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Projeto, Dimensionamento e

Detalhamento de Estruturas
Metálicas
Parte 2 - Análise, Dimensionamento e
Detalhamento

Prof. MPhil Sandro V. S. Cabral

Pós-Graduação em Cálculo de Estruturas


• Análise
• Cargas
• Combinações de carregamento
• Determinação de esforços e
deformações
• Ligações

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• Cargas
• Permanentes: peso próprio da estrutura
(PP) e pesos industrializados adicionados
in loco (PA)
• Variáveis: sobrecarga (SC) e vento (VT)

PA – peso próprio de pisos, telhas, fôrros,


SC (kg/m2) revestimentos, etc (consultar tabelas e
NBR 6120 catálogos dos fabricantes)
Uso SC
Escritórios 200 Peso específico do aço: 7850 kg/m²
Residências 200
Escolas 300 Cargas usuais:
Estacionamentos 300 Revestimento cimentício: 100 kg/m²
Ginásio de Revestimento leve: 10 kg/m²
esportes 500 Fôrro em gesso: 20 kg/m²
Alvenaria ½ vez: 225 kg/m²
Biblioteca
Alvenaria 1 vez: 300 kg/m²
(mínimo) 600
Sobrecarga para cobertas (sem laje): 25
Lojas 300
kg/m²
Sobrecarga para cobertas (com laje): 100
kg/m²

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• Efeitos do vento (VT)

Túnel de vento (Western Ontario, Canadá)

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• Efeitos do vento (VT)
• Estático
• Dinâmico
• Modos e frequências
naturais (<1 Hz)
• Amortecimento
estrutural (1 a 3%)
• Acelerações (%g)

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Bahain TC, Atkins

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• Forças do Vento
(NBR 6123/88)

F= Ca q A
q=0.613 Vk² (N/m²)
Vk= S1S2S3Vo

Ca-coeficiente de forma,
pressão ou arrasto
q é a pressão dinâmica do vento
Vk é a velocidade característica
do vento
Velocidade básica Vo (m/s)
Rajada de 3s excedida uma vez em média a cada 50 anos
a 10m do nível do terreno em campo aberto e plano

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• Fator topográfico S1 • Fator estatístico S3
S1=1 para terreno
plano ou fracamente
acidentado
S1=0.9 para vales
profundos protegidos
de ventos

OBS: Consultar NBR 6123 para


morros e taludes

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• Categorias
I- mar calmo, pântanos e rios, pântanos
sem vegetação (cota=0)
II - zonas costeiras planas, campos de
aviação, pântanos com vegetação rala
(cota=1m)
III – granjas e casas de campo, subúrbios
longe do centro (cota=3m)
IV – zona de parques e bosques com muitas
árvores, cidades pequenas e arredores,
subúrbios de grandes cidades, zonas
industriais desenvolvidas (cota=10m)
V- centros de grandes cidades, complexos
industriais desenvolvidos, florestas com
árvores altas (cota=25m)

• Classes

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Ca
Para
edificações
alteadas
prismáticas

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Coeficiente de arrasto (Ca)para
corpos prismáticos

(A)Re=7000V
k l1

OBS: Consultar NBR 6123 para


outras formas

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OBS:
a) Considerar força de atrito
horizontal de F=0.05 q a b
b) Para edifícios com fechamentos
consultar NBR 6123
c) Para cobertas isoladas arqueadas
considerar aproximadamente como
de duas águas planas

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• Estados Limites
• Estados Limites Últimos: segurança da
estrutura
• Estados Limites de Serviço: desempenho
sob condições normais de utilização

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• Combinações de carregamento (NBR 8800/2008)
• Combinações últimas normais

• Combinações quase permanentes de serviço

• Combinações frequentes de serviço

• Combinações raras de serviço

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OBS:
a) Para cargas nas fundações
geralmente se considera
apenas a soma das cargas
permanentes e variáveis (sem
coeficientes).
b) Consultar a NBR 8800
para outros tipos de
combinações.

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• Combinações últimas normais mais
comuns:
Para edifícios
C1=1.25PP+1.4PA+1.5SC
C2=1.25PP+1.4PA+1.4VT+1.5xyoSC
C3=1.25PP+1.4PA+1.5SC+1.4x0.6VT
OBS: Considerar o vento em várias direções

Para cobertas isoladas


C1=1.25PP+1.4PA+1.5SC
C2=1.25PP+1.4PA+1.4VT (vento de sobpressão +)
C3=1.25PP+1.4PA+1.5SC+1.4x0.6VT (vento de sobpressão +)
C4=1.25PP+1.4PA+1.4VT+1.5x0.8SC (vento de sobpressão +)
C5=PP+PA+1.4VT (vento de sucção -)

OBS: Caso haja vento de atrito na coberta considerar


incluído em VT

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• Combinações de serviço mais comuns:
Para edifícios
C1=PP+PA+y2SC (quase permanente)
C2=PP+PA+VT+y1SC (rara)
C3=PP+PA+VT (rara)
OBS: Considerar o vento em várias direções

Para cobertas isoladas


C1=PP+PA+0.7SC (frequente)
C2=PP+PA+VT+y1SC (rara para vento sobpressão+)
C3=PP+PA+VT (rara para vento de sucção - ou sobpressão +)

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• Tipos de análise estrutural
a) Quanto ao material
- Análise global elástica (tensão/deformação linear)
- Análise global plástica (tensão/deformação não linear)
b) Quanto aos deslocamentos
- Análise linear (com base na geometria indeformada da
estrutura)

- Análise não linear (com base na geometria deformada da


estrutura)

OBS: A NBR 8800 classifica as estruturas quanto a sua


deslocabilidade (pequena, média ou grande) e especifica uma carga
nocional igual a 0,3% do valor das cargas gravitacionais para
considerar os efeitos das imperfeições geométricas.

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• Determinação de Esforços
- Esforços de cálculo
- Tração (Nt,Sd), Compressão(Nc,Sd), Flexão(MSd),
Torção(TSd), Cisalhamento(VSd).
- Meios de análise
-Softwares de análise (Ftool, SAP2000, RSTAB, Etabs,
Strap, Ansys, Robot, etc.)
--Softwaresde dimensionamento: RSTAB, Etabs
-Softwares de detalhamento: Advance Steel, Tekla,
Tecnometal
-Método clássico (cálculo, dimensionamento e
detalhamento manual)

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• Análise de Ligações

Cargas –> esforços (ligações e apoios)

Os esforços nas ligações devem ser


transformados em tração, compressão e
cisalhamento para dimensioná-las.

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• Esforços
envolvidos

– Cisalhamento
centrado
– Cisalhamento
excêntrico
– Tração ou
compressão
– Tração ou
compressão com
cisalhamento

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Modelo de cálculo e definição de ligações

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Restaurante Nau (arq. Leonardo Maia, eng. Projectaço)

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Modelo de cálculo, esforços na ligação e
esforços nos elementos da ligação

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Transformação de Momento fletor (M) e
Esforço Cortante (V) em Cisalhamento em um
conjunto de parafusos

𝑴 𝑽 𝑴
𝑹𝒙 = 2 𝒚; 𝑹𝒚 = ± 𝒙; 𝑹 = 𝑹𝒙2 + 𝑹𝒚2
𝒙 + 𝒚2 𝒏 𝒙2 + 𝒚2

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Efeito alavanca (NBR 8800)

OBS: Para dimensionar a espessura da chapa (t):


R=Wfy (reduzindo a resistência dos conectores em
25%) ou R=Zfy(reduzindo a resistência dos
conectores em 33%). Para chapas W=pt2/6 e Z=pt2/4

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Prescrições adicionais da NBR 8800

a) Ligações podem ser consideradas como rotuladas


ou rígidas na análise estrutural
b) Resistência mínima de projeto de ligações: 50% da
resistência axial do perfil e força mínima de 45kN
c) Parafusos não podem ser considerados
trabalhando em conjunto com soldas exceto em
ligações à cisalhamento
d) Parafusos de alta resistência com proteção inicial
em emendas de pilares, ligações de vigas e pilares e
ligações de vigas contraventantes em edifícios com
altura maior do que 40m.

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• Dimensionamento
• Tração (Nt,rd)
• Compressão (Nc,rd)
• Flexão (Mrd)
• Esforços Combinados
• Cisalhamento (Vrd)
• Verificação de deformações
• Ligações

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• Tração (NBR 8800/2008)
– Para escoamento da seção bruta: Nt,rd=Agfy/1.10
– Para ruptura da seção líquida: Nt,rd=Aefu/1.35
Ag é a área bruta da seção transversal do perfil
Ae é a área líquida da seção transversal do perfil (Ct=1)

– Limitações adicionais: l<300


– Há outros casos específicos previstos nos itens 5.2.4, 5.2.5 e 5.2.6
da norma.
– A largura dos furos deve ser considerada 2mm maior do que a
dimensão máxima dos furos.

Ae
Ag

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• Exemplo
1. Qual é a resistência de cálculo à tração de um perfil
W250x28.4 com 4m de comprimento e três furos de 21mm em
uma extremidade?

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• Compressão (NBR 8800/2008)
– Nc,rd=cQAgfy/1.1
-c é um fator de redução associado a resist. à compressão
l𝒐𝟐
c =0.658 para lo<=1.5
0.877
c = l𝑜2 para lo>1.5

lo= 𝑄𝐴𝑔𝑓𝑦/𝑁𝑒 (índice de esbeltez reduzido)

Ne é a força axial de flambagem elástica (anexo E)

-Verificações adicionais: l<200, se parâmetro de


esbeltez b/t satisfaz tab. F-1 => Q=1.

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OBS: Caso o
parâmetro de
esbeltez não seja
satisfeito Q deve
ser determinado
conforme Anexo
F da norma

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Tabela para c

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Ne é o menor dos valores abaixo (para perfis duplamente simétricos ou
simétricos com relação a um ponto):

a) Para flambagem por flexão em relação ao eixo central de inércia x da seção

𝜋²𝐸𝐼𝑥
transversal: 𝑁𝑒𝑥 = 𝐾𝑥 𝐿𝑥 )²

b) Para flambagem por flexão em relação ao eixo central de inércia y da seção

𝜋²𝐸𝐼𝑦
transversal: 𝑁𝑒𝑦 =
𝐾𝑦 𝐿𝑦 )²

c) A flambagem por torção não é, em geral, determinante para estruturas


usuais.

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Coeficientes de flambagem (Kx e Ky)

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• Exemplo
1. Qual é a resistência de cálculo à compressão de um perfil
2U100x50 ch4.8mm (ASTM A-36) soldado continuamente com 3m
e extremidades rotuladas?

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• Flexão (NBR 8800/2008)
Efeitos a serem considerados
a) Flambagem lateral com torção (FLT)
b) Flambagem local de mesa comprimida (FLM)
c) Flambagem local da alma (FLA)
d) Flambabem local da aba
e) Flambagem local da parede do tubo
f) Escoamento da mesa tracionada Mrd=Mpl/1.1 <1.5Wfy/1.1;
Mpl=Zfy

FLT
FLA

FLM

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Para perfis de alma não
esbelta (l<lr para FLA):
a) Se l<lp na tabela G-1
para FLT, FLM e FLA, o
dimensionamento é feito
pelo escoamento da mesa
tracionada (seção
compacta, Mrd=Zfy/1.1)
sendo Lb o comprimento
destravado do perfil.

OBS: Nota 8: b/t é a largura da


mesa comprimida dividido por t

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Para perfis de alma não esbelta (l<lr para FLA):
b) Se l<lp na tabela G-1 para FLA, FLM e lp<l<lr para FLT (seção semi-compacta) e I, H ou U fletidos
com relação ao eixo de maior inércia (x):
𝟏 𝝀−𝝀𝒑 𝑴𝒑𝒍
𝑴𝒓𝒅 = 𝑴𝒑𝒍 − 𝑴𝒑𝒍 − 𝑴𝒓 ≤ (Cb=1)
𝟏.𝟏 𝝀𝒓−𝝀𝒑 𝟏.𝟏

𝟏, 𝟑𝟖 𝑰𝒚 𝑱 𝟐𝟕𝑪𝒘 𝜷𝟐𝟏 𝒇𝒚 − 𝝈 𝒓 𝑾
𝝀𝒓 = . 𝟏+ 𝟏+ ; 𝜷𝟏 = ;
𝒓𝒚 𝑱𝜷𝟏 𝑰𝒚 𝑬𝑱

𝑴𝒓 = 𝒇𝒚 − 𝝈𝒓 𝑾; 𝝈𝒓 =0.3𝒇𝒚 ;

J é a constante de torção e Cw é a constante de empenamento


c) Se l<lp na tabela G-1 para FLA, FLM e l>lr para FLT (seção esbelta) e I, H ou U fletidos com relação
ao eixo de maior inércia (x):
𝑴𝒄𝒓 𝑴𝒑𝒍
𝑴𝒓𝒅 = ≤
𝟏. 𝟏 𝟏. 𝟏
𝝅²𝑬𝑰𝒚 𝑪𝒘 𝑱𝑳𝟐𝒃
𝑴𝒄𝒓 = . 𝟏 + 𝟎, 𝟎𝟑𝟗 ) (Cb=1)
𝑳𝟐𝒃 𝑰𝒚 𝑪𝒘

OBS: Para outros casos consultar Anexos G e H da NBR8800:2008. Cb é um coeficiente


que pode levar em conta o efeito favorável do momento não ser uniforme no segmento L b.

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• Módulos elástico e plástico
2𝐼𝑥
𝑊= para perfis I e U
𝑑
Z/W≈1.15 (aprox.) para perfis I e U em torno do eixo x
• Parâmetros de torção
2𝑏𝑓𝑡𝑓 3+ℎ𝑡𝑤 3
𝐽≈ (aprox.) para perfis I e U
3

𝐼𝑦 𝑑−𝑡 )²
𝐶𝑤 = 𝑓
para perfis I
4
3
2
𝑡𝑓 𝑏𝑓 − 0.5𝑡𝑤 𝑑 − 𝑡𝑓 [3 𝑏𝑓 − 0.5𝑡𝑤 𝑡𝑓 + 2 𝑑 − 𝑡𝑓 𝑡𝑤
𝐶𝑤 = para perfis U
12 6 𝑏𝑓 − 0.5𝑡𝑤 𝑡𝑓 + 𝑑 − 𝑡𝑓 𝑡𝑤

d é a altura total do perfil,


J é a constante de torção pura (It na tabela da Gerdau)
e Cw é o coeficiente de empenamento

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• Fórmulas
geométricas (momento
de inércia, módulo
elástico e raio de giração)

Seção retangular:
I=bh3/12, W=bh2/6, Z=bh2/4 e
rmin=b/(2 3)

OBS: Utilizar sempre o raio de giração


mínimo para a determinação do índice de
esbeltez e dimensionamento à compressão.

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• Fórmulas de
flexão
(deformação e
momento fletor
máximos em vigas)

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• Esforços Combinados (NBR 8800/2008)
• Para flexo-compressão ou flexo-tração (flexão
composta):
𝑁𝑠𝑑
a) Para ≥0.2
𝑁𝑟𝑑

𝑁𝑠𝑑 8 𝑀𝑥 𝑠𝑑 𝑀𝑦 𝑠𝑑
+ ( , + , )≤1
𝑁𝑟𝑑 9 𝑀𝑥 𝑟𝑑 𝑀𝑦 𝑟𝑑
, ,

𝑁𝑠𝑑
b) Para <0.2
𝑁𝑟𝑑

𝑁𝑠𝑑 𝑀𝑥 𝑠𝑑 𝑀𝑦 𝑠𝑑
+( , + , )≤1
2𝑁𝑟𝑑 𝑀𝑥 𝑟𝑑 𝑀𝑦 𝑟𝑑
, ,

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• Cisalhamento (NBR 8800/2008)
• Para seções I, H e U fletidas em relação ao eixo de
maior inércia:
a) Para l≤lp : Vrd=0.6Awfy/1.1
l
b) Para lp <l≤lr : Vrd= p (0.6Awfy/1.1)
l
2
lp
c) Para l>lr : Vrd=1,24 (0.6Awfy/1.1)
l
onde (sem enrijecedores transversais):
Aw=dtw é a área efetiva de cisalhamento; d é a altura total da seção transversal e tw é a
espessura da alma.
l=h/tw; h é a altura da alma
5𝐸
lp =1.1
𝑓𝑦

5𝐸
lr =1.37
𝑓𝑦

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• Verificação de deformações
OBS:
a) Contra-
flecha máxima:
L/375
b) Vigas com
alvenaria:
flecha máxima
de 1.5cm
C) ações
e

variáveis no
mesmo sentido
das ações
permanentes
D) f ações
variáveis de
sentido oposto
as ações
permanentes

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• Exemplos
1. Qual é a resistência de cálculo à flexão de um perfil W310x52
com Lb=1.5m?
2. Se o perfil da questão 1 tiver 3m (extremidades rotuladas) e
for submetido a um momento fletor de cálculo de 2000kgm e
um esforço de compressão de cálculo de 30000kg, este
resistiria?
3. Qual é a resistência ao cisalhamento do perfil da questão 1?
4. Se a deformação à flexão do perfil da questão 1 fosse 3cm,
esta estaria de acordo com a NBR 8800, supondo que seria uma
viga de piso com 8m de vão?

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• Ligações Soldadas
Soldas de filete (cisalhamento)
• Fw,Rd=0.6Aw fw/1.35 (ruptura da solda)
• Frd=0.6Amb fy/1.10 (ruptura do metal base)

Onde: Aw=Lwa é a área efetiva da solda de filete; Amb=Lwdw é a área líquida do


elemento sujeita a cisalhamento; Lw é o comprimento da solda de filete e a é a
garganta efetiva da solda.

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• Ligações Parafusadas

tipos de ruptura: a) colapso do conector, c) colapso por


rasgamento da chapa ou b) ovalização do furo e d) colapso por
tração da chapa.

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Tração de conectores
• Ft,rd=0.75 Ab Fub/1.35
Onde: Ab é a área bruta do conector e Ft,rd não deve ser
superior a Ab fy/1.1 para barras rosqueadas.

Cisalhamento de conectores
• Fv,rd=∅v Ab Fub/1.35
• Fc,rd= ∅c lf t fu/1.35 ≤ 2∅c db t fu/1.35
(pressão de contato no furo)

Onde: ∅v=0.4 quando o plano de corte passa pela rosca (parafusos comuns, de alta
resistência e barras rosq.) e 0.5 quando o plano de corte não passa pela rosca
(parafusos de alta resistência e barras rosq.); ∅c=1.2 para furos onde a deformação no
furo é uma limitação de projeto, 1.5 para furos onde a deformação no furo
não é uma limitação de projeto e 1.0 para furos muito alongados; t é a
espessura da parte ligada e lf é a distância, na direção da força, entre as
bordas de furos adjacentes ou de furo a borda livre.

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Tração e Cisalhamento Combinados em
conectores

• (Ft,Sd/Ft,Rd)2 + (Fv,Sd/Fv,Rd)2<1

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Tração de elementos de ligação
• Frd=fy Ag/1.1
• Frd=fu Ant/1.35

onde Ant≤0.85Ag é a área líquida efetiva à tração.

Compressão de elementos de ligação

• Frd=fy Ag/1.1 (l<25)

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Cisalhamento de elementos de ligação
• Frd=0.6fy Agv/1.1
• Frd=0.6fu Anv/1.35

onde Anv é a área líquida sujeita a cisalhamento.

Rasgamento de elementos de ligação


• Fr,rd=(0.6fu anv+Cts fu ant)/1.35
≤ (0.6fy agv+Cts fu ant)/1.35

Onde: Cts é determinado conforme fig. a seguir

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Colapso por rasgamento

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• Bases de Pilares
Dimensões da base
𝑓𝑐𝑘 𝐴2
𝜎𝑐,𝑅𝑑 = ≤ 𝑓𝑐𝑘
1.96 𝐴1
Onde:
fck é a resistência
característica à compressão
do concreto
A1 é a área carregada sob a
placa de base
A2 é a área da superfície de
concreto (com mesmo centro
de A1) sendo ≤ 4𝐴1

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Espessura da chapa
𝑓𝑐𝑘 𝑏²
𝑀𝑑 = 0,85 .
1.4 2
Onde:
b é o maior balanço da chapa (distância do furo à borda da
𝑓
chapa) e 𝑓𝑐𝑑 = 𝑐𝑘 é a resistência de cálculo à compressão do
1.4
concreto.
𝑍𝑓𝑦 𝑡² 𝑓𝑦
𝑀𝑑 𝑟𝑒𝑠 = = . > 𝑀𝑑
1.1 4 1.1

• Para o diâmetro dos chumbadores determinar a partir da


resistência ao cisalhamento de conectores com um mínimo
de 5/8” para pequenas cargas e ¾” para grandes cargas

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• Exemplos
1) Verificar uma emenda rígida de um perfil W460x89 (ASTM A-
572) sujeita a um momento fletor de cálculo de 300 kNm e um
esforço cortante de cálculo de 120 kN utilizando chapas em
aço ASTM A-36 e parafusos de alta resistência (A-325) com
rosca no plano de corte, conforme figura abaixo.

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2) Verificar a ligação flexível conforme ilustrado abaixo.

Perfil W410x53 (ASTM A-572)


Tipo de aço da chapa: ASTM A-36
Tipo de aço dos parafusos:
A325 com rosca no plano de
corte
Soldas: eletrodo E70XX
Vd=100 kN
Nd=0
db=19mm

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3) Verificar a base de um pilar em perfil H
conforme os dados a seguir.
Dados:
Perfil W200x41.7 (H, ASTM A-572)
Nd=800kN
Md=0
Vd=100 kN
fck= 20 MPa
Tipo de aço da placa de base: ASTM
A-36
Tipo de aço dos chumbadores: SAE
1020

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• Detalhamento é a representação de um
elemento compositivo de uma estrutura
com relação a outro

Perguntas a serem respondidas:


– Quais elementos devem ser detalhados?
– Quais são as relações com os outros elementos?
– Quais são as escalas?

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• Regras gerais de representação
– Cotagem (milímetros, eixos, não interrompidas ou
cruzadas, fora do desenho)
– Escalas (usualmente 1:50 ou 1:25 para plantas e
cortes e 1:10 ou 1:5 para detalhes)
– Desenhos (planta de locação e fundações,
plantas estruturais, cortes, detalhes)

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• Projeto em aço segundo NBR 8800:
Conjunto de especificações, cálculos estruturais,
desenhos de projeto, de fabricação e de montagem dos
elementos em aço.

• Desenhos de projeto (estrutural ou básico)


• Desenhos de fabricação
• Desenhos de montagem

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• Nomenclatura para ligações

LCPP LCSP LMPA

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Stratfort station London (arq. Wikinson Eyre)

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Domo do Milenium London
(arq. Richard Rogers)

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• Detalhes típicos aço-concreto

OBS: Comumente se utilizam barras


rosqueadas ou paraboats (SAE1020) para
ligações aço-concreto

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• Detalhes típicos aço-aço

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Exemplos de ligações executadas

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• Ligações de elementos de
fechamento e telhas

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• Ligações de elementos auxiliares

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• Exemplo de detalhamento de mezanino

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• Exemplo de detalhamento de coberta

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Coberta (arq. e eng. Projectaço)

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