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Transistores
bipo ares
EléT~ÔNICA 1 CA P IT ULO ◄
E
em issor p p - roletor B~
e
símbolo
ELHRÔN ICA 2 CAPITULO ◄
4.2 Operação do transistor Podemos representar o transistor como indicado na figura 4.4. Nesse caso, a li-
gação é chamada de emissor comum. A polarização das duas junções continua
a esrrutura definida na figu ra 4.2 - ligaçáo base mmum - , a junçáo base-emis- como antes, junção base-emissor polarizada diretamente e junção base-coletor
sor é polarizada diretamente e a junção base-coletor reversamente. A polarização reversa meme. A operação é~ mesma da ligação b:ise comum .
direta faz aparecer um fluxo de elétrons indo do emissor para a base e, como essa
região é muito estreita e com baixa dopagem, poucos elétrons se recombinam Figura 4.4
com lacunas existentes na base(! o/o ou menos dos elétrons emitidos), Quase todos Trans,stor· ligação
os elétrons emitidos conseguem atingir a região de carga espacial da junção base- em,ssor comum,
-coletor, onde são acelerados em direção ao coletor. A corrente de base é originada 'e~
da corrente das lacunas, que se difunde no enüssor, e dos elétrons, que se reco111- C ,~ - -
+--"-
'1,••"'Y~~..-- - -~
binam com lacunas na base. A corrente de base apresenta va lor muito pequeno,
normalmente 200 vezes m enor que a de emissor. Retorne à figura 4.2 e observe a
indicação das três correntes do transistor, considerando o sentido convencional.
=l
Em um transistor podemos adotar a seguinte relação entre as três correntes:
lc
Define-se a= - (4.1)
como o ganho de corrente na ligação base comum. Importante: o parâmetro a Para essa con figuração, defi ne-se o gan ho de correme como :
é um número sem unidade, menor que 1, porém próximo de 1 (ex. : a = 0,99).
Figura 4.3 Nesse caso, o valor do parâmetro ~ é muito maior que 1 e também não tem
RepresentacJo por melo unidade (ex.: p = 300).
de esquema elétrico de VCE
-
oxn lr.lf151S!Dr NPN do RC A relação entre os dois parâmetros é dada por:
R8 ~
circuito da figura 4,2.
Figu,.a 4.5
Em um lransismr p<)demos adotar a seguinre relação entre as ,rés rensões: •e Representação por me,o
de esquema e létrico de
um trans1st0r NPN do
circUJto da figura 4.4.
Note que a tensão é abreviada por V e que a primeira letra do índice representa
o ponto de maior potencial; por exemplo, no caso da tensão entre a base e o
emissor (V8 J. a base é mais positiva. Em um transistor P P, :1 no t:açáo pará
essa mesma tensão é V EB·
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A relação enrre as ren óes conri nua valendo, ou seja: 4.3 Curvas características de coletor
ão gráficos que relacionam a correnre de coletor com a rensáo enue coletor e
emissor, considerando como parâmetro a corrente de base. Essas representações
A figura .6 apri: cnrn alguns cxcmplus de m111sisrorcs comerciai • são chamadas também de curvas características de saída. No circuito represen-
tado no gráfico da figura 4.7a, a corrente de base é fixada em determinado valor
Figura 4.6 - por e.xc mpl , 1 mA. A ren mrc: olecor e cm l or é vnl'iávd e, paro ada
Transistores comerc,ais. vnl >r d VcE• é arribu íd• um3 mcdid~ de corrente de cole1or. m cguida, e
vnlorcs são colocados em um gránco Oc · VcrJ, como mostra a fi gurn .76.
Ana lisan do o primeiro gráfico, é possível norar que na região de atura · o, para
uma pequena variaçáo em Vcr, ocorre aumento demasiado de lc, Quando a
j,rnção base-rnlemr passa a ser polariczada reversameme, o rransisror entrn na
regi:ío oríva, ,ambén't ham. da de regi:io de ampl ifi a iio. A parrir d se ponco.
a co rrente de coletor pmticamcnu, não varia quando Vce au menta. e sa n:giâo.
o transis tor se comporta como fume de corrente consrnnre. a pr:icica, ocorre
lume nro nn corrcme de letor qu.mdo VCE . e d va por feiro E..rly. 01110 a
Figura ◄ .7
pola ri ~~1ção r versa da junçlo ba e-coletor aumcnr , "largura da r.-gião de arg;i
Curv c.i.racten'st1cas
e~pa b l :iv:tnÇ!lr.:i mais nn base e. pon-::inro. ni::i i elétrons cmicido.s pQd r o ser
de coletor do
cap rurados em d ireção ao col ror.
trar,SIStor MJE240.
Caracten'st,cas
,4(] ,,.º
O llóO lf/0 2,00 Ulll . . . i,00 .,00 1,.00 UIII 9.00 10..00 O o,m 1,00 UX> JJD ~ "S.m 5.00 lJ:n .-.00 9,00 lQPO
elétncas máximas. ai Vc,:M bl vCE M
BCS46 65
BCS48 30
Para 18 = 1 mA, lc = 150 mA. o que ignifi a um ga nho ele aproximadamcnu::
BCS46 80
BCS47 Vcao 50 V
BCS48 30 essas co ndi ções, poderiama esperar que, e 18 au mentasse para 2 mA, o
valor .da corrcnre de coletor rambém dobraria. Isso, porém , náo acontece,
Tensão emissor-base VEllO 6 V
pois lc aumema aprox.imadameme para 260 mA. Outra expecrativa seria em
relação às curvas caracrcri rica . que d.-·eriam esrar espaçadas igualmente.
Correnr:e de coletor {CC) 1~ 100 mA
mas o <{UC e verifica é que a para ão dim inui à medida que a correm
Potêncl3 dissipada pd 625 mW au me ntam . A explicação para esse fato é que o gan ho de co rrenr não se
ma nté m 011 . 1 me, e sim vui..:a conforme• correnre de coletor.
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Muit.as vezes o
O gráhco da figura 4.8 foi obcido da folh a de dados do rransisror BC548 e mos- Para rraçarmos essa reca , uril i>ámos do is poncos:
ganho de corrente
tra a dependência do ganho com a corrente de coletor para dada rcmpcrarura e
vem com a notação
rensão coletor-emissor. Primeiro ponto: igualando lc = O na equação anterior, obremos Vc" = Vcc,
h FEI isto é, P= hFE•
que fisicamente representa o corte. Como no corte as duas junções estáa po-
Figura 4.B larizadas reversamente e, portanto, todas as três correntes são muito pequenas
Dependência do ganho (nA), podemos admitir que nessas condições o transistor é uma chave aberta
de corrente com a (figurn 4. tOb).
corrente de coletor
&: , .. - - V • 10Y
, ,-.>Si'1:'
' 1 ij_
,! I.D L
Obs.: para cormr um cransi_sror d i, b:ista fuze r V aE < O V; para um u anrisror
~
. ... --
! ...
-::
.
,· i
~
~
........
de · e. VaE < -0,4 V.
Como é possível ohservar na figura 4.8, o gan ho de correme 13 (hF,J varia com a O) bl
corrente de coletor, rem pera1ura e tensão coletor-em issor. O gráli<:o do ganho de
corrente é no rmalizado, isto é, para a correme de 4 m.A, o ganho é 100%. Para
corremes menores ou maiores que 4 mA, o gan ho aprese ma outros valores: pa ra
0,4 mA , por exemplo, o ganho sení 70% do ganho a 4 mA.
Segundo ponto: faz.cndo VCE = O. obcemos lc = VccfRc , que fis;camenre re-
4.4 Regiões de operação: reta de carga presenta a sa[uraç...1.o . Na saruraçáo, o transistor se comporta como uma chave
fecha da e as duas junções escão polarizadas d ireramem e. Pa ra garantirmos que
dr uiro da figura 4.9 imbol iw Ltm tran sistor om :u urvas ra tcrísricns o rransisror smure, remos de impor algumas condições, uma delas consid erar
apre cnrada na figura .7 b. VcE = O. No manro, para obc rm e a condição, devem s rer lc < 13 • 18 ;
co1110 o gn nho de nrremc de um 1r.rnsi 1or vn ria c111re um min i mo e um mJxi-
Figura 4.9 mo, usamos o valor mini mo (l3....,); ponanco. lc < 13mtn· le, Figura 4.11
I.Jga,;Ao emrssor comum.
Transistor na saturação:
A figura 4. lla mostra o circuito de um transistor na saturaçáo e a figura 4.116, o
(a) circuit o e
modelo simplificado para ele (chave fechada).
Va; (b) modelo simplificado.
10V
v.,
IOV Vr,
IOY
Obrigaroriamenre, o ponto de operação, ram bém chamado de ponto quiescen- Figura 4.13
te, rcprcsrn rado por O (valores dt 180 , Ice, VcEal, csrará sempre cm cima da Amplificação:
rem de c:irga. (a) c,rcu,10 e
(b) análise gráfica.
Figura 4. 12
Ci.irv.J.5 C,ll"oCteristica de
coletor com a reta de carga
600
~
a)
...
.
400 ~
600
t., (mA)
51)1)
I ~ /-
. ~
'-
,..._, r
/
_,
;
"1 / ........
100
.......... . \ I /
,...... ........... 1 \/ i
_....... r , 0 l_,• 211JÀ
---·
!
!
l
...........
,~
!
~
100
'
! i Í ~
O 0 ,00 ,.oo 2.00 :uo "4.00 5.00 Í 6,00 7,00 8.00 9.00 10.00
6Vuc '
o gdfi o da figura 4.12, observe que. no 1}()mo
lc 0 = 273mA c VcEo =4,6 V.
O. rcmo.s 180 = 2 m A,
limlrc.s d:ircradcc:arga ·oa ,mmçftO,lJU n-
do VcE = O, e corce. quando 18 = O. Enrre esses doi pomo (sa1uraç. o e corce),
o 1rnnsi.1or opera omo amplifiCJdor, isco é, a rcl.1 o nm: lc e 18 é dnd I por
- ~- b)
lc = ~ · 18 • essa região (região ativa), o crnn,i tor é usado como amp lificador.
Com base nessa aná lise, podemos conclu ir que o ponto de operaçáo (Q) deve ser
bem localizado para que seja possível obter a máx im a sa ída de pico a pico sem
d istorção. A melhor local ização é no meio da reta de carga (VcEo = Vcc/2), pois
permite um valor Vcc de máxima saída. Observe os rrês casos representados na
figura 4.14. o primeiro (figura 4. 14a), a máxima saída de pico a pico possível
é de 10 V., nces que ocorra o cifumcnl() (d istorção) por rnraç:io ou orce; nos
outros dois (liguras 4.1 b e ..1 e), é de 4 V - cm am os os a .so , se a entrada
aumentar, o inal de saída di corccrn .
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Figur 4.15
Enc.!psulamentoS usuais
- CPU(CI)
• i
~ 4.6 Conexão Darlingcon
1
41,
. • li
1
~ C onexão Darli n gron é uma ligação realizada entre dois rransisrores quando
se deseja obter um transistor equivalente com valor de ganho de corrente
i~
elevadíssimo.
Figura 4.17
Como vimos, os semicondutores são sensíveis às variações de temperatura. Uma e (a) Conexão Darlington e
das maneiras de amenizar a ação do excesso de temperatura nesses dispositivos (b) tranSJStor equivalente.
é prender ao corpo do transistor uma placa metálica chamada dissipador de
calor. Os dissipadores de calor usados em eletrônica são feitos de alumínio ou e
cobre. Os dissipadores de alumínio são mais baratos, porém menos eficientes
que os de cobre.
TR
O 1ransistor equh<a lente tem g.m ho de orrenre igual a f3 = /3 1 ·!3:i, em que ll, e Figura 4.20
Figura 4.18
/32 são os gan hos dos t ransi.ston:s TR 1 e TR2, respcni,ramrnre. A tensão base- Polarizando reversamente
em issor quando em condução vale V 8 E = V 8 E, + Vat;i· (a) a Junção coletor-base e
(a) Exemplo de conexão
(b} a Junção emissor-base.
Darlington (PN P).
Esse cipo de conexão é u ado na saída de estágios de porênda, em fonres de ali-
(b) circuito equivalente e
mentação e em q ualquer situ ação em que for necessário obter va riações de cor-
(e) gráfico do ganho de
rente ex1rcmame111 ba ixas com forn e imenco de gm nd orremcs.
corrente coníorme Ie•
10K
e
TIP125/126/127 a) b)
1K
a) b) e)
Para saber qual terminal é o coletor e qual o emissor, devemos usar o multímetro
analógico com escala de resistência R x 10 k ou de maior valor. N a figura 4.21,
mede-se a resistência reversa das dua.s junções; a do em issor é a de n1eno r va lor,
pois sua do pagem é ma ior.
4.7 Teste de transistores
Figura 4.21
Para testar transistores, são usados os mesmos princípios do diodo, com alguns ldentJlicaçào do
procedimentos adicionais. Observe que, nas situações representadas na figura em,ssor e do coletor.
4.19. utiliza-se multímet ro ana lógico com a chnve na po ição oh m ímet ro na cs-
ab de rc i 11!11 ia R xl.
Figura 4.19
Trans&or polarizado
(a) reversamente e
(b) diretamente.
T rara-se da norma europeia. Vamos tomar como exemplo llill serniconduroc com BZX84 é a série, que pode ter dispositivos de várias tensões. A série tem a ver
a especificação BC 548 A. Com base nessa especificação, conclui-se que esse se- com máxima po1ência. Por exemplo: a 56-ie BZXS é para o 3 W, enqu:111ro a
micondutor é um transistor de silício. Essa informação é obtida observando as érie BZX85 é para 1.3 '- , BZ 5 para 0,5 \Y/ ct
duas letras iniciais: a segunda letra (C) identifica o tipo de componente - um
transistor-, e a primeira letra (B), o tipo de material - silício. Os três números 4.8.2 Joint Eieccron Device Engineering Council Uedec)
(548) servem para identificar o tipo específico de transistor, ou seja, sua família.
A última letra (chamada de sufixo) indica o grupo de ganho de corrente ~- nesse Es.sa norma é norte-americana e opresema a seguime codificação:
caso baixo ganho (A).
W
digito letra número de sêrie [sufixo]
D e modo geral, a regra é:
~ grupo de ganho 7
UL
úmero de sêrle ( 1oo a 9999)
letra letra [letra! número de sé rie [sufücoJ
t L tndlc1g,up0clo9 nho
Y Numerodosé(ie(10(ll9999l número de term n.alunenos 1
4.8.4 Oucras formas de especificação b) A rel açi\o enrre 16 e lc é dadn pelo ~. logo:
Além das normas Pro- Electron, Jedec e JJS, alguns fabricantes 1êm a própria
forma de apresentar a especificaçáo e a identificaçáo de seus componentes por 1,, = ~ = 2 mA O 01 mA = 10 µA
~ 200 '
meio de prefixos. Veja os exemplos:
• MCR: Motorola, tiristor (ex.: MC RI06); J Equaclonnn do. mallu de cntrnda: 5 = R88 · 18 + 0,7 V, oh1 ·mo .
• MJ: M otorola, dispositivo de potência em invólucro m etálico (ex.: MJ15004);
• MJE: Motorola, dispositivo de potência em invólucro plástico (ex.:
MJE13003); R = 5 - 0,7 = 430 kQ
88 10 ~LA
• MPS: Motorola, dispositivo de baixa potência em invólucro plástico (ex.:
MPS3638);
• MRF: Motorola, transistor para HF, VHF e micro-ondas; orno VCE = 4 V. o cransismr se enconrra na região ativa.
• RCA: RCA;
• RCS : RCS; 2. Analise o circuito da figura 4.23 e calcule R8 e Rc para que o t ra ru.isror cure
• TIC: Texas lnstruments, tiristor em invólucro plástico (ex.: TIC106, co m 10 = 40 mA.
TIC226C);
• TIP: Texas lnstruments, transistor de potência em invólucro plástico (ex.: <lo·: ~rntn = 100, VcEA, = O V e V8e..,_ = 0,7 V.
TIP36).
figura4.23
Exemplos
1-
f igura 4.22
2mAl
Soblftío:
10V
Com o rransiscor saturado, toda a rensáo da fonte estará aplicada cm Rc. Assim,
o valor pode ser calculado por:
R
e
=~
40mA
= O 25 k =
'
250 Q
Solução:
A corrente de base de ve ser.
a) Equacionando a malha de saíd : 10 = 3 K · 2 mA + Vce. ob1emos:
Vce = 10 - 6 = 4 V
El éT~ÔNICA 1 CA P IT ULO ◄
Portanto, a resistência de base deve ser: Como a correnre de coleror é dada por lc = f3 · 18 , encão:
Parn i so , é ad md o alor mcrcia l d~ 10 krl . C omo o ganho de corrente de uma fa mília de transistor pode variar entre um
valor mínimo e um valor máximo, podemos concluir que esse tipo de polariza-
4.9 Circuitos de po larização ção é altamente instável com a troca de transistor e temperatura.
Polariza r um tra nsisto r significa dete rm inar valo res de tensão e corrente que se 4.9.2 Polar ização por divisor de tensão na base
mantenham estáveis de acordo com a temperatura de trabalho, o desgaste das
panes internas características d e vida útil do con1ponenre e a própria substirui- O circuito de polarização por corrente de base constante explicado na seção
ção do componente. Ao polarizar um transistor, é preciso levar em conta que 4.9.1 apresenta algumas características importantes que devem ser levadas em
valores de ponto de operação (ponto Q , quiescente) estabelecidos devem garantir conta. Esse tipo de polarização, além de depender muito do valor ~' apresenta
baixo grau de distorção, de modo a não prejudicar o sinal amplificado. alta instabilidade com o aumento de temperatura. Isso pode acarretar um efeito
conhecido por disparo térmico, ou seja, um ciclo em que, a cada aumento de
Consideran do am pli6cadores de pequenos si nais, a melh or localização do ponto temperatura, ocorre uma elevação de corrente e, consequentemente, outro au-
O é no meio da reta de ca rga, isto é, a tensáo coletor-emissor (Vcel deve medir mento de temperatura.
aprox imadamente mecade da censão da fom e (Vçç) . Isso gara mi rá que a sa ída de
pico a p ico seja a máx ima possível e sem d isrorção do sina l. A segui r apresen ta m- É possível, porém, polarizar o transistor de maneira que não fique vulnerável à
-se dois tipos de pola rização: por corrente d e base constante e por divisor de variação de~- Na configuração da figura 4.25, chamada de circuito de polariza-
censão na base. ção por d ivisor de rensão na base, a realimentação negaú va em CC estabiliza o
ponto Q, isto é, q ua ndo a rempera1ura aumen ta, a corrente de emi r e a ten ão
4.9.1 Polarização por corrente de base constante VE também aumentam . o encanto, como a tensão na base (Vs1 é constante.
ob rigaro ria mem t- V 8 ~ diminui. despobrizando a base e reduziJ1do as orrcmes
É o circuito de polarização mais simples e consiste em aplicar uma corrente que rin ham au menrndo com a tempcraLura. la rnmenre, o circu ito pos.suj um
constante na base, como exemplificado na figura 4.24. on rrolc inrcrno por , u de· n-alimema ·o.
v,.
r l r
O cálculo dessa corrente é determi nado por:
lal (b)
llET~ÔNIC_. l CAPITULO~
Para ana lisar o circuito, tornemos o equiva lente Théven in na base (figura 4.25a): 2 . Como lc é conhecido, é possível calcu lar RE:
rc ult",\lldo:
u
R, = ....l., R2 , cm que U2 "' 0 ,7 + VRE e U, = Vcc - U2,
u,
Exe mplo
1. Adotar os seguintes percentuais da tensão de alimentação: Valores adotados: RE =220 n, Rç = 820 n, R 2 = 2k2 e R, = 12 kn.
Esses valores só.o comerciais e próximo dos va.lores calculo.do .
ELH RÔN ICA 2 CA PITULO ◄
Como vimm no capimlo 2, a ,ensão senoidal deve ser reri ficada e f-il rrnda ames Figura4.l7
de alimentar um circuito com componentes eletrônicos. Hoje, as fomes retifi-
cadoras fornecem tensão de saída com baixos valores de ripple, porém alguns
componentes eletrônicos não suportam nenhum valor mínimo de ripple. Nes-
ses casos, recomenda-se a utilização de reguladores de tensão para amenizar a
variação de tensão contínua que alimenta o circuito eletrônico. Os circuitos
reguladores de tensão podem ser construídos utilizando transistores e circuitos
integrndos específicos.
Sabemos que o diodo Zener é um regulador paralelo que pode ser instalado em
paralelo com a carga. Nessas condições, enquanto a corrente no Zener estiver
dentro da faixa de regulação, a tensão de saída na carga se mantém aproxima-
dameme consrnmc.
Figura 4.26
(a) Regulador com Zener;
regulador de tensão cm sé rie 011 is1c basicarneme no regulador Zen r da fi- o/11çáo:
gura 4.26a, acrescido de um seguidor de emissor (amplificador coletor comum).
(b) e (c) circuitos de
regulador de tensão em
As figuras 4.266 e 4.26c ilustram o circuito desse regulador. Observe que o cir- A cens:io em Rs é 15 - 6 = 9 V; portanto, a co rrente va le:
série com transisto r.
cuito da figura 4.26c é essencialmente o mesmo da figura 4.266.
9V
15 = - - = 60mA
0,15 k
1\ v, . v. Iv.
111
.-
~ A tensão na carga é 6 - 0,7 = 5,3 V; portanto, a corrente na carga vale:
v,
f+i!' (a)
1, JÜ -
(b)
1\ V, l v,.
l'·
(<)
D,
l ~ = 5•3 V = 53 mA
0,1 k
Regulador de tensão fixa em que ~ é o ganho de corrente do transistor (média ou alta potência) e lREG a
con eme no regulador.
O regulador integrado de três terminais é um circuito que fornece uma tensão
altamente regulada a pardr de uma ren iio qu alquer (em geral , é udlizado na (a) (b)
XX representa salda de um mificador com fihro). Esse componente: pode fornece r ten õcs
valor de tensão ---1_
,~T·
regu !adas positivas ou negativas com valores entre 5 e 24 V. Uma de suas v.
regulada na salda . apl ic:i õcs é na on 1rução de um regulador no loca l, poi ele dimina pro-
-
Por exemplo: 7805 blema~ asso íado ô d is1 ribuiçtio d" 1e11,óe~ qu~ndo existe unrn t111 i • fome v,
J
fornece na saída v. 1N l<A7 E
de alimemaçáo. Os regubdores integrados poS<uem prorcçáo inrerna cont ra
tensão regulada de sobrecarga de corrente e eleva ão de cempera1u.r:i. Est o disponíveis em vários
G D 30
\
5 V e 7912, tensão
e, e, O,l3µf O,l"F
encapsulamentos. O modelos mais onhccido são o TO-220 e o TO-3, com
regulada de -12 V. capacidade de conente de até 2 A (deve-se coomlra, o datasheer, poi s, d epen-
dendo do fabrica me, esse valor pode mudar). l =a.. +ll!',,.-V,.111,I
A figura .30 mosrra uma apli ação do regulador KA7 XXE como fome de
Figura 4.28 ·orrc1irc. bscrvc que lcnsfo regulada ( •x) fomec:id pelo mponcnrc é.
Encapsu lamentos
aplicada no resismr R, e, portanto, a corrente e a rensáo em R, são constantes.
1
O circuito da figura 4.296 apresenta um regulador para tensão positiva com re-
forço de corrente na saída. esse modelo, a corrente de saída (IJ é calculada por:
EléT~ÔNICA 1 CAP ITULO ◄
Regulador de tensão ajustável C 1 : não é fun cional, mas recomendado, em e~pecial se o fil [ro do rerificador não
estiver próximo do regulador.
Esse regulador (figura 4.31) fornece uma tensão de referência da ordem de 1,25 V
e é indicado para a construção de fontes ajustáveis. Existe grande variedade de C 2: melhora a resposta rr:rnsiente e deve ser usado, principa lmen,e, para prevenir
modelos, entre os quais o mais conhecido é o LM317, que fornece até 1 A de que ruido prejudiquem o funcionamcmo de dispo irivo ligados na saída d
corrente (dependendo do encapsulamento) na faixa de tensão entre 1,25 V e 35 V. regulado r.
'sse modelo nece ir:1 de: um cl r ulro 0 111 doi rcsi. r rc · po ui proceç o comr:i
sobre orrcnre e .robrecarb"' ,érmi c;i. C 3 : melhora a rejeição ao ripp/e da fonte, sobretudo quando o ajuste é feito com
ganho elevado. Caso esse capacitar seja usado, é meU10r colocar os d iodos de
Figura 4.31 proteção.
Regul.idor de
(a)
tensão aiustável: D1 e D2 : sáo urfüzados para providenciar um caminho de baixa impedância
(a) circuito bás,co e v, o----""" caso a en [rada seja zero, evirando que os capacirores se descarreguem na saída do
(b) orcu;to completo. circuito integrado.
Exemplos
Figura 4.32
IN OUT
470 V,
v.
O LM317 gera uma tensão de referência fixa de 1,25 V entre o terminal de saída
(OUT) e o terminaJ de ajuste (ADJ). Em uma primeira anáfüe, se considerar- Soluçdo:
mos a corrente de polari-zaçáo (l,. 0 J) desprezível em relação ils outras correntes,
podemo;. afirmar que 11 = 12. EncCio, eq ,rncionando na malha de ída, temos: A tensão de saída é dada pela expressão:
1,25 V 1,25 R
I, = - - e Vs= 1.25 + R2 -12 = 1,25 + R2 - - = 1,25 -(1 +:..:l )
R, R, R,
e leva.rm em conra l,. 0 J, devemos incluir na expressá.o acima o termo R2 · IADJ• cm que R 1 =470 O e R 2 =3k3 (0 a 3k3).
É imporranrc ressalta r qllc a rcsiirência.s R, e R2 devem rcr va lore, baixos para
garantir que a corrente de polarização seja desprezível. Uma aproximação razoá- A saída é máxima quando R 2 = 3k3:
vel é considerar que a soma das duas resistências não exceda 5 kO.
3300
As funções dos demais compcmentts do circuito aptcsentàdo aa figura 4.30b sáo VS(nu!xl = 1,25 , (1+ - - ) = 10 V
as seguimcs: 470