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TRIAC

O TRIAC é um componente formado basicamente por dois SCRs internos ligados


em paralelo, um ao contrário do outro. Ele possui três terminais: MT1 (anodo 1),
MT2 (anodo 2) e gate (G). Abaixo vemos o símbolo, o equivalente com dois SCRs
e o aspecto físico do TRIAC:

Funcionamento - O TRIAC é usado para chavear corrente alternada. O gate pode


ser disparado com tensão positiva ou negativa. Após o disparo no gate, o TRIAC
conduz até a corrente alternada mudar de sentido. Quando isto ocorre, é
necessário outro pulso no gate. Geralmente o gate do TRIAC é disparado por um
diodo chamado DIAC. Este diodo conduz quando a tensão passa de um certo
nível, geralmente 20 ou 30 V. Abaixo vemos o esquema de um "dimer" para
controlar o brilho de uma lâmpada incandescente ou motor elétrico até 200 W. Se
o visitante quiser, pode montar este circuito, porém deve colocar o TRIAC num
dissipador de calor:

Tanto o TRIAC quanto o DIAC são componentes próprios para tensão e corrente
alternada. Quando o ponto "A" do circuito fica positivo e "B" negativo, P, R1 e R2
carregam C1 e C2 com tensão positiva. Quando C1 e C2 atingem +30 V nos
terminais, o DIAC entra em condução, dispara o gate do TRIAC e este acende a
lâmpada. Quando o ponto "A" fica negativo, o TRIAC pára de conduzir e apaga a
lâmpada. Porém C1 e C2 começam a se carregar com tensão negativa e quando
atingem -30 V, o DIAC conduz novamente, ativa o gate do TRIAC e este acende a
lâmpada outra vez. Este ciclo se repete 60 vezes por segundo. O resultado é que
a lâmpada fica acendendo e apagando, porém a vemos acesa o tempo todo.
Quando aumentamos a resistência de P, os capacitores demoram mais para
carregar, o DIAC demora mais para disparar o TRIAC e este mantém a lâmpada
mais tempo desligada. O brilho resultante que enxergamos é mais fraco. Quando
a resistência de P é menor, os capacitores carregam mais rápido, o DIAC aciona o
TRIAC mais rápido e este mantém a lâmpada mais tempo ligada. O brilho que
enxergamos agora é muito mais forte.

Dimmer - Controlador de Potência


(Furadeiras elétricas, lâmpadas etc.)
Prof. Luiz Ferraz Netto
leobarretos@uol.com.br

Apresentação
Na Sala 03, item 09, já tivemos a oportunidade de apresentar um "Dimmer ...
com TRIAC" <== veja!
Esse projeto de Controlador de Potência que agora apresentamos, tem (e isso o
diferencia do projeto anterior) dupla etapa defasadora, a qual permite, através do
potenciômetro, variar com acuidade o ponto em que o TRIAC entra em condução
(em relação ao instante em que a tensão da rede passa pelo valor ZERO).
Essa rede de controle é formada por C2, C3, R1, R2 e R3. O DIAC D1 conduz
abruptamente quando a tensão em C3 atinge uma amplitude determinada e isso
faz o TRIAC conduzir potência para a carga.
No restante, esse Controlador é bastante convencional e, como tal, explora a
variação do ângulo de condução de um tiristor, no caso um TRIAC, que permite o
aproveitamento de ambas as alternâncias da tensão alternada da rede domiciliar
(um SCR só permite aproveitar uma das alternâncias).

Comentários
A máxima intensidade de corrente que o TRIAC indicado (TIC226B) é capaz de
controlar é 8 A. Isso limita a potência máxima a algo acima de 800 W, para a
rede de 117 VAC. Se o Controlador for utilizado para variar o 'brilho' (potência)
de lâmpadas incandescentes, devemos lembrar que 'lâmpada incandescente'
não é resistor ôhmico; sua resistência varia acentuadamente com a temperatura.
Assim, quando 'apagada', filamento frio, sua resistência é bem baixa e ao ser
'ligada' via Controlador, permitirá fluxo de corrente de intensidade bem acima do
valor nominal. Nesse caso, não é aconselhável exceder os 500 W de lâmpadas
ligadas ao Controlador. Podemos, todavia, aumentar a potência suportada pelo
Controlador, substituindo-se o TIC 226B por outras unidades dessa série, como o
TIC 226C para 300 V ou o TIC 226D para 400 V, este último adequado para
redes elétricas de 220 VAC (nesse caso, empregue capacitores com tensão de
isolação de 400 V ou mais). Nestes casos, a potência controlada supera os 1700
W.
No projeto original, os valores dos componentes R3 e C3 podem ser alterados
(conforme sua disponibilidade local) mas, todavia, como existe uma
interdependência entre eles, convém substitui-los conforme a seguinte tabela:

R3 (k) C3 (F)
47 0,33
100 0,22
200 0,1

Esse projeto tem seu desenvolvimento também voltado para o controle de


motores universais (caso das furadeiras elétricas, liquidificadores, batedeiras de
bolo e eletrodomésticos em geral), que constituem 'cargas indutivas' e, como tal,
necessita de um filtro para interferência e para proteção do TRIAC e DIAC.
Quem se incumbe dessas tarefas é a rede constituída por C1 e XRF1. Esse
reator XRF1 deve ser confeccionado enrolando-se 40 espiras de fio de cobre
esmaltado de diâmetro 1 mm (fio 18 AWG), duas camadas de 20 espiras, sobre
um pequeno bastão de ferrita de 6,3 mm de diâmetro (1/4"). Para o caso de
motores elétricos, a ausência desse filtro (C1 + XRF1) pode causar danos no
TRIAC e DIAC.

Componentes

Semicondutores
TRIAC - TIC226B, TIC226C ou TIC226D
DIAC   - D3202U ou equivalentes
Resistores (1/4 W, 10%)
R1 - 100 k
R2 - 47   k
R3 - potenciômetro; ver tabela acima.
Capacitores
C1, C2 - 0,1 F, 250 V
C3 - ver tabela acima.
Diversos
XRF1 - reator de filtro (no texto acima),
plaqueta de CI, fio, solda, dissipador etc.

Circuito esquemático
Circuito impresso e componentes

Montagem na caixa plástica


Observe que o potenciômetro leva apoiado no fundo de sua carcaça o CI com
seus componentes; ele é aparafusado em uma caixa plástica. O terminal 'livre' do
potenciômetro, na ilustração acima, pode ser ligado ao terminal central. Essa
montagem não apresenta pontos críticos, salvo quanto à segurança, uma vez
que o circuito fica diretamente ligado na rede elétrica domiciliar; suas partes
metálicas não devem ficar expostas ao usuário.
O TRIAC deve dispor de um dissipador de calor. Se for usada uma caixa
metálica, esta poderá servir de dissipador e, nesse caso, para isolação elétrica,
deve-se usar a tradicional folha de mica (pois a parte metálica do TRIAC está
ligada eletricamente a um de seus terminais). A eficiência da troca de calor entre
o TRIAC e a caixa metálica aumenta bem com a aplicação de uma fina camada
de graxa de silicone entre o tiristor e a folha de mica e entre esta e o painel
metálico da caixa.

Dimmer de alta potência


Muitos são os consulentes do Feira de Ciência que escrevem perguntando como
'alterar' o circuito para ser usado como 'controlador de temperatura de chuveiro
elétrico'. Em essência a 'alteração' a ser feita é a troca do TRIAC para BTA26 ou
BTA41.
O BTA26 é para 25 A e o BTA41 é para 40A. Todos os TRIACs da linha BTA são
de carcaça isolada. O detalhe de montagem mais importante é sobre a
dissipação de calor desses BTAs, para a qual se recomenda o uso do próprio
cano do chuveiro. Fazer o dissipador no cano tem como principal vantagem o
resfriamento à água.

TRIAC : CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS

1-APARÊNCIA

O triac é um dispodisitivo semicondutor do chamado grupo dos tiristores , usado no


controle de médias e grandes potências.Um exemplo típico sua utilização é no seu
estabilizador(obs.:alguns estabilizadores utilizam relés ano lugar do triac.).Na figura abaixo
podemos observar alguns dos tipos de encapsulamentos fabricados pela SGS-THOMSON:

http://www.st.com
fig.01

Outros exemplos para potências mais altas, são mostrados a seguir:

fig.02

O invólucro mais conhecido é o TO220 (TO220AB e ISOWATT) dos quais se utlizam as


séries TIC"xxx" ,BTA12"xxx" e vários tantos outros triacs mais comuns.Na figura a seguir
temos um típico triac com seus terminais identificados e o seu símbolo.

fig.03

2-IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS E TESTE

O triac possui três terminais(MT1 ,MT2 e gate(G)) que podem estar dispostos conforme a
figura a seguir.Note no desenho novamenete o involucro TO220.Fixe esta disposição pois
ela é a mais comum encontrada na prática.Obs.:as denominações dos terminais podem ser
ligeiramente diferentes.
http://www.gallawa.com/microtech/triac.html

fig.04

Para testar o triac é necessário de preferência saber a disposição dos terminais e ter em
mãos um ohmímetro para medir a resistência entre os terminais:

1-A resistência entre gate e MT1 deve ser baixa em ambos os sentidos(algo em torno de 10
a 200ohms);
2-Todas as outras combinações de medida de resistência entre os terminais deve ser muito
alta.

G
TRIAC
MT1 MT2
O triac, tal como o tirístor, é um componente usado para o controlo de potência.
O triac é um tirístor de AC também designado por díodo controlado de silício bidireccional.

O tirístor conduz a corrente só num sentido. Para


regular a corrente alternada numa carga, com
dispositivos semicondutores de potência, é
necessário o uso de dois tirístores, logicamente
montados em paralelo e em oposição. Para realização
destes dois dispositivos num só criou-se o triac.
Mediante um só triac é possível o controlo de onda completa, com o que se obtém
notáveis vantagens sobre o emprego de tirístores. Entre as vantagens que o triac
oferece sobre dois tirístores podemos citar:
 Utilização de um só componente e, portanto, um só dissipador.
 Circuitos de disparo mais simples.
Estas duas vantagens traduzem-se logicamente numa redução do preço do
equipamento e numa maior fiabilidade.

No entanto, a corrente necessária a aplicar à gate do triac para conduzir é superior 2


a 4 vezes à que é necessária aplicar à gate de um tirístor.

Funcionamento
MT2
A comutação do estado de bloqueio ao estado de condução do triac pode
ser conseguido tanto com o terminal MT1 positivo em relação a MT2,
como na situação inversa e com impulsos positivos ou negativos na gate
(G).
Os triacs comuns precisam apenas de alguns miliamperes de corrente na
gate para disparar, controlando correntes que podem chegar a centenas
de ampéres. G MT1

Para manter o triac no estado de condução, uma vez suprimido o sinal de disparo na
gate, é necessário que a corrente que atravessa o componente seja superior à
corrente de manutenção indicada pelo fabricante (I H).

Constituição

O triac é constituído por material semicondutor (silício) e tem dois terminais


principais MT1 (ou T1) e MT2 (ou T2) e um terminal de gate (G).

Aspecto exterior

MT2
MT1

As séries TIC (da Texas) e MCR (da Motorola) são as mais comuns.

Curva característica de um triac


Vamos em primeiro lugar
supor que não há tensão
aplicada na gate.
Se formos elevando a
tensão entre MT1 e MT2
verifica-se a existência de
uma pequena corrente de
fuga. Porém se
continuarmos a aumentar a
tensão, atinge-se um valor
(VRO) em que se dá a
VRO
ruptura. O triac passa do
VRO estado de não condução
(estado de alta impedância
interna) para um estado de
condução (baixa impedância
interna). A tensão interna
cai imediatamente e o triac
passa a trabalhar na zona
rectilínea (característica de
condução). Aqui a pequenas
variações de tensão,
correspondem grandes
variações de corrente. O triac mantém-se no estado de condução até que a corrente
através dos terminais principais MT1 e MT2 caia a um valor inferior ao da corrente
mínima de manutenção (IH) indicada pelo fabricante. Quando tal acontece o triac
regressa ao estado de não condução e alta impedância.

Se invertermos a tensão nos terminais do triac e procedermos da maneira descrita,


trabalharemos no 3º quadrante, mas com uma característica inteiramente simétrica.
Tudo se processará de forma idêntica, inverteu-se a tensão, inverteu-se a corrente e
nada mais.

NOTA: A tensão alternada do circuito em que o triac trabalha deve ter um valor de
pico inferior a VRO.

Características técnicas

VDRM Tensão máxima repetitiva em estado de não condução.


ITRMS Corrente eficaz máxima em condução.
IGT Corrente máxima de disparo na gate.
VGT Tensão máxima de disparo na gate.
VTM Queda de tensão máxima em condução.
IH Corrente de manutenção.
ITSM Corrente máxima transitória.

Utilização

O triac só é usado em circuitos de corrente alternada, para controlar a corrente na


carga. É usado por exemplo nos reguladores de intensidade luminosa (light dimmer), no
controlo da velocidade de motores e no controlo de resistências de aquecimento.

Controlo de iluminação de uma lâmpada com um triac disparado por um diac.

Trigger Point
Ponto de disparo
RL (adjusted
D1 ajustado embyP1. R1)
A1
 
230Vca
 
R1 G TIC 216D
Trigger Point
Ponto de disparo.

D2 A2
Voltage Waveform
across RL
Este circuito funciona de forma idêntica ao controlo da potência na carga que emprega
um SCR, com a diferença de que o triac pode controlar tanto os semiciclos positivos
como os semiciclos negativos da tensão da rede.

O triac está em série com a carga e quando for disparado (ou seja, quando for
aplicado um impulso na gate) deixará passar a corrente em ambos os sentidos,
limitando-se a sua função a controlar a passagem da corrente através da lâmpada
(controlo de fase).

O seu funcionamento é o seguinte: o condensador carrega-se em mais ou menos tempo


consoante o valor da resistência do potenciómetro. Ao atingir a tensão de disparo do
diac, o condensador descarrega-se, e através do diac será aplicado um impulso na gate
do triac que o colocará em condução.

Se:
R     o diac dispara mais cedo ( )  o triac conduz mais cedo ( )  a carga recebe mais
potência.
R     o diac dispara mais tarde ( )  o triac conduz mais tarde ( )  a carga recebe menos
potência.

O quadrac é um componente formado por um diac e um triac no mesmo invólucro.


Actualmente os quadracs não são componentes muito utilizados.

DIAC

Os diacs são diodos de disparo bidirecional, composto por três camadas (PNP) com a
simples função de disparar tiristores.
Sua construção assemelha-se a de um transistor bipolar, porém difere na dopagem do cristal
N.
Seu funcionamento é simples: Para passar do estado de bloqueio para o estado de
condução, é preciso ultrapassar a tensão de ruptura (VR), rompendo assim, a junção
polarizada inversamente, podendo a corrente fluir em ambos sentidos.
Para voltar ao estado de bloqueio, basta remover a tensão por alguns instantes.
Os diacs servem para controlar o disparo de triacs quando uma tensão de referência chegar
a certo valor.

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