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Eletrobras

Furnas

CENTRO DE TECNOLOGIA
EM NEGÓCIOS DE TRANSMISSAO
A p o s tila do I nstrutor

Revisão: Maio / 2012


ORÇAMENTO MODULAR DA
ELETROBRAS

DACQ.E
Parceria

• ELETROBRAS

- Departamento de Engenharia e Gestão de Obras de Transmissão - ETG

- Antonio Vieira de Melo Neto

Revisão: Mai/2012

Direitos autorais reservados a FURNAS Centrais Elétricas S.A.

DACQ.E - Divisão de Apoio e Controle de Qualidade


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Superintendência de Empreendimentos de Transmissão - ST.E
, Divisão de Apoio e Controle de Qualidade - DACQ.E
Eletrobras
Furnas

SUMÁRIO

1 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO ..... 5


1.1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................5
1.2. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES................................................................................ 5
1.2.1. Regiões............................................................................................................... 5
1.2.2. Tipos de Corrente................................................................................................ 6
1.2.3. Classe de Tensão (kV)..........................................................................................6
1.2.4. Tipos de Circuito.................................................................................................. 6
1.2.5. Estruturas............................................................................................................6
1.2.6. Fundações...........................................................................................................7
1.2.7. Cabo Condutor.................................................................................................... 7
1.2.8. Cabo Para R a io s.................................................................................................. 7
1.2.9. Aterramento........................................................................................................ 7
1.2.10. Configurações das Cadeias de Isoladores.............................................................. 7
1.3. METODOLOGIA............................................................................................................8
1.3.1. Estruturas Orçamentárias.....................................................................................8
1.3.2. Orçamento Compacto...........................................................................................9
1.4. TIPOS DE RELATÓRIOS ............................................................................................. 11
1.5. TIPOS DE LISTAGENS................................................................................................ 11
1.6. DESCRIÇÃO DOS ITENS ORÇAMENTARÁRIOS.............................................................. 11
1.6.1. Custo Direto....................................................................................................... 11
1.6.2. Terrenos e Servidões.......................................................................................... 11
1.6.3. Materiais............................................................................................................ 11
1.6.4. Construção........................................................................................................13
1.6.5. Custo Indireto....................................................................................................15
1.6.6. Eventuais........................................................................................................... 15
1.6.7. Custo T o ta l........................................................................................................15
1.6.8. Custo Direto Básico............................................................................................ 15
1.7. LEVANTAMENTO DE DAD OS....................................................................................... 16
1.8. ÍNDICES PERCENTUAIS............................................................................................. 16
1.8.1. Despesas........................................................................................................... 16
1.8.2. Engenharia........................................................................................................ 16
1.8.3. Administração Lo ca l........................................................................................... 16
1.8.4. Administração C entral........................................................................................ 16
1.8.5. Meio A m biente...................................................................................................17
1.8.6. Eventuais........................................................................................................... 17
2 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTO DE SUBESTAÇÃO........................... 18
2.1. INTRODUÇÃO............................................................................................................ 18
2.2. METODOLOGIA.......................................................................................................... 18
2.2.1. Módulo de Infraestrutura.................................................................................... 19
2.2.2. Módulo de Manobra............................................................................................ 19
2.2.3. Módulo de Equipamento...................................................................................... 19
2.3. DIRETRIZES GERAIS................................................................................................. 20
2.3.1. Padrões Adotados para S Es.................................................................................20
2.4. CONCLUSÃO............................................................................................................. 25

S um ário
1
DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTO DE
LINHAS DE TRANSMISSÃO

1.1. INTRODUÇÃO

0 presente trabalho visa o estabelecimento da filosofia e metodologia a serem adotadas na


obtenção de orçamentos de linhas de transmissão, para estimativas de investimentos. Está
fundamentado no trabalho anteriormente desenvolvido pelo Departamento do Sistema Elétrico de
Eletrobras e suas revisões efetuadas na década de 80, para determinação de Custos de LTs.

Procurou-se elaborar um programa de informatizado baseado nessas diretrizes, amplo, objetivo e


simples, a fim de facilitar o seu uso e entendimento.

A atual versão do programa possibilita a elaboração de orçamentos de linhas de transmissão, não


urbanas, com novas séries de estruturas, novos materiais e novos procedimentos de construção
adotadas pelas empresas do Setor Elétrico Brasileiro coma finalidade de atender a evolução
tecnológica ocorrida desde a sua primeira versão.

1.2. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1.2.1. Regiões

Atendimento às diferenças regionais do país, entre as quais se destacam: Clima, relevo,


vegetação, solo, trans porte, mão de obra, etc.; que implicam na adoção de critérios de projetos
conseqüentemente diferentes e são traduzidos por parcelas de custos distintas, fez-se jus à
necessidade de determinação de orçamentos por regiões segundo a seguinte classificação:

□ R l- Brasil*

□ R2- Norte

□ R3- Nordeste

□ R4- Centro - Oeste

□ R5 - Sudeste

□ R6- Sul

*A região denominada "Brasil" representa, em termos de quantidades e custos, a media obtida


entre as demais regiões.

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1.2.2. Tipos de Corrente

Os orçamentos foram computados de acordo com dois grupos de LT's.

□ CA- Corrente Alternada

□ CC- Corrente Continua

1.2.3. Classe de Tensão (kV)

Foram consideradas as seguintes classes de tensões, associadas aos correspondentes grupos de


LT's,

1.2.3.1. CORRENTE ALTERNADA

69; 138; 230; 345; 440; 500; 750.

1.2.3.2. CORRENTE CONTÍNUA

600.

1.2.4. Tipos de Circuito

Foram considerados na estimativa orçamentária LT's com os seguintes tipos de circuitos:

□ CS - Circuito Simples

□ D l - Circuito Duplo - Um Circuito Instalado

□ D2 - Circuito Duplo - Instalação do Segundo Circuito

□ CD - Circuito Duplo

1.2.5. Estruturas

Foram considerados os seguintes tipos de estruturas:

□ Aço Autoportante Convencional

□ Aço Autoportante Raquete

□ Aço Autoportante Trusspole

□ Aço Autoportante Especial

□ Aço Estaiada Convencional

□ Aço Estaiada Trapézio

□ Aço Estaiada Cross Rope

□ Aço Estaiada TY

□ Aço Estaiada Especial

□ Concreto

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1.2.6. Fundações

Na determinação do orçamento foram levados em consideração os seguintes tipos de fundações:

□ G - Grelha

□ C - Concreto (Fundações em concreto contempla tubulão, sapata, bloco e/ou estacas)

Obs.: O padrão de fundações utilizado pelas empresas é de fundações em concreto.

1.2.7. Cabo Condutor

Os cabos condutores empregados para estimativas orçamentárias das LT's padronizadas são do
tipo CAA, baseadas em linhas existentes. Para as LT's especificas podemos selecionar os outros
tipos de cabos.

As seções transversais selecionadas, com indicação do código e peso próprio respectivos já


acrescidos do percentual de 5% correspondente às perdas na instalação e catenárias.

1.2.8. Cabo Para Raios

Consideramos o cabo de aço galvanizado classe B como padrão, para as LT's específicas podem
determinar outros tipos de cabos, como o CAA - Extra Forte, CALA, Alumoweld, ou Cabo Óptico.

As bitolas selecionadas, com indicação da descrição do cabo, número de pára - raios empregados
e respectivo peso próprio já acrescido do percentual de 5% estão indicados na tabela 300.

1.2.9. Aterramento

Com o grau de influência provocado pelo aterramento nos diferentes orçamentos é mínimo,
adotou-se como contrapeso padrão o fio de aço galvanizado revestido de cobre N° 4.

AWG para todas as classes de tensão com uma extensão de 1000 m por km, resultando um peso
aproximadamente de 0,172 t/km.

Para as LT's específicas podemos considerar o cabo ou fio de aço galvanizado. Por não ser usual a
utilização de hastes de aterramento nas LT's de alta e extra-alta tensão essas não foram
consideradas no programa.

1.2.10. Configurações das Cadeias de Isoladores

Foram consideradas as seguintes configurações de cadeiras de isoladores para cada grupo de


LT's.

1.2.10.1. LTs DE CORRENTE ALTERNADA

III
IVI
VVV

1.2.10.2. LT's DE CORRENTE CONTÍNUA

II

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1.3. METODOLOGIA

A Sistemática do cálculo orçamentário origina-se nos tipos de estrutura orçamentária, tomando


como base os dois conjuntos distintos de informações sendo Quantidades e Custos Unitários.

Cada composição orçamentária é calculada item por item, segundo instruções simples, que
envolvem operações algébricas elementares. Para cada item são utilizados quantidades e custos
unitários tabelados em função de interpretação dos dados de entrada e obtidos os custos totais
correspondentes. Esses, agrupados conforme sua classificação, totalizarão os custos diretos,
indiretos e o total de cada empreendimento.

A seqüência de operações e a ordenação considerada para os itens orçamentários são


identificadas através da composição orçamentária.

1.3.1. Estruturas Orçamentárias

As estruturas orçamentárias estabelecidas neste trabalho são apresentadas de acordo com os


modelos seguintes:

> Orçamento Básico

> Orçamento Compacto

1.3.1.1. Orçamento Básico

A estrutura orçamentária básica é a composição onde os itens são apresentados com enfoque
para os valores unitários.

> Terrenos e Servidões

> Materiais

^ Estruturas

s Estais

v' Fundação

■/ Cabo Condutor

s Cabo Pára - Raio Convencional

v' Cabo Pára - Raio Óptico

s Isoladores

s Ferragens e Acessórios: -Conjunto de suspensão, ancoragem e jumper do condutor;

-Conjunto de suspensão e ancoragem do pára - raio;

-Amortecedores do condutor e pára - raios;


-Espaçadores e espaçadores - amortecedores.

s Aterra mento

> Inspeção de Material

> Canteiro de Obras

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> Construção

s Limpeza de Faixa

■s Abertura de Acessos

✓ Execução de Fundações: -Escavações;

-Concretagem;

-Montagem de fundação metálica;

-Instalação de hastes de âncora e tirantes.

y Montagem de Estruturas

S Instalação de Cabo Condutor


S Instalação do Cabo Pára - Raio Convencional

v' Instalação do Cabo Pára - Raio Óptico

v' Instalação do Aterramento

> Serviços Técnicos

v' Serviços de Topografia

s Serviços de Geologia

> Engenharia

■s Projeto Básico

S Projeto Executivo

> Meio Ambiente

> Administração Local

> Administração Central

> Eventuais

> Custo Total

1.3.2. Orçamento Compacto

A estrutura orçamentária compacta possui configuração similar à estrutura básica, porém sem
apresentar quantidades e preços unitários, apresentando entretanto destaque para o Custo
Direto e Indireto.

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Custo Direto

> Terrenos e Servidões

> Materiais

✓ Estruturas

Estais

Fundação

✓ Cabo Condutor

Cabo Pára - Raio Convencional

✓ Cabo Pára - Raio Óptico

Isoladores

Ferragens e Acessórios

Aterramento

Serviços

Limpeza de Faixa

✓ Execução de Fundações

Montagem de Estruturas e Estais

Instalação do Cabo Condutor

✓ Instalação do Cabo Pára - Raio Convencional

Instalação do Cabo Pára - Raio Óptico

✓ Instalação do Aterramento

Abertura de Acessos

> Inspeção de Material

> Canteiro de Obras

> Serviços Técnicos (Topografia e Geologia)

> Engenharia

> Meio Ambiente

> Administração Local

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Custo Indireto

> Administração

Eventuais

Custo Total

1.4. TIPOS DE RELATÓRIOS

O programa apresenta para as linhas padronizadas somente um tipo de relatório, que representa
a fase de planejamento do empreendimento, caracterizado pela adoção de índice percentual para
a parcela "Eventual" o qual é aplicado sobre o Custo Direto. Para linhas específicas pode-se
ajustar o índice da parcela "Eventual" para caracterizar tanto a fase de viabilidade como a fase de
execução.

1.5. TIPOS DE LISTAGENS

O programa apresenta três tipos de listagens dos relatórios: individual, específico e a listagem
resumo que engloba todas as linhas cadastradas como padrão, com a indicação do valor final do
orçamento da LT.

1.6. DESCRIÇÃO DOS ITENS ORÇAMENTARÁRIOS

1.6.1. Custo Direto

Parcela representativa do somatório dos seguintes subitens:

1.6.2. Terrenos e Servidões

Compreende todas as despesas referentes à constituição da servidão administrativa da faixa,


eventuais aquisições e desapropriações de terreno onde será construída a LT, incluindo despesas
legais, judiciais e impostos.

O custo unitário, fornecido por quilômetro de linha (tomando com base na área definida pelo
comprimento da linha com a largura de faixa de segurança preconizada para a classe de tensão
envolvida), é representativo dos diversos tipos de dispêndios que compõem este subitem.

1.6.3. Materiais

1.6.3.1. Aquisição

Esse item destaca todas as despesas com a aquisição dos diferentes tipos de materiais
permanentes, conforme explicitado abaixo:

a) Estruturas

O custo de aquisição de estruturas metálicas treliçadas, autoportantes, obtém-se em função do


peso do aço estrutural por quilômetro de linha. No tocante às linhas com estruturas estaiadas, o
peso do aço estrutural corresponde à média equivalente obtida entre os pesos das estruturas
estaiadas e autoportantes usadas na linha.

Por outro lado, em linhas que utilizem estruturas de concreto, o custo de aquisição
correspondente envolve todos os componentes da "estrutura completa" tais como: postes,
cruzetas, braços, estaiamento, e demais acessórios e ferragens, sendo representado em termos
globais por quilômetro de linha.

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b) Cabos e Ferragens Para Fins Estruturais

Esse subitem será computado na composição orçamentária das estruturas metálicas estaiadas
Trapézio, Cross Rope, TY e Especial. O custo de aquisição é composto dos conjuntos dos cabos de
aço e as ferragens de fixação (esticadores e grampos) aos mastros das estruturas, por quilômetro
de linha de transmissão.

c) Estaiamento

Essa sub - parcela somente será computada para o caso de estruturas metálicas estaiadas,
compreendendo o cabo de aço e o conjunto de estaiamento.

O custo global de aquisição baseia-se nas quantidades de materiais (cabos e ferragens


associadas) por quilômetro de linha.

d) Fundações

Esse item aplica-se a linhas de transmissão com estruturas metálicas treliçadas, autoportantes ou
estaiadas e traduz o custo de aquisição das fundações metálicas em grelha, cantoneira de
ancoragem, e hastes de âncora/tirantes, de acordo com os tipos de estruturas e fundações
envolvidas.

O valor resultante é representativo dos seguintes componentes:

* Custo das grelhas ou cantoneiras de ancoragem, tomado com base no peso do aço estrutural
por quilômetro de linha.

* Custo médio dos vários tipos de hastes de ancore/tirantes tomando por quilômetro de linha.

Nota: Na estrutura orçamentária "Compacta",o item "Estruturas" é


equivalente ao somatório de itens "Estruturas" e "Fundações", identificados
na estrutura orçamentária "Básica".

e) Cabo Condutor

O custo de aquisição é baseado na quantidade de material (peso do cabo) por quilômetro de linha
que varia de acordo com o tipo, área da seção transversal e formação do cabo usando e com o
numero de sub-condutores por fase.

f) Cabo Pára-Raios Convencional

O custo de aquisição baseia-se na quantidade de material (peso do cabo) por quilômetro de linha,
que varia em função do tipo, bitola ou área da seção transversal e formação do cabo usando e o
úmero de cabos pára-raios considerados.

g) Cabo Pára-Raios Óptico

O custo de aquisição é caracterizado pelo número de fibras ópticas padronizadas: 12, 18, 24, 36
e 48, sem considerar as características eletromecânicas do cabo. Contemplar também o
fornecimento de todos os acessórios envolvidos tais como, caixas de emenda, grampos de
suspensão e ancoragem, amortecedores, e etc...

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h) Isoladores

O custo de aquisição é tomado com base na quantidade de isoladores usado por quilômetro de
linha, variando de acordo com o tipo de isolador, características eletromecânicas e tipo de arranjo
de cadeia. Para facilitar o processamento dos dados,o programa considera como referencia, o
custo ponderado dos diversos tipos e características eletromecânicas dos isoladores existentes
na linha de transmissão, tomando como a tensão da linha.

i) Ferragens e Acessórios

O custo global de aquisição baseia-se nas quantidades dos seguintes materiais, dependentes de
classe de tensão, pó quilômetro de linha: conjuntos de ferragens componentes das cadeias de
isoladores dos cabos condutores e fixação dos cabos pára-raios (grampo de suspensão, grampo
de ancoragem, balancins, manilhas, etc.), amortecedores, espaçadores, espaçadores-
amortecedores, acessórios de sinalização e identificação (placas de identificação, sinalização,
advertência, esferas de sinalização, balizadores, etc.).

j) Aterramento

Essa parcela representa o custo de aquisição do fio contrapeso e seus acessórios, constante para
todas as classes de tensão, por quilômetro de linha.

1.6.3.2. Inspeção de Material

O custo representativo desta parcela é calculado mediante a aplicação de um índice percentual ao


somatório dos custos de aquisição dos materiais.

1.6.3.3. Canteiro de Obras

O custo representativo dessa parcela é calculado mediante a aplicação de um índice percentual ao


somatório dos custos de aquisição dos materiais.

1.6.4. Construção

1.6.4.1. Limpeza de Faixa

O custo correspondente a essa parcela, como a própria rubrica indica, refere-se às despesas de
supressão de vegetação, limpeza de faixa de linha e corte seletivo da vegetação. O custo unitário
dado por quilômetro de linha em função das dimensões da faixa (largura x comprimento da LT) é
representativo dos serviços envolvidos.

1.6.4.2. Execução de Fundações

O montante dessa parcela depende da classe de tensão e dos tipos de estrutura e fundações
selecionados, sendo o resultado da composição da variedade de serviços envolvidos, entre os
quais se destacam:

s Escavação, concretagem e reaterro - tomados com base em volumes globais por


quilômetro de linha;

•y Montagem das grelhas ou cantoneiras de ancoragem - baseadas no peso de aço


estrutural por quilômetro de linha;

s Instalação dos conjuntos de fixação de estais e hastes de âncora/tirantes para


estaiamento - obtidos através da quantidade de estruturas por quilômetro de linha.

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Fumas

Nota: Entende-se como concretagem o fornecimento e confecção das


armaduras, fôrmas e desformas assim como o fornecimento e aplicação do
concreto.

1.6.4.3. Montagem das estruturas

O custo de montagem das estruturas metálicas treliçadas baseia-se nas quantidades de aço
estrutural por quilômetro de linha, variando de acordo com a classe de tensão e tipo de estrutura.
No caso particular de linhas com aplicação de estruturas estaiadas, o peso do aço estrutural por
quilômetro leva em consideração também o peso das estruturas autoportantes, e o custo total de
montagem inclui o dispêndio referente à instalação dos estais, cabos de aço para afins estruturais
e respectivas ferragens.

No que tange as estruturas de concreto, o custo de montagem baseia-se na quantidade de


"estrutura completas" por quilômetro de linha.

O custo de montagem abrange ainda o custo da instalação de placas de identificação, advertência


e pintura de torres.

1.6.4.4. Instalação do Cabo Condutor

O custo de instalação do cabo condutor, dado em termos globais por quilômetro de linha, abrange
o lançamento, nivelamento e grampeamento do cabo, e a instalação das cadeias de isoladores e
outros acessórios, tais como: amortecedores, espaçadores-amortecedores, conjuntos de emenda,
luvas de reparo e outros.

1.6.4.5. Instalação de Cabo Pára-Raios Convencional

Esta parcela é processada de forma análoga a da instalação dos cabos condutores, contemplando
ainda o custo da instalação de esferas de sinalização aérea.

1.6.4.6. Instalação de Cabos Pára-Raios Ópticos

Esta parcela refere-se ao custo de instalação do cabo e seus acessórios, tais como, caixas de
emenda, grampos de suspensão e ancoragem, amortecedores, etc., e as atividades de confecção
de emendas e testes.

Nota: Os custos de transporte dos materiais do almoxarifado do canteiro


de obra até faixa já estão incluído nos custos de instalação respectivos.

1.6.4.7. Instalação de Aterramento

O custo da instalação do sistema de aterramento baseia-se na quantidade de material


(comprimento do fio contrapeso) instalado por quilômetro de linha, englobando ainda o custo da
medição de aterramento.

1.6.4.8. Abertura de Acessos

O custo da abertura de estradas e caminhos de acesso às torres representa todos os serviços


envolvidos nesta atividade, tais como: regularização do terreno, construção de obras de arte,
desvia de águas e está expresso por quilômetro de linha.

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1.6.4.9. Estudos de Engenharia

A parcela referente aos estudos de engenharia (viabilidade econômica, projeto básico e


executivo) é determinada pela aplicação de um índice percentual sobre o total correspondente ao
Custo Direto Básico.
1.6.4.10. Serviços de Topografia

Refere-se aos serviços normalmente realizados para implantação do traçado, levantamento


topográfico, locação das estruturas no campo e cadastramento das propriedades publica e
particulares. O custo correspondente é considerado em termos globais por quilômetro de linha.
1.6.4.11. Serviços de Geologia

Refere-se aos serviços de sondagem e classificação de solos que se fazem necessários. Inclui
também o custo da atividade de medição de resistividade do solo, por sua peculiaridade. São
medidos em termos globais por quilômetro de linha.
1.6.4.12. Meio Ambiente

Essa parcela destina-se cobrir os custos dos estudos ambientais e medidas mitigadoras
decorrente da construção da linha de transmissão.
A parcela de compensação ambiental mínima de 0,5% do custo total do empreendimento exigida
pela legislação ambiental está contemplada neste item.

1.6.4.13. Administração Local

As despesas subordinadas a esta parcela referem-se às atividades de fiscalização e resulta a


aplicação de um índice percentual sobre o Custo Direto Básico.

1.6.5. Custo Indireto

Compreende o total das despesas não alocáveis diretamente à execução da obra.

1.6.5.1. ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

Compreende todas as despesas referentes.

1.6.6. Eventuais

O valor assumido por este item, calculado através de um índice percentual sobre o Custo Direto,
destina-se a cobrir imprevistos que virtualmente possam ocorrer durante a execução do projeto
ou construção, entre os quais sobressaem: gastos com indenizações de danos causados aos
proprietários de terrenos ao longo da faixa de passagem da linha, desvios de estradas, relocação
de linhas de transmissão e redes de distribuição ou telecomunicações, etc.

1.6.7. Custo Total

Finalmente, o Custo Total representa o somatório dos Custos Direto, Indireto e Eventuais.

1.6.8. Custo Direto Básico

O Custo Direto Básico, que aparece no Orçamento Básico, é a parcela virtual concebida no
Programa com finalidade de servir como mecanismo gerador das rubricas Engenharia, Meio
Ambiente e Administração Local. É constituído pelo somatório das parcelas Terreno e
Servidão, Matérias e Despesas, Construção, Topografia e Geologia que compõe o Custo
Direto.

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1.7. LEVANTAMENTO DE DADOS

O levantamento de dados tem como finalidade básica e coleta de informações, indispensáveis à


perfeita caracterização das linhas de transmissão, para fins orçamentários.

Os dados coletados referentes aos custos de matérias e equipamentos devem considerar como
custos de aquisição os custos de projeto de fabricante, fabricação, ensaios, seguro e transporte
até o descarregamento na obra e impostos.

Os dados coletados, através de meios magnéticos apropriados, devem espelhar cada tipo de LT
com o melhor grau de precisão possível, abrangendo os seguintes grupos de informações:

s Levantamento de Dados - Quantidades

s Levantamento de Custos - Materiais

s Levantamento de Custos - Construção Geral

A coleta de dados deverá ser efetuada periodicamente entre as empresas transmissoras


de energia elétrica.

1.8. INDICES PERCENTUAIS

Foram adotados os seguintes índices percentuais:

1.8.1. Despesas

1.8.1.1. INSPEÇÃO DE MATERIAIS

Adotado o índice de 0,5% sobre o valor de aquisição dos materiais.

1.8.1.2. CANTEIRO DE OBRAS

Adotado no índice de 1,5% sobre o valor de aquisição dos materiais.

1.8.2. Engenharia

1.8.2.1. PROJETO BÁSICO

Adotado o índice de 0,5% sobre o Custo de Direto Básico.

1.8.2.2. PROJETO EXECUTIVO

Adotado o índice de 1,5% sobre o Custo Direto Básico.

1.8.3. Administração Local

Adotado o índice de 2% sobre o Custo Direto Básico.

1.8.4. Administração Central

Adotado o índice de 3% sobre o Custo Direto.

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1.8.5. Meio Ambiente

Adotado o índice de 3% sobre o Custo Direto Básico.

1.8.6. Eventuais

Adotado o índice de 2% do Custo Direto.

Diretrizes para Elaboração de Orçamentos de Linhas de Transmissão 17 / 25


2
DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTO DE SUBESTAÇÃO

2.1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo estabelecer diretrizes a serem adotadas para a elaboração
de orçamentos de subestações fundamentadas no conceito de modulação. Os módulos são
detalhados e quantificados com base em materiais, equipamentos e serviços que são necessários
à execução do empreendimento.

Os custos modulares têm sua aplicação em orçamentos estimativos de planejamento da expansão


na análise de alternativas, solicitação de financiamento, investimentos para concessões e
autorizações de empreendimentos de transmissão.

As informações apresentadas neste trabalho consistem de dados reais de empreendimentos


implantados pelas empresas, e será atualizada a cada nova coleta de dados. Os quantitativos
foram levantados pelas empresas participantes e adotados valores de consenso do grupo de
trabalho.

Procurou-se ampliar de forma expressiva o grau de detalhamento, alterando e/ou acrescentando


módulos e itens orçamentários.

Procurou-se também elaborar um programa de informatizado baseado nessas diretrizes, amplo,


objetivo e simples, a fim de facilitar o seu uso e entendimento.

A atual versão do programa possibilita a elaboração de orçamentos de subestações, através da


metodologia de modulação. Através da entrada dos dados característicos do empreendimento a
ser orçado o programa calcula automaticamente todos os módulos necessários a sua implantação
e apresenta o resultado no formato de custos modulares.

Os módulos foram elaborados com base em dados reais de empreendimentos implantados pelas
Empresas Eletrobras e quantificados com base na referência de uma configuração típica das
concepções atuais, atendendo aos requisitos mínimos do ONS, e que refletem a prática geral das
empresas.

2.2. METODOLOGIA

O conceito de modulação da subestação, para fins de elaboração de orçamentos, origina-se do


fato de se ter em subestações, setores bem definidos em termos funcionais, operacionais e
físicos. Pode-se, portanto, desmembrar uma instalação em módulos, como entrada de linha,
conexão de transformador, reator e obras de infraestrutura. Sendo assim, é possível compor uma
SE (Subestação) a partir do somatório de todos os módulos necessários a sua operacionalidade.

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Figura 1 - Exemplo dos Módulos de uma SE

Esta metodologia é facilitadora também em estimativas de ampliações, devido ao fato de se


possuir os detalhamentos físicos e orçamentários dos módulos que serão efetivamente aplicados.

Os módulos de custos considerados, independentemente das classes de tensão e dos arranjos,


são de três tipos: Módulo de Infraestrutura, Módulo de Manobra e Módulo de Equipamento.

2.2.1. Módulo de Infraestrutura

Consiste no conjunto de todos os itens (bens e serviços) de infraestrutura comuns a SE, tais
como: terreno, cercas, terraplenagem, drenagem, grama, embritamento, pavimentação,
arruamento, iluminação do pátio, proteção contra incêndio, abastecimento de água, redes de
esgoto, malha de terra e cabos pára-raios, canaletas principais, edificações, serviço auxiliar, área
industrial, caixa separadora de óleo.

É constituído, para cada nível de tensão da SE, por um Módulo de Infraestrutura Geral (MIG) e
pelos Módulos de Infraestrutura de Manobra (MIM) necessários em cada etapa do
empreendimento (implantação ou ampliação).

Nas ampliações por parte dos às cessantes foi adotado um padrão sem compartilhamento, sendo
necessário, portanto, um Módulo de Infraestrutura Geral do A cessante (MIG.A).

2.2.2. Módulo de Manobra

Consistem no conjunto de equipamentos, materiais e serviços necessários à implantação dos


setores de manobra, tais como: entrada de linha (EL), conexão de transformador ou
autotransformador (CT), interligação de barramentos (IB), conexão de banco de capacitores
paralelo (CCP), conexão de reatores de linha (CRL) ou de barra (CRB).

2.2.3. Módulo de Equipamento

É composto pelos equipamentos principais da SE (transformadores, reatores, capacitores,


compensadores) e os materiais e serviços necessários à sua instalação.

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2.3. DIRETRIZES GERAIS

2.3.1. Padrões Adotados para SEs

Para fins de elaboração de orçamentos, as subestações são caracterizadas segundo os seguintes


parâmetros: Nível de Tensão, Arranjo Físico, Porte.

Com o intuito de uniformizar as informações dos quantitativos decadamódulo de maneira a se


ter um padrão de referência para os custos modulares, foi elaborado umaconfiguração típica para
cada nível de tensão e arranjo físico contemplados neste trabalho. As particularidades não
previstas neste trabalho serão objeto de relatório específico.

a) NÍVEL DE TENSÃO
Este trabalho compreende as subestações dos sistemas de transmissão e subtransmissão, com
barramento aéreo, restringindo-se às tensões de 69, 138, 230, 345, 500 e 750 kV, por serem as
tensões utilizadas pelas empresas participantes do GT.

b) CONFIGURAÇÃO DE BARRAMENTO
Foram considerados três arranjos físicos: DJM, BD4, BPT.

Tensão (kV) BPT BD4 DJM


69 X
138 X
230 X
345 X
500 X
750 X
Tabela 1 - Arranjos Contemplados das Subestações

c) DIMENSÕES DOS MÓDULOS


Como os principais itens dos módulos de infraestrutura são calculados em função das dimensões
físicas dos setores, foram consideradas as dimensões típicas conforme tabela abaixo:

Módulo de Infraestrutura Geral


750 kV 500 kV 345 kV 230 kV 138 kV 69 kV
Larqura |Tnl 65 65 65 30 30 30
Comprimento fm] 370 350 250 140 100 60

Módulo de Infraestrutura de Manobra


750 kV 500 kV 345 kV 230 kV 138 kV 69 kV
Larqura [ml 30 30 30 16 12 8
Comprimento íml 370 350 250 140 100 60
Tabela 2 - Dimensões dos Módulos

A área do conjunto de manobra engloba os módulos de manobra e equipamentos, inclusive CRL.


Quando da instalação de compensação série deverá ser considerada uma área adicional.

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d) ÁREA TOTAL

A área total da SE é resultante da composição dos Módulos de Infraestrutura Geral


correspondente a cada setor e dos Módulos de Infraestrutura de Manobra necessários para
atender a configuração final planejada.

Terreno a ser adquirido

M ódulo de Infra-estrutura Geral 500 kV Módulo de Infra-estrutura Geral 230 kV

Módulo de Infra-estrutura de Manobra 230 kV

Módulo de Infra-estrutura de Manobra 230 kV

+ £ U —m—O O .--- je * Módulo de Infra-estrutura de Manobra 230 kV


Módulo de Infra-estrutura de Manobra 500 kV
Módulo de Infra-estrutura de Manobra 230 kV

+ |>t 1 ' | í í
Módulo de Infra-estrutura de Manobra 230 kV
Módulo de Infra-estrutura de Manobra 500 kV

TT
Módulo de Infra-estrutura de Manobra 500 kV

Figura 2 - Exemplo de Área Total

Para fins ilustrativos, apresentamos na tabela a seguir as áreas das SEs em função dos níveis de
tensão e quantidade de conjuntos de manobra.

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Tensão Tensão Primário Secundário


Primária Secundária Conjuntos de Conjuntos de Area
(kV) (kV) Manobra Manobra

750 500 7 9 296.450


750 345 6 8 237.850
750 500 3 3 157.850
750 345 4 4 250.250

500 345 7 9 250.250


500 230 7 10 175.500
500 345 3 4 152.750
500 230 3 6 110.700

345 230 6 8 129.800


345 230 4 6 103.400

230 138 9 10 64.960


230 69 9 7 56.000
230 138 6 7 51.040
230 69 6 5 44.000
230 69 4 4 36.000

138 69 10 11 42.000
138 69 6 7 31.920
138 69 3 4 24.360

Tabela 3 - Configurações Finais das Subestações

e) SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES

Para os sistemas de telecomunicações, independente do nível de tensão e arranjo físico da SE,


será considerada como configuração típica o sistema óptico.

f) SISTEMA DE PROTEÇÃO, CONTROLE E SUPERVISÃO

Foram adotados sistemas digitais de proteção, controle e supervisão - SPCS, para todos os níveis
de tensão, sem redundância para os sistemas de controle e supervisão. Considerou-se também
um sistema de oscilógrafia, com oscilógrafos (Registrador Digital de Perturbações - RDP)
distribuídos por módulos.

g) CABOS DE CONTROLE E POTÊNCIA ATÉ 1 KV

Considerou-se, como padrão, a utilização de cabos do tipo classe 2, sendo que os cabos de
controle são todos blindados, enquanto os de potência são sem blindagem.

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h) ESTRUTURAS E SUPORTES

Como padrão, para a elaboração de orçamentos, foram considerados suportes e estruturas em


aço galvanizado. Para os suportes adotou-se uma estrutura média que pode ser aplicada a todos
os equipamentos, de acordo com a tabela abaixo:

Tensão (kV) Peso (kg)

750 500
500 300
345 260
230 220
138 210
69 190
Tabela 4

5.2.2. Composição dos Custos de Equipamentos e Materiais

São considerados, na aquisição de equipamentos e materiais, os custos de projeto do fabricante,


fabricação, ensaios, supervisão de montagem e treinamento de operação, seguro e transporte até
o descarregamento na obra e impostos. Nos sistemas de telecomunicação e SPCS consideram-se
ainda, na aquisição, os custos de montagem e interligação dos seus componentes, excetuando-se
a montagem nas bases e as interligações dos cabos de controle.

a) CUSTO DIRETO

Compreende as despesas com aquisição de equipamentos, materiais e serviços de construção,


montagem eletromecânica, canteiro de obras, comissionamento, engenharia e administração
local.

b) IMPOSTOS

Deverão ser considerados, na aquisição de equipamentos e materiais, os impostos incidentes,


bem como a diferença de ICMS entre estados.

c) PEÇAS SOBRESSALENTES

Compreendem as adquiridas junto com o equipamento para formação de estoque inicial de


manutenção. A reposição deste estoque é considerada como despesa de manutenção.

d) OBRAS CIVIS

O custo do concreto estrutural equivalente é composto do custo do concreto estrutural e os


custos referentes às demais atividades (mão-de-obra e materiais): escavação, reaterro, fôrma,
armadura, concreto, concretagem, e custos indiretos (BDI).

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Fator
Composição do Custo de Concreto Estrutural Equivalente
Multiplicador
Escavação 1,4
Reaterro 0,4
Fôrma 12
Armadura 100
Concreto 1
Concretagem 1
Mobilização 1
Tabela 5

CEE= 1,4 * Esc + 0,4 * Reat + 12 * Forma + 100 * Armad + Cone + Concretagem + Mobil

e) ITENS CALCULADOS COM BASE EM PERCENTUAIS

Para a simplificação de cálculo destes itens foram determinados percentuais, que representam a
média praticada pelas empresas participantes do GT.

MONTAGEM ELETROMECÂNICA

Compreende o somatório das despesas de montagem (mão-de-obra e fornecimento de


materiais de instalação e consumo) dos diversos equipamentos e materiais. Considera-se
no custo de montagem de cada equipamento a interligação do mesmo.

Os percentuais de montagem eletromecânica estão definidos, por equipamento, nas


tabelas de cada módulo.

CANTEIRO DE OBRAS
Compreende as despesas com a aquisição de materiais e serviços necessários à instalação
de escritórios e almoxarifados, redes de energia elétrica, telefonia e outras facilidades para
apoio às obras. Deve ser prevista também, ao final da obra, a retirada e limpeza geral da
área que serviu para este fim.

Foi estipulado um percentual de 5 % sobre o valor das obras civis e montagem


eletromecânica, sendo o mesmo aplicável em todos os módulos.

COMISSIONAMENTO
Compreende todas as despesas para a aceitação do empreendimento, incluindo ensaios e
inspeções dos equipamentos e instalações no campo, que permitirão a sua operação
comercial.

Foi estipulado um percentual de 2 % sobre o valor de aquisição de equipamentos,


materiais e serviços de construção.

ENGENHARIA

Inclui despesas com topografia, sondagem e projetos básico e executivo. Inclui ainda as
atividades de inspeção de fornecimento e fiscalização de projeto.

Foi estipulado um percentual de 4 % sobre o valor de aquisição de equipamentos,


materiais e serviços de construção.

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ADMINISTRAÇÃO LOCAL
Inclui despesas com a fiscalização direta da obra.

Foi estipulado um percentual de 3 % sobre o valor de aquisição de equipamentos,


materiais e serviços de construção.

EVENTUAIS

Compreende um valor do orçamento estimado sobre os custos diretos, a fim de cobrir


imprevistos que venham a acontecer durante a execução do empreendimento. Esta rubrica
aplica-se apenas em orçamentos nas fases de planejamento e previsão orçamentária.

Foi estipulado um percentual de 3 % sobre o valor do Custo Direto.

CUSTO INDIRETO

Compreende as despesas com a administração central e/ou regional do empreendimento


contabilizadas através de rateio proporcional.

Foi estipulado um percentual de 5 % sobre o valor do Custo Direto.

2.4. CONCLUSÃO

A metodologia apresentada neste relatório procurou contemplar os dados reais de projetos de


subestações já implantadas pelas Empresas Eletrobras, sendo que os quantitativos físicos
adotados foram definidos de modo a representar a média do que é usualmente praticado pelas
empresas.

Neste trabalho procurou-se ampliar de forma expressiva o grau de detalhamento, em relação à


diretriz elaborada na década de 1980, alterando e/ou acrescentando conceitos de módulos, tais
como (Módulo de Infraestrutura Geral - MIG, Módulo de Infraestrutura de Manobra - MIM,
Módulo de Infraestrutura Geral para A cessante - MIG.A, Módulos de Manobra - (EL, IB) e
Módulos de Equipamentos).

Esse procedimento aumenta consideravelmente a quantidade de itens de custos unitários a serem


coletados para formação de banco de dados, que servirão de entrada para o programa de
elaboração de orçamento de subestações, resultando como benefício o aumento da precisão dos
orçamentos.

É importante ressaltar que a simulação dos orçamentos elaborados, utilizando a metodologia aqui
proposta, demonstrou eficácia dos critérios estabelecidos com erros medidos inferiores a 10%.

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EXERCÍCIO

LINHAS DE TRANSMISSÃO

DACQ.E
Divisão de Apoio e Controle de Qualidade
" DESDE 1974 DISSEMINANDO CONHECIMENTO E CAPACITANDO
PESSOAL NA CONSTRUÇÃO DE EMPREENDIMENTOS DE TRANSMISSÃO"
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Seja uma L. T. com as seguintes características (DADOS DE ENTRADA)


IDENTIFICAÇÃO: LT 2012-1
1. Região Brasil
2. Tipo de corrente Alternada
3. Classe de tensão 500 kV
4. Tipo de circuito Circuito simples
5. Estrutura Autoportante ( AAC)
6. Fundações Concreto
7. Cabo condutor C AA954M C M R A IL -N = 4
8. Cabo pára-raios convencional Aço 9,15 m m / 3/8” - P=2
9. Cabo pára-raios ótico Não há
10. Configuração da cadeia de isoladores IVI
11. Estrutura orçamentária Básica
12. Ano de referência Dezembro / 2010

1. Calcule o custo de aquisição dos Terrenos e Servidões:

2. Calcule o custo de aquisição das Estruturas:

3. Qual o custo de aquisição do Estaiamento?

4. Qual o custo de aquisição das Fundações?

5. Qual o custo de aquisição do Cabo Condutor?

Orçam ento Modular da Eletrobras (M a i/2 0 1 2 ) 1/6


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Fumas

6. Calcule o custo de aquisição do cabo pára-raios convencional:

7. Calcule o custo de aquisição do cabo pára-raios óptico:

8. Qual o custo de aquisição dos Isoladores?

9. Calcule o conjunto de Suspensão do cabo condutor:

10. Conjuntos de Ancoragem do Condutor:

11. Conjuntos de Jumper do Condutor:

12. Conjuntos de Suspensão do pára-raios convencional:

Exercício de Unhas de Transmissão 2/6


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135. Conjuntos de Ancoragem do pára-raios convencional:

14. Calcule o custo dos amortecedores pára-raios.

15. Amortecedores ou espaçadores amortecedores do condutor:

16. Outros acessórios - Conjuntos de emenda, Luvas, placas de identificação /


advertência, esferas de sinalização etc.

17. Calcule o custo de aquisição do Aterramento:

18. Calcule o custo TOTAL de aquisição dos materiais:

19. Calcule o custo de Inspeção dos Materiais:

20. Calcule o custo do Canteiro de Obras:

21. Calcule o custo de Limpeza da Faixa:

Orçamento Modular da Eletrobras (Mai/2012) 3/6


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22. Calcule o custo de escavação das fundações:

23. Calcule o custo de concretagem das fundações:

24. Calcule o custo de montagem de estruturas:

25. Qual o custo de lançamento do cabo condutor?

26. Qual o custo de lançamento do cabo pára-raios convencional?

27. Qual o custo de instalação do aterramento?

28. Qual o custo de construção dos Acessos?

29. Qual o custo TOTAL dos serviços de construção?

30. Calcule o custo da Topografia:

Exercício de Linhas de Transm issão 4/6


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Furnas

31. Calcule o custo da Sondagem:

32. Calcule o CUSTO DIRETO BASICO:

33. Qual o custo dos estudos e Projeto Básico?

34. Calcule o custo do Projeto Executivo?

35. Calcule os Custos Ambientais:

36. Calcule o custo da Fiscalização:

37. Calcule o custo da Administração Central:

Orçamento Modular da Eletrobras (Mai/2012) 5/6


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Furnas

38. Calcule o custo dos Eventuais:

39. Calcule o custo TOTAL, preenchendo a Tabela Resumo a seguir:

ITEM CUSTO R$/KmLT

Terrenos e servidões

Aquisição de material

Inspeção de material

Serviços de construção

Topografia

Sondagem

Projeto básico

Projeto executivo

Custos ambientais

Fiscalização

Administração central

Eventuais

CUSTO TOTAL

Exercício de Linhas de Transm issão 6/6


EXERCÍCIO

SUBESTAÇÃO

utilização no dia a dia de trabalho,

DACQ.E
Divisão de Apoio e Controle de Qualidade
" DESDE 1974 DISSEMINANDO CONHECIMENTO E CAPACITANDO
PESSOAL NA CONSTRUÇÃO DE EMPREENDIMENTOS DE TRANSMISSÃO"
Superintendência de Empreendimentos de Transmissão - ST.E
Divisão de Apoio e Controle de Qualidade - DACQ.E
Eletrobras
Furnas

1 Seja uma SE denominada DACQ. E 2012/01 com as seguintes características: 1

1. Região Brasil

2. Classe de tensão 345 kV

3. Arranjo DJM (345 kV) - BD4 (138 kV)

4. Porte Médio

EL = 6 ( 2 de 345 kV - 4 de 138kV)
5. Composição modular IB = 3 ( 2 de 345 kV - 1 de 138kV )
CT= 2 (1 de 345 kV- 1 de 138kV )
Banco de Auto Transformador
6. Equipamentos
345/138/13,8 kV 50 MVAs/ CDC e sem reserva

1. Entre com os dados no programa OSE-R2011.1 e a seguir preencha o


Relatório Resumo Modular abaixo:

RESUMO MODULAR
^ Eletrobras sedacq
Referência: Dezembro de 2010
Valores em RS
Descrição Unid. Quant % Total
Preço Unit TOTAL
1 MIG 346 kV - DJM gi
2 MIM 345 kV - DJM gi
3 EL 346 kV - DJM gi
4 IB 346 kV - DJM gi
5 CT 346 kV - DJM gi
6 TM 346 kV gi
7 MIM 138 kV - BD4 gi
8 EL 138 kV - BD4 gi
9 IB 138 kV - BD4 gi
10 CT 138 kV - BD4 gi
11 CUSTO TOTAL

Orçamento Modular da Eletrobras (Mai/2012) 1/2


Superintendência de Empreendimentos de Transmissão - ST.E
4 Divisão de Apoio e Controle de Qualidade - DACQ.E
Eletrobras
Furnas

2. Preencha também a tabela Resumo Geral do Orçamento a seguir:

Valores em R$
Item Descrição Unid. Quant. Preço % Total
TOTAL
Unit.
1 TERRENO
2 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
3 OBRAS CIVIS
4 MONTAGEM ELETROMECÂNICA
5 CANTEIRO DE OBRAS
6 COMISSIONAMENTO
7 ENGENHARIA
8 FISCALIZAÇÃO
9 ADMINISTRAÇÃO CENTRAL
10 EVENTUAIS
CUSTO TOTAL

Exercício de Subestação 2/2

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