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Companhia Hidro Elétrica do São Francisco

Empresa do Sistema Eletrobrás

Especificação dos Materiais e


Manual de Instalação

Padrões de Infraestrutura
para Redes Ópticas OPGW

DO - Diretoria de Operações
SOT - Superintendência de Telecomunicações e Sistemas de Controle
DOTI - Departamento de Implantação e Integração de Sistemas de
Telecomunicações

ET–DOTI–004–2018
Rev 2, de 25/06/2018
Chesf – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco

Controle de Revisões

Número Descrição da Revisão Responsável Data


Rev. 0 Edição inicial – ET-DOES-006/2016 Luiz Geraldo 07/11/2016
Reedição da ET-DOES-006/2016 para ajustes de
Rev. 1 contexto e atualização do órgão emissor para Luiz Geraldo ??/??/2017
DOTI, gerando a ET-DOIT. 002/2017.
Reedição da ET-DOIT.002/2017, para ajustes:
 da especificação das tampas das caixas
de passagens subterrâneas;
 da especificação das caixas de emendas
aéreas;
Rev. 2 Ricardo Lessa 25/06/2018
 atualização da nome do órgão emissor
para DOTI e dos demais órgãos citados,
em função da revisão estrutural da Chesf;
 adequações na formatação do texto.
gerando a nova ET-DOTI.004/2018.

ET-DOTI-004-2018
Especificação dos Materiais e Manual de Instalação – Padrões de Infraestrutura para Redes Ópticas OPGW Página 2
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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................... 7
GENERALIDADES .......................................................................................................................................................... 7
DEFINIÇÕES DE ORGÃOS NA ESTRUTURA DA CHESF .................................................................................................... 7
NORMAS TÉCNICAS ...................................................................................................................................................... 8
COMPOSIÇÃO BÁSICA DE INFRAESTRUTURA ÓPTICA NA CHESF................................................................................... 9
DIAGRAMA GERAL ............................................................................................................................................................ 9
DEFINIÇÕES DOS ELEMENTOS INTEGRANTES DA REDE ÓPTICA E EQUIPAMENTOS PARA TESTE E CERTIFICAÇÃO ..................................... 9
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DOS ELEMENTOS COMPONENTES DA INFRAESTRUTURA ÓPTICA ....................................... 11
CARACTERÍSTICAS DO DISTRIBUIDOR GERAL ÓPTICO - DGO ...................................................................................... 11
PAINEL GUIA ................................................................................................................................................................. 12
INFRAESTRUTURA DE DUTOS PARA CABOS DIELÉTRICOS .......................................................................................... 12
CABOS ÓPTICOS DIELÉTRICOS .................................................................................................................................... 15
FIGURA 4.1 - MARCAÇÕES NO CABO DIELÉTRICO .............................................................................................................. 17
CABO OPGW (OPTICAL GROUND WIRE) ..................................................................................................................... 19
INFRAESTRUTURA ÓPTICA EM LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ALTA TENSÃO ............................................................. 22
PROCEDIMENTOS DE INSTALAÇÃO DA INFRAESTRUTURA ÓPTICA ............................................................................. 26
PROCEDIMENTOS DE INSTALAÇÃO DO BASTIDOR DGO............................................................................................................ 26
A INSTALAÇÃO DAS CAIXAS DE PASSAGEM E REDE DE DUTOS..................................................................................................... 29
ACESSO À SALA DE TELECOMUNICAÇÕES E AO BASTIDOR DGO ................................................................................................ 31
INSTALAÇÃO DO CABO DIELÉTRICO ...................................................................................................................................... 32
INSTALAÇÃO DO CABO OPGW .......................................................................................................................................... 35
PREPARAÇÃO DE CABOS, CAIXAS DE EMENDA E EMENDAS ÓPTICAS ......................................................................... 45
NOMENCLATURA DOS COMPONENTES DA CAIXA DE EMENDAS .................................................................................................. 45
PREPARAÇÃO DA CAIXA DE EMENDA ÓPTICA ............................................................................................................ 45
PREPARAÇÃO DOS CABOS OPGW E DIELÉTRICO .................................................................................................................... 50
MONTAGEM DA CEO E PREPARAÇÃO DAS FIBRAS PARA EMENDAS ÓPTICAS ................................................................ 59
FECHAMENTO DA CAIXA DE EMENDAS E INSTALAÇÃO EM ESTRUTURAS .................................................................. 65
TESTES DE CERTIFICAÇÃO E COMISSIONAMENTO ...................................................................................................... 73
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS..................................................................................................................................... 73
CONSIDERAÇÃO DE VALORES DE ATENUAÇÃO PARA COMPONENTES DOS ENLACES ÓPTICOS ................................. 74
TESTES E ENSAIOS ÓPTICOS, DIMENSIONAIS E FUNCIONAIS PARA GARANTIA DE MATERIAIS FORNECIDOS ............. 75
CÁLCULO TEÓRICO DE ATENUAÇÃO DO ENLACE ÓPTICO........................................................................................... 77
MÉTODO DE EXECUÇÃO DE COMISSIONAMENTO ..................................................................................................... 78
DOCUMENTAÇÃO DO PROJETO ................................................................................................................................. 79
TAF / TAC .................................................................................................................................................................... 79
RELATÓRIOS DE INSPEÇÃO ......................................................................................................................................... 79
PROJETO EXECUTIVO (ÓPTICO) DE INSTALAÇÃO DO ENLACE..................................................................................... 79
DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA FINAL DO ENLACE – PROJETO COMO CONSTRUÍDO (AS-BUILT) ..................................... 80
PROCEDIMENTOS PARA CONEXÃO DE ACESSO POR TRANSMISSORAS E ACESSANTES ............................................... 82
ANEXO 1 – DETALHES CONSTRUTIVOS DO DGO ......................................................................................................... 83
DISTRIBUIDOR GERAL ÓPTICO PADRÃO ETSI .............................................................................................................. 83
BANDEJA BEO/DIO 19” PARA ATÉ 24FO COM ADAPTADOR E2000/APC E CORREDIÇAS TELESCÓPICAS .................... 84
GAVETA PARA RESERVA TÉCNICA DE TUBOS TIPO LOOSE .......................................................................................... 84
GAVETA PARA RESERVA DE CORDÕES ÓPTICOS ......................................................................................................... 85

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PAINEL GUIA ............................................................................................................................................................... 85


ANEXO 2 - CARACETRÍSTICAS DAS FIBRAS ÓPTICAS ................................................................................................... 86
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DAS FIBRAS ÓPTICAS .................................................................................................... 86
CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DAS FIBRAS ÓPTICAS ............................................................................................ 87
QUADRO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DAS FIBRAS ÓPTICAS .............................................................................. 88
ANEXO 3 – DETALHES CONSTRUTIVOS DA INFRAESTRUTURA DE DUTOS ................................................................... 89
CAIXAS DE PASSAGEM TIPO IMOD E R2 ...................................................................................................................... 89
MODELO DE ENCAMINHAMENTO DE DUTOS ............................................................................................................ 90
TAMPAS DAS CAIXAS DE PASSAGEM EM FERRO FUNDIDO ........................................................................................ 94
ANEXO 4 – CONJUNTO DE ACOMODAÇÃO DE CABOS OPGW ..................................................................................... 95

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 3.1 - Digrama geral de rede óptica ................................................................................................................. 9


Figura 4.1 - Marcações no cabo dielétrico .............................................................................................................. 17
Figura 5.1 – Ordem de instalação dos DIO`s .......................................................................................................... 26
Figura 5.2 - DIO montado ........................................................................................................................................ 27
Figura 5.3 – proteção no teto do DGO .................................................................................................................... 27
Figura 5.4 - Aterramento do bastidor ....................................................................................................................... 27
Figura 5.5 - Entrada de cordões ópticos ................................................................................................................. 27
Figura 5.6 - Estrutura geral de instalação do DGO e cordões ópticos.................................................................... 28
Figura 5.7 - Identificação do DGO e BEO-DIO ....................................................................................................... 29
Figura 5.8 - Entrada para sala de Telecomunicações com piso elevado ............................................................... 31
Figura 5.9 - Entrada para sala sem piso elevado .................................................................................................... 32
Figura 5.10 - Plaqueta de identificação ................................................................................................................... 33
Figura 5.11 - Correta acomodação de cabo dielétrico. Neste caso com entrada pelo teto .................................... 33
Figura 5.12 - Acesso do cabo dielétrico pelo piso do DGO .................................................................................... 33
Figura 5.13 - Detalhe de infraestrutura para acesso do dielétrico ao pórtico ......................................................... 35
Figura 5.14 - Arranjos de descida em pórticos de metal. (À direita com suporte central devido ao tamanho da base
do pórtico) ................................................................................................................................................................ 37
Figura 5.15 – Instalação modelo de cabo OPGW em pórtico metálico e posicionamento da caixa IMOD. ........... 38
Figura 5.16 – Instalação de OPGW em pórtico de concreto e posicionamento da caixa IMOD. ........................... 39
Figura 5.17 – Arranjo de instalação de CEO e escolta em pórtico de concreto ..................................................... 40
Figura 5.18 – Passagem sobre travessa lateral do pórtico ..................................................................................... 40
Figura 5.19 – Posicionamento com ajuste para entrada na caixa IMOD ................................................................ 40
Figura 5.20 – Posicionamento da primeira escolta ................................................................................................. 42
Figura 5.21 – Instalação de caixa de emenda acima da segunda escolta ............................................................. 42
Figura 5.22 – Modelo de instalação em torre metálica ........................................................................................... 42
Figura 5.23 – Instalação com escoltas sobrepostas e caixa fixada acima delas .................................................... 43
Figura 5.24 – Arranjos típicos de instalação de cavo OPGW em torres de concreto ............................................. 44
Figura 6. 1 – Componentes da Caixa de emenda ................................................................................................... 45
Figura 6.2 - Suporte para furação da CEO ............................................................................................................ 48
Figura 6.3 – Kit com brocas para furação do cabeçote........................................................................................... 48
Figura 6.4 – Soquetes, chaves e torquímetro ......................................................................................................... 48
Figura 6. 5 – Método de leitura da fita de medição ................................................................................................. 49
Figura 6. 6 – Medição do cabo OPGW com a fita ................................................................................................... 49
Figura 6. 7 - Montagem do suporte de furação ....................................................................................................... 49
Figura 6. 8 - Posição das possíveis furações no cabeçote ..................................................................................... 49
Figura 6. 9 – Encaixe do soquete adaptador e posição da broca ........................................................................... 49
Figura 6. 10 – Furação do cabeçote........................................................................................................................ 49
Figura 6. 11 - Lixamento do cabeçote ..................................................................................................................... 50
Figura 6. 12 - Aplicação de Selante ........................................................................................................................ 50
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Figura 6. 13 - Retirada de excesso de selante ........................................................................................................ 50


Figura 6. 14 - Corte de bandagem .......................................................................................................................... 50
Figura 6. 15 – Marcação do cabo com fita isolante ................................................................................................. 51
Figura 6. 16 - Formação do cabo: Coroa externa de aço alumínio, tubo de alumínio, tubo inoxidável e fibras ópticas
................................................................................................................................................................................. 51
Figura 6. 17 - Formação do cabo: Coroa externa de aço alumínio, coroa interna de aço alumínio, tubo inoxidável
(um dos tentos da segunda coroa) e fibras ópticas ................................................................................................ 52
Figura 6. 18 - Formação do cabo: Coroa externa de aço alumínio, tubo de alumínio, tubetes plásticos e fibras
ópticas ..................................................................................................................................................................... 52
Figura 6. 19 – Serrar primeira coroa após segunda marcação ............................................................................... 52
Figura 6. 20 – Marcação realizada com serra. ........................................................................................................ 52
Figura 6. 21 – remoção de tentos da primeira coroa. ............................................................................................. 52
Figura 6. 22 – Tentos removidos e segunda coroa marcada para remoção. ......................................................... 52
Figura 6. 23 – Aplicação de selante ........................................................................................................................ 53
Figura 6. 24 – Aplicação de bandagem sobre o selante aplicado no cabo............................................................. 54
Figura 6. 25 – Cabo com bandagem aplicada (notar que o mesmo possui dois núcleos ópticos em dois tentos da
segunda coroa) ........................................................................................................................................................ 54
Figura 6. 26 – Destorcedor de tubo de aço ............................................................................................................. 55
Figura 6. 27 – Marcação e remoção do tubo de alulmínio ...................................................................................... 55
Figura 6. 28 – Roletador para remoção de tubo de aço ou alumínio. ..................................................................... 55
Figura 6. 29 – Instalação de tubos de transporte em cabos OPGW com núcleo óptico em tubo de aço .............. 56
Figura 6. 30 – Mantas posicionadas........................................................................................................................ 57
Figura 6. 31 – Aplicação de calor com soprador térmico para restrição das mantas ............................................. 57
Figura 6. 32 – Mantas restringidas .......................................................................................................................... 57
Figura 6. 33 – Posicionamento do cabo com mantas e bandagens no cabeçote .................................................. 58
Figura 6. 34 – Posição da bandagem do cabeçote quando fechado completamente ............................................ 58
Figura 6. 35 – Fechamento do cabeçote e identificação da direção dos cabos (à esquerda o cabeçote é do tipo
bipartido ainda sem identificações dos cabos). ....................................................................................................... 59
Figura 6. 36 - Fixação ............................................................................................................................................. 59
Figura 6. 37 – Ocupação de espaço e distribuição de reserva de fibras ................................................................ 60
Figura 6. 38 – Aplicação do feltro azul e fixação dos tubos de transporte.............................................................. 60
Figura 6. 39 – Fixação dos tubos com abraçadeira ................................................................................................ 60
Figura 6. 40 – Badeja de transição.......................................................................................................................... 61
Figura 6. 41 – Organização de bandejas ................................................................................................................ 61
Figura 6. 42 – Instalação da bandeja de emendas ................................................................................................. 62
Figura 6. 43 – Acomodação e preparação das fibras na bandeja para execução de emendas ............................. 62
Figura 6. 44 – Identificação de fibras na bandeja ................................................................................................... 63
Figura 6. 45 – Bandeja com emendas concluídas .................................................................................................. 63
Figura 6. 46 – Instalação da tampa na bandeja e encaixe da bandeja seguinte .................................................... 64
Figura 6. 47 – Acabamento final com acomodação de fibras e tubos de transporte .............................................. 64
Figura 6. 48 - Barra de tração instalada e identificação na tampa da bandeja de emendas .................................. 64
Figura 6. 49 – Fixação do conjunto de bandejas .................................................................................................... 65
Figura 6. 50 – Arranjo finalizado.............................................................................................................................. 65
Figura 6. 51 – Instalação da barra de tração e caixa com barrainstalada .............................................................. 65
Figura 6. 52 – Retirada adesivo das tampas e acomodação na tampa inferior ...................................................... 65
Figura 6. 53 – Instalação de tampa superior e parafusos cativos nas barras de fechamento................................ 66
Figura 6. 54 – Instalação da barra de fechamento.................................................................................................. 66
Figura 6. 55 – regulagem do torquímetro e etiqueta com sequência de fechamento ............................................. 67
Figura 6. 56 – Plug de fechamento da entrada de pressurização .......................................................................... 67
Figura 6. 57 – Componentes para fixação da caixa de emendas em torres e pórticos metálicos.......................... 67
Figura 6. 58 - Componentes para fixação da caixa de emendas em torres e pórticos de concreto (Esquerda:
Vergalhão ½”, Direita: perfil “U”).............................................................................................................................. 68
Figura 6. 59 – Instalação do suporte de fixação ..................................................................................................... 68
Figura 6. 60 – Instalação dos suportes à compressão............................................................................................ 69
Figura 6. 61 – Fixação de caixa de emenda no suporte à compressão ................................................................. 69
Figura 6. 62 – Arranjo para estruturas de concreto ................................................................................................. 69
Figura 6. 63 - Acesso ao tubo corrugado ................................................................................................................ 70
Figura 6. 64 – Configuração de abertura do cabo dielétrico ................................................................................... 70
Figura 6. 65 – Distribuição dos pigtails pelo pente anti-tração na mesma sequência do painel frontal ................. 71

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Figura 6. 66 – Tubos loose acomodados na bandeja de reserva, pigtails e fibras do dielétricos acomodados nas
bandejas em preparação para emendas ................................................................................................................. 71
Figura 6. 67 – bandeja com emendas realizadas e acomodação das fibras .......................................................... 72
Figura 6. 68 – Acomodação da bandeja de emendas (BEO) ................................................................................. 72
Figura 10.1 - Detalhe DGO ...................................................................................................................................... 83
Figura 10.2 - Detalhe BEO/DIO ............................................................................................................................... 84
Figura 10.3 - detalhe da gaveta de sobra de tubos loose ....................................................................................... 84
Figura 10.4 - detalhe da gaveta de reserva de cordões ópticos ............................................................................. 85
Figura 10.5 - Detalhemanto do panel guia .............................................................................................................. 85
Figura 12. 1 - Exemplo de trajeto da infraestrutura óptica com detalhamentos de instalação
................................................................................................................................................................................. 90
Figura 12. 2 - Detalhe de chegada ao pórtico de concreto ..................................................................................... 91
Figura 12. 3 - Detalhe de infraestrutura com marcos de sinalização ...................................................................... 92
Figura 12. 4 - Detalhe de passagem por canaleta .................................................................................................. 92
Figura 12. 5 - Detalhe de envelopamento ............................................................................................................... 93
Figura 12. 6 - Detalhe de entrada na sala de Telecomunicações ........................................................................... 93
Figura 12. 7 - Detalhe de tampa de caixa de passagem......................................................................................... 94
Figura 13.1 - Chapa dobrada componente do arranjo de escolta de cabo OPGW ................................................ 95

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 4-1 – características do cabo dielétrico ....................................................................................................... 16


Tabela 4-2 - Características da capa do cabo dielétrico ......................................................................................... 16
Tabela 4-3 – Cores das unidades básicas do cabo dielétrico ................................................................................. 17
Tabela 4-4 – Cores das fibras ópticas ..................................................................................................................... 18
Tabela 4-5 - Identificação das fibras nas unidades ópticas do cabo OPGW .......................................................... 21
Tabela 4-6 - Código de cores para unidades ópticas em cabos OPGW com nucleo composto por tubos loose .. 22
Tabela 6. 1 – Lista de materiais para trabalho com cabos OPGW e dielétricos ..................................................... 47
Tabela 6. 2 – Descrição das figuras 6.2 a 6.4 ......................................................................................................... 48
Tabela 6. 3 – Dimensões da CEO e intervalo entre furações ................................................................................. 48
Tabela 11-1 - Resumo das características exigidas para as fibras ópticas de cabos dielétricos e OPGW ........... 88

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INTRODUÇÃO

O presente documento tem como objetivo definir as especificações dos materiais a serem utilizados na
construção, expansão ou retrofit da infraestrutura óptica, de subestações ou linhas de transmissão, na Chesf bem
como os procedimentos adequados de instalação já consolidados e considerados como melhores práticas dentro
do Sistema de Telecomunicações da Chesf.

São definidos também todos os modelos de documentos utilizados para as diversas etapas do processo
de instalação, desde a análise de materiais até o documento final de instalação (As-Buit).

Todos os equipamentos, materiais e serviços a serem executados na infraestrutura óptica da Chesf sejam
em subestações existentes, novas obras ou obras de acessantes deverão atender às especificações apresentadas
neste documento.

No caso omissões ou erros nesta Especificação Técnica, sendo estes detectados pelo Fornecedor ou
Proponente do processo aquisitivo em questão que deverão alertar a CHESF antes de iniciar a fabricação do
material ou componente afetado. A CHESF poderá, por meio de instruções escritas e adequadas, corrigir falhas e
erros e sanar omissões, ficando o Fornecedor ou Proponente obrigado a seguir tais instruções como parte
integrante destas Especificações ou das Condições Específicas do Fornecimento.

GENERALIDADES

DEFINIÇÕES DE ORGÃOS NA ESTRUTURA DA CHESF


Sempre que figurarem nesta Especificação Técnica ou em quaisquer documentos, instrumentos dos
quais a mesma venha a fazer parte, os termos abaixo terão as seguintes definições:

CHESF Companhia Hidro Elétrica do São Francisco

DO Diretoria de Operação

SOT Superintendência de Telecomunicações e Sistemas de Controle da DO

DOTI Departamento de Implantação e Integração de Sistemas de Telecomunicações

DOTT Departamento de Operação e Manutenção de Sistemas de Telecomunicações

DETL Departamento de Engenharia de Linhas de Transmissão

DETT Departamento de Construção de Linhas de Transmissão

Fornecedor Empresa contratada para fornecimento dos equipamentos, materiais, documentações


técnicas e serviços, objetos desta Especificação Técnica.

Proponente Empresa convidada a apresentar proposta técnica para execução do fornecimento da


presente Especificação Técnica.

Contratada Pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a CHESF, visando o atendimento
ao objetivo da presente Especificação.

Acessante Concessionária ou permissionária de distribuição ou transmissão, concessionária ou


autorizada de geração, autorizada de importação e/ou exportação de energia elétrica,
bem como o consumidor livre, que têm autorização de acesso às instalações de
transmissão.

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NORMAS TÉCNICAS
Exceto quando especificado de outra forma, o projeto e as características dos equipamentos e
materiais, assim como os testes executados deverão estar em completo acordo com as normas e
recomendações relacionadas a seguir, nas versões vigentes quando da leitura deste documento.

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR 13488 Fibras Ópticas tipo monomodo de dispersão normal (SM) – Especificação

NBR 14773 Cabo Óptico Dielétrico protegido contra ataques de roedores para aplicação em linhas de
dutos.

NBR 14683-1 Sistemas de subdutos de polietileno (PE) para infraestrutura de telecomunicações


Parte 1: Requisitos para subdutos de parede externa lisa
NBR 10160
2005 Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil - Requisitos e métodos de ensaios

ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações

ANSI American National Standards Institute

CIGRE Conseil International des Grands Réseaux Électriques

EIA Electronic Industry Association

ETSI European Telecommunications Standards Institute

IEC International Electrotechnical Commission

60794-1 Optical Fibers Cables.

61073-1 Splices for Optical Fibres and Cables.

61232 Aluminum-Clad Steel Wires for Electrical Purposes.

IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers

DRAFT P1138 Standard Construction of Composit Fiber Optic Ground Wire for Use on Electric Utility
Power Lines.

ITU International Telecommunication Union

G.652 Characteristics of a single-mode optical fibre and cable

NEMA National Electrical Manufactures Association

TELEBRAS Telecomunicações Brasileiras

UL Underwriters Laboratories

Outras normas não mencionadas, especificamente, poderão ser adotadas após o consentimento da CHESF,
quando consideradas como complemento daquelas indicadas.

Em todos os casos, quando os requisitos específicos estipulados nesta especificação técnica excederem
aqueles requeridos pelas normas aplicáveis, prevalecerão os requisitos aqui estabelecidos.

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COMPOSIÇÃO BÁSICA DE INFRAESTRUTURA ÓPTICA NA CHESF

Diagrama Geral

Abaixo segue o diagrama físico geral da infraestrutura óptica entre subestações utilizado na Chesf.

Subestação A Subestação B

INFRAESTRUTURA DE INFRAESTRUTURA DE
DGO CEO CEO DGO
DUTOS DUTOS
INFRAESTRUTURA ÓPTICA
EM LINHA DE TRANMISSÃO
DE ALTA TENSÃO

Figura 3.1 - Digrama geral de rede óptica

Definições dos Elementos Integrantes da rede Óptica e Equipamentos para Teste


e Certificação

DGO (Distribuidor Geral Óptico)

O DGO é o bastidor ou rack destinado a concentrar e acomodar os sub-bastidores de emenda e


distribuição óptica (BEO/DIO) e o cabo dielétrico de interligação com o OPGW do sistema de
Telecounicações da Chesf.

DIO (Distribuidor Interno Óptico)

É acomodado no bastidor DGO e tem como função a distribuição interna, na sala de


telecomunicações, das fibras ópticas que interligam equipamentos dentro da própria subestação ou entre
subestações através do Backbone óptico da Chesf.

O DIO é composto por:

 BEO (Bandeja de Emenda Óptica);


 Gaveta para acomodação de tubos tipo loose;
 Gaveta para reserva técnica de cordões de manobra;
 Painel guia.

Infraestrutura de Dutos

Conjunto de instalações de para acomodação e proteção dos cabos de fibras ópticas em dutos que
interligam os DIO’s na sala de equipamentos de Telecomunicações às Caixas de Emendas Ópticas
instaladas nos pórticos da subestação, onde estão ancorados os cabos OPGW, ou até outras salas de
equipamentos interligando-os a outros DIO’s.

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 Caixas de Passagem Subterrânea – Instaladas no pátio, em intervalos regulares, de modo a


permitir o acesso ao cabo dielétrico para instalação, manutenção ou expansão da rede óptica da
subestação.

 Duto de Passagem – Conjunto de tubulações em PEAD ou DAG para acomodar e proteger os


cabos dielétricos.

 Cabo Dielétricos – Cabo composto por fibras ópticas para conexão de equipamentos.

CEO (Caixa de Emendas Ópticas)

Caixa onde são fundidas as fibras do cabo dielétrico vindo do DIO ao cabo OPGW que interligará
a outra subestação ou dois cabos OPGW de bobinas diferentes dando continuidade ao enlace óptico.

Infraestrutura Óptica em Linha de Alta Tensão

Rede óptica de interligação de subestações através de cabo OPGW.

 Pórtico – Estrutura em concreto ou metal instalada na subestação que servirá de ponto de


ancoragem e acomodação para o cabo OPGW.

 Cabo OPGW (Optical Ground Wire) – Cabo para-raios da linha de transmissão de alta tensão
que contém núcleo tubular com fibras ópticas.

 Chapas Dobradas de Acomodação – Item usado para compor a escolta onde será acomodada
a reserva técnica de cabo OPGW nas torres ou pórticos de subestação onde houver caixa de
emendas ópticas.

 Grampo Guia – Material usado para fixar o cabo OPGW ao longo das torres de transmissão ou
pórticos até a CEO.

Equipamentos para medições e emendas ópticas

 Power Meter Óptico - Equipamento que mede a potência de um sinal óptico transmitido através
de uma fonte, certificando a atenuação do enlace de fibra ou no diagnóstico de problemas.

 OTDR (Refletômetro Óptico no Domínio do Tempo) – Equipamento usado para certificar o


desempenho de novos enlaces de fibra óptica e para detectar problemas com enlaces de
existentes diagnosticando os eventos presentes numa fibra óptica ao longo do enlace.

 Máquina de Fusões - Equipamento para realizar as emendas ópticas das fibras.

 Fiber Fone – Aparelho telefônico a ser utilizado para comunicação ponto a ponto das equipes de
campo usando fibra óptica previamente designada do cabo OPGW durante sua implantação ou em
retirada de defeitos.

 Cordão Óptico – Material usado para interligação dos equipamentos de Telecomunicações ao


DIO da subestação, a outro equipamento ou diretamente a fibra óptica.

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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DOS ELEMENTOS COMPONENTES DA


INFRAESTRUTURA ÓPTICA

CARACTERÍSTICAS DO DISTRIBUIDOR GERAL ÓPTICO - DGO

Cada DGO a ser fornecido deverá ser composto de:

 Bastidor 19” de piso


 BEO (Bandeja de Emendas Ópticas);
 Gaveta para acomodação de tubos loose;
 Gaveta para reserva técnica de cordões de manobra;
 Painel guia.

Todos os DGO’s devem ser fornecidos com seus kits de montagem completos e manuais de
instalação, respectivamente para as seguintes funções abaixo descritas cujos detalhes construtivos
encontram-se no ANEXO 1 desta especificação:

Bastidor de 19” (Piso)

Cada DGO deverá ser composto de um bastidor de 19” de piso adequado às gavetas conforme as
seguintes especificações:

 Gabinete em 19” de piso, padrão ETSI, configurado para 44U, com perfis de fixação das bandejas
nas duas laterais, com passadeiras e abraçadeiras para organização e fixação dos cabos e cordões
nas laterais, estrutura em aço SAE 1010/1020. Deverá ser totalmente compatível com as bandejas
a serem fornecidas, na composição dos DGO´s;

 Plano de fixação frontal;

 Painel Superior com entradas de cabos;

 Porta Traseira com trinco com chave, e totalmente removível;

 Soleira com saída inferior para cabos e cordões ópticos, com tampa frontal em Aço;

 Porta em estrutura de Aço, de abertura lateral, com painel central em acrílico fumê, com trinco com
chave e alça de abertura;

 Portas laterais com venezianas de ventilação superiores e trincos com chave, e totalmente
removíveis;

 Pintura em epóxi-pó texturizado na cor Munsell N6,5;

BEO (Bandeja de Emendas Ópticas) / Gaveta para Fusão das Fibras

 A BEO deverá ser projetada para instalação em bastidores de 19” e ser configurada com quantidade
de bandejas internas (módulos) com capacidade para suportar o total de fibras ópticas e fusões do
cabo a ser conectorizado.

 Deverá ser provida de calha deslizante que possibilite o deslocamento da bandeja para a frente,
visando facilitar a manipulação das fibras ópticas com altura total de 1U.

 Os conectores dos pig-tails deverão ser do tipo E-2000/APC e devem ser fornecidos em quantidade
igual aos conectores afixados na parte frontal da bandeja.

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 Para os locais onde não for instalado conector painéis “cegos” serão instalados quando a configuração
básica do painel frontal da bandeja suportar quantidade de conectores em número superior ao
necessário e especificado;

 Deverá ter etiqueta de identificação frontal.

 Deve ser equipada com kit de montagem de cabos ópticos, protetores de emenda por fusão
termocontráteis de 40mm x 3,5 mm, pig-tails ópticos internos e adaptadores tipo E-2000/APC com 0,1
dB de atenuação máxima;

Gaveta para acomodação de tubos tipo loose

Tem como função a organização da sobra (reserva técnica) dos tubos loose do dielétrico instalado na BEO,
deve ter as características conforme abaixo:

 Para instalação em bastidores de 19”;

 A gaveta deverá possuir espaço suficiente para todos os tubos loose do cabo instalado na BEO;

 Altura máxima de 1U, em aço SAE 1010/1020, com entradas laterais, saída traseira e pintura em
epóxi-pó texturizado na cor Munsell N6,5;

 A utilização do painel guia pode ser opcional no caso em que a BEO permitir, possuindo a estrutura
necessária para organização dos cordões ópticos.

Gaveta para Reserva Técnica de Cordões de Manobra

 Para instalação em bastidores de 19”;

 Deverá suportar a acomodação e organização em seu interior de no mínimo 70 metros de cordões


ópticos, de forma a facilitar a instalação e manipulação destes.

 Deverá ser provida de calha deslizante que possibilite o deslocamento da bandeja para a frente,

Painel Guia

 Para instalação em bastidores de 19”;

 Utilizado para organizar a instalação dos cordões ópticos de manobra com aletas guias em plástico
afixadas na parte frontal da bandeja, pintura em epóxi-pó texturizado na cor Munsell N6,5;

 A utilização do painel guia pode ser opcional no caso em que a BEO permitir, possuindo a estrutura
necessária para organização dos cordões ópticos.

INFRAESTRUTURA DE DUTOS PARA CABOS DIELÉTRICOS

Nesta seção estão as Especificações Gerais dos materiais que deverão ser seguidas para
construção da infraestrutura de dutos subterrâneos para cabos dielétricos em atendimento à conexão com
cabos OPGW. Deverão ser observados os itens aplicáveis a casos específico caracterizados em projeto
executivo próprio.

As Especificações apresentadas nos itens subsequentes consideram materiais e detalhamentos


que devem ser considerados como modelo.

O comprimento e trajeto da rede de dutos a instalar estarão definidos e detalhados em projeto


executivo específico e este deve ser submetido a análise da DOTI para aprovação.
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Quaisquer modificações no projeto das caixas de passagem, em função das dificuldades oferecidas
pelo terreno, devem antes ser discutidas e aprovadas pela DOTI.

Caixas subterrâneas

As caixas subterrâneas a serem construídas têm por finalidade permitir a acomodação dos cabos
dielétricos em seu trajeto do DGO à Caixa de Emenda Óptica permitindo acesso para expansão da rede,
derivação de trajeto ou armazenagem de reservas técnicas sempre permitindo o trabalho no seu interior,
ou seja, a manutenção da rede subterrânea.

Para as redes de dutos de dielétricos para interligação com cabos OPGW serão utilizados dois
tipos de caixas de passagem:

 IMOD: Com dimensões internas de 1,0m x 1,0m x 1,0m (A x L x P), usada onde houver necessidade
de armazenamento de cabos para reserva técnica. Com 4 conjuntos de suportes metálicos (horizontal
e vertical conforme item a seguir) instalados em suas paredes internas;

 R2: Com dimensões internas de 0,60m x 0,90m x 0,60m (A x L x P), usada no trajeto intermediário
entre duas caixas IMOD. Com 2 conjuntos de suportes metálicos (horizontal e vertical conforme item a
seguir) instalados em suas paredes internas;

Tampas das Caixas de Passagem

As tampas das caixas de passagens, tanto as do Tipo R2 quanto as do tipo IMOD, deverão ser
não-articuladas, circulares, confeccionadas em ferro fundido, com diâmetro de 600 mm e pintadas em tinta
a prova do tempo na cor preta, conforme detalhes construtivos colocados no ANEXO 3 desta
especificação;

As tampas das caixas de passagem, deverão ser em ferro fundido dúctil (nodular) ou ferro fundido
com grafita esferoidal de classe FE 42012 ou FE 50007, conforme norma NBR 10160 2005, não sendo
aceitos ferro fundido cinzento.

As tampas deverão ser do tipo DN600, não articuladas, com diâmetro de 600mm, atendendo às
especificações do Grupo 5 da Classe 400, para áreas de circulação e trânsito de carretas e todos os tipos
de veículos. Carga de controle de 400KN (40Ton).

As tampas não poderão conter gravações que as identifiquem serem de uso diferentes das
aplicações a que se destinam na aplicação da Rede de Dutos para Telecomunicações.

Drenagem

Todas as caixas deverão prever duto de drenagem de no mínimo 2” em PVC colocado de forma a
escoar os resíduos líquidos para a vala ou caixa de drenagem mais próxima. De forma alternativa, quando
não houver queda suficiente para escoamento da água do interior das caixas de passagem para a
drenagem da subestação poderá ser utilizado o modelo de drenagem alternativo, conforme orientações
construtivas no ANEXO 3.

Suportes metálicos

Os suportes metálicos devem ser fornecidos conforme PRÁTICA TELEBRÁS: SDT 235-140-707
(ESPECIFICAÇÃO) descritos abaixo:

Degrau para cabo (Horizontal) Tipo DC-1: com 225mm, em aço carbono compreendido entre as Normas
SAE J403 tipo 1010 SAE J403 tipo1020 zincado por imersão a quente;

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Suporte para degrau (Vertical) Tipo SD-1: com 423mm, 9 furos, em aço carbono compreendido entre as
Normas SAE J403 tipo 1010.

Dutos e Subdutos

Nos trechos onde for necessária a construção de rede subterrânea, esta deverá ser composta por
trechos de “n” dutos, com as seguintes características:

 Fabricados em PEAD (Polietileno de Alta Densidade) na cor preta, corrugação helicoidal e


impermeáveis;

 Devem possuir ao menos 100 mm de diâmetro interno, com arame guia de aço galvanizado e
revestido de PVC já fornecido no interior do duto;

Para acomodação dos cabos dielétricos, dentro dos dutos corrugados, serão utilizados Subdutos
Quádruplos agrupados com as seguintes características:

 Fabricados em PEAD (Polietileno de Alta Densidade) com ranhuras internas longitudinais e


paralelas ao longo de todo o seu comprimento;

 Com dimensões de 40mm x 3mm (Diâmetro externo x Espessura das paredes) conforme NBR
14683-1;

 Possuírem arame guia de aço galvanizado e revestido de PVC já fornecido no interior do duto;

 O agrupamento dos dutos deve ser feito por encapamento ou cintamento ambos com com
espessura máxima de 1,5mm (considerando a fivela do cintamento) de modo que possam ser
acomodados em duto de 100 mm como descrito previamente;

Sinalização da rede de dutos

A sinalização da rede de dutos objetiva alertar sobre o encaminhamento de tubulações contendo


fibra óptica na área demarcada para evitar acidentes em futuras escavações e deve ser composta por:

 Marcos construídos em concreto obedecendo as instruções no projeto colocado no ANEXO 3 desta


especificação. Serão identificados através de uma placa metálica fixada com parafusos galvanizados
e buchas, pintada com tinta a prova do tempo na cor amarela, com os dizeres: “ Cuidado Fibra Óptica
“ na cor preta ou em baixo relevo estampados e pintados, na cor preta, no concreto.

 Fita de aviso em filme plástico PEBD (Polietileno de Baixa Densidade) com largura 100 mm destinada
a sinalização da instalação e proteção contra futuras escavações.

Materiais e acessórios usados para instalação da infraestrutura óptica

Os quantitativos dos materiais abaixo devem constar em documento específico de fornecimento.

Box Reto de 1” - confeccionado em alumínio silício, com bucha e arruela, parafuso em aço bicromatizado,
resistência mecânica e acabamento liso, para eletroduto de diâmetro 1"

CMRA (Conector Macho Reutilizável de Alumínio) - Com diâmetro de 1” com rosca BSP confeccionado
em alumínio para acabamento de sealtubo

Caixa de Passagem em Alumínio de 40 x 40 x 20 cm (± 10%) - Para instalação interna ou exposta à


Prova de Tempo e Umidade, fabricada em liga de Alumínio Silício, fundidas em molde permanente de alta
resistência mecânica e à corrosão, tampa antiderrapante, fixada por parafusos de aço galvanizado

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imperdíveis, dotadas de junta de vedação, acabamento em pintura Eletrostática a Pó Epóxi-poliéster na


cor cinza, fornecidas totalmente fechadas, com opções de furação.

Curva de raio longo para DAG, Ø 2" - Curva de aço galvanizado, raio longo, 90º, galvanização por
imersão a quente NBR 6323, diâmetro de 2", fornecido com luva nas extremidades, com costura removida,
rosca BSP, paredes com espessura mínima de3,35mm.

Duto de aço galvanizado (DAG) Ø 2" - Eletroduto de aço galvanizado pesado, Ø2", galvanização NBR
6323, com costura removida, luva em uma das extremidades, rosca NBR 5598 (BSP), paredes com
espessura mínima de 3,35mm. Varas com 3m de comprimento.

Sealtubo - Eletroduto flexível em fita de aço zincada pelo processo contínuo de imersão a quente, revestido
externamente com PVC extrudado na cor preta (NBR-6148) com Ø1"

Bucha de redução, Ø2" para Ø1" - Em aço galvanizado pesado, Ø2", galvanização NBR 6323, uso em
instalação ao tempo;

CABOS ÓPTICOS DIELÉTRICOS

Construção e Formação do Cabo Óptico Dielétrico

As características das fibras ópticas integrantes do cabo dielétrico, já cabeadas, encontram-se no


ANEXO 2 desta especificação.

Todos os materiais usados na fabricação dos cabos ópticos protegidos contra ataques de roedores
para aplicação em linhas de dutos devem ser dielétricos e compatíveis entre si.

O cabo dielétrico deverá ser projetado para utilização em instalações subterrâneas em dutos ou
aéreas espinado em cabo mensageiro, com proteção antiroedores e capa externa com características de
baixa emissão de fumaça e livre de halogênios.

Deverá ter fibras do tipo monomodo(SM) sem emendas ao longo do cabo, acomodadas utilizando
tecnologia “loose tube”, distribuídas em tubos termoplásticos com grupamento de 02(duas), 04(quatro), 06
(seis) ou 12(doze) fibras cada, de modo a padronizar os diferentes tipos de cabos ópticos dielétricos que
serão fornecidos com 48 (quarenta e oito), 36 (trinta e seis), 24 (Vinte e quatro),12 (doze) e 06 (seis) fibras
ópticas, de acordo com os requisitos definidos em documento complementar específico de fornecimento.

O núcleo óptico deverá ter construção do tipo tubos encordoados (Stranding Loose Tube), com
elemento central dielétrico ao redor do qual são dispostos de forma reversa, tipo SZ, os tubetes de material
polimérico, em uma ou mais coroas. Cada tubete deverá conter uma unidade básica.

Os tubos devem ser preenchidos com composto não higroscópico, geléia ou protegidos com
material hidroexpansível, e da mesma forma o núcleo óptico, assegurando o enchimento dos espaços
intersticiais e limitando a penetração e propagação de umidade no interior do cabo. Os compostos de
preenchimento e os materiais hidroexpansíveis devem ser homogêneos, inodoros, livres de impurezas,
facilmente removíveis, não tóxicos, devem permitir a identificação visual das partes componentes do cabo
e não degradar seus demais componentes.

Sobre a estrutura do núcleo óptico, deverá ser disposto o elemento de tração, de material resistente
e com características uniformes e contínuas em toda a extensão do cabo assim com os materiais utilizados
em sua fabricação e que possuem função estrutural.

O cabo deverá ter duas capas de proteção para acomodação do material de proteção antiroedores
(interna) e para proteção física e conter as identificações do cabo (externa).

É obrigatória a apresentação do Certificado de Homologação da ANATEL para o cabo a ser


instalado de modo a garantir o atendimento às normas técnicas brasileiras vigentes. O certificado
deve indicar a qual modelo de cabo a homologação se refere e será tolerada apenas mudança na
quantidade de fibras do núcleo óptico do cabo dielétrico do fornecimento. No seu manual técnico,
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contendo todas as suas características construtivas e ópticas deve haver referência às quantidades
(coincidentes com o que consta no certificado de homologação) máxima e mínima de fibras
suportada pelo cabo além da quantidade especificada para o fornecimento em questão (quantidade
de fibras definida em documento específico).

Designação

O cabo dielétrico a ser instalado deverá ter designação que o identifique unicamente indicando em sua
formação:

Característica Abreviação Significado


TIPO DO CABO CFOA Cabo de Fibras Ópticas em Acrilato;
TIPO DA FIBRA SM Single Mode (Monomodo);
APLICAÇÃO/
Dielétrico para Dutos (Aplicação Anti-Roedores) com
FORMAÇÃO DO DDR
Tubos Encordoados
NÚCLEO
TIPO DE BARREIRA À
Composto não higroscópico – Geleado
PENETRAÇÃO DE G/S
Núcleo protegido com material Hidroexpansível - Seco;
UMIDADE
QUANTIDADE DE Número de fibras definido em documento específico do
NN
FIBRAS processo de licitação.
CLASSE DE (Low Smoke, Zero Halogen) / Retardante à Chama
LSZH
FLAMABILIDADE com Baixa Emissão de Fumaça e Livre de Halogênios.
Tabela 4-1 – características do cabo dielétrico

Capas do Cabo – Proteção contra Roedores e Classe LSZH

A capa externa do cabo deverá ser de polietileno de alta densidade, na cor preta, com espessura
nominal de 1,5 mm, sendo que a espessura mínima não deve ser inferior a 85% deste valor (1,275mm) e
a espessura média não deve ser inferior a 90% (1,35mm) deste valor.
Deverá apresentar características de retardância a chamas, baixa emissão de fumaça e livre de halogênios,
conforme classificação LSZH.

A capa externa do cabo deverá ter as características conforme segue:

Característica Valores Máximos


ÍNDICE DE FLUIDEZ, MÁXIMO 0,6 g/10 min

RUPTURA, MÉDIA MÍNIMA 11,70 MPa

ALONGAMENTO À RUPTURA, MÉDIA MÍNIMA 400%


FISSURAÇÃO (NÚMERO MÁX. DE FALHAS EM 10 AMOSTRAS, 24 HS) 2

CONTRAÇÃO, MÁXIMO 5%

Tabela 4-2 - Características da capa do cabo dielétrico

A capa interna do cabo deverá ser de material termoplástico aplicada por processo de extrusão.

Entre as capas interna e externa, deverá haver uma camada de fibra de vidro com espessura
mínima de 1,5mm com a finalidade de proteger o cabo contra ataques de roedores.

Marcação na Capa Externa do Cabo dielétrico

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Na capa externa do cabo deverão estar gravadas as seguintes informações nesta ordem:

 Fabricante;
 Ano de fabricação;
 Designação do cabo (Ex: CFOA-SM-DDR-G-N-LSZH)

Esta marcação deverá estar disponível e visível em intervalos de 1 metro ou menos ao longo do
eixo do cabo e com tamanho legível.

A marcação sequencial será feita ao longo da capa em intervalos de 1 metro com precisão de 0,5
% e deverá ser feita na cor branca. A distância entre a identificação do cabo e a marcação sequencial
métrica será de 0,5 m, conforme Figura 4.1.

Figura 4.1 - Marcações no cabo dielétrico

Identificação das unidades básicas e das fibras ópticas

Os tubos das unidades básicas deverão ser termoplásticos e deverão ser dispostos em camadas
(coroas). A identificação das unidades básicas deve ser conforme apresentado na Tabela 4-3. Para os
cabos ópticos constituídos de mais de uma coroa de tubetes encordoados, a identificação constante na
Tabela 4-3 aplica-se aos tubos de cada coroa individualmente.

Unidades básicas
Tipo de
Identificação Piloto (1) Direcional (2) Normal (3 em diante)

Código de cores Verde Amarela Natural ou Branca

Tabela 4-3 – Cores das unidades básicas do cabo dielétrico

No caso de cabos ópticos constituídos por tubos encordoados dispostos em mais de uma coroa, a
identificação das unidades básicas, piloto e direcional. A partir da segunda coroa, pode ser feita através de
cores distintas do disposto na Tabela 4-3.

A identificação das fibras ópticas deve ser feita usando o código de cores conforme mostrado na
Tabela 4-4. A cor branca da fibra 3 deve ter um limite mínimo de luminosidade de N 8,75.

FIBRA COR VALOR PADRÃO


1 VERDE 2,5 G 4/6
2 AMARELO 2,5 Y 8/8
3 BRANCO N9
4 AZUL 2,5 B 5/6
5 VERMELHO 2,5 R 4/6
6 VIOLETA 2,5 P 4/6
7 MARROM 2,5 YR 3,5/6

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8 ROSA 2,5 R 5/12


9 PRETO N2
10 CINZA N5
11 LARANJA 2,5 YR 6/14
12 ÁGUA MARINHA 10 GB 5/4 a 8/4
Tabela 4-4 – Cores das fibras ópticas

Características Gerais do Cabo dielétrico

 Carga Máxima de Instalação (N) – Um mínimo de 2000 N e 2 x Peso do Cabo / Km, com variação
da atenuação não superior a 0,1 dB/Km;

 Carga de Compressão (N) – Um mínimo de 1000N e 1 x Peso do cabo / Km, com variação da
atenuação não superior a 0,1 dB/Km;

 Raio Mínimo de Curvatura na Instalação (mm) – 20 x Diâmetro Externo do Cabo, sem variação
de atenuação;

 Raio Mínimo de Curvatura após instalação (mm) - 10 x Diâmetro Externo do Cabo sem variação
de atenuação;

 Resistência a Impactos - Não deverá apresentar quebra de fibra quando submetido a 25 impactos
(30 impactos/min) com uma altura de (150 ± 5) mm e com um peso de 2.0 kgf para cabo com
diâmetro entre 10 mm e 10.6 mm; 4.0 kgf para cabo com diâmetro entre 10.6 mm e 14.0 mm; 6.0
kgf para cabo com diâmetro entre 14.0 mm e 16.6 mm; 8.0 kgf para cabo com diâmetro entre
16.6mm e 19.0 mm;

 Não deverá haver variação de atenuação quando submetido a 10 ciclos de torção (um ciclo
equivale a: torcer 90° na direção horária, então 180° na direção oposta e 90° para voltar à posição
original).

 Não deverá haver penetração de umidade quando 3 m de cabo é submetido a 1m de coluna de


água durante 1 hora a (23 ± 2) °C.

Embalagem

 O cabo será embalado em bobinas de madeira, resistente às intempéries;

 A bobina sobressalente será não retornável e de aço galvanizado;

 A bobina deverá conter proteções adequadas a fim de não causar danos ao cabo durante
transporte marítimo e terrestre;

 As duas extremidades do cabo deverão estar seladas com capuz termo contrátil a fim de evitar
penetração de água. Dois capuzes adicionais deverão vir anexados à bobina. As extremidades do
cabo deverão ter acessíveis, um mínimo de 5 m, para permitir medições óticas;

 Não há tolerância no comprimento mínimo de cada bobina, devendo ser fornecida no comprimento
definido em documento específico e parte integrante deste fornecimento;

 Todas as bobinas deverão ser fornecidas com um certificado de controle de qualidade anexado à
mesma, contendo a medida de atenuação ótica de cada fibra. Este certificado deverá estar coberto
com material resistente a penetração de água;

 O furo central da bobina deverá ter diâmetro igual a (87.5 ± 7.5) mm;

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 As faces externas da bobina deverão conter as seguintes inscrições:

o Nome do Fabricante
o CHESF
o Nome da Linha
o Número da Bobina
o Seta indicando o sentido de desenrolamento da bobina

 As seguintes informações deverão ser anexadas às faces externas da bobina através de chapa
metálica:

o Tipo do Cabo
o Número de Fibras
o Comprimento do Cabo (m)
o Peso bruto e líquido em kgf
o Dimensão externa da bobina (m)
o Ano de Fabricação
o Número do Contrato

CABO OPGW (OPTICAL GROUND WIRE)

O cabo OPGW, além de atender às exigências elétricas e mecânicas de projeto, deverá ser
dimensionado de forma a proteger as fibras ópticas localizadas no seu interior, não devendo ter seu
desempenho óptico alterado, quando submetido às diversas solicitações mecânicas e elétricas presentes
na instalação do cabo e na operação da Linha de Transmissão.

O cabo OPGW deverá ter propriedades físicas e diâmetro uniformes e estar livre de fissuras,
dobras, torceduras, escórias, impurezas e outras imperfeições que comprometam seu desempenho.

É obrigatória a apresentação do Certificado de Homologação da ANATEL para o cabo a ser


instalado de modo a garantir o atendimento às normas técnicas brasileiras vigentes. O certificado
deve indicar a qual modelo de cabo a homologação se refere e será tolerada apenas mudança na
quantidade de fibras do núcleo óptico do cabo OPGW do fornecimento. No manual técnico do cabo
OPGW, contendo todas as suas características mecânicas e ópticas deve haver referência às
quantidades (coincidentes com o que consta no certificado de homologação) máxima e mínima de
fibras suportada pelo cabo além da quantidade especificada para o fornecimento em questão
(quantidade de fibras definida em documento específico).

A seguir serão descritas as características necessárias à fabricação do cabo OPGW referentes a


seu núcleo óptico. As características eletromecânicas do cabo são objeto de estudo, especificação e
aprovação da DETL (Dpto de Engenharia de Linhas de Transmissão).

Unidade óptica (núcleo óptico)

A unidade óptica (Núcleo Óptico) de cabo do tipo OPGW deverá ser constituída, no mínimo, dos
seguintes componentes:

 Elementos de proteção;
 Fibras ópticas;

A unidade óptica deverá ser dimensionada para serviço nas condições climáticas da região onde
será instalado o cabo OPGW, não deve sofrer nenhuma alteração nas suas características, por um período
de 25 (vinte e cinco anos) anos, devido a vibração, vento, grandes variações de temperatura e umidade
relativa, corrente de curto-circuito e descarga atmosférica, bem como os efeitos ambientais que possam
produzir hidrogênio.
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Como regra geral, para fornecimentos de Cabos OPGW para novos trechos de rotas ópticas, o
núcleo do cabo óptico deverá ser projetado de forma a permitir a formação de módulos ou grupos de 06
(seis) ou 12 (doze) fibras. Esta estrutura visa padronizar os diferentes tipos de cabos OPGW que poderão
ser fornecidos com 48 (quarenta e oito), 36 (trinta e seis), 24 (Vinte e quatro) ou 12 (doze) fibras ópticas
em seu núcleo. A quantidade de fibras ópticas do cabo a ser fornecido será definida em documento ou item
específico do processo aquisitivo associado.

Em casos de fornecimentos de Cabos OPGW para atendimento a necessidades de derivações em


trechos de rotas ópticas em operação do backbone óptico da Chesf, a formação do núcleo óptico do cabo
a ser fornecido deverá ser coincidente com a do cabo existente. Neste caso, poderá ser fornecido OPGW
com um único módulo de fibras ópticas, contendo a quantidade total das fibras do cabo, desde que esta
conformação devidamente separada em grupos identificáveis e coincidente com o núcleo óptico do cabo a
ser derivado quanto ao tipo e quantidade de fibras em operação. Exceções poderão ocorrer apenas quanto
a quantidade de fibras do cabo novo que nunca deve ser menor que a do existente e neste caso a solução
proposta e sua justificativa devem ser analisadas pela DOTI para aprovação.

Deverão ser atendidas as seguintes características:

 Não será permitido nenhum tipo de emenda nas fibras ópticas para composição dos grupos;

 Deverá existir, sempre, elemento tensor usado para limitar a tração na fibra e facilitar o manuseio
durante a instalação para cabos OPGW com núcleos divididos por tubetes plásticos;

 Os cabos deverão ter unidade óptica com estrutura tipo "Loose", com as fibras ópticas colocadas
no interior de um tubo preenchido com material próprio para evitar o contato das fibras com
umidade;

 O cabo OPGW deverá ser construído de modo evitar o contato das fibras ópticas com água e
umidade;

 No caso de ser utilizado composto de enchimento nos interstícios da unidade óptica e do restante
do cabo, este deve ser constituído de material não condutor, homogêneo, compatível com todos
os componentes do cabo, inodoro, atóxico, não nutritivo a fungos, inofensivos à epiderme e
facilmente removível. O composto de enchimento, quando utilizado, deve permitir a identificação
das fibras ópticas e dos grupos de fibras;

 Quando utilizado enfaixamento visando o bloqueio de umidade, o material deve ser homogêneo,
não condutor, não nutritivo a fungos, atóxico e inofensivo à epiderme. Além disso, deve ser
facilmente removível e não dificultar o manuseio do cabo;

 Cada feixe (grupo) deverá ter revestimento externo de cores diferentes entre si, conforme item
específico adiante no caso de serem divididos por tubetes plásticos;

 Ao redor da unidade óptica, podem ser previstos enfaixamentos ou fitas para proteção diante de
solicitações mecânicas e térmicas. O material das faixas não deve ser higroscópico;

 As cores da pintura das fibras ópticas não podem sofrer alteração durante o processo de
fabricação;

Elemento de proteção (tubo metálico)

 O elemento de proteção da unidade óptica deverá ser adequado para atender às condições de
operação elétrica, mecânica e óptica da linha (tipo metálico);

 O elemento de proteção deverá ser projetado para abrigar e proteger as fibras ópticas contra danos
de esmagamento, dobramento, torção, tração, umidade, elevação de temperatura, resistente a
raios ultravioleta (UV), resistente a poluição industrial;

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 O elemento de proteção não deverá apresentar quaisquer soldas transversais para obtenção de
um comprimento contínuo;

 Os elementos metálicos com função estrutural não devem trabalhar mecanicamente na região
plástica durante a instalação e operação do cabo, exceto o alongamento plástico devido à fluência;

 O elemento de proteção deve apresentar um acabamento industrial limpo, isento de limalhas,


inclusões, porosidades, protuberâncias ou reentrâncias visíveis a olho nu ou perceptível ao tato,
em sua superfície;

 As dimensões do elemento de proteção devem ser uniformes na sua seção transversal e ao longo
de todo o seu comprimento;

 O elemento de proteção formado por um tubo metálico poderá ser extrudado ou construído a partir
de uma chapa metálica com solda longitudinal. Neste caso, a solda deverá ser controlada
continuamente durante a sua manufatura para detectar eventuais porosidades na mesma. O tubo
deverá possuir um acabamento limpo, sem protuberâncias na superfície externa;

 Eventuais protuberâncias na superfície interna do tubo, provenientes do processo de soldagem,


não podem exceder 5% (cinco por cento) do diâmetro interno do tubo, limitado a um valor máximo
de 0,2mm (dois décimos de milímetro);

 A solda deverá ser executada antes que o tubo esteja com o seu diâmetro final;

 O tubo de proteção além de dar proteção mecânica deverá impedir a entrada de umidade na
unidade óptica;

 O raio mínimo de curvatura permissível não deverá ser superior a 15 (quinze) vezes o diâmetro do
tubo;

Grupamento e identificação das fibras ópticas e dos grupos de fibras

As fibras ópticas devem ser identificadas através da cor da pintura de seu revestimento externo,
que deverá ser idêntica para todos os feixes de fibras ópticas componentes do cabo, e não deverá afetar,
alterar ou prejudicar a remoção do revestimento primário. Tais identificações deverão existir em toda a
extensão das fibras ópticas e deverão seguir o quadro abaixo. As cores utilizadas na identificação das
fibras ópticas devem apresentar tonalidade, luminosidade e saturação iguais ou superiores ao valor de
padrão Munsell mostrado a seguir, com exceção do branco, que deve ter um valor N9 do padrão, com um
limite mínimo de luminosidade de N 8,75.

FIBRA COR VALOR PADRÃO


1 VERDE 2,5 G 4/6
2 AMARELO 2,5 Y 8/8
3 BRANCO N9
4 AZUL 2,5 B 5/6
5 VERMELHO 2,5 R 4/6
6 VIOLETA 2,5 P 4/6
7 MARROM 2,5 YR 3,5/6
8 ROSA 2,5 R 5/12
9 PRETO N2
10 CINZA N5
11 LARANJA 2,5 YR 6/14
12 ÁGUA MARINHA 10 GB 5/4 a 8/4
Tabela 4-5 - Identificação das fibras nas unidades ópticas do cabo OPGW

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O revestimento da fibra óptica deve apresentar uma coloração uniforme e contínua, com
acabamento superficial liso e sem rugosidades ao longo de todo o seu comprimento. O código de cores
deve constar no manual técnico ainda que o fabricante utilize o padrão acima e especialmente se houver
mudança de coloração para alguma das fibras do conjunto.

Os grupos de fibras ópticas devem ser identificados por meio de coloração dos tubetes plásticos
que as contém, por listras ou anéis coloridos adicionais sobre seu revestimento ou ainda por qualquer outro
meio que permita identificá-los de maneira única, e conforme quadro abaixo, pelo sistema piloto direcional
ou pelo sistema de código de cores;

GRUPO DE FIBRAS PILOTO DIRECIONAL CÓDIGO DE COR


01 Piloto-Verde Verde
02 Direcional-Amarelo Amarelo
03 Normal-Branco ou Neutro Branco
04 Normal-Branco ou Neutro Azul
05 Normal-Branco ou Neutro Vermelho
06 Normal-Branco ou Neutro Violeta
Tabela 4-6 - Código de cores para unidades ópticas em cabos OPGW com nucleo composto por tubos loose

Características eletromecânicas construtivas

Para as demais características construtivas (fios metálicos externos, resistência mecânica, corrente
de curto circuito, etc.), condições gerais de projeto, entrega e instalação, deve ser consultado o item 1.0 da
ET_DLT-039-05-Rev 3 e o documento com as condições específicas do fornecimento que determinará,
com base em levantamentos de campo e estudos baseados nas características eletromecânicas desejadas
para a Linha de Transmissão onde será implantado o cabo OPGW.

INFRAESTRUTURA ÓPTICA EM LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ALTA TENSÃO

Nesta seção estão as Especificações Gerais de infra-estrutura para instalação dos cabos OPGW,
que deverão ser seguidas a menos dos pontos detalhados em documento de fornecimento específico onde
deverão ser observados os itens aplicáveis ao projeto executivo próprio.

As especificações apresentadas nos itens subsequentes consideram a execução dos serviços


utilizando métodos e materiais que devem ser considerados como modelo. Todavia, soluções alternativas
de construções especiais poderão ser consideradas conforme estabelecido em item detalhado em
documento específico.

As especificações para os itens de instalação do cabo OPGW (Ferragens de ancoragem, esferas


de sinalização, fixações e demais acessórios, estudos mecânicos e elétricos, etc.) são parte integrante das
atividades do Departamento de Engenharia de Linhas de Transmissão da Chesf – DETT, cabendo ao
Departamento de Implantação e Integração de Sistemas de Telecomunicações – DOTI as especificações
de materiais usados para as emendas ópticas (Caixas de emendas e materiais de preparação e
acomodação do cabo OPGW na CEO) e a aprovação, não exclusiva mas em termo de colaboração, de
materiais usados nos arranjos de acomodação dos cabos OPGW em pórticos de subestações e torres de
transmissão (Chapas dobradas, grampos guia) uma vez que estes itens podem alterar as características
ópticas das fibras no interior do cabo OPGW devido a esforços mecânicos ou procedimentos de instalação
incorretos bem como influir nas ações de manutenção do mesmo.

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Características das caixas de emendas ópticas

Deverão ser fornecidas Caixas de Emendas Ópticas conforme descrito a seguir e de acordo com os
desenhos que constam no ANEXO 1 desta especificação técnica:

 Dimensões: 6.5” de diâmetro e 72,1 cm de comprimento, para Cabos de Fibra Óptica (Dielétrico
e OPGW), possibilitando um tamanho limite de utilização do cabeçote de 105 mm (somatório dos
diâmetros dos cabos instalados);

 Cada caixa de emenda deverá ser fornecida com o respectivo suporte de fixação para instalação
em torres de transmissão e pórticos das subestações (metal ou concreto, conforme projeto
executivo específico);

 Deve permitir acesso de, ao menos, 04 (quatro) cabos ópticos, mantendo um intervalo entre os
cabos de, no mínimo, 6 mm;

 As caixas deverão ser metálicas, confeccionadas em aço inox, a prova de tiro, com revestimento
interno em neoprene, barras de fechamento também em aço inox com parafusos e porcas do tipo
prisioneiro;

 Deverão ser protegidas contra corrosão, mesmo em atmosfera salina ou poluída;

 O conjunto deverá ser vedado de forma a não permitir a entrada de umidade, mantendo a total
integridade das emendas;

 Os cabeçotes laterais devem ser confeccionados em material plástico preenchido com poliuretano
expandido, e fitas para vedação do cabeçote e cabo. Conforme projeto específico os cabeçotes
poderão ser bipartidos de modo a poder acomodar uma quantidade maior de cabos de fibra óptica;

 As caixas de emenda deverão ser fornecidas com bandejas com capacidade para 36 (trinta e seis)
emendas de fibras ópticas em seu interior, devendo ser confeccionadas em material termoplástico
e permitir montagem de bandejas sobrepostas. Cada bandeja deverá ser acomodada em um
organizador e possuir sua própria tampa protetora;

 Cada caixa deverá ser equipada com, 04 (quatro) bandejas com possibilidade de acomodação de
até 36 (trinta e seis) fibras cada devendo ser capaz de acomodar até 144 emendas.

 As bandejas serão aplicadas com predisposição para futuras derivações e transição entre a
entrada dos cabos OPGW e as bandejas de emendas. A aplicação das bandejas nesta
predisposição visa a separação das fibras da Chesf com as fibras de clientes, além evitar
problemas causados pela expulsão ou recolhimento das fibras ópticas em virtude de variações de
temperatura ou solicitações mecânicas do cabo instalado;

 As 04 (quatro) bandejas ópticas, deverão ter a seguinte aplicação e acomodação:

01 Bandeja para reserva de fibras;


01 bandeja para fibras da Chesf;
01 bandeja para fibras de clientes;
01 bandeja de transição.

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 Esta configuração deverá ser sempre considerada, de forma padronizada, para todos os
fornecimentos e aplicações, a não ser que estejam definidos fornecimentos e aplicações
diferenciadas, nas condições específicas do fornecimento – CEF, nos processos das licitações
corporativas, quando assim for do interesse da Chesf;

Conjunto para reserva de cabos OPGW

O conjunto para acomodação de cabos OPGW em torres e pórticos é composto por 4 chapas
dobradas que devem ser fabricadas em aço com acabamento galvanizado a fogo ou zincado a quente
conforme detalhamento no ANEXO 4 desta especificação.

Não serão aceitas sob nenhuma hipótese, para composição dos conjuntos de acomodação
de cabo OPGW, cruzetas pré-fabricadas em aço dada sua limitação quanto à quantidade de reserva
técnica que pode ser armazenada e reduzida possibilidade de adaptação aos diferentes tipos de
estrutura de torres existentes na Chesf.

Arranjos específicos podem requerer ajustes dimensionais nas chapas dobradas para acomodação
de 03(três) ou mais cabos OPGW. Esta necessidade deve ser detalhada em documento específico do
fornecimento.

Grampo guia de descida em torres e pórticos para cabos OPGW

Os grampos guia são conjuntos de fixação a serem instalados nas torres de transmissão e pórticos
nas subestações da Chesf que permitem a fixação do cabo OPGW bem como sua correta acomodação
até os conjuntos de escolta e caixas de emendas ópticas.

Estes grampos são confeccionados em aço cujo detalhamento e acabamento para os modelos
homologados atualmente encontram-se no ANEXO 4 desta especificação.

Os grampos guia não devem oferecer a possibilidade, quando fechados e corretamente instalados
de acordo com a bitola do cabo OPGW em implantação, de compressão ou esmagamento do núcleo óptico
do cabo OPGW.

Deverão ser resistentes contra corrosão, mesmo em atmosfera salina ou poluída.

Considerações para dimensionamento de bobinas

Para realização do cálculo da quantidade de cabo OPGW nas bobinas do fornecimento devem ser
consideradas as premissas abaixo relacionadas de modo a garantir a quantidade de reserva técnica
necessária de cabo OPGW e sua correta acomodação nas torres que possuírem caixas de emendas
ópticas.

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Onde:

T1 – Torre inicial do lance;


T2 – Torre final do lance;
d – Distância entre torres nas extremidades de um mesmo lance (mesma bobina) já consideradas
as sobras devido a todas as flechas dos vãos após nivelamento do cabo OPGW;
H1 – Altura da Torre 1 em relação à sua base;
H2 – Altura da Torre 2 em relação à sua base;
E1 – Comprimento de cabo na Primeira escolta (reserva técnica) (30m por torre);
E2 – Comprimento de cabo na Segunda escolta (acomodação do cabo OPGW de trabalho para
emendas);
C – Comprimento de cabo a ser preparado para acomodação na caixa de emendas e descarte por
serviços de puxamento, calculado a partir do centro da base da torre (50m por torre);

Comprimento da Bobina = H1 + H2 + 2 x (E1) + d + 2 x (C)

Conforme ET-DLT-039-05 Rev.2.1, item 1.5.1.4, a partir do comprimento total calculado acima,
deve-se ainda prever acréscimos nos lances para os testes ópticos em fábrica e em campo.

Materiais para infraestrutura óptica em linhas de transmissão em alta tensão

Os materiais designados a seguir devem ser usados para a instalação dos itens descritos
anteriormente neste tópico. Qualquer modificação nos materiais abaixo ou em seu dimensional devem
constar em projeto executivo específico previamente aprovado pela DETT e DOTI para execução em
campo.

 Chumbador tipo parabolt: Aço carbono com rosca de ½ “ x 4” 13unc


 Vergalhão 1/2" x 1400mm: Em aço, Rosca total, porca, arruela e contra porca;
 Perfil “U” 76 x 35,8 x 4,32 x 1400 mm: Em aço galvanizado por imersão a quente;
 Grampo Guia de Descida: Alumínio liga SAE 323 T6 Fixador regulável
 Conjunto de acomodação de reserva de cabo OPGW: Em aço 1020 ou A36 Zincado a quente

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PROCEDIMENTOS DE INSTALAÇÃO DA INFRAESTRUTURA ÓPTICA

Procedimentos de instalação do bastidor DGO

Organização interna

O tipo de fixação do bastidor DGO na sala de Telecomunicações, bem como seu posicionamento
devem constar em projeto executivo específico e pode ser feita em piso elevado ou diretamente no chão
da sala. Isso vai impactar na forma de acesso do cabo dielétrico, a ser discutida mais adiante, no gabinete
do DGO. Nos dois casos, após alinhamento com os equipamentos da fileira de Telecomunicações, e
fixação do gabinete no piso, o seu teto deve ser conectado ao esteiramento horizontal por meio de esteira
vertical parafusado no teto do DGO.

A instalação do DIO deve ser realizada a partir do segundo “U” do gabinete obedecendo a sequência:

 BEO
 Guia de Cordões ópticos / Gaveta de reserva de tubo Loose (instalada atrás do guia com abertura
para a parte traseira do DGO)
 Gaveta de sobras de cordões ópticos

Figura 5.1 – Ordem de instalação dos DIO`s

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Figura 5.2 - DIO montado

Conforme o modelo de DIO fornecido, a ser definido em documento de condições específicas para
o fornecimento, pode haver modificação da organização frontal, de acordo com o modelo de BEO/DIO
fornecido, mas devem ser sempre obedecidos o espaçamento inicial do primeiro DIO e entre DIO’s de “1U”.

Estrutura externa

As saídas superiores devem ser protegidas, em suas bordas, com material plástico ou
emborrachado de modo a evitar danos à capa dos cabos dielétricos ou eletrodutos que contêm os cordões
ópticos.

Figura 5.4 - Aterramento


do bastidor

Figura 5.3 – proteção no


teto do DGO

Figura 5.5 - Entrada de


cordões ópticos

Os cordões ópticos a serem conectados no DIO devem ser adequadamente acomodados nos
espaços dedicados a esse propósito no gabinete DGO e levados até eletrocalha em PVC, instalada no
esteiramento, por meio de duto corrugado com 1” de diâmetro.

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À esquerda

1. Esteiramento;
2. Suporte para calha plástica;
3. Calha plástica PVC 50x50mm para cordões ópticos;
4. Sealtube de Ø1” para proteção do cabo dielétrico com
terminação em box reto de 1”;
5. Mangueira corrugada cinza de Ø1” para proteção dos
cordões ópticos.

Abaixo

6. Calha Plástica de PVC cinza 50x50;


7. Suporte “L” para calha plástica;
8. Detalhe de conexão do esteiramento ao teto do DGO.

Figura 5.6 - Estrutura geral de instalação do DGO e cordões ópticos

Identificações

Placas de identificação, com tinta indelével devem ser fixadas na porta frontal do DGO e ao
lado direito de cada DIO, indicando conforme segue:

 Numeração do DGO na subestação: DGO “NN”


 Os dizeres: “Sistema de Distribuição Óptica”
SE “W”
 Numeração do DIO conforme sua posição no bastidor em que está instalado: BEO-DIO “X”

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Onde:

NN – Número do DGO
W – Nome da Subestação
X – Numeração do DIO no bastidor

Cada BEO/DIO, deve conter etiqueta de identificação, colada frontalmente, indicado a qual
enlace pertence com o seguinte formato: “DIO DIR. SE ‘A’ – LT ‘B’ (‘C’) ”,

onde:

 A – Subestação destino do enlace;


 B – Tensão da LT onde o cabo OPGW está instalado (230 ou 500 KV);
 C – Código operacional da LT.

Figura 5.7 - Identificação do DGO e BEO-DIO

A instalação das caixas de passagem e rede de dutos

Caixas de Passagem

As caixas subterrâneas deverão ser construídas nos locais determinados no projeto, de acordo
com os tipos constantes nas respectivas plantas em alvenaria, concreto armado ou, conforme
necessidade, pré-moldadas em concreto. Para todos os tipos devem ser rebocadas com cimento
interna e externamente.

A escavação das caixas deverá obedecer em função do tipo de terreno, uma das opções de
construção relacionadas a seguir:

a) Construídas no local, com fôrma externa: para terreno com problema de desmoronamento,
sendo usado forma externa para concretagem das paredes das caixas subterrâneas;

b) Construída no local, sem fôrma externa: para terreno firme sem problema de
desmoronamento, sendo usada apenas a forma interna, para concretagem das paredes;

c) Pré-moldadas: poderão ser utilizadas, desde que obedeçam às medidas padrão (exceto pela
largura das paredes), constem em projeto executivo, e este seja submetido a prévia análise
pela DOTI, havendo vantagens na sua aplicação em terrenos com problema de
desmoronamento, como descrito anteriormente.

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A base da escavação deverá ser regularizada e compactada antes de receber o piso. A


escavação deverá ser demarcada com um gabarito de madeira, na forma do desenho da caixa, para
melhor visualização da localização da caixa subterrânea.

As caixas subterrâneas deverão ser confeccionadas de acordo com os desenhos de projeto


colocados no Anexo 3, onde estão definidos os parâmetros construtivos e dimensionais das caixas e
suas tampas circulares de diâmetro padronizado em 60 cm (para caixas do tipo IMOD ou R2),
construídas em ferro fundido, de modo a garantir o acesso ao dielétrico em seu interior.

As seguintes premissas devem ser obedecidas

a) As ferragens (suporte para cabos, etc.) deverão ser colocadas de acordo com as
especificações dos desenhos no ANEXO 4.

b) Atenção especial deverá ser dada ao acabamento da entrada dos dutos, ficando espaço
simétrico entre os mesmos, dando condições de vedação. Todas as arestas deverão ficar no
prumo e a nível. É aconselhável usar formas com encaixe dos dutos para que o serviço fique
perfeito, ou seja, para que não haja deslocamento dos mesmos quando da colocação do
concreto.

c) Utilizar nos pórticos e nas entradas das salas de telecomunicações e/ou prédios de comando,
apenas as Caixas de Passagem do tipo IMOD;

d) Utilizar ao longo do trecho da rede de dutos, apenas caixas de passagem do tipo


R2, distribuídas ao longo da rede e alocadas em cada curva ou, no máximo, a cada 50 m entre
caixas;

e) Não será admitido o uso de caixas do Tipo R1 para rede de dutos de cabos dielétricos para
OPGW;

f) A definição do sentido da infraestrutura (direção de entrada dos dutos nas caixas de passagem)
poderá constar em projeto (os dutos nunca entram nas caixas de forma centralizada), mas
deverá ser ratificada em campo. As orientações de entrada e posicionamento dos dutos nas
caixas de passagem constam no ANEXO 3 nesta especificação;

Todos os desenhos com os modelos de caixas de passagem, encaminhamento de dutos,


sinalização e acessórios utilizados na construção da infraestrutura estão detalhados no ANEXO 3 desta
especificação.

Rede de dutos

Os dutos devem ser lançados em valas escavadas entre as caixas de passagem conforme
orientações no ANEXO 3

Quando esta linha de dutos estiver em trechos urbanos (passagens de veículos, travessias,
etc) esta deverá ser envelopada em concreto conforme instruções no ANEXO 3 desta especificação.

Não deve haver emendas nos subdutos lançados entre caixas de passagem.

Marcos de sinalização da rede de dutos

A sinalização visual da rede de dutos a ser construída utilizando marcos de concreto com 15
cm de diâmetro por 30 cm de comprimento e base quadrada de 30 cm, com 10 cm de afloramento do

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solo. A sinalização terá início e fim a ciados e finalizados a 50 cm das caixas de passagem e espaçados
de 5 em 5 metros para indicar o caminhamento

A fita de sinalização será instalada a pelo menos 20 cm acima da tubulação ou envelopamento


de concreto.

Acesso à Sala de Telecomunicações e ao bastidor DGO

Os desenhos com estes detalhamentos encontram-se no ANEXO 3 desta especificação.


Qualquer modificação e/ou adaptações devem antes ser fruto de inspeção técnica, discutidas e
aprovadas pela DOTI.

Premissas

O acesso à sala de telecomunicações para o (s) dielétrico (s) que se interligam ao cabo OPGW
deve obedecer às seguintes premissas:

a) Não deve haver instalação de dielétricos em canaletas de cabos de controle para


equipamentos de pátio;

b) A infraestrutura não deve ser compartilhada com outros cabos, inclusive dielétricos
(equipamentos de proteção, rede Lan, rede WIFI, etc.);

Infraestrutura de acesso à sala de Telecomunicações

O acesso da última caixa de passagem (Tipo IMOD) até o interior da sala de Equipamentos de
Telecomunicações onde encontra-se o bastidos DGO deve, de forma geral, ser realizada:

a) Para casos onde a sala possui piso elevado: por meio de 02(dois) dutos (PEAD)
corrugados de ao menos 100mm de diâmetro interno cada um equipado com 01(um)
subduto quádruplo agrupado, até caixa de alumínio de 40cm x 40cm x 20cm fixada no piso
de concreto da sala de Telecomunicações abaixo do piso falso e ente fileiras de bastidores
de modo a não impossibilitar o acesso a mesma;

Figura 5.8 - Entrada para sala de Telecomunicações com piso elevado

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b) Para casos onde não há piso elevado e nem porão de cabos: A entrada na sala deve
ser realizada por meio de 04(quatro) dutos DAG de 2”, os mesmos devem ser concretados
de modo a não ficarem submetidos à ação do tempo sob o solo;

Figura 5.9 - Entrada para sala sem piso elevado

c) Para as subestações onde há necessidade de encaminhamento de cabos dielétricos


via porão de cabos: Deve ser realizada inspeção técnica para avaliação das condições de
instalação e elaborado projeto específico. A princípio, os cabos dielétricos devem ser
acomodados no interior de tubulação DAG de 2” com caixas intermediárias em alumínio
com dimensões de 40cm x 40cm x 20cm em intervalos de até 50m. Tanto os dutos como
as caixas devem ser fixados nas paredes dos tuneis de acesso ao porão acompanhando o
esteiramento de cabos até a sua entrada na sala de telecomunicações imediatamente sob
piso na entrada inferior do DGO ou via esteiramento de cabos.

Detalhamentos específicos devem ser realizados após vistoria técnica no local.

Acesso ao bastidor DGO

a) A partir de caixa de alumínio intermediária para subestações com piso elevado: Nesse
caso o dielétrico será encaminhado até o bastidor sob o piso falso protegido por sealtubo
de 1”, este será acoplado à caixa de passagem e ao piso do DGO por meio de Conector
Macho reutilizável de Alumínio (CMRA) de 1” com rosca BSP;

b) Para casos onde não há piso elevado e nem porão de cabos: pelo teto do DGO em uma
de suas aberturas, amarrado ao esteiramento com cordão encerado;

c) Para casos onde não há piso elevado e nem porão de cabos: A depender do projeto
poderá acessar o bastidor pelo piso através de sealtube com CMRA ou pelo teto através de
esteiramento, o acabamento nestes casos deve ser conforme o descrito nos itens
anteriores.

Instalação do cabo dielétrico

A seguir serão descritas as recomendações de instalação do cabo OPGW para sistemas de


telecomunicações na Chesf.

Cada cabo dielétrico instalado deve, obrigatoriamente, ser identificado no DGO, na caixa IMOD
de acesso à sala de Telecomunicações, em cada caixa R2 do percurso do dielétrico e na Caixa IMOD
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do pórtico com plaqueta plástica na cor amarela e dizeres pretos em tinta indelével informando a qual
enlace pertence:

Figura 5.10 - Plaqueta de identificação

Instalação no bastidor DGO

O cabo dielétrico a ser instalado deve ter um comprimento equivalente à altura do bastidor
DGO adicionados de 5m (cerca de 7m a partir do piso do DGO).

A instalação no DGO deve ser realizada como indicado nas figuras Erro! Fonte de referência
não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.. A fixação nas laterais do bastidor deve
ser feita com abraçadeira plástica apenas após conclusão do DIO correspondente.

A identificação do cabo com plaqueta plástica indicando o enlace e a LT a qual pertence é


obrigatória.

A entrada do cabo pode ser via piso ou teto do bastidor, sendo pelo piso o acabamento feito
com box reto conforme Figura 5.12.

Figura 5.12 - Acesso do cabo dielétrico pelo piso


do DGO

Figura 5.11 - Correta acomodação de cabo


dielétrico. Neste caso com entrada pelo teto

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O detalhamento de preparação do cabo dielétrico e do BEO-DIO encontram-se no Item 6desta


especificação.

Instalação e lançamento nas caixas de passagem e infraestrutura de dutos

O cabo dielétrico deverá ser lançado em um dos subdutos da infraestrutura de pátio construída
e totalmente concluída (a presença de obras civis ou retirada de pendências com necessidade de acesso
à caixas de passagem podem provocar danos ao dielétrico já lançado).

O cabo dielétrico, nas caixas do tipo R2, deve apenas passar do duto de entrada ao duto de
saída sem fazer nenhuma volta sendo ele acomodado nos suportes metálicos instalados.

Deve ser deixada uma reserva técnica de cabo dielétrico nas caixas IMOD de entrada na sala
de Telecomunicações e de acesso ao pórtico de 8(oito) voltas, somando aproximadamente 25m (não
considerando o cabo lançado para dentro da sala de Telecom e instalado no DGO e instalado na caixa
de emenda do pórtico).

Infraestrutura de pórtico para acomodação de cabo dielétrico

O trecho de encaminhamento do cabo dielétrico entre a última caixa de passagem (IMOD) e a


CEO instalada no pórtico deve ser composto com um duto DAG (Duto de Aço Galvanizado) do tipo
pesado galvanizado por imersão a quente, redução de 2 “ para 1” também em DAG.

Após a redução de 2” para 1”, deve ser conectado um Conector Macho reutilizável de Alumínio
(CMRA) de 1” de modo a fazer a conexão firme com o Sealtubo que protegerá o dielétrico da saída do
duto DAG até a entrada na Caixa de emendas.

O duto DAG deve ser instalado em parede da caixa IMOD e concretado em sua localização
definitiva após verificação do melhor posicionamento para a caixa de emendas ópticas em face livre
do pórtico onde não haja interferência com caixas elétricas, aterramento ou pedarol. O duto não deve
ser instalado centralizado no pórtico uma vez que a CEO será instalada lateralmente à face deste para
acomodação da curvatura exigida para entrada do cabo OPGW em seu cabeçote inferior.

O posicionamento da infraestrutura em pórticos de metal deve ser também lateral a uma de


suas faces e posicionada na área interna deste.

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Figura 5.13 - Detalhe de infraestrutura para acesso do dielétrico ao pórtico

Os projetos detalhados da instalação de caixa de emenda e escolta para pórticos de concreto


e metálicos encontram-se no ANEXO 3 desta especificação. Ajustes na configuração padrão são
possíveis conforme condições de terreno e modelo do pórtico implantado, devem constar em projeto
executivo ou serem definidas em campo, em ambos os casos deverá haver aprovação do projeto final
pela DOTI.

Considerações para cálculo do comprimento do cabo dielétrico

Para a instalação na caixa de emendas ópticas deve ser aberto um total de 6m de cabo (que
ficará efetivamente dentro da CEO), destes devem ser removidos 2m de tubo loose, estas fibras
expostas serão emendadas com as fibras do cabo OPGW e acomodadas na bandeja de emendas da
CEO.

Assim considerando o exposto, o que foi detalhado no item 5.4.1 e que a distância de uma
instalação, da base do DGO ao pórtico tenha, em comprimento linear, 100m temos:

 Cabo a ser instalado no DGO: 7m


 Comprimento da infraestrutura (incluindo entrada na sala de Telecomunicações): 100m
 Reservas técnicas nas caixas IMOD (duas): 50m
 Cabo a ser instalado na caixa de emendas (incluindo subida pelo duto DAG): 8m
 Total de dielétrico a ser lançado: 165m

A preparação completa do cabo dielétrico, OPGW e caixa de emenda pode ser verificada no
Item 6 desta especificação.

Instalação do cabo OPGW

A seguir são descritas as exigências de instalação do cabo OPGW em torres e pórticos


metálicos e de concreto referente aos padrões de acomodação do cabo nestas estruturas. Os demais
itens de instalação como: lançamento, nivelamento, ancoragem ou instalação de acessórios constam
na ET_DLT-039-05-Rev 3. Os projetos detalhados podem ser encontrados no ANEXO 3 desta
especificação. A preparação das
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Instalação em pórticos metálicos e de concreto

 O posicionamento da caixa IMOD deve estar em concordância com face onde será instalada
a CEO, facilitando o acesso do duto DAG. Deve ser ratificado em campo ou definido
previamente na elaboração do projeto executivo com todo o detalhamento de medidas, vistas
e distâncias relativas a face onde será instalada a CEO;

 Não deverá haver infraestrutura concorrente no trajeto do cabo OPGW até a caixa de
emenda;

 Ajustes ou adaptações devem ser aprovadas previamente pela DOTI antes de serem
executadas em campo;

 Os grampos guia de descida deverão estar distanciados entre si no máximo em 2,0m;

 A distância entre os conjuntos de acomodação para escolta de cabo OPGW não deve ser
inferior a 1,20m e acomodará 12 voltas do cabo OPGW;

 O arranjo típico de descida está mostrado na Erro! Fonte de referência não encontrada.,
caso haja necessidade de alguma alteração desse projeto por condições do terreno ou
modelo do pórtico, estas devem constar em projeto executivo e serem aprovadas pela DOTI.

 O cabo OPGW, logo abaixo de sua entrada na caixa de emendas, deverá ter placa de
identificação do enlace como consta na Erro! Fonte de referência não encontrada..

a) Pórtico Metálico

 O arranjo típico de descida está mostrado na Erro! Fonte de referência não


encontrada.. caso haja necessidade de alguma alteração desse projeto por condições
do terreno ou modelo do pórtico, estas devem constar em projeto executivo e serem
aprovadas pela DOTI.

 A escolta deve sempre ser posicionada dentro da área interna da estrutura;

 A caixa de emenda deve ficar no vértice oposto à descida do cabo OPGW de modo a
não haver esforços excessivos no cabeçote ou curva acentuada na acomodação do
cabo na torre;

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Figura 5.14 - Arranjos de descida em pórticos de
metal. (À direita com suporte central devido ao tamanho da
base do pórtico)
Figura 5.15 – Instalação modelo de cabo OPGW em pórtico metálico e posicionamento da caixa IMOD.

b) Pórtico de concreto

 O arranjo típico de descida está mostrado na Erro! Fonte de referência não


encontrada., caso haja necessidade de alguma alteração desse projeto por condições
do terreno ou modelo do pórtico, estas devem constar em projeto executivo e serem
aprovadas pela DOTI.

 A escolta deve sempre ser posicionada na face livre do pórtico;

 A caixa de emenda deve ficar no lado oposto à descida do cabo OPGW de modo a
não haver esforços excessivos no cabeçote ou curva acentuada na acomodação do
cabo na torre;
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Figura 5.16 – Instalação de OPGW em pórtico de concreto e posicionamento da caixa IMOD.

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Figura 5.17 – Arranjo de instalação de CEO e Figura 5.19 – Posicionamento com ajuste para
escolta em pórtico de concreto entrada na caixa IMOD

Figura 5.18 – Passagem sobre travessa lateral


do pórtico
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Instalação em torres metálicas e de concreto

 A caixa de emenda deve ser sempre fixada o mais próximo possível da altura da fase inferior,
sempre entre a primeira e a segunda escolta;

 Caso, devido à altura da torre, a segunda escolta não seja capaz de acomodar toda a sobra
de cabo, esta deverá ser distribuída em “colo” abaixo da segunda escolta;

 Os grampos guia de descida deverão estar distanciados entre si no máximo em 2,0m;

 A distância entre os conjuntos de acomodação para escolta de cabo OPGW não deve ser
inferior a 1,20m, sempre que a torre permitir esta medida, ou mais próximo quando possível
dela quando a estrutura não acomodar este diâmetro;

 A quantidade de grampos de descida é variável em função da altura da torre;

 O comprimento do cabo OPGW entre a primeira e escolta e a caixa de emenda deverá ser
suficiente para descida desta até o solo para a execução das emendas e será armazenado na
segunda escolta;

 A instalação das escoltas e caixa de emenda deve ser feita na mesma face da torre,
preferencialmente a face a ré do sentido da linha;

 A caixa de emenda deve ser içada pelo próprio cabo OPGW enquanto o mesmo é acomodado
na segunda escolta e amarrada pelo suporte de fixação apenas para garantir que não haja
impacto com a estrutura da torre durante acomodação do cabo. Desse modo a CEO fica livra
para girar e desfazer as torções do cabo OPGW que ocorrem durante sua instalação na
escolta. Finalizada a acomodação do OPGW a CEO deve ser levada até sua posição definitiva
e o excesso de cabo fixado na torre com os grampos guia a partir da saída da CEO até a
segunda escolta deixando um comprimento mínimo acomodado em “colo” na torre, se
necessário.

 A equipe de linhas de transmissão que estiver dando apoio à equipe de telecomunicações


deve, obrigatoriamente, estar habilitada para trabalho em linha viva. Mesmo não havendo
interação com os cabos condutores estando estes energizados, a indução gerada não deve
atrapalhar o desempenho da equipe na fixação das caixas de emenda.

a) Torres metálicas

 A primeira escolta será montada próxima a entrada de cabos, no ponto de melhor acesso
e instalação;

 Devido à grande quantidade de modelos de torres o arranjo típico da Erro! Fonte de


referência não encontrada. deve servir de modelo, sendo os projetos de instalação das
demais torres e adaptados conforme as premissas apresentadas e buscando sempre o
ponto de melhor segurança contra vandalismos e de melhor acesso à instalação da CEO e
cabo OPGW bem como sua manutenção. Todos os projetos de descida devem ser
submetidos à DOTI para análise e aprovação antes da execução em campo.

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Figura 5.20 – Posicionamento da primeira escolta Figura 5.21 – Instalação de caixa de emenda acima
da segunda escolta

Figura 5.22 – Modelo de instalação em torre metálica


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b) Torres de Concreto

 A primeira escolta será montada abaixo da trave da torre o mais próximo possível desta;

 Podem ser formados dois arranjos, conforme condições encontradas em campo para a
posição das escoltas. Ambas podem estar sobrepostas ou posicionadas uma acima e outra
abaixo da caixa de emendas;

 Devido à grande quantidade de modelos de torres os arranjos típicos da Erro! Fonte de


referência não encontrada. Erro! Fonte de referência não encontrada.deve servir de
modelo, sendo os projetos de instalação das demais torres e adaptados conforme as
premissas apresentadas e buscando sempre o ponto de melhor segurança contra
vandalismos e de melhor acesso à instalação da CEO e cabo OPGW bem como sua
manutenção. Todos os projetos de descida devem ser submetidos à DOTI para análise e
aprovação antes da execução em campo.

Figura 5.23 – Instalação com escoltas sobrepostas e caixa fixada acima delas

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Figura 5.24 – Arranjos típicos de instalação de cavo OPGW em torres de concreto

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Preparação de cabos, Caixas de emenda e Emendas ópticas

Os métodos indicados a seguir constituem o padrão de instalação e preparação de caixas de


emendas, cabos dielétricos e OPGW de acordo com as melhores práticas adotadas na Chesf conforme
experiências tomadas pelas áreas de implantação e de manutenção de sistemas de telecomunicações
ao longo dos anos de suas atividades. Os procedimentos, materiais e equipamentos utilizados visam
melhorar a qualidade da instalação para reduzir a degradação do enlace óptico decorrentes de sua
exposição a condições ambientais severas ou contornar possíveis falhas construtivas e que geram, a
longo prazo, modificação nas características fibras ópticas em seu interior gerando custos para
correção e retirada de falhas.

Nomenclatura dos componentes da caixa de emendas

1. Tampas de inox
2. Barras de fechamento
3. Cabeçotes laterais
4. Barra de gerenciamento de tubos e
bandeja para fibras ópticas
5. Barra de tração
6. Lixa para o cabo
7. Fita de bandagem para cabeçotes laterais
8. Fita selante para o cabo (lock-tape)
9. Selante c-cement
10. Fita para medir o diâmetro do cabo
11. Rolo de mastique (NÃO UTILIZAR)
12. Tubo de transporte
13. Tubo acoplador
14. Kit de bandeja de transição
15. Suporte de fixação da caixa

Figura 6. 1 – Componentes da Caixa de emenda

PREPARAÇÃO DA CAIXA DE EMENDA ÓPTICA

Ferramentas e materiais necessários

As Caixas de Emenda Óptica deve ser fornecida com todo o material necessário para a sua
instalação. Abaixo consta a relação de ferramentas que deverão estar de posse da equipe de emendas
para a preparação e instalação da caixa de emenda e cabo OPGW. Não serão efetuados empréstimos
de nenhum tipo pela Chesf:

Item Material
1 OTDR
2 Pen drive para o OTDR
3 Máquina de Fusão
4 Fonte óptica
5 Medidor de Potência Óptica
6 Cordões Ópticos Simplex – para testes e conexão com os instrumentos

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7 Adaptador Óptico - FC (PC) – SM


8 Adaptador Óptico - SC (PC) – SM
9 Adaptador Óptico - E2000 (APC) – SM
10 Cordão óptico SC (PC)/E2000 (APC)
11 Clivador mecânico de precisão
12 Bobina de lançamento de ao menos 1000m
13 Grupo gerador 2,5 kVA
14 Soprador térmico
15 Telefone óptico – Fiber Fone (1 par)
16 Arco de serra com serra
17 Carretilha ou roldana para içar materiais e levantar/descer CEO
18 Luva de pano
19 Tenda fechada ou barraca fechada (3m x3m) – para evitar poeira e vento.
20 Lona plástica 3x3m
21 Lanterna de mão
22 Mesa madeira dobrável ou mesa tipo camping
23 Cadeira dobrável madeira ou bancos tipo camping
24 Lâmpada incandescente 100W ou equivalente
25 Extensão de energia 50 m, 3 pontos de alimentação
26 Corda para içamento de material - 100m
27 Balde de lona para içar materiais e ferramentas (bornal)
28 Tesourão para cortar cabo de aço
29 Furadeira Elétrica
30 Estilete
EPI
Cinturões tipo paraquedista
31 Óculos de proteção
Capacete
Bota
32 Isoparafina ou Éter de petróleo
33 Conectores mecânicos reutilizáveis segundo a prática TELEBRÁ35.160.701 tipo RXS M174
34 Casador de índice de refração em seringa
Tesoura para corte de enfaixamento do cabo, fibras kevlar etc tipo PA- 1510/PALADIN ou
35
similar
Descascador de revestimento primário-nylon de fibra (175μm, 254μm e 305 μm), tipo NO-
36
NIK da CLAUSS ou similar

37 Descascador de revestimento secundário-acrilato da fibra (250 μm), tipo Miller ou similar

Descascador transversal de cabo dielétrico entre 1/4 “e 3/4” marca IDEAL ou similar
38
referência (45-128)
39 Cortador de tubo loose transversal

40 Roletador para abertura de tubo de aço ou alumínio do núcleo óptico do acabo OPGW

41 Faca alfa, tipo ALLWAY ou similar.


42 Tesoura para cabista tipo R-7/CLAUSS ou similar
43 Pinça apropriada à acomodação das fibras nas bandejas das caixas de emendas óptica
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44 Alicate universal 8 “
45 Alicate bico fino meia-cana 6 “
46 Alicate de corte diagonal 6 “

Jogo de chaves de fenda contendo:

chave 1/8 x 4 “tipo BELZE7114 ou similar


chave 3/16 x 6 “tipo BELZE7128 ou similar
47
chave 1/4 x 8 “tipo BELZE7128 ou similar
Jogo de chaves Philips contendo:
chave ¼ x 5 “
chave 3/16 x 8 “

48 Trena de aço de 5 m de comprimento


49 Rolo de fita de auto-fusão 2 mm x 20
50 Rolo de fita crepe 2,5 mm x 50 m
51 Mantas termocontráteis ( diâmetros 3/16”, ½” , 1”)
52 Tubo de transporte (Tubo em PEBD Ø3/16” e parede de 0,8mm) - 50m
53 Hand rap de 100 ml para álcool isopropílico
54 Caixa com 100 cotonetes de 5 “
55 Caixa com 250 m de gaze ou lenço de papel
56 Recipiente com 500 ml de líquido removedor de geléia tipo C-100/AGC ou similar
57 Frasco de spray (300 ml) ar seco, tipo LC-152/AEROJET ou similar.
Tubetes de proteção para emenda:

58 Protetor de emenda termocontrátil de 40 mm X 3,5 mm


Protetor de emenda termocontrátil de 60 mm X 3,5 mm
Protetor de emenda termocontrátil de 62mm X 4,1mm
59 Chave Allen 4 mm
60 Jogo de chaves de canhão
Jogo de chaves de boca contendo:

chave 10 mm x 8 mm
61 chave 17 mm x 18 mm
chave 1"
Chave canhão 1/2”
Chave canhão 3/8”
Kit para preparação de caixa PLP composto de: 1 suporte de furação, kit de brocas, chave
62
tipo catraca, torquímetro (medindo em lbs/pol) e soquetes
63 Kits conforme Figura 6.2 a 6.4
Tabela 6. 1 – Lista de materiais para trabalho com cabos OPGW e dielétricos

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Figura 6.2 - Suporte para furação da CEO Figura 6.3 – Kit com brocas para furação do cabeçote

Tabela 6. 2 – Descrição das figuras 6.2 a 6.4


Suporte de furação Figura 6.2
Kit de brocas Figura 6.3
Chave tipo catraca,
Figura 6.4
torquímetro e soquetes

Figura 6.4 – Soquetes, chaves e torquímetro

Preparação dos cabeçotes

A seguir está a preparação padrão para cabeçotes das caixas de emendas ópticas. Apenas o
cabeçote inferior deverá ser preparado para entrada de cabos.

a) Tabela Orientativa (CEO com cabeçote de 6,5”)

COMPRIMENTO TOTAL NÚMERO DE CAPACIDADE DE


DA CAIXA BANDEJAS FIBRAS POR BANDEJA
72,1 4 24
DIÂMETRO DA CAIXA ÁREA LIMITE DE INTERVALO LIMITE
(pol.) FURAÇÃO DO MÍNIMO ENTRE FUROS
CABEÇOTE (mm) (mm)
6,5 105 6
Tabela 6. 3 – Dimensões da CEO e intervalo entre furações

b) Medição do diâmetro do cabo OPGW ou dielétrico

Medir os diâmetros do cabo OPGW ou dielétrico que serão instalados na CEO com a fita
métrica (linha branca do índice da fita) que acompanha a CEO e verificar a quantidade de
bandagens a serem colocadas e as brocas utilizadas para furação do cabeçote (Figuras 6.5
e 6.6);

 LETRA: Indica a broca a ser utilizada;


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 NÚMERO: indica a quantidade de camadas de fita de bandagem a serem aplicadas


(no mínimo uma e no máximo duas);

Figura 6. 5 – Método de leitura da fita de medição

Figura 6. 6 – Medição do cabo OPGW com a fita

c) Montagem do kit e furação do cabeçote

Realizar a montagem do kit de furação, conforme Figura 6. 7, com a linha divisória do


cabeçote alinhada com a abertura na base do kit de furação, equipar com a broca indicada
pela fita durante a medição do cabo OPGW e posicioná-la sobre a marca de furação indicada
no cabeçote lateral (Figura 6. 9) apertando o parafuso de retenção para fixar o bloco de
furação.

Fixe a furadeira no soquete e inicie a furação até que a broca toque o fundo do suporte
de furação. Nunca tire a broca do fundo do cabeçote lateral enquanto a mesma estiver
girando. Para fazer novos furos no cabeçote seguir as marcações existentes, levando-se em
conta que a distância mínima entre furos deve ser de 6 mm;

Figura 6. 7 - Montagem do suporte de furação Figura 6. 9 – Encaixe do soquete adaptador e


posição da broca

Figura 6. 8 - Posição das possíveis furações no cabeçote

Figura 6. 10 – Furação do cabeçote

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d) Aplicação de selante e bandagem

Após todos os furos completos, soltar os parafusos laterais para separar as metades
e lixar, suavemente para não tirar material em excesso, Figura 6.3, as bordas do plástico e da
parte interna dos cabeçotes e para eliminar cantos vivos.

Figura 6. 11 - Lixamento do cabeçote


Figura 6. 12 - Aplicação de Selante

Aplicar o selante c-cement, Figura 6.4, em cada uma das superfícies internas dos
cabeçotes laterais, livrando somente os oríficios dos parafusos. Retirar o excesso de selante
com o papel protetor que cobre a fita de bandagem (Figura 6. 5). Quando o selante se tornar
pegajoso, deve-se aplicar a fita de bandagem (parte branca para baixo) nas metades dos
cabeçotes laterais, sem esticá-la, seguindo os contornos dos orifícios dos cabos cortando a
fita em forma retangular, livrando as áreas dos orifícios dos parafusos (Figura 6. 6);

Figura 6. 13 - Retirada de excesso de selante Figura 6. 14 - Corte de bandagem

e) Cabeçote Aplicação de selante e bandagem

O cabeçote que não for utilizado para entrada de cabos deve seguir o mesmo
procedimento do cabeçote furado (abertura das seções dos cabeçotes, aplicação de selante
e fita de bandagem);

Preparação dos cabos OPGW e dielétrico

Premissas

 Não devem ser usados produtos abrasivos para a limpeza das fibras ópticas. Apenas
álcool isopropílico e éter de petróleo (isoparafina) devem ser utililzados para este
propósito;
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 Para inserção das fibras ópticas no tubo de transporte não deve ser usado nenhum tipo
de produto auxiliar (álcool, isoparafina, talco, etc.);

 A equipe de emendas contratada para realizar as fusões ópticas deve possuir todo o
material e equipamentos necessários à preparação das caixas de emenda, cabos OPGW,
dielétricos, execução de emendas, testes ópticos e comunicação bem como possuir
veículo adequado ao terreno de acesso às linhas de transmissão para transporte de
pessoal, materiais e equipamentos. Não serão efetuados empréstimos de nenhum tipo
por parte da Chesf;

 Todos os equipamentos usados para execução de emendas e realização de testes da


equipe contratada devem estar com cerificado de calibração válido realizado por
laboratório acreditado pelo Inmetro;

Medição e corte do cabo OPGW

O cabo OPGW tem pode ter formação diferenciada conforme modelo ou fornecedor. De modo
geral, os modelos mais comumente usados, atualmente, na Chesf encontram-se mostrados na Figura
6. 16. O tamanho do cabo OPGW que será usado para acomodação da caixa de emendas deve ser
medido conforme abaixo:

a) A partir do centro da torre medir 4m em direção à extremidade do cabo e marcar com fita
isolante;

Figura 6. 15 – Marcação do cabo com fita isolante

b) A partir da primeira marcação medir 6m em direção à extremidade do cabo OPGW e marcar


com fita isolante (mais de uma volta e com firmeza para que os tentos da coroa aço alumínio
não se soltem com o corte do cabo). Esse deverá ser tamanho de OPGW trabalhado para ser
inserido na caixa de emendas;

c) A abertura do cabo deve obedecer ás medidas indicadas Figura 6. 16 a Figura 6. 18 para os


diferentes tipos de formação de cabo OPGW;

Figura 6. 16 - Formação do cabo: Coroa externa de aço alumínio, tubo de alumínio, tubo inoxidável e fibras ópticas

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Figura 6. 17 - Formação do cabo: Coroa externa de aço alumínio, coroa interna de aço alumínio, tubo inoxidável (um dos
tentos da segunda coroa) e fibras ópticas

Figura 6. 18 - Formação do cabo: Coroa externa de aço alumínio, tubo de alumínio, tubetes plásticos e fibras ópticas

d) Utilizando uma serra de aço, após a segunda marcação feita (à 6m da extremidade do cabo),
corte com cuidado os tentos de aço alumínio em torno do diâmetro do cabo

Figura 6. 20 – Marcação realizada com serra.


Figura 6. 19 – Serrar primeira coroa após segunda
marcação

e) Extraia com cuidado os tentos de aço alumínio do cabo (Figura 6. 21).

Figura 6. 21 – remoção de tentos da primeira coroa. Figura 6. 22 – Tentos removidos e segunda coroa
marcada para remoção.

Caso o cabo possua uma segunda coroa de tentos, proceder conforme item “d” e “e”, tomando
cuidado para não danificar o tubo de alumínio central ou o tubo de aço, uma vez que um dos tentos
pode conter o núcleo óptico do cabo OPGW (Figura 6. 22).

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Aplicação da fita de bandagem no cabo OPGW

a) Retire a fita isolante da extremidade do cabo e meça 15 cm e passe o Selante C-cement por
toda região do cabo na área que será aplicada a fita de bandagem (Figura 6. 23).

b) Aplique a fita selante ao redor do cabo (parte preta para cima) nas áreas recobertas com
selante c-cement, sobrepondo meia fita na volta precedente. Estire a fita ao aplicá-la. Aplique
uma ou duas camadas de acordo com a leitura da fita de medição

Recomendação: Tencione a fita o suficiente para reduzir a sua largura até 1/2”. A Figura 6. 24
mostra a aplicação de uma camada de fita selante no cabo.

Atenção: Não deve ser aplicado mastique no cabo OPGW

c) O cabo OPGW deve ser fixado em ponto firme para que não sofra movimentos bruscos que
possam danificar as fibras ópticas. Para colocar as mantar executar conforme descrito a seguir:

o No cabo OPGW, no qual a fita métrica apontou uso de 1 bandagem, devem


ser colocadas uma bandagem e a manta termocontátil com comprimento de 15 cm a partir
do ponto onde a primeira coroa foi aberta;

o No cabo OPGW, no qual a fita métrica apontou uso de 2 bandagens, devem


ser colocadas duas bandagens e a manta termocontátil, com comprimento de 15 cm, a
partir do ponto onde a primeira coroa foi aberta, e assim sucessivamente;

o Na extremidade do cabo OPGW, onde termina a primeira coroa, nos últimos 3


cm, deve-se aplicar 3 voltas de bandagem e fixar a mesma com fita de auto fusão, após
aplicar a bandagem no restante do pedaço com selante. Este pedaço de cabo, que ficará
dentro da caixa de emendas servirá para dar resistência mecânica aos esforços solicitados
no cabo durante sua fixação em torres ou pórticos;

Figura 6. 23 – Aplicação de selante

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Figura 6. 24 – Aplicação de bandagem sobre o selante aplicado no cabo

Figura 6. 25 – Cabo com bandagem aplicada (notar que o mesmo possui dois núcleos ópticos em dois tentos da segunda
coroa)

Abertura do núcleo óptico e exposição das fibras

Atenção:
As operações dos itens a seguir exigem um cuidado extremo a fim de não danificar as
fibras ópticas.

a) Caso o OPGW possua duas coroas de tentos e o elemento que contém o núcleo óptico
pertencer à segunda coroa, o mesmo deverá ser alinhado com destorcedor após retirada dos
demais tentos de aço, dado que o mesmo tende a manter o formato do encordoamento do
cabo OPGW, para evitar a torção e quebra das fibras durante remoção do tubo de aço. Marcar
o tubo de aço com roletador e removê-lo expondo a fibra óptica em seu interior;

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Figura 6. 26 – Destorcedor de tubo de aço

b) Para os casos de cabos não possuam segunda coroa de tentos marcar com o roletador e
remover o tubo de alumínio realizando corte conforme medida apresentada no item “6.3.2.c”.
Após exposição do tubo de aço. Realizar o mesmo procedimento para removê-lo;

Figura 6. 27 – Marcação e remoção do tubo de alulmínio

Figura 6. 28 – Roletador para remoção de tubo de aço ou alumínio.

c) Cabos com núcleo óptico em tubo de aço: Revestir as fibras com o tubo de transporte (Tubo
em PEBD com Ø3/16” e 0,8mm de espessura da parede). Nesse passo pode-se proceder de
dois modos, sendo o primeiro mais recomendado por manter a geleia que protege a fibra
dentro do tubo de transporte. Observar o seguinte:

 Cada tubo transporte deve dar 3(três) voltas completas na CEO (aproximadamente
2,80 m fibra em tubo de transporte);

 As fibras ópticas devem dar 3(três) voltas na bandeja (aproximadamente 1,5m de fibra
nua);

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Método 1 (Não deve ser aplicado a cabos OPGW que possuam tubetes plásticos)

o Para aplicar esse método é necessário que o tubo de aço que protege as fibras
tenha diâmetro menor que o tubo de transporte;

o Primeiro deve-se destorcer o tubo de aço, conforme descrito no item “6.3.4.a”;

o Inserir o tubo de transporte até o ponto onde será aberto o tubo de aço (496
cm da extremidade aberta do cabo OPGW);

o Marcar o tubo de aço com roletador e retirá-lo com cuidado por dentro do tubo
de transporte;

o Limpar a geleia do pedaço das fibras descobertas pelo tubo de transporte para
acomodação na bandeja de emendas;

Método 2

o Proceder conforme item “c” para retirada do tubo de aço;

o Remover toda a geleia das fibras expostas com produto apropriado (álcool
isopropílico e isoparafina) para então inseri-las no tubo de transporte;

Figura 6. 29 – Instalação de tubos de transporte em


cabos OPGW com núcleo óptico em tubo de aço

d) Cabos com núcleo óptico em tubetes plásticos: Deve ser retirado o tubo de alumínio
expondo-os. Deve-se apenas remover o tamanho necessário dos tubetes para o comprimento
de fibras ópticas que serão acomodadas bandeja de emendas conforme Figura 6. 18.

Aplicação das mantas termocontráteis

As mantas têm o objetivo de fazer a firme fixação entre o tubo de transporte e o corpo do cabo
OPGW bem como isolar e manter a umidade da extremidade aberta para inserção na caixa de emendas,
também dará mais firmeza na fixação do cabo OPGW no cabeçote quando este for fechado. Devem ser
aplicadas após a bandagem. Deve-se restringir a manta com soprador térmico tomando cuidado de não
aplicar temperatura excessiva que possa danificar as fibras ópticas.

a) Colocar e restringir a primeira manta termocontrátil com 3cm x Ø 3/16”, fixando o tubo de aço
inox com o tubo transporte;

b) Colocar e restringir a segunda manta termocontrátil com 3cm x Ø1/2”, cobrindo o tubo de
alumínio e o tubo de aço inox já revestido com a primeira manta termocontrátil;

c) Colocar e restringir a terceira manta termocontrátil com 15cm x Ø 1” fixando o tubo de alumínio
já revestido com a segunda manta termocontrátil e a primeira coroa de tentos;

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Figura 6. 30 – Mantas posicionadas

Figura 6. 31 – Aplicação de calor com soprador térmico para restrição das mantas

Figura 6. 32 – Mantas restringidas

Preparação do Cabos dielétricos para acomodação em caixa de emenda

Para cabos dielétricos o procedimento é similar ao cabo OPGW com tubetes plásticos, exceto
que, no lugar das coroas, devem ser retiradas as capas de proteção do cabo;

a) Remover a capa externa a 6 m da extremidade do cabo;

b) Remover a capa interna a 598 cm da extremidade do cabo;

c) Os tubos loose deverão ser decapados a 328 cm da extremidade do cabo, de modo que a fibra
fique coberta com 270 cm de tubo loose que será acomodado junto com o OPGW já em tubo
de transporte na caixa de emendas (3 voltas);

d) Aplicar as bandagens, em 15 cm do cabo a partir do ponto de corte da primeira capa, conforme


quantidade definida pela medição realizada com a fita que acompanha a caixa de emenda (a
fita também deve ser utilizada para definição da broca a ser usada para furar o cabeçote) e
fazer o acabamento nas extremidades da bandagem com fita de auto fusão;

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e) Colocar e restringir a primeira manta termocontrátil de 3cm x Ø1/2”, com o soprador térmico,
cobrindo a capa interna e os tubos loose;

f) Colocar e restringir a terceira manta termocontrátil de 15cm x Ø 1”, com soprador térmico,
fixando a primeira capa com a primeira manta termocontrátil aplicada.

Fechamento do cabeçote

a) Posicione o cabo na seção do cabeçote, obedecendo as medidas indicadas na Figura 6. 33.


Aperte com uma chave catraca os parafusos laterais dos cabeçotes, alternando duas a três
voltas por vez, até que o excesso de fita de bandagem se separe e dobre para traz. Quando os
cabeçotes laterais ficarem completamente fechados, corte com uma tesoura o excesso da fita
de bandagem (figura 46).

Figura 6. 33 – Posicionamento do cabo com mantas e bandagens no cabeçote

Figura 6. 34 – Posição da bandagem do cabeçote quando fechado completamente

b) Atentar para a identificação colocada no cabeçote da CEO identificando a direção de cada cabo;

Recomendações:

 Não puxe a fita durante o corte.


 Nunca use chave torquímetro nos parafusos laterais dos cabeçotes.

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Figura 6. 35 – Fechamento do cabeçote e identificação da direção dos cabos (à esquerda o cabeçote é do tipo bipartido
ainda sem identificações dos cabos).

Montagem da CEO E PREPARAÇÃO DAS FIBRAS PARA EMENDAS ÓPTICAS

Montagem das bandejas e acomodação dos tubos de transporte

a) Após fechamento dos cabeçotes superior e de entrada de cabos, prenda o suporte de bandeja
nos cabeçotes laterais com os parafusos que acompanham a CEO e acomode a bandeja de
transição na barra de Gerenciamento

Figura 6. 36 - Fixação

b) Acomodar as três voltas de tubo de transporte, ou tubetes plásticos no caso de cabo OPGW
com essa formação ou cabo dielétrico, na caixa de emendas tomando o cuidado de ocupar todo
o espaço disponível para tal conforme figura abaixo:

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Figura 6. 37 – Ocupação de espaço e distribuição de reserva de fibras

c) Aplique duas voltas de feltro azul protetor no tubo de transporte a partir de 5 mm da ponta
cortada e com as abraçadeiras de plástico fornecidas, fixe os tubos loose ou tubos de transporte
usando dois rasgos da bandeja envolvendo as abraçadeiras sobre o feltro azul protetor.

Figura 6. 38 – Aplicação do feltro azul e fixação dos tubos de transporte

Figura 6. 39 – Fixação dos tubos com abraçadeira

d) Os procedimentos anteriores são realizados na bandeja transição. Deve-se dar uma volta com
as fibras ópticas de todos os tubos nesta bandeja de modo a garantir que o movimento das
fibras dentro do cabo OPGW não resulte em atenuações de sinal óptico.

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 A partir da bandeja de transição devem ser usados tubos de transporte para levar as fibras
á bandeja onde serão realizadas as emendas;

 Neste ponto, caso haja derivação de fibras de algum cliente (Eletronet, Telebras) devem
ser separadas as fibras dos cabos correspondentes aos clientes em questão;

 O cabo OPGW que possuir as fibras compartilhadas as terá separadas nesta bandeja de
modo que as fibras exclusivas de uso Chesf serão emendadas em bandeja diferente dos
clientes e sempre posicionada acima destes;

Figura 6. 40 – Badeja de transição

Figura 6. 41 – Organização de bandejas

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e) Em seguida encaixe a bandeja de emenda no suporte e instale os tubos de transporte e guie as fibras
até a bandeja de emenda

Figura 6. 42 – Instalação da bandeja de emendas

Acomodação das fibras na bandeja e emendas ópticas

ATENÇÃO: É OBRIGATÓRIO UTILIZAR TUBETES PROTETORES PARA FUSÃO DAS


FIBRAS ÓPTICAS COM DIÂMETRO DE 4,1 MM X 62 MM.

a) Para realizar as emendas deve seguir os sentidos das fibras, acomodando grupos de 6, um no
sentido horário e outro na sentido anti-horário, como se indica na Figura 6. 43

Figura 6. 43 – Acomodação e preparação das fibras na bandeja para execução de emendas

b) Devem ser identificadas também as fibras ópticas na bandeja de acomodação através de


etiqueta adesiva e na tampa da respectiva bandeja;

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Figura 6. 44 – Identificação de fibras na bandeja

c) Após acomodação das fibras e medição das mesmas nas posições definitivas, deve-se
executar as fusões atentando para os valores resultantes da atenuação gerada por emenda e
medidas por OTDR que devem ser:

 Até 0,10 dB: Para fibras emendadas em cabos de mesmo modelo e fabricante;
 Até 0,15 dB: Para emendas entre OPGW-dielétrico ou mesmo tipo de cabo, mas com
fabricantes diferentes (A diferença de atenuação se deve a diferença de núcleo entre as
fibras).

Para atenuações medidas acima desses valores a emenda deve ser refeita, se na
terceira tentativa o valor permanecer fora do limite, deve-se adotar o último valor conseguido
de modo a não deixar a fibra na bandeja de emenda com comprimento muito reduzido;

Figura 6. 45 – Bandeja com emendas concluídas

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d) Proteja as fibras emendadas colocando a tampa sobre cada uma das bandejas assim que
concluídas as emendas e as fibras forem corretamente acomodadas. Localize os rebaixos na
frente da tampa da bandeja e encaixe entre as aletas frontais, em seguida encaixe a parte de
trás da Tampa no rebaixo da bandeja. Após colocar a tampa de cada bandeja encaixar a
bandeja seguinte acima desta seguindo a ordem indicada na Figura 6. 41.

Figura 6. 46 – Instalação da tampa na bandeja e encaixe da bandeja seguinte

Figura 6. 47 – Acabamento final com acomodação de fibras e tubos de transporte

Figura 6. 48 - Barra de tração instalada e identificação na tampa da bandeja de emendas

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e) Finalmente acomode as bandejas nos parafusos fixados no suporte de bandeja e prenda-as


com a porca borboleta (Figura 6. 49)

Figura 6. 49 – Fixação do conjunto de bandejas


Figura 6. 50 – Arranjo finalizado

FECHAMENTO DA CAIXA DE EMENDAS E INSTALAÇÃO EM ESTRUTURAS

Montagens finais da caixa de emendas

a) Instale a barra de tração nos cabeçotes, com o rebaixo para baixo (Figura 6. 51).

Figura 6. 51 – Instalação da barra de tração e caixa com barrainstalada

b) Retire os papéis protetores internos das tampas de inox e Coloque a tampa inferior (lado que não
contém entrada da válvula) (Figura 6. 52).

Figura 6. 52 – Retirada adesivo das tampas e acomodação na tampa inferior

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c) Coloque a tampa frontal e logo após as barras de fechamento.

Recomendação: As barras de fechamento que possuem parafusos e porcas cativos devem ser
instaladas na parte inferior da Caixa de Emenda, facilitando assim o acesso às porcas na hora
de se efetuarem os apertos (Figura 6. 53). As setas nas barras de fechamento devem ficar para
o lado de fora da Caixa, conforme Figura 6. 54.

Figura 6. 53 – Instalação de tampa superior e parafusos cativos nas barras de fechamento

Figura 6. 54 – Instalação da barra de fechamento

d) Regule o torquímetro com 126 lb.in e aperte as porcas das barras de fechamento, conforme a
sequência indicada na etiqueta colada na tampa frontal da Caixa (Figura 6. 55).

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Figura 6. 55 – regulagem do torquímetro e etiqueta com sequência de fechamento

e) Instale o plugue que acompanha o kit na entrada de ar tampa de inox, figura 6.49

Figura 6. 56 – Plug de fechamento da entrada de pressurização

Fixação da caixa na torre ou pórtico

Conforme o caso a caixa pode ser instalada em torres, ao longo da linha de transmissão,
pórticos de concreto ou metálicos nas subestações. Isso influi no tipo de material a ser utilizado para
este fim. Na Figura 6. 57 e Figura 6. 58 temos os materiais usados para fixação nos casos expostos.

Figura 6. 57 – Componentes para fixação da caixa de emendas em torres e pórticos metálicos

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Figura 6. 58 - Componentes para fixação da caixa de emendas em torres e pórticos de concreto (Esquerda: Vergalhão ½”,
Direita: perfil “U”)

a) Para instalar o Suporte de Fixação da Caixa deve-se inserir, primeiramente, os parafusos de fixação
do suporte nos orifícios existentes nas barras de fechamento (lado que contém os parafusos cativos),
conforme Figura 6. 59.

b) Posicione o Suporte de Fixação nos parafusos das barras de fechamento da Caixa (conforme indicado
na Figura 6. 59) e com uma chave canhão 7/16” aperte as porcas, sem a necessidade de aplicar torque.

Figura 6. 59 – Instalação do suporte de fixação

c) Para instalação em torres ou pórticos metálicos: deve-se primeiro instalar os suportes à compressão
na torre. Para esses casos a caixa de emenda sempre ficará na parte interna da torre ou pórtico.

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Figura 6. 60 – Instalação dos suportes à compressão

Para fixar a caixa, primeiro solte uma porca, uma arruela de pressão e uma arruela lisa dos
suportes à compressão e posicione a caixa nos parafusos dos suportes. Insira primeiramente a arruela
lisa, depois a arruela de pressão e por último rosqueie a porca. Use uma chave inglesa ou de boca de
1” para o aperto final (Figura 6. 61).

Figura 6. 61 – Fixação de caixa de emenda no suporte à compressão

d) Para instalação em torres ou pórticos de concreto: É necessário primeiro a instalação do arranjo


utilizando perfis “U” e vergalhões. Este arranjo pode variar de tamanho ou posição conforme formato do
pórtico ou torre mas obedecerá ao formato básico na Figura 6. 62. Nesse caso não serão utilizados os
suportes à compressão dado que o próprio vergalhão servirá para fixação da caixa.

Figura 6. 62 – Arranjo para estruturas de concreto

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Preparação do DIO

Do cabo reservado para instalação no DGO (7m) deve-se:

a) Retirar a primeira capa a partir da extremidade do cabo até entrada do duto corrugado
fornecido com o kit de preparação do DIO;

b) Inserir o tubo corrugado de ½” no dielétrico e medir de modo que a segunda capa seja
retirada até metade deste duto. A outra metade será ocupada pelos tubos loose que
serão acomodados na bandeja de reserva;

c) Tomar o cuidado de identificar os tubos loose ao ser retirada a segunda capa uma vez
que a partir do 3º tubete pode não haver diferenciação de cores (todos na cor branca);

d) Fazer o acabamento entre segunda capa e tubos loose e entre primeira capa e entrada
do duto corrugado com fita de auto fusão e fixar placa de identificação do cabo
dielétrico, conforme Figura 6. 63;

Figura 6. 63 - Acesso ao tubo corrugado

e) A partir do corte realizado na segunda capa do cabo dielétrico expor 1m de fibra que
será acomodada na bandeja de emendas junto com os pigtails;

Figura 6. 64 – Configuração de abertura do cabo dielétrico

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f) Retirar as capas de todos os pigtails expondo a fibra em seu interior, tomando


precaução para que sejam identificados conforme conector a que pertencem (alguns
DIO’s possuem a bandeja de emendas em tamanho suficiente para acomodar os
pigtails junto com as fibras do cabo dielétrico sem necessidade de retirada de sua
capa). Fazer a fixação dos pigtail no pente anti-tração da bandeja de emendas;

Figura 6. 65 – Distribuição dos pigtails pelo pente anti-tração na mesma sequência do painel frontal

Figura 6. 66 – Tubos loose acomodados na bandeja de reserva, pigtails e fibras do dielétricos acomodados nas bandejas
em preparação para emendas

g) Colocar o feltro azul na extremidade de cada tubo loose e fixá-lo com as abraçadeiras
plásticas fornecidas com o conjunto (junto com as fibras do cabo dielétrico (Figura 6.
67). Antes de acomodar os tubetes protetores no bloco da bandeja, a mesma deve ser
etiquetada indicando quais fibras estão instaladas em cada bloco.

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h) Devem ser utilizados protetores de emenda de 40mm x 3,5mm.

i) A atenuação total medida no DIO (conector frontal mais emenda entre fibra e
pigtail) deve ser de no máximo 0,5dB. Para medidas acim deste valor deve-se:

 Verificar se os conectores E-2000 e passante do DIO estão sujos, prejudicando


a medição e limpá-los com material apropriado, se for o caso;

 Refazer a emenda até 3 vezes. Se na terceira tentativa a atenuação não


diminuir, comprovando-se que a emenda é a causa, deve ser mantido o último
valor obtido para não encurtar demais a fibra na bandeja;

Figura 6. 67 – bandeja com emendas realizadas e acomodação das fibras

j) Fechar a bandeja de emendas (BEO) e acomodá-la junto com a gaveta de reserva de


tubo loose no DGO (Figura 6. 68). Fixar o cabo dielétrico com cordão encerado nos
pontos apropriados do bastidor DGO.

Figura 6. 68 – Acomodação da bandeja de emendas (BEO)

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TESTES DE CERTIFICAÇÃO E COMISSIONAMENTO

Os procedimentos apresentados a seguir visam estabelecer diretrizes para medição e aceitação de


fusões monitoradas de fibras ópticas e de novos enlaces implantados, seja integralmente ou por meio de
seccionamento de enlaces existentes. Todos os equipamentos utilizados para as medições ópticas devem ter
seu certificado de calibração emitido por entidade credenciada, acreditada pelo INMETRO, e dentro da
validade.

Por ser apenas possível a medição completa do enlace após implantação do cabo OPGW, equipe da
CONTRATADA que efetuar a instalação deste deverá testar, também, os equipamentos de ponta de linha
(DIO’s) para registro na documentação final de projeto (As-Built) do enlace, não implicando na obrigatoriedade
de retirada de falhas, caso encontradas, naquilo que foge de seu escopo de execução.

A documentação final do enlace deverá contemplar os dados de medição bem como os demais itens
descritos no Item 8 desta especificação.

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
Para certificação do enlace óptico serão utilizados os instrumentos abaixo, sendo todos os
valores anotados, imagens e gráficos gerados repassados para o documento de As-Built:

a) OTDR (medição nos dois sentidos do enlace)

 Para certificação da qualidade das características do cabo óptico implantado, garantindo sua
conformidade com o manual do fabricante;
 Medição da atenuação da fusão óptica, no momento de sua execução, garantindo os valores
máximos permitidos e qualidade da emenda;
 Caracterização gráfica das fibras ópticas do enlace implantado, de modo a registrar todos os
eventos presentes em busca de falhas que possam ocorrer no processo de fabricação,
transporte, armazenagem e implantação do mesmo, degradação das fibras e para uso
comparativo pela manutenção da Chesf em caso de necessidade.

b) Fonte/Power Meter (medição nos dois sentidos do enlace)

 Após análise completa com o OTDR, deverá ser registrado com o uso de fonte de teste e power
meter, o valor de atenuação do sinal óptico em ambos os sentidos do enlace, e calculada sua
média;
 Este registro será realizado para cada fibra óptica de modo a ser comparado com o valor teórico
de atenuação total calculado, verificando sua performance contra o projeto executivo, e para
uso comparativo, em caso de necessidade, da manutenção da Chesf.

c) Bobina de lançamento: Bobina com fibra óptica a ser conectada entre OTDR e DIO de modo a retirar
da medição os efeitos da “zona morta” do OTDR. Esta bobina não deve possuir menos de 900m de
fibra óptica. Não deve ser utilizada para teste com Fonte/Power meter;
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CONSIDERAÇÃO DE VALORES DE ATENUAÇÃO PARA COMPONENTES DOS


ENLACES ÓPTICOS

Dentro da composição de um enlace óptico são encontrados componentes variados que afetam,
conforme suas características individuais de atenuação de sinal óptico, o desempenho global do sistema.
A seguir são detalhadas as considerações referentes às tolerâncias máximas para cada um destes
componentes, bem como o que deve ser levado em consideração ao se realizar o cálculo teórico de
atenuação do enlace que servirá de base para seu comissionamento.

Atenuação e continuidade da fibra óptica

Para fibras ópticas do tipo monomodo (SM) a serem usadas para transmissão na janela de
1550nm, será considerada a atenuação máxima de 0,21dB/Km, independentemente de sua
aplicação (em cabos OPGW ou dielétricos). Valores acima deste limite não serão aceitos. A forma
de certificação deste valor se dará por datasheet do produto em análise, juntamente com certificado
de homologação da ANATEL e comprovada em com a leitura realizada com OTDR seja em teste
de fábrica ou em campo.

Atenuação do conjunto BEO/DIO

O conjunto BEO/DIO composto por:

a) Conector E-2000: do equipamento de medição ou de transmissão;


b) Conector passante frontal: interface entre conector E-2000 e pig-tail;
c) Conector E-2000: do pig-tail que será fundido à fibra óptica;
d) Emenda óptica entre pig-tail e fibra do cabo dielétrico

Para a composição destes quatro elementos, será considerada uma atenuação única pois,
sua proximidade torna difícil o isolamento de eventos via OTDR e, de modo a simplificar o
comissionamento, será tolerada atenuação máxima de 0,5 dB, para cada composição de itens
anteriormente descrita.

Entretanto, para garantir que não haja interferências indesejadas, as premissas abaixo
devem ser seguidas antes de iniciadas as fusões pela equipe contratada para tal:

 Deve ser realizada a limpeza de todos os conectores passantes e pigtails, com


material adequado, de modo que não haja interferências por impurezas oriundas
das obras civis da subestação ou de outras fontes;

 Deve ser realizado teste com OTDR, previamente ao início das emendas, de modo
a ser marcado o fim de fibra, com pigtail conectado, em ao menos um conector;

Atenuação por emenda óptica

Antes de iniciadas as emendas deve-se verificar o estado da máquina de fusão (calibragem e


validade dos eletrodos quanto ao número de fusões já executadas) e estado da lâmina do clivador
em uso, garantindo que não causem interferência na qualidade nas emendas ópticas.

As emendas em fibras ópticas deverão obedecer aos critérios abaixo indicados entendendo-se
que cabos de mesmo fabricante, ainda que tipos distintos (OPGW e dielétrico) possuam fibras ópticas
de fabricação em comum:

ET-DOTI-005-2016 – Manual de instalação padrão – Infraestrutura Óptica Página 74


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a) Emendas entre fibras de mesmo tipo de cabo (interface OPGW-OPGW ou Dielétrico-


Dielétrico) ou mesmo fabricante (interface OPGW-Dielétrico ou dielétrico-DGO):
Será tolerada atenuação máxima de 0,10 dB por emenda, sendo sua execução
permitida em até 03 (três) tentativas. Caso na segunda tentativa o valor ainda esteja
acima do limite deve-se verificar novamente a máquina de emendas e clivador efetuando
uma última tentativa de emenda permanecendo o valor obtido;

OBS: Caso este seja um caso isolado e as outras emendas estejam dentro do limite de
atenuação de 0,1dB deve-se verificar se não ocorre sua repetição em outras caixas de
emenda. Caso ocorra pode significar uma falha de fabricação desta fibra e lote em
particular, sendo o fornecedor e fabricante acionados neste caso e exigindo cumprimento
dos termos de garantia para substituição do (s) lance (s) de cabo em questão.

b) Emendas entre fibras de cabos de tipos (OPGW-Dielétrico ou dielétrico-DGO) ou


fabricantes (OPGW-OPGW ou Dielétrico-Dielétrico) distintos: Será tolerada
atenuação máxima de 0,15 dB por emenda, sendo sua execução permitida em até 03
(três) tentativas. Caso na segunda tentativa o valor ainda esteja acima do limite deve-se
verificar novamente a máquina de emendas e clivador efetuando uma última tentativa de
emenda permanecendo o valor obtido;

TESTES E ENSAIOS ÓPTICOS, DIMENSIONAIS E FUNCIONAIS PARA


GARANTIA DE MATERIAIS FORNECIDOS
Deverão ser realizados testes para validação das diversas etapas do processo de
fornecimento. Os testes previstos estão classificados como:

 Testes de Tipo;
 Testes de Rotina – Processo Produtivo em fábrica;
 Testes de Rotina – Inspeção Técnica em fábrica;
 Testes de Recebimento no Almoxarifado e pós lançamento de cabos;

O Cronograma, os Procedimentos e Protocolos para realização dos Testes e Ensaios


Ópticos, dimensionais e Funcionais, deverão ser encaminhados à Chesf, nas condições e prazos
indicados no documento de condições específicas do fornecimento.

Os testes e ensaios recomendados nas normas e em documento específico, parte integrante


do fornecimento, não invalidam a realização, por parte do fabricante, dos ensaios e testes que julgar
necessários ao controle da qualidade do seu produto.

Todos os testes deverão ter suas realizações com acompanhamento por inspetores indicados
pela Chesf caso esta ache necessário.

Testes de Tipo

Deverão ser fornecidos os Relatórios dos Ensaios de Tipo do material objeto do fornecimento,
previstos no item 3.2 da ET-DLT-039-Rev. 2.1, para análise e aprovação.

Os ensaios de fibra óptica mencionados no item 3.2 da ET-DLT-039-Rev.2.1 não farão parte
deste fornecimento.

No caso da não apresentação ou não aceitação, por parte da Chesf, de algum relatório, o
fornecedor deverá providenciar, sem ônus, a realização dos ensaios correspondentes que, deverão
ser realizados em laboratório oficial sem comprometimento do prazo de entrega estabelecido.

ET-DOTI-005-2016 – Manual de instalação padrão – Infraestrutura Óptica Página 75


Chesf – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco

Testes de Rotina – Processo Produtivo

O fornecedor deverá apresentar, caso seja solicitado, para análise e aprovação da Chesf para os
materiais objetos do fornecimento, os relatórios dos testes realizados durante o processo produtivo,
nas diversas etapas de suas fabricações, tanto das fibras ópticas, quanto da fabricação dos cabos
completos (dielétrico e OPGW).

Testes de Rotina – Inspeção Técnica em fábrica

Os testes de rotina para Inspeção Técnica são os realizados nas instalações do fabricante ou em
local sob sua responsabilidade, por ocasião do recebimento de cada lote e com a presença de
inspetores da Divisão de Garantia de Qualidade de Material – DEQM ou aos representantes delegados
da CHESF.

Após a realização com sucesso dos ensaios haverá a liberação para o transporte dos materiais para
entrega em obra ou local designado pela Chesf, conforme definição contida no contrato de
fornecimento.

Serão realizados os seguintes testes e medições, em 100% do fornecimento ou em porcentagem a


ser definida pela Chesf, dos cabos e cordões ópticos, DGO’s e Caixas de Emendas Aéreas, postes,
cabos OPGW e seus acessórios de instalação comprovando sua qualidade conforme especificação
técnica da CHESF e projeto executivo aprovado:

a) Inspeção Visual das características Dimensional e de Conformidade das características dos


materiais fornecidos;
b) Testes das Fibras Ópticas – Material a ser colhido no lote de Cabos Ópticos OPGW e Dielétrico, e
dos Cordões Ópticos, do fornecimento. Os materiais retirados como corpo de prova, não poderão
incidir em diminuição do quantitativo especificado, devendo ser substituído (no caso dos cordões
ópticos) ou fabricados à maior (no caso dos cabos ópticos).

Serão realizados os seguintes testes:

 Diâmetro do Campo Modal


 Diâmetro da Casca
 Concentricidade do campo modal / casca
 Concentricidade da fibra / revestimento
 Circularidade da casca
 Dimensão e Material
 Raio de Curvatura
 Prova de Tracionamento (Proof-Test)
 Teste de Atenuação, de todas as fibras ópticas, dB/Km com OTDR (Cabos Ópticos
dielétricos e OPGW).

c) Todos os materiais e objetos desta Especificação Técnica deverão estar disponíveis em fábrica para
serem submetidos a testes de aceitação em fábrica;
d) A CHESF se reserva o direito de definir a amostragem sobre a qual os mesmos serão aplicados,
podendo atingir 100% dos materiais a serem a serem fornecidos, a ser definida pela CHESF até o
início dos testes;
e) Após a realização dos testes em fábrica, a CONTRATADA apresentará o Relatório de Testes em
Fábrica, com todos os resultados obtidos. Todas as discrepâncias entre os resultados obtidos e os
resultados esperados deverão ser discriminadas e apresentadas as ações que serão realizadas
para atingir os padrões estabelecidos;
f) A CHESF se reserva o direito de, após análise dos relatórios, solicitar que sejam refeitos os testes
em fábrica para verificação dos resultados das adequações realizadas, sem ônus para a CHESF;

ET-DOTI-005-2016 – Manual de instalação padrão – Infraestrutura Óptica Página 76


Chesf – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco

g) Na ocorrência de descontinuidade no processo de realização dos testes, desde que não motivada
pela CHESF, todo o ônus para a continuidade dos mesmos será de responsabilidade da
CONTRATADA;
h) Toda a infraestrutura para realização dos testes é de inteira responsabilidade da CONTRATADA.

Testes de Recebimento no Almoxarifado

Os testes de recebimento no Almoxarifado visam verificar as perfeitas condições dos materiais


fornecidos após o transporte e antes do armazenamento no Almoxarifado, para posterior utilização
nas instalações nas Linhas de Transmissão de Energia Elétrica e nas Salas de Equipamentos,
devendo ser realizados por responsabilidade da CONTRATADA, com acompanhamento e
participação das equipes de testes e supervisores da CHESF.

Após a realização com sucesso das verificações abaixo haverá a liberação para a aprovação
final do recebimento de todos os materiais objeto do fornecimento.

Serão realizadas as seguintes medições e verificações, em 100% do fornecimento:

 Verificação dimensional, de conformidade e quantidade (cordões ópticos, DGO’s e


Caixas de Emendas Aéreas);

 Teste de continuidade de todas as fibras ópticas, dB/Km com OTDR (Cabos Ópticos
dielétricos e OPGW).

CÁLCULO TEÓRICO DE ATENUAÇÃO DO ENLACE ÓPTICO

O cálculo teórico de atenuação do enlace serve de base para comparação dos valores encontrados
em campo, no enlace implantado.

Os valores limites considerados são os padronizados pela área de Telecomunicações da Chesf e devem
ser obedecidos durante a instalação do enlace óptico DGO a DGO.

 Atenuação do conjunto DIO (Conector, passante, pigtail, emenda pigtail-dielétrico): Até 0,5dB
 Atenuação na fibra óptica tipo SM (OPGW ou dielétrico): Até 0,21dB/Km
 Atenuação na emenda óptica entre cabos com fibras de mesmo fabricante: Até 0,10 dB
 Atenuação na emenda óptica entre cabos com fibras de fabricantes diferentes: Até 0,15dB
 Atenuação por margem de envelhecimento: 5%

Exemplo:

Enlace com 100Km de OPGW e 300m de dielétrico sendo uma subestação com fibra do cabo OPGW
de mesmo fabricante do dielétrico e outra com fabricante diferente e uma caixa de emenda a cada
5km:

Atenuação DIO1 e DIO2: 1,0dB


Atenuação na emenda OPGW/dielétrico Subestação1: 0,15dB
Atenuação na emenda OPGW/dielétrico Subestação2: 0,10dB
Atenuação no dielétrico das subestações: 0,3 x 0,21 = 0,063dB
Atenuação no OPGW: 100 x 0,21 = 21dB
Margem de envelhecimento da fibra: 0,05 x 21 = 1,05 dB
Atenuação em caixas de emenda OPGW/OPGW: 21 x 0,10 = 2,1 dB

Atenuação total = 25,463 dB

ET-DOTI-005-2016 – Manual de instalação padrão – Infraestrutura Óptica Página 77


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MÉTODO DE EXECUÇÃO DE COMISSIONAMENTO

Os testes de comissionamento para os cabos ópticos serão realizados:

a) Antes de sua instalação (Pré-Lançamento): certificando a integridade do cabo para não haver
retrabalho de lançamento;

b) Após sua instalação (Pós-Lançamento): Certificando que a instalação ocorreu sem provocar
danos ao cabo ou equipamento;

c) Após realização de uma fusão óptica: Garantindo que cada fusão seja monitorada no momento
de sua execução;

d) Após a finalização de todas as CEO’s: O enlace será testado de DGO a DGO garantindo uma
perfeita continuidade do sinal óptico e as características previstas no projeto executivo. Qualquer
atenuação e inconformidade da implantação deve ser retirada se detectada neste teste. Devem
ser usadas duas bobinas de lançamento para comissionamento final do cabo OPGW, uma em
cada DIO de modo que sejam corretamente medidas as características do DIO na ponta do enlace
vistas pelo transmissor e garantindo que haja continuidade de fibra testando o conjunto pig-tail –
passante;

ET-DOTI-005-2016 – Manual de instalação padrão – Infraestrutura Óptica Página 78


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DOCUMENTAÇÃO DO PROJETO

Todas as documentações devem ser submetidas à aprovação da DOTI antes das etapas
executivas. Não será autorizado início de instalações sem as devidas documentações
aprovadas.

TAF / TAC

Descrevendo conter todos os procedimentos a serem seguidos para o teste das fibras ópticas do
cabo OPGW, valores esperados (conforme manual) e resultados obtidos. Deve conter campo para
preenchimento das pendências encontradas e resultado final do teste com parecer da Chesf.

RELATÓRIOS DE INSPEÇÃO

Deve conter todos os dados levantados em campo para elaboração do projeto executivo
englobando o fornecimento de materiais, serviços a serem executados obedecendo o disposto nesta
especificação técnica.

Deve possuir campo para indicar todos os participantes, com respectivos contatos e
assinaturas, data de realização, pendências, não conformidades, soluções para a serem propostas a
serem implementadas e relatório fotográfico.

Todas as inspeções devem ser acompanhadas por equipe da DOTI para os levantamentos
pertinentes ao sistema de telecomunicações.

As solicitações de inspeção devem ser feitas com ao menos 15 dias de antecedência de modo
que as programações de equipe e acesso sejam realizadas nos prazos normativos.

PROJETO EXECUTIVO (ÓPTICO) DE INSTALAÇÃO DO ENLACE

O projeto executivo de instalação do cabo OPGW a ser analisado pela DOTI será composto dos
seguintes itens (Deverão ser apresentadas cópias em mídia digital, PDF, em CD – ROM).

 Diagrama Unifilar do Enlace Óptico (Detalhes da rota óptica, indicação de torres que
possuem caixas de emenda, distância entre caixas de emenda, distância acumulada em
relação à origem, indicação da altura de instalação da caixa de emenda, detalhes da
entrada do cabo OPGW das subestações terminais);

 Relação de bobinas de cabo OPGW;

 Relação de emendas DGO a DGO;

 Esquema de instalação do cabo OPGW, indicando o lado de lançamento na linha de


transmissão, se há alguma mudança de lado e onde ela ocorre, transições entre linhas, o
ponto de ancoragem nas subestações de forma macro e demais detalhes que caracterizem
o enlace;

 Diagrama em blocos do Enlace Óptico;

 Detalhes das descidas e infraestrutura de acomodação do cabo OPGW nas diferentes


torres das linhas de transmissão e pórticos das subestações;

 Detalhes (Bay-face, organização das bandejas) dos Bastidores Ópticos (DGO) das SE’s
(em formato A3);

ET-DOTI-005-2016 – Manual de instalação padrão – Infraestrutura Óptica Página 79


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 Plano de emendas ópticas do enlace DGO a DGO;

 Documentação/Especificação completa do Cabo OPGW;

 Documentação/Especificação completa da Caixa de Emenda;

 Documentação/Especificação completa do Cabo Dielétrico;

 Documentação/Especificação pertinentes aos equipamentos e materiais usados na obra e


nas conexões ópticas;

 Planta Baixa das SE’s (em formato A1) com trajeto do Cabo Dielétrico (Plantas de
encaminhamento de redes de dutos, plantas das salas de telecomunicações com as
devidas atualizações de encaminhamento dos cabos ópticos);

 Para os enlaces que envolvem seccionamento de cabos OPGW existentes, deve ser
apresentado, também, o procedimento executivo de instalação dos novos cabos OPGW
antes e durante o seccionamento.

Todo o projeto será analisado pela DOTI levando em conta os critérios de redundância de cabos
OPGW e segurança física da sua instalação, garantindo que hajam sempre caminhos distintos para
acesso à subestação.

Não deverá haver compartilhamento de fibras dentro de uma mesmo cabo OPGW para
atendimento a uma subestação (no caso desta não ser fim de linha e possuir mais de uma rota
óptica).

O resultado da análise dos projetos executivos pela DOTI com as correções ou aprovações
necessárias serão emitidos em até 15(quinze) dias do seu recebimento.

DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA FINAL DO ENLACE – PROJETO COMO


CONSTRUÍDO (AS-BUILT)

A documentação deve ser formatada em 02 (duas) seções específicas, compondo um volume


único com índice detalhando cada item e seus subitens abaixo especificados.

Todos os arquivos fornecido em CD ou DVD em formato .PDF deverão, também, estar no


formato aberto sem proteções e em sua versão original (.dwg, .docx, .xlsx, etc.)

Deverão ser apresentadas 06 (cópias) cópias em papel e 06 (cópias) em CD – ROM, a saber:

a) SEÇÃO 1 - Linha de Transmissão – Projeto Eletromecânico

Os documentos deverão ser emitidos de acordo com o constante das Especificações


Técnicas ET-DLT-039-Rev. 2.1.

b) SEÇÃO 2 – Telecomunicações – Projeto Óptico

 Diagrama Unifilar do Enlace Óptico (Detalhes da rota óptica, indicação de torres que
possuem caixas de emenda, distância entre caixas de emenda, distância acumulada em
relação à origem, indicação da altura de instalação da caixa de emenda, detalhes da
entrada do cabo OPGW das subestações terminais);

ET-DOTI-005-2016 – Manual de instalação padrão – Infraestrutura Óptica Página 80


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 Esquema de instalação do cabo OPGW, indicando o lado de lançamento na linha de


transmissão, se há alguma mudança de lado e onde ela ocorre, transições entre linhas, o
ponto de ancoragem nas subestações de forma macro e demais detalhes que caracterizem
o enlace;

 Diagrama em blocos do Enlace Óptico;

 Detalhes das descidas e infraestrutura de acomodação do cabo OPGW nas diferentes


torres das linhas de transmissão e pórticos das subestações;

 Detalhes (Bay-face, organização das bandejas) dos Bastidores Ópticos (DGO) das SE’s
(em formato A3);

 Plano de emendas ópticas do enlace DGO a DGO incluindo detalhes das caixas de
emendas ópticas das subestações e linhas de transmissão e das Bandejas de Emendas
Ópticas (BEO/DIO) nos DGO’s das subestações terminais;

 Documentação/Especificação completa do Cabo OPGW;

 Documentação/Especificação completa da Caixa de Emenda;

 Documentação/Especificação completa do Cabo Dielétrico;

 Documentação/Especificação pertinentes aos equipamentos e materiais usados na obra e


nas conexões ópticas;

 Planta Baixa das SE’s (em formato A1) com trajeto do Cabo Dielétrico (Plantas de
encaminhamento de redes de dutos, plantas das salas de telecomunicações com as
devidas atualizações de encaminhamento dos cabos ópticos);

 Relatório de Atenuação das Emendas Ópticas;

 Relatório de Atenuação Óptica do Enlace Óptico (OTDR);

 Relatório de Potência Óptica (medição com Power Meter / Fonte);

 Gráficos gerados das medições das Fibras Óticas após conclusão do enlace.

ET-DOTI-005-2016 – Manual de instalação padrão – Infraestrutura Óptica Página 81


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PROCEDIMENTOS PARA CONEXÃO DE ACESSO POR TRANSMISSORAS E


ACESSANTES

A Transmissora Acessante ao sistema de Telecomunicações da Chesf obriga-se a obedecer


integralmente às condições desta Especificação Técnica, no que lhe cabe, em todos os seus
procedimentos e especificação de materiais não sendo aceitas, sobe nenhuma hipótese, substituições,
ou adoção de outros padrões que reflitam em desempenho julgados tecnicamente inferiores.

Devem ser seguidas as recomendações descritas nos documentos abaixo relacionados:

a) Telecomunicações: IT-DTL-001-2016 – Critérios de Conexão à Chesf Telecomunicações -


Transmissoras e Acessantes;

b) Linhas de Transmissão: IT-DLT- 001-2016 – Instrução para Acessantes e Interferentes ao


Sistema de Transmissão Chesf - LTS

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ANEXO 1 – DETALHES CONSTRUTIVOS DO DGO

Todas as medidas em mm.


O material das peças da bandeja é aço 1010/1020, salvo indicações.
Pintura a pó epóxi RAL-7032 segundo norma TIM e ASTM b117-73

DISTRIBUIDOR GERAL ÓPTICO PADRÃO ETSI

Figura 10.1 - Detalhe DGO

ET-DOTI-005-2016 – Manual de instalação padrão – Infraestrutura Óptica Página 83


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BANDEJA BEO/DIO 19” PARA ATÉ 24FO COM ADAPTADOR E2000/APC E


CORREDIÇAS TELESCÓPICAS

Figura 10.2 - Detalhe BEO/DIO

GAVETA PARA RESERVA TÉCNICA DE TUBOS TIPO LOOSE

Figura 10.3 - detalhe da gaveta de sobra de tubos loose

ET-DOTI-005-2016 – Manual de instalação padrão – Infraestrutura Óptica Página 84


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GAVETA PARA RESERVA DE CORDÕES ÓPTICOS

Figura 10.4 - detalhe da gaveta de reserva de cordões ópticos

PAINEL GUIA

Figura 10.5 - Detalhemanto do panel guia

ET-DOTI-005-2016 – Manual de instalação padrão – Infraestrutura Óptica Página 85


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ANEXO 2 - CARACETRÍSTICAS DAS FIBRAS ÓPTICAS


Serão relacionadas a seguir as características que as fibras ópticas, referentes a todos os cabos e
cordões ópticos a serem fornecidos, devem apresentar após a construção do cabo ou cordão óptico, ou seja,
as características das fibras ópticas após a sua montagem dentro do cabo.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DAS FIBRAS ÓPTICAS

Comprimento de Onda de Operação

As fibras ópticas que compõem os cabos ópticos deverão ser do tipo monomodo (SM), normal
Standard (Casca Casada), otimizadas em atenuação e dispersão cromática na terceira janela (1550
nm), classe A.

O comprimento de onda nominal de operação deverá ser fornecido pelo Fornecedor. Entretanto,
este valor deverá se situar dentro da faixa de 1525 nm a 1575 nm, janela para a qual devem ser
obedecidas as especificações a seguir.

Atenuação

As fibras ópticas deverão apresentar atenuação máxima de 0,21 dB/Km na faixa de 1525nm a
1575nm, classificada como Classe A (NBR 13488).

As fibras ópticas não deverão apresentar nenhuma irregularidade de atenuação superior à


sensibilidade do instrumento de medida. A variação máxima da atenuação, como função do
comprimento de onda, em relação ao comprimento de onda nominal de operação, deverá ser inferior a
0,05 dB/Km, dentro da faixa de 1525nm a 1575nm.

Influência da Temperatura na Atenuação

A variação da atenuação das fibras ópticas por ciclo de variação térmica de -10oC a +65oC
deverá ser menor que 0,02 dB/km.

Dispersão Cromática

 18 ps/nm.Km (Entre 1525 nm e 1575 nm)

Dispersão dos Modos de Polarização (PMD)

 0,2 ps/ Km (Classe T)

Perfil do Índice de Refração

Deverá ser do tipo casca casada (Matched Cladding), otimizada em atenuação e dispersão
cromática para a janela de operação de 1550 nm.

Comprimento de Onda de Corte

 1260 nm, conforme recomendação G-652 do UIT-T.

Efeitos Provocados por Hidrogênio

Com o objetivo de diminuir os efeitos danosos da presença de hidrogênio no cabo, a médio e


longo prazos, as fibras deverão ser projetadas de forma a minimizar a utilização de fósforo na dopagem
do seu núcleo.

ET-DOTI-005-2016 – Manual de instalação padrão – Infraestrutura Óptica Página 86


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CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DAS FIBRAS ÓPTICAS


Diâmetro do Campo Modal

O valor nominal do diâmetro do campo modal para operação em 1550 nm deverá estar no
intervalo de 10.5  0,8 m.

Diâmetro da Casca

Deverá ser de 125 (2,0) µm.

Concentricidade do campo modal / casca

O erro de concentricidade do campo modal / casca deverá ser  0,80 m.

Concentricidade da fibra / revestimento

O erro de concentricidade do campo modal / casca deverá ser  12 m.

Circularidade da casca

O erro de circularidade da casca deverá ser  2 %.

Dimensão e Material

O diâmetro nominal da fibra com seu revestimento primário deverá ser de 245 ( 10) m.

Este revestimento primário deverá ser tal que proteja a fibra de sofrer incremento de atenuação
a médio e longo prazos, devido a "stress" mecânico localizado. O Fornecedor deverá discriminar as
propriedades físico-químicas do material utilizado como revestimento e a forma de removê-lo.

Raio de Curvatura

A fibra óptica, já recoberta pelo revestimento primário, quando submetida a raio de curvatura
maior ou igual a 37,5mm não deverá apresentar variação de atenuação, ou seja, não deverá apresentar
variação no valor da medida da potência óptica transmitida por ela em 1550 nm.

Quando submetida ao raio de curvatura de 37,5mm por 100 (cem) voltas, o aumento da
atenuação deverá ser menor do que 0,5dB, conforme recomendação G 652 do UIT-T.

Prova de Tracionamento (Proof-Test)

A fibra óptica que irá constituir o cabo óptico deverá suportar um alongamento de 1,0% (um por
cento) por um tempo de 1s (um segundo), sem apresentar variação permanente no valor da medida da
potência óptica transmitida por ela. O alongamento máximo permitido às fibras ópticas também deverá
estar de acordo com a especificação técnica de tracionamento dos tipos de cabos a serem ofertados.

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QUADRO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DAS FIBRAS ÓPTICAS

FAIXA DE VALORES
CARACTERÍSTICAS Tolerância UNIDADE OBSERVAÇÃO
OPERAÇÃO NOMINAIS
Comprimento de onda de
1525-1575 1500 - ƞm
Operação
Atenuação - ≤ 0,21 - dB/Km
Influência da Temperatura -10 a +65 °C ≤ 0,02 - dB/Km
ƥs/ƞm2.K
Dispersão Cromática 1525 - 1575 ƞm ≤ 18 -
m
Dispersão dos Modos de
- ≤ 0,2 - ƥs/√Km Classe T
Polarização (PMD)
Matched
Perfil do Índice de Refração - - - - Cladding
(Casca casada)
Comprimento de Onda de
- ≤ 1260 - ƞm G-652 do UIT-T
Corte
Diâmetro do Campo Modal 1550 ƞm 10,5 ± 0,80 μm
Diâmetro da Casca - 125 ± 0,20 μm
Erro de Concentricidade do
- < 0,80 - μm
campo modal (Casca)
Erro de Concentricidade da
- < 0,12 - μm
fibra(Revestimento)
Erro de circularidade (Casca) - ≤ 2,0 - %
Diâmetro Nominal da Fibra
- 245 ± 10,0 μm
com revestimento
100 voltas de raio
Raio de Curvatura < 0,5 - dB G-652 do UIT-T
37,5mm
Alongamento de Atenuação
Proof-Test 0 - dB
1% por 1seg. obtida
Tabela 11-1 - Resumo das características exigidas para as fibras ópticas de cabos dielétricos e OPGW

ET-DOTI-005-2016 – Manual de instalação padrão – Infraestrutura Óptica Página 88


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ANEXO 3 – DETALHES CONSTRUTIVOS DA INFRAESTRUTURA DE DUTOS

CAIXAS DE PASSAGEM TIPO IMOD E R2


Conforme arquivos em anexo:

 DOTI-2017-075-caixas Subterrâneas TIPO 3 R2-A


 DOTI-2017-076-Caixas Subterrâneas TIPO 6 IMOD-A
 DOTI-2017-078-Caixas Subterrâneas TIPO 4 R2-C com dreno
 DOTI-2017-079-Caixas Subterrâneas TIPO 5 IMOD-C

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MODELO DE ENCAMINHAMENTO DE DUTOS

Figura 12. 1 - Exemplo de trajeto da infraestrutura óptica com detalhamentos de instalação

ET-DOTI-005-2016 – Manual de instalação padrão – Infraestrutura Óptica Página 90


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a) DETALHE 1

Figura 12. 2 - Detalhe de chegada ao pórtico de concreto

b) DETALHE 2

Conforme Item 12.1

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c) DETALHE 3

Figura 12. 3 - Detalhe de infraestrutura com marcos de sinalização

d) DETALHE 4

Conforme Item 12.1

e) DETALHE 5

Figura 12. 4 - Detalhe de passagem por canaleta

ET-DOTI-005-2016 – Manual de instalação padrão – Infraestrutura Óptica Página 92


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f) DETALHE 6

Figura 12. 5 - Detalhe de envelopamento

g) DETALHE 7

Figura 12. 6 - Detalhe de entrada na sala de Telecomunicações

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TAMPAS DAS CAIXAS DE PASSAGEM EM FERRO FUNDIDO

Figura 12. 7 - Detalhe de tampa de caixa de passagem

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ANEXO 4 – CONJUNTO DE ACOMODAÇÃO DE CABOS OPGW

Figura 13.1 - Chapa dobrada componente do arranjo de escolta de cabo OPGW

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