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Capítulo 4

Transistores
bipo ares
EléT~ÔNICA 1 CA P IT ULO ◄

Cada uma das regiões do transistor apresenta características próprias:

A base é a região mais estreita, m enos dopada (com menor concentração de


impureza) e extremamente fina.

O emissor é a região mais dopada (com maior concentração de impureza), onde


são emitidos os portadores de carga (elétrons no caso de transistor NPN e lacu-
nas no caso de transistor PNP).

O coletor é a região mais exrenu, porque é nela que a potência se dissipa.

aansisror fui desenvolvido nos laboratórios da Bcll em M urray 4.1. 1 Funcionamento


Hill, ew Jersey, E.smdos Unidos, em 1947 pelos ciem iscas John
Bardecn, Walter Br,mai n e Wil liam Shockley. O descnvolvimenro Vamos entender como um transistor funciona, tomando como exemplo o tran-
de se omponcmc semicondutor foi de gra nde rdcvân ia para a hi tória da clctrô- sistor NPN, por ser o mais utilizado. De maneira simplificada, para compreen-
nic, e d" inforrnááca , poi ele esd presente em inúmeras invenções elecroeletrôni- der a operação de trabalho do PNP, basta inverter o sentido das tensões e cor-
ca , modifi ndo vcrtiginos:i meme no . a sociedade. rentes. Consideremos uma situação em que as duas junções foram polarizadas
diretamente, assim as correntes que circulam serão altas (da ordem de mA). Se
4.1 Construção básica e princípio de as duas junções estiverem polarizadas reversamente, todas as correntes serão pra-
ticamente nulas. No entanto, se a junção da base com o emissor for polarizada
funcionamento diretamente e a outra junção polarizada reversamente, também as correntes de
coletor e emissor serão altas, aproximadamente de mesmo valor. Como se expli-
O termo "transistor" é a contração de duas palavras em inglês: transfer resistor ca isso? Em polarização normal (como amplificador), a junção base-emissor é
(resistor de transferência). Existem dois tipos básicos de transistores de acordo polarizada diretamente e a junção base-coletor reversamente.
com o tipo de dopagem de cada terminal (base, coletor e emissor), NPN e PNP.
A figura 4.1 ilustra, de maneira simplificada, sua simbologia e a estrutura interna Na configuração ilustrada na figura 4.2, como a junção base-emissor está polari-
(na forma de sanduíche). A construção física é diferente. zada diretamente, os elétrons são emitidos no emissor (que possui alta dopagem),
isto é, passa a existir uma corrente (de elétrons) indo do emissor para a base. Os
Analisando a figura 4.1, é possível observar que não existe simetria, isto é, as elétrons atingem a base e, por ela ser muito fina e pouco dopada, quase todos atin-
regiões NPN não possuem as mesmas dimensões, como às vezes a literatura gem a região de carga espacial (região de depleção) da junção base-coleror, onde
sugere, e, portanto, não é possível confundir o emissor com o coletor. As são acelerados pelo campo elétrico e direcionados para o coletor. Dos elétrons
áreas ci nza d e cada lado d a junção rep resentam as regiões de carga espacial ou em itidos no emissor, apenas pequena parcela (1 % ou menos) consegue se recombi-
de de pleção. nar com as lacunas da base. formando a corrente de base; os oucros (99% ou mais)
aclngem a ju 11ç:lo d cok1 r. b r11c que one.rnamencc sem-ido indi d é o
Figura 4.1 convencional para as t ' orrcmcs: de base (le), de coletor (lc;) e de emissor (le).
T,pos de transistor e ma neira como o transistor esd conectado é cham ada de ligação base comum.
simbologia:
e
(a) NPN e (b) PNP.
emissor___ .:J N coletor
e~
Figura 4.2
Trans1~or· l1 gação
E base comum.
símbolo

E
em issor p p - roletor B~
e
símbolo
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4.2 Operação do transistor Podemos representar o transistor como indicado na figura 4.4. Nesse caso, a li-
gação é chamada de emissor comum. A polarização das duas junções continua
a esrrutura definida na figu ra 4.2 - ligaçáo base mmum - , a junçáo base-emis- como antes, junção base-emissor polarizada diretamente e junção base-coletor
sor é polarizada diretamente e a junção base-coletor reversamente. A polarização reversa meme. A operação é~ mesma da ligação b:ise comum .
direta faz aparecer um fluxo de elétrons indo do emissor para a base e, como essa
região é muito estreita e com baixa dopagem, poucos elétrons se recombinam Figura 4.4
com lacunas existentes na base(! o/o ou menos dos elétrons emitidos), Quase todos Trans,stor· ligação
os elétrons emitidos conseguem atingir a região de carga espacial da junção base- em,ssor comum,
-coletor, onde são acelerados em direção ao coletor. A corrente de base é originada 'e~
da corrente das lacunas, que se difunde no enüssor, e dos elétrons, que se reco111- C ,~ - -
+--"-
'1,••"'Y~~..-- - -~
binam com lacunas na base. A corrente de base apresenta va lor muito pequeno,
normalmente 200 vezes m enor que a de emissor. Retorne à figura 4.2 e observe a
indicação das três correntes do transistor, considerando o sentido convencional.
=l
Em um transistor podemos adotar a seguinte relação entre as três correntes:

lc
Define-se a= - (4.1)

como o ganho de corrente na ligação base comum. Importante: o parâmetro a Para essa con figuração, defi ne-se o gan ho de correme como :
é um número sem unidade, menor que 1, porém próximo de 1 (ex. : a = 0,99).

A onfiguraçã.o ilustrada na figurn 4.2 e d agora represenrada pelo ci rcuito elé-


rrico da Ílgurn . , com o sim bolo usual do rra nsi_«or NP .

Figura 4.3 Nesse caso, o valor do parâmetro ~ é muito maior que 1 e também não tem
RepresentacJo por melo unidade (ex.: p = 300).
de esquema elétrico de VCE

-
oxn lr.lf151S!Dr NPN do RC A relação entre os dois parâmetros é dada por:
R8 ~
circuito da figura 4,2.

IE V ~~03 1c a = _p_ (4.3) e p = __!!:__ (4.4)


VEE BE vcc ~+ 1 a-1
'e
A configuração ilustrada na fi gura 4.4 está agora representada pelo circuito elé-
rri n da figura 4. , om o ímbolo usual d rra n istor P .

Figu,.a 4.5
Em um lransismr p<)demos adotar a seguinre relação entre as ,rés rensões: •e Representação por me,o
de esquema e létrico de
um trans1st0r NPN do
circUJto da figura 4.4.
Note que a tensão é abreviada por V e que a primeira letra do índice representa
o ponto de maior potencial; por exemplo, no caso da tensão entre a base e o
emissor (V8 J. a base é mais positiva. Em um transistor P P, :1 no t:açáo pará
essa mesma tensão é V EB·
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A relação enrre as ren óes conri nua valendo, ou seja: 4.3 Curvas características de coletor
ão gráficos que relacionam a correnre de coletor com a rensáo enue coletor e
emissor, considerando como parâmetro a corrente de base. Essas representações
A figura .6 apri: cnrn alguns cxcmplus de m111sisrorcs comerciai • são chamadas também de curvas características de saída. No circuito represen-
tado no gráfico da figura 4.7a, a corrente de base é fixada em determinado valor
Figura 4.6 - por e.xc mpl , 1 mA. A ren mrc: olecor e cm l or é vnl'iávd e, paro ada
Transistores comerc,ais. vnl >r d VcE• é arribu íd• um3 mcdid~ de corrente de cole1or. m cguida, e
vnlorcs são colocados em um gránco Oc · VcrJ, como mostra a fi gurn .76.

Ana lisan do o primeiro gráfico, é possível norar que na região de atura · o, para
uma pequena variaçáo em Vcr, ocorre aumento demasiado de lc, Quando a
j,rnção base-rnlemr passa a ser polariczada reversameme, o rransisror entrn na
regi:ío oríva, ,ambén't ham. da de regi:io de ampl ifi a iio. A parrir d se ponco.
a co rrente de coletor pmticamcnu, não varia quando Vce au menta. e sa n:giâo.
o transis tor se comporta como fume de corrente consrnnre. a pr:icica, ocorre
lume nro nn corrcme de letor qu.mdo VCE . e d va por feiro E..rly. 01110 a
Figura ◄ .7
pola ri ~~1ção r versa da junçlo ba e-coletor aumcnr , "largura da r.-gião de arg;i
Curv c.i.racten'st1cas
e~pa b l :iv:tnÇ!lr.:i mais nn base e. pon-::inro. ni::i i elétrons cmicido.s pQd r o ser
de coletor do
cap rurados em d ireção ao col ror.
trar,SIStor MJE240.

,oor---,_ .. ....._ ooo ~ - - - - - - - - - - - - -


r~1ão adlla soo
• ◄
520
160 •ao
'" 440

•OO L---~:__;.....;..-j:,_~--;- - •••1 mA


120
A rnbcla rrn pane da folha de dados do mirui tom B 6, B 547 e I I!:
J,eo /......--,-_..;--1--------- l- •2 mA
~
B 5 8( m principa is llmircs. eo

200
160
4(1
120
Tabefo 41 80

Caracten'st,cas
,4(] ,,.º
O llóO lf/0 2,00 Ulll . . . i,00 .,00 1,.00 UIII 9.00 10..00 O o,m 1,00 UX> JJD ~ "S.m 5.00 lJ:n .-.00 9,00 lQPO
elétncas máximas. ai Vc,:M bl vCE M
BCS46 65

Tensão coletor-emissor BCS47 VcEo ◄S V

BCS48 30
Para 18 = 1 mA, lc = 150 mA. o que ignifi a um ga nho ele aproximadamcnu::

BCS46 80

BCS47 Vcao 50 V

BCS48 30 essas co ndi ções, poderiama esperar que, e 18 au mentasse para 2 mA, o
valor .da corrcnre de coletor rambém dobraria. Isso, porém , náo acontece,
Tensão emissor-base VEllO 6 V
pois lc aumema aprox.imadameme para 260 mA. Outra expecrativa seria em
relação às curvas caracrcri rica . que d.-·eriam esrar espaçadas igualmente.
Correnr:e de coletor {CC) 1~ 100 mA
mas o <{UC e verifica é que a para ão dim inui à medida que a correm
Potêncl3 dissipada pd 625 mW au me ntam . A explicação para esse fato é que o gan ho de co rrenr não se
ma nté m 011 . 1 me, e sim vui..:a conforme• correnre de coletor.
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Muit.as vezes o
O gráhco da figura 4.8 foi obcido da folh a de dados do rransisror BC548 e mos- Para rraçarmos essa reca , uril i>ámos do is poncos:
ganho de corrente
tra a dependência do ganho com a corrente de coletor para dada rcmpcrarura e
vem com a notação
rensão coletor-emissor. Primeiro ponto: igualando lc = O na equação anterior, obremos Vc" = Vcc,
h FEI isto é, P= hFE•
que fisicamente representa o corte. Como no corte as duas junções estáa po-
Figura 4.B larizadas reversamente e, portanto, todas as três correntes são muito pequenas
Dependência do ganho (nA), podemos admitir que nessas condições o transistor é uma chave aberta
de corrente com a (figurn 4. tOb).
corrente de coletor
&: , .. - - V • 10Y
, ,-.>Si'1:'
' 1 ij_
,! I.D L
Obs.: para cormr um cransi_sror d i, b:ista fuze r V aE < O V; para um u anrisror
~
. ... --
! ...
-::
.
,· i
~

~
........
de · e. VaE < -0,4 V.

:; a.,t 1 1 1 1 \ . Figura 4.10


~ li \ Tr.111s!Stor no cor te:
g~
1 (a) □rruito e
i'3 .., IU
1
0.S 1,0 l,Cl .S,O 10 20 SiO UD lOD
(b) modelo simphfkado.

lc - cotrirrne d~ coletor (mA) IOV

Como é possível ohservar na figura 4.8, o gan ho de correme 13 (hF,J varia com a O) bl
corrente de coletor, rem pera1ura e tensão coletor-em issor. O gráli<:o do ganho de
corrente é no rmalizado, isto é, para a correme de 4 m.A, o ganho é 100%. Para
corremes menores ou maiores que 4 mA, o gan ho aprese ma outros valores: pa ra
0,4 mA , por exemplo, o ganho sení 70% do ganho a 4 mA.
Segundo ponto: faz.cndo VCE = O. obcemos lc = VccfRc , que fis;camenre re-
4.4 Regiões de operação: reta de carga presenta a sa[uraç...1.o . Na saruraçáo, o transistor se comporta como uma chave
fecha da e as duas junções escão polarizadas d ireramem e. Pa ra garantirmos que
dr uiro da figura 4.9 imbol iw Ltm tran sistor om :u urvas ra tcrísricns o rransisror smure, remos de impor algumas condições, uma delas consid erar
apre cnrada na figura .7 b. VcE = O. No manro, para obc rm e a condição, devem s rer lc < 13 • 18 ;
co1110 o gn nho de nrremc de um 1r.rnsi 1or vn ria c111re um min i mo e um mJxi-
Figura 4.9 mo, usamos o valor mini mo (l3....,); ponanco. lc < 13mtn· le, Figura 4.11
I.Jga,;Ao emrssor comum.
Transistor na saturação:
A figura 4. lla mostra o circuito de um transistor na saturaçáo e a figura 4.116, o
(a) circuit o e
modelo simplificado para ele (chave fechada).
Va; (b) modelo simplificado.
10V

v.,
IOV Vr,
IOY

Na figura 4.9, o equacionamento do circuito de coletor resulta em:


·º
., bl

Essa" a equação de uma re ia, chamada de reta de c.uga. que é rcp1c,en1:1da no


pi, no lc · Va, da curva cua terísricns de colcror. Apó.•~ dcrcrmina ode doisponc , devemo un i-lo ,un.çandoarci.adccarga.
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Obrigaroriamenre, o ponto de operação, ram bém chamado de ponto quiescen- Figura 4.13
te, rcprcsrn rado por O (valores dt 180 , Ice, VcEal, csrará sempre cm cima da Amplificação:
rem de c:irga. (a) c,rcu,10 e
(b) análise gráfica.
Figura 4. 12
Ci.irv.J.5 C,ll"oCteristica de
coletor com a reta de carga
600

~
a)

...
.
400 ~
600
t., (mA)

51)1)
I ~ /-
. ~

'-
,..._, r
/
_,
;
"1 / ........
100
.......... . \ I /

,...... ........... 1 \/ i
_....... r , 0 l_,• 211JÀ

---·
!
!
l
...........
,~
!
~
100
'
! i Í ~
O 0 ,00 ,.oo 2.00 :uo "4.00 5.00 Í 6,00 7,00 8.00 9.00 10.00

6Vuc '
o gdfi o da figura 4.12, observe que. no 1}()mo
lc 0 = 273mA c VcEo =4,6 V.
O. rcmo.s 180 = 2 m A,
limlrc.s d:ircradcc:arga ·oa ,mmçftO,lJU n-
do VcE = O, e corce. quando 18 = O. Enrre esses doi pomo (sa1uraç. o e corce),
o 1rnnsi.1or opera omo amplifiCJdor, isco é, a rcl.1 o nm: lc e 18 é dnd I por
- ~- b)

lc = ~ · 18 • essa região (região ativa), o crnn,i tor é usado como amp lificador.

Para encender como o cransismr passa a funcionar como amplificador, considere o


Figura 4.14
circuiro apresentado na figura 4.J3a. essa situação, um pequeno v:uor de tensão
l~fluênoa da localização
alcernada esomado à tensão de polarização V8 8 . Desse modo, no sem icido posiri- a) b) e)
dopon oQ:
vo. a corrente de base e eleva aci ma de 180 , f:12endo a corrente de coletar ~umen-
(a) me,o da reta.
1 r proporrionalmeme e a ren s~o de colt-tor diminuir. A tensão obt ida no olewr
(b) próximo da saturação e
costuma ser maior que a temão apli da na IY.lsc, ou seja, houve amplilicação de
(e) pJ"6x1mo do corte.
tensão. Além disso, essa configu ração causa defasagem de 180º na tensão de saída
em relação à de entrada. O gráfico da figura 4.136 m ostra essa operação.

Com base nessa aná lise, podemos conclu ir que o ponto de operaçáo (Q) deve ser
bem localizado para que seja possível obter a máx im a sa ída de pico a pico sem
d istorção. A melhor local ização é no meio da reta de carga (VcEo = Vcc/2), pois
permite um valor Vcc de máxima saída. Observe os rrês casos representados na
figura 4.14. o primeiro (figura 4. 14a), a máxima saída de pico a pico possível
é de 10 V., nces que ocorra o cifumcnl() (d istorção) por rnraç:io ou orce; nos
outros dois (liguras 4.1 b e ..1 e), é de 4 V - cm am os os a .so , se a entrada
aumentar, o inal de saída di corccrn .
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4.5 Potência dissipada: dissipadores Figura 4.16


S-istema de arrefecimento
Em um rransistor, a maior pane da pmência é dissipada no coletor. A pocência de urna CPU de
dissipada é calculada aproximadamente por: computador.

Em relação à capacidade de dissipar pocência, os uansiscores podem ser classifica-


dos em três cipos: de baixa pocência (ex.: BC548 e BC109), de média pocência (ex.:
BO140 e TIP41) e de alta potência (ex.: 2N3055). A figura 4.15 mostra os princi-
pais encapsulamentos de transistores de baixa, média e alta potência. Observe que
os encapsulamentos preveem local para a colocação do dissipador - alguns apre-
sentam furos que facilitam a união entre o transistor e o dissipador.

Figur 4.15
Enc.!psulamentoS usuais

- CPU(CI)

• i
~ 4.6 Conexão Darlingcon

1
41,
. • li
1
~ C onexão Darli n gron é uma ligação realizada entre dois rransisrores quando
se deseja obter um transistor equivalente com valor de ganho de corrente
i~
elevadíssimo.

Figura 4.17
Como vimos, os semicondutores são sensíveis às variações de temperatura. Uma e (a) Conexão Darlington e
das maneiras de amenizar a ação do excesso de temperatura nesses dispositivos (b) tranSJStor equivalente.
é prender ao corpo do transistor uma placa metálica chamada dissipador de
calor. Os dissipadores de calor usados em eletrônica são feitos de alumínio ou e
cobre. Os dissipadores de alumínio são mais baratos, porém menos eficientes
que os de cobre.
TR

Por vezes, o dissipador está acoplado a um pequeno ventilador, chamado cooler,


TR,
que auxilia a retirada do ar quente para o meio externo. A figura 4.16 mostra o
sistema de arrefecimento da CPU de um computador. Observe que esse sistema
é constituído de um dissipador fixado à CPU por parafusos e pasta de silicone, E
que faci lita a trans&:rêm:ia. de calor e clitn il1à as bolha de ar, e de um coo/,:r. que a) b)
aspira o ar quenre próximo ao d issipador.
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O 1ransistor equh<a lente tem g.m ho de orrenre igual a f3 = /3 1 ·!3:i, em que ll, e Figura 4.20
Figura 4.18
/32 são os gan hos dos t ransi.ston:s TR 1 e TR2, respcni,ramrnre. A tensão base- Polarizando reversamente
em issor quando em condução vale V 8 E = V 8 E, + Vat;i· (a) a Junção coletor-base e
(a) Exemplo de conexão
(b} a Junção emissor-base.
Darlington (PN P).
Esse cipo de conexão é u ado na saída de estágios de porênda, em fonres de ali-
(b) circuito equivalente e
mentação e em q ualquer situ ação em que for necessário obter va riações de cor-
(e) gráfico do ganho de
rente ex1rcmame111 ba ixas com forn e imenco de gm nd orremcs.
corrente coníorme Ie•

10K
e

TIP125/126/127 a) b)

1K

A que conclusão podemos ch egar depo.is de analisar as situações representadas


nas figuras 4.19 e 4.20? Testando dois a dois, nos dois sentidos, os terminais de
., ·10
um transistor, quando encontramos valor de resistência alta entre dois terminais,
de uma forma ou de outra, o terminal que sobrou é a base!
L&.s. 2...CnllMt or ] .Em1tter l<(A). Corr• nte d• coleto,

a) b) e)
Para saber qual terminal é o coletor e qual o emissor, devemos usar o multímetro
analógico com escala de resistência R x 10 k ou de maior valor. N a figura 4.21,
mede-se a resistência reversa das dua.s junções; a do em issor é a de n1eno r va lor,
pois sua do pagem é ma ior.
4.7 Teste de transistores
Figura 4.21
Para testar transistores, são usados os mesmos princípios do diodo, com alguns ldentJlicaçào do
procedimentos adicionais. Observe que, nas situações representadas na figura em,ssor e do coletor.
4.19. utiliza-se multímet ro ana lógico com a chnve na po ição oh m ímet ro na cs-
ab de rc i 11!11 ia R xl.

Figura 4.19
Trans&or polarizado
(a) reversamente e
(b) diretamente.

4.8 Leitura dos códigos em semicondutores

a) b) É possível conhecer o valor da rcsisrên ia de um resiscor lendo , faw e lorida


ao r •dor dele. De manci111 semd hame, os scmiconduton:s (rransi ror, diodo e
circuito integrado, entre outros) também apresentam uma codificação que per-
mite saber se o material é germânio ou silício e se o componente é um transistor
Agora veja, n ligum 4.20, o tJU<' aco nte e quando o mulríme1ro é ligado cnrre ou um diodo, além de outras informações. Existem associações que elaboram
cml or (E) e coletor (C ): em qualq uer u m dos casos a.isrirásemprc uma junção essas cocli ficaçõcs: as mais conhcdclas sáo: Pro -Electron, Joint Elc:ctron D evi e
polnri iad.a reversa.menre. Engi neer ing ouncil (Jedcc) e Japane,;e .Industrial ca ndard (J !S).
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4.8.1 Pro-Eleccron Portanto, o dispositivo em questão é um diodo Z ener industrial de 12 V.

T rara-se da norma europeia. Vamos tomar como exemplo llill serniconduroc com BZX84 é a série, que pode ter dispositivos de várias tensões. A série tem a ver
a especificação BC 548 A. Com base nessa especificação, conclui-se que esse se- com máxima po1ência. Por exemplo: a 56-ie BZXS é para o 3 W, enqu:111ro a
micondutor é um transistor de silício. Essa informação é obtida observando as érie BZX85 é para 1.3 '- , BZ 5 para 0,5 \Y/ ct
duas letras iniciais: a segunda letra (C) identifica o tipo de componente - um
transistor-, e a primeira letra (B), o tipo de material - silício. Os três números 4.8.2 Joint Eieccron Device Engineering Council Uedec)
(548) servem para identificar o tipo específico de transistor, ou seja, sua família.
A última letra (chamada de sufixo) indica o grupo de ganho de corrente ~- nesse Es.sa norma é norte-americana e opresema a seguime codificação:
caso baixo ganho (A).

W
digito letra número de sêrie [sufixo]
D e modo geral, a regra é:
~ grupo de ganho 7

UL
úmero de sêrle ( 1oo a 9999)
letra letra [letra! número de sé rie [sufücoJ
t L tndlc1g,up0clo9 nho
Y Numerodosé(ie(10(ll9999l número de term n.alunenos 1

A ll!ofCl!!lra. l(!tra lndlca apllcaçla indonr1ó!il

Segunda letra lndt<a a apllcaçao


Quando existir sufixo, indicará o grupo de ganho.
Priffle1ra lmra 1ndka o marerla l ]

Exemplos: 1N400 1 (diodo), 2N2222A (uansismr), 2 5444 (TRIAC), 2N6399


pri meira letra - ind ica o material: A: germ il nio (Ge); B: ilido ( i); C, arse- (SCR), IN475A (Zener), 2 3821 UFET).
□i eto de gálio (GaAs).
4.8.3 Japanese Industrial Standard (JIS)
segw1d a letra - idenrilica o cipo de componeme: A: d iodo de RF; B: variac;
C: transistor, AF, pequeno sina l; D: tra11sistor, AF, porência; E: d iodo túnel; A no rm a japon,-sa apr sem, a 5eguimc odili a .;io:
F: tran sistor, H , pcque,10 sinal; K: d ispositivo de efeito H all; L: crnnsiswr,
HF, potência; N: acoplador 6pt ico; R: ciriscor, baixa potência; T: tirisror,
potência; Y: retificador; Z: diodo Zener.

terceira letra - em alguns componemes, serve para informar a aplicação


indumi a 1: Pode ser W, X, Y ou Z.
'-----.,;
nlúmem de termina~ rnenm 1
sufiJ<O - indka o grupo de ga nho de co rrente f3: A: bai:10 g;inho; B: méd io
gll nh o; C: alro ganho: em suliiw: qualq uer ganho.
As letras indicam a arca de apliação de acordo com o c6digo:

Exemplo: BZX84C12 • SA: PN P, transistor de alta frequência;


• SB: PN P, transistor de áudio;
B =Si, Z =Zener • SC: NPN, transistor de alta frequência;
• SD: N PN, transistor de áudio;
As três informações seguintes - no caso, X84 - poderiam ser números com • SE: diodo;
três algarismos (de 100 a 999) se o dispositivo fosse dirigido ao consumidor co- • SF: tiristor;
mum, ou uma letra (Z, X ou Y) no caso de equipamentos industriais, seguido • SJ: FET/MOSFET canal P;
de números com dois algarismos, que variam de 1O a 99. • SK: FET/MOSFET canal N ;
• SM: TRIAC
C 12 refc:-re-se à tensão de regufação, 12 V no caso. • SR: reri ficador.
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4.8.4 Oucras formas de especificação b) A rel açi\o enrre 16 e lc é dadn pelo ~. logo:

Além das normas Pro- Electron, Jedec e JJS, alguns fabricantes 1êm a própria
forma de apresentar a especificaçáo e a identificaçáo de seus componentes por 1,, = ~ = 2 mA O 01 mA = 10 µA
~ 200 '
meio de prefixos. Veja os exemplos:

• MCR: Motorola, tiristor (ex.: MC RI06); J Equaclonnn do. mallu de cntrnda: 5 = R88 · 18 + 0,7 V, oh1 ·mo .
• MJ: M otorola, dispositivo de potência em invólucro m etálico (ex.: MJ15004);
• MJE: Motorola, dispositivo de potência em invólucro plástico (ex.:
MJE13003); R = 5 - 0,7 = 430 kQ
88 10 ~LA
• MPS: Motorola, dispositivo de baixa potência em invólucro plástico (ex.:
MPS3638);
• MRF: Motorola, transistor para HF, VHF e micro-ondas; orno VCE = 4 V. o cransismr se enconrra na região ativa.
• RCA: RCA;
• RCS : RCS; 2. Analise o circuito da figura 4.23 e calcule R8 e Rc para que o t ra ru.isror cure
• TIC: Texas lnstruments, tiristor em invólucro plástico (ex.: TIC106, co m 10 = 40 mA.
TIC226C);
• TIP: Texas lnstruments, transistor de potência em invólucro plástico (ex.: <lo·: ~rntn = 100, VcEA, = O V e V8e..,_ = 0,7 V.
TIP36).
figura4.23
Exemplos

1. No circuito d a fi gura 4 .22, conside re as segu.intes informações:

lc =2 mA, ~ =200 e t rarnisto1 de Si. Calcu le:


10v
a) Vce
b) 18
e) Raa

Qual o e cado do iransi IOr (saturado/conadolrcgiiio ativa)?


SV -
1\

1-

f igura 4.22

2mAl
Soblftío:
10V

Com o rransiscor saturado, toda a rensáo da fonte estará aplicada cm Rc. Assim,
o valor pode ser calculado por:

R
e
=~
40mA
= O 25 k =
'
250 Q

Solução:
A corrente de base de ve ser.
a) Equacionando a malha de saíd : 10 = 3 K · 2 mA + Vce. ob1emos:

Vce = 10 - 6 = 4 V
El éT~ÔNICA 1 CA P IT ULO ◄

Portanto, a resistência de base deve ser: Como a correnre de coleror é dada por lc = f3 · 18 , encão:

R 8 :s; 5 - 0,7 = 10,75 k.ü


0,4 mA

Parn i so , é ad md o alor mcrcia l d~ 10 krl . C omo o ganho de corrente de uma fa mília de transistor pode variar entre um
valor mínimo e um valor máximo, podemos concluir que esse tipo de polariza-
4.9 Circuitos de po larização ção é altamente instável com a troca de transistor e temperatura.

Polariza r um tra nsisto r significa dete rm inar valo res de tensão e corrente que se 4.9.2 Polar ização por divisor de tensão na base
mantenham estáveis de acordo com a temperatura de trabalho, o desgaste das
panes internas características d e vida útil do con1ponenre e a própria substirui- O circuito de polarização por corrente de base constante explicado na seção
ção do componente. Ao polarizar um transistor, é preciso levar em conta que 4.9.1 apresenta algumas características importantes que devem ser levadas em
valores de ponto de operação (ponto Q , quiescente) estabelecidos devem garantir conta. Esse tipo de polarização, além de depender muito do valor ~' apresenta
baixo grau de distorção, de modo a não prejudicar o sinal amplificado. alta instabilidade com o aumento de temperatura. Isso pode acarretar um efeito
conhecido por disparo térmico, ou seja, um ciclo em que, a cada aumento de
Consideran do am pli6cadores de pequenos si nais, a melh or localização do ponto temperatura, ocorre uma elevação de corrente e, consequentemente, outro au-
O é no meio da reta de ca rga, isto é, a tensáo coletor-emissor (Vcel deve medir mento de temperatura.
aprox imadamente mecade da censão da fom e (Vçç) . Isso gara mi rá que a sa ída de
pico a p ico seja a máx ima possível e sem d isrorção do sina l. A segui r apresen ta m- É possível, porém, polarizar o transistor de maneira que não fique vulnerável à
-se dois tipos de pola rização: por corrente d e base constante e por divisor de variação de~- Na configuração da figura 4.25, chamada de circuito de polariza-
censão na base. ção por d ivisor de rensão na base, a realimentação negaú va em CC estabiliza o
ponto Q, isto é, q ua ndo a rempera1ura aumen ta, a corrente de emi r e a ten ão
4.9.1 Polarização por corrente de base constante VE também aumentam . o encanto, como a tensão na base (Vs1 é constante.
ob rigaro ria mem t- V 8 ~ diminui. despobrizando a base e reduziJ1do as orrcmes
É o circuito de polarização mais simples e consiste em aplicar uma corrente que rin ham au menrndo com a tempcraLura. la rnmenre, o circu ito pos.suj um
constante na base, como exemplificado na figura 4.24. on rrolc inrcrno por , u de· n-alimema ·o.

Figur 4.24 Figur 4.25


Gmuto de pofa.riiação por (a) Grcutto de
corrente de base constante. polarização por divisor
de tensão na base e
(b) circuito com
equivalente na base.

v,.

r l r
O cálculo dessa corrente é determi nado por:
lal (b)
llET~ÔNIC_. l CAPITULO~

Para ana lisar o circuito, tornemos o equiva lente Théven in na base (figura 4.25a): 2 . Como lc é conhecido, é possível calcu lar RE:

Observando o circuito equivalente da figura 4.256, temos as seguintes equaçóes


na malha de entrada:
4, R2 :S: 0,1 · ~mfn· RE (rm grrnl, <,,sco)he-5e um va lor igu..,I a 0,1 · 13... · RE. Em
mornemo oporruno vamos avaliar que a escolha de um valor mu.ico ba.ixo para
R2 leva a urna diminu ição na impedància de entrada). Não faremos a deduçfo
dessa expressão, mas ela é inruiriva, ou seja, R 2 não pode ser de grande valor,
1
e, como IE ::õ IC e 1,. = i,_: pois nesse caso• condição de correme de base desprezÍ\•e l não seria verdadeira.
13
5. Conhecido o valor de R2 para e-ai ular R,. é prcd o lembrar que o do" ruis•
tores 1'e e: ern érie\\ portanf :

rc ult",\lldo:
u
R, = ....l., R2 , cm que U2 "' 0 ,7 + VRE e U, = Vcc - U2,
u,
Exe mplo

Projete um circuito de polarização por divisor de tensão na base, considerando


os valores da tensão de alimentação, o tipo de transistor e o valor da corrente de
R
e calcularmo os componente& de forma que RE>> -1!!.., então: coletor.
~mln

Dados: Vcc = 12 V, 13m., = 100 e lco = 5 mA.


Solução:
Ponanro. teremos um ircuito no qual o po,iro de operação (corrente de coleto r)
não depende de l3. V RE = 0,1 · Vcc = 0,1 · 12 V= 1,2 V

A seguir, descrevem-se os passos para determinar os valores das resistências do


circuito de polarização de divisor de tensão na base. Essas orientações são de ca- Enrão:
ráter essencialmente prático, e pode-se até afirmar que constituem uma "receita",
com fundamentação teórica nas expressões anteriores.
= 4 • RE =4 · 240 =960 n
· m geral, s.ío p«ificados a rensán de alinwnrnç o (VccJ, a correme qL1ksccnre
de oleror e o transistor que ed utlli1.ado: pnnamo, slo conhecido 13m1n e timo•·
Para que ,oda a "rc cim" renha v:t lidadc, devemo admitir que o v:ilor da corrcn• R, !> 0, 1• 13mln ' R• = O,1•100 • 240 = 24QQQ
te de base seja muito menor que o da corrente "descendo" pelo divisor de tensão,
como se a base estivesse "aberta".
R = ~ · R2 = ~ -2,4 k = 12,7k
1 Uz 1,9
Passos para determinar os valores do divisor

1. Adotar os seguintes percentuais da tensão de alimentação: Valores adotados: RE =220 n, Rç = 820 n, R 2 = 2k2 e R, = 12 kn.
Esses valores só.o comerciais e próximo dos va.lores calculo.do .
ELH RÔN ICA 2 CA PITULO ◄

4.10 Reguladores de tensão Dados: V 6 e = 0,7 V e ~= 100.

Como vimm no capimlo 2, a ,ensão senoidal deve ser reri ficada e f-il rrnda ames Figura4.l7
de alimentar um circuito com componentes eletrônicos. Hoje, as fomes retifi-
cadoras fornecem tensão de saída com baixos valores de ripple, porém alguns
componentes eletrônicos não suportam nenhum valor mínimo de ripple. Nes-
ses casos, recomenda-se a utilização de reguladores de tensão para amenizar a
variação de tensão contínua que alimenta o circuito eletrônico. Os circuitos
reguladores de tensão podem ser construídos utilizando transistores e circuitos
integrndos específicos.

4.10.1 Regulador de tensão em série

Sabemos que o diodo Zener é um regulador paralelo que pode ser instalado em
paralelo com a carga. Nessas condições, enquanto a corrente no Zener estiver
dentro da faixa de regulação, a tensão de saída na carga se mantém aproxima-
dameme consrnmc.
Figura 4.26
(a) Regulador com Zener;
regulador de tensão cm sé rie 011 is1c basicarneme no regulador Zen r da fi- o/11çáo:
gura 4.26a, acrescido de um seguidor de emissor (amplificador coletor comum).
(b) e (c) circuitos de
regulador de tensão em
As figuras 4.266 e 4.26c ilustram o circuito desse regulador. Observe que o cir- A cens:io em Rs é 15 - 6 = 9 V; portanto, a co rrente va le:
série com transisto r.
cuito da figura 4.26c é essencialmente o mesmo da figura 4.266.
9V
15 = - - = 60mA
0,15 k

1\ v, . v. Iv.
111

.-
~ A tensão na carga é 6 - 0,7 = 5,3 V; portanto, a corrente na carga vale:

v,

f+i!' (a)
1, JÜ -
(b)
1\ V, l v,.

l'·
(<)
D,

l ~ = 5•3 V = 53 mA
0,1 k

A correnre de base vale 15


53mA
=- - - = O, 53 mA
100

e a correnre no Zener, 12 =60 mA - 0,53 mA =59.47 mA.


Os reguladores de tensão cm ·éric aprcscnram vanragens c1ua ndo com parados A potência d issipada é P2 =6 V· 59,47 mA =356,82 mW.
com os reguladores de tensão em paralelo, principalmente considerando que
nos circuitos em série somente o Z ener utilizado pode ser de menor potência e A ten são enrre colecor e emi ssor vale
o valor de impedância de saída, baixo, características técnicas importantes para
uma fonte retificadora. VcE = 15 - 5,3 = 9,7 V e a porén ia dissipada, P TR = 9,7 V · 53 mA = 514,1
mW. A po rencia dls ipada em Rs é Plb = 9 V · 60 mA = 540 mW.
Exemplo
4.10.2 Reguladores integrados de crês terminais
A figura 4.28 apresenta um circuito com regulador de tensão em série. Conside-
rando os dados a seguir, calcule: ão reguladon:s que requerem pouco omponenre · ex tern os o u nenhum para
aux iliar sua operação. Estão disponíveis em di versos valores de tensão e cor-
rente e em vários modelos de encapsulamenco; o mais comum é o T -220.
EléT~ÔNICA 1 CAP ITULO ◄

Regulador de tensão fixa em que ~ é o ganho de corrente do transistor (média ou alta potência) e lREG a
con eme no regulador.
O regulador integrado de três terminais é um circuito que fornece uma tensão
altamente regulada a pardr de uma ren iio qu alquer (em geral , é udlizado na (a) (b)
XX representa salda de um mificador com fihro). Esse componente: pode fornece r ten õcs
valor de tensão ---1_

,~T·
regu !adas positivas ou negativas com valores entre 5 e 24 V. Uma de suas v.
regulada na salda . apl ic:i õcs é na on 1rução de um regulador no loca l, poi ele dimina pro-

-
Por exemplo: 7805 blema~ asso íado ô d is1 ribuiçtio d" 1e11,óe~ qu~ndo existe unrn t111 i • fome v,
J
fornece na saída v. 1N l<A7 E
de alimemaçáo. Os regubdores integrados poS<uem prorcçáo inrerna cont ra
tensão regulada de sobrecarga de corrente e eleva ão de cempera1u.r:i. Est o disponíveis em vários
G D 30
\
5 V e 7912, tensão
e, e, O,l3µf O,l"F
encapsulamentos. O modelos mais onhccido são o TO-220 e o TO-3, com
regulada de -12 V. capacidade de conente de até 2 A (deve-se coomlra, o datasheer, poi s, d epen-
dendo do fabrica me, esse valor pode mudar). l =a.. +ll!',,.-V,.111,I

A principai famílias de rcgu ladorc integrado de crês 1crmina i são:


Figura 4.29
• 78XX: regu lado res de ten /in fixft po. itiva ; circulto da figura __9b npre. e11ta um regulador par.a cen áo po. i1 iva com re- (a) Orcull.o básico para
Os reguladores • 79 · : reguladores de 1t11siio lixa negat iva. forço de orrenrc na s.~/d . Ne ·e moddo, a corrente de ida (IJ é • 1 ubda p r: reguladores de saída fixa
78XX e 79XX têm postllVa ou negativa e
pinagem diferente A figura .28 mosrr a pinagem para en apsulamenro TO-220 para reguladore (b) saída de alta corrente.
um do outro e, e.aso da fumífü 78XX e 79XX.
a corrente solicitada
esteja próxima da
maxima, deve ser em que fJ é o g,mho de corrente do transisror (média ou alia potência) e IREG a
usado dissi pador. corrcnrc no regulador.

A figura .30 mosrra uma apli ação do regulador KA7 XXE como fome de
Figura 4.28 ·orrc1irc. bscrvc que lcnsfo regulada ( •x) fomec:id pelo mponcnrc é.
Encapsu lamentos
aplicada no resismr R, e, portanto, a corrente e a rensáo em R, são constantes.
1

TO-220 Pilf3 regul,1dores 1 ' )


Desse modo, a corrente na carga rnmbém será conscanre e va lerá:
(a) 7SXX e (ai (b)
(b) 79XX
1
L
= Vxx
R,
+I
Q
A figura 4.29a apresenta a configuração básica para esses reguladores . É impor-
tante enfatizar que, para funcionamento adequado, a entrada deve ter tensão mí-
nima de XX+ 2,5 V. Assim, no caso do regulador 7805, para obter 5 V na saída, em que Vxx é a tensão regulada - para o cücu ito integrado 7805, por aemplo,
o valor de entrada mínimo tem de ser 7,5 V. Existe rambém um valor de tensão Vxx = 5 V - e 10 a rrcn1e de polarização, norma lmente da o rdem de µA .
de entrada máximo, que, em geral, não pode exceder 40 V (é importante consul-
tar o valor exato no datasheet do fubricame). Recomenda-se o uso dos capacitares Figura 4.30
C1 e C 2 , porém, sem eles, o circuito funciona. O C1 deve ser ut ili zado quando Regulador de corrente
o capacitor do filtro do tcrificador estiver discante do regulador e o capacitor C 2 v, constante.
melhora a resposta transiente de proteção contra ruídos.

O circuito da figura 4.296 apresenta um regulador para tensão positiva com re-
forço de corrente na saída. esse modelo, a corrente de saída (IJ é calculada por:
EléT~ÔNICA 1 CAP ITULO ◄

Regulador de tensão ajustável C 1 : não é fun cional, mas recomendado, em e~pecial se o fil [ro do rerificador não
estiver próximo do regulador.
Esse regulador (figura 4.31) fornece uma tensão de referência da ordem de 1,25 V
e é indicado para a construção de fontes ajustáveis. Existe grande variedade de C 2: melhora a resposta rr:rnsiente e deve ser usado, principa lmen,e, para prevenir
modelos, entre os quais o mais conhecido é o LM317, que fornece até 1 A de que ruido prejudiquem o funcionamcmo de dispo irivo ligados na saída d
corrente (dependendo do encapsulamento) na faixa de tensão entre 1,25 V e 35 V. regulado r.
'sse modelo nece ir:1 de: um cl r ulro 0 111 doi rcsi. r rc · po ui proceç o comr:i
sobre orrcnre e .robrecarb"' ,érmi c;i. C 3 : melhora a rejeição ao ripp/e da fonte, sobretudo quando o ajuste é feito com
ganho elevado. Caso esse capacitar seja usado, é meU10r colocar os d iodos de
Figura 4.31 proteção.
Regul.idor de
(a)
tensão aiustável: D1 e D2 : sáo urfüzados para providenciar um caminho de baixa impedância
(a) circuito bás,co e v, o----""" caso a en [rada seja zero, evirando que os capacirores se descarreguem na saída do
(b) orcu;to completo. circuito integrado.

Exemplos

1. Calcule a máxima e a mínima tensão na saída do regulador do circuito da fi-


gura 4.32. Considere des prezível a corrente de polarização do circuito integrado.

Figura 4.32
IN OUT

470 V,
v.

O LM317 gera uma tensão de referência fixa de 1,25 V entre o terminal de saída
(OUT) e o terminaJ de ajuste (ADJ). Em uma primeira anáfüe, se considerar- Soluçdo:
mos a corrente de polari-zaçáo (l,. 0 J) desprezível em relação ils outras correntes,
podemo;. afirmar que 11 = 12. EncCio, eq ,rncionando na malha de ída, temos: A tensão de saída é dada pela expressão:

1,25 V 1,25 R
I, = - - e Vs= 1.25 + R2 -12 = 1,25 + R2 - - = 1,25 -(1 +:..:l )
R, R, R,

e leva.rm em conra l,. 0 J, devemos incluir na expressá.o acima o termo R2 · IADJ• cm que R 1 =470 O e R 2 =3k3 (0 a 3k3).
É imporranrc ressalta r qllc a rcsiirência.s R, e R2 devem rcr va lore, baixos para
garantir que a corrente de polarização seja desprezível. Uma aproximação razoá- A saída é máxima quando R 2 = 3k3:
vel é considerar que a soma das duas resistências não exceda 5 kO.

3300
As funções dos demais compcmentts do circuito aptcsentàdo aa figura 4.30b sáo VS(nu!xl = 1,25 , (1+ - - ) = 10 V
as seguimcs: 470

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