob
condições atmosférica.
ÁREA CLASSIFICADA
Áreas classificadas são espaços ou regiões tridimensionais nas quais a
probabilidade da presença de uma atmosfera explosiva exige que sejam
tomadas precauções especiais para a construção, instalação e utilização
de equipamentos elétricos, conforme a figura 1 a seguir:

a) Simbologia para área; b) Simbologia para equipamento.


CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA

*NEC **IEC/NBR DEFINIÇÕES


Áreas onde uma atmosfera
Zona 0 explosiva ESTÁ PRESENTE durante
longos períodos.
Divisão 1 Áreas onde uma atmosfera
explosiva PODE OCORRER em
Zona 1
operação normal.

Áreas onde uma atmosfera


explosiva NÃO OCORRE, em
Divisão 2 Zona 2
operações normal, Se ocorrer, será
por pouco tempo.
* NEC (NATIONAL ELECTRICAL CODE
** IEC (COMISSÃO INTERNACIONAL DE ELETRICIDADE 66
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA

** IEC (COMISSÃO INTERNACIONAL DE ELETRICIDADE


67
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREA

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