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Pomilio
a) Distorção Harmônica
Para consumidores, a Norma 519 estabelece limites de correntes harmônicas em função do
tamanho da carga em relação ao nível de curto-circuito local.
1
IEEE Std. 519 "IEEE Recommended Practices and Requirements for Harmonic Control in Electric Power Systems".
Edition Oct. 1991.
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DHT (Distorção Harmônica Total) é definida como sendo a relação de valores eficazes (de
tensões ou correntes) :
∑
⎛ Vh ⎞
DHT = ⎜ ⎟
2
50
h=2 ⎝ V1 ⎠
A Norma 519 recomenda para as concessionárias os seguintes limites harmônicos por níveis
de tensão:
7.2 Norma IEC 61000-3-2: Limites para emissão de harmônicas de corrente (<16 A por fase)
Esta norma2, incluindo as alterações feitas pela emenda 14, de janeiro de 2001, refere-se às
limitações das harmônicas de corrente injetadas na rede pública de alimentação. Aplica-se a
equipamentos elétricos e eletrônicos que tenham uma corrente de entrada de até 16 A por fase,
conectado a uma rede pública de baixa tensão alternada, de 50 ou 60 Hz, com tensão fase-neutro
entre 220 e 240 V. Para tensões inferiores, os limites não foram estabelecidos, pois esta norma tem
aplicação principalmente na comunidade europeia, onda as tensões fase-neutro encontra-se na faixa
especificada.
Os equipamentos são classificados em 4 classes:
2
IEC 61000-3-2 “Limits for harmonic current emissions (equipment input current ≤ 16A per phase)”. 1995.
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A inclusão apenas destes aparelhos como classe D deve-se ao fato de seu uso se dar em larga
escala e ser difundido por todo sistema. Outros equipamentos poderão ser incluídos nesta categoria
caso passem a apresentar tais características.
Harmônicas Ímpares
3 2,30 3,45 30.FP 3,4
5 1,14 1,71 10 1,9
7 0,77 1,155 7 1,0
9 0,40 0,60 5 0,5
11 0,33 0,495 3 0,35
13 0,21 0,315 3 0,296
. ⋅ 0.225 ⋅
15<n<39 15 15 3 3,85/n
015
n n
Harmônicos Pares
2 1,08 1,62 2
4 0,43 0,645
6 0,3 0,45
3
D. E. Steeper and R. P. Stratford: “Reactive compensation and harmonic suppression for industrial power systems using thyristor
converters”, IEEE Trans. on Industry Applications, vol. 12, no. 3, 1976, pp.232-254.
4
J.A. Bonner and others, (1995) “Selecting ratings for capacitors and reactors in applications involving multiple single-tuned filters”,
IEEE Trans. on Power Del., Vol.10, January, pp.547-555.
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.1 .25m
A figura 7.2 mostra a resposta em frequência da tensão sobre a carga. A carga, dado seu
comportamento de fonte de corrente, é considerada um circuito aberto neste teste. Nota-se que nas
ressonâncias dos filtros, dado que a impedância vai ao mínimo, tem-se uma redução da tensão. Tem-
se ainda outras três ressonâncias série que surgem da combinação entre a reatância do alimentador e
cada um dos quatro ramos do filtro. Em tais frequências observa-se uma amplificação da tensão no
PAC. Caso existam componentes espectrais de tensão nestas frequências estas serão amplificadas.
5
S.M. Peeran, Creg W.P. Cascadden, (1995) “Application, design and specification of harmonic filters for variable frequency
drives”, IEEE Trans. on IA, Vol. 31, No. 4, pp. 841-847.
6
L. S. Czarnecki and H. L. Ginn III, “The Effect of The Design Method on Efficiency of Resonant Harmonic Filters”, IEEE Trans. on
Power Delivery.
7
IEEE 1531 “IEEE Guide for Application and Specification of Harmonic Filters”, IEEE Std 1531 – 2003.
8
R.L. Almonte and A.W.Ashley, (1995) “Harmonics at the utility industrial interface: a real world example”, IEEE Trans. on IA,
Vol. 31, No. 6, Nov. Dec., pp. 1419-1426.
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Figura 7.2 Ganho (em dB) de tensão do filtro, em relação à tensão da fonte CA.
Na figura 7.3 tem-se a impedância vista pela carga. Neste teste a fonte de tensão é curto-
circuitada. Em baixa frequência, pode-se esperar que a corrente flua pela rede. Nas ressonâncias do
filtro, as respectivas componentes presentes na corrente da carga fluirão pelo filtro. No entanto, nas
frequências em que a impedância se eleva, eventuais componentes presentes na corrente da carga
produzirão distorções na tensão no barramento de instalação do filtro. Assim, do ponto de vista da
carga, o que se tem são ressonâncias paralelas entre os ramos do filtro e a reatância da rede.
Assim, pode-se concluir que a presença de vários filtros numa mesma rede produz
interferências mútuas. O comportamento de cada filtro pode ser influenciado pela presença dos
outros filtros e outras cargas.
A figura 7.4 mostra o sistema simulado, com uma carga não-linear, que absorve uma corrente
retangular. A ação do filtro permite compensar o fator de deslocamento, assim como reduzir o
conteúdo harmônico da corrente da rede em relação à da carga. A DHT da corrente da carga é de
29%, enquanto na rede tem-se 15%. Os espectros destas correntes são mostrados na figura 7.5. A
redução na componente fundamental deve-se à melhoria do fator de deslocamento.
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A figura 7.6 mostra a tensão no ponto de conexão da carga e seu espectro. Observem-se os
afundamentos na tensão quando há a variação acentuada da corrente da carga. Sem os filtros, a
distorção harmônica total da tensão no ponto de conexão da carga é de 13%. Com o filtro, o
afundamento não é compensado plenamente, mas a DHT se reduz para 8%. Mesmo com a atenuação
introduzida neste ramo passa-altas tem-se alguma oscilação em torno de 3 kHz, conforme se poderia
antever pelo resultado da figura 7.2. Verifica-se assim que o uso do filtro melhora não só a corrente
como a tensão, que é, na verdade, a grandeza elétrica que é compartilhada pelos usuários.
a) b)
Figura 7.6 Tensão no barramento da carga e seu espectro: antes da conexão do filtro (a) e depois da
conexão do filtro (b).
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L. S. Czarnecki, “Effect of minor harmonics on the performance of resonant harmonic filters in distribution systems”, IEE Proc. Of
Electric Power Applications, vil 144, no. 5, Sept. 1997, pp. 349-356.
10
F. Z. Peng, G-J. Su and G. Farquharson: “A series LC filter for harmonic compensation of AC Drives”. CD-ROM of IEEE
PESC’99, Charleston, USA, June 1999.
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Ii Zi Ic Ii Zi Ic Zo
Vi Zf Zo Io Vi Zf Vo
If If
Figura 7.8 Filtro passivo em derivação para cargos tipo fonte de corrente e fonte de tensão.
Da figura 7.8 pode-se verificar que a relação entre a corrente enviada à carga e a corrente da
fonte CA é dada por um divisor de corrente. Nota-se aí a conclusão já apresentada, que a eficácia da
filtragem depende da impedância da rede. Num caso ideal em que Zi for zero, não ocorreria filtragem
alguma.
=
Ii Zf
Ic Z f + Zi
(7.1)
Já no caso de uma carga com comportamento de fonte de tensão, a eficácia do filtro LC,
conectado em paralelo com a carga, pode ser expressa por:
=
Ii Zf
Vo Z o Z i + Z o Z f + Z i Z f
(7.2)
Zi L3 Lf Ic Zo
Ii
C3 Cf Rf
Vi V
o
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Figura 7.10 Formas de onda da corrente de entrada com carga tipo fonte de tensão para filtro em
derivação (superior) e filtro série (inferior).
Figura 7.11 Espectro da corrente de entrada para as correntes mostradas na figura anterior.
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Rede
Referência
Tensão distorcida
Erro
PWM
D2 T2 D1 T1
Filtro
passa- Tensão de
Vs baixas compensação
Vcc
Tensão senoidal
D4 T4 D3 T3
Carga
Na figura 7.13 tem-se uma forma de onda distorcida, por efeito da carga (“notches”) e pela
presença de distorção na rede (3% de 5ª harmônica). A atuação do filtro (iniciada no instante 50ms)
cancela o efeito da distorção harmônica e minimiza o afundamento da tensão, embora não o consiga
eliminar. A rede e a carga são as mesmas utilizadas nos exemplos dos filtros passivos em derivação.
Figura 7.13 Formas de onda na tensão sobre a carga e da tensão produzida pelo filtro série
(a partir de 50ms).
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Rede
Rede Referência
Referência “senoidal)
(senóide) Corrente a
Erro
ser corrigida
PWM
PWM
D2 T2 D1 T1
Filtro
ir
passa-
Vs
if Vcc baixas
Filtro
Passivo
Icc Passa-baixas
ic
D4 T4 D3 T3
Carga
Carga
A figura 7.15 mostra uma simulação de um filtro monofásico. A oscilação que se observa na
corrente da rede deve-se à presença do filtro de alta frequência colocado na saída do inversor e que
tem como função minimizar a injeção de componentes de alta frequência na rede.
10 5
0 0
10 5
10 15 20 25 30 10 15 20 25 30
t(ms) t(ms)
11
Fabiana Pöttker de Souza: “Correção de fator de potência de instalações de baixa potência empregando filtros ativos” Tese de doutorado,
UFSC, 2000.
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Vs
zs is PCC
io io io io
if if if if
1φ 1φ 1φ 1φ
PFC PFC PFC PFC
io io io
io
if if if
if
1φ 1φ 1φ
PFC PFC PFC
1φ
PFC
io io io io
if if if if
1φ 1φ
PFC PFC
1φ 1φ
PFC PFC
is is is is
1 2 3 4
1φ 1φ 1φ 1φ
APF APF APF APF
if io if io if io if
total 1 total 3 io
total 2 total 4
Figura 7.17 Correção do fator de potência por conjunto de cargas usando filtro ativo monofásico.
i
f
APF
3φ
Figura 7.18 Correção do fator de potência do total de cargas usando filtro ativo trifásico.
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Tabela 7.6. Impacto da localização do dispositivo para correção do fator de potência na redução das
perdas 12.
Local de instalação Entrada do Saída do Conjunto Equipmentos
transformador transformador de cargas
12
T. Key and J-S Lai: “Costs and benefits of harmonic current reduction for switch-mode power supplies in a commercial office building”,
Proc. of IAS annual meeting, 1995, pp. 1101-1108.
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Além disso, essa corrente senoidal absorvida não minimiza a corrente eficaz e,
conseqüentemente, não maximiza o fator de potência.
A defesa desta última técnica é feita com o argumento de que a absorção de correntes
senoidais melhoraria a forma da tensão da rede, mas isto nem sempre é verdade.
É bastante comum a presença de capacitores em uma rede de distribuição de energia, no lado
de baixa tensão, para a compensação do fator de deslocamento. Em tal situação ocorrerá uma
ressonância entre a capacitância e a reatância indutiva do alimentador. Para valores típicos, com a
elevação do fator de potência de 0,85 para 0,95, a ressonância se dá em torno da 11ª harmônica, mas
cada caso deve ser analisado em particular.
A figura 7.19 mostra resultados de simulação com ambos os métodos aplicados. A fonte de
entrada possui uma 9a harmônica com 1% de amplitude da fundamental. O indutor (20 mH) e o
capacitor (6,25uF) produzem uma ressonância nesta 9a harmônica. Quando se tem uma carga
resistiva, devido ao amortecimento introduzido, praticamente não se observa o efeito desta
harmônica, pois ela continua afetando as tensões em um nível muito baixo.
Quando se força a carga a absorver uma corrente apenas na frequência fundamental (50 Hz),
nota-se a ressonância e a consequente distorção na tensão.
200V
Na fonte Na carga
-200V
200V
-200V
20ms 30ms 40ms 50ms 60ms 70ms 80ms 90ms 100ms
Figura 7.19 Formas de onda e circuitos simulados para carga resistiva e "senoidal".
13
Y. Komatsu, T. Kawabata, "A Control Method of Active Power Filter in Unsymmetrical an Distorted Voltage System", Proceedings
of the Power Conversion Conference, Nagaoka, Japan, Vol.1, August 1997, pp. 161-168
14
T. E. N. Zuniga and J. A. Pomilio: “Shunt Active Power Filter Synthesizing Resistive Load”. IEEE Trans. on Power Electronics, vol. 16,
no. 2, March 2002, pp. 273-278.
15
F. P. Marafão, S. M. Deckmann, J. A. Pomilio, R. Q. Machado: “Selective Disturbance Compensation and Comparison of Active Filtering
Strategies“, IEEE – International Conference on Harmonics and Quality of Power, ICHQP 2002, Rio de Janeiro, Brazil, October 2002.
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i i i
s pcc L
SOURCE
i
c Carga
Generic Load
Linear / Non-linear
genérica
Inductive Load
PFcap CDC
Active Filter
Figura 7.20 Sistema considerado para comparação dos métodos de controle do filtro ativo.
Figura 7.21 Método SCS: De cima para baixo: Tensões no PAC, Correntes na rede, Potência ativa e
imaginária, Fator de potência.
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Figura 7.22 Método SCS com tensão distorcida e desequilibrada: De cima para baixo: Tensões no
PAC, Correntes na rede, Potência ativa e imaginária, Fator de potência.
Uma terceira situação considerada é a instalação de um banco de capacitores cuja função seria
a de correção do fator de potência. Este é um caso bastante comum em instalações elétricas
industriais. A presença deste banco capacitivo introduz uma ressonância com a reatância da rede.
Neste caso, tal ressonância encontra-se nas proximidades da 7ª harmônica, de modo que coincide
com a componente harmônica presente na tensão. A figura 7.23 mostra que ocorre uma amplificação
na distorção da tensão no PAC, a qual independe da atuação do FAP.
Figura 7.23 Método SCS com tensão distorcida e ressonância: De cima para baixo: Tensões no PAC,
Correntes na rede, Potência ativa e imaginária, Fator de potência.
Observa-se que a filtragem, que tem como meta final a melhoria da tensão no PAC, não
consegue atingir este objetivo, apesar de impor uma corrente senoidal na rede e elevar praticamente à
unidade o fator de potência.
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Figura 7.24 Método SCR: De cima para baixo: Tensões no PAC, Correntes na rede, Potência ativa e
não ativa, Fator de potência.
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Figura 7.25 Método SCR com tensão distorcida e desequilibrada: De cima para baixo: Tensões no
PAC, Correntes na rede, Potência ativa e não ativa, Fator de potência.
Figura 7.26 Método SCR com tensão distorcida, desequilibrada e ressonância: De cima para baixo:
Tensões no PAC, Correntes na rede, Potência ativa e não ativa, Fator de potência.
16
S. M. Deckmann and F. P. Marafão, “Time based decompositions of Voltage, Current and Power Functions,” in Proc. 2000 IEEE
International Conference on Harmonics and Quality of Power, pp. 289-294.
17
F. P. Marafão and S. M. Deckmann, “Basic Decompositions for Instantaneous Power Components Calculation,” in Proc. 2000 IEEE
Industry Applications Conf. (Induscon), pp. 750-755.
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Figura 7.27 Método SCRV: De cima para baixo: Tensões no PAC, Correntes na rede, Potência ativa
e não ativa, Fator de potência.
Figura 7.28 Método SCRV com tensão distorcida e desequilibrada: De cima para baixo: Tensões no
PAC, Correntes na rede, Potência ativa e não ativa, Fator de potência.
Quando se tem a presença da ressonância, também este método é capaz de atuar como
amortecedor, de modo análogo ao método SCR. No entanto, a corrente não apresenta a mesma forma
de onda da tensão, como se observa na figura 7.29. O fator de potência não é exatamente unitário por
causa das diferenças entre as formas de tensão e de corrente.
Considerando a velocidade de compensação, e o bom efeito sobre eventuais ressonâncias do
sistema, este é um método que se mostra conveniente para aplicação em um FAP.
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Figura 7.29 Método SCRV com tensão distorcida, desequilibrada e ressonância: De cima para baixo:
Tensões no PAC, Correntes na rede, Potência ativa e imaginária, Fator de potência.
Filtros ativos monofásicos podem ser utilizados na correção do fator de potência de cargas de
pequena e média potência. As aplicações restringem-se tipicamente a potências de 4 kVA (para
alimentação em 220V), dado que cargas maiores normalmente possuem entrada trifásica.
Filtragem ativa de uma carga única, ou um conjunto delas, é uma opção a se fazer a correção
do fator de potência no estágio de entrada de cada equipamento, utilizado os chamados pré-
conversores de fator de potência.
Conforme já foi visto em capítulo anterior, diferentes técnicas de modulação podem ser
empregadas para o acionamento do conversor de potência, normalmente um inversor. As mais usuais
são a MLP e a por histerese (quando se trata de controle de corrente).
O controle por histerese apresenta como grandes vantagens a robustez (insensibilidade à
variação de parâmetros) e resposta instantânea, ou seja, a corrente sintetizada está sempre
acompanhando a referência. Por outro lado, o fato da frequência de comutação ser variável faz com
que o projeto do filtro de saída (que atenua as componentes produzidas pela comutação) torne-se
mais difícil. Existem alternativas para a produção de um controle por histerese com frequência
constante 18 através da modulação da janela de histerese, mas isto envolve uma elaboração adicional
da estrutura de controle.
O controle MLP 19, por operar em frequência de chaveamento constante, permite um projeto
mais simples do filtro de saída. No entanto, se a forma de onda a ser compensada for muito rica em
componentes de alta frequência, o sistema terá dificuldades em compensar corretamente a onda
devido à atuação do filtro. Por outro lado, se a carga consumir uma corrente "suave", a resposta
poderá ser adequada.
18
L. Malesani, P. Mattavelli and P. Tomasin: "High-Performance Hysteresis Modulation Technique for Active Filters". Proc. Of
APEC '96, March 3-7, 1996, San Jose, USA, pp. 939-947.
19
H.-L. Jou, J.-C. Wu and H.-Y. Chu: "New Single-Phase Active Power Filter". IEE Proc. - Electric Power Applications, vol. 141, no.
3, May 1994, pp. 129-134.
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Rede ir ic Carga
sensor de if
corrente
Filtro de saída
Amostragem
da tensão
Inversor
Vcc
Comando
transistor
Gerador MLP
-
+
Condicionador Referência
de sinal Compensador de tensão
de corrente
Erro de corrente
- Compensador
+ de tensão (PI)
Referência de corrente
"Forma" da corrente
Figura 7.30 Diagrama de controle de filtro ativo em derivação pelo método da síntese de carga
resistiva.
Considerando o diagrama mostrado na figura 7.30 um dos blocos capaz de realizar esta
função é o chamado "condicionador de sinal", que atua na realimentação da corrente.
20
F. Pöttker and I. Barbi: "Power Factor Correction of Non-Linear Loads Employing a Single Phase Active Power Filter: Control
Strategy, Design Methodology and Experimentation". Proc. of the IEEE Power Electronics Specialists Conference - PESC'97, St.
Louis, USA, June 1997, pp. 412-417.
21
M. V. Ataíde e J. A. Pomilio: “Single-Phase Shunt Active Filter: a Design Procedure Considering EMI and Harmonics Standards”.
Proc. of IEEE International Symposium on Industrial Electronics, ISIE’97, Guimarães, Portugal, June 1997.
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O comportamento deste "condicionador" é vital para o bom desempenho do filtro. Dado que
ele atua sobre a forma real da corrente da linha, um bom resultado na compensação da corrente só
ocorre se o sinal realimentado for fiel à corrente da linha. Uma vez que, em princípio, deseja-se fazer
a compensação total das harmônicas, a faixa de passagem deste bloco deveria apresentar um ganho
constante e uma defasagem nula na faixa até 3 kHz (50a harmônica). Além desta frequência deve-se
atenuar o sinal de modo que, nas frequências de ressonância do filtro o ganho (em malha aberta) do
sistema seja menor do que 0dB (condição de estabilidade).
Via de regra esta não é uma condição simples de ser satisfeita, visto que para ter uma
atenuação adequada na frequência de chaveamento (digamos em 20kHz), a frequência de ressonância
do filtro de saída estará na faixa dos kHz, ou mesmo inferior, dependendo da ordem deste filtro.
O filtro de saída (tipicamente numa estrutura LC) deve ser de ordem mais elevada, o que vem
permitir usar componentes de menor valor (individualmente), e também produzir ressonâncias em
valores elevados de frequência.
Figura 7.31 Tensão (sup.- 150V/div.) e corrente (meio- 5A/div.) da rede após compensação. Corrente
da carga (inf. - 5A/div.). Horiz.: 5ms/div.
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A figura 7.33 mostra a corrente de saída do inversor em três estágios de filtragem: antes de
passar pelo filtro passivo e em um estágio intermediário e na injeção na rede.
Um dos parâmetros a ser utilizado no dimensionamento deste filtro é respeitar os limites
impostos pelas normas de Interferência Eletromagnética (IEM) conduzida, uma vez que, do ponto de
vista da rede, o filtro faz parte da carga.
A figura 7.34 mostra os espectros, em alta frequência, da corrente que circula pela rede.
Indicam-se também os limites estabelecidos por normas para equipamentos de uso industrial,
científico e médico (ISM). Nota-se que os limites são respeitados, indicando a adequação do filtro
sob este aspecto.
Figura 7.33 Corrente de saída do inversor e após o primeiro estágio do filtro passivo.
Na primeira figura utiliza-se uma largura de faixa de 1 kHz na análise, a fim de ter uma
melhor definição de cada componente espectral, especialmente nas frequências mais baixas, para as
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quais foi projetado o filtro. A banda de 9 kHz é a especificada na norma para medição entre 150 kHz
e 30 MHz. Ressalte-se que a IEM conduzida pode prover também do chamado ruído de modo
comum, que não é atenuado pelo filtro especificado. O resultado indicado foi obtido inserindo-se um
pequeno filtro capacitivo de modo comum (conectado entre as fases e o terra).
A figura 7.35 mostra a resposta do sistema a variações na carga. Nota-se que, ao ser
aumentada a corrente da carga o capacitor do barramento CC é descarregado, pois é dele que provém
a energia ativa consumida pela carga. Quando a malha de tensão identifica tal diminuição na tensão,
produz um aumento na referência da corrente, a fim de absorver da rede a maior potência ativa
exigida pela carga. Além disso, deve haver uma sobre-corrente que recarrega o capacitor,
recuperando sua tensão de operação. Situação análoga ocorre quando a carga é reduzida.
80 dB uV
80dB uV
M K R : 142 kH z
5 7 .1 d B u V
66dB uV C lass A L im it
60 dB uV
60dB uV
0 250kH z 500kH z 1 50 kH z 3 0M H z
a) b)
Figura 7.34 IEM conduzida: a)BW=1kHz, b)BW=9kHz.
Figura 7.35 Resposta da malha de tensão a uma variação na carga: tensão no barramento CC (sup. 50
V/div.) e corrente da rede (inf. 5 A/div.).
22
Project IEEE-519, IEEE Recommended Practices and Requirements for Harmonic Control in Electric Power System, 1992
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altamente distorcida como, por exemplo, na presença de cargas não lineares como são retificadores
com filtro capacitivo, tipicamente usados em aparelhos eletrônicos.
A ação de filtros em derivação não muda a corrente na carga, pois praticamente não modifica
a tensão no PAC. A ação do FAP permite suprir à carga toda a potência não ativa, incluindo os
componentes harmônicos e a potência reativa. Da rede se consome apenas a corrente associada à
potência ativa. Este fato maximiza o Fator de Potência (FP), já que implica no mínimo valor de
corrente pelo sistema, liberando a capacidade de transmissão para as linhas, mantida constante a
potência ativa na carga.
O filtro ativo trifásico apresentado utiliza a mesma estratégia de controle do filtro
monofásico, com as devidas adequações.
O diagrama de blocos do FAP trifásico, incluindo o sistema de controle proposto é mostrado
na Figura 7.36. O FAP é conectado a uma rede trifásica a três fios, na qual as tensões são distorcidas.
A estrutura permite realizar o controle do sistema trifásico, amostrando somente duas tensões
da rede e a tensão do barramento CC do inversor. A corrente de referência para as fases a e b são
obtidas por amostragem da tensão da rede (fase-neutro). Este sinal é multiplicado por um sinal CC,
dando como resultado a forma de onda e amplitude para as referências. A referência da fase c é
obtida pela soma invertida das outras duas referências.
A outra entrada dos multiplicadores recebe sinais vindos do controle da tensão do barramento
CC. Se esta tensão está no nível desejado, a saída do compensador PI não se altera, ficando
constantes as amplitudes das referências. De outra forma, tais referências são alteradas, em função do
eventual desequilíbrio na tensão CC.
A tensão CC deve ser maior do que a tensão pico da rede para permitir injetar a corrente
desejada através do filtro passivo, que conecta o inversor à rede. Este filtro passa baixas é composto,
no mínimo, por indutores mas, para melhorar sua capacidade de filtragem, pode ser feito de ordem
superior, contribuindo para minimizar a ondulação de alta frequência que seria injetada na rede.
Tensões CC elevadas são obtidas devido a um funcionamento tipo “boost”. Quando o FAP é
ligado, sendo a tensão CC abaixo de seu valor de trabalho, consome-se da rede uma corrente maior
que a exigida pela carga. A energia adicional é armazenada no capacitor CC, até atingir o nível
desejado. Neste ponto o controlador PI reduz a amplitude da corrente de referência e a corrente na
rede se torna aquela necessária prover a potência ativa à carga mais as perdas no FAP.
O inversor utiliza Modulação por Largura de Pulso. Esta escolha foi feita devido ao
conhecimento do espectro desta técnica, o que permite o adequado projeto do filtro passivo de saída a
fim de evitar instabilidades na operação do sistema. Este filtro pode ser dimensionado tomando por
base a atenuação necessária para que sejam respeitadas as limitações estabelecidas de interferência
eletromagnética conduzida em normas internacionais 23.
O filtro passivo utilizado não deve ser do tipo amortecido, uma vez que isto afetaria a
capacidade do sistema elevar a tensão no barramento CC. Esta ausência de amortecimento, por outro
lado, pode provocar instabilidades no sistema, precisamente na frequência de ressonância do filtro
passivo. Este fato pode ser evitado por meio de um adequado projeto da malha de controle da
corrente.
O circuito que faz a amostragem da corrente da rede deve ter uma característica passa-baixa, a
fim de amortecer efetivamente as ressonâncias do filtro passivo. Adicionalmente deve ter uma
resposta plana (em ganho e fase), na faixa das harmônicas (aproximadamente 2500 Hz), a fim de
permitir sua correta compensação. Isto significa que se a corrente na rede apresentar um conteúdo
harmônico fora desta faixa, não será possível uma compensação total.
23
International Electrotechnical Commission - IEC - International Special Committee on Radio Interference - CISPR 11: “Limits and
methods of measurement of electro-magnetic disturbance characteristics of industrial, scientific and medical (ISM) radio-frequency
equipment.”, 1990.
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Figura 7.36 Diagrama de Blocos de Filtro Ativo de Potência trifásico usando controle por Síntese de
Carga Resistiva.
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Figura 7.38 Carga trifásica não linear balanceada: Acima : Tensão (500V/div.); Meio : Corrente de
linha (5 A/div.); Abaixo : Corrente de carga (5 A/div).
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A Figura 7.41 mostra a resposta do FAP trabalhando com uma carga não-linear desbalanceada
(retificador monofásico). Também neste caso o FAP é capaz de compensar a carga, refletindo na rede
uma carga linear balanceada.
Figura 7.40 Espectro da corrente pela carga fase a, depois da atuação do FAP.
Figura 7.41 Carga não-linear monofásica: Acima: Tensão (500V/div.); Meio: Correntes de linha (1
A/div.); Abaixo: Corrente de carga (1 A/div)
A Figura 7.42 mostra o espectro da tensão antes da atuação do FAP. Neste caso a DHT é
significativamente alta (4,2%) e a distorção na tensão é evidente, incluindo uma importante 3a
harmônica.
Depois da compensação, a DHT é reduzida a 2,8%, que é aproximadamente o valor normal da
tensão de alimentação local., como mostrado na Figura 7.43.
O Fator de Potência medido foi de 0,995. A eficiência do FAP foi 96,5%, para uma
frequência de comutação de 20 kHz.
A Figura 7.44 mostra a resposta transitória da malha de tensão CC. Depois de uma variação
da carga de 50%, a tensão CC inicialmente diminui, uma vez que o inversor entrega energia à carga.
Depois que se detecta a variação da tensão CC, a corrente de referência aumenta, permitindo
absorver da rede a quantidade necessária de potência para alimentar a carga. Quando a carga diminui
acontece a situação inversa.
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• Filtros passivos com baixa frequência de corte, o que limita a resposta dinâmica do
FAP.
Figura 7.45 Inversores multiníveis (5 níveis): Topologias Neutro Grampeado, Capacitor Flutuante e
Castaca simétrica.
Figura 7.46 Saída de inversor multinível (19 níveis com PWM), para referência senoidal.
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O uso deste conversor como FAP foi apresentado em 24, tendo sido desenvolvido um
protótipo monofásico, com inversor em cascata assimétrica, operando pelo método de síntese de
carga resistiva.
A figura 7.47 mostra o circuito de teste. Uma dificuldade adicional destes inversores é o
controle das tensões CC. No caso do inversor PWM convencional tem-se apenas uma tensão a ser
controlada. Nos multiníveis são diversas tensões que devem ser mantidas em seus valores de
referência, o que exige um maior esforço no desenvolvimento de algoritmos para tal função.
As figuras 7.48 e 7.49 mostram formas de onda experimentais em um protótipo de 1 kVA,
aplicado em uma rede de 127 V. Observe que a tensão de saída do inversor é já muito próxima de
uma senóide, diferindo, essencialmente, nos momentos em que há alteração da corrente da carga,
quando se faz necessária injeção de corrente com maior taxa de variação.
Figura 7.48 Formas de onda do FAP multinível: Tensão da rede, tensão de saída do FAP, corrente da
carga e corrente da rede após compensação.
24
S. P. Pimentel: “Aplicação de Inversor Multinível como Filtro Ativo de Potência”, Dissertação de Mestrado, FEEC – Unicamp,
2006.
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Figura 7.49 Formas de onda do FAP multinível no transitório de partida: Corrente no FAP e corrente
da rede.
A fim de reduzir a potência a ser processada pelo filtro ativo, é possível utilizá-lo em
associação com filtros passivos, de maneira que a parte ativa deve atuar apenas sobre as componentes
não corrigidas pelo filtro passivo 25.
A figura 7.50 ilustra o princípio de um filtro híbrido monofásico. Na figura tem-se o esquema
geral, considerando a existência de uma fonte de tensão na frequência fundamental (Vs) e uma fonte
de tensão que representa a distorção harmônica da tensão (Vsh). A carga é modelada como uma fonte
de corrente (IL), a qual também possui componente harmônica (Ilh). Existe uma reatância da fonte,
(Zs) e um filtro LC série sintonizado na frequência da harmônica de interesse. O filtro ativo é
modelado como uma fonte de corrente.
Observe-se que a componente harmônica a ser drenada pelo filtro passivo não terá que
circular pelo filtro ativo, de modo que se tem uma redução na corrente eficaz a ser controlada pela
parte ativa. Entretanto, não há diminuição na tensão de projeto do filtro ativo. Além disso, o filtro
passivo não é capaz de atuar como amortecedor de eventuais ressonâncias entre ele próprio e a linha.
Is Zs
Vs (60Hz)
I
If L
Vsh
25
N. Baldo, D. Sella, P. Penzo, G. Bisiach, D. Cappellieri, L. Malesani and A. Zuccato: "Hybrid Active Filter for Parallel Harmonic
Compensation". European Power Electronics Conference, EPE'93, Brighton, England, vol. 8, pp. 133-137
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O sistema de controle do filtro ativo é tal que ele absorve uma componente de corrente na
frequência fundamental com tal valor que produza sobre a parte passiva do filtro uma queda de
tensão igual à tensão da rede, Vs, como indica a figura (b). Isto faz com que a tensão a ser suportada
pelo estágio ativo seja somente a tensão relativa às componentes harmônicas.
Além desta componente, o filtro absorve uma corrente igual ao conteúdo harmônico da carga,
de modo que pela fonte circule apenas uma corrente na frequência fundamental.
Na frequência de ressonância do filtro passivo a parte ativa deverá suportar uma tensão
aproximadamente igual à parcela distorcida da tensão da rede, caso exista, (figura (c)). Nas demais
frequências a tensão harmônica divide-se entre o filtro passivo e o ativo (figura (d)).
A figura 7.52 mostra o mesmo filtro passivo e carga utilizados na simulação anterior, mas
agora com a inclusão, em série, do filtro passivo (idealizado pela fonte de corrente controlada por
tensão – bloco G1). A referência da corrente tem a mesma forma da tensão no ponto de acoplamento.
A figura 7.53 mostra os resultados de simulação sem a inclusão de uma parcela de corrente na
frequência fundamental. Note, nas formas de onda intermediárias, que a corrente tem a mesma forma
e está em fase com a tensão. Repare que as ressonâncias do filtro passivo são completamente
amortecidas pela presença do filtro ativo, o qual impõe a corrente no ramo em derivação. Na parte
superior desta figura tem-se a tensão a ser suportada pelo filtro passivo, que é maior do que a própria
tensão da rede.
Is Zs Is Zs
Vs (60Hz) Vs (60Hz)
IL IL
Vsh (60Hz)
If Vfa=0 If
(a) (b)
Ish Zs Ish Zs
Vfp
I Lh I Lh
Vsh Vsh
Vfa~Vsh Ifh Vfa Ifh
(c) (d)
Figura 7.51 Princípio de operação de filtro híbrido de corrente: (a) Esquema geral;
(b) Operação na frequência fundamental; (c) Operação na frequência de sintonia do filtro;
(d) Operação nas demais harmônicas.
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Figura 7.53 Formas de onda relativas a filtro ativo conectado em série com filtro passivo:
Tensão sobre os terminais do filtro ativo (superior); tensão e corrente no ponto de acoplamento
(intermediário); corrente na carga e no filtro ativo (inferior).
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Figura 7.54 Formas de onda relativas a filtro ativo conectado em série com filtro passivo, incluindo
corrente de compensação de tensão: Tensão sobre os terminais do filtro ativo (superior); tensão e
corrente no ponto de acoplamento (intermediário); corrente na carga e no filtro ativo (inferior).
26
Newton da Silva, “Contribuições ao Estudo, Projeto e Aplicação de Filtros Ativos Híbridos de Potência”, Tese de Doutorado,
FEEC/UNICAMP, 24 de fevereiro de 2012.
27
Asiminoaei, L.; Wiechowski, W.; Blaabjerg, F.; Krzeszowiak, T.and Kedra, B. “A New Control Structure for Hybrid Power Filter
to Reduce the Inverter Power Rating,” IEEE 32nd Annual Conference on Industrial Electronics, , pp. 2712-2717, Nov. 2006
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A parte passiva do filtro implica que, na frequência fundamental, haverá uma injeção de
potência reativa por conta do capacitor. A figura 7.57 mostra formas de onda relacionadas a uma
carga cujo fator de deslocamento da fundamental é unitário. O resultado é que a corrente resultante
na rede é senoidal, mas com fator de deslocamento significativo, devido à ação do capacitor.
Figura 7.57 À esquerda, corrente na fonte, na carga e no filtro. À direita, tensão e corrente na fonte.
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Figura 7.58. À esquerda, corrente na fonte, na carga e no filtro. À direita, tensão e corrente na fonte.
A figura 7.59 ilustra uma situação em que a fonte possui uma distorção (3%) na quinta
harmônica, que é a frequência de sintonia do filtro passivo. Nesse caso, sem atuação da parte ativa do
filtro, o filtro sintonizado oferece um caminho de mínima impedância nessa frequência, o que faz
com que pela fonte haja uma grande componente de 5ª harmônica. Ao se colocar em operação a parte
ativa do filtro, tal harmônica (juntamente com as demais) é minimizada. Conseqüentemente a tensão
no ponto de acoplamento do filtro híbrido torna-se com distorção similar à presente na fonte.
Figura 7.59. À esquerda, corrente na fonte (isa), na carga (ila), sem operação do filtro ativo. À direita,
tensão e corrente na fonte, com atuação do filtro ativo.
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