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Disciplina:
DISJUNTORES E FUSÍVEIS
Professor: Fiel Ribeiro Matola Filho
• S. O. Frontin, Equipamentos de alta tensão Prospecção e hierarquização de inovações tecnológicas , Goya Editora,
Brasília,
• A.C. C. Carvalho et al., Disjuntores e chaves: aplicação em sistemas de potência , EDUFF, Niterói, 1995;
• NBR - IEC 62271-100:2020 - High-voltage switchgear and controlgear - Part 100: Al-ternating current circuit-breakers
• NBR - IEC/IEEE 62271-37-013:2021 - High-voltage switchgear and controlgear - Part 37-013: Al-ternating-current
generator circuit-breakers;
• CIGRE WG 13.04, Asymmetrical current breaking tests , Electra, no. 132, pp. 109-125, 1990;
• D. Sinder, “ Método de cálculo da tensão de restabelecimento transitória para análise da superação de disjuntores de
alta tensão ,” dissertação de mestrado, COPPE/UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.
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AULA 1: Conceitos, utilização, tipos, parâmetros principais (elétricos e mecânicos)
A criticidade é tanta que o ONS determina no procedimento de rede, que seja verificado que dispositivos
associados aos disjuntores permitam uma manobra controlada e consequente limitação dos transitórios.
O impacto de uma manobra controlada na rede pode ser observado nas oscilografias abaixo.
1) Condição sem sincronizador: O maior valor de sobretensão fase-terra para o terminal de 138 kV, dentre os
casos sem falta, sendo o valor encontrado igual a 1,495 pu. O maior valor para o terminal de 34,5 kV, igual a
1,751 pu. Com relação à máxima corrente de inrush registrada dentre os casos sem falta, a energização do
transformador pelo terminal de 138 kV com o sistema completo, proporcionou uma corrente de 3,315 pu, ou
4.315,4 A.
A indicação rosa é o valor máximo admissível pelo transformador.
Análise do transformador:
Condições AT (Simétricas):
Condições AT (Assimétricas):
2) Condição com sincronizador: O maior valor de sobretensão fase-terra para o terminal de 138 kV, dentre os
casos sem falta, sendo o valor encontrado igual a 1,495 pu. O maior valor para o terminal de 34,5 kV, igual a 1,641
pu. Com relação à máxima corrente de inrush registrada dentre os casos sem falta, a energização do
transformador pelo terminal de 138 kV com o sistema completo, proporcionou uma corrente de 1,931 pu, ou
2.527,63 A.
Inrush
• Nesses disjuntores, a extinção do arco formado entre os terminais de um polo aberto era feita com auxílio de
uma movimentação do óleo isolante provocada pela formação de gases decorrentes da própria presença do arco.
• Essa movimentação era necessária para desionização do caminho percorrido pelo arco, sem a qual o disjuntor
sofreria reignições ou reacendimentos, por não poder suportar as tensões de restabelecimento.
• As correntes menores correspondiam às menores taxas de vaporização do óleo e, por essa razão, sua
interrupção podia ser dificultada.
• Variação da relação duração do arco com o valor da corrente a ser interrompida em um disjuntor a óleo.
• Em disjuntores de pequeno volume de óleo, podia se obter uma característica em que os tempos de
interrupção fossem quase independentes do valor da corrente, inexistindo uma corrente que fosse crítica para o
equipamento.
• Esse efeito era, em geral, obtido por meio da adição de uma bomba de injeção de óleo ou pela pressurização
permanente das câmaras do disjuntor.
• O aumento da velocidade de separação dos contatos ou a utilização de maior número de câmaras podia,
também, contribuir para o sucesso da interrupção na região de correntes críticas.
• Era desejável, também, a apresentação por parte do fabricante, na fase da concorrência, de curvas de variação
do tempo de arco com o valor da corrente a ser interrompida, baseadas em ensaios de protótipo, de forma
que fosse claramente demonstrada, nessa fase, a inexistência de correntes críticas para o equipamento.
• A Norma IEC 62271 100 recomenda a realização de ensaios de corrente crítica em qualquer tipo de disjuntor,
sempre que o tempo de arco mínimo, nos ensaios de interrupção de curtos circuitos das series T 10 T 30 ou T
60 tenha duração igual ou superior a meio ciclo em relação ao tempo de arco mínimo registrado em uma das
séries adjacentes.
• Essa tensão mantém se aproximadamente constante, sofrendo apenas uma lenta redução devido às correntes
de fuga, enquanto a tensão no lado da fonte evolui segundo a frequência do sistema;
• Nessas condições, a tensão através do disjuntor (tensão de restabelecimento) crescerá inicialmente de forma
muito lenta, sendo facilitada, desse modo, a interrupção, que deverá ser feita por cada polo do disjuntor logo
à ocorrência do primeiro zero de corrente;
• A tensão de restabelecimento alcançará, porém, um pico elevado ao fim de meio ciclo após a interrupção Esse
valor elevado, associado a uma insuficiente separação dos contatos, poderá levar ao reacendimento do arco
através do disjuntor
Representação generalizada
• O valor do pico da tensão de restabelecimento das formas de circuitos
capacitivos energizados a
dependerá do aterramento do sistema e do banco partir de uma fonte aterrada
de capacitores, bem como da relação C 1 /C 0.
• Quando todas as capacitâncias do circuito estão aterradas exemplo banco de capacitores solidamente
aterrados a capacitância não aterrada C1 -C0 é zero e o circuito terá relação C1/C0 igual a um.
• Quando todas as capacitâncias do circuito estão não aterradas (banco de capacitores com neutro isolado), a
capacitância aterrada C 0 será nula e a relação C 1 /C 0 do circuito será infinita.
• Pode se observar que para o caso dos bancos de capacitores solidamente aterrados (relação C 1 /C 0=1,0) o
valor máximo da tensão de restabelecimento é 2,0 p u enquanto no caso dos bancos não aterrados, a tensão
de restabelecimento pode chegar a 3,0 p u.
• No caso das linhas de transmissão, o máximo da tensão de restabelecimento situa se em torno de 2,4pu
quando C 1 /C 0 ~~ 2,0.
• Os valores superiores a 2,0 p u ocorrem em virtude do deslocamento do potencial do neutro após a abertura
do primeiro polo.
• Quando o banco de capacitores e o sistema são solidamente aterrados, a interrupção de cada fase ocorrerá
independentemente das demais e o valor da tensão de restabelecimento, indicado na figura anteriormente
apresentada (correspondente a C,1 /C,0 =1,0) não irá se alterar com a interrupção dos outros polos.
• No caso de banco de capacitores não aterrados, as aberturas do segundo e terceiro polos que deverão ocorrer
simultaneamente, ¼ ciclo após a abertura do primeiro polo, limitarão a 2,5 pu o máximo da tensão de
restabelecimento através do primeiro polo a abrir.
• Quando, por outro lado, um desses dois polos deixa de interromper, por qualquer motivo, a tensão através do
primeiro polo a abrir pode chegar a 4,37 pu.
• Quando o disjuntor não consegue suportar a tensão de restabelecimento à qual é exposto em qualquer
instante, um reacendimento do arco elétrico ocorrerá através de suas câmaras, reconectando o capacitor à
fonte.
• No caso do banco aterrado, o reacendimento em um polo do disjuntor elevará a 3,0 pu a tensão na fase
correspondente do banco de capacitores. Prof.: Fiel Matola - E-mail:1333623@sga.pucminas.br - Tel.: (21)971705110
• Se a corrente transitória decorrente do reacendimento for interrompida na sua primeira passagem por zero, o
capacitor será deixado com essa tensão 3 0 p u e a tensão de restabelecimento voltará a crescer a partir do
valor 2 pu.
• Nessas condições, a tensão de restabelecimento poderá chegar a 4,0 pu para a configuração envolvendo
banco aterrado.
• No caso dos bancos de capacitores com neutro isolado, as sobretensões decorrentes do reacendimento serão
diferentes se, após o reacendimento, o disjuntor interromper a corrente numa passagem por zero devido à
oscilação à frequência natural, ou apenas no zero seguinte de sua componente fundamental.
• Esse conceito determinístico evoluiu para um conceito estatístico. A Norma IEC 62271-100 classifica os
disjuntores em duas classes, de acordo com a probabilidade aceita de ocorrência de reacendimentos na
interrupção de correntes capacitivas C1 (baixa probabilidade de reacendimentos), e C2 (baixíssima
probabilidade de reacendimentos).
• A consideração de tensões pré abertura dessa ordem de grandeza na especificação provavelmente exigiria a
aquisição de disjuntores com tensões nominais mais elevadas (eventualmente com maior número de câmaras
de interrupção), face a necessidade de evitar reacendimentos.
• A utilização de resistores de abertura de valores ôhmicos não elevados 100 Ω por câmara), na época dos
disjuntores a ar comprimido, contribuía para reduzir a severidade da tensão de restabelecimento no
chaveamento de correntes capacitivas, por possibilitar a descarga parcial do capacitor ou da linha, durante o
período em que o resistor permanecia ligado.
• Algumas concessionárias preferem definir esse parâmetro considerando os valores mais elevados de
sobretensão sustentada e sobrefrequência possíveis de ocorrer em seguida a contingências, como uma
rejeição de carga, por exemplo, anteriores à abertura Idealmente, essa sobretensão e sobrefrequência devem
ser determinadas por meio de estudos dinâmicos prévios.
• Deve se ter em mente que a especificação de valores desnecessariamente elevados pode tornar imperativa a
aquisição de disjuntores com tensões nominais mais elevadas.
• Os parâmetros dessas envoltórias (u1, t1, uc, t2) podem ser definidos com base na figura 54.
• O parâmetro mais importante, uc (valor de pico da tensão de restabelecimento) tem seu valor estabelecido,
para sistemas de 60 Hz, como “igual ou maior a 1,95 vezes o valor de pico da tensão de ensaio”.
• Para a interrupção em presença de faltas monofásicas ou bifásicas em sistemas de neutro aterrado, em 1,4 x U
r 3 (em que U r é a tensão nominal do disjuntor), o valor de pico pode ser calculado por:
• Considerando para t2 o valor de 7,3 ms definido para sistemas de 60 Hz na tabela 20 da IEC 62271-00 pode se
definir, negligenciando u 1 e t 1 uma taxa de crescimento padronizada pela relação uc/t2.
• A tabela abaixo apresenta, para algumas tensões nominais, os valores de uc e da taxa de crescimento, TCTR,
calculadas como apresentado anteriormente, para comparação com os gráficos da evolução no tempo das
tensões de restabelecimento calculadas.
• Esse processo é determinado pela interação entre o arco do disjuntor e a rede e costuma determinar uma
interrupção prematura ou “ da corrente, causada por sua passagem por zero antes do instante “ isto é, do
instante em que o zero de corrente ocorreria se o arco não se tornasse instável.
• Após atingir um primeiro máximo, u m a tensão na carga indutiva oscilará a uma frequência determinada pelos
parâmetros do circuito, usualmente entre 0 5 kHz a 10kHz.
• Essas sobretensões são determinadas principalmente, pelos valores da corrente cortada Ich da capacitância Ct
e da indutância Lt da carga.
• Nem sempre a energia magnética de um circuito é inteiramente convertida em energia eletrostática, sendo
conveniente introduzir o conceito de eficiência magnética, η m definida como a relação entre a energia
magnética liberada pela carga no processo de desmagnetização e aquela recebida durante a magnetização.
• Para reatores, motores e transformadores com reatores no terciário, η m é próxima da unidade, enquanto para
transformadores em vazio é da ordem de 0,3 a 0,5.
• Utilizando o fator η m e levando em conta a elevação prévia da tensão durante o período de arco até uc a
conversão de energia eletromagnética em eletrostática passa a ser expressa por:
• Pode se considerar, de forma simplificada, kC=1 negligenciando a tensão de arco e supondo que a interrupção
ocorre quando a tensão é máxima Essa hipótese é válida nos casos mais críticos de interrupção de correntes
indutivas, de reatores, por exemplo, mas não na interrupção da corrente de magnetização de transformadores,
em que o corte pode coincidir com um máximo de corrente, quando a tensão aplicada é próxima de zero.
• A dificuldade oferecida ao cálculo de ka se encontra em conhecer previamente os valores de Lt, Ct,ηm e Ich
• Os valores de Lt e Ct não são os normalmente medidos em ensaios à frequência fundamental, devendo ser
obtidos em testes de determinação dos parâmetros do equipamento à frequência natural que, a rigor, só
podem ser feitos após a instalação do equipamento em seu local definitivo, uma vez que as capacitâncias das
conexões são componentes importantes de Ct.
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Abertura de pequenas correntes indutivas
• Quanto ao valor da corrente no instante do corte, pode se, no caso de transformadores em vazio, admitir que
a corrente de magnetização será cortada no instante em que é máxima, o que definirá o valor de Ich
• No caso de motores, reatores e transformadores com reatores no terciário, contudo, essa hipótese conduziria
a valores irrealisticamente elevados de corrente cortada e da sobretensão de manobra.
• Nesse caso, o cálculo aproximado do valor de corrente, no instante de corte é dado por:
C representa a capacitância equivalente em paralelo com o disjuntor, resultante das capacitâncias equivalentes
nos lados da carga e da fonte e α, η e θ são parâmetros do disjuntor.
• Novamente, não é tarefa simples o cálculo de ich, não apenas pelas dificuldades oferecidas ao conhecimento
do valor correto de C relativo à frequência dominante no período de instabilidade do arco, como pela ausência
de informações dos fabricantes sobre os valores dos parâmetros α, η e θ do disjuntor.
• As sobretensões causadas por reignições se caracterizam por frequências superiores, da ordem de centenas de
kHz, às daquelas causadas pelo corte de corrente, da ordem de 1 kHz a 5 kHz.
• Enquanto as amplitudes das sobretensões de manobra solicitam o isolamento para a terra dos enrolamentos
dos equipamentos chaveados, a taxa de variação das oscilações de tensão que caracterizam as sobretensões
solicitam, particularmente, o isolamento entre espiras dos enrolamentos.
• Embora os para raios limitem a patamares seguros os valores eventualmente excessivos das amplitudes das
sobretensões de manobra, nada podem fazer para limitar as taxas de variação das oscilações de tensão a elas
associadas.
• É habitual encontrar, nas especificações de disjuntores dedicados ao chaveamento de transformadores,
autotransformadores e reatores, a exigência da limitação a determinados níveis máximos, por exemplo 2,0 p u
das sobretensões de manobra resultantes dos cortes de corrente no processo de abertura e mesmo de
reignições posteriores à interrupção da corrente.
• No entanto, esse tipo de requisito vem caindo em desuso. O corte de corrente e as sobretensões de manobra
resultantes tanto do corte como de eventuais reignições dependem da interação entre o disjuntor, a rede e o
equipamento manobrado, não podendo ser vistos como características exclusivas do disjuntor.
• Caso uma sobretensão de manobra máxima fosse especificada, a demonstração do atendimento dessa
exigência em laboratório seria tarefa extremamente complexa, provavelmente exigindo, para confiabilidade
dos resultados, a presença nos testes do próprio equipamento indutivo a ser chaveado, o que, além dos altos
custos envolvidos, teria complicações logísticas difíceis de contornar.
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Abertura de pequenas correntes indutivas
• Em vista disso, a demonstração pretendida talvez só pudesse ser obtida, tardiamente, por meio da realização
de testes de campo após a instalação do próprio disjuntor e reator transformador na subestação.
• Portanto, recomenda se não incluir nas especificações de disjuntores dedicados a sobretensões de manobra
resultantes dos cortes de corrente no processo de abertura a exigência da limitação a níveis máximos das
sobretensões de manobra para a terra.
• Considera se preferível exigir que o fabricante informe o valor ou faixa de valores do número de corte
característico dos equipamentos em aquisição, e informações sobre os ensaios que levaram a sua
determinação.
• No que diz respeito ao desempenho do disjuntor na ocorrência de reignições, pelas mesmas razões não devem
ser especificados limites a serem observados nem feitas exigências de ensaios de laboratório para
comprovação de conformidade.
• Entretanto para disjuntores destinados ao chaveamento de reatores, é recomendável que o usuário realize,
com apoio do fabricante dos disjuntores no que diz respeito a suas características, estudos que comprovem,
por meio de simulações, que as taxas de variação das oscilações de tensão associadas a reignições na
subestação não ultrapassarão o máximo suportável pelo isolamento entre espiras dos enrolamentos, a ser
informado pelo fabricante do reator. Prof.: Fiel Matola - E-mail:1333623@sga.pucminas.br - Tel.: (21)971705110
Abertura de pequenas correntes indutivas
• Recomenda-se incluir, nas especificações de disjuntores dedicados à manobra de equipamentos indutivos, os
estudos de pequenas correntes indutivas para que eles possam confirmar o atendimento. Nesse estudos terá
como base:
Arranjo físico, diagrama unifilar da subestação, desenhos de planta e corte do pátio de manobra
Composição e disposição dos condutores (cabos e tubos) na SE, entre si e para a terra.
Capacitâncias parasitas admitidas para os equipamentos instalados, na faixa de 100 kHz a 500 kHz.
Valor máximo suportável do isolamento entre espiras dos enrolamentos do reator, informado pelo seu
fabricante (este item geralmente não se tem, logo, deve-se fazer um trabalho ao contrário, definindo
padrões típicos e enviar o estudo para confirmação também dos fabricantes de transformadores).
• Um caso típico de falta evolvente é o que pode ocorrer durante a abertura de um transformador em vazio, na
seguinte sequência
1. A corrente de magnetização do transformador é interrompida.
2. A sobretensão gerada pela interrupção causa uma descarga do centelhador para terra.
3. A oscilação causada pela descarga disruptiva do centelhador aumenta a tensão de restabelecimento no
disjuntor até provocar a reignição do arco em seu interior.
• A reignição do arco no disjuntor faz passar pelo equipamento uma corrente de curto-circuito que deve ser
interrompida no instante em que seus contatos já estão parcialmente abertos Essa condição é menos
preocupante em disjuntores a ar-comprimido ou a SF 6 em que a capacidade de interrupção é independente
da corrente interrompida, do que nos disjuntores a óleo, em que a capacidade de interrupção era,
parcialmente, dependente da pressão gerada na câmara de extinção pela corrente a ser interrompida.
• Como a corrente de curto circuito só se iniciou quando o contato móvel estava a meio caminho, a maior parte
das aberturas das câmaras de extinção podia estar descoberta e a pressão necessária à interrupção podia ser
impedida de se formar.
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Interrupção em presença de faltas evolventes
• A despeito da maior incidência desse tipo de falta em sistemas que utilizam centelhadores, o que é raro no
Brasil, e da expectativa de operação correta de disjuntores a ar comprimido e SF 6 na sua interrupção, é
recomendável, em qualquer caso, solicitar aos fabricantes, nas especificações, a demonstração da capacidade
dos seus disjuntores interromperem faltas evolventes. Essa demonstração pode ser fornecida por relatórios de
ensaios de protótipo.
• A corrente de curto circuito I TOT que chega na subestação pelo alimentador indicado na figura ao lado, divide
se em duas componentes I 1 e I 2 determinadas pelas impedâncias Z 1 e Z 2 dos dois caminhos oferecidos a
sua passagem.
• O isolamento da falta será feito pela abertura dos disjuntores 1 e 2 respectivamente atravessados pelas
correntes I1 e I2.
Para assegurar tal limitação, geralmente são utilizados para-raios próximo ao equipamento manobrado. Porém eles podem não proteger adequadamente os
equipamentos a serem manobrados em algumas situações, tais como: uma distribuição acentuada e não uniforme da tensão ao longo do enrolamento ocasionando
sobre solicitação em certos pontos, e ocorrência de ressonância interna, no enrolamento, para frequências importantes do espectro.
Além das sobretensões causadas pelos cortes de corrente, ainda podem ocorrer, na interrupção de pequenas correntes indutivas, outras sobretensões de manobra
causadas por reignições posteriores às interrupções. Estas ocorrem quando as tensões de restabelecimento formadas em seguida a essas interrupções excedem a
suportabilidade dielétrica do espaço entre os contatos (em processo de afastamento) de um polo do disjuntor operante. As sobretensões causadas por reignições se
caracterizam por frequências superiores (da ordem de centenas de kHz) às daquelas causadas pelo corte de corrente (da ordem de 1 a 5 kHz). Além disso, as
amplitudes das sobretensões decorrentes de reignições também superam, normalmente, as associadas a cortes de corrente. Enquanto as amplitudes das
sobretensões de manobra solicitam o isolamento para a terra dos enrolamentos dos equipamentos chaveados, a rapidez (ou taxa) de variação das oscilações de
tensão que caracterizam as sobretensões solicitam, particularmente, o isolamento entre espiras dos enrolamentos. Este tipo de solicitação normalmente só alcança
níveis críticos no caso de reignições, devido à alta frequência das oscilações de tensão a elas associadas. Conforme já dito, que, embora os para-raios limitem a
patamares seguros os valores eventualmente excessivos das amplitudes das sobretensões de manobra, nada podem fazer para limitar as taxas de variação das
oscilações de tensão a elas associadas.
JÁ AQUI É INSERIDO A CONDIÇÃO MÁXIMA DO SISTEMA QUE GERALMENTE É A NOMINAL DO DISJUNTOR, INSERIMOS NORMALMENTE, POIS, DEVIDO
À CONDIÇÕES DE TRT TALVEZ TEREMOS QUE INSERIR DISJUNTORES COM CARACTERÍSTICAS ACIMA DA TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA, LOGO, É IMPORTANTE
FRISAR QUE AQUI ESTAMOS CONSIDERANDO A CARACTERÍSTICA MÁXIMA DO SISTEMA. ABAIXO TENSÕES NOMINAIS DOS DIJSUNTORES RETIRADOS DA
NORMA.
• Neutro
Como visto na questão de estudos, é importante saber as condições de aterramento do neutro, se é solidamente aterrado, aterrado por resistor,
não aterrado por triângulo, triângulo com aterramento por transformador de aterramento, etc. Na condição de cargas capacitivas, como banco de
Capacitores, tem-se que tomar cuidado, pois pode diferenciar do sistema.
APESAR DE JÁ TERMOS EXPLICITADOS NAS AULAS ANTERIORES ABAIXO APRESENTAREMOS OS DIAGRAMAS FUNCIONAIS DO FUNCIONAMENTO MONOPOLAR OU TRIPOLAR
CIRCUITO DE ABERTURA
E FECHAMENTO DISJUNTOR
TRIPOLAR
CIRCUITO DE ABERTURA
E FECHAMENTO DISJUNTOR
TRIPOLAR
CIRCUITO DE ABERTURA
E FECHAMENTO DISJUNTOR
MONOPOLAR
(ACIONAMENTO TRIPOLAR)
CIRCUITO DE ABERTURA
E FECHAMENTO DISJUNTOR
MONOPOLAR
(ACIONAMENTO TRIPOLAR)
CIRCUITO DE ABERTURA
E FECHAMENTO DISJUNTOR
MONOPOLAR
(ACIONAMENTO TRIPOLAR)
• Corrente Nominal
• Níveis de isolamento
VER AULA 2 – ESTUDO DE COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO
• Níveis de isolamento
VER AULA 2 – ESTUDO DE COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO
• Condições de TRT
VER AULA 2 E 3 – ESTUDO DE TRT
• Ciclo de Operação
VER AULA 2– CICLOS DE OPERAÇÃO
• Efeito Corona
• Elevação de Temperatura
Deve-se sempre solicitar teste (geralmente tipo) de elevação de temperatura conforme IEC,
é medido a temperatura do disjuntor em diversos pontos de ensaio e este não deve exceder
alguns níveis.
VER AULAS 2 E 3
• Religamentos
Os disjuntores devem ter dois circuitos de disparo independentes, lógicas de detecção de discrepância de polos e
acionamento monopolar. Para disjuntores em níveis de tensão superiores a 138 kV, o ciclo de operação nominal
deve ser compatível com a utilização de esquemas de acionamento e religamento automático tripolar e
monopolar. Para disjuntores em níveis de tensão iguais ou inferiores a 138 kV, o ciclo de operação nominal deve
ser compatível com a utilização de esquemas de acionamento e religamento automático tripolar.
• Religamento Monopolar
A curva apresentada na Figura 1 é utilizada para a avaliação da probabilidade de sucesso da extinção do arco
secundário nos casos com tempo morto de religamento igual ou inferior a 500 ms. São considerados o valor eficaz do
último pico da corrente de arco secundário e o valor do primeiro pico da tensão de restabelecimento transitória no
caminho do arco, cujos valores máximos são, respectivamente, 50 Aef e 180 kVpico. Para o sucesso do religamento
monopolar, o par de valores (Vp, Ia) deve estar localizado dentro da zona de alta probabilidade de extinção do arco.
Quando for demonstrada a inviabilidade do atendimento ao requisito com tempos inferiores a 500 ms, mesmo com
métodos de mitigação, deve-se optar pela utilização do critério para tempos de extinção superiores a 500 ms. Nesse
caso, aplica-se a curva indicativa para análise da corrente de arco secundário da Figura 2.
• Utilização de Sincronizadores
Geralmente em 220Vca ou 125Vcc, deve-se apresentar na especificação as tensões de serviços auxiliares da subestação.
• Estrutura Metálica
• Terminais
• Conectores
SE O CONECTOR NÃO FOR COMPRADO COM O EQUIPAMENTO, O QUE OCORRE NORMALMENTE, É IMPORTANTE A VERIFICAÇÃO DESTES,
PRINCIPALMENTE NO QUE TANGE NÃO TERMOS INCOMPATIBILIDADE COM O ANEL DE EQUALIZAÇÃO.
• Pintura
É importante definir qual será o processo de pintura e verificar-se com o comprador suas condições, o importante aqui é definir claramente as condições
ambientais pelo qual a pintura estará exposta, utilizar galvanização à quente pode ajudar. De qualquer forma, é interessante apresentar o meio que o
equipamento estará para definir o processo de pintura. Para ajudar vamos à alguns conceitos.
Pesquisas demonstram que a corrosão é a principal responsável pela grande perda de ferro no mundo. Entre os processos de proteção já desenvolvidos,
um dos mais antigos e bem-sucedidos é a zincagem por imersão a quente ou, como é mais conhecida, galvanização a fogo.
A Galvanização ou Zincagem por imersão a quente é o processo através do qual o aço, ferro fundido ou açopatinável, de qualquer tamanho, peso, forma e
complexidade, é revestido com zinco, ou liga que contém o metal, visando proteção contra a corrosão.
Na prática, é importante ter conhecimento das condições de exposição da peça para avaliação da vida útil, tendo em vista que, dependendo do ambiente,
a velocidade de corrosão do Zinco 10 a 300 vezes menor que a ação sobre o ferro, conforme a categoria de corrosividade (quanto mais agressivo o
ambiente, maior o ganho do Zn).
A Norma ABNT NBR 14643, apresenta diretrizes para o cálculo de estimativa
de vida útil do revestimento, com base nas taxas de corrosão para determinadas
categorias de corrosividade.
• Pintura
A utilização de aço galvanizado é uma alternativa sustentável, que resulta em menores custos financeiros e impactos ambientais, aumentando o tempo de
vida útil de edifícios e produtos para construções.
Isso porque um dos principais diferenciais dessa técnica de tratamento térmico é que ela oferece durabilidade de longo prazo, com um ônus ambiental
relativamente baixo em termos de energia e outros impactos.
Outra característica relevante é que geralmente as instalações onde ocorre a galvanização estão localizadas próximas aos locais de fabricação do aço,
minimizando os gastos com transporte e, consequentemente, reduzindo o impacto ambiental desses deslocamentos. Além disso, o zinco, principal insumo
deste processo, é utilizado de maneira eficiente. Ou seja, não há perdas de materiais.
E, embora não apresente uso intenso de energia, o consumo desse insumo é feito de maneira eficiente, assim como de água, que é relativamente baixo,
em comparação a outras tecnologias de revestimento. Em alguns países, foram estabelecidas metas de eficiência energética e incentivo a melhorias na
gestão de energia.
Umas solução interessante de adotar é avisar ao fabricante para que tipo de ambiente estará o equipamento e solicitar o esquema de pintura para aprovação.
Na chave:
No disjuntor:
• Documentos Gerais
O projeto deve incluir, ao menos, os seguintes desenhos:
• Desenhos dimensionais do equipamento, contendo também indicação de massas, cargas na
fundação durante a operação do equipamento, esforços nos terminais de alta tensão, detalhes
da furação para fixação das bases e indicação dos acessórios.
• Desenhos dimensionais do mecanismo de operação, contendo também indicação de massas,
detalhes da furação para fixação e indicação dos acessórios.
• Descritivo do funcionamento dos circuitos elétricos.
• Diagrama funcional, diagrama de trabalho e tempos dos contatos auxiliares e diagrama das
réguas terminais, com descrição de cada componente.
• Desenho topográfico interno da disposição dos componentes no armário do mecanismo de
operação.
• Desenho da placa de identificação do disjuntor e do mecanismo de operação.
• Desenho dos conectores de aterramento.
• Lista de material, contendo indicação de quantidade, identificação, número de catálogo,
função, características principais, faixas e tolerâncias recomendadas.
• Desenhos de detalhes para montagem e construção.
• Lista de documentos.
• Folha de Dados;
• Manual de Instruções;
• PIT;
• Relatório dos Ensaios de Tipo;
• Esquema de Tratamento de Pintura e/ou Zincagem;
• Desenho Dimensional para Transporte.
DOCUMENTOS À SEREM APRESENTADOS
• Planos de Qualidades
• Manuais
• Desenhos certificados;
• Catálogos e instruções dos componentes dos equipamentos e dos acessórios;
• Manual de instalação;
• Manual de operação e manutenção;
• Relatórios dos ensaios em fábrica.