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0D Conforme comentários ANEEL 07/11/2011 MF EA SA

0C Detalhamento do cálculo da faixa 01/07/11 MF EA SA


Número do documento e comentários
0B 23/08/2010 MF EA SA
TDG/CHESF
0A Emissão inicial 26/04/2010 MF EA SA
REV. DESCRIÇÃO DATA EXEC VERIF APROV

TDG
LT 230kV SÃO LUIS II – SÃO LUIS III C2

MEMORIAL DO PROJETO BÁSICO

RESP. TÉCNICO
Folha: 1/ 63
Sérgio Anauate 261-4-102
CREA 0600504236 Rev.: 0D
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INDICE

1. OBJETIVO

2. CONCEPÇÃO BÁSICA DO PROJETO

2.1 Traçado Selecionado

2.2 Critérios de Projeto

2.3 Características dos Cabos Condutores e Pára-raios

2.4 Normas Adotadas

3. DADOS CLIMÁTICOS DA REGIÃO

4. CRITÉRIOS DE CARREGAMENTO MECÂNICO

4.1 Metodologia Adotada

4.2 Dados de Ventos e Parâmetros Climatológicos

4.3 Velocidade de Referência VR

4.4 Pressão Dinâmica de Referência

4.5 Pressão do Vento de Projeto

5. ESTUDO MECÂNICO DE CABOS

5.1 Características Físicas dos Cabos

5.2 Pressão Resultante do Vento

5.3 Estados Básicos de Cálculo

5.4 Cálculo de Trações e Flechas

5.5 Gráficos de Tração x Vão

6. ESTUDOS ELÉTRICOS

7. FAIXA DE PASSAGEM
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8. ESTUDO BÁSICO DAS ESTRUTURAS

8.1 Projeto Básico dos Suportes

8.2 Projeto Básico das Fundações

9. CADEIAS DE ISOLADORES E ACESSÓRIOS

10. ATERRAMENTO

10.1 Critérios de Dimensionamento

10.2 Materiais Utilizados

10.3 Critérios de Aplicação


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1. OBJETIVO

Este documento tem por objetivo apresentar o projeto básico da linha de transmissão que
interligará o seccionamento da LT 230kV São Luis II – São Luis III C2, em 230kV, no estado do
Maranhão.

O projeto foi desenvolvido com base nas premissas, características e requisitos apresentados
no Anexo 6C do Edital de Concorrência n° 005/2009 da ANEEL.

A itemização deste documento foi feita com base na seqüência do desenvolvimento dos
trabalhos. Com o objetivo de facilitar a verificação do atendimento aos requisitos do Edital,
apresentamos a seguir uma tabela de correspondência ponto-a-ponto entre os itens solicitados
pela ANEEL e os itens deste documento.
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TABELA DE CORRESPONDÊNCIA PONTO-A-PONTO

PROJETO
EDITAL (item 4.3 do Anexo 6C)
BÁSICO
Dados de ventos Item 3
Relação das Normas Oficiais utilizadas Item 2.4
Memorial de Cálculo dos Suportes Item 8.1
Desenho da diretriz selecionada e suas eventuais interferências Item 2.1
Desenho da faixa de passagem, “clearences” e distâncias de segurança Item 7
 Faixa de passagem – item 7
 Clearences - item 6
Regulação mecânica dos cabos: características físicas, estados básicos e Item 5
pressão resultante dos ventos.
Descrição detalhada do tratamento e das hipóteses assumidas para os Item 4
dados de vento, as pressões dinâmicas e as cargas resultantes, os es- Item 7
quemas e as hipóteses de carregamentos e o respectivo memorial de
cálculo passo a passo com o dimensionamento completo das bitolas dos
perfis dos suportes predominantes
Suportes Item 8.1
 Tipos, características de aplicação e relatórios de ensaios de cargas
para suportes preexistentes.
 Desenhos das silhuetas com as dimensões principais
 Coeficientes de Segurança
 Pressões de ventos atuantes (cabos e suportes), coeficientes de ar-
rasto, cargas resultantes e pontos de aplicação
 Esquemas de carregamentos e cargas atuantes
 Cargas resultantes nas fundações
Ensaio de carregamento de protótipo Item 8.2
Programa preliminar do ensaio de carregamento
Tipos de fundações: critérios de dimensionamento e desenhos dimensi- Item 8.1
onais
Características dos cabos condutores e dos cabos pára-raios Item 2.3
Cadeias de isoladores: coordenação eletromecânica, desenhos e demais Item 9
características
Contrapeso: características, material, método e critérios de dimensiona- Item 10
mento
Ferragens, espaçadores e acessórios: descrição, características físicas e Itens 9
desenhos de fabricação
Vibrações eólicas Item 9
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2. CONCEPÇÃO BÁSICA DO PROJETO

A linha de transmissão em 230kV foi concebida em circuito simples, utilizando estruturas


metálicas autoportantes e mantendo, de um modo geral, o traçado previsto no edital de
concorrência.

A escolha do cabo condutor obedeceu ao critério de otimização técnico-econômica, levando-se


em conta os aspectos elétricos, mecânicos e estruturais, além do atendimento às condições
atuais das linhas existentes. A escolha, que será demonstrada neste projeto básico, recaiu
sobre o cabo tipo AAAC GREELEY, com seção de 927,2MCM, instalado em condutor duplo por
fase em feixe vertical espaçado de 457mm.

2.1. TRAÇADO SELECIONADO

A LT terá comprimento aproximado de 36km e se desenvolverá por inteiro na cidade de São


Luis - Maranhão.

Saindo da SE São Luis II a linha corre em paralelo à BR 135 até o vértice V5, defletindo então
para a direita e se afastando da rodovia.

Entre o V2 e o V3 há travessia com 4 linhas de transmissão existentes, sendo elas: LT 230kV


São Luis II – São Luis I C1 e C2, LT 230kV São Luis II – SE Vale – C1, LT 230kV São Luis II –
São Luis III – C1 e LT 230kV São Luis II – SE Vale – C2 (entrada em operação em 2011).

As linhas atravessadas possuem as seguintes características, conforme item 1.2.3.9 do anexo


6C do Leilão. O croqui da travessia sobre foto do Google Earth encontra-se na sequência.

 LT 230kV São Luis I – São Luis II C1 e C2, saindo da SE São Luis I em direção à SE São
Luis II, em 230kV, circuito duplo com disposição vertical de fases;

 LT 230kV São Luis II – Vale C1, saindo da SE São Luis II em direção à SE Vale, em
230kV, circuito simples com disposição triangular de fases;

 LT 230kV São Luis III – São Luis III C1, saindo da SE São Luis II em direção à SE São
Luis III, em 230kV, circuito simples com disposição triangular de fases;
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 LT 230kV São Luis II – SE Vale – C2, saindo da SE São Luis II em direção à SE Vale, em
230kV, circuito simples com disposição triangular de fases;

Entre os vértices V5 e V11 a linha passa por áreas de cultivo sem vegetação significativa.

Entre os vértices V11 e V12 há presença de aglomerados de matas que devem, durante o
projeto executivo, ser melhor estudados.

Entre os vértices V12 e V13 há a travessia do rio navegável Tibiri, que merecerá estudo mais
aprofundado.

Após o vértice V13 o traçado se desenvolve por áreas de cultivo sem grandes obstáculos.

Entre os vértices V17 e V18 há a travessia da rodovia estadual MA 201.

Entre o vértice V23 a SE São Luis III está a área mais densamente povoada pela qual o
traçado se desenvolverá. Este trecho merecerá melhor análise em campo para definir os
pontos que possibilitarão os menores impactos possíveis.
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Nas proximidades da linha encontra-se o Aeroporto Internacional de São Luis, sendo que a
menor distância lateral da linha para a pista é de 7,5km e da cabeceira 12km, concentrando-se
com isso na área horizontal externa. Por tratar-se de local relativamente plano não são
esperados problemas com essa interferência.

Abaixo ilustramos o traçado com foto retirada do Google Earth e apresentamos a tabela de
vértices da linha.
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DISTÂNCIA SIRGAS 2000 - Fuso 23K


VÉRTICE DEFLEXÕES AZIMUTE
PARCIAL UTM PROGRESSIVA (UTM) E (UTM) N

SL2 ---------- 0,00 9.699.801 576.045


45º42´5" 346,508
V01 7º6´49"D 346,51 9.700.049 576.287
52º48´55" 182,003
V02 31º24´8"E 528,51 9.700.194 576.397
21º24´46" 219,126
V03 1º11´17"E 747,64 9.700.274 576.601
20º13´29" 80,994
V04 35º48´39"D 828,63 9.700.302 576.677
56º2´9" 579,946
V05 14º0´8"E 1.408,58 9.700.783 577.001
42º2´0" 1.011,103
V06 40º53´58"E 2.419,68 9.701.460 577.752
1º8´2" 1.263,247
V07 27º45´0"D 3.682,93 9.701.485 579.015
28º53´2" 1.403,611
V08 32º37´10"D 5.086,54 9.702.163 580.244
61º30´13" 2.441,831
V09 9º38´10"E 7.528,37 9.704.309 581.409
51º52´3" 390,295
V10 34º2´49"E 7.918,66 9.704.616 581.650
17º49´13" 1.179,597
V11 13º29´55"D 9.098,26 9.704.977 582.773
31º19´9" 3.674,428
V12 9º14´59"E 12.772,69 9.706.887 585.912
22º4´10" 1.626,152
V13 2º53´30"D 14.398,84 9.707.498 587.419
24º57´41" 687,189
V14 7º16´28"D 15.086,03 9.707.788 588.042
32º14´9" 3.213,304
V15 16º48´49"D 18.299,33 9.709.502 590.760
49º2´59" 8.140,032
V16 30º49´47"D 26.439,37 9.715.650 596.095
79º52´47" 1.832,512
V17 42º24´58"D 28.271,88 9.717.454 596.417
122º17´45" 376,198
V18 25º14´51"E 28.648,08 9.717.772 596.216
97º2´53" 1.572,886
V19 10º17´16"D 30.220,96 9.719.333 596.023
107º20´10" 1.154,444
V20 13º30´31"D 31.375,41 9.720.435 595.679
120º50´41" 826,968
V21 57º44´26"D 32.202,37 9.721.145 595.255
178º35´8" 486,148
V22 12º3´12"D 32.688,52 9.721.157 594.769
190º38´20" 1.088,715
V23 3º14´31"E 33.777,24 9.720.956 593.699
187º23´49" 862,175
V24 18º43´49"E 34.639,41 9.720.845 592.844
168º39´59" 478,327
V25 27º21´13"E 35.117,74 9.720.939 592.375
141º18´46" 327,965
V26 48º15´44"E 35.445,71 9.721.144 592.119
93º3´1" 319,453
V27 11º43´9"E 35.765,16 9.721.463 592.102
81º19´51" 225,577
SL3 35.990,74 9.721.686 592.136
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2.2 CRITÉRIOS DE PROJETO

Os critérios básicos de projeto serão apresentados em detalhe nos próximos itens deste
documento e foram definidos de forma a atender aos indicadores sistêmicos, aos indicadores
elétricos e aos indicadores mecânicos dos requisitos básicos do Edital.

No caso particular das características climáticas, foram colhidos dados do maior número de
estações meteorológicas próximas aos locais da linha e gerado um mapa de isótacas
apresentado neste relatório. Da mesma forma para as temperaturas e densidades foi
desenvolvido estudo específico e os mapas apresentados nos próximos itens.

2.3 CARACTERÍSTICAS DOS CABOS CONDUTORES E PÁRA-RAIOS.

Cada fase será composta por dois condutores AAAC 927,2MCM, código GREELEY, dispostos
em feixe vertical espaçados de 457mm.

Serão usados dois tipos de cabo pára-raios:

 CAA-EF 176,9 MCM, código DOTTEREL

 OPGW 14,4mm (diâmetro estimado)

CONDUTORES GREELEY

DIÂMETRO (mm) 28,15

SEÇÃO TRANSVERSAL (mm) 469,8

PESO LINEAR (kgf/m) 1,289

CARGA DE RUPTURA ( kgf ) 13.821


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PÁRA-RAIOS DOTTEREL OPGW(*)

DIÂMETRO (mm) 15,42 14,40

SEÇÃO TRANSVERSAL (mm) 141,93 120,00

PESO LINEAR (kgf/m) 0,657 0,700

CARGA DE RUPTURA ( kgf ) 7.530 11.310


(*) – Valores estimados para efeito do projeto básico

2.4 NORMAS ADOTADAS

O projeto foi desenvolvido com base em normas brasileiras e internacionais cuja relação
completa encontra-se no documento nº 261-4-103 – Relação de Normas Técnicas Oficiais.
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3. DADOS CLIMÁTICOS E DE VENTOS DA REGIÃO

Os dados climáticos e de ventos da região foram obtidos através de estudo específico


realizado e apresentado abaixo, levando em conta os dados da maior quantidade de estações
de medições presentes na região.

3.1. Objetivo

Este relatório apresenta os cálculos das velocidades elevadas de vento a serem esperadas
para os estados do Maranhão, Piauí e Ceará O objetivo deste relatório é o de prover os setores
de projeto com velocidades de vento máximas prospectivas e seguras que atendam às
exigências técnicas constantes dos mais recentes Editais da ANEEL, relativos ao sistema de
transmissão aéreo nacional.

3.2. Introdução

O estudo admitirá a região de localização da linha de transmissão citada, tal como indicada na
Figura 2.1. A mesma figura apresenta também as estações anemométricas, cuja representação
numérica encontra-se relacionada na Tabela 3.1.1. Às séries de dados de velocidades
máximas anuais, coletados nas estações localizadas nas vizinhanças do empreendimento,
será aplicado o conceito da distribuição estatística de extremos de Gumbel.
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Figura 2.1 - Região de implantação do sistema elétrico e estações anemométricas

De particular importância reveste-se a escolha das estações meteorológicas que constituirão o


fundamento do cálculo. A região em questão é pouco densa e pouco esparsa no que tange a
anemometria, mas as 33 estações localizadas nos 3 estados em pauta permitem uma
inferência estatística com razoável precisão. Os cálculos que se seguem fundamentam,
portanto, seu escopo nas estações mais próximas do empreendimento mencionado, a fim de
subsidiar as determinações paramétricas necessárias à consecução do estudo. O item seguinte
apresenta alguns detalhes sobre os dados aqui usados e as suas procedências.
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3.3. Características das estações

Para se dar maior confiabilidade nos resultados, foram utilizadas as estações mais próximas do
empreendimento em questão, pois é senso comum que os resultados de uma rede mais
completa são mais sólidos do que aqueles relacionados com esquemas muito dispersos e
escassos. A distribuição espacial das estações encontra-se caracterizada na Figura 2.1,
enquanto as suas características fisiográficas e paramétricas constam das Tabelas 3.1.1 a
3.1.3.

3.3.1. Critérios de regionalização

O processo de determinação de médias regionais para os CV’s (coeficientes de variação)1 e os


FR’s (fatores de rajada)2 seguem prática comum em meteorologia, já que parâmetros médios
são mais representativos e mais confiáveis do que os de estações tomadas isoladamente, com
variados tempos de coleta.

Há diversos critérios para se proceder a uma homogeneização regional de parâmetros


climáticos, tal como média dos parâmetros estações determinados nas estações mais
próximas, ou média ponderada, em função dos anos de coleta, de tal sorte que estações com
mais tempo de coleta tenham uma influência majorada no fenômeno espacial em questão.

Pode-se recorrer, ainda, a um valor médio acrescido de um determinado número de desvios-


padrão, dependendo do grau de confiabilidade que se deseja conferir ao estudo. Este estudo
adota os critérios de regionalização dos CVs descritos no Anexo VI. Além disso, as velocidades
médias do vento com tempo de média de 10 minutos encontram-se corrigidas, como justificado
e sugerido3 em [6 e 7].

1
CV = (média) / (desvio padrão)
2
FR = (velocidade de 3 s) / (velocidade de 10 min)
3
para compensar o excesso de turbulência verificado nos ventos que ocorrem no Brasil
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Tabela 3.1.1 - Características gerais das estações anemométricas

# mapa estação estado órgão coletor


5 Alto Parnaíba MA INMET
9 Apodi RN INMET
12 Bacabal MA INMET
16 Barbalha CE INMET
19 Barra Corda MA INMET
22 Belém PA DEPV
30 Cabrobó PE INMET
43 Caracol PI INMET
46 Carolina MA INMET
46 Carolina MA DEPV
51 Caxias MA INMET
54 Colinas MA INMET
56 Crateus CE INMET
71 Fortaleza CE DEPV
87 Imperatriz MA INMET
124 Ouricuri PE INMET
129 Parnaiba PI DEPV
131 Patos PB INMET
135 Petrolina PE INMET
136 Petrolina BA DEPV
137 Picos PI INMET
147 Porto Nacional TO INMET
147 Porto Nacional TO DEPV
154 Quixeramobim CE INMET
162 S Felix Piaui PI INMET
176 São Gonçalo PB INMET
178 São Luis MA DEPV
184 Soure PA INMET
189 Teresina PI INMET
189 Teresina PI DEPV
193 Triunfo PE INMET
198 Urucui PI INMET
206 Zé Doca MA INMET
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Tabela 3.1.2 - Características paramétricas das estações anemométricas

Vm CVr Vm CVr
latitude longitude FRr3s FRr30s
estação anos 10 min 10 min 3s 3s
(graus) (graus) (pu) (pu)
(km/h) (%) (km/h) (%)
Alto Parnaíba 9.12 45.93 6 39.56 13 65.27 11 1.65 1.34
Apodi 5.65 37.80 8 44.20 13 72.92 11 1.65 1.34
Bacabal 4.08 44.75 6 45.12 13 74.45 11 1.65 1.34
Barbalha 7.32 39.30 4 35.03 19 57.80 17 1.65 1.34
Barra Corda 5.50 45.27 4 40.25 13 66.42 11 1.65 1.34
Belém 1.44 48.48 25 51.30 16 84.65 14 1.65 1.34
Cabrobó 8.52 39.33 7 54.06 16 89.19 14 1.65 1.34
Caracol 9.28 43.33 8 42.80 16 70.63 14 1.65 1.34
Carolina INMET 7.33 47.43 6 44.66 19 73.69 17 1.65 1.34
Carolina DEPV 7.33 47.43 8 36.52 16 60.26 14 1.65 1.34
Caxias 4.85 43.33 6 43.50 13 71.78 11 1.65 1.34
Colinas 6.03 44.23 6 42.57 13 70.24 11 1.65 1.34
Crateus 5.18 40.67 7 40.83 16 67.37 14 1.65 1.34
Fortaleza 3.78 38.53 25 42.35 16 69.88 14 1.65 1.34
Imperatriz 5.57 47.50 6 40.72 16 67.18 14 1.65 1.34
Ouricuri 7.90 40.05 7 40.37 19 66.61 17 1.65 1.34
Parnaiba 2.90 41.75 14 52.17 16 86.08 14 1.65 1.34
Patos 7.02 37.27 6 57.30 13 94.55 11 1.65 1.34
Petrolina INMET 9.38 40.50 6 50.23 13 82.88 11 1.65 1.34
Petrolina DEPV 9.38 40.50 8 32.61 16 50.55 17 1.55 1.28
Picos 7.07 41.48 8 47.44 16 78.28 14 1.65 1.34
Porto Nacional
INMET 10.70 48.42 5 57.88 13 95.50 11 1.65 1.34
Porto Nacional
DEPV 10.70 48.42 9 36.35 16 59.98 14 1.65 1.34
Quixeramobim 5.20 39.30 6 46.52 13 76.75 11 1.65 1.34
S Felix Piaui 5.95 42.12 7 37.58 13 62.01 11 1.65 1.34
São Gonçalo 6.75 38.22 7 49.18 13 81.15 11 1.65 1.34
São Luis 2.58 44.23 25 42.26 16 69.73 14 1.65 1.34
Soure 0.72 48.55 6 34.34 19 56.65 17 1.65 1.34
Teresina INMET 5.08 42.82 4 37.12 13 61.25 11 1.65 1.34
Teresina DEPV 5.08 42.82 20 36.00 16 59.40 14 1.65 1.34
Triunfo 7.85 38.13 5 39.67 13 65.46 11 1.65 1.34
Urucui 7.23 44.55 6 37.47 19 61.82 17 1.65 1.34
Zé Doca 3.48 45.25 6 51.39 13 84.79 11 1.65 1.34
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nomenclatura

Vm velocidade média (10 min ou 3 segundos)

CVr coeficiente de variação (%) regionalizado (10 min ou 3 s)

FRr3s fator de rajada de 3 segundos (pu) regionalizado

FRr30s fator de rajada de 30 segundos (pu) regionalizado


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Tabela 3.1.3 - Fatores C1 e C2 das distribuições de Gumbel4

estação anos C1 C2
Alto Parnaíba 6 0.83877 0.46903
Apodi 8 0.90432 0.48428
Bacabal 6 0.83877 0.46903
Barbalha 4 0.73147 0.44580
Barra Corda 4 0.73147 0.44580
Belém 25 1.09140 0.53086
Cabrobó 7 0.87493 0.47735
Caracol 8 0.90432 0.48428
Carolina INMET 6 0.83877 0.46903
Carolina DEPV 8 0.90432 0.48428
Caxias 6 0.83877 0.46903
Colinas 6 0.83877 0.46903
Crateus 7 0.87493 0.47735
Fortaleza 25 1.09140 0.53086
Imperatriz 6 0.83877 0.46903
Ouricuri 7 0.87493 0.47735
Parnaiba 14 1.00950 0.51004
Patos 6 0.83877 0.46903
Petrolina INMET 6 0.83877 0.46903
Petrolina DEPV 8 0.90432 0.48428
Picos 8 0.90432 0.48428
Porto Nacional INMET 5 0.79278 0.45879
Porto Nacional DEPV 9 0.92882 0.49015
Quixeramobim 6 0.83877 0.46903
S Felix Piaui 7 0.87493 0.47735
São Gonçalo 7 0.87493 0.47735
São Luis 25 1.09140 0.53086
Soure 6 0.83877 0.46903
Teresina INMET 4 0.73147 0.44580
Teresina DEPV 20 1.06280 0.52355
Triunfo 5 0.79278 0.45879
Urucui 6 0.83877 0.46903
Zé Doca 6 0.83877 0.46903

4
para detalhes de cálculo, veja também o Anexo II
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3.3.2 Rugosidade dos terrenos

Quanto à rugosidade do terreno no entorno das estações consideradas nesse estudo, admitiu-
se que as velocidades medidas nas estações estão associadas a terrenos com grau de
rugosidade B, tal como classificado pelas Normas IEC 60826 e NBR 5422, significando
terrenos planos com poucos obstáculos. A escolha se deve ao fato de que as estações
meteorológicas normalmente se encontram em regiões de rugosidade B, por imposições
naturais das redes meteorológicas que, grosso modo, requerem localizações em terrenos
desprovidos de obstáculos para evitar distorções nas medições.

3.4. Os mapeamentos

Considerados os valores paramétricos constantes das Tabelas 3.1.1 a 3.1.3, a metodologia


estatística descrita no Anexo II e, ainda, os ajustes das amostras à estatística de Gumbel,
foram elaborados os mapeamentos de isótacas.

Quanto ao modelo matemático de ajuste utilizado neste estudo, há que se fazer algumas
ponderações. O ajuste mais conservador é o dos mínimos quadrados pois, tal como pode ser
visto no Anexo II, possui uma correção de majoração do ajuste em função do número de anos
de coleta, ou seja, quanto menor a amostra, maior será a correção ou majoração no valor do
ajuste. Esse método tem sido extensivamente usado no Brasil, por ser mais seguro e por assim
compensar em parte as incertezas e imprecisões advindas da esparsidade da rede de medição
eólica nacional.

Neste estudo, que faz as regionalizações amostrais sugeridas nos editais da ANEEL,
estabelecendo critérios para inferir valores esperados para os coeficientes de variação (Anexo
VI), adota ainda as correções das médias em função do exposto em [6 e 7], e define o método
dos mínimos quadrados como adotado, para produzir valores mais conservadores que façam
face à baixa densidade de estações.
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3.5. Ventos básicos de projeto

Dos mapeamentos obtidos, podem ser recomendadas as velocidades de vento constantes da


Tabela 5.1, de forma a subsidiarem as hipóteses de carga normalmente utilizadas no
dimensionamento de estruturas aéreas de transmissão. Os cálculos das velocidades foram
feitos seguindo a formulação

VT = Vm + s ( Y - C2 ) / C1 Y = - ln [ - ln ( 1 - 1 / T ) ]

Vm velocidade média da amostra de máximos anuais (km/h)

s desvio-padrão da amostra de máximos anuais (km/h)

VT velocidade de vento referida a um período de retorno T (anos)

C1 e C2 coeficientes da distribuição de Gumbel (ver Anexo II)


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3.2 ISÓTACAS RESULTANTES (VENTOS)

Os mapas de isótacas resultantes das estações apresentadas na Tabela 3.1.2 são


apresentados abaixo:

SE S.Luiz
SE Pecem

SE Aquiraz II

Ventos 150 Anos – 10 Minutos


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SE S.Luiz
SE Pecem

SE Aquiraz II

Ventos 150 Anos – 3 segundos


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SE S.Luiz
SE Pecem

SE Aquiraz II

Ventos 50 Anos – 10 minutos


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SE S.Luiz
SE Pecem

SE Aquiraz II

Ventos 30 Anos – 30 segundos


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SE S.Luiz
SE Pecem

SE Aquiraz II

Ventos 2 Anos – 30 segundos

Velocidades de projeto em km/h, terrenos tipo B,


e medições feitas a 10 m de altura, máximas em cada estado

período de retorno
(anos) / Maranhão Piauí Ceará
tempo de média
150 / 10 minutos 90 90 95
150 / 3 segundos 145 140 150
50 / 30 segundos 105 105 110
2 / 10 minutos 50 50 50
30 / 30 segundos 100 100 105
2 / 30 segundos 70 65 65
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3.2 MAPAS RESULTANTES (TEMPERATURAS)

Os mapas de temperaturas resultantes das estações utilizadas são apresentados abaixo:

SE S.Luiz
SE Pecem

SE Aquiraz II

Temperatura Média
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SE S.Luiz
SE Pecem

SE Aquiraz II

Temperatura Mínima

SE S.Luiz
SE Pecem

SE Aquiraz II

Temperatura Média das Mínimas (Coincidente)


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SE S.Luiz
SE Pecem

SE Aquiraz II

Temperatura Média das Máximas


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4. CRITÉRIOS DE CARREGAMENTO MECÂNICO

4.1. METODOLOGIA ADOTADA

A metodologia adotada foi aquela solicitada no EDITAL ANEEL N 005/2009 Anexo 6C, ou
seja, segundo a IEC 60826-3rd edition.

4.2. DADOS DE VENTOS E PARÂMETROS CLIMATOLÓGICOS

Os valores das velocidades de ventos, temperaturas e densidades foram obtidos do item 3


deste documento.

A análise dos dados fornecidos apontou para a utilização dos valores indicados a seguir.

a) Temperaturas

•Temperatura média : 26C

•Temperatura máxima média : 33C

•Temperatura mínima : 11C

•Médias das temp. mínimas diárias: 22C (coincidente)

b) Velocidade de vento extremo 150 anos, 10 minutos

•Tempo de integração média: 10 minutos

•Período de retorno : 150 anos

•Altura : 10 m

•Categoria do terreno : B

•Velocidade : 95 km/h (26,4 m/s)


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c) Velocidade de vento extremo 150 anos, 3 segundos

•Tempo de integração média: 3 segundos

•Período de retorno : 150 anos

•Altura : 10 m

•Categoria do terreno : B

•Velocidade : 150 km/h (41,7 m/s)

d) Velocidade de vento de balanço 50 anos, 30 segundos

•Tempo de integração média: 30 segundos

•Período de retorno : 50 anos

•Altura : 10 m

•Categoria do terreno : B

•Velocidade : 110 km/h (30,6 m/s)

e) Velocidade de vento de balanço 30 anos, 30 segundos

•Tempo de integração média: 30 segundos

•Período de retorno : 30 anos

•Altura : 10 m

•Categoria do terreno : B

•Velocidade : 105 km/h (29,2 m/s)


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f) Velocidade de vento de balanço 2 anos, 30 segundos

•Tempo de integração média: 30 segundos

•Período de retorno : 2 anos

•Altura : 10 m

•Categoria do terreno : B

•Velocidade máxima anual : 70 km/h (19,5 m/s)

g) Altitudes

A altitude média da região onde a linha se localiza é de 0m acima do nível do mar.

4.3. VELOCIDADE DE REFERÊNCIA VR

A velocidade de referência VR, a ser adotada para o projeto, é função da velocidade de vento
máximo (VM) e do fator de rugosidade KR:

VR = KR.VM

Da tabela 4 da norma IEC 60826 obtém-se:

KR = 1,00 (terreno de rugosidade B)

Portanto:

VR = VM

a) Tormentas frontais (EPS)

VR = 26,4 m/s
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b) Tormentas elétricas (TS)

Todas as velocidades de vento consideradas neste relatório contêm células convectivas


ciclônicas, sejam elas associadas a sistemas frontais (EPS), a formações locais de
tempestades (TS) ou mesmo a sistemas ditos mistos, que freqüentemente se formam pela
superposição dos dois fenômenos anteriormente citados. Como para o tempo de integração da
média das velocidades de vento a base de cálculo da norma IEC-60826 e da NBR-5422 é de
10 minutos, os fatores de rajada foram realisticamente determinados em cada estação pelas
relações V3 segundos/V10minutos e posteriormente regionalizados proporcionalmente ao número de
anos de coleta.

Assim, as hipóteses de carregamento envolvendo tormentas elétricas fazem uso das séries
históricas das velocidades instantâneas, ou de 3 segundos, modeladas segundo um
conhecimento crescente da atividade eólica destrutiva passível de ocorrência em território
nacional. Note-se que os valores de fator de rajada sistematicamente avaliados no Brasil,
inclusive os apresentados neste estudo, são superiores aos apresentados pelo IEC. No caso
da linha em análise, temos uma relação de 1,58 contra 1,40 apresentado pelas normas citadas.

Desta forma, na representação dos ventos TS, por segurança, será utilizada a velocidade de
rajada de 3 segundos acrescido de um fator de segurança de 10%:

VR = 41,7 x 1,10 = 45,9 m/s

4.4. PRESSÃO DINÂMICA DE REFERÊNCIA

A pressão dinâmica de referência é calculada a partir da seguinte fórmula:

  VR 2
q0 
2 g

Sendo:

 = massa volumétrica do ar (igual a 1,196 à temperatura de 22C e altitude de 0m)

g = aceleração da gravidade = 9,81 m/s2

VR = velocidade de referência (m/s)


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a) Tormentas frontais (EPS)

1,196  26,4 2
q0  = 42,5 kgf/m²
2  9,81

b) Tormentas elétricas (TS)

1,196  45,9 2
q0  =128,5 kgf/m²
2  9,81
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4.5. PRESSÃO DO VENTO DE PROJETO

4.5.1. Cabos condutores

A ação do vento nos cabos condutores é determinada pela seguinte equação:

Ac= q0.CXC.GC. GL.d.L.sen2Ω

onde:

q0 -pressão dinâmica de referência.

CXC- coeficiente de arrasto igual a 1,0.

GC - fator de vento combinado, função da altura média do cabo Zc.

GL - fator de vão, função do vão médio da linha.

Ω - ângulo de incidência do vento.

Da equação acima, pode-se definir:

pc= q0.CXC.GC.GL (pressão do vento de projeto corrigido)

a ) Vão básico

Vb= 450m

b) Altura média dos cabos condutores

1
zc  Hl  f  Lc  Dv , onde
3

zc = altura média do cabo condutor

Hl = altura mínima do cabo ao solo, conforme documento 261-4-004 item 7.6 (m)

f = flecha do cabo condutor na temperatura máxima e vão básico (m)

Lc = comprimento da cadeia de isoladores (m)


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Dv = distância vertical entre mísulas (valor calculado para a mísula do meio) (m)

zc = 9,0 + 14,82 / 3 + 3,0 + 6,0  22,9 m (vão= 450m e terreno plano)

A flecha de 14,82m foi obtida do cálculo mecânico e a distância do condutor-solo de 9,0 m foi
obtida do estudo de coordenação de isolamento.

c) Fator de vento combinado Gc e de vão GL

Das figuras 3 e 4 da norma IEC 60826 – 3ª edição, considerando terreno de rugosidade B e


vão de 450m, obtém-se:

Gc= 2,11

GL= 0,93

d) Pressão do vento de projeto nos cabos condutores

pc= q0.CXC.GC .GL (pressão do vento de projeto corrigido)

pc= 42,5 x 1,0 x 2,11 x 0,93  83,4 kgf/m2

e) Pressão do vento de balanço nos cabos condutores

O balanço dos cabos será determinado segundo o critério da ABNT NBR-5422, para ventos
com períodos de retorno de 50 anos, 30 anos e 2 anos, com período de integração de 30
segundos, a uma altura de 10m. Estas velocidades serão então corrigidas para a altura média
do condutor. Assim, temos:

Kh = fator de correção da altura = (21,4/10)1/11 = 1,071

VT = vento de projeto para um período de retorno T

q0, T = pressão dinâmica de referência para o vento VT


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V50 = Kh . 30,6 = 32,7 m/s

1,196  32,7 2
q0,50  = 64,9 kgf/m²
2  9,81

V30 = Kh . 29,2 = 31,3 m/s

1,196  31,32
q0,30  = 59,8 kgf/m²
2  9,81

V2 = Kh . 19,5 = 20,9 m/s

1,196  20,9 2
q0, 2  = 26,7 kgf/m²
2  9,81
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4.5.2. Cabos pára-raios

Da mesma forma que para os cabos condutores, a ação do vento sobre o cabo pára-raios é
determinada pela seguinte equação:

Ac= q0.CXC.GC. GL.d.L.sen2Ω

onde:

q0 -pressão dinâmica de referência.

CXC- coeficiente de arrasto igual a 1,0.

GC - fator de vento combinado, função da altura média do cabo Zc.

GL - fator de vão, função do vão médio da linha.

Ω - ângulo de incidência do vento.

Da equação acima, pode-se definir:

ppr= q0.CXC.GC .GL (pressão do vento de projeto corrigido)

a) Altura média dos cabos pára-raios

2
zcpr  Hl  fc  Lc  Dv1  Dv 2  Dv3  f , onde
3

zcpr = altura média do cabo pára-raios

Hl = altura mínima do cabo ao solo, conforme documento 261-4-004 item 7.6 (m)

fc = flecha do cabo condutor na temperatura máxima e vão básico (m)

Lc = comprimento da cadeia de isoladores (m)

Dv1 = distância vertical entre mísula inferior e média (m)

Dv2 = distância vertical entre mísula média e superior (m)


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Dv3 = distância vertical entre mísula superior e mísula do pára-raios (m)

f = flecha do cabo pára-raios para o mesmo vão básico e mesma condição que o condutor (m)

2
zc PR  7,5  14,82  3,0  6,0  6,0  3,0   11,20 = 32,8m (vão de 450m)
3

b) Fator do vento combinado Gc e fator de vão GL

Das figuras 3 e 4 da norma IEC 60826 – 3ª edição, considerando terreno de rugosidade B e


vão de 450m, obtém-se:

Gc= 2,27

GL= 0,93

c) Pressão do vento de projeto nos cabos pára-raios

ppr= q0.CXC.GC.GL (pressão do vento de projeto corrigido)

ppr= 42,5 x 1,0 x 2,27 x 0,93  89,7 kgf/m2


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4.5.3. Cadeias de isoladores

A ação do vento nas cadeias de isoladores é determinada pela seguinte equação:

Ai = q0.Cxi.Gt.Sl

onde:

q0 - pressão dinâmica de referência

Cxi- coeficiente de arrasto igual a 1,2

Gt – fator de vento combinado, função da altura média da cadeia zi.

Sl – área projetada da cadeia

Da equação acima se pode definir:

pi= q0.Cxi.Gt (pressão do vento de projeto corrigido)

a) Altura média da cadeia Zi

1
zi  Hl  f  Dv  Lc , onde
2

zi = altura média da cadeia de isoladores

Hl = altura mínima do cabo ao solo, conforme documento 261-4-004 item 7.6 (m)

f = flecha do cabo condutor na temperatura máxima e vão básico (m)

Dv = distância vertical entre mísulas (valor calculado para a mísula do meio) (m)

Lc = comprimento da cadeia de isoladores (m)

zi = 9,0 + 14,82 + 6,0+ 3,0 / 2  31,3 m (vão= 450m)


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b) Fator do vento combinado Gt

Da figura 5 (norma IEC 60826), considerando terreno de rugosidade B, obtém-se:

Gt= 2,37

c) Pressão do vento de projeto nas cadeias de isoladores

pi= q0.Cxi.Gt (pressão de vento de projeto corrigido)

pi= 42,5 x 1,20 x 2,37 = 120,9 kgf/m2


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4.5.4. Estruturas

Para o cálculo da ação do vento sobre a estrutura, nos diversos painéis transversais e
longitudinais, a metodologia da IEC 60826 fornece a seguinte equação básica:

At= q0 (1 + 0,2sen22)(ST1.CXT1.cos2 + ST2.CXT2.sen2) Gt

onde:

q0 - pressão dinâmica de referência

 - ângulo de incidência do vento

ST1,ST2 - Área líquida total de uma face projetada sobre um plano vertical situado na direção
das faces.

CXT1,CXT2- coeficiente de arrasto próprio das faces

Gt – fator de vento combinado, obtido da figura 5 da IEC 60826


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5. ESTUDO MECÂNICO DE CABOS

5.1. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS CABOS

a) Cabo Condutor

TIPO AAAC

CÓDIGO GREELEY

BITOLA 927,2 MCM

DIÂMETRO 28,15 mm

SEÇÃO TRANSVERSAL 469,8 mm2

PESO LINEAR 1,289 kgf/m

CARGA DE RUPTURA 13.821 kgf

b) Cabo pára-raios

Os cabos pára-raios, em número de dois por torre, serão do tipo CAA DOTTEREL e OPGW
14,4mm

TIPO CAA-EF OPGW

CÓDIGO DOTTEREL -

BITOLA 176,9 MCM -

DIÂMETRO 15,42 mm 14,40 mm

SEÇÃO TRANSVERSAL 141,93 mm² 120,00 mm²

PESO LINEAR 0,657 kg/m 0,700 kg/m

CARGA DE RUPTURA 7.530 kgf 11.310 kgf


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5.2. PRESSÕES RESULTANTES DO VENTO

As pressões do vento indicadas abaixo foram obtidas do item 4 deste relatório.

 Cabo condutor = 83,4 kgf/m2

 Cabo pára-raios = 89,7 kgf/m2

5.3. ESTADOS BÁSICOS DE CÁLCULO

5.3.1. Cabo condutor GREELEY

a) Tração máxima de 2.764 kgf, correspondente a 20% da carga de ruptura, à temperatura


média de 26C, sem vento, final com creep de 10 anos.

b) Tração máxima de 50% da carga de ruptura do cabo conforme norma brasileira NBR
5422/85, à temperatura coincidente de 22C, com vento máximo transversal, 83,4kgf/m2,
final com creep de 10 anos.

c) Tração máxima de 33% da carga de ruptura do cabo conforme norma brasileira NBR
5422/85, à temperatura mínima de 11C, sem vento, inicial.

d) Temperatura máxima de operação de 80C, sem vento, final.

e) Temperatura média de 26°C, sem vento, inicial (condição de instalação).

5.3.2. Cabo pára-raios

a) Tração cuja flecha seja correspondente a 90% da flecha do cabo condutor, na temperatura
média de 26C, sem vento, final com creep de 10 anos.

b) Tração máxima de 50% da carga de ruptura do cabo conforme norma brasileira NBR
5422/85, à temperatura coincidente de 22C, com vento máximo transversal, 89,7kgf/m2,
final com creep de 10 anos.

c) Tração máxima de 33% da carga de ruptura do cabo conforme norma brasileira NBR
5422/85, à temperatura mínima de 11C, sem vento, final.

d) Temperatura máxima de 40C, sem vento, final.


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e) Temperatura média de 26°C, sem vento.

Os equivalentes térmicos do CREEP foram calculados de acordo com o paper CIGRE


publicado na revista ELECTRA número 24, referencia ELT_024_3 – 1972 – A pracctical
method of conductor creep determination.
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5.4. CÁLCULO DE TRAÇÕES E FLECHAS

5.4.1. Cabo Condutor GREELEY

CALCULO MECANICO DE CABOS

ANEEL LOTE C 005/2009 - LT 230KV SAO LUIS II - SAO LUIS III


CABO AAAC 927,2MCM GREELEY

DADOS DO CABO AAAC 927,2MCM GREELEY

DIAMETRO ................................ 28.15 MM

PESO UNITARIO ........................... 1.2890 KGF/M

SECAO TRANSVERSAL ....................... 469.80 MM2

CARGA DE RUPTURA ....................... 13821.0 KGF

MODULO DE ELASTICIDADE .................. 6187.0 KGF/MM2

COEFICIENTE DE DILATACAO LINEAR .......... .0000230 /C

EQUIVALENTE TERMICO DO CREEP ............ 34.0 C

CONDICAO TEMP SOBRECARGA SOBRECARGA TRACAO ESTADO


DE CARGA HORIZONTAL VERTICAL LIMITE
(C) (KG/M) (KG/M) (KG)

A 26.0 .000 .000 2764. FINAL

B 22.0 2.347 .000 6910. FINAL

C 11.0 .000 .000 4560. FINAL

D 80.0 .000 .000 9999. FINAL

E 26.0 .000 .000 9999. INICIAL


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CALCULO MECANICO DE CABOS

ANEEL LOTE C 005/2009 - LT 230KV SAO LUIS II - SAO LUIS III


CABO AAAC 927,2MCM GREELEY

TABELA DE TRACOES (KGF)

VAO (*) COND COND COND COND COND


(M) A B C D E

150. A 2764. 3795. 3536. 1288. 4653.


175. A 2764. 3939. 3472. 1417. 4531.
200. A 2764. 4072. 3407. 1532. 4399.
225. A 2764. 4195. 3344. 1634. 4264.
250. A 2764. 4309. 3286. 1727. 4129.
275. A 2764. 4412. 3232. 1810. 3997.
300. A 2764. 4507. 3183. 1884. 3873.
325. A 2764. 4594. 3140. 1952. 3759.
350. A 2764. 4674. 3102. 2013. 3655.
375. A 2764. 4747. 3068. 2068. 3563.
400. A 2764. 4814. 3039. 2118. 3480.
425. A 2764. 4875. 3013. 2163. 3408.
450. A 2764. 4931. 2990. 2205. 3345.
475. A 2764. 4982. 2970. 2242. 3290.
500. A 2764. 5029. 2953. 2276. 3241.
525. A 2764. 5073. 2937. 2308. 3199.
550. A 2764. 5113. 2923. 2336. 3161.
575. A 2764. 5150. 2911. 2363. 3128.
600. A 2764. 5184. 2900. 2387. 3099.
625. A 2764. 5215. 2890. 2409. 3073.
650. A 2764. 5244. 2881. 2429. 3050.
675. A 2764. 5271. 2873. 2448. 3029.
700. A 2764. 5296. 2866. 2466. 3010.
725. A 2764. 5319. 2859. 2482. 2994.
750. A 2764. 5341. 2853. 2497. 2979.
775. A 2764. 5361. 2848. 2510. 2965.
800. A 2764. 5379. 2843. 2523. 2953.

(*) = CONDICAO DE GOVERNO


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CALCULO MECANICO DE CABOS

ANEEL LOTE C 005/2009 - LT 230KV SAO LUIS II - SAO LUIS III


CABO AAAC 927,2MCM GREELEY

TABELA DE FLECHAS (M)

VAO (*) COND COND COND COND COND


(M) A B C D E

150. A 1.31 1.98 1.03 2.81 .78


175. A 1.79 2.60 1.42 3.48 1.09
200. A 2.33 3.29 1.89 4.21 1.47
225. A 2.95 4.04 2.44 4.99 1.91
250. A 3.64 4.86 3.07 5.84 2.44
275. A 4.41 5.74 3.77 6.74 3.05
300. A 5.25 6.69 4.56 7.70 3.74
325. A 6.16 7.70 5.42 8.73 4.53
350. A 7.15 8.78 6.37 9.82 5.40
375. A 8.20 9.92 7.39 10.97 6.36
400. A 9.33 11.14 8.49 12.19 7.41
425. A 10.54 12.42 9.67 13.47 8.54
450. A 11.82 13.76 10.92 14.82 9.76
475. A 13.17 15.18 12.25 16.24 11.06
500. A 14.59 16.66 13.66 17.72 12.44
525. A 16.09 18.22 15.14 19.28 13.90
550. A 17.66 19.84 16.69 20.90 15.44
575. A 19.30 21.53 18.33 22.59 17.05
600. A 21.02 23.29 20.03 24.35 18.74
625. A 22.81 25.13 21.81 26.19 20.51
650. A 24.68 27.03 23.67 28.09 22.36
675. A 26.62 29.00 25.60 30.06 24.28
700. A 28.63 31.05 27.61 32.11 26.28
725. A 30.71 33.17 29.69 34.23 28.35
750. A 32.87 35.36 31.84 36.41 30.49
775. A 35.11 37.62 34.07 38.68 32.72
800. A 37.42 39.95 36.37 41.01 35.01

(*) = CONDICAO DE GOVERNO


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5.4.2. Cabo Pára-Raios DOTTEREL

CALCULO MECANICO DE CABOS

ANEEL LOTE C 005/2009 - LT 230KV SAO LUIS II - SAO LUIS III


CABO CAA-EF 176.9 MCM DOTTEREL

DADOS DO CABO CAA-EF 176.9 MCM DOTTEREL

DIAMETRO ................................ 15.42 MM

PESO UNITARIO ........................... .6570 KGF/M

SECAO TRANSVERSAL ....................... 141.93 MM2

CARGA DE RUPTURA ....................... 7865.0 KGF

MODULO DE ELASTICIDADE .................. 10500.0 KGF/MM2

COEFICIENTE DE DILATACAO LINEAR .......... .0000153 /C

EQUIVALENTE TERMICO DO CREEP ............ 17.0 C

CONDICAO TEMP SOBRECARGA SOBRECARGA TRACAO ESTADO


DE CARGA HORIZONTAL VERTICAL LIMITE
(C) (KG/M) (KG/M) (KG)

A 26.0 .000 .000 1565. FINAL

B 22.0 1.383 .000 3932. FINAL

C 11.0 .000 .000 2595. FINAL

D 40.0 .000 .000 9999. FINAL

E 26.0 .000 .000 9999. INICIAL


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CALCULO MECANICO DE CABOS

ANEEL LOTE C 005/2009 - LT 230KV SAO LUIS II - SAO LUIS III


CABO CAA-EF 176.9 MCM DOTTEREL

TABELA DE TRACOES (KGF)

VAO (*) COND COND COND COND COND


(M) A B C D E

150. A 1565. 2131. 1839. 1337. 1877.


175. A 1565. 2223. 1820. 1357. 1856.
200. A 1565. 2310. 1800. 1375. 1834.
225. A 1565. 2391. 1781. 1392. 1812.
250. A 1565. 2467. 1762. 1407. 1791.
275. A 1565. 2538. 1745. 1421. 1771.
300. A 1565. 2604. 1729. 1434. 1753.
325. A 1565. 2665. 1714. 1445. 1736.
350. A 1565. 2722. 1701. 1455. 1721.
375. A 1565. 2775. 1689. 1464. 1707.
400. A 1565. 2825. 1678. 1473. 1695.
425. A 1565. 2871. 1669. 1480. 1684.
450. A 1565. 2913. 1660. 1486. 1674.
475. A 1565. 2953. 1652. 1492. 1665.
500. A 1565. 2990. 1646. 1498. 1657.
525. A 1565. 3025. 1639. 1502. 1650.
550. A 1565. 3057. 1634. 1507. 1644.
575. A 1565. 3087. 1629. 1511. 1638.
600. A 1565. 3116. 1624. 1514. 1633.
625. A 1565. 3142. 1620. 1518. 1628.
650. A 1565. 3167. 1617. 1520. 1624.
675. A 1565. 3190. 1613. 1523. 1620.
700. A 1565. 3211. 1610. 1526. 1616.
725. A 1565. 3231. 1607. 1528. 1613.
750. A 1565. 3250. 1605. 1530. 1610.
775. A 1565. 3268. 1603. 1532. 1608.
800. A 1565. 3285. 1600. 1534. 1605.

(*) = CONDICAO DE GOVERNO


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CALCULO MECANICO DE CABOS

ANEEL LOTE C 005/2009 - LT 230KV SAO LUIS II - SAO LUIS III


CABO CAA-EF 176.9 MCM DOTTEREL

TABELA DE FLECHAS (M)

VAO (*) COND COND COND COND COND


(M) A B C D E

150. A 1.18 2.02 1.00 1.38 .98


175. A 1.61 2.64 1.38 1.85 1.36
200. A 2.10 3.32 1.83 2.39 1.79
225. A 2.66 4.05 2.33 2.99 2.29
250. A 3.28 4.85 2.91 3.65 2.87
275. A 3.97 5.71 3.56 4.37 3.51
300. A 4.72 6.62 4.28 5.16 4.22
325. A 5.54 7.59 5.06 6.00 5.00
350. A 6.43 8.62 5.92 6.92 5.85
375. A 7.38 9.71 6.84 7.89 6.77
400. A 8.40 10.85 7.83 8.93 7.76
425. A 9.48 12.06 8.89 10.03 8.82
450. A 10.63 13.32 10.02 11.20 9.94
475. A 11.85 14.64 11.22 12.43 11.14
500. A 13.13 16.02 12.49 13.72 12.40
525. A 14.48 17.47 13.82 15.08 13.73
550. A 15.89 18.97 15.22 16.51 15.13
575. A 17.37 20.53 16.69 18.00 16.60
600. A 18.92 22.16 18.22 19.55 18.13
625. A 20.53 23.84 19.83 21.17 19.73
650. A 22.21 25.59 21.49 22.86 21.40
675. A 23.95 27.40 23.23 24.61 23.13
700. A 25.76 29.27 25.03 26.43 24.94
725. A 27.64 31.21 26.90 28.31 26.81
750. A 29.58 33.21 28.84 30.26 28.74
775. A 31.59 35.27 30.84 32.27 30.74
800. A 33.66 37.39 32.92 34.35 32.81

(*) = CONDICAO DE GOVERNO


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5.4.3. Cabo Pára-Raios OPGW

CALCULO MECANICO DE CABOS

ANEEL LOTE C 005/2009 - LT 230KV SAO LUIS II - SAO LUIS III


CABO OPGW 14,4MM

DADOS DO CABO OPGW 14,4MM

DIAMETRO ................................ 14.40 MM

PESO UNITARIO ........................... .7000 KGF/M

SECAO TRANSVERSAL ....................... 120.00 MM2

CARGA DE RUPTURA ....................... 11310.0 KGF

MODULO DE ELASTICIDADE .................. 13100.0 KGF/MM2

COEFICIENTE DE DILATACAO LINEAR .......... .0000140 /C

EQUIVALENTE TERMICO DO CREEP ............ 15.0 C

CONDICAO TEMP SOBRECARGA SOBRECARGA TRACAO ESTADO


DE CARGA HORIZONTAL VERTICAL LIMITE
(C) (KG/M) (KG/M) (KG)

A 26.0 .000 .000 1667. FINAL

B 22.0 1.291 .000 5655. FINAL

C 11.0 .000 .000 3732. FINAL

D 40.0 .000 .000 9999. FINAL

E 26.0 .000 .000 9999. INICIAL


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CALCULO MECANICO DE CABOS

ANEEL LOTE C 005/2009 - LT 230KV SAO LUIS II - SAO LUIS III


CABO OPGW 14,4MM

TABELA DE TRACOES (KGF)

VAO (*) COND COND COND COND COND


(M) A B C D E

150. A 1667. 2170. 1931. 1445. 1931.


175. A 1667. 2253. 1912. 1464. 1912.
200. A 1667. 2332. 1893. 1482. 1893.
225. A 1667. 2406. 1875. 1498. 1875.
250. A 1667. 2475. 1857. 1513. 1857.
275. A 1667. 2539. 1840. 1527. 1840.
300. A 1667. 2598. 1825. 1539. 1825.
325. A 1667. 2654. 1811. 1550. 1811.
350. A 1667. 2705. 1798. 1560. 1798.
375. A 1667. 2753. 1787. 1569. 1787.
400. A 1667. 2797. 1776. 1577. 1776.
425. A 1667. 2838. 1767. 1584. 1767.
450. A 1667. 2876. 1759. 1590. 1759.
475. A 1667. 2911. 1752. 1596. 1752.
500. A 1667. 2944. 1745. 1601. 1745.
525. A 1667. 2974. 1739. 1606. 1739.
550. A 1667. 3002. 1734. 1610. 1734.
575. A 1667. 3029. 1729. 1614. 1729.
600. A 1667. 3053. 1724. 1617. 1724.
625. A 1667. 3076. 1721. 1621. 1721.
650. A 1667. 3097. 1717. 1624. 1717.
675. A 1667. 3117. 1714. 1626. 1714.
700. A 1667. 3136. 1711. 1629. 1711.
725. A 1667. 3153. 1708. 1631. 1708.
750. A 1667. 3169. 1706. 1633. 1706.
775. A 1667. 3185. 1703. 1635. 1703.
800. A 1667. 3199. 1701. 1637. 1701.

(*) = CONDICAO DE GOVERNO


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CALCULO MECANICO DE CABOS

ANEEL LOTE C 005/2009 - LT 230KV SAO LUIS II - SAO LUIS III


CABO OPGW 14,4MM

TABELA DE FLECHAS (M)

VAO (*) COND COND COND COND COND


(M) A B C D E

150. A 1.18 1.90 1.02 1.36 1.02


175. A 1.61 2.50 1.40 1.83 1.40
200. A 2.10 3.15 1.85 2.36 1.85
225. A 2.66 3.86 2.36 2.96 2.36
250. A 3.28 4.64 2.95 3.62 2.95
275. A 3.97 5.47 3.60 4.34 3.60
300. A 4.73 6.36 4.32 5.12 4.32
325. A 5.55 7.31 5.11 5.97 5.11
350. A 6.43 8.32 5.96 6.88 5.96
375. A 7.39 9.39 6.89 7.85 6.89
400. A 8.40 10.51 7.89 8.89 7.89
425. A 9.49 11.70 8.95 9.99 8.95
450. A 10.64 12.94 10.08 11.15 10.08
475. A 11.85 14.25 11.28 12.38 11.28
500. A 13.13 15.61 12.55 13.68 12.55
525. A 14.48 17.04 13.88 15.03 13.88
550. A 15.90 18.52 15.28 16.46 15.28
575. A 17.38 20.07 16.75 17.95 16.75
600. A 18.92 21.68 18.29 19.50 18.29
625. A 20.53 23.36 19.89 21.12 19.89
650. A 22.21 25.09 21.56 22.81 21.56
675. A 23.96 26.89 23.30 24.56 23.30
700. A 25.77 28.75 25.10 26.38 25.10
725. A 27.64 30.67 26.97 28.26 26.97
750. A 29.59 32.66 28.91 30.21 28.91
775. A 31.60 34.72 30.92 32.22 30.92
800. A 33.67 36.83 32.99 34.30 32.99

(*) = CONDICAO DE GOVERNO


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6. ESTUDOS ELÉTRICOS

Os estudos elétricos encontram-se no documento anexo 261-4-104 – Memorial do Projeto


Básico Elétrico.
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7. FAIXA DE PASSAGEM

A faixa de passagem é determinada para atender as seguintes condições:

a) Manter distância mínima para evitar descarga à tensão máxima operativa entre os
condutores das fases externas e o limite da faixa, sob condição de flecha e balanço
máximos, conforme indicado no item 12 da NBR-5422/1985.

b) Atender aos critérios de Rádio Interferência (RI), Ruído Audível (RA) e de Campos Elétricos
(CE) e Magnéticos (CM), no limite da faixa.

7.1 Largura da faixa para o critério de “balanço dos condutores”

De acordo com a NBR 5422/1985 tem-se:

L = 2 (d + D) + b

b = distância horizontal do condutor externo da fase lateral ao eixo = 4,45m

d = projeção do condutor mais cadeia com ângulo devido ao máximo vento

 comprimento da cadeia = cadeia 3,0 m

 flecha máxima = 14,56 m (para vão de 450m e temperatura máxima da linha)

Ângulo de balanço:

qo d
B  tan 1 ( k . )
V 
p 
H

Os dados adotados para o cálculo do balanço foram:

p = peso do condutor = 1,289 kg/m

d = diâmetro = 0,02815 m

(V/H) = 1,0 (para o cabo)

k = fator k Figura 7 NBR 5422/1985 = 0,35


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q0 = 57,1 kgf/m2 (Vento 50 anos, 30 segundos)

O cálculo acima resulta num balanço de 23,5°. Conservativamente consideraremos o valor de


25° como balanço máximo do cabo.

 (14,56 + 3,0) x sen (25°) = 7,42m

D = 242 / 150 = 1,6 m

Resultando, portanto, em uma largura de faixa L = 22,5m.

7.2 Largura de faixa conforme critérios elétricos

a) Rádio Interferência - Conforme resultado apresentado no documento 261-4-104 – Memorial


do Projeto Básico Elétrico, para atender ao critério de rádio interferência é necessária uma
faixa mínima de 10m.

b) Ruído Audível - Conforme resultado apresentado no documento 261-4-104 – Memorial do


Projeto Básico Elétrico o nível de ruído audível não é decisivo na determinação da faixa.

c) Campo Elétrico - Conforme resultado apresentado no documento 261-4-104 – Memorial do


Projeto Básico Elétrico, para atender ao critério de campo elétrico é necessária uma faixa
mínima de 8m.

d) Campo Magnético - Conforme resultado apresentado no documento 261-4-104 – Memorial


do Projeto Básico Elétrico o campo magnético não é decisivo na determinação da faixa.

7.3 Conclusão

O critério crítico para definição da largura de faixa foi o de balanço de cabos com o valor
mínimo de 16,5m. Adotaremos o valor de 25,0m como uma segurança adicional.
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8. ESTUDO BÁSICO DAS ESTRUTURAS

8.1 PROJETO BÁSICO DOS SUPORTES

O projeto básico das estruturas, incluindo cálculo de cargas atuantes, hipóteses de


carregamento e dimensionamento estrutural, encontra-se no documento anexo 261-4-105 –
“Memorial do Projeto Básico Estrutural”.

8.2 PROJETO BÁSICO DAS FUNDAÇÕES

As metodologias de cálculo e características principais das fundações encontram-se no


documento 261-4-106 –“Memorial do Projeto Básico de Fundações”.
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9. CADEIAS DE ISOLADORES E ACESSÓRIOS

O projeto básico das ferragens e acessórios, incluindo sistema anti-vibração encontra-se no


documento 261-4-107, complementado pelos seguintes desenhos de conjunto:

 261-3-110 – Cadeia de Suspensão do Condutor

 261-3-111 – Cadeia de Jumper do Condutor

 261-3-112 – Cadeia de Ancoragem do Condutor

 261-3-113 – Conjunto de Ancoragem do Pára-Raios Dotterel e Aço 3/8”

 261-3-114 – Conjunto de Suspensão do Pára-Raios Dotterel e Aço 3/8”

 261-3-115 – Conjunto de Ancoragem do Pára-Raios OPGW

 261-3-116 – Conjunto de Suspensão do Pára-Raios OPGW


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10. ATERRAMENTO

10.1 CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO

O sistema de aterramento adotado para as estruturas da linha de transmissão será composto


de dois tipos básicos:

a) contrapeso radial com 4 ramos conectados aos pés da estrutura.

b) contrapesos curtos combinados com hastes de aterramento e eventualmente poços de baixa


resistividade.

O dimensionamento do comprimento de cada ramo e do número de hastes será feito em


função da resistividade do solo ao longo do traçado da linha e do valor de resistência de pé de
torre que seja necessário para o bom desempenho quanto às descargas atmosféricas. Em
princípio o sistema será dimensionado para atingir uma resistência média de aterramento ao
longo de toda a linha de 15 Ω, com um máximo individual de 30 Ω.

No caso de a linha se desenvolver por áreas urbanas ou com movimentação de pedestres


deverão ser avaliadas as tensões de toque e passo.

10.2 MATERIAIS UTILIZADOS

O contrapeso será de aço galvanizado bitola 3/8” SM. A conexão do fio contrapeso à torre será
feita por meio de presilhas fixadas por parafusos aos montantes da estrutura, no caso dos pés
das torres autoportantes e dos mastros das torres estaiadas. Nestas últimas, o contrapeso será
também conectado aos estais através de conectores cunha. A ampliação do aterramento,
quando necessária, será feita por meio de emendas com luvas a compressão sem tração.

10.3 CRITÉRIOS DE APLICAÇÃO

Tendo em vista a característica estatística da resistividade do solo e sua variação ao longo do


tempo, estamos adotando o conceito de um projeto básico com diversas fases de instalação,
conforme procedimento abaixo.
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 É feita uma medição preliminar da resistividade do solo ao longo de todo o traçado para
identificação das características típicas do solo da região e levantamento do perfil típico de
resistividade.

 É definido um projeto básico com 4 ramos de contrapeso com 50 m de comprimento cada


um ou 4 ramos curtos combinados com hastes, a chamada Fase 1 da instalação.

 Após a instalação da Fase 1 é feita a medição da resistência de aterramento. Caso não


tenha sido atingido o valor desejado, será então instalada a ampliação denominada Fase 2.

O processo é repetido e, caso necessário, instala-se então a ampliação denominada Fase 3, e


assim por diante.
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11. FAIXA DE PASSAGEM – ANÁLISE DA INTERFERÊNCIA COM LT EXISTENTE

A faixa de passagem é determinada para atender as seguintes condições:

a) Manter distância mínima para evitar descarga à tensão máxima operativa entre os
condutores das fases externas e o limite da faixa, sob condição de flecha e balanço
máximos, conforme indicado no item 12 da NBR-5422/1985.

b) Atender aos critérios de Rádio Interferência (RI), Ruído Audível (RA) e de Campos Elétricos
(CE) e Magnéticos (CM), no limite da faixa.

11.1 Largura da faixa para o critério de “balanço dos condutores”

De acordo com a NBR 5422/1985 tem-se:

L = 2 (b + d + D)

b = distância horizontal do condutor externo da fase lateral ao eixo = 4,45m

d = projeção do condutor mais cadeia com ângulo devido ao máximo vento

 comprimento da cadeia = cadeia 3,0 m

 flecha máxima = 14,56 m (para vão de 450m e temperatura máxima da linha)

Ângulo de balanço:

qo d
B  tan 1 ( k . )
V 
p 
H

Os dados adotados para o cálculo do balanço foram:

p = peso do condutor = 1,289 kg/m

d = diâmetro = 0,02815 m

(V/H) = 1,0 (para o cabo)

k = fator k Figura 7 NBR 5422/1985 = 0,30


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q0 = 65,2 kgf/m2 (Vento 50 anos, 30 segundos)

O cálculo acima resulta num balanço de 25°.

 (14,56 + 3,0) x sen (25°) = 7,42m

D = 242 / 150 = 1,6 m

Resultando, portanto, em uma largura de faixa L = 18,04m.

A faixa, por critérios de balanço, foi calculada considerando os seguintes valores e condições:

 Lado esquerdo da faixa (sentido linha existente)

 Parcela 1: Projeção horizontal do balanço do cabo condutor – 7,42m

 Parcela 2: Componente elétrica – 1,60m

 Parcela 3: Distância da ponta da mísula ao centro da estrutura – 4,45m

 Lado direito da faixa (sentido contrário à linha existente)

 Parcela 1: Projeção horizontal da flecha subtraída a largura da mísula – 2,97m

 Parcela 2: Componente elétrica – 1,60m

 Faixa total = 7,42 + 1,60 + 4,45 + 2,97 + 1,60 = 18,04m

11.2 Largura de faixa conforme critérios elétricos

Os valores mínimos de faixa encontrados para os critérios elétricos são menos do que 25m,
prevalecendo, portanto, o critério do balanço de condutores.

11.3 Conclusão

O critério crítico para definição da largura de faixa foi o de balanço de cabos com o valor
mínimo de 18,04m. Adotaremos o valor de 25,0m como uma segurança adicional.

A distância entre o eixo da linha existente e o eixo da faixa / estruturas da nova LT será de
30,0m, conforme figura abaixo.
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