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INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO

FORMADOR: VITOR CAETANO

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

Uma instalação eléctrica é constituída pela canalização eléctrica e pela aparelhagem


eléctrica necessária ao seu correcto funcionamento.

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

Ligação

Medição e
Corte
contagem

APARELHAGEM
ELÉCTRICA

Regulação Protecção

Comando

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

Os aparelhos de protecção têm como função proteger as instalações eléctricas, os


equipamentos receptores ou mesmo os utilizadores, de defeitos eléctricos que possam
ocorrer, interrompendo de forma automática o fornecimento de energia eléctrica a essa
parte do circuito.

Que tipos de defeitos podem acontecer numa instalação eléctrica ?

 Sobrecargas
 Curto-circuitos
 Sobretensões
 Faltas de tensão
 Subtensões
 Deficiências de isolamento

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

DEFEITOS ELÉCTRICOS

 Sobrecargas - consumo de corrente acima do valor nominal, prolongado no tempo


(Ex.: demasiados equipamentos ligados ao mesmo circuito, sobrecarga motor eléctrico)

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

DEFEITOS ELÉCTRICOS

 Curto-circuitos - aumento exagerado de corrente num curto espaço de tempo


(Ex.: Ligação directa entre fase-neutro ou entre fase-fase em c.a., e entre positivo e negatico, em c.c.)

U 9
I  
R 0

Um curto-circuito é sempre um defeito na instalação que deve ser


interrompido o mais rapidamente possível, através dos
equipamentos de corte automáticos (disjuntores ou fusíveis).

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

Durante um curto-circuito, o fluxo de electrões é tão grande, que produz um


aquecimento exagerado nos condutores, podendo até derreter o isolamento, o
próprio condutor e equipamentos da instalação, podendo dar origem a incêndios.
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No entanto, uma aplicação típica do fenómeno do curto-circuito verifica-se nas


soldaduras por arco eléctrico.
APARELHAGEM ELÉCTRICA

DEFEITOS ELÉCTRICOS

 Sobretensões - aumento do potencial eléctrico aplicado à instalação, acima do seu


valor de rigidez dieléctrica.
(Ex.: Descargas atmosféricas, manobras incorrectas na rede de distribuição ou acidental ligação com
linhas de potencial mais elevado)

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

DEFEITOS ELÉCTRICOS

 Faltas de tensão - falha no fornecimento da tensão durante certo períodos ou falha em


apenas uma das fases.
(Ex.: Corte das linhas de distribuição, disparo de equipamento de protecção ou fusão do fusível de uma
fase, no posto de transformação)

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

DEFEITOS ELÉCTRICOS

 Subtensões - abaixamento do valor de tensão eléctrica disponível na rede de


distribuição eléctrica.
(Ex.: Linhas de distribuição eléctrica compridas associadas ao aumento do nº de consumidores ligado a
uma rede ou arranque directo de motores de potência considerável; desequilibrio acentuado no sistema
trifásico).

CONDIÇÕES NORMAIS:
U TRIF = 400 V
U MONOF= 230 V

DEVIDO ÀS QUEDAS DE
TENSÃO:
U TRIF = 375 V
U MONOF= 217 V

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

DEFEITOS ELÉCTRICOS

 Falhas de isolamento - deficiência de isolamento entre os condutores activos de uma


instalação (aquecimento, contacto acidental entre partes não isoladas).
(Ex.: Aquecimento exagerado dos condutores devido a sobrecarga ou mau aperto dos mesmos,
utilização incorrecta (puxões) dos cabos de alimentação, contacto acidental entre partes não isoladas).

Vitor Caetano
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Aparelhos de protecção: Fusíveis

1. Fusíveis – São utilizados para efectuar a protecção contra sobrecargas e curto-circuitos.


Constituídos por invólucros com um fio condutor calibrado para fundir se corrente
ultrapassar um certo valor. Para se poder utilizar o fusível, é sempre necessário ter um
equipamento porta-fusíveis adequado ao fusível.

Fusível Fusível Fusível Fusível Fusível


de Vidro CARTUCHO DIAZED NEOZED NH

Alguns fusíveis estão equipados com percutor, que indica visualmente que o elemento fusível se
fundiu.

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Aparelhos de protecção: Fusíveis

Os fusíveis são classificados de acordo com o seu valor nominal (2 A, 10 A, 63 A, etc.) e para
o tipo de serviço (gL/gG, aM, aR, etc.) a que se destinam, apresentando para cada tipo uma
curva característica “Tempo de fusão x Corrente de fusão”.

Vitor Caetano
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Aparelhos de protecção: Fusíveis

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

Aparelhos de protecção: Fusíveis

Os fusíveis são caracterizados com 2 letras:

1. A primeira letra, representa a "Faixa de Interrupção", ou seja, que tipo de sobrecorrente fará o
fusível actuar:
• "g" - Actuação para sobrecarga e curto
• "a" - Actuação apenas para curto-circuito

2. A segunda letra, representa a "Categoria de Utilização", ou seja, que tipo de equipamento o


fusível irá proteger, e são elas:
• "L/G" - Proteção de cabos e uso geral
• "M" - Proteção de Motores
• "R"- Proteção de circuitos com semicondutores

Sendo assim, temos as seguintes designações dos principais fusíveis utilizados no mercado:

•"gL/gG"- Fusível para proteção de cabos e uso geral (protecção contra sobrecarga e curto-
circuitos – Acção rápida.
•"aM" - Fusível para proteção de motores – Acção retardada (devido aos picos de arranque)
•"aR" - Fusível para proteção de semicondutores – Acção ultra-rápidos

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Aparelhos de protecção: Fusíveis

Parâmetros importantes dos fusíveis e disjuntores:


• Corrente estipulada (In) é a intensidade de corrente que o equipamento de protecção pode
suportar permanentemente sem actuar.

• Corrente convencional de não funcionamento (Inf) valor da corrente para o qual o


equipamento de protecção não deve funcionar durante o tempo convencional.

• Corrente convencional de funcionamento (I2) valor da corrente para o qual o equipamento


de protecção deve funcionar antes de terminar o tempo convencional.

• Poder de corte (Pdc) é a máxima intensidade de corrente que o equipamento de protecção é


capaz de interromper, sem destruição do seu invólucro ou contactos, normalmente em kA.

• Tensão nominal (Un) é a tensão que serve de base ao dimensionamento do equipamento de


protecção do ponto de vista do isolamento eléctrico.

Vitor Caetano
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Aparelhos de protecção: Disjuntores

2. TIPOS DISJUNTORES:

DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS DISJUNTORES MAGNÉTICOS

DISJUNTORES-MOTORES DISJUNTORES DIFERENCIAIS

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

Aparelhos de protecção: Disjuntores termo-magnéticos

Disjuntores magneto-térmicos (sem regulação) – São utilizados para efectuar a protecção


das instalações e equipamentos contra sobrecargas e curto-circuitos, em geral.
Os disjuntores termomagnéticos possuem um disparador térmico para as sobrecargas e um
disparador magnético para os curto-circuitos.

DISPARADOR
TÉRMICO

DISPARADOR
MAGNÉTICO

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

Aparelhos de protecção: Disjuntores termo-magnéticos

Disparo por
sobrecarga

Disparo por
curto-circuito

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

Aparelhos de protecção: Disjuntores termo-magnéticos

Os disjuntores são classificados de acordo com o seu valor nominal (1A, 2A, 6A, 10 A, 16 A,
32 A, etc.) e para o tipo de curva (B, C, D, etc.) a que se destinam, apresentando para cada
tipo uma curva característica “Tempo de disparo x Corrente de defeito”.

Disjuntores de curva B devem actuar para correntes entre 3 a 5 x


Inom (cargas resistivas com pequena corrente de arranque, como
aquecedores, fornos eléctricos, lâmpadas
incandescentes/fluorescentes e circ. de tomadas de uso geral).

Disjuntores de curva C devem actuar para correntes entre 5 a 10 x


Inom (cargas com correntes de arranque consideráveis, como
lâmpadas de descarga de alta pressão).

Disjuntores de curva D devem actuar para correntes entre 10 a 20 x


Inom (cargas com grande corrente de partida, como motores eléctricos,
transformadores BT/BT).

Vitor Caetano
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Aparelhos de protecção: Disjuntores magnéticos

Disjuntores (electro)magnéticos – São utilizados apenas para efectuar a protecção contra


curto-circuitos, não tendo capacidade para detectar sobrecargas (uma vez que não possuem
disparador térmico).
O disparador magnético do disjuntor é fixo para 12xIn. O disjuntor não dispara em caso de
sobrecarga e suporta os picos de corrente provocados pelo arranque do motor.

O disjuntor (electro)magnético destina-se a proteger apenas a canalização eléctrica de certos


equipamentos vitais, e em caso de emergência, o equipamento irá funcionar até que seja
provocado um curto-circuito na instalação (exemplo, um ventilador de desenfumagem num túnel
rodoviário durante incêndio).

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

Aparelhos de protecção: Disjuntores motores


Disjuntores motores (com regulação térmica) – São utilizados essencialmente para
efectuar a protecção de motores eléctricos, uma vez que permitem a regulação do
disparador térmico dentro de um intervalo de sobrecargas e também protegem a instalação
contra curto-circuitos.

O disparador térmico possue um selector rotativo, que permite ajustar


a protecção térmica para qualquer valor de corrente nominal do
equipamento a proteger, dentro dos valores mínimos e máximos de
regulação.

Vitor Caetano
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Aparelhos de protecção: Disjuntores motores


Este equipamento substitui o conjunto fusível (ou o disjuntor magneto-térmico sem
regulação) e relé de sobrecarga que normalmente protege os motores eléctricos.

Vitor Caetano
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Aparelhos de protecção: Disjuntores diferenciais

Disjuntores diferenciais – São equipamentos destinados a efectuar protecções contra


sobrecargas e curto-circuitos (disjuntor) e ainda fazem protecção das pessoas, em caso de
correntes de fuga à terra (diferencial).

Os disjuntores diferenciais possuem apenas calibres até 40 A (2P ou 4P).


Para efectuar a protecção diferencial em calibres superiores, é possível acoplar apenas
disparadores diferenciais aos disjuntores de calibre superior a 40A.

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

Aparelhos de protecção: Disjuntores electrónicos de potência


Disjuntores electrónicos – São equipamentos destinados a efectuar protecções contra
sobrecargas, curto-circuitos e até fugas à terra, uma vez que o equipamento pode ser equipado com
vários tipos de disparadores electrónicos, todos com regulação do valor.
Normalmente apenas se encontram estes equipamentos para calibres In  160 A, podendo ir até
In=6000 A.

São equipamentos com alto poder de corte (conseguem interromper correntes de curto-circuito na
ordem das várias dezenas de kA .
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APARELHAGEM ELÉCTRICA

Selectividade entre equipamentos de protecção

Diz-se que há selectividade dos aparelhos de protecção quando em caso de defeito apenas
dispara o aparelho de protecção imediatamente a montante do defeito, mantendo-se os outros
equipamentos em funcionamento.

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APARELHAGEM ELÉCTRICA

Aparelhos de protecção: Relés térmicos

3. Relés térmicos – São equipamentos destinados a efectuar apenas a protecção contra


sobrecargas nos equipamentos. Não protegem as instalações contra curto-circuitos, pelo
que é necessário colocar a montante o seccionador fusível ou disjuntor magneto-térmico.
São muito utilizados em circuitos de potência para motores eléctricos e alguns modelos
podem ser acoplados directamente aos contactores.

Os relés térmicos possuem um


selector rotativo, que permite ajustar
Exemplo:
a protecção térmica para qualquer
I REG TÉRMICO = 12 … 18 A
valor de corrente nominal do
I NOM MOTOR = 14 A
equipamento a proteger, dentro dos
I AJUSTADO = 14 A
valores mínimos e máximos de
regulação.

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Aparelhos de protecção: Relés térmicos

Os relés térmicos não possuem mecanismos internos para interromper directamente o circuito
de potência, mas possuem contactos NA e NC que podem ser utilizados para interromper a
alimentação à bobine do contactor a que estão ligados, quando se verifica uma sobrecarga.

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Aparelhos de protecção: Descarregadores de sobretensões

4. Descarregadores de sobretensões – São equipamentos destinados a detectar e a


interromper a entrada de sobretensões na rede eléctrica, devido a descargas atmosféricas
ou acidentes nas linhas de distribuição com linhas de potencial eléctrico superior.
A sua actuação, na presença de uma sobretensão, resume-se a criar condições para que os
equipamentos a montante disparem por curto-circuito ou por corrente de defeito, impendindo
assim a sobretensão de entrar no quadro eléctrico.

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

Aparelhos de protecção: Descarregadores de sobretensões

A sua actuação, na presença de uma sobretensão, resume-se a criar condições para que os
equipamentos a montante disparem por curto-circuito ou por corrente de defeito, impendindo
assim a sobretensão de entrar no quadro eléctrico.

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

Aparelhos de protecção: Descarregadores de sobretensões

A sua actuação, na presença de uma sobretensão, resume-se a criar condições para que os
equipamentos a montante disparem, por detecção da onda de choque, provocando por curto-
circuito à terra, impendindo a sobretensão de entrar no quadro eléctrico.

De acordo com as normas em vigor existem 3 tipos de descarregadores: Tipo I, Tipo II e Tipo III.
- Tipo I: são denominados de "Proteção Grossa" que limita a propagação da onda de
sobretensão 10/350µs ao longo da instalação.
- Tipo II: são denominados de "Proteção Média" e limitam a propagação da onda induzida
8/20µs, apresentando uma tensão residual inferior ao do Tipo I.
- Tipo III: são denominados de "Proteção Fina" e são instalados próximo das cargas devido à
reduzida tensão residual.

Vitor Caetano
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Aparelhos de protecção: Descarregadores de sobretensões

Haste de Franklin – O pára-raios é formado por uma haste condutora colocada na parte mais
alta do local que se quer proteger, tendo na sua ponta um material metálico de altíssima
resistência ao calor, denominado captor. O captor pode ser de latão, bronze, ferro ou aço
inoxidável e em geral possui várias pontas para distribuir o impacto da descarga elétrica.
A haste deve possuir uma ligação o mais directa possível ao eléctrodo de terra.

Vitor Caetano
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Aparelhos de protecção: Descarregadores de sobretensões

Gaiola de Faraday – consiste em criar uma estrutura de metal similar a uma gaiola, que atua
como uma blindagem contra os raios, protegendo o que estiver em seu interior.
É baseado neste princípio que, por exemplo, uma pessoa no interior de um carro ou de um avião
está protegida !

Vitor Caetano
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Aparelhos de protecção: Interruptores diferenciais

A protecção de pessoas contra choques eléctricos é feito através de 2 conceitos:

• Protecção contra contactos directos: consiste em evitar que as pessoas corram riscos de
entrar em contacto com partes activas sob tensão de materiais ou equipamentos eléctricos.

Estas medidas conseguem-se através de:

 Isolamento adequado (isolamento adequado de condutores, colocação de


acrílicos nos barramentos à vista em quadros eléctricos, etc.).
 Por meio de obstáculos (anteparo dos quadros eléctricos, vedações, etc. ).
 Afastamento (colocação em altura adequada de equipamento sem isolamento).
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Aparelhos de protecção: Interruptores diferenciais

• Protecção contra contactos indirectos: consiste em defender as pessoas dos riscos a que
podem ficar sujeitas em resultado das massas metálicas ficarem acidentalmente sob tensão
(devido a falha ou falta de isolamento).

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

Aparelhos de protecção: Interruptores diferenciais

Consideram-se 2 tipos de medidas:

• Medidas preventivas (isolamento de massas; estabelecimento de ligações equipotenciais;


emprego de equipamentos de isolamento de classe II; emprego de tensão reduzida de
segurança).

• Medidas activas (utilização de dispositivos de corte automático de correntes de fuga, ou seja,


dispositivos diferenciais – requer ligação das massas à terra).

LIGAÇÃO À TERRA
OBRIGATÓRIA !

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

Aparelhos de protecção: Interruptores diferenciais

5. Interruptores diferenciais – Os equipamentos diferenciais são responsáveis pela


protecção das pessoas contra contactos acidentais em peças sob tensão eléctrica,
detectando pequenas correntes de fuga à terra.

BOTÃO DE
TESTE

O botão de teste serve para confirmar manualmente o funcionamento do diferencial. Os


fabricantes aconselham efectuar o teste periodicamente.

Vitor Caetano
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Aparelhos de protecção: Interruptores diferenciais

Este equipamento é composto por um transformador toroidal, em que os fluxos magnéticos


criados pela corrente de fase e de neutro, em condições normais, anulam-se e não produzem o
disparo do diferencial. Sempre que existe uma anomalia no circuito eléctrico, que produza uma
corrente de fuga suficiente para criar um desequilíbrio entre os fluxos, o transformador toroidal
provoca o disparo do diferencial.

Vitor Caetano
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Aparelhos de protecção: Interruptores diferenciais

Existem 4 classes de sensibilidade para os equipamentos diferenciais:


 Muito alta sensibilidade – 10 mA (circuitos de hidromassagem e termoacumuladores)
 Alta sensibilidade – 30 mA (circuitos de tomadas de uso geral)

 Média sensibilidade – 300 mA (circuitos de iluminação)

 Baixa sensibilidade – >1000 mA

SENSIBILIDADE DO DIFERENCIAL

Vitor Caetano
APARELHAGEM ELÉCTRICA

Aparelhos de protecção: Interruptores diferenciais


Ao surgir uma corrente diferencial até ao valor de IDn0 (corrente diferencial de não
funcionamento), o dispositivo não deve funcionar  IDn0 = 0,5 x IDn
Para correntes diferenciais superiores a IDn0 mas inferiores a IDn, a abertura automática do
dispositivo diferencial não é garantida.
Por fim, para correntes de defeito iguais ou superiores a IDn0, a abertura do equipamento
diferencial deve ocorrer nos tempos especificados

Ou seja, um diferencial de IDn=30 mA, pode disparar a partir de 15 mA, mas garantidamente
para valores iguais ou superiores a 30 mA, vai existir um disparo do diferencial.

Vitor Caetano

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