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SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO

O sistema de proteção adotado contra choques elétricos (contatos


indiretos onde UC > UL) por seccionamento automático da alimentação
(disjuntores, fusíveis, DR, DSI, DA, chaves seccionadoras automáticas,
religadores automáticos, contatores acionados por reles de proteção)
deve atuar de imediato, ser identificado e com fácil acesso na própria
instalação.

1
As massas devem ser ligadas a condutores de proteção, compondo
uma “infra estrutura de aterramento“.
O dispositivo de proteção deve seccionar automaticamente a alimentação
do circuito protegido sempre que uma falta entre parte viva e massa der
origem a uma tensão de contato perigosa.
O dispositivo de proteção deve sinalizar o motivo do desarme, não
permitir o rearme automático e pode combinar mais de um tipo de
proteção num único dispositivo.

2
O seccionamento automático da alimentação é uma medida de proteção
que visa garantir a integridade dos componentes dos sistemas de
aterramento e de equipotencialização e limitar o tempo de duração da
corrente de falta com contenção de arco.

Disjuntor Termomagnético - DTM

3 Fonte: Weg Fonte: Merlin Gerin


Disjuntor Termomagnético - DTM

4
Disjuntor Termomagnético - DTM

5
Disjuntor Termomagnético - DTM

6
Disjuntor Termomagnético - DTM

1 - Parte Externa, termoplástica;


2 - Terminal superior;
3 - Câmara de extinção de arco;
4 - Bobina responsável pelo disparo instantâneo
(acionamento magnético);
5 - Alavanca:
0 - Desligado: verde visível
I - Ligado: vermelho visível
6 - Contato fixo;
7 - Contato móvel;
8 - Guia para o arco - sob condições de falta, o
contato móvel se afasta do contato fixo e o arco
resultante é guiado para a câmara de extinção,
evitando danos no bimetal, em caso de altas
correntes (curto-circuito);
9 - Bimetal - responsável pelo disparo por
sobrecarga (acionamento térmico);
10 - Terminal inferior;
11 - Clip para fixação no trilho DIN. Fonte: GE
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O tempo máximo admissível de seccionamento (quando UC > UL) é
dado em função da tensão fase-terra ou em esquemas de ligação de
aterramento TN, e em função da tensão fase-fase em esquemas de
aterramento IT.

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NBR 5410:2004 Item 9.5.4 Proteção contra sobrecorrentes
Todo circuito terminal deve ser protegido contra sobrecorrentes por
dispositivo que assegure o seccionamento simultâneo de todos os
condutores de fase.

NOTA: Isso significa que o dispositivo de


proteção deve ser multipolar, quando o circuito
for constituído de mais de uma fase.
Dispositivos unipolares montados lado a lado,
apenas com suas alavancas de manobra
acopladas, não são considerados dispositivos
multipolares.

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Curvas características DTM
O tipo de curva do disjuntor B, C ou D está vinculado às correntes de
partida característica de cada carga. Só atua acima destes valores.
Disjuntor de curva B protege equipamentos com correntes de partida
de 3 a 5 vezes a corrente nominal. Atende cargas resistivas, como
torneiras elétricas, chuveiros, aquecedores e pontos de tomada para
uso geral.
Disjuntor de curva C protege equipamentos com correntes de partida
de 5 a 10 vezes a corrente nominal. Atende cargas indutivas como ar
condicionado, bombas de piscina, micro-ondas, iluminação com
reatores de partida.
Disjuntor de curva D protege equipamentos com correntes de partida
de 10 a 20 vezes a corrente nominal. Atende grandes cargas indutivas
como transformadores, motores industriais e máquinas de solda.

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A proteção combinada por seccionamento automático conforme
NBR 5410:2004 fica localizada na entrada de quadros de distribuição
com dispositivos de sobre corrente (disjuntores, reles e fusíveis) ou
dispositivo diferencial, sendo sua utilização condicionada ao
aterramento funcional.
Fica incluso também a proteção contra incêndios por DA - Detector de
centelhamento por arco conforme IEC 60364-4-42:2010.

SISTEMA DE ATERRAMENTO DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO

TN-C TM, DA
TN-S TM, DR, DA
TT TM, DR, DA
IT (segunda falta com massas aterradas TM, DSI, DR
individualmente ou em grupos)
IT (segunda falta com todas as massas TM, DSI interligadas com BEP,
inclusive da impedância)

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Esquema TN-C

12
Esquema TN-S

13
Esquema TT

O disjuntor TM protege somente o DR e o circuito


contra curtos.

14
Esquema IT com eletrodos individuais

B1

15
Esquema IT com eletrodos em grupos

B2

16
Esquema IT com BEP

B3

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O DSI - Dispositivo supervisor de isolamento é o dispositivo exigido pela
ABNT NBR 5410:2004 para monitorar permanentemente a resistência de
isolamento e indicar a primeira falta à massa ou à terra na proteção
pontual por separação elétrica e em sistemas com fontes isoladas ou
indiretamente aterradas (IT).
As descrições do Sistema IT-Médico, são descritas na ABNT
NBR13534:2008 para instalações elétricas nas salas do Grupo 2 (sala
cirúrgica, UTI, sala de cateterismo, sala de monitoramento). A instalação
é também exigida pela portaria do M.S. n.º 2662 de Nov/1995.

18 Fonte: RDI Bender


DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL – DR

O DR mede permanentemente a soma vetorial das correntes que


percorrem internamente os seus polos e interrompe a alimentação
quando o seu rele de fuga a terra é acionado.
Enquanto a corrente de entrada e saída que alimenta o circuito se
mantiver eletromagneticamente igual, a soma vetorial das correntes nos
seus condutores é praticamente nula.

In (A)
I  n (mA ou A)
Un (V)
Iint (A ou kA)
f (Hz)
Nº pólos

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FALTA DO DISJUNTOR
TM NA ENTRADA DO
QUADRO

Ocorrendo a falha de isolamento em


um equipamento alimentado por esse
circuito, o DR interrompe uma corrente
de falta à terra, ou seja, após mili-
segundos não haverá mais uma
corrente
de fuga para a terra.

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CORRENTE DE FUGA

MESMO QUE O CIRCUITO TRIFÁSICO SEJA DESEQUILIBRADO,


NA AUSÊNCIA DE FUGAS:

I1  I 2  I 3  I N  0
COM FUGA DE CORRENTE (CORRENTE DE FUGA = IDR):

I1  I 2  I 3  I N  I DR
• IDEAL IDR = 0
REAL IDR  0 (CORRENTES DE FUGA - NATURAIS)
• ATUAÇÃO IDR = I  n (CORRENTE DIFERENCIAL- RESIDUAL DE
ATUAÇÃO)

 I DR  0,5 . I  n
21
CORRENTE RESIDUAL

Fonte: Schneider

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FALTAM OS DPS, DISJUNTOR TM
E OS DISPOSITIVOS DR DE ALTA
SENSIBILIDADE NA SÁIDA DOS CIRCUITOS
TERMINAIS DE LOCAIS ÚMIDOS.
DR DE ENTRADA DESLIGA TUDO.

Devido ao “vazamento” de corrente para a


terra, a soma vetorial das correntes nos
condutores monitorados pelo DR não é mais
nula e o dispositivo detecta justamente essa
diferença de corrente.

23
FALTAM NA ENTRADA O DISJUNTOR
TM, OS DPS E
OS DR DE ALTA SENSIBILIDADE NA
SAÍDA DOS CIRCUITOS TERMINAIS DE
LOCAIS ÚMIDOS

O dispositivo DR também é chamado


de Interruptor Diferencial Residual –
IDR sem a função disjuntiva.

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Quando a diferença de corrente atinge o valor determinado, começa a
ser ativado um relé de fuga a terra. Este relé irá provocar a abertura dos
contatos principais do próprio dispositivo ou do dispositivo associado
(contator ou disjuntor) num tempo inverso ao valor da corrente de falta.

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O dispositivo DR é composto dos seguintes elementos:
• um TC de detecção, núcleo toroidal, sobre o qual são enrolados, de
forma idêntica, cada um dos condutores do circuito e que acomoda
também o enrolamento de detecção, responsável pela medição das
diferenças entre correntes dos condutores; e
• o elemento de atuação e que comanda o disparo do DR, é designado
relé diferencial, relé de fuga a terra ou relé reversível.

Fonte: Schneider

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O DR atua quando há uma corrente residual (fuga de corrente)
circulando no fio terra (PE) da instalação ou um condutor estranho à
instalação.

Fonte: Mamede

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Fugas de corrente

• EMENDAS com isolação inadequada ou imperfeita;


• Danos na isolação dos condutores durante a ENFIAÇÃO;
• CAIXAS DE PASSAGEM que armazenam água de chuva durante a obra,
afetando as emendas;
• Fixação e montagem inadequada de LUMINÁRIAS;
• PARAFUSOS das caixas de passagem que danificam a isolação dos
condutores, durante a fixação;
• Equipamentos INCOMPATÍVEIS de utilização inadequados, com elevada
corrente de fuga natural (certos chuveiros, aquecedores de passagem, etc.);
• Erros de ligação entre condutores NEUTRO e de PROTEÇÃO;
• Confusão de NEUTROS em quadros contendo mais de 1 DR.

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Na prática a proteção diferencial-residual pode ser realizada através de:

• interruptores diferenciais - residuais eletromagnéticos conforme


ABNT NBR NM 61008-1:2005;
• interruptores diferenciais - residuais eletrônicos conforme IEC
61009;
• disjuntores com proteção diferencial-residual incorporada.

Tipos de DR

AC – Apenas corrente alternada resistentes a transientes


A – Corrente alternada e pulsante resistentes a cargas indutivas
B – Corrente alternada, pulsante e contínua pura
S – Seletivo com retardo na atuação

29
Tipo B – Corrente alternada,
pulsante e contínua pura

30
Proteção da instalação contra incêndio em BT
Esquema TT a instalação do dispositivo DR é obrigatória. Este deve
ser colocado na origem da instalação. No caso de circuitos terminais as
massas são ligadas a um eletrodo de aterramento com resistência
compatível com a corrente de atuação do dispositivo DR.
Esquema IT quando a proteção for assegurada também por um
dispositivo DR e o seccionamento à primeira falta não for permitido, a
corrente diferencial-residual de atuação do dispositivo deve ser maior
que à corrente que circula quando uma primeira falta franca à terra
afete termicamente um condutor de fase.
Esquema TN-C NÃO pode ser protegido na entrada do quadro por um
dispositivo DR, já que toda corrente de fuga retorna pelo mesmo.
Para proteção dos circuitos terminais dos esquemas TT/IT/TN,
o DR (30 mA) é instalado na saída do disjuntor protegendo
seres vivos em locais com risco.

31
Esquema TT (DR obrigatório 300 mA ou 500 mA local seco)

DDR

32
Esquema TN - C - S (IDR não obrigatório em local abrigado)

DDR DDR

33
Esquema TN - S (IDR 30 mA obrigatório com umidade)

DDR DDR

34
Esquema TN - S (IDR 30 mA obrigatório local úmido)

DTM DR

35
Onde estão os DA de Onde estão os DR de
saída dos circuitos saída dos circuitos
terminais de locais terminais de locais
secos? úmidos?

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Conexão: Dispositivo DR em conjunto com disjuntor TM e DPS

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ISOLAÇÃO SUPLEMENTAR DUPLA OU REFORÇADA

A utilização de isolação dupla ou reforçada tem como finalidade propiciar


uma dupla linha de defesa, um reforço de segurança contra contatos
indiretos. A isolação dupla é constituída de:
• Isolação básica - Isolação aplicada às partes vivas, destinada a
assegurar proteção básica contra choques.
• Isolação suplementar - Isolação independente e adicional à
isolação básica, destinada a assegurar proteção contra choques
elétricos em caso de falha da isolação básica (assegurar proteção
supletiva).

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Comumente, são utilizados sistemas de isolação dupla em
alguns eletrodomésticos e ferramentas elétricas portáteis
(furadeiras, lixadeiras, esmerilhadeiras, etc.).
Neste caso, em sua plaqueta de identificação haverá um símbolo
indicativo gravado, ou seja, dois retângulos paralelos, um dentro
do outro e o plugue não terá o condutor de proteção.

Dupla isolação – Simbologia normalizada


internacionalmente.
39
PROTEÇÃO PONTUAL POR SEPARAÇÃO ELÉTRICA

Proteção por separação elétrica consiste em separar por barreiras


isolantes um ou mais circuitos entre si ou em relação a terra através do
uso de transformador de separação.

A proteção por separação elétrica é uma proteção de aplicação pontual


e pode ser realizada pelos seguintes meios:
• Transformador isolador de separação elétrica;
• Grupo motor-gerador com enrolamentos que forneçam uma
separação equivalente à de um transformador.
O sistema baseia-se na impossibilidade de desarme por fechamento da
corrente pelo terra no caso de contato com uma parte energizada o que
torna evidente a necessidade de controle permanente do isolamento
(DSI).

40
Circuitos eletricamente separados, protegidos individualmente, podem
alimentar com cabeamento visível e separado fisicamente num único ou
vários equipamentos.
A situação ideal é aquela em que temos um único equipamento
conectado ao circuito e sua massa não deve ser aterrada.
Com vários equipamentos alimentados pelo mesmo circuito, estes devem
ser ligados entre si por condutores de equipotencialidade, não aterrados.

41
A separação de proteção elétrica individual ou pontual por circuito
independente (segregação elétrica) é aplicada em situações especiais
com equipamentos que a falta ou falha de alimentação pode ocasionar
contaminações e deterioração de alimentos, como no caso de frigoríficos
e indústrias químicas, ou comprometer a validade de medicamentos.
Os equipamentos separados fisicamente também são protegidos de
forma supletiva por dispositivos de seccionamento automático, de
sinalização e de proteção: TM, DSI, DR e DPS - dispositivos de proteção
contra surtos.

42
Equipotencialização suplementar

Na edificação deve ser realizada uma equipotencialização principal, nas


condições especificadas e nos locais úmidos ou distantes (> 10m) tantas
equipotencializações suplementares quantas forem necessárias.
Em locais como piscinas, banheiros (banho com chuveiro ou banheira),
saunas e outras instalações onde exista a situação 3 (corpo submerso) e
que não estejam com suas massas metálicas condutoras interligados a
malha de equipotencialização principal deverá ser instalada a malha de
equipotencialização suplementar ou especial.

43
DR de alta sensibilidade

Independentemente do esquema de aterramento TN, TT ou IT: o uso de


proteção DR de alta sensibilidade (isto é, com corrente diferencial-
residual nominal igual ou inferior a 30 mA), tornou-se expressamente
obrigatório nos seguintes casos:
- circuitos que sirvam a pontos situados em locais de banho contendo
banheira ou chuveiro;
- circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas
externas à edificação;
- circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas
que possam vir a alimentar equipamentos no exterior; e
- circuitos de tomadas de corrente de cozinhas, lavanderias,
áreas de serviço, garagens e, no geral, de todo local interno
molhado em uso normal ou sujeito a lavagens.

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A sensibilidade determina se um DR pode ser aplicado à proteção
contra contatos indiretos e à proteção complementar contra contatos
diretos (não suficiente quando contato direto em condutores vivos sem
fuga para terra).
A aplicação do DR eletromagnético pode ser dividida em:
• Uso obrigatório de DR de alta sensibilidade (menor que 30 mA):
Na proteção complementar contra choques elétricos em circuitos de
banheiros, tomadas externas, tomadas de cozinhas, lavanderias, áreas
de serviço, garagens e assemelhados.
• Uso de DR de média sensibilidade (100 mA e 200 mA): Como
alternativa na proteção de equipamentos situados próximos à locais
úmidos.
• Uso previsto de DR de baixa sensibilidade (300 mA ou 500 mA):
Previstos para limitar as correntes de falta/fuga à terra em locais
com materiais inflamáveis e aterramento TT.

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Centelhamento involuntário
Quando um interruptor elétrico é aberto ou fechado, ocorre um arco de
comutação ou a descarga normal de eletricidade em um circuito.
Já os arcos involuntários ou centelhamentos ocorrem em conexões
soltas ou onde a isolação dos cabos foi danificada. Tais centelhas podem
levar a altas temperaturas e incêndios nos materiais inflamáveis em
volta.

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Detector de arco - DA
A combinação do disjuntor TM com o AFCI oferece proteção contra arco
paralelo (linha a neutro), arco em série (segmento solto, quebrado ou de
alta resistência em uma única linha), arco à terra (da linha ou neutro à
terra), proteção contra sobrecarga e proteção contra curto-circuito.

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Detector de falta por arcos elétricos - DA
Com uma tecnologia digital única, o disjuntor ou interruptor de falta por
arco (Arc Fault Detection Devices) detecta sobrecargas, curto-circuitos e
falhas de arco melhor que a tecnologia analógica - fornecendo proteção
superior contra mau contatos com falhas de arco. O DA conforme IEC
60364-4-42:2010 interrompe o fluxo de corrente antes que a falha por
arco que possam causar um foco de incêndio.

48 Interruptor DA Disjuntor DA
Interruptor de circuito por falha com arco - DA
A eletrônica dentro de um disjuntor AFCI detecta a corrente elétrica
alternando nas frequências características, geralmente em torno de 100
kHz, que se sabe estar associada às centelhas no fio, quando são
mantidas por mais de alguns milissegundos.

49
Padrão IEC EUROPEU Padrão UL EUA
Dispositivo detector de falha por arco - DA

Dispositivos de
detecção de falhas
por arco AFDD não
devem desarmar com
arcos de comutação e Disjuntor TM 16A

valores de correntes
que não chegam a
causar incêndios DA – Detector de arco

prematuros.
DA – Detector
de arco

50
Dispositivo detector de falha por arco – DA

O interruptor de circuito por falhas de arco AFDD monitora em tempo


real numerosos parâmetros elétricos do circuito que ele protege para
detectar informações características da presença de arcos elétricos
perigosos.
A distorção (seno) do sinal de corrente no momento do cruzamento zero
é característica da presença de um arco elétrico: a corrente flui somente
após o aparecimento da faísca, que precisa de uma tensão mínima para
ser criada e não atinge valores elevados.

Forma de onda típica do arco elétrico. Tensão (preto) e corrente (verde).


51
Correntes de falta à terra (fuga)
Condutores e outras partes destinadas a escoar correntes de faltas
devem suportar essas correntes sem atingir temperatura excessiva ao
contrário de materiais mau condutores que queimam.
Quando for necessário limitar os riscos de incêndio causados pela
circulação de correntes de falta, o circuito correspondente deve ser:
a) protegido por dispositivo a corrente diferencial-residual (dispositivo
DR) com sensibilidade de atuação máxima 500 mA; ou
b) supervisionado por um DSI
(dispositivo supervisor de isolamento)
ajustado para sinalizar e medir a corrente
de fuga).

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Fugas de corrente por umidade
Motores de bombeamento sobre a água ou que trabalham submersos,
caixas de passagem com conexões submersas e instalações
subterrâneas são locais sujeitos a energização das carcaças por falha
de isolamento.

53
Proteção para sobrecorrentes

Proteção contra sobrecarga

Todo circuito deve ser protegido por dispositivos que interrompam a


corrente quando esta, em pelo menos um de seus condutores,
ultrapassar o valor da capacidade de condução de corrente nominal e,
em caso de passagem prolongada, possa provocar um sinistro ou a
deterioração da isolação por sobrecarga térmica.

Quando exigido o seccionamento do condutor neutro, as operações de


abertura e fechamento dos circuitos correspondentes devem ser de
modo a garantir que o condutor neutro não seja seccionado antes nem
restabelecido após os condutores de fase.

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Omissão da proteção contra sobrecargas por razões de segurança

Recomenda-se omitir o dispositivo de proteção contra sobrecargas em


circuitos que alimentem equipamentos de utilização, nos casos em que o
desligamento inesperado do circuito suscitar uma situação de perigo ou,
inversamente, desabilitar equipamentos indispensáveis numa situação
de perigo. São exemplos de tais casos:
a) circuitos de excitação de máquinas rotativas;
b) circuitos de alimentação de eletroímãs para elevação de cargas;
c) circuitos secundários de transformadores de corrente;
d) circuitos de motores usados em serviços de
segurança (bombas de incêndio, sistemas de extração
de fumaça, etc.).
NOTA: Nesses casos pode ser interessante prever
dispositivo de sinalização de sobrecargas.

55
Proteção contra correntes de curto-circuito

Todo circuito deve ser protegido por dispositivos como disjuntores e


fusíveis que interrompam a corrente nesse circuito quando pelo menos
um de seus condutores for percorrido por uma corrente de curto-circuito,
devendo a interrupção ocorrer num tempo suficientemente curto para
evitar a deterioração da instalação, incêndio e comprometimento dos
próprios dispositivos de proteção.

56
Proteção para sobretensões

As pessoas, os animais e os bens devem ser protegidos contra as


consequências prejudiciais decorrente de sobretensões.
A sobretensão pode ser transitória (raios, mau contato no eletrodo de
neutralização, sobretensões de manobra, interrupção do neutro,
aterramento intermitente, desligamento de cargas indutivas, quedas de
cabos energizados) e trata-se de uma elevação brusca na tensão do
sistema elétrico, que ultrapassa os limites de 127 V / 220 V e tolerância
de + 15%, funcionando com segurança dentro da faixa de 107 V a 146
V / 187 V a 253 V.

57
As sobretensões transitórias (surtos) são também a causa de
acidentes com arco elétrico envolvendo instrumentos elétricos não
classificados para os níveis destes transientes.
Os seus efeitos, além de poder causar danos fisiológicos, podem:
- Provocar a queima total ou parcial de equipamentos elétricos ou
danos à própria instalação elétrica;
- Reduzir a vida útil dos equipamentos;
- Provocar enormes perdas, com a queima de equipamentos;
- Danificar instrumentos de medição, com perigo para o usuário;
- Interrupções acidentais na rede elétrica também
podem gerar picos de tensão.

58
A sobretensão permanente é de longa duração (retorno de energia sem
estabilização e sem regulação por ausência de consumo após queda
emergencial). É considerada como permanente aquela sobretensão que
leva mais de três minutos para ser solucionada, conforme
Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional (PRODIST), por meio da Resolução nº 424, da ANEEL, de
17/12/2010.

59
As sobrecorrentes transitórias originadas de descargas atmosféricas
podem ocorrer de dois modos:
- Descarga Direta: o raio atinge diretamente um equipamento, uma
instalação, rede elétrica ou telefônica.
Até 100 metros o raio tem um efeito devastador, gerando elevados
valores de sobretensões induzidas nas linhas, na malha de
aterramento e no solo.

60
- Descarga Indireta: o raio cai a uma distância de até 1 quilômetro de
uma rede elétrica.
A sobretensão gerada é de menor intensidade do que a provocada pela
descarga direta, mas pode causar sérios danos.
A grande maioria das sobretensões transitórias de origem atmosférica
que causam danos a pessoas e equipamentos é ocasionada pelas
descargas indiretas.

61
Classes de proteção

Fonte: Clamper

62
Classe I

DPS do tipo centelhador (spark gap)


50 kA (10/350μs)

Fonte: Phoenix Contact

63
Classe II

DPS contra picos induzidos por


descargas atmosféricas (varistor)
40 kA (8/20μs)

Fonte: Clamper

64
Características dos DPS

Formas de onda de corrente para ensaios

Fonte: Schneider
65
Parâmetros dos DPS

Uc - Limite de tensão para uso Imáx - Corrente máxima de


contínuo. descarga com desarme definitivo
In - Corrente de impulso nominal sem atingir Up.
com baixa probabilidade de Up - Tensão de proteção < tensão
ocorrência. de impulso suportável.

Fonte: Soprano
66
Critérios da ABNT NBR 5410:2004

Para 220/127 V temos:


Categoria I II III IV
Tensão de
impulso 0,8 1,5 2,5 4
suportável (kV)
Equipamento com
Distribuição Painel de
Tipo de necessidade de Aparelhos
e circuitos entrada
equipamentos proteção especial domésticos
terminais (medição)
(eletrônicos)

3,86 kV
2,18 kV

0,50 kV

67 Fonte: Schneider
Proteção para Raios

As medidas utilizadas para neutralizar as consequências das descargas


atmosféricas têm como princípio a criação de caminhos de baixa
resistência à terra escoando de forma segura as correntes elétricas dos
raios.

SPDA - Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas

- Captores: Conhecidos como terminais aéreos pára-raios, eles são hastes


montadas em bases instaladas acima do ponto mais alto das edificações
com o objetivo de propiciar um caminho mais fácil para os relâmpagos que
venham a incidir na edificação.
- Condutores de Descida: Cabos que conectam
os terminais aéreos aos terminais de aterramento.

68
- Terminais de Aterramento: São constituídos usualmente de cabos e
hastes enterradas no solo com uma baixa resistência de contato à terra.
- Condutores de Ligação Equipotencial: Visam à interligação do
sistema de aterramento com os outros sistemas de aterramento da
edificação, impedindo assim a existência de diferenças de potenciais
entre os elementos interligados.

Todas as partes metálicas da


edificação, os aterramentos de
equipamentos, as estruturas, o sistema
de proteção atmosférica, devem ser
interligados a um mesmo referencial de
terra.

69
- Supressores de Surto: Pára-Raios de linha e BT, DPS (Centelhador
ou Varistor): São instalados em pontos de entrada de energia, cabos
telefônicos e de dados, instrumentação industrial, etc., com o intuito de
proteger as instalações e equipamentos contra sobrecorrentes
transitórias (sobretensões) provocadas por descargas direta, indireta e
manobras na rede de distribuição e transmissão.

70
Descarga Atmosférica

O raio é um fenômeno de natureza elétrica, sendo produzido por nuvens


do tipo cumulus nimbus, que tem formato parecido com uma bigorna e
chega a ter 12 quilômetros de altura e vários quilômetros de diâmetro.
As tempestades com trovoadas se verificam quando certas condições
particulares (temperatura, pressão, umidade do ar, velocidade do vento,
etc.) fazem com que determinado tipo de nuvem se torne eletricamente
carregada internamente.

71
Esta primeira onda caracteriza o choque líder que define sua
posição de queda entre 20 a 100 metros do solo.

A partir deste estágio, o primeiro choque do raio deixou um canal


ionizado entre a nuvem e o solo, que dessa forma permitirá a
passagem de uma avalanche de cargas com corrente de pico em
torno de 20.000 A.

72
Após esse segundo choque violento das cargas elétricas passando
pelo ar, há o aquecimento até 30.000 ºC, provocando assim a
expansão do ar (trovão).

Neste processo os elétrons retirados das moléculas de ar retomam,


fazendo com que a energia seja devolvida sob a forma de relâmpago.

As descargas atmosféricas podem ser ascendentes (da terra para a


nuvem), descendentes (da nuvem para a terra) ou ainda entre nuvens.

73
O raio é um fenômeno da natureza absolutamente imprevisível tanto em
relação às suas características elétricas como em relação aos efeitos
destruidores decorrentes de sua incidência sobre as edificações,
equipamentos, as pessoas ou animais.

74
Nada em termos práticos pode impedir a “queda” de uma descarga
numa determinada região, instalação ou equipamento.
As proteções atuais buscam minimizar os efeitos destruidores a partir
de sistemas de captação, de condução segura da descarga para a terra
e medidas de proteção contra surtos.

A incidência de raios é maior em solos


maus condutores do que em solos
condutores de eletricidade, pois nos
solos maus condutores, na existência
de nuvens carregadas sobre o
mesmo, criam-se por indução no
terreno uma maior concentração de
cargas positivas, e o ar, naturalmente
úmido e às vezes ionizado, servindo
como um isolante de baixo poder
dielétrico, propiciando assim o curto
nuvem terra.

75
Medidas Preventivas em caso de raios
- Não executar serviços em equipamentos e instalações
elétricas internas ou externas.
- Nunca procurar abrigo sob árvores, torres ou construções
isoladas sem sistemas de proteção atmosférica adequados.
- Não entrar em rios, lagos, piscinas, guardando uma distância segura.
- Procurar abrigo em instalações seguras, jamais ficando ao relento.
- Caso não encontre abrigo, procurar não se movimentar, e se possível
fica agachado, evitando assim o efeito das pontas.
- Evitar o uso de telefones, a não ser que seja sem fio.
- Evitar ficar próximo de tomadas, canos, janelas e portas metálicas.
- Evitar tocar em qualquer equipamento elétrico ligado à rede elétrica.
- Evitar locais extremamente perigosos, como topos de morros, topos de
prédios, proximidade de cercas de arame, torres, linhas telefônicas
e linhas aéreas de instalações elétricas.

76
Proteção contra mau contato

O mau contato em uma conexão elétrica é uma fenômeno físico


provocado por aquecimento devido a resistência de contato da emenda,
criando uma reação acumulativa.
O aquecimento altera a têmpera do material condutor que aumenta a
sua resistência específica o que aumenta por efeito Joule o
aquecimento da conexão, de forma acumulativa e degenerativa das
características do material.

77
Falta de aperto nas conexões

O resultado é o derretimento da conexão e a queima do isolante, que


poderão ser a fonte de ignição de outros materiais combustíveis em
painéis ou caixas de passagem.
A falta de aperto e oxidação das conexões são causas
da ruptura da conexão criando um arco de comutação
que fecha curto circuito fase-fase ou fase-terra.

78
Mau contato visível

Mau contato nas


conexões

79
Mau contato em conexões elétricas
Conectores com parafusos precisam de arruela de pressão.
Atualmente estão sendo utilizados conectores com compressão elástica,
sem necessidade de arruela de pressão.

80
Mau contato por falha de conexão

81
Mau contato em dispositivos de proteção

O sobre-aquecimento atua a proteção térmica do componente num


processo de degradação acumulativa não regenerativa.
O condutor de cobre perde a têmpera, ficando recozido, duro e
quebradiço.

82
Mau contato invisível em disjuntores

83
A falta de aperto periódico das conexões em painéis que vibram ou
trepidam também é uma das principais causas de maus contatos.
Na manutenção preventiva o reaberto adequado dos elementos de
fixação garantem a vida útil das conexões elétricas.

84
Com inspeções termográficas periódicas (manutenção preditiva) é
possível com termômetros localizar pontos de sobreaquecimentos
decorrentes de mau contatos.
Os termômetros podem ser:
- Radiômetros
- Visores térmicos
- Imageadores térmicos

85
Mau contato no circuito de potência

86
Normas Técnicas Brasileiras

Normas ABNT

No Brasil, as normas técnicas oficiais são aquelas desenvolvidas pela


Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e registradas no
Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial (INMETRO).

Essas normas são resultados de uma ampla discussão de profissionais


e instituições, organizados em grupos de estudos, comissões e comitês.

A sigla NBR significa Norma Brasileira Registrada.

A ABNT é a representante brasileira no sistema internacional


de normalização, composto de entidades nacionais, regionais
e internacionais. Para atividades com eletricidade, há diversas
normas, abrangendo quase todos os tipos de instalações e
produtos, evitando as improvisações.
87
Norma Técnica

• Documento aprovado e atualizado por instituição


reconhecida - ABNT, que prevê, para um uso
comum, regras, diretrizes ou características para os
produtos ou processos e métodos de produção, e
cuja observância originalmente não é obrigatória,
porém por determinação de diferentes órgãos
federais, como MTE, CLT, Código Civil e CDC,
devem ser obrigatoriamente observadas e aplicadas.

• Pode incluir prescrições em matéria de terminologia,


símbolos, embalagem, marcação ou etiquetagem
aplicáveis a um produto, processo ou método de
produção, ou tratar exclusivamente delas,
eliminando o improviso.

88
ABNT NBR 5410:2004 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão
A ABNT NBR 5410 é uma referência obrigatória quando se fala de
projeto com segurança elétrica.
A norma apresenta todos os cálculos de dimensionamento de
condutores e dispositivos de proteção. Nela estão as diferentes formas
de instalação e as influências externas a serem consideradas em um
projeto.
Os aspectos de segurança são apresentados de forma detalhada,
incluindo o aterramento, a proteção por dispositivos de corrente de
fuga, de sobretensões e sobrecorrentes.
Os procedimentos para aceitação ou certificação
da instalação nova e para sua manutenção também
são apresentados na norma, incluindo etapas de
inspeção visual e de ensaios específicos.

89
ABNT NBR 14039:2005 - Instalações Elétricas de Média Tensão, de
1,0 kV a 36,2 kV
A ABNT NBR 14039 abrange as instalações de consumidores, incluindo
suas subestações, dentro da faixa de tensão especificada. Ela não
inclui as redes de distribuição das empresas concessionárias de
energia elétrica.
Além de todas as prescrições técnicas para dimensionamento dos
componentes dessas instalações, a norma estabelece critérios
específicos de segurança para as subestações consumidoras, incluindo
acesso, parâmetros físicos e de infraestrutura.
Procedimentos de trabalho são objeto de
atenção da norma NBR 14039 que
especifica as exigências de vrificação e
de manutenção dessas instalações.

90
ABNT NBR 5419:2015 – Proteção contra Descargas Atmosféricas
A ABNT NBR 5419 fixa as condições exigíveis ao projeto, instalação e
manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas
(SPDA) de estruturas, bem como a proteção de pessoas e instalações
no seu aspecto físico dentro do ambiente protegido.

A ameaça das descargas


NBR 5419-1
atmosféricas

NBR 5419-2

Riscos associados às
descargas atmosféricas
PDA

Medidas
SPD MPS
de proteção

NBR 5419-3 NBR 5419-4


91
ABNT NBR IEC 60079-14:2009 - Instalações Elétricas em
Atmosferas Explosivas
Fixa condições exigíveis para seleção e aplicação de equipamentos,
projeto e montagem de instalações elétricas em atmosferas explosivas
por gás ou vapores inflamáveis.

92
ABNT NBR 13534:2008 - Instalações Elétricas em Ambientes
Assistenciais de Saúde - requisitos para a segurança
Especifica condições exigíveis às instalações elétricas de
estabelecimentos assistenciais de saúde, a fim de garantir a segurança
de pessoas (em particular de pacientes) e, onde for o caso, de
animais.
ABNT NBR 13570:1996 - Instalações Elétricas em locais de
afluência de público - requisitos específicos

Fixa requisitos específicos exigíveis às


instalações elétricas em locais de afluência de
público, a fim de garantir o seu funcionamento
adequado, a segurança de pessoas e de
animais domésticos e a conservação dos
bens.

93
ABNT NBR NM 60884-1:2010 - Plugues e tomadas para uso
doméstico e análogo
Parte 1: Requisitos gerais (IEC 60884-1:2006 MOD)
Esta Norma fixa as condições exigíveis para plugues e tomadas fixas
ou móveis exclusivamente para corrente alternada, com ou sem contato
terra, de tensão nominal superior a 50 V mas não excedendo 440 V e
de corrente nominal igual ou inferior a 32 A, destinadas a uso
doméstico e análogo, no interior ou no exterior de edifícios.
ABNT NBR NM 61008-1:2005 - Interruptores a corrente diferencial-
residual para usos domésticos e análogos sem dispositivo de
proteção contra sobrecorrentes (RCCB)
Parte 1: Regras gerais (IEC 61008-1:1996, MOD)
A Norma aplica-se aos interruptores a corrente diferencial-
residual funcionalmente independente da tensão de alimentação,
para utilizações domésticas e análogas.

94
ABNT NBR IEC 61643-1:2007 - Dispositivos de proteção contra
surtos em baixa tensão
Parte 1: Dispositivos de proteção conectados a sistemas de
distribuição de energia de baixa tensão - Requisitos de
desempenho e métodos de ensaio
Esta parte do ABNT NBR IEC 61643 é aplicável aos dispositivos para
proteção de surto contra efeitos diretos e indiretos de descargas
atmosféricas ou outras sobretensões transitórias.
Estes dispositivos são montados para serem conectados a circuitos de
50/60 Hz c.a. ou c.c, e equipamentos de tensão nominal eficaz (r.m.s)
até 1000 V ou 1500 V c.c.
O desempenho, os métodos de ensaios e as características
nominais são estabelecidos para estes dispositivos que
contêm pelo menos um componente não linear destinado
para limitar surtos de tensão e desviar surtos de corrente.

95
ABNT NBR NM 60898:2004 - Disjuntores para proteção de
sobrecorrentes para instalações domésticas e similares (IEC
60898:1995, MOD)
Esta norma contém todos os requisitos necessários para assegurar
conformidade das características de funcionamento exigidas para esses
dispositivos pelo ensaios de tipo.

ABNT NBR 60947-2:1998 - Dispositivos de manobra e comando de


baixa tensão Parte 2: Disjuntores
Esta Norma se aplica a disjuntores cujos contatos principais são
previstos para serem conectados a circuitos com tensão nominal não
superior a 1000 V c.a. ou 1500 V c.c.; contém também requisitos
adicionais para disjuntores com fusíveis incorporados.

96
Normas internacionais IEC

IEC 60900 Ed.2.0b:2004 – Trabalho com linha viva – ferramentas


manuais para uso de 1.000 Vc.a. a 1.500 Vc.c.
Aplica-se a ferramentas manuais isoladas utilizadas para trabalhos com
linha viva ou próximas a partes energizadas com tensão nominal até
1.000 Va.c. ou 1.500 V.c.c.
IEC 61010-1 Ed. 3.0 b:2010 – Requisitos de segurança para
equipamentos elétricos de medição, controle e de laboratório.
Parte 1: Requisitos gerais
IEC 61010-1:2010 especifica ao requisitos gerais de segurança para os
seguintes equipamentos elétricos e seus acessórios, qualquer que seja o
seu destino de medição.
a) equipamentos elétricos de medição;
b) equipamento elétrico de controle de processos industriais;
c) equipamentos elétricos de laboratório.

97
Regulamentações do MTE

Os instrumentos jurídicos de proteção ao trabalhador têm sua origem na


Constituição Federal que, ao relacionar os direitos dos trabalhadores,
incluiu entre eles a proteção de sua saúde e segurança por meio de
redução dos riscos.

Lei 6.514, de 22/12/1977:


O Artigo 200 desta lei atribuiu ao Ministério do Trabalho a competência
para normatizar os procedimentos referentes à segurança e medicina do
trabalho.
Em junho/78, a Portaria Ministerial 3.214, de 08/06/1978, instituiu as
Normas Regulamentadoras (NR),
relativas à segurança e medicina do trabalho.

98
A segurança em instalações e serviços em eletricidade, a referência é a
NR-10, que estabelece as condições mínimas exigíveis para garantir a
segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em
suas diversas etapas, incluindo elaboração de projetos, execução,
operação, manutenção, reforma e ampliação, em quaisquer das fases
de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia.

A NR-10 exige também que sejam observadas as normas técnicas


oficiais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais. A
fundamentação legal, que dá o embasamento jurídico à existência
desta NR, está nos artigos 179 a 181 da Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT.

99
NORMA REGULAMENTADORA

Considerações Gerais

As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina


do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas
e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta,
bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que
possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT.

100
NORMA REGULAMENTADORA

A observância das Normas Regulamentadoras - NR não desobriga as


empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à
matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos
sanitários dos estados ou municípios, e outras, oriundas de convenções
e acordos coletivos de trabalho.

101
Regulamento x Norma Técnica

NR-10 NR’s Governo


O que fazer
(Requisitos
Regulamento
essenciais)

Norma O como fazer

NBR 5410 NBR 14039 NBR 5419


Sociedade
102
NR-10:2004

Portaria do MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO nº


598 de 07.12.2004, publicada no DOU de 08.12.2004

OBJETIVO: Alteração e atualização da Norma Regulamentadora nº10


(NR-10) - Instalações e Serviços em Eletricidade, promovendo sua
atualização frente às necessidades provocadas pelas mudanças
introduzidas no setor elétrico e nas atividades com eletricidade,
especialmente quanto à nova organização do trabalho, à introdução de
novas tecnologias e materiais, à globalização e principalmente pela
responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego em promover a
redução de acidentes envolvendo esse agente de elevado risco – A
ENERGIA ELÉTRICA.

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