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ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA - ESUCRI

ENGENHARIA CIVIL
ESTRUTURA METÁLICA E DE MADEIRA
PROF. ME. JORGE LUIZ LAUREANO

DIMENSIONAMENTO DE PAVILHÃO DE ESTRUTURA METÁLICA

GUILHERME DE SOUZA
PAULO RICARDO PIZZOLO

CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2017.


GUILHERME DE SOUZA
PAULO RICARDO PIZZOLO

DIMENSIONAMENTO DE PAVILHÃO DE ESTRUTURA


METÁLICA

Trabalho apresentado ao professor Jorge


Luiz Laureano como requisito parcial para
aprovação na Disciplina Estrutura Metálica
e de Madeira, 8ª fase do curso de
Engenharia Civil, da Escola Superior de
Criciúma, ESUCRI.

CRICIÚMA, NOVEMBRO DE 2017.

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1. INFORMAÇÕES DE PROJETO

OBRA: EDIFICAÇÃO - PAVILHÃO DE ESTRUTURA METÁLICA

CLIENTE: GUILHERME DE SOUZA


PAULO RICARDO PIZZOLO

LOCAL: Criciúma - SC

1.1. CARACTERÍSTICAS

> Vão entre eixos de colunas (Vec): 25 m

> Comprimento do pavilhão (Cpav): 50 m

> Altura : h ( Altura lateral do pavilhão): 10 m

> Espaço entre as colunas (Eec): 8m

> Cobertura em chapa zincada trapezoidal.

> Tapamentos Frontais: Alvenaria até 1,5m e o restante em chapa zincada trapezoidal

> Tapamentos Lateral: Alvenaria até 1,5m e o restante em chapa zincada trapezoidal
> Portas: O edifício possui duas portas , sendo cada uma em cada fachada com 4m de
largura por 5m de altura.

1.2. SISTEMA ESTRUTURAL

> TRANSVERSAL: Formados por bi-engastados em perfil de alma cheia.

> LONGITUDINAL: Pela colocação de contraventamentos verticais e horizontais.


1.3. ESPECIFICAÇÕES

> Estrutura em aço ASTM A36

> Fy=250Mpa

> Fu=400Mpa

> Solda: Eletrodo E-70XX – Fu= 485 Mpa

> Parafusos: Ligações principais – ASTM A 325


Ligações secundárias – ASTM A 307

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1.4. SEÇÃO TRANSVERSAL TÍPICA

SEÇÃO TRANSVERSAL TÍPICA


sem escala

LEGENDA:

h= 10 m Vec = 25 m  = 20 º

htelhado = 4,55 m htotal = 14,55 m

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1.4. SEÇÃO TRANSVERSAL TÍPICA

PLANTA BAIXA DO PAVILHÃO LEGENDA


sem escala
Vec = 25 m Cpav = 50 m

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4. AÇÃO DO VENTO

Em estruturas leves esbeltas, como é o caso das estruturas construídas em


aço, o vento é responsável por grande parte dos acidentes. Sendo assim, o
vento é uma ação que não deve ser ignorada.
Essas ações podem ser determinadas conforme as prescrissões da NBR
6123/88 "Forças devido ao vento em edificações".

Classificação do vento em relação à velocidade

Fatores que interferem na velocidade do vento:

> Posição geográfica da edificação;


> Altura da edificação e projeção em planta;
> Aspectos topográficos;
> Rugosidade do terreno.

4.1. VELOCIDADE CARACTERÍSTICA

Vk = V0 x S1 x S2 x S3

Onde:

Vk = Velocidade básica do vento (m/s);


S1 = Fator topográfico;
S2 = Fator rugosidade do terreno e dimensão da edificação;
S3 = Fator estatístico (ocupação).

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4.1.1. Determinação da velocidade básica do vento (V0)

Isopetas de velocidade básica (m/s)

Portanto:

A velocidade básica de projeto V0 é igual à 45 m/s, para a cidade de


Criciúma - SC

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4.1.2. Determinação do fator topográfico (S1)

Segundo a NBR 6123:

a) Terreno plano ou fracamente acidentado S1 = 1,0;


b) Taludes e morros:
> no ponto "A" (morros) e nos pontos "A" e "C" (taludes) S1 = 1,0;
> no ponto "B":

c) Vales profundos S1 = 0,9.

Fator topográfico
Portanto:
O terreno de projeto é um vale profundo
Logo S1 = 0,9

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4.1.3. Determinação do fator de rugosidade do terreno e dimensão da
edificação (S2)

A consideração deste fator combina a rugosidade do terreno (categoria) com


a dimensão da edificação (classe), e ainda a altur de incidência do vento em
relação o terreno.

4.1.3.1. Rugosidade do terreno

Definição de categorias de terreno segundo a NBR 6123/1988.

Categoria Descrição do ambiente

I Mar calmo, lagos, rios e pântanos

II Campos de aviação e fazendas

Casas de campo, fazendas com muros, subúrbio com altura


III
média dos obstáculos de 3,0 m.

Cidades pequenas, suburbios densamente construídos, áreas


IV indstriais desenvolvidas, com muros, suburbios com altura média
dos obstáculos de 10,0 m.

Florestas com árvores altas, centros de grandes cidades com


V
altura média de obstáculos igual ou superior à 25,0 m.

O terreno de projeto é caracterizado por:


Superficie lisa de grandes dimensões

Portanto a classe do terreno é ''I''.

4.1.3.2. Dimensões da edificação

Definição das classes de edificação segundo a NBR 6123/1988.

Classe Descrição

A Maior dimensão da superfície frontal menor ou igual a 20 m.

B Maior dimensão da superfície frontal entre 20 e 50 m.

C Maior dimensão da superfície frontal maior que 50 m.

A edificação projetada terá altura de 50,0 m, portanto a classe da edificação


é ''B''.

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4.1.3.3. Parâmetros metereológicos

Definição das classes de edificação segundo a NBR 6123/1988.


Categoria Zg (m) Parâmetro A B C
b 1,100 1,110 1,120
I 250
p 0,060 0,065 0,070
b 1,000 1,000 1,000
II 300 Fr 1,000 0,980 0,950
p 0,085 0,090 0,100
b 0,940 0,940 0,930
III 350
p 0,100 0,105 0,115
b 0,860 0,850 0,840
IV 420
p 0,120 0,125 0,135
b 0,740 0,730 0,710
V 500
p 0,150 0,160 0,175

Portanto:

b = 1,11 Fr = 1,00 p = 0,065

Logo:

Valores de S2 a cada 5m
z (m) 5 10 14,55
S2 1,06 1,11 1,14

4.1.4. Fator Estatístico

Grupo Descrição S3

Edificações cuja ruina total ou parcial pode afetar a


segurança ou possibilidade de socorro a pessoas após uma
1 1,10
tempestade destrutiva (hospitais, quartéis de bombeiros e
de forças de segurança, centrais de comunicação, etc.)

Edificação para hotéis e residências, edificação para


2 1,00
comércio e indústria com alto fator de ocupação.
Edificações e instalações industriais com baixo fator de
3 0,95
ocupação (depósitos, silos, construções rurais, etc.)
4 Vedações (telhas, vidros, painéis de vedação, etc.) 0,88
Edificações temporarias, estruturas dos grupos 1 a 3
5 0,83
durante a construção.

Segundo o tipo de ocupação solicitado pelo professor, o valor que mais se


aproxima é do grupo 3 "Edificações e instalações industriais com baixo fator
de ocupação".
Portanto S3 = 0,95

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4.2. FORÇAS ESTÁTICAS DEVIDAS AO VENTO

4.2.1. Velocidade característica do vento

Relembrando da fórmula:

Vk = V0 x S1 x S2 x S3

Portanto:

Vk1 = 45 x 0,9 x 1,06 x 0,95 = 40,83 m/s

Vk2 = 45 x 0,9 x 1,11 x 0,95 = 42,71 m/s

Vk3 = 45 x 0,9 x 1,14 x 0,95 = 43,76 m/s

4.2.2. Pressão dinâmica

q = 0,613 x Vk^2 n/m²

qk1 = 0,613 x 40,83 ^2 = 1021,72 N/m²

qk2 = 0,613 x 42,71 ^2 = 1118,06 N/m²

qk3 = 0,613 x 43,76 ^2 = 1173,91 N/m²

4.3. COEFICIENTES AERODINÂMICOS P/ EDIFICAÇÕES CORRENTES

4.3.1. Pressão dinâmica

Vec = b = 25 m

Cpav = a = 50 m

h= 10,0 m

h/b = 10,0 / 25 = 0,4 ,

a/b = 50 / 25 = 2,00 .

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4.3.2. Coeficientes de pressão e de forma externos para paredes Laterais

Portanto:

Portanto:

+0,7 -0,9 -0,5

-0,8 -0,8

-0,4 -0,4

0,7 -0,5

-0,2 -0,2

90º

-0,3
-0,9 -0,5

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4.3.3.Coeficientes de pressão e de forma externos para telhado

Para ângulo do telhado 20 ° , portanto será utilizado 20 ° então:


-0,7 -0,7 -0,4 -0,4

-0,6 -0,6 -0,4 -0,4

90º

-0,2 -0,2 -0,4 -0,4

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4.3.4.Coeficientes de pressão e de forma externos para telhado

Admita-se que o pavilhão te, quatro faces permeáveis Cpi= -0.3 ou 0


(Considerar o valos mais nocivo).

4.3.4.1. Sobreposições dos coeficientes de forma e pressão nas duas


direções do vento consideradas (V 0°)

Onde: A = -0,80 B = -0,70 C = -0,70 D = -0,80

4.3.4.2. Sobreposições dos coeficientes de forma e pressão nas duas


direções do vento consideradas (V 90°)

Onde: A= 0,7 B= -0,4 C= -0,4 D= -0,5

4.3.4.3. Casos das sobreposições dos coeficientes de forma e pressão


nas duas direções do vento consideradas
Caso 01 Caso 02

Onde:

Caso A B C D
1 -1,10 -1,00 -1,00 -1,10
2 -0,80 -0,70 -0,70 -0,80

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Caso 03 Caso 04

Onde:

Caso A B C D
3 0,40 -0,70 -0,70 -0,80
4 0,70 -0,40 -0,40 -0,50

Para os cálculos desse trabalho, utilizaremos os dois casos mais críticos que
são o caso Caso I, pois apresenta as maiores forças atuantes e o Caso III,
que possui uma força bem elevada nos telhados.
Para um cálculo de pórtico multiplica-se esses coeficientes pela pressão
dinâmica ‘q’ e pela distância entre os pórticos ‘d’.

4.4. CÁLCULO DE CARGAS

Carga= Coeficiente x q x d [N/m]

Coeficiente Caso Coeficiente Caso 03


d x q (kN/m)
01 Esquerdo Direito
8,17 8,99 3,27 6,54
ql
8,94 9,84 3,58 7,16
qt 9,39 10,33 3,76 7,51

Onde:

ql = carga lateral

qt = carga telhado

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4.5. DIAGRMA DE ESFORÇOS
4.5.1. Pórtico com cargas do caso 01

4.5.2. Força normal atuante no pórtico do caso 01

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4.5.3. Força cortante atuante no pórtico do caso 01

4.5.4. Momento atuante no pórtico do caso 01

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4.5.5. Pórtico com cargas do caso 03

4.5.6. Força normal atuante no pórtico do caso 03

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4.5.7. Força cortante atuante no pórtico do caso 03

4.5.8. Momento atuante no pórtico do caso 03

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5. PRÉ DIMENSIONAMENTO

Bellei(2006), em seu livro sobre edifícios industriais em aço, recomenda para


colunas de galpões sem ponte rolante com a seção constante um valor de
altura do perfil de H/20 a H/30, sendo H a altura da coluna até o beiral. Para
vigas de cobertura o autor recomenda alturas de perfis de L/50 até L/70. No
projeto calculado teríamos para a altura h coluna:

hc= 5000/20 = 250mm

hv = 15000/50 =300mm

Obs: Comprimento da coluna adotado 5m, pois cada 5 m, terá um


travamento.

Comprimento da viga é a largura do pavilhão, 25 m

Então o perfil adotado será W 310x38,7 para as colunas e vigas, isto é, um


único perfil.

E= 2000000 Kgf/cm² 20000 kN/cm²


l (coluna) 5 m 500 cm
l (tesoura) 2,5 m Então -> 250 cm
le (coluna) 10 m 1000 cm
le (tesoura) 2,5 m 250 cm

Coluna
Inérica pelo Pct 707,4323502 cm4
Perfil adotado W 310x38,7
Iyy (Tabela) 727 cm4
b 310 mm
área 49,7 cm2
tw 5,8 mm
wy 88,1 cm3
ry 3,82 cm
zy 134,9 cm
Flambagem 143,358584 kN
Tensão Adm. 2,806841046 kN.cm2
Tensão Cisalhamento 1,855130785 kN.cm
Tensão de Flexão 18,38028169 kN.cm

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Viga
Inérica pelo Pct 22,5985334 cm4
Perfil adotado W 310x38,7
Iyy (Tabela) 8581 cm4
b 310 mm
área 49,7 cm2
tw 5,8 mm
wx 553,6 cm3
rx 13,14 cm
zx 615,4 cm
Flambagem 143,358584 kN
Tensão Adm. 1,43460765 kN.cm2
Tensão Cisalhamento 2,79678068 kN.cm
Tensão de Flexão 18,3802817 kN.cm

6. VERIFICAÇÕES

6.1. Verificação da esbeltez

Lx/rx = 500 / 13,14 = 38,05 < 200 ok!

Ly/ry = 500 / 3,82 = 130,9 < 200 ok!

6.2. Verificação da capacidade à compressão

hw/tw < 1,49 √(E/fy)

Então: 271 / 5,8 = 46,72 > 1,49 √(200.000/300) = 38,47

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