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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

FABRICIO LEONARDO RIBEIRO

PROJETO DE IMPLETEMENTAÇÂO DE ESTRUTURA DE REDE FIBRA


ÓPTICA PARA PROVEDORES DE INTERNET - FTTH

LAGES, SC

2017
FABRICIO LEONARDO RIBEIRO

PROJETO DE IMPLETEMENTAÇÂO DE INFRAESTRUTURA DE REDE


FIBRA ÓPTICA PARA PROVEDORES DE INTERNET - FTTH

Relatório de estágio submetido à


Universidade do Planalto Catarinense para
obtenção dos créditos de disciplina com
nome equivalente no curso de Engenharia
Elétrica.

Orientação: Prof. Stefano Frizzo Stefenon


Supervisor de Estágio: Prof. Carlos Eduardo de Liz

LAGES, SC
2017
FABRICIO LEONARDO RIBEIRO

PROJETO DE IMPLETEMENTAÇÂO DE INFRAESTRUTURA DE REDE


FIBRA ÓPTICA PARA PROVEDORES DE INTERNET - FTTH

Este relatório foi julgado pela Universidade do Planalto Catarinense adequado para
obtenção dos créditos da disciplina de Estágio Supervisionado, do 10º semestre,
obrigatório para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Elétrica.

Banca Examinadora:

Orientador: ___________________________________
Prof. Stefano Frizzo Stefenon

Supervisão de Estágio: __________________________________


Prof. Carlos Eduardo de Liz

Lages (SC), 10 de outubro de 2017.


RESUMO

Este projeto consiste no planejamento de implementação de infraestrutura óptica, considerando


as normas técnicas brasileiras de segurança e diretrizes estabelecidas pela concessionária de
distribuição de energia elétrica Celesc Distribuição. Este projeto é muito importante pois
estabelece os princípios básicos de rede de atendimento FTTH com o objetivo de prover acesso
à internet via fibra óptica de altas velocidades. O cabo óptico é muito frágil, e nele carrega dados
muito importantes que precisam de extremo cuidado na hora da instalação para que não
aconteça nenhum problema. Dessa forma será elaborado um projeto contendo os principais
conceitos que são obrigatórios na hora do manuseio com esta tecnologia. Também será
abordado características de travessias de avenidas e rodovias, devido ao seu grau de dificuldade
por se tratar de movimentos de veículos.

Palavras-Chave: fibra óptica, projeto, infraestrutura, provedor.


ABSTRACT

This project consists of planning the implementation of optical infrastructure, considering as


technical safety standards and guidelines established by the Celesc Distribuição electric power
distribution concession. This project is very important for the basic FTTH service network systems
with the objective of providing high-speed fiber optic internet access. The optical cable is very
fragile, and it carries very important data that needs extreme care at the time of installation so
that no problem occurs. In this way a project will be elaborated containing the main concepts that
are obligatory at the time of the handling with this technology. It also addresses the characteristics
of crossings of avenues and highways, due to its degree of difficulty for dealing with vehicle
movements.

Key words: fiber optics, project, infrastructure, provider.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Elementos que constitui o cabo de fibra óptica


Figura 2 - Índice de refração da fibra óptica
Figura 3 - Definição de trajeto
Figura 4 - Postes particulares
Figura 5 - Caixa de emenda óptica aérea
Figura 6 - Caixa de terminação óptica CTO
Figura 7 - Área de Atendimento CTO
Figura 8 - Projeto bairro Vila Mariza Lages/SC
Figura 9 - Projeto executivo AutoCAD
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Lista de materiais


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4

1.1. A EMPRESA ................................................................................................................ 4

1.2. PROBLEMA ................................................................................................................. 5

1.2.1. Limites do Projeto ................................................................................................. 5

1.3. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 5

1.3.1. Viabilidade do Projeto ........................................................................................... 6

1.3.2. Importância do Projeto .......................................................................................... 6

2. OBJETIVOS ........................................................................................................................ 7

2.1. OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 7

2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO ............................................................................................. 7

3. REVISÂO DA LITERATURA ............................................................................................... 8

3.1. FIBRA ÓPTICA ............................................................................................................ 8

3.3. REFLEXÃO ................................................................................................................ 10

4. METODOLOGIA ............................................................................................................... 12

4.1. DELINEAMENTO DA PESQUISA .............................................................................. 12

4.2. ALVO DA PESQUISA ................................................................................................ 12

4.3. PLANOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ........................................... 12

5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ...................................................................................... 14

5.1. ANÁLISE TÉCNICA DE CAMPO................................................................................ 15

5.2. DEFINIÇÃO DOS LOCAIS DE CAIXAS DE EMENDAS (CEO) E CAIXAS DE


ATENDIMENTO (CTO) ......................................................................................................... 17

5.3. DEFINIÇÃO DO CABEAMENTO UTILIZADO ............................................................ 19

5.4. PROJETO LÓGICO ................................................................................................... 20

5.5. PROJETO EXECUTIVO (AUTOCAD) ........................................................................ 20

5.6. LISTA DE MATERIAIS ............................................................................................... 21

6. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 23

7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................................. 24


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1. INTRODUÇÃO

1.1. APRESENTAÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo demonstrar as atividades realizadas


no estágio supervisionado, que ocorreu no período de 04/09/2017 à 10/10/2017.
Este foi realizado na empresa ATPLUS TELECOM, na área de projetos e
engenharia.

Será demonstrado de forma sucinta o processo de construção de uma rede


de fibra óptica com a pretensão de prover internet com maiores velocidades por
meio da fibra óptica, baseando-se nas normativas Celesc e normas
regulamentadoras brasileiras como NR-10, e NR-35.

Irei descrever os pontos que precisam ser levados em consideração na


hora da execução do projeto, além de conter nele todas as informações
necessárias para uma boa execução em conformidade com as normas técnicas
necessárias.

1.2. A EMPRESA

A ATPlus Telecom é uma empresa do ramo de telecomunicações sediada


em Lages/SC, fundada por Maicon Bez Fontana, iniciou seus trabalhos no ano
de 2014 oferecendo serviços de internet via rádio para o município de Lages. No
ano de 2015 a empresa sofre por uma alteração nos membros gestores da
empresa, entrando como sócio proprietário da empresa o Sr. Vinicius Siqueira
de Liz, Murilo Fontana, e a junção da empresa de mesmo ramo Infomix do
proprietário Ismael Guse Lemann com ATPlus Telecom. Tornando-se em 4
sócios-proprietário até hoje.

A empresa começou com os trabalhos de projetos de fibra óptica para


provedores de internet no ano de 2015, com desenhos técnicos elaborados na
plataforma AutoCAD sob supervisão de Maicon Fontana.
5

1.3. PROBLEMA

A execução da obra sem o consentimento técnico necessário, e sem o


cumprimento das normas relacionadas pode acarretar em problemas técnicos
na rede fazendo com que o contrato não seja devidamente cumprido, bem como
o projeto ser embargado pela concessionaria detentora da infraestrutura do local.

O projeto mal executado no qual esteja em desacordo com as normativas


Celesc poderá sofrer uma autuação de infração imposta pela detentora da
infraestrutura no caso de Santa Catarina a Celesc Distribuição.

É possível elaborar um projeto no qual todos os processos na construção


da obra de infraestrutura de rede de fibra óptica sejam descritos levando em
considerações as normas propostas no projeto, de maneira que o executor possa
obter o êxito no projeto e a qualidade do produto final entregue ao cliente?

1.3.1. Limites do Projeto

O relatório se limita no acompanhamento da implementação da


infraestrutura de rede de fibra óptica na cidade de Lages/SC, buscando observar
pontos de melhorias no processo de execução do projeto.

1.4. JUSTIFICATIVA

Nos mundos atuais podemos navegar na internet com velocidades que


poucos anos atrás nem pensávamos que poderiam existir. A fibra óptica
proporciona a maior velocidade em bps (bits por segundo) possível até hoje
podendo chegar a ordem de 1010 bps, sendo limitado apenas pelos
equipamentos ativos que transmitem e recebem este sinal.

A constante evolução de tecnologia para provedores de internet gera uma


preocupação quando se deparamos com infraestrutura compartilhada. A
6

concorrência por um espaço de compartilhamento nos postes urbanos nas


cidades vem aumentando explosivamente no decorrer dos anos. A importância
de um projeto de fibra óptica torna-se um documento essencial para provedores
de internet. É pensando nesta ideia que surge a oportunidade de padronizar o
processo de execução das obras, visando se adequar cada vez mais nos
padrões impostos pela detentora da infraestrutura de modo que a evolução da
tecnologia continue provendo cada vez melhor a qualidade da internet para o
usuário final.

1.4.1. Viabilidade do Projeto

Este relatório pretende organizar a execução das obras de fibra óptica


otimizando o processo de implementação de modo que não ocorra erros sem
perder o nível de qualidade proposto.

1.4.2. Importância do Projeto

Se faz necessário para que o processo de implementação da obra ocorra


conforme projetado e em adequações técnicas para que se consiga reduzir o
custo e o tempo para execução.
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2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Demonstrar o processo de implementação da infraestrutura de rede de fibra


óptica da ATPlus Telecom, atendendo as normas brasileiras pertinentes e
diretrizes normativas Celesc.

2.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

Para que consiga atingir o objetivo principal se torna necessário esclarecer


alguns dos objetivos específicos, como:

 Elaborar um documento formal que contenha todas as informações


pertinentes para execução da obra em campo;
 Elaborar uma lista de material prévia para execução do projeto.
 Utilizar software AutoCAD para elaboração do projeto executivo;
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3. REVISÂO DA LITERATURA

3.1. FIBRA ÓPTICA

A fibra óptica é um filamento de vidro produzido com polímero, que tem alta
capacidade de transmitir os raios de luz. Ela foi inventada pelo físico indiano
Narinder Singh Kapany, nascido na cidade de Moga, no estado do Punjab,
Kapany graduou-se na Agra University em Dehradun. São fios longos e finos de
vidro muito puro, com o diâmetro aproximado de um fio de cabelo humano,
dispostas em feixes chamados cabos ópticos e usadas para transmitir sinais de
luz ao longo de grandes distâncias (WIRTH, 2002).

O funcionamento desses cabos ocorre de forma bem simples. Cada


filamento que constitui o cabo de fibra óptica é basicamente formado por um
núcleo central de vidro, por onde ocorre a transmissão da luz, que possui alto
índice de refração e de uma casca envolvente, também feita de vidro, porém com
índice de refração menor em relação ao núcleo. A transmissão da luz pela fibra
óptica segue o princípio da reflexão. Em uma das extremidades do cabo óptico
é lançado um feixe de luz que, pelas características ópticas da fibra, percorre
todo o cabo por meio de sucessivas reflexões até chegar ao seu destino final. O
cabo de fibra óptica é formado basicamente por alguns elementos que a
constitui, estes são apresentados na figura 1.

Figura 1. Elementos que constitui o cabo de fibra óptica.

Fonte: MADEIRA (2013).


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 Núcleo: O núcleo é um fino filamento de vidro ou plástico, medido em


micra (1 μm = 0,000001m), por onde passa a luz. Quanto maior o diâmetro
do núcleo mais luz ele pode conduzir.
 Casca: Camada que reveste o núcleo. Por possuir índice de refração
menor que o núcleo ela impede que a luz seja refratada, permitindo assim
que a luz chegue ao dispositivo receptor.
 Capa: Camada de plástico que envolve o núcleo e a casca, protegendo-
os contra choques mecânicos e excesso de curvatura.
 Fibras de resistência mecânica: São fibras que ajudam a proteger o
núcleo contra impactos e tensões excessivas durante a instalação.
Geralmente são feitas de um material chamado kevlar, o mesmo utilizado
em coletes a prova de bala.
 Revestimento externo: É uma capa que recobre o cabo de fibra óptica.

3.2. Tipos de Fibras Óptica

Segundo PERON (2009), os tipos variam conforme o tipo de fonte


luminosa usada e a quantidade que podem ser emitidos dentro da fibra:

 Monomodo

A propagação é feita por um único modo, pois a fibra apresenta um núcleo


pequeno. O que significa que a largura da banda utilizada é maior e há menor
dispersão da luz laser emitida, permitindo a transmissão de sinais a grandes
distâncias (WAN). Apesar de a qualidade superior das fibras monomodo, a
fabricação é mais cara, o manuseio é difícil e exige técnicas avançadas.

 Multimodo

Além do laser, as fibras podem usar como fonte LEDs (diodo emissor de
luz). Possuem um diâmetro maior e, por isso, mais de um sinal pode transitar o
filamento. Dessa maneira, ainda se encontram duas subdivisões: fibras
multimodo de índice degrau e as de índice gradual.
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A diferença entre elas é que a capacidade de fibra de índice degrau é


inferior em relação às outras, tanto pela quantidade de sinal transmitido ser
menor quanto por causar maior perda das informações. Na fibra de índice
gradual, há uma variação parabólica — como se fizesse uma sequência de arcos
durante o percurso — e isso aumenta a faixa de frequência do sinal utilizado.
Devido a essas características, as fibras multimodo são mais usadas para
comunicações a curta distância, como redes locais (LAN).

Figura 2. Índice de refração da fibra óptica

Fonte: MADEIRA (2013).

3.3. REFLEXÃO

É quando a luz, propagando-se em um determinado meio, atinge uma


superfície e retorna para o meio que estava se propagando. Os feixes de luz que
penetram no cabo óptico sofrem várias reflexões na superfície de separação
entre os dois vidros que o formam e dessa maneira a luz caminha, podendo
percorrer vários quilômetros de distância, uma vez que a energia nas reflexões
não é calculável. Utilizadas como meio para transmissão de ondas
eletromagnéticas, como a luz, por exemplo, elas são feitas em vidro porque esse
material absorve menos essas ondas.
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A transmissão de informações pela fibra óptica ocorre através de um


aparelho especial denominado de infoduto, que possui um fotoemissor que faz
a conversão da luz em sinais elétricos. A luz que é refletida no interior do cabo
óptico pode ser transformada em sinal elétrico, sonoro ou até mesmo luminoso,
dependendo da informação que é transmitida. As fibras ópticas são utilizadas
principalmente nas telecomunicações, pois apresentam várias vantagens em
relação ao uso dos antigos cabos metálicos.

As vantagens da utilização das fibras ópticas são:

 Tem maior capacidade para transportar informações;


 A matéria prima para sua fabricação, a sílica, é muito mais
abundante que os metais e possui baixo custo de produção;
 Não sofrem com as interferências elétricas nem magnéticas, além
de dificultar um possível grampeamento;
 A comunicação é mais confiável, pois são imunes a falhas;
 Ao contrário dos fios metálicos, os fios de vidro não enferrujam, não
oxidam e não sofrem com a ação de agentes químicos.
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4. METODOLOGIA

4.1. DELINEAMENTO DA PESQUISA

Este trabalho será realizado a partir de uma pesquisa aplicada em campo,


visando o cumprimento das normas e diretrizes necessárias para a execução do
projeto. Serão observados pontos de melhorias e redução no tempo para
conclusão da implementação da rede de fibra óptica. Buscando esclarecer todos
os processos necessário para a execução da obra no projeto. De modo que o
executor tenha em mãos o projeto elaborado para que a medida que for
prosseguindo possa esclarecer os processos conforme projetado.

4.2. ALVO DA PESQUISA

O alvo desta pesquisa será para as empresas de qualquer ramo de


pequeno a grande porte.

4.3. PLANOS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Os dados serão retirados de acordo com o parecer técnico dos executores


do projeto, bem como a análise e acompanhamento a campo.

4.4. PLANO DE ANÁLISE DE DADOS

A análise dos dados levantados servirá para esclarecer técnicas utilizadas


em campo e aprimora-las no sentido de estabelecer a execução dos processos
de modo seguro e dentro das normas e diretrizes da concessionária.
13

Esta análise será realizada em conjunto com a equipe técnica de campo


para que através do conhecimento adquirido possa estabelecer um projeto
adequado dentro dos padrões profissionais exigidos.
14

5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Inicialmente foi realizado uma reunião com Sr. Maicon, apresentando uma
proposta de trajeto, onde há necessidade de construção da rede. O projeto será
no bairro Vila Mariza na cidade de Lages, com 1.912 metros de extensão.

Neste projeto serão instalados os equipamentos e seguindo o trajeto do


cabeamento conforme ilustra a figura 3.

Figura 3. Definição de trajeto.

Fonte: Google Earth (2017)

Este projeto posteriormente, será enviado a detentora dos postes


CELESC DISTRIBUIÇÃO para análise e aprovação do mesmo. Assim que
aprovado o projeto será executado por profissionais técnicos habilitados da
empresa ATPlus Telecom, com a supervisão do Sr Maicon.
15

5.1. ANÁLISE TÉCNICA DE CAMPO

Após a definição do trecho foi coletado as informações necessárias para


elaboração do projeto. Essas informações são extremamente importantes, pois
é a partir delas que serão definidas as rotas do cabeamento, quais os tipos de
cabos que serão utilizados e quantas fibras serão necessárias. Essas
informações são obtidas em conjunto com o executor do projeto, ele irá definir
qual bairro deseja atender e onde será a origem do cabeamento.

Esta etapa é a mais importante, é necessária uma boa análise técnica em


campo, com o intuído de observar os postes disponíveis no percurso desejado,
e se estes postes serão suficientes para a passagem do cabeamento. E então é
definido se a rota desejada é possível e se é necessária alguma alteração no
trajeto. Caso seja necessária alguma alteração na rota inicial, é então proposto
uma sugestão com base na análise realizada.

Assim que definido qual a rota desejada por Sr. Maicon Bez Fontana, o
estagiário se deslocou para a realização da análise técnica de campo. Nesta
análise foram encontrados alguns pontos que precisaram de modificações no
projeto. O primeiro ponto foi alguns postes instalados no percurso que não são
de propriedade da CELESC, e precisariam ser utilizados para passagem do
cabeamento.
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Figura 4. Postes particulares.

Fonte: Autor (2017).

Como estes postes não constam no sistema da CELESC, é necessário


informá-los no projeto como postes particulares e que serão utilizados para
passagem do cabeamento.

Outro agravante nesta análise é a quantidade de operadoras que já utilizam


estes postes no percurso determinado. Pois segundo a normativa da CELESC
I313.0015 Compartilhamento de postes/dutos, é permitido até 5 operadoras
diferentes compartilhando o mesmo segmento de rede. Conforme a análise a
rota destinada para a passagem do cabeamento possui 4 operadoras
compartilhando a mesma infraestrutura, assim viabilizando o projeto, restando
uma vaga para compartilhamento.
17

5.2. DEFINIÇÃO DOS LOCAIS DE CAIXAS DE EMENDAS (CEO) E


CAIXAS DE ATENDIMENTO (CTO)

Nesta etapa são definidos os pontos onde serão instaladas as caixas de


emendas que servirão para derivação da rede e as caixas de atendimento ao
usuário final, de onde será originado o cabo óptico que irá até o usuário.

A caixa de emenda óptica (CEO) é um equipamento passivo que serve para


acomodar o cabeamento óptico podendo ser dois ou mais cabos que serão
unidos por meio de fusão específica para este meio, estes cabos geralmente são
para derivação de rede. A principal função da caixa de emenda é proteger o
ponto de fusão impedindo a entrada de água, poeira, insetos ou outros materiais
que possam prejudicar os materiais contidos na caixa.

Figura 5. Caixa de emenda óptica aérea.

Fonte: Hi-Top (2017)

Foi escolhido os pontos estratégico para instalação das caixas de emendas


onde serão derivados o cabeamento secundário chegando até as caixas de
atendimento.

As CEO ficaram posicionadas de forma que o cabeamento secundário seja


de fácil acesso, visando a economia e o custo dos cabos. Foram posicionadas 4
CEO’s que permitiram a derivação da rede e acomodação das fusões ópticas.
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As caixas de terminação óptica (CTO), ou caixas de atendimento é utilizada


para acomodação das fibras ópticas, onde é realizada as fusões do cabeamento
de distribuição com os splitters ópticos, e a partir dos splitters serão conectados
os cabos de atendimento que irão até a casa do usuário final. Assim como as
CEO elas ficam anexadas aos postes e para acesso a essas caixas são
necessárias escadas apoiadas aos postes.

Figura 6. Caixa de terminação óptica CTO.

Fonte: Cianet (2017).

A escolha das CTO é definida com a supervisão do Sr. Maicon, cada CTO
pode atender uma área de aproximadamente 70.685,83 m² em torno dela, ou
150m de distância para cada direção.
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Figura 7. Área de Atendimento CTO.

Fonte: Google Maps (2017).

Portanto é levado em consideração a área de atendimento de cada CTO, e


com isso conseguimos atender 100% da população do bairro.

5.3. DEFINIÇÃO DO CABEAMENTO UTILIZADO

Para atender toda a área pretendida, os cabos utilizados serão cabos


monomodo autossustentável para vão de 80 metros entre os postes, e com
núcleo seco. As especificações dos cabos são: CFOA-SM-AS80.

O cabo de alimentação é o cabo principal do projeto, ele será o cabo que


levará o sinal principal para as outras caixas atendimento ou caixas de emendas.
Este cabo será de 12 fibras suficientes para o projeto.

Os cabos de distribuição, são os cabos que serão derivados das CEO até
as CTO, eles serão cabos drop flat do tipo G.657. Este cabo contém apenas uma
fibra dentro dele, e será transportado apenas um sinal até a CTO.
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5.4. PROJETO LÓGICO

Após o planejamento e montagem das caixas CEO e CTO, foi feito a


conexão dos cabos com as caixas, finalizando o projeto e tornando-o possível e
viável.

Figura 8. Projeto bairro Vila Mariza Lages/SC.

Fonte: Google Maps (2017).

Com a conclusão do projeto, foi apresentado para o Sr. Maicon, para


aprovação mesmo, assim dando sequência com o projeto.

5.5. PROJETO EXECUTIVO (AUTOCAD)

Esta etapa é realizada o desenho técnico do projeto utilizando a plataforma


AutoCAD para elaboração. Aqui é preciso seguir todas as normas e diretrizes
necessárias para realização do mesmo. É este formato de projeto que é enviado
a CELESC para análise.

O desenho foi realizado com base no projeto lógico, ele deve ser
georreferenciado considerando DATUM SAD-69 na escala 1:1000.
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Considerando todos os pontos de derivações, e postes particulares que deverão


ser informados no projeto.

Figura 09. Projeto executivo AutoCAD.

Fonte: Autor (2017).

Para a submissão do projeto, é necessária enviar uma ART junto. Esta


ART é emitida pelo engenheiro responsável pelo projeto, nela contém as
informações da obra e a dimensão da mesma.

5.6. LISTA DE MATERIAIS

Com base no projeto, foi elaborado uma lista de materiais que serão
utilizados para execução da obra. Nesta lista contém as ferragens, CTO, CEO,
e os demais itens que compõem a infraestrutura necessária para passagem do
cabeamento aéreo.
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Tabela 1. Lista de materiais.

AT Plus Telecom LTDA ME


CNPJ: 19.782.703/0001-47 IE: 257294716
Av. Dom Pedro II, 1180 – Sala 01, Universitário. Lages -SC CEP: 88509-001
Contato: (49) 3018 2145 ou (49) 3222-1462 / (49) 99933-8319
email: maicon@atplus.com.br
www.atplus.com.br

ITEM DESCRIÇÃO TIPO/MODELO UND. QTD. OBSERVAÇÕES


1 CABO 12 FO CFOA-SM-AS80-12F 10,6mm m 1912
2 CABO DROP Flat 1 FO SM G.657 m 1592
3 CTO 1:8 Caixa de atendimento 1:8 pç 17 com suporte para poste
4 CEO Caixa de Emenda pç 4 com suporte para poste
5 Alça pre-formada 10,6mm pç 50
6 Cinta BAP 2 com parafuso J e porca pç 70
7 Cinta BAP 3 com parafuso J e porca pç 15
8 Cinta metalica c/ fecho inox pç 50
9 Suporte Dielétrico Conico Simples aplicaçãio direta bap pç 35
10 Suporte Ancoragem Dielétrico Conico Duplo aplicação direta bap pç 50
11 Esperial Tube 1/2 mm laranja/amarela m 250
12 Plaqueta cor amarela pç 100
13 Fio de Espina (130m) metalico isolado rolo 6
14 Cordoalha Dieletrica 6,4mm m 700
15 Cruzeta/Escolta ABS Regulável pç 13
16 Splitter Balanceado 1/8 pç 3
17 Splitter Balanceado 1/16 pç 1

Fonte: Autor (2017).

Os materiais listados foram coletados de acordo com a análise de campo,


observando os itens que compõem o processo da instalação. Conforme o projeto
foi realizado foi possível obter o quantitativo do cabeamento necessário bem
como as caixas que serão utilizadas.
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6. CONCLUSÃO

A fibra óptica é uma tecnologia que está em grande expansão no mundo,


assim os provedores de internet estão procurando se atualizar com esta nova
tecnologia, porém, para que ocorra de modo organizado, é preciso seguir as
normas e diretrizes da CELESC. Um projeto bem elaborado demanda um
planejamento desde seu início, envolvendo análise de campo e definições de
CTO e CEO.

Neste estágio foi possível observar os processos de construção do projeto


e execução de uma rede de fibra óptica, acompanhando os processos em campo
em conjunto com a equipe técnica. Embora o cumprimento das normas já seja
levado em consideração, foi dado as devidas importâncias para as mesmas. Foi
elaborado um documento contendo todos os passos para o processo de
execução da obra de fibra óptica, para assim facilitar o andamento da obra para
a equipe técnica.

Foi possível a utilização da ferramenta AutoCAD, o qual possibilitou novos


conhecimentos através desta ferramenta, e assim podendo elaborar o projeto
em formato DWG, para envio a detentora da infraestrutura Celesc Distribuição.
E através da lista de matérias foi possível ter noção dos equipamentos que serão
necessários no momento da execução deste projeto.

Através deste estágio foi possível adquirir uma experiência e aprendizado


profissional que certamente levarei para o resto da minha vida profissional. Nele
consegui alcançar todos objetivos que foram propostos inicialmente, tendo como
êxito o trabalho executado.
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7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

PERON, Marluce. O que é fibra óptica? (2009). Disponível em:


<https://www.tecmundo.com.br/web/1976-o-que-e-fibra-otica-.htm>. Acesso em:
29 out. 2017.

MADEIRA, Vicente Antônio. Engenheiro de Telecomunicações. Fibras Ópticas


– Características e os principais tipos (2013). Disponível em:
<http://www.stconsulting.com.br/telecom/fibras-opticas-–-do-conceito-a-
aplicacao-–-parte-2-tipos-fibras-e-cabos> Acesso em: 28 de out. 2017.

WIRTH, Almir. Fibras óticas: Teoria e Prática. Rio de Janeiro (2002).

Hi-Top Soluções em produtos para rede. Disponível em:


<http://hitop.net.br/portfolio-item/caixa-de-emenda-closure-ii>. Acesso em 03
out. 2017.

Cianet Industria e Comercio S/A. Disponível em:


<https://www.cianet.com.br/produto/caixa-de-terminacao-optica-cto-0216/>.
Acesso em 03 out. 2017.

CELESC COMPARTILHAMENTO. Disponível em:


<http://compartilhamento.celesc.com.br/>. Acesso em: 14 nov. 2017.

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