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TDG
LT 230kV SÃO LUIS II – SÃO LUIS III C2
RESP. TÉCNICO
Folha: 1/ 63
Sérgio Anauate 261-4-102
CREA 0600504236 Rev.: 0D
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MEMORIAL DO PROJETO BÁSICO Data: 07 / 11 / 11
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INDICE
1. OBJETIVO
6. ESTUDOS ELÉTRICOS
7. FAIXA DE PASSAGEM
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10. ATERRAMENTO
1. OBJETIVO
Este documento tem por objetivo apresentar o projeto básico da linha de transmissão que
interligará o seccionamento da LT 230kV São Luis II – São Luis III C2, em 230kV, no estado do
Maranhão.
O projeto foi desenvolvido com base nas premissas, características e requisitos apresentados
no Anexo 6C do Edital de Concorrência n° 005/2009 da ANEEL.
A itemização deste documento foi feita com base na seqüência do desenvolvimento dos
trabalhos. Com o objetivo de facilitar a verificação do atendimento aos requisitos do Edital,
apresentamos a seguir uma tabela de correspondência ponto-a-ponto entre os itens solicitados
pela ANEEL e os itens deste documento.
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PROJETO
EDITAL (item 4.3 do Anexo 6C)
BÁSICO
Dados de ventos Item 3
Relação das Normas Oficiais utilizadas Item 2.4
Memorial de Cálculo dos Suportes Item 8.1
Desenho da diretriz selecionada e suas eventuais interferências Item 2.1
Desenho da faixa de passagem, “clearences” e distâncias de segurança Item 7
Faixa de passagem – item 7
Clearences - item 6
Regulação mecânica dos cabos: características físicas, estados básicos e Item 5
pressão resultante dos ventos.
Descrição detalhada do tratamento e das hipóteses assumidas para os Item 4
dados de vento, as pressões dinâmicas e as cargas resultantes, os es- Item 7
quemas e as hipóteses de carregamentos e o respectivo memorial de
cálculo passo a passo com o dimensionamento completo das bitolas dos
perfis dos suportes predominantes
Suportes Item 8.1
Tipos, características de aplicação e relatórios de ensaios de cargas
para suportes preexistentes.
Desenhos das silhuetas com as dimensões principais
Coeficientes de Segurança
Pressões de ventos atuantes (cabos e suportes), coeficientes de ar-
rasto, cargas resultantes e pontos de aplicação
Esquemas de carregamentos e cargas atuantes
Cargas resultantes nas fundações
Ensaio de carregamento de protótipo Item 8.2
Programa preliminar do ensaio de carregamento
Tipos de fundações: critérios de dimensionamento e desenhos dimensi- Item 8.1
onais
Características dos cabos condutores e dos cabos pára-raios Item 2.3
Cadeias de isoladores: coordenação eletromecânica, desenhos e demais Item 9
características
Contrapeso: características, material, método e critérios de dimensiona- Item 10
mento
Ferragens, espaçadores e acessórios: descrição, características físicas e Itens 9
desenhos de fabricação
Vibrações eólicas Item 9
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Saindo da SE São Luis II a linha corre em paralelo à BR 135 até o vértice V5, defletindo então
para a direita e se afastando da rodovia.
LT 230kV São Luis I – São Luis II C1 e C2, saindo da SE São Luis I em direção à SE São
Luis II, em 230kV, circuito duplo com disposição vertical de fases;
LT 230kV São Luis II – Vale C1, saindo da SE São Luis II em direção à SE Vale, em
230kV, circuito simples com disposição triangular de fases;
LT 230kV São Luis III – São Luis III C1, saindo da SE São Luis II em direção à SE São
Luis III, em 230kV, circuito simples com disposição triangular de fases;
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LT 230kV São Luis II – SE Vale – C2, saindo da SE São Luis II em direção à SE Vale, em
230kV, circuito simples com disposição triangular de fases;
Entre os vértices V5 e V11 a linha passa por áreas de cultivo sem vegetação significativa.
Entre os vértices V11 e V12 há presença de aglomerados de matas que devem, durante o
projeto executivo, ser melhor estudados.
Entre os vértices V12 e V13 há a travessia do rio navegável Tibiri, que merecerá estudo mais
aprofundado.
Após o vértice V13 o traçado se desenvolve por áreas de cultivo sem grandes obstáculos.
Entre o vértice V23 a SE São Luis III está a área mais densamente povoada pela qual o
traçado se desenvolverá. Este trecho merecerá melhor análise em campo para definir os
pontos que possibilitarão os menores impactos possíveis.
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Nas proximidades da linha encontra-se o Aeroporto Internacional de São Luis, sendo que a
menor distância lateral da linha para a pista é de 7,5km e da cabeceira 12km, concentrando-se
com isso na área horizontal externa. Por tratar-se de local relativamente plano não são
esperados problemas com essa interferência.
Abaixo ilustramos o traçado com foto retirada do Google Earth e apresentamos a tabela de
vértices da linha.
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Os critérios básicos de projeto serão apresentados em detalhe nos próximos itens deste
documento e foram definidos de forma a atender aos indicadores sistêmicos, aos indicadores
elétricos e aos indicadores mecânicos dos requisitos básicos do Edital.
No caso particular das características climáticas, foram colhidos dados do maior número de
estações meteorológicas próximas aos locais da linha e gerado um mapa de isótacas
apresentado neste relatório. Da mesma forma para as temperaturas e densidades foi
desenvolvido estudo específico e os mapas apresentados nos próximos itens.
Cada fase será composta por dois condutores AAAC 927,2MCM, código GREELEY, dispostos
em feixe vertical espaçados de 457mm.
CONDUTORES GREELEY
O projeto foi desenvolvido com base em normas brasileiras e internacionais cuja relação
completa encontra-se no documento nº 261-4-103 – Relação de Normas Técnicas Oficiais.
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3.1. Objetivo
Este relatório apresenta os cálculos das velocidades elevadas de vento a serem esperadas
para os estados do Maranhão, Piauí e Ceará O objetivo deste relatório é o de prover os setores
de projeto com velocidades de vento máximas prospectivas e seguras que atendam às
exigências técnicas constantes dos mais recentes Editais da ANEEL, relativos ao sistema de
transmissão aéreo nacional.
3.2. Introdução
O estudo admitirá a região de localização da linha de transmissão citada, tal como indicada na
Figura 2.1. A mesma figura apresenta também as estações anemométricas, cuja representação
numérica encontra-se relacionada na Tabela 3.1.1. Às séries de dados de velocidades
máximas anuais, coletados nas estações localizadas nas vizinhanças do empreendimento,
será aplicado o conceito da distribuição estatística de extremos de Gumbel.
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Para se dar maior confiabilidade nos resultados, foram utilizadas as estações mais próximas do
empreendimento em questão, pois é senso comum que os resultados de uma rede mais
completa são mais sólidos do que aqueles relacionados com esquemas muito dispersos e
escassos. A distribuição espacial das estações encontra-se caracterizada na Figura 2.1,
enquanto as suas características fisiográficas e paramétricas constam das Tabelas 3.1.1 a
3.1.3.
1
CV = (média) / (desvio padrão)
2
FR = (velocidade de 3 s) / (velocidade de 10 min)
3
para compensar o excesso de turbulência verificado nos ventos que ocorrem no Brasil
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Vm CVr Vm CVr
latitude longitude FRr3s FRr30s
estação anos 10 min 10 min 3s 3s
(graus) (graus) (pu) (pu)
(km/h) (%) (km/h) (%)
Alto Parnaíba 9.12 45.93 6 39.56 13 65.27 11 1.65 1.34
Apodi 5.65 37.80 8 44.20 13 72.92 11 1.65 1.34
Bacabal 4.08 44.75 6 45.12 13 74.45 11 1.65 1.34
Barbalha 7.32 39.30 4 35.03 19 57.80 17 1.65 1.34
Barra Corda 5.50 45.27 4 40.25 13 66.42 11 1.65 1.34
Belém 1.44 48.48 25 51.30 16 84.65 14 1.65 1.34
Cabrobó 8.52 39.33 7 54.06 16 89.19 14 1.65 1.34
Caracol 9.28 43.33 8 42.80 16 70.63 14 1.65 1.34
Carolina INMET 7.33 47.43 6 44.66 19 73.69 17 1.65 1.34
Carolina DEPV 7.33 47.43 8 36.52 16 60.26 14 1.65 1.34
Caxias 4.85 43.33 6 43.50 13 71.78 11 1.65 1.34
Colinas 6.03 44.23 6 42.57 13 70.24 11 1.65 1.34
Crateus 5.18 40.67 7 40.83 16 67.37 14 1.65 1.34
Fortaleza 3.78 38.53 25 42.35 16 69.88 14 1.65 1.34
Imperatriz 5.57 47.50 6 40.72 16 67.18 14 1.65 1.34
Ouricuri 7.90 40.05 7 40.37 19 66.61 17 1.65 1.34
Parnaiba 2.90 41.75 14 52.17 16 86.08 14 1.65 1.34
Patos 7.02 37.27 6 57.30 13 94.55 11 1.65 1.34
Petrolina INMET 9.38 40.50 6 50.23 13 82.88 11 1.65 1.34
Petrolina DEPV 9.38 40.50 8 32.61 16 50.55 17 1.55 1.28
Picos 7.07 41.48 8 47.44 16 78.28 14 1.65 1.34
Porto Nacional
INMET 10.70 48.42 5 57.88 13 95.50 11 1.65 1.34
Porto Nacional
DEPV 10.70 48.42 9 36.35 16 59.98 14 1.65 1.34
Quixeramobim 5.20 39.30 6 46.52 13 76.75 11 1.65 1.34
S Felix Piaui 5.95 42.12 7 37.58 13 62.01 11 1.65 1.34
São Gonçalo 6.75 38.22 7 49.18 13 81.15 11 1.65 1.34
São Luis 2.58 44.23 25 42.26 16 69.73 14 1.65 1.34
Soure 0.72 48.55 6 34.34 19 56.65 17 1.65 1.34
Teresina INMET 5.08 42.82 4 37.12 13 61.25 11 1.65 1.34
Teresina DEPV 5.08 42.82 20 36.00 16 59.40 14 1.65 1.34
Triunfo 7.85 38.13 5 39.67 13 65.46 11 1.65 1.34
Urucui 7.23 44.55 6 37.47 19 61.82 17 1.65 1.34
Zé Doca 3.48 45.25 6 51.39 13 84.79 11 1.65 1.34
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nomenclatura
estação anos C1 C2
Alto Parnaíba 6 0.83877 0.46903
Apodi 8 0.90432 0.48428
Bacabal 6 0.83877 0.46903
Barbalha 4 0.73147 0.44580
Barra Corda 4 0.73147 0.44580
Belém 25 1.09140 0.53086
Cabrobó 7 0.87493 0.47735
Caracol 8 0.90432 0.48428
Carolina INMET 6 0.83877 0.46903
Carolina DEPV 8 0.90432 0.48428
Caxias 6 0.83877 0.46903
Colinas 6 0.83877 0.46903
Crateus 7 0.87493 0.47735
Fortaleza 25 1.09140 0.53086
Imperatriz 6 0.83877 0.46903
Ouricuri 7 0.87493 0.47735
Parnaiba 14 1.00950 0.51004
Patos 6 0.83877 0.46903
Petrolina INMET 6 0.83877 0.46903
Petrolina DEPV 8 0.90432 0.48428
Picos 8 0.90432 0.48428
Porto Nacional INMET 5 0.79278 0.45879
Porto Nacional DEPV 9 0.92882 0.49015
Quixeramobim 6 0.83877 0.46903
S Felix Piaui 7 0.87493 0.47735
São Gonçalo 7 0.87493 0.47735
São Luis 25 1.09140 0.53086
Soure 6 0.83877 0.46903
Teresina INMET 4 0.73147 0.44580
Teresina DEPV 20 1.06280 0.52355
Triunfo 5 0.79278 0.45879
Urucui 6 0.83877 0.46903
Zé Doca 6 0.83877 0.46903
4
para detalhes de cálculo, veja também o Anexo II
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Quanto à rugosidade do terreno no entorno das estações consideradas nesse estudo, admitiu-
se que as velocidades medidas nas estações estão associadas a terrenos com grau de
rugosidade B, tal como classificado pelas Normas IEC 60826 e NBR 5422, significando
terrenos planos com poucos obstáculos. A escolha se deve ao fato de que as estações
meteorológicas normalmente se encontram em regiões de rugosidade B, por imposições
naturais das redes meteorológicas que, grosso modo, requerem localizações em terrenos
desprovidos de obstáculos para evitar distorções nas medições.
3.4. Os mapeamentos
Quanto ao modelo matemático de ajuste utilizado neste estudo, há que se fazer algumas
ponderações. O ajuste mais conservador é o dos mínimos quadrados pois, tal como pode ser
visto no Anexo II, possui uma correção de majoração do ajuste em função do número de anos
de coleta, ou seja, quanto menor a amostra, maior será a correção ou majoração no valor do
ajuste. Esse método tem sido extensivamente usado no Brasil, por ser mais seguro e por assim
compensar em parte as incertezas e imprecisões advindas da esparsidade da rede de medição
eólica nacional.
Neste estudo, que faz as regionalizações amostrais sugeridas nos editais da ANEEL,
estabelecendo critérios para inferir valores esperados para os coeficientes de variação (Anexo
VI), adota ainda as correções das médias em função do exposto em [6 e 7], e define o método
dos mínimos quadrados como adotado, para produzir valores mais conservadores que façam
face à baixa densidade de estações.
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VT = Vm + s ( Y - C2 ) / C1 Y = - ln [ - ln ( 1 - 1 / T ) ]
SE S.Luiz
SE Pecem
SE Aquiraz II
SE S.Luiz
SE Pecem
SE Aquiraz II
SE S.Luiz
SE Pecem
SE Aquiraz II
SE S.Luiz
SE Pecem
SE Aquiraz II
SE S.Luiz
SE Pecem
SE Aquiraz II
período de retorno
(anos) / Maranhão Piauí Ceará
tempo de média
150 / 10 minutos 90 90 95
150 / 3 segundos 145 140 150
50 / 30 segundos 105 105 110
2 / 10 minutos 50 50 50
30 / 30 segundos 100 100 105
2 / 30 segundos 70 65 65
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SE S.Luiz
SE Pecem
SE Aquiraz II
Temperatura Média
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SE S.Luiz
SE Pecem
SE Aquiraz II
Temperatura Mínima
SE S.Luiz
SE Pecem
SE Aquiraz II
SE S.Luiz
SE Pecem
SE Aquiraz II
A metodologia adotada foi aquela solicitada no EDITAL ANEEL N 005/2009 Anexo 6C, ou
seja, segundo a IEC 60826-3rd edition.
A análise dos dados fornecidos apontou para a utilização dos valores indicados a seguir.
a) Temperaturas
•Altura : 10 m
•Categoria do terreno : B
•Altura : 10 m
•Categoria do terreno : B
•Altura : 10 m
•Categoria do terreno : B
•Altura : 10 m
•Categoria do terreno : B
•Altura : 10 m
•Categoria do terreno : B
g) Altitudes
A velocidade de referência VR, a ser adotada para o projeto, é função da velocidade de vento
máximo (VM) e do fator de rugosidade KR:
VR = KR.VM
Portanto:
VR = VM
VR = 26,4 m/s
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Assim, as hipóteses de carregamento envolvendo tormentas elétricas fazem uso das séries
históricas das velocidades instantâneas, ou de 3 segundos, modeladas segundo um
conhecimento crescente da atividade eólica destrutiva passível de ocorrência em território
nacional. Note-se que os valores de fator de rajada sistematicamente avaliados no Brasil,
inclusive os apresentados neste estudo, são superiores aos apresentados pelo IEC. No caso
da linha em análise, temos uma relação de 1,58 contra 1,40 apresentado pelas normas citadas.
Desta forma, na representação dos ventos TS, por segurança, será utilizada a velocidade de
rajada de 3 segundos acrescido de um fator de segurança de 10%:
VR 2
q0
2 g
Sendo:
1,196 26,4 2
q0 = 42,5 kgf/m²
2 9,81
1,196 45,9 2
q0 =128,5 kgf/m²
2 9,81
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onde:
a ) Vão básico
Vb= 450m
1
zc Hl f Lc Dv , onde
3
Hl = altura mínima do cabo ao solo, conforme documento 261-4-004 item 7.6 (m)
Dv = distância vertical entre mísulas (valor calculado para a mísula do meio) (m)
A flecha de 14,82m foi obtida do cálculo mecânico e a distância do condutor-solo de 9,0 m foi
obtida do estudo de coordenação de isolamento.
Gc= 2,11
GL= 0,93
O balanço dos cabos será determinado segundo o critério da ABNT NBR-5422, para ventos
com períodos de retorno de 50 anos, 30 anos e 2 anos, com período de integração de 30
segundos, a uma altura de 10m. Estas velocidades serão então corrigidas para a altura média
do condutor. Assim, temos:
1,196 32,7 2
q0,50 = 64,9 kgf/m²
2 9,81
1,196 31,32
q0,30 = 59,8 kgf/m²
2 9,81
1,196 20,9 2
q0, 2 = 26,7 kgf/m²
2 9,81
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Da mesma forma que para os cabos condutores, a ação do vento sobre o cabo pára-raios é
determinada pela seguinte equação:
onde:
2
zcpr Hl fc Lc Dv1 Dv 2 Dv3 f , onde
3
Hl = altura mínima do cabo ao solo, conforme documento 261-4-004 item 7.6 (m)
f = flecha do cabo pára-raios para o mesmo vão básico e mesma condição que o condutor (m)
2
zc PR 7,5 14,82 3,0 6,0 6,0 3,0 11,20 = 32,8m (vão de 450m)
3
Gc= 2,27
GL= 0,93
Ai = q0.Cxi.Gt.Sl
onde:
1
zi Hl f Dv Lc , onde
2
Hl = altura mínima do cabo ao solo, conforme documento 261-4-004 item 7.6 (m)
Dv = distância vertical entre mísulas (valor calculado para a mísula do meio) (m)
Gt= 2,37
4.5.4. Estruturas
Para o cálculo da ação do vento sobre a estrutura, nos diversos painéis transversais e
longitudinais, a metodologia da IEC 60826 fornece a seguinte equação básica:
onde:
ST1,ST2 - Área líquida total de uma face projetada sobre um plano vertical situado na direção
das faces.
a) Cabo Condutor
TIPO AAAC
CÓDIGO GREELEY
DIÂMETRO 28,15 mm
b) Cabo pára-raios
Os cabos pára-raios, em número de dois por torre, serão do tipo CAA DOTTEREL e OPGW
14,4mm
CÓDIGO DOTTEREL -
b) Tração máxima de 50% da carga de ruptura do cabo conforme norma brasileira NBR
5422/85, à temperatura coincidente de 22C, com vento máximo transversal, 83,4kgf/m2,
final com creep de 10 anos.
c) Tração máxima de 33% da carga de ruptura do cabo conforme norma brasileira NBR
5422/85, à temperatura mínima de 11C, sem vento, inicial.
a) Tração cuja flecha seja correspondente a 90% da flecha do cabo condutor, na temperatura
média de 26C, sem vento, final com creep de 10 anos.
b) Tração máxima de 50% da carga de ruptura do cabo conforme norma brasileira NBR
5422/85, à temperatura coincidente de 22C, com vento máximo transversal, 89,7kgf/m2,
final com creep de 10 anos.
c) Tração máxima de 33% da carga de ruptura do cabo conforme norma brasileira NBR
5422/85, à temperatura mínima de 11C, sem vento, final.
6. ESTUDOS ELÉTRICOS
7. FAIXA DE PASSAGEM
a) Manter distância mínima para evitar descarga à tensão máxima operativa entre os
condutores das fases externas e o limite da faixa, sob condição de flecha e balanço
máximos, conforme indicado no item 12 da NBR-5422/1985.
b) Atender aos critérios de Rádio Interferência (RI), Ruído Audível (RA) e de Campos Elétricos
(CE) e Magnéticos (CM), no limite da faixa.
L = 2 (d + D) + b
Ângulo de balanço:
qo d
B tan 1 ( k . )
V
p
H
d = diâmetro = 0,02815 m
7.3 Conclusão
O critério crítico para definição da largura de faixa foi o de balanço de cabos com o valor
mínimo de 16,5m. Adotaremos o valor de 25,0m como uma segurança adicional.
TDG 261-4-102
LT 230kV SÃO LUIS II – SÃO LUIS III C2 Rev. 0D
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10. ATERRAMENTO
O contrapeso será de aço galvanizado bitola 3/8” SM. A conexão do fio contrapeso à torre será
feita por meio de presilhas fixadas por parafusos aos montantes da estrutura, no caso dos pés
das torres autoportantes e dos mastros das torres estaiadas. Nestas últimas, o contrapeso será
também conectado aos estais através de conectores cunha. A ampliação do aterramento,
quando necessária, será feita por meio de emendas com luvas a compressão sem tração.
É feita uma medição preliminar da resistividade do solo ao longo de todo o traçado para
identificação das características típicas do solo da região e levantamento do perfil típico de
resistividade.
a) Manter distância mínima para evitar descarga à tensão máxima operativa entre os
condutores das fases externas e o limite da faixa, sob condição de flecha e balanço
máximos, conforme indicado no item 12 da NBR-5422/1985.
b) Atender aos critérios de Rádio Interferência (RI), Ruído Audível (RA) e de Campos Elétricos
(CE) e Magnéticos (CM), no limite da faixa.
L = 2 (b + d + D)
Ângulo de balanço:
qo d
B tan 1 ( k . )
V
p
H
d = diâmetro = 0,02815 m
A faixa, por critérios de balanço, foi calculada considerando os seguintes valores e condições:
Os valores mínimos de faixa encontrados para os critérios elétricos são menos do que 25m,
prevalecendo, portanto, o critério do balanço de condutores.
11.3 Conclusão
O critério crítico para definição da largura de faixa foi o de balanço de cabos com o valor
mínimo de 18,04m. Adotaremos o valor de 25,0m como uma segurança adicional.
A distância entre o eixo da linha existente e o eixo da faixa / estruturas da nova LT será de
30,0m, conforme figura abaixo.
TDG 261-4-102
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