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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

CENTRO DE TECNOLOGIA – CT
DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS
DISCIPLINA: ESTRUTURAS DE AÇO E MADEIRA
DOCENTE: DR. WALLISON CARLOS DE SOUSA BARBOSA

TRABALHO APRESENTADO COMO COMPLEMENTO DE NOTAS DA


DISCIPLINA ESTRUTURAS DE AÇO E MADEIRA.
CONTEÚDO: ELABORAÇÃO DO PROJETO ESTRUTURAL DE UMA
QUADRA POLIESPORTIVA DE UMA ESCOLA MUNICIPAL (GRUPO 01).

Denilson Vieira Lima - 20189055531


Marynara Cruz Dias - 20189048223
Marcelo Brayen Santos Pinheiro - 20199021359

TERESINA – PI
JANEIRO DE 2023.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 3
2. JUSTIFICATIVA E OBJETIVO DO TRABALHO 3
3. METODOLOGIA 3
4. CONCEPÇÃO ESTRUTURAL 4
4.1 MEMORIAL DE CÁLCULO 4
4.1.1 PRESSÃO ESTÁTICA DO VENTO 4
4.1.2 COEFICIENTES DE PRESSÃO EXTERNA (CPe) para as paredes 7
4.1.3 COEFICIENTES DE PRESSÃO EXTERNA (CPe) para o telhado 10
4.1.4 COEFICIENTES DE PRESSÃO INTERNA 11
4.1.6 CARGAS FINAIS DE VENTO NO PÓRTICO 13
I) vento 0° - CPi = -0,30. 13
III) vento 0° - CPi = 0,20. 14
4.2 COMBINAÇÕES PARA ANÁLISE ESTRUTURAL 15
4.2.1 AÇÕES PERMANENTES (FGi,K) 15
4.2.2 AÇÃO ACIDENTAL (FQi,K) 15
4.2.3 COMBINAÇÕES PARA ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS (ELU) 16
4.2.4 ANÁLISE ESTRUTURAL 17
5. DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS QUE COMPÕEM O PÓRTICO 24
5.1 DIMENSIONAMENTO DA TRELIÇA 24
5.2 DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS 28
5.3 DIMENSIONAMENTO DA SOLDA DOS ELEMENTOS DA TRELIÇA 34
5.4 DIMENSIONAMENTO DAS TERÇAS 37
5.5 DIMENSIONAMENTO DA SOLDA DE LIGAÇÃO TERÇA TRELIÇA: 47
5.6 DIMENSIONAMENTO DOS CONECTORES 48
6. ORÇAMENTO 51
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 52
1.INTRODUÇÃO
Devido às suas boas propriedades e por ser um material versátil, o aço é um material
bastante utilizado na indústria em geral e na construção civil. Neste último, pode ser
empregado na forma de vigas, pilares, tirantes, treliças e terças. Por ser um material de alta
resistência e que envolve um processo de fabricação complexo, podem ser destacadas
algumas vantagens da utilização das estruturas metálicas em detrimento das soluções em
concreto armado: é possível utilizar seções mais leves e com menor grau de esbeltez,
controlar o padrão de seções, gerar menos resíduos, ter maior controle de fabricação, maior
velocidade de execução e permitir ao projetista trabalhar com arquiteturas fora do comum,
mais ousadas.
Dessa maneira, as estruturas metálicas se apresentam como uma boa alternativa
quando se quer obter soluções diversificadas. No entanto, trabalhar com este tipo de material
exige responsabilidade, pois o processo de cálculo e o dimensionamento são mais rigorosos, o
que exige um nível de precisão maior. Ainda assim, o uso do aço tem crescido bastante no
mercado brasileiro da construção civil, tendo bons investimentos.

2.JUSTIFICATIVA E OBJETIVO DO TRABALHO


O presente trabalho tem como objeto a concepção, dimensionamento e detalhamento
de uma quadra poliesportiva feita em estrutura metálica, localizada na cidade de Teresina, no
Piauí. O projeto foi solicitado pela prefeitura da cidade, que utilizará a quadra integrada a uma
escola da rede municipal.
Para o cálculo dos esforços provenientes do vento, foram seguidas as orientações da
norma ABNT NBR 6123:1998. Já para as cargas permanentes e acidentais foi utilizada a
norma ABNT NBR 6120:2019 e a norma ABNT NBR 8800:2008 para o cálculo,
dimensionamento e detalhamento da estrutura da quadra.
De forma geral, o objetivo do trabalho é aplicar, na prática, os conhecimentos
adquiridos na disciplina de Estruturas de Aço e Madeira, para o dimensionamento e
verificações de estruturas metálicas, ministrada pelo professor Dr. Wallison Carlos de Sousa
Barbosa, na Universidade Federal do Piauí. O trabalho conta, ainda, como parte das
avaliações parciais.

3.METODOLOGIA
O dimensionamento da estrutura foi realizado com base na norma ABNT NBR
8800:2008 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios;
no conteúdo e exercícios do livro de Estruturas de Aço: dimensionamento prático, por Walter
Pfeil e no Manual de Construção em Aço: Galpões de uso geral (2018), da CBCA, além das
notas de aula feitas pelo professor.

3
4.CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
Para o dimensionamento da quadra foram fornecidos os seguintes dados iniciais:
- Inclinação θ: 10º;
- Largura L (m): 20,0m;
- Comprimento C (m): 35,0m;
- Altura H (m): 9,0m;
- Localização: Teresina - Piauí.

4.1 MEMORIAL DE CÁLCULO

4.1.1 PRESSÃO ESTÁTICA DO VENTO


A pressão estática exercida pelo vento nas extremidades da estruturas é calculada de
acordo com a ABNT NBR 6123, a partir da seguinte expressão:
q = 0,613 · Vk 2
Onde: Vk é a velocidade característica do vento;
Vk = S1 · S2 · S3 · V0
Onde: S1 é o fator topográfico;
S2 é o fator de rugosidade;
S3 é o fator estatístico;
V0 é a velocidade básica do vento;
Figura 1. Mapa das isopletas.

Fonte: NBR 6123/88

4
Observando no mapa das isopletas a localizando da região de execução da construção
temos que a velocidade básica do vento, V0= 30 m/s.
Figura 2. Fator topográfico.

Fonte: NBR 6123/88


Considerando terreno plano ou quase plano, teremos que o fator topográfico S1 = 1,0.
A edificação em questão por se tratar de uma quadra poliesportiva pode ser
classificada como pertencente ao grupo 3: edificações e instalações industriais com baixo
fator de ocupação, logo S3 = 0,95.
Para o cálculo do fator de rugosidade, iremos considerar 3 alturas distintas de análise:
3m, 6m e 9m.
𝑧 𝑝
S2 = b · FR · 10

5
Tabela 1. Coeficientes de pressão e forma

Fonte: NBR 6123/88


Analisados os dados fornecidos em projeto, adotamos a edificação como pertencente à
categoria IV (Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados em zona
florestal, industrial ou urbanizada), classe B (Maior dimensão da edificação 20m < C < 50m),
dessa forma temos que: b = 0,85, FR = 0,98 e p = 0,125.
Assim:
3 0,125
S2,3m = 0,85 · 0,98 · 10

S2,3m = 0,72

6 0,125
S2,6m = 0,85 · 0,98 · 10

S2,6m = 0,78

9 0,125
S2,9m = 0,85 · 0,98 · 10

S2,9m = 0,82
Obtemos então, três velocidades características distintas:

6
Vk,3m = S1 · S2,3m · S3 · V0
Vk,3m = 1,0 · 0,72 ·0,95 · 30
Vk,3m = 20,52 m/s

Vk,6m = S1 · S2,6m · S3 · V0
Vk,6m = 1,0 · 0,78 ·0,95 · 30
Vk,6m = 22,23 m/s

Vk,9m = S1 · S2,9m · S3 · V0
Vk,9m = 1,0 · 0,82 ·0,95 · 30
Vk,9m = 23,37 m/s
Por fim, temos a pressão estática do vento em função das três alturas consideradas:
q3m = 0,613 · Vk,3m2
q3m = 0,613 · 20,522
q3m = 258,12 N/m2

q6m = 0,613 · Vk,6m2


q6m = 0,613 · 22,232
q6m = 302,93 N/m2

q9m = 0,613 · Vk,9m2


q9m = 0,613 · 23,372
q9m = 334,79 N/m2

4.1.2 COEFICIENTES DE PRESSÃO EXTERNA (CPe) para as paredes


Para o pórtico em questão, com inclinação de 10º e altura de 9,0m até a cumeeira,
temos uma altura de pilar de 7,2367m. Optamos por fazer um arredondamento para 7,25m.
Assim, ficamos com as seguintes relações para esta quadra:

Relação h/b: 7,25/20 = 0,3625;


Relação a/b: 35/20 = 1,75.

7
Tabela 2. Coeficientes de pressão e forma

Fonte: NBR 6123/88


𝑎
Visto que a relação 𝑏
não está inserida em nenhum dos intervalos contidos na norma,
foi feita a interpolação dos coeficientes de forma a calcular as ações com seus valores
próximos ao real.
● Coeficientes para vento a 0°
A1 e B1 = -0,8
A2 e B2 :
𝑦 −(−0,4) 1,75 − 1,5
(−0,5)−(−0,4)
= 2,0 − 1,5

y = -0,45
A3 e B3 :
𝑦 −(−0,45) 1,75 − 1,0
(−0,2)−(−0,45)
= 2,0 − 1,0

y = -0,26
C = +0,7
D:

8
𝑦 −(−0,4) 1,75 − 1,5
(−0,3)−(−0,4)
= 2,0 − 1,5

y = -0,35
● Coeficientes para vento a 90°
A = +0,7
B:
𝑦 −(−0,4) 1,75 − 1,5
(−0,5)−(−0,4)
= 2,0 − 1,5

y = -0,45
C1 e D1 :
𝑦 −(−0,8) 1,75 − 1,5
(−0,9)−(−0,8)
= 2,0 − 1,5

y = -0,85
C2 e D2 :
𝑦 −(−0,4) 1,75 − 1,5
(−0,5)−(−0,4)
= 2,0 − 1,5

y = -0,45
A seguir é apresentada a distribuição dos coeficientes de pressão externos, obtidos por
meio do software Visual Ventos, que coincidiram com os coeficientes calculados
anteriormente.
Figura 3. Distribuição dos coeficientes de pressão externos.

9
Fonte: Autores, por meio do Visual Ventos (janeiro de 2023).

4.1.3 COEFICIENTES DE PRESSÃO EXTERNA (CPe) para o telhado


Posteriormente, foi consultada a tabela 5 da norma para retirar os coeficientes de
pressão externa do telhado.
Tabela 3. Coeficientes de pressão e forma para telhado simétrico

Fonte: NBR 6123/88


Figura 4. Coeficientes de pressão externa para o telhado.

Fonte: Autores, por meio do software Visual Ventos (janeiro de 2023).

10
Figura 5. Coeficiente de pressão médio.

Fonte: Autores, por meio do software Visual Ventos (janeiro de 2023).

4.1.4 COEFICIENTES DE PRESSÃO INTERNA


A estrutura a ser construída é uma quadra poliesportiva, portanto não é prevista a
existência de alvenaria. Nesse caso, todas as faces da estrutura são igualmente permeáveis. No
entanto, foi analisada a pior situação entre a estrutura real e a consideração de uma estrutura
com duas faces opostas impermeáveis e duas faces opostas permeáveis. Para as situações
previstas, a NBR 6123 faz a seguinte recomendação:
Figura 6. Coeficientes de pressão internos.

Fonte: NBR 6123/88

11
Ainda com o auxílio do Visual Ventos foi possível visualizar que as combinações dos
coeficientes de pressão mais desfavoráveis, foram as combinações considerando duas
faces opostas permeáveis e duas faces opostas impermeáveis.
4.1.5 COMBINAÇÕES DOS COEFICIENTES DE PRESSÃO EXTERNA E
INTERNA

Caso 1: vento 0º - CPi = 0,20 Caso 2: vento 0° - CPi = 0,00.

Caso 3: vento 0º - CPi = -0,30. Caso 4: vento 90° - CPi = 0,20.

Caso 3: vento 90º - CPi = 0,00. Caso 6: vento 90° - CPi = -0,30

12
4.1.6 CARGAS FINAIS DE VENTO NO PÓRTICO
Para o cálculo dos esforços provenientes do vento é utilizada a seguinte expressão:
𝐹 = (𝐶𝑃𝑒 − 𝐶𝑃𝑖) · 𝑞 · 𝐴
Em seguida, são apresentados os esforços para cada caso, obtidos por meio do Visual
Ventos.

I) vento 0° - CPi = -0,30.

II) vento 0° - CPi = 0,00.

13
III) vento 0° - CPi = 0,20.

IV) vento 90° - CPi = -0,30.

V) vento 90° -CPi = 0,00.

VI) vento 90° - CPi = 0,20.

14
Analisando as combinações, verificou-se que III e VI fornecem os maiores esforços, o
que significa que deve-se adotá-las para o dimensionamento da edificação, uma vez que se
pretende trabalhar e projetar com o maior nível de segurança possível.

4.2 COMBINAÇÕES PARA ANÁLISE ESTRUTURAL

4.2.1 AÇÕES PERMANENTES (F Gi,K)


Foram consideradas as seguintes ações:
● Telhas de aço trapezoidal: 0,10 kN/m²
● Contraventamentos: 0,05 kN/m²
● Terças e tirantes: 0,10 kN/m²
● Vigas e colunas: 0,20 kN/m²
Carga permanente total: 0,45 kN/m²
Desta forma, o carregamento total distribuído ao longo do pórtico é dado por:
𝑘𝑁 𝑘𝑁
0,45 𝑚² * 7, 0𝑚 = 3, 15 𝑚

4.2.2 AÇÃO ACIDENTAL (F Qi,K)


A NBR 8800 no anexo B item B5.1 alerta que: “ Nas coberturas comuns (telhados), na
ausência de especificação mais rigorosa, deve ser prevista uma sobrecarga característica
mínima de 0,25 kN/m2, em projeção horizontal. Admite-se que essa sobrecarga englobe as
cargas decorrentes de instalações elétricas e hidráulicas, de isolamento térmico e acústico e de
pequenas peças eventualmente fixadas na cobertura, até um limite superior de 0,05kN/m2”.
Logo, a ação acidental total é:
𝑘𝑁 𝑘𝑁
0,25 𝑚² * 7, 0𝑚 = 1, 75 𝑚

15
4.2.3 COMBINAÇÕES PARA ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS (ELU)
➢ Primeira combinação (ação permanente e variável):
𝐹𝐷, 1 = 1, 25 * (𝐹𝐺𝑖, 𝐾) + 1, 50 * (𝐹𝑄𝑖, 𝐾)
𝐹𝐷, 1 = 1, 25 * 3, 15 + 1, 50 * 1, 75
𝑘𝑁
𝐹𝐷, 1 = 6, 5625 𝑚

➢ Força nocional:
𝐹𝑛 = 0, 003 * 6, 5625 * 20
𝐹𝑛 = 0,39375 kN
➢ Segunda e terceira combinação - Forças devido ao vento:
𝐹𝐷, 2 = 1, 00 * (𝐹𝐺𝑖, 𝐾) − 1, 40 * (𝐹𝑤, 𝐾)

Depois de analisar, percebe-se que as combinações que geram esforços mais elevados
são os itens (III) e (VI). Portanto, para estes, temos:
Item III)

𝑘𝑁
𝐹𝐷, 2 = 1, 00 * 3, 15 − 1, 40 * (2, 36 * 𝑐𝑜𝑠(10°)) = − 0, 1038 𝑚

𝑘𝑁
𝐹𝐷, 2 = − 1, 40 * (2, 36 * 𝑠𝑒𝑛(10°)) = − 0, 574 𝑚

𝑘𝑁
𝐹𝐷, 2 = − 1, 40 * 2, 36 = − 3, 304 𝑚

Da mesma forma, para o item (VI) são apresentadas as seguintes combinações:

16
𝑘𝑁
𝐹𝐷, 3 = 1, 00 * 3, 15 − 1, 40 * (3, 29 * 𝑐𝑜𝑠(10°)) = − 1, 3860 𝑚

𝑘𝑁
𝐹𝐷, 3 = 1, 00 * 3, 15 − 1, 40 * (1, 41 * 𝑐𝑜𝑠(10°)) = 1, 206 𝑚

𝑘𝑁
𝐹𝐷, 3 = − 1, 40 * (3, 29 * 𝑠𝑒𝑛(10°)) = − 0, 80 𝑚

𝑘𝑁
𝐹𝐷, 3 = − 1, 40 * (1, 41 * 𝑠𝑒𝑛(10°)) = − 0, 3428 𝑚

𝑘𝑁
𝐹𝐷, 3 = 1, 40 * 1, 18 = 1, 652 𝑚

𝑘𝑁
𝐹𝐷, 3 = − 1, 40 * 1, 53 = − 2, 142 𝑚

4.2.4 ANÁLISE ESTRUTURAL


A partir da análise das cargas no pórtico, montou-se o seguinte modelo para a primeira
combinação de cargas.

Figura 7. Pórtico para a primeira combinação de cargas (FD,1).

17
Figura 8. Esforços axiais para a primeira combinação.

Fonte: Autores, por meio do software Ftool (2023).

Figura 9. Esforços cortantes para a primeira combinação.

18
Fonte: Autores, por meio do software Ftool (2023).

Figura 10. Momentos para a primeira combinação.

Fonte: Autores, por meio do software Ftool (2023).

Abaixo, seguem os resultados obtidos para a combinação 2 (FD,2):

19
Figura 11. Pórtico no Ftool.

Fonte: Autores, por meio do software Ftool (2023).

Figura 12. Esforços axiais.

Fonte: Autores, por meio do software Ftool (2023).

Figura 13. Esforços cortantes.

20
Fonte: Autores, por meio do software Ftool (2023).

Figura 14. Diagramas de momentos fletores.

Fonte: Autores, por meio do software Ftool (2023).


Aqui apresentamos os resultados obtidos para a combinação 3m(FD,3):

21
Figura 15. Pórtico para a 3ª combinação.

Fonte: Autores, por meio do software Ftool (2023).

Figura 16. Esforços axiais.

Fonte: Autores, por meio do software Ftool (2023).

Figura 17. Esforços cortantes.

22
Fonte: Autores, por meio do software Ftool (2023).

Figura 18. Diagrama de momentos fletores.

Fonte: Autores, por meio do software Ftool (2023).

23
5. DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS QUE COMPÕEM O PÓRTICO
5.1 DIMENSIONAMENTO DA TRELIÇA
Analisados os 3 casos de combinações acima, tem-se o dimensionamento de todos os
componentes que irão compor a nossa quadra. Como podemos observar, a combinação que
produz maiores esforços no pórtico é a primeira (FD,1). Portanto, a partir deles vamos fazer o
dimensionamento dos elementos.
● Banzo superior:
Para o dimensionamento à compressão, o maior esforço obtido foi de 535,2599 kN. A
fim de trabalhar com menos casas decimais e sempre a favor da segurança, esse valor será
arredondado para 535,26 kN. Adotando-se uma estimativa inicial de fc/fy igual a 0,65, temos
que a área necessária do perfil é:

535,26
Ag = 0,65 · (25/1,10)
= 36,5 cm2

Dessa forma, foi adotado o perfil U 203x27,9 , cuja área (35,6 cm2) mais se aproxima
do valor estimado. Temos:
ix (ou rx) = 7,17 cm;
iy (ou ry) = 1,52 cm;
A recomendação do projeto é que seja utilizado aço MR250 para os perfis.
Propriedades do aço: fy = 250 MPa = 25 kN/cm²; fu = 400 MPa = 40 kN/cm².
➔ Verificação de Flambagem Global:
𝐾*𝐿
𝑟𝑦
≤ 200

126,9
1,52
≤ 200

83, 48 ≤ 200 (OK)


➔ Verificação de Flambagem Local:
➢ Flambagem Local da Alma (FLA):

20.32 − 2·2,06 20000


1,24
= 13, 06 < 1, 49 · 25
= 42,15 (OK)

Qa = 1,0
➢ Flambagem Local da Mesa (FLM):

6,42/2 20000
0,99
= 3, 24 < 0, 56 · 25
= 15,84 (OK)

24
Qs = 1,0
Logo, 𝑄 = 𝑄𝑎 · 𝑄𝑠 = 1, 0
➔ Cálculo do esforço resistente:

𝐾·𝐿 𝑄 · 𝑓𝑦 126,9 1,0 · 25


λ0 = 𝑖·π 𝐸
= 1,52·π 20000
= 0,9395

λ0 = 0,9395 < 1,50

2
λ0
Portanto, χ = 0, 658

0,9395²
χ = 0, 658 = 0,691
Por último:
𝑄 · 𝐴𝑔 · χ · 𝑓𝑦 1,0 · 35,6 · 0,691 · 25
𝑁𝑟𝑑 = γ𝑎1
= 1,10
= 559,162 kN

Como Nrd = 559,162 kN > Nsd = 535,26 kN, então este perfil atende aos requisitos e
pode ser utilizado.
● Banzo inferior:
Para o dimensionamento à tração (não será dimensionado para o esforço de
compressão, pois no banzo inferior apresenta um valor irrisório), o maior esforço obtido foi
de 524,2733 kN. A fim de trabalhar com menos casas decimais e sempre a favor da
segurança, esse valor será arredondado para 524,28 kN.
Assim estimamos a área necessária:
524,28 · 1,10
Ag = 25
= 23,07 cm2

Escolhemos o perfil U 203x27,9; por questões construtivas, cuja área (35,6 cm2) mais
se aproxima do valor estimado.temos:
➔ Para o escoamento da seção bruta: (considerando aço MR250)
𝐴𝑔 · 𝑓𝑦
𝑁𝑡, 𝑟𝑑 = γ𝑎1

35,6 · 25
𝑁𝑡, 𝑟𝑑 = 1,10
= 809, 09 𝑘𝑁 > 𝑁𝑡, 𝑆𝑑 = 524, 28 𝑘𝑁

➔ Esbeltez limite para a tração:


𝑙
𝑟
≤ 300

126,9
1,52
≤ 300

83, 48 ≤ 300 (𝑂𝐾)

25
● Diagonais:
Para o dimensionamento das diagonais será utilizado o maior valor da carga de tração,
que é 130,66 kN. Considerou-se perfil dupla cantoneira por questões construtivas:
Assim estimamos a área necessária:
(130,66/2) · 1,10
Ag = 25
= 2,87 cm2

Escolhemos o perfil dupla cantoneira sem ligação entre si L 64 x 64 x 6,1; cuja área
(7,68 cm2) que mais se aproxima do valor estimado, temos:
➔ Para o escoamento da seção bruta: (considerando aço MR250)
𝐴𝑔 · 𝑓𝑦
𝑁𝑡, 𝑟𝑑 = γ𝑎1

7,68 · 25
𝑁𝑡, 𝑟𝑑 = 1,10
= 174, 54 𝑘𝑁 > 𝑁𝑡, 𝑆𝑑 = 65, 33 𝑘𝑁

➔ Esbeltez limite para a tração:


𝑙
𝑟
≤ 300

130,98
1,24
≤ 300

105, 63 ≤ 300 (𝑂𝐾)

● Montantes:
Para o dimensionamento dos montantes foi considerado os esforços de tração e
compressão. Considerou-se perfil dupla cantoneira, sem ligação entre si por questões
construtivas (devido a solda):
Assim estimamos a área necessária para tração do montante com maior esforço axial
de tração, cujo valor é de 176,33kN:
(176,33/2) · 1,10
Ag = 25
= 3,88 cm2

Escolhemos o perfil L 64 x 64 x 6,1; cuja área (7,68 cm2) mais se aproxima do valor
estimado, temos:
➔ Para o escoamento da seção bruta: (considerando aço MR250)
𝐴𝑔· 𝑓𝑦
Nt,rd = γ𝑎1
= 3,88 cm

7,78 · 25 𝑁𝑡,𝑆𝑑
𝑁𝑡, 𝑟𝑑 = 1,10
= 176, 82 𝑘𝑁 > 2
= 88, 16𝑘𝑁

➔ Esbeltez limite para a tração:

26
𝑙
𝑟
≤ 300

61
1,24
≤ 300

49, 19 ≤ 300 (𝑂𝐾)


Para a compressão verificaremos se o perfil L 64 x 64 x 6,1 atende a solicitação:
Usaremos os seguintes dados:
ix (ou rx) = 1,95 cm;
iy (ou ry) = 1,95 cm;
iz (ou rz) = 1,24 cm;
A recomendação do projeto é que seja utilizado aço MR250 para os perfis.
Propriedades do aço: fy = 250 MPa = 25 kN/cm²; fu = 400 MPa = 40 kN/cm².
➔ Verificação de Flambagem Global:
Como se trata de uma cantoneira de abas iguais conectada por solda transversal em
ambas as abas, logo o Kx.Lx = 61cm, ou seja, não é necessário calcular o comprimento de
flambagem equivalente.
𝐾*𝐿
𝑟𝑦
≤ 200

61
1,24
≤ 200

49, 19 ≤ 200 (OK)


➔ Verificação de Flambagem Local:
➢ Flambagem Local da Mesa (FLM):

6,35 20000
0,63
= 10, 08 < 0, 45 · 25
= 12,73 (OK)

Qs = 1,0
Logo, 𝑄 = 𝑄𝑠 = 1, 0
➔ Cálculo do esforço resistente:

𝐾·𝐿 𝑄 · 𝑓𝑦 49,19 1,0 · 25


λ0 = 𝑖·π 𝐸
= π 20000
=0,554

λ0 = 0,554 < 1,50

2
λ0
Portanto, χ = 0, 658

0554²
χ = 0, 658 = 0,879

27
Por último:
𝑄 · 𝐴𝑔 · χ · 𝑓𝑦 1,0 · 7,68 · 0,879 · 25
𝑁𝑐, 𝑟𝑑 = γ𝑎1
= 1,10
= 153,42 kN

Como Nc,rd = 153,42 kN > Nsd = 65,03 kN, então este perfil atende aos requisitos e
pode ser utilizado.

5.2 DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS


Para o dimensionamento das colunas foram considerados os esforços máximos
apresentados quando o elemento está submetido à traça e a compressão:
❖ ELEMENTO SUBMETIDO À COMPRESSÃO (Combinação 1) :
NSD = 65,65 kN
MSD = 25,28 kN·m
VSD = 3,81 kN
❖ ELEMENTO SUBMETIDO À TRAÇÃO (Combinação 2):
NSD = 1,06 kN
MSD = 20,28 kN·m
VSD = 14,03 kN
❖ ELEMENTO SUBMETIDO À TRAÇÃO (Combinação 3):
NSD = 7,03 kN
MSD = 28,45 kN·m
VSD = 11,40 kN
Assim, estimamos a área necessária para compressão, visto que este esforço é o mais
expressivo. Adotando-se uma estimativa inicial de fc/fy igual a 0,65, temos que a área
necessária do perfil é:

65,65
Ag = 0,65 · (25/1,10)
= 4,45 cm2

Agora dimensionarmos com base na esbeltez limite:


𝑙𝑥
𝑟𝑥,𝑦
≤ 200

𝑙𝑥
r x,y≥ 200

725
rx,y ≥ 200

28
rx,y ≥ 3,625 cm
:
Escolhemos o perfil W 200 x 41,7 , cuja área e raio de giração (53,5 cm2 e 4,10 cm,
respectivamente) apresentam uma certa folga em relação ao valor estimado, temos as
seguintes propriedades da seção:
h = 20,5 cm tf = 1,18 cm wx = 401,4 cm3 J = 23,2 cm4 zy = 165,7 cm3
A = 53,5 cm b f = 16,6 cm Iy = 901 cm4 bf /2 tf = 7,0
t0 = 0,72 cm Ix = 4114 cm4 ry = 4,10 cm hw / t0 = 21,9
h0 = 18,1 cm rx = 8,77 cm wy = 108,5 cm3 zx = 448,6 cm3

Em relação à compressão:
➔ Verificação da flambagem global:
𝑙𝑥 725
𝑟𝑥
= 8,77
=82,67 < 200

𝑙𝑦 725
𝑟𝑦
= 4,10
= 176,83 < 200

➔ Verificação de Flambagem Local:


➢ Flambagem Local da Alma (FLA):
ℎ𝑤 20000
𝑡0
= 21, 9 < 1, 49 · 25
= 42,15 (OK!)

Qa = 1,0
➢ Flambagem Local da Mesa (FLM):
𝑏𝑓 20000
2𝑡𝑓
= 7, 0 < 0, 56 · 25
= 15,84 (OK!)

Qs = 1,0
Logo, 𝑄 = 𝑄𝑎 · 𝑄𝑠 = 1, 0
➔ Cálculo da força axial de flambagem:
➢ Flambagem no eixo x:
2
π 𝐸 𝐼𝑥 2
π 20000 · 4114
Nex = 2 = 2 = 1544,96 kN
(𝐾 𝐿 ) (725 )

➢ Flambagem no eixo y:

29
2
π 𝐸 𝐼𝑦 2
π 20000 · 901
Ney = 2 = 2 = 338,36 kN
(𝐾 𝐿 ) (725 )

➔ Cálculo do esforço resistente:

𝑄 ·𝐴𝑔 · 𝑓𝑦 1,0 · 53,5 ·25


λ0 = 𝑁𝑒
= 338,36
= 1,988

λ0 = 1,988 > 1,50

0,877
Portanto, χ = 2
λ0

0,877
χ = 2 = 0,222
1,988

Por último:
𝑄 · 𝐴𝑔 · χ · 𝑓𝑦 1,0 · 53,5 · 0,222 · 25
𝑁𝑐, 𝑟𝑑 = γ𝑎1
= 1,10
= 269,93 kN

Como Nc,rd = 269,93 kN > Nsd = 65,65 kN, então este perfil resiste a compressão.

Em relação à tração:
➔ Para o escoamento da seção bruta: (considerando aço MR250)
𝐴𝑔 · 𝑓𝑦
𝑁𝑡, 𝑟𝑑 = γ𝑎1

53,5 · 25
𝑁𝑡, 𝑟𝑑 = 1,10
= 1022, 73 𝑘𝑁 > 𝑁𝑡, 𝑆𝑑 = 7, 03𝑘𝑁

➔ Esbeltez limite para a tração:


𝑙
𝑟
≤ 300

725
4,10
≤ 300

176, 83 ≤ 300 (𝑂𝐾)


Em relação à flexão:
➔ Verificação da capacidade à flexão com torção - FLT:
➢ Parâmetro de esbeltez:
𝑙𝑦 725
λ𝐹𝐿𝑇 = 𝑟𝑦
= 4,10
= 176,83

➢ Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação:

𝐸 20000
λ𝑃 = 1,76 𝑓𝑦
= 1,76 25
= 49,78

➢ Parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento:


30
(𝑓𝑦−σ𝑡) 𝑤 (25 −7,5) 108,5
β1 = 𝐸𝐽
= 20000 · 23,2

β1 = 0,004092
2
𝐼𝑦(𝑑 − 𝑡𝑓) 901(20,5− 1,18)
2
𝐶𝑤 = 4
= 4

𝐶𝑤 =84077,3556

1,38 𝐼𝑦 𝐽 27𝐶𝑤 β1
λ𝑟 = 𝑟𝑦 𝐽 β1
1 + 1+ 𝐼𝑦

2
1,38 901 · 23,2 27 · 84077,3556 · 0,004092
λ𝑟 = 4,10· 23,2 ·0,004092
1+ 1 + 901

λ𝑟 = 722,47

λ𝑃< λ𝐹𝐿𝑇< λ𝑟

➢ Cálculo do momento nominal:


𝑙𝑏 − 𝑙𝑏𝑝
𝑀𝑛 = 𝐶𝑏⎡⎢𝑀𝑝 − (𝑀𝑝 − 𝑀𝑟) 𝑙𝑏𝑟 − 𝑙𝑏𝑝


⎣ ⎦
𝑀𝑝= 𝑧𝑦 · 𝑓𝑦 = 165, 7 · 25 = 41, 425 𝑘𝑁 · 𝑚

𝑀𝑟= 𝑤𝑦 · (𝑓𝑦 − 0, 3𝑓𝑦) = 108, 5 · ( 25 − 0, 3 · 25) = 18, 99 𝑘𝑁 · 𝑚

𝑙𝑏= 7,25 m

𝐸 20000
𝑙𝑏𝑝= 1,76 𝑟𝑦 𝑓𝑦
= 1,76 ·4,10· 25
= 2,0410 m

1,38 𝐼𝑦 𝐽 27𝐶𝑤 β1
𝑙𝑏𝑟= 𝐽 β1
1 + 1+ 𝐼𝑦

2
1,38 901 · 23,2 27 · 69532,8624 · 0,005588
𝑙𝑏𝑟= 23,2 ·0,005588
1 + 1+ 901

𝑙𝑏𝑟= 29,6213 m

7,25 − 2,0410
𝑀𝑛 = 1, 0 ⎡41, 425 − (41, 425 − 18, 99) ⎤
⎣ 29,6213 − 2,0410 ⎦
𝑀𝑛 = 37,19 kN · m

𝑀𝑛 37,19
𝑀𝐹𝐿𝑇,𝑟𝑑 = 1,10
= 1,10
= 33,81 kN · m

31
➔ Verificação do estado limite para flambagem local da alma - FLA:
➢ Parâmetro de esbeltez:
ℎ𝑤
λ𝐹𝐿𝐴 = 𝑡0
= 21, 9

➢ Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação:

𝐸 20000
λ𝑃 = 3,76 𝑓𝑦
= 3,76 25
= 106,35

➢ Parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento:

𝐸 20000
λ𝑟 = 5,70 𝑓𝑦
= 5,70 25
= 161,22

➢ Cálculo do momento resistente de flambagem da alma:


Tendo em vista que λ𝐹𝐿𝐴 < λ𝑃, temos que:

𝑀𝑝𝑙 41,425
𝑀𝐹𝐿𝐴,𝑟𝑑 = 1,10
= 1,10
= 37,66 kN · m

➔ Verificação do estado limite para flambagem local da mesa - FLM:


➢ Parâmetro de esbeltez:
𝑏𝑓
λ𝐹𝐿𝑀= 2𝑡𝑓
= 7, 0

➢ Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação:

𝐸 20000
λ𝑃 = 0,38 𝑓𝑦
= 0,38 25
= 9,15

➢ Parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento:

𝐸 20000
λ𝑟 = 0,83 𝑓𝑦 − 0,3𝑓𝑦
= 0,83 25 − 0,3·25

λ𝑟 = 28,06

Tendo em vista que λ𝐹𝐿𝑀 < λ𝑃, temos que:

𝑀𝑝𝑙 41,425
𝑀𝐹𝐿𝑀,𝑟𝑑 = 1,10
= 1,10
= 37,66 kN · m

O momento fletor resistente de cálculo é o menor entre os momentos calculados.


Logo, Mrd= 33,81 kN· m. Como Mrd = 33,81 kN· m > Msd = 28,45 kN· m, este perfil
trabalha à flexão solicitante.

32
Em relação ao cisalhamento:
➔ Verificação da capacidade ao cisalhamento:
➢ Parâmetro de esbeltez:
ℎ 20,5
λ𝑉= 𝑡𝑤
= 0,72
= 28, 47

➢ Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação:

𝐾𝑉 · 𝐸 5 · 20000
λ𝑃 = 1,10 𝑓𝑦
= 1,10 25
= 69,57

➢ Parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento:

𝐾𝑉 · 𝐸 5 · 20000
λ𝑅 = 1,37 𝑓𝑦
= 1,37 25
= 86,65

Para seção I fletida em relação ao eixo de menor inércia, a força cortante resistente de
cálculo, Vrd , segundo a NBR 8800 para quando λ𝑉< λ𝑃, é dada por:

𝑉𝑝𝑙 = 0, 60 · 𝐴𝑤 · 𝑓𝑦 = 0,60 · (20,5 · 0,72) · 25 = 221,4 kN

𝑉𝑝𝑙 221,4
𝑉𝑟𝑑 = 1,10
= 1,10
= 201,27 kN

Como V,rd = 201,27 kN > Vsd = 14,03 kN, então este perfil resiste ao cisalhamento.
➔ Verificação para a combinação de esforços solicitantes:
Visto que o elemento em questão está submetido à flexo-compressão é necessário que
seja obedecida a limitação fornecida pelas seguintes expressões de interação:
𝑁𝑆𝐷 𝑁𝐶, 𝑆𝐷 8 𝑀𝑆𝐷
𝑁𝑅𝐷
≥ 0, 2 ⇒ 𝑁𝐶, 𝑅𝐷
+ 9 𝑀𝑅𝐷
≤ 1, 0

𝑁𝑆𝐷 𝑁𝐶, 𝑆𝐷 𝑀𝑆𝐷


𝑁𝑅𝐷
< 0, 2 ⇒ 2 ·𝑁𝐶, 𝑅𝐷
+ 𝑀𝑅𝐷
≤ 1, 0

65,65
Assim, como 269,93
= 0,243 ≥ 0, 2 , temos que:

𝑁𝐶, 𝑆𝐷 8 𝑀𝑆𝐷
𝑁𝐶, 𝑅𝐷
+ 9 𝑀𝑅𝐷
≤ 1, 0

65,65 8 28,45
269,93
+ 9 33,91
≤ 1, 0

0, 99 ≤ 1, 0 (OK!)
Verifica-se desta forma a estabilidade do perfil proposto para suportar os esforços
previstos. Portanto, as colunas da estrutura serão executadas com perfil W 200 x 41,7, capaz
de atender todas as condições de carregamento.

33
5.3 DIMENSIONAMENTO DA SOLDA DOS ELEMENTOS DA TRELIÇA
Para o dimensionamento das conexões das diagonais e montantes da treliça, que serão
feitas por ligações soldadas, foi adotado o eletrodo E70 para solda tipo filete. Dimensionando
tem-se:
Primeiro passo é estipular a perna da solda que será de acordo com a seguinte tabela:
Tabela 4 - Tamanho mínimo da perna de solda de filete

Fonte: ABNT NBR 8800:2008


A partir da tabela acima permite-se dimensionar o tamanho mínimo da perna do filete
e, assim, verificar a resistência da solda.
➔ Solda entre os montantes e os banzos:
Foi considerado o montante com maior carga axial crítica, ou seja, a carga total a se
considerar será de 176,33 kN. O perfil considerado foi a dupla cantoneira sem ligação entre si
L 64 x 64 x 6,1; logo, pela tabela acima, a perna da solda de filete a ser considerada é de
3mm, visto que esse perfil tem uma espessura menor que 6,35mm (6,30mm). Outrossim, foi
considerado quatro filetes por cantoneira. Portanto, agora, pode-se calcular a área de solda
resistente para cada cantoneira:
Primeiramente, foi analisado o diagrama de corpo livre, para que assim se possa
calcular a força que vai para cada solda:

34
Considerou que as força F1a ≅ F1b e F2a ≅ F2b, com intuito de simplificar o cálculo,
logo podemos calcular a força que vai para cada filete:
Por simetria, percebeu-se que a força F1a = F2a, logo
{2𝐹1𝑎 + 2𝐹2𝑎 = 88, 16 𝑘𝑁; 𝐹1𝑎 = 𝐹2𝑎}
𝐹2𝑎 = 88, 16/4 ⇒ 𝐹2𝑎 = 22, 04 𝑘𝑁, 𝑙𝑜𝑔𝑜:
𝐹1𝑎 = 22, 04 𝑘𝑁
Agora calculando a perna de filete de cada cordão:
Para Rd = 22,04 kN:
γ𝑤2
𝐴𝑤 = 𝑅𝑑 0,60𝑥𝑓𝑤

1,35
𝐴𝑤 = 22, 04 0,60𝑥48,5

𝐴𝑤 = 1, 02𝑐𝑚²
𝐴𝑤 = 𝑙𝑡 = 𝑙𝑥0, 7𝑏
𝐴𝑤 1,02
𝑙= 0,7𝑏
= 0,7𝑥0,3
⇒𝑙 = 4, 85𝑐𝑚 (𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑡𝑒)

Será soldado toda a seção transversal da cantoneira (cada cordão terá mais de 4,85cm
de comprimento mínimo).
Agora é necessário verificar se o metal base resiste ao esforço de cisalhamento,
portanto:
𝐴𝑔·0,6·𝑓𝑦
𝑅𝑑 = γ𝑎1

𝐴𝑔·0,6·𝑓𝑦 7,68·0,6.25
𝑅𝑑 = γ𝑎1
= 1,10
⇒𝑅𝑑 = 104, 73𝑘𝑁 > 𝑁𝑡, 𝑠𝑑/2 = 88, 16𝑘𝑁

35
Figura 19. Representação da solda do montante.

Fonte: Autores.

➔ Solda entre as diagonais e os banzos:


Será considerado a diagonal com maior carga axial crítica, ou seja, a carga total a se
considerar será de 130,72 kN. O perfil considerado foi a dupla cantoneira sem ligação entre si
L 64 x 64 x 6,1; logo, pela tabela acima, a perna da solda de filete a ser considerada é de
3mm, visto que esse perfil tem uma espessura menor que 6,35mm (6,30mm). Outrossim, foi
considerado quatro filetes por cantoneira. Portanto, agora, pode-se calcular a área de solda
resistente para cada cantoneira:
A força em cada filete de solda foi o valor da carga axial de tração em cada cantoneira
(65,36kN) dividido pelo número de pernas de soldas, isto é, 4 por perfil, logo cada filete
apresenta 16,34 kN, portanto calculou-se perna de cada solda (observar que foi seguido o
mesmo raciocínio de diagrama de corpo livre da solda dos montantes com os banzos):

γ𝑤2
𝐴𝑤 = 𝑅𝑑 0,60𝑓𝑤

1,35
𝐴𝑤 = 16, 34 0,60·48,5

𝐴𝑤 = 0, 76 𝑐𝑚²
𝐴𝑤 = 𝑙𝑡 = 𝑙𝑥0, 7𝑏
𝐴𝑤 0,76
𝑙= 0,7𝑏
= 0,7·0,3
⇒𝑙 = 3, 62𝑐𝑚 < 4, 0 𝑐𝑚 (𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑡𝑒)

Será soldado toda a seção transversal da cantoneira (cada cordão terá mais de 4,0 cm
de comprimento mínimo).
Agora é necessário verificar se o metal base resiste ao esforço de cisalhamento,
portanto:
36
𝐴𝑔·0,6·𝑓𝑦
𝑅𝑑 = γ𝑎1

𝐴𝑔·0,6·𝑓𝑦 7,68·0,6.25
𝑅𝑑 = γ𝑎1
= 1,10
⇒𝑅𝑑 = 104, 73𝑘𝑁 > 𝑁𝑡, 𝑠𝑑/2 = 65, 36𝑘𝑁

➔ Solda de ligação entre os banzos:


Para a ligação dos banzos o esforço considerado para o dimensionamento foi
considerado o esforço crítico de tração com valor de 524,27 kN. A perna de filete para o
banzo U 203 x 27,9 foi considerada no valor de 9 mm. Foi soldado toda a seção transversal do
banzo, logo:
𝐴𝑤 = 𝑙𝑥0, 7𝑥𝑏, 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑑𝑎 𝑙 ≅ 63𝑐𝑚
𝐴𝑤 = 63𝑥0, 707𝑥0, 9 = 40, 08 𝑐𝑚²
Tensão solicitante média da solda devido ao esforço de tração:
524,27 𝑘𝑁
𝑝𝑠, 𝑤 = 40,08 𝑐𝑚²
= 13, 08 𝑘𝑁/𝑐𝑚²

Tensão resistente da solda filete com perna de 9mm:


0,707𝑥0,9𝑥0,6𝑥48,5
𝑝𝑟, 𝑤 = 1,35
= 13, 72 𝑘𝑁/𝑐𝑚² > 𝑝𝑠, 𝑤 = 13, 08 𝑘𝑁/𝑐𝑚² (𝑂𝐾!)

5.4 DIMENSIONAMENTO DAS TERÇAS


Terças são elementos elementos longitudinais que servem, sobretudo, de apoio às
telhas de cobertura e de elementos estabilizantes das peças em que se apoiam. As ações
consideradas para o dimensionamento são baseadas na norma NBR 6120:2019 e a ação do
vento foi considerada conforme o item acima deste documento 4.1.6 cargas finais de vento no
pórtico.
Para o dimensionamento, foi considerado que cada terça trabalha resistindo a uma área
de influência de carga do telhado, a área de influência das terças é delimitada pelos pontos
médios dos vão entre as terças vizinhas conforme figura abaixo. A carga que é distribuída
nessa área é transformada em carga linear sobre o elemento.
Figura 20. Representação da área de influência das terças.

37
Fonte: Manual de construção em aço: Galpões de Uso Geral (2010).

➔ Ação Permanente (FGi,K)


Ações consideradas:
● Telhas de aço trapezoidal: 0,10 kN/m²
● Contraventamentos: 0,05 kN/m²
● Terças e tirantes: 0,10 kN/m²
Carga permanente total: 0,25 kN/m²
Desta forma, o carregamento total distribuído ao longo da terça é dado por:
𝑘𝑁 𝑘𝑁
0,25 𝑚² · 1, 269𝑚 = 0, 32 𝑚

➔ Ação Variáveis(Fqi,K)
Ações consideradas:
● Ação mínima a ser considerada no telhado: 0,25 kN/m²
● Vento: 0,344 *(-1,4) = -0,47kN/m²
Desta forma, o carregamento distribuído ao longo da terça é dado por:
Para ação variável do telhado:
𝑘𝑁 𝑘𝑁
0, 25 𝑚²
· 1, 269𝑚 = 0, 32 𝑚

Para ação variável do vento:


𝑘𝑁 𝑘𝑁
− 0, 47 𝑚²
· 1, 269𝑚 =− 0, 59 𝑚

➔ Combinação de cargas (Fdi):


38
● Sobrecarga do telhado como ação variável principal:
𝐹𝑑1 = 1, 25 · 0, 32 + 1, 50 · 0, 32 = 0, 88 𝑘𝑁/𝑚
● Vento como ação variável principal (a carga do vento foi decomposta na
direção x e Y):
𝐹𝑑2𝑦 = 1, 0 · 0, 32 + 1, 40 · (− 0, 59) · 𝑐𝑜𝑠(10°) =− 0, 49𝑘𝑁/𝑚
𝐹𝑑2𝑥 = 1, 0 · 0, 32 + 1, 40 · (− 0, 59) · 𝑠𝑒𝑛(10°) =− 0, 18𝑘𝑁/𝑚

➔ Decomposição do carregamento nos eixos principais:


Devida a terça está sofrendo flexão composta oblíqua as cargas resultantes foram
decompostas nos eixos principais de inércia, X e Y.
Para o dimensionamento a combinação considerada principal de cálculo foi a Fd1 com
resultado de 0,88 kN/m.
𝐹𝑑1𝑥 = 0, 88𝑠𝑒𝑛(10°) = 0, 15𝑘𝑁/𝑚
𝐹𝑑1𝑦 = 0, 88𝑐𝑜𝑠(10°) = 0, 87𝑘𝑁/𝑚
As cargas resultantes foram analisadas no software de cálculo Ftool e foi chegado aos
seguintes resultados:
● Esforços solicitantes para Fd1y (0,87 kN/m):

Figura 21. Momento fletor para o carregamento Fd1y em kNm

Fonte: Autores (2022).

Figura 22. Esforço cortante para o carregamento Fd1y em kN

39
Fonte: Autores (2022).

● Esforços solicitantes para Fd1x (0,15 kN/m):


Figura 23. Momento fletor para o carregamento Fd1x em kNm

Fonte: Autores (2022).

Figura 24. Esforço cortante para o carregamento Fd1x em kN

Fonte: Autores (2022).

Percebe-se, de acordo com os diagramas acima, que as maiores solicitações


ocorrem na direção y e têm os valores de Ms,max = 449 kN.cm e Vs,max = 6,89 kN.
40
➔ Dimensionamento à flexão:
Primeiramente se pré dimensiona a terça, no intuito de saber aproximadamente a
inércia e o módulo resistente plástico que se devem ter:
Pela NBR 8800:2008, no estado limite de serviço, a flecha máxima nas terças devem
ser da ordem:
𝐿 700
δ𝑙𝑖𝑚 = 180
⇒δ𝑙𝑖𝑚 = 180
⇒δ𝑙𝑖𝑚 = 3, 9𝑐𝑚

Combinação de carga quase permanente de serviço (Ψ2 = 0,4):


𝐹𝑑 = 1, 0 · 0, 32 + 0, 4 · 0, 32 = 0, 448𝑘𝑁/𝑚
Cálculo da inércia mínima da terça:
4 4 4
3𝑞𝐿 3𝑞𝐿 3·700 ·0,00448
δ𝑙𝑖𝑚 = 554𝐸𝐼𝑥,𝑚𝑖𝑛
⇒𝐼𝑥𝑚𝑖𝑛 = 554𝐸δ𝑙𝑖𝑚
⇒𝐼𝑥𝑚𝑖𝑛 = 554·20000·3,9

4
𝐼𝑥𝑚𝑖𝑛 = 74 𝑐𝑚
Cálculo do módulo resistente plástico mínimo (considerando seção compacta):
𝑀𝑟·γ𝑎1
𝑍𝑥𝑚𝑖𝑛 = 𝑓𝑦
⇒𝑍𝑥𝑚𝑖𝑛 = 19, 76𝑐𝑚³

Caso fosse considerar as características geométricas acima, o perfil U 76,2 x 7,44 seria
capaz de atender. No entanto, por apresentar um comprimento altíssimo de flambagem (lb =
700 cm), o perfil acima não atenderia devido à esbeltez. Para poder vencer o empecilho do
FLT foi considerado o perfil U 101,6 x 10,80 que será calculado em seguida:

❖ Em Relação ao Eixo Y

➔ Verificação de Flambagem Local :

➢ Flambagem Local da Alma (FLA):


ℎ𝑤 101,6−2·7,5 20000
𝑡0
= 8,13
= 10, 65 < 3, 76 · 25
= 106 (OK!)

𝑀𝑛 = 𝑀𝑥, 𝑝𝑙 = 𝑍𝑥 · 𝑓𝑦 ⇒ 𝑀𝑛 = 46, 1 · 25 = 1152, 5 𝑘𝑁𝑐𝑚


➢ Flambagem Local da Mesa (FLM):

41
𝑏𝑓 43,7 20000
𝑡𝑓
= 7,5
= 5, 82 < 0, 38 · 25
= 10,75 (OK!)

𝑀𝑛 = 𝑀𝑥, 𝑝𝑙 = 𝑍𝑥 · 𝑓𝑦 ⇒ 𝑀𝑛 = 46, 1 · 25 = 1152, 5 𝑘𝑁𝑐𝑚

➔ Verificação Flambagem com Torção (FLT):


➔ Parâmetro de esbeltez:
𝑙𝑦 700
λ𝐹𝐿𝑇 = 𝑟𝑦
= 1,15
= 608,69

➢ Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação:

𝐸 20000
λ𝑃 = 1,76 𝑓𝑦
= 1,76 25
= 49,78

➢ Parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento:


(𝑓𝑦−σ𝑡) 𝑤𝑥 (25 −7,5) 37,5
β1 = 𝐸𝐽
= 20000 · 2,78

β1 = 0,0118

𝐶𝑤 =311

1,38 𝐼𝑦 𝐽 27𝐶𝑤 β1²


λ𝑟 = 𝑟𝑦 𝐽 β1
1 + 1+ 𝐼𝑦

2
1,38 18 · 2,78 27 · 311· 0,0118
λ𝑟 = 1,15·2,78 ·0,0118
1+ 1 + 18

λ𝑟 = 368,87

λ𝑟 <λ𝐹𝐿𝑇 (Viga longa)

➢ Cálculo do momento nominal:

π²·𝐸·𝐼𝑦 𝐶𝑤 0,039·𝐽·𝑙𝑏²
𝑀𝑛 = 𝐶𝑏 · 𝑙𝑏² 𝐼𝑦
(1 + 𝐶𝑤
)

Para calcular o momento nominal primeiramente calcularemos o coeficiente cb:


12,5𝑀𝑚𝑎𝑥
𝐶𝑏 = 2,5𝑀𝑚𝑎𝑥+3𝑀𝐴+4𝑀𝐵+3𝑀𝐶

Figura 25. Momento fletor em kNm do tramo para a menor situação de cb

42
Fonte: Autores (2022)

12,5𝑀𝑚𝑎𝑥 12,5·449
𝐶𝑏 = 2,5𝑀𝑚𝑎𝑥+3𝑀𝐴+4𝑀𝐵+3𝑀𝐶
⇒ 𝐶𝑏 = 2,5·449+3·287+4·309+3·63
= 1, 65

Com o cb em mão podemos calcular o momento nominal:

π²·20000·18 311 0,039·2,78·700²


𝑀𝑛 = 1, 65 · 700² 18
(1 + 311
)

𝑀𝑛 = 651, 85 𝑘𝑁𝑐𝑚

𝑀𝑛 651,85
𝑀𝑟𝑑 = γ𝑎1
⇒𝑀𝑑,𝑟𝑒𝑠 = 1,1
= 592, 60 𝑘𝑁𝑐𝑚 > 𝑀𝑠𝑑 = 449 𝑘𝑁𝑐𝑚

❖ Em Relação ao Eixo X

➔ Verificação de Flambagem Local :

➢ Flambagem Local da Alma (FLA):


ℎ𝑤 101,6−2·7,5 20000
𝑡0
= 8,13
= 10, 65 < 3, 76 · 25
= 106 (OK!)

𝑀𝑛 = 𝑀𝑥, 𝑝𝑙 = 𝑍𝑦 · 𝑓𝑦 ⇒ 𝑀𝑛 = 12, 6 · 25 = 315 𝑘𝑁𝑐𝑚


➢ Flambagem Local da Mesa (FLM):

43
𝑏𝑓 43,7 20000
𝑡𝑓
= 7,5
= 5, 82 < 0, 38 · 25
= 10,75 (OK!)

𝑀𝑛 = 𝑀𝑥, 𝑝𝑙 = 𝑍𝑦 · 𝑓𝑦 ⇒ 𝑀𝑛 = 12, 6 · 25 = 315 𝑘𝑁𝑐𝑚

➔ Verificação Flambagem com Torção (FLT):


➔ Parâmetro de esbeltez:
𝑙𝑦 700
λ𝐹𝐿𝑇 = 𝑟𝑥
= 3,73
=187,67

➢ Parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação:

𝐸 20000
λ𝑃 = 1,76 𝑓𝑦
= 1,76 25
= 49,78

➢ Parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento:


(𝑓𝑦−σ𝑡) 𝑤𝑥 (25 −7,5) 37,5
β1 = 𝐸𝐽
= 20000 · 2,78

β1 = 0,0118

𝐶𝑤 =311

1,38 𝐼𝑥 𝐽 27𝐶𝑤 β1²


λ𝑟 = 𝑟𝑥 𝐽 β1
1 + 1+ 𝐼𝑥

2
1,38 190,6 · 2,78 27 · 311· 0,0118
λ𝑟 = 3,73·2,78 ·0,0118
1+ 1 + 190,6

λ𝑟 = 367,43

λ𝑃< λ𝐹𝐿𝑇< λ𝑟 (Viga intermediária)

➢ Cálculo do momento nominal:


𝑙𝑏 − 𝑙𝑏𝑝
𝑀𝑛 = 𝐶𝑏⎡⎢𝑀𝑝 − (𝑀𝑝 − 𝑀𝑟) 𝑙𝑏𝑟 − 𝑙𝑏𝑝


⎣ ⎦
𝑀𝑝= 𝑧𝑥 · 𝑓𝑦 = 46, 1 · 25 = 1152, 5 𝑘𝑁 · 𝑐𝑚

𝑀𝑟= 𝑤𝑥 · (𝑓𝑦 − 0, 3𝑓𝑦) = 37, 5 · ( 25 − 0, 3 · 25) = 656, 25 𝑘𝑁 · 𝑐𝑚

Pelos resultados acima não será necessário calcular o momento nominal, haja vista
que ele estará entre os valores de Mp e Mr, ou seja será um valor maior que momento de
plastificação calculado para flambagem local que é igual a 315 kNcm.
➢ Cálculo do momento resistente:

44
𝑀𝑛 315
𝑀𝑟𝑑 = γ𝑎1
⇒𝑀𝑑,𝑟𝑒𝑠 = 1,1
= 286, 40 𝑘𝑁𝑐𝑚 > 𝑀𝑠𝑑 = 77 𝑘𝑁𝑐𝑚

❖ Interação Entre os Momentos Fletores nas Terças em Relação aos Eixos x e y:


Como a força axial atuante nas terças é nula, logo a expressão de interação deve ser
atendida:
𝑀𝑠𝑑𝑥 𝑀𝑠𝑑𝑦
𝑀𝑟𝑑𝑥
+ 𝑀𝑟𝑑𝑦
≤ 1, 0

77 449
286,40
+ 592,60
≤ 1, 0

77 449
286,40
+ 592,60
≤ 1, 0

0, 26 + 0, 75 ≤ 1, 0
1, 01 ≤ 1, 0 𝑜𝑏𝑠.: 𝑐𝑜𝑚𝑜 é 𝑢𝑚𝑎 𝑑𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 1% 𝑠𝑒𝑟á 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑎
1, 0 ≤ 1, 0 (𝑂𝐾!)

❖ Dimensionamento à força cortante:


Foi dimensionado ao cisalhamento seguindo o raciocínio do livro Dimensionamento
de Elementos estruturais de Aço e Mistos de Aço e Concreto de 2016.
➔ Alma:
A tensão de cisalhamento solicitante de cálculo da alma é dado pela seguinte fórmula:
𝑏𝑓 4,37
𝑉𝑦,𝑠𝑑 𝑉𝑥,𝑠𝑑·𝑏𝑓·𝑡𝑓(𝑏1− ) 3,69 0,64·4,37·0,75(4,37−1,17− )
τ𝑥𝑦, 𝑠𝑑 = 𝑑𝑡𝑤
+ 𝑡𝑤𝐼𝑦
2
= 10,16·0,813
+ 0,813·18
2

τ𝑥𝑦, 𝑠𝑑 = 0, 59 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
A tensão de cisalhamento resistente de cálculo da alma é dado pela seguinte fórmula:
ℎ𝑤 101,6−2·7,5 20000
λ = 𝑡0
= 8,13
= 10, 65 < 2, 46 · 25
= 69, 58

λ < λ𝑝⇒τ𝑟𝑘 = 0, 60 · 𝑓𝑦 = 0, 60 · 25⇒τ𝑟𝑘 = 15𝑘𝑁/𝑐𝑚²

τ𝑟,𝑘 15
τ𝑟𝑑 = 1,1
= 1,1
⇒τ𝑟𝑑 = 13, 63𝑘𝑁/𝑐𝑚² > τ𝑥𝑦, 𝑠𝑑 = 0, 98 𝑘𝑁/𝑐𝑚²(𝐴𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒!)

➔ Mesa:
A tensão de cisalhamento solicitante de cálculo da mesa é dado pela seguinte fórmula,
considerando, conservadoramente, que Vx,sd e Vy,sd ocorrem na mesma seção:
𝑉𝑦,𝑠𝑑·𝑏1² 𝑉𝑥,𝑠𝑑·(𝑏𝑓−𝑡𝑤)·(𝑑−𝑡𝑓) 3,69·(3,2) 0,64·(4,37−0,813)(10,16−0,75)
τ𝑥𝑦, 𝑠𝑑 = 2𝐼𝑦
+ 2𝐼𝑥
= 2·18
+ 0,813·18

τ𝑥𝑦, 𝑠𝑑 = 1, 79 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
45
A tensão de cisalhamento resistente de cálculo da mesa é dado pela seguinte fórmula:
ℎ𝑤 101,6−2·7,5 20000
λ = 𝑡0
= 8,13
= 10, 65 < 2, 46 · 25
= 69, 58

λ < λ𝑝⇒τ𝑟𝑘 = 0, 60 · 𝑓𝑦 = 0, 60 · 25⇒τ𝑟𝑘 = 15𝑘𝑁/𝑐𝑚²

τ𝑟,𝑘 15
τ𝑟𝑑 = 1,1
= 1,1
⇒τ𝑟𝑑 = 13, 63𝑘𝑁/𝑐𝑚² > τ𝑥𝑦, 𝑠𝑑 = 1, 79 𝑘𝑁/𝑐𝑚²(𝐴𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒!)

❖ Verificação da flecha na terça:


De acordo com a tabela C.1 da ABNT NBR 8800:2008, as terça de cobertura devem
ter flechas máximas perpendiculares ao plano das telhas de L/180 para ações raras de serviço,
utilizando as ações variáveis de mesmo sentindo que o da ação permanente, já para ações
variáveis em sentido oposto ao da ação permanente utiliza-se o limite de deslocamento de
L/120.
➔ Esforços solicitantes no estado limite de serviço considerando sobrecarga como
principal (ações raras de serviço):
𝐹𝑑𝑖 = Σ𝐺𝑗 + 𝑄1 + Σψ1,𝑗𝑄𝑖

𝐹𝑑1 = 0, 32 + 0, 32 + 0, 3 · (− 0, 59) = 0, 463 𝑘𝑁/𝑚


➔ Esforços solicitantes no estado limite de serviço considerando o vento como
principal (ações raras de serviço):
𝐹𝑑𝑖 = Σ𝐺𝑖 + 𝑄1 + Σψ2,𝑗𝑄𝑗

𝐹𝑑2 = 0, 32 + (− 0, 59) + 0, 6 · 0, 32 =− 0, 078𝑘𝑁/𝑚


➔ Decomposição do carregamento nos eixos principais:
Devida a terça está sofrendo flexão composta oblíqua as cargas resultantes foram
decompostas nos eixos principais de inércia, X e Y.
Para o dimensionamento a combinação considerada principal de cálculo foi a Fd1 com
resultado de 0,463 kN/m.

46
𝐹𝑑1𝑥 = 0, 463𝑠𝑒𝑛(10°) = 0, 081𝑘𝑁/𝑚
𝐹𝑑1𝑦 = 0, 88𝑐𝑜𝑠(10°) = 0, 456𝑘𝑁/𝑚

➔ Flecha:
No eixo y da terça temos:
4 4
3𝑞𝑦𝐿 𝐿 3·0,00456·700 700
δ𝑙𝑖𝑚 = 554𝐸𝐼𝑥
< 180
⇒δ𝑙𝑖𝑚 = 554·20000·190,6
= 1, 55𝑐𝑚 < 180
= 3, 9𝑐𝑚 (𝑂𝐾!)

No eixo x da terça temos:


4 4
3𝑞𝑥𝐿 𝐿 3·0,00081·700 700
δ𝑙𝑖𝑚 = 554𝐸𝐼𝑦
< 120
⇒δ𝑙𝑖𝑚 = 554·20000·18
= 2, 93𝑐𝑚 < 120
= 5, 83𝑐𝑚 (𝑂𝐾!)

5.5 DIMENSIONAMENTO DA SOLDA DE LIGAÇÃO TERÇA TRELIÇA:


A solda adotada para essa ligação foi do tipo filete com eletrodo E60. Para o
dimensionamento da solda é necessário primeiro determinar a sua perna e para isso utilizou-se
a tabela 4. Como a espessura do metal base está entre 6,35 e 12 mm a perna mínima é de
5mm.
Levando em conta somente o esforço de cisalhamento que a solda deverá ser resistido
o seu dimensionamento será de acordo com a seguinte fórmula:
𝐴𝑤·0,60𝑓𝑤
𝑅𝑑 = γ𝑤2

A partir daí, calculou-se a área de solda necessária para resistir o valor da cortante que
a cisalha, que tem o valor de Vx = -0,64 kN, logo:
γ𝑤2
𝐴𝑤 = 𝑅𝑑 0,60𝑓𝑤

1,35
𝐴𝑤 = 0, 64 0,60·41,5

𝐴𝑤 = 0, 035 𝑐𝑚²
𝐴𝑤 = 𝑙 · 𝑡 = 𝑙 · 0, 7 · 𝑏, 𝑙𝑜𝑔𝑜:
0, 035 = 𝑙 · 0, 7 · 0, 5 ⇒ 𝑙 = 0, 1𝑐𝑚 < 4𝑐𝑚
𝑙 𝑎𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜 = 4 𝑐𝑚
Lembrando que a solda foi dimensionada somente para o esforço perpendicular ao seu
eixo, portanto a cortante no eixo x e por apresentar um valor muito baixo foi achado
comprimento mínimo para ela..

47
5.6 DIMENSIONAMENTO DOS CONECTORES
Para o dimensionamento da conexão Treliça-Pilar, foi considerada uma ligação
flexível entre o banzo inferior e a coluna através de uma chapa. No cálculo foram utilizadas as
solicitações máximas de projeto, obtidas com as combinações de carga:
➔ Força atuante na ligação Chapa-Banzo inferior:
NSD= 524,28 kN (Tração)
Foi considerado para efeitos de cálculo que a chapa é suficientemente rígida, dessa
forma verificou-se a quantidade de parafusos necessários para resistir aos esforços
solicitantes. Foram adotados parafusos de alta resistência ASTM A325, com d = 20 mm e
rosca passando pelo plano de corte.
0,4 · 𝐴𝑏· 𝑓𝑢𝑏
Rnv = γ𝑎2

0,4 · 3,14 ·82,5


Rnv = 1,35

Rnv = 76,76 kN
𝑁𝑠𝑑
n= 𝑅𝑛𝑣

524,28
n= 76,76

n = 6,83
Logo serão necessários 8 parafusos.
Posteriormente foram verificadas as disposições construtivas necessárias para a
execução da ligação:
➢ Distância entre os furos:
Mínima: 3·db = 3·20 = 60mm
Máxima: 24·t0 = 24·12,4 = 297,6mm e 300mm
➢ Distância entre centro e aba:
Mínima: 1,35·db = 1,35·20 = 27mm
➢ Distância entre centro e borda:
Mínima: 1,25·db = 1,25·20 = 25mm
Máxima: 12·t0 = 12·12,4 = 148,8mm e 150mm
A alma do perfil possui 183,4 mm, portanto, admitiu-se a me distância entre os furos
de 80mm na direção z e 60mm na horizontal, por consequência a distância entre centro e aba
do perfil U igual a 51,7mm e a distância de centro e borda igual a 30mm para o perfil U (esta
distância é a mesma entre centro do primeiro parafuso e aba da chapa), a distância entre
centro e borda da chapa foi considerada igual a 50mm.

48
Foi calculado posteriormente a pressão de contato na alma do Banzo:
𝑁𝑠𝑑
Fsd = 𝑛

524,28
Fsd = 8

Ft,sd = 65,54 kN
lf = 30 - (0,5·23,5) = 18,25mm = 1,825cm
1,2 · 𝐿𝑓· 𝑡 · 𝑓𝑢𝑏
Ft,rd = γ𝑎2

1,2 · 1,825 · 1 · 82,5


Ft,rd = 1,35
= 133,83 kN

2,4 · 𝑑𝑏· 𝑡 · 𝑓𝑢𝑏


Ft,rd = γ𝑎2

2,4 · 2 · 1 · 82,5
Ft,rd = 1,35
= 293,33 kN

Verificou-se que Ft,sd = 65,54 kN < Ft,rd = 133,83 kN, logo, o perfil do banzo resiste à
pressão de contato.
Foi analisado ainda o colapso por rasgamento (cisalhamento de bloco) no perfil U, de
acordo com as expressões da ABNT NBR 8800:
Ft,sd = 524,28 kN
0,6 · 𝐴𝑛𝑣·𝑓𝑢 +𝐶𝑡𝑠·𝐴𝑛𝑡·𝑓𝑢
Ft,rd = γ𝑎2

0,6 · 𝐴𝑔𝑣·𝑓𝑦 +𝐶𝑡𝑠·𝐴𝑛𝑡·𝑓𝑢


Ft,rd = γ𝑎2

𝐴𝑔𝑣 = 2 · 1 · (3 · 6 + 3) = 42 cm2

𝐴𝑛𝑣 = 42 - (7 · 2,35 · 1) = 25,55 cm2

𝐴𝑛𝑡 = 1 · (8 - 2,35) = 5,65 cm2

𝐶𝑡𝑠 = 1,0

0,6 · 25,55 · 40 +1 · 5,65 · 40


Ft,rd = 1,35
= 621,63 kN

0,6 · 42 · 25 + 1 · 5,65 · 40
Ft,rd = 1,35
= 634,07 kN

Obteve-se que Ft,sd = 524,28 kN < Ft,rd = 621,63 kN, logo, o perfil do banzo resiste ao
cisalhamento de bloco.
49
➔ Força atuante na ligação Chapa-Coluna:
NSD = 65,65 kN (Compressão)
Foi considerado para efeitos de cálculo que a chapa é suficientemente rígida, dessa
forma verificou-se a quantidade de parafusos necessários para resistir aos esforços
solicitantes. Mesmo após a observação de que a força atuante na ligação entre chapa e coluna
é muito menor que a atuante na ligação adjacente, adotou-se por questões construtivas
parafusos com as mesmas especificações.
Seguindo o raciocínio do tópico anterior, obteve-se que:
0,4 · 𝐴𝑏· 𝑓𝑢𝑏
Rnv = γ𝑎2

0,4 · 3,14 ·82,5


Rnv = 1,35

Rnv = 76,76 kN
𝑁𝑠𝑑
n= 𝑅𝑛𝑣

65,65
n= 76,76

n = 0,86
Logo serão necessários 2 parafusos.
Determinado isto, foram verificadas as disposições construtivas necessárias para a
execução da ligação:
➢ Distância entre os furos:
Mínima: 3·db = 3·20 = 60mm
Máxima: 24·t0 = 24·7,2 = 172,8mm e 300mm
➢ Distância entre centro e aba:
Mínima: 1,35·db = 1,35·20 = 27mm
➢ Distância entre centro e borda:
Mínima: 1,25·db = 1,25·20 = 25mm
Máxima: 12·t0 = 12·7,2 = 86,4 mm e 150mm
A mesa do perfil possui 166 mm, portanto, admitiu-se uma distância entre os furos de
80mm na direção z, por consequência a distância entre centro e borda do perfil W igual a
43mm e a distância de centro e borda igual a 30mm (esta distância é a mesma entre centro do
primeiro parafuso e aba da chapa).

50
A pressão de contato na mesa do pilar não precisa ser verificada visto que não existem
furos verticais consecutivos e, portanto, lf é aproximadamente o comprimento do pilar. O
colapso por rasgamento (cisalhamento de bloco), também não ocorre, em razão da natureza do
esforço (compressão).
Para evitar possíveis movimentações laterais, foi prevista a colocação de dois
conectores ligando o montante externo à coluna.

6. ORÇAMENTO
O orçamento foi feito no site “orçafascio”, utilizando a tabela SINAPI 12/22 como
referência para os preços do insumo:

51
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

● ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800:2008 Projeto


de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de
Janeiro, 2008.
● CBCA. Manual de Construção em Aço: Galpões de Uso Geral
● PFEIL, W., PFEIL M. Estruturas de aço: Dimensionamento Prático; 8ª ed. Rio de
Janeiro, 2009.

52
NOTA

ESTRUTURAS DE AÇO E MADEIRA - 2022.2


Prof. Wallison Carlos de Sousa Barbosa

Data de proposição do trabalho: 22/12/2022 Data de entrega do trabalho: 14/02/2023

INSTRUÇÕES
1. Procure cuidar da boa apresentação do trabalho (organização, clareza, letra legível).
2. Esse trabalho tem o valor total de 3,00 (três) pontos.

ESTRUTURAS DE AÇO – PROJETO


DESCRIÇÃO:
A empresa que você trabalha ganhou uma licitação para elaboração do projeto estrutural da cobertura de
uma quadra poliesportiva de uma escola municipal. Para a situação apresentada, realize o dimensionamento
e detalhamento da estrutura em aço da cobertura. Detalhes da edificação são apresentados na Figura 1. Na
Tabela 1 estão presentes os dados para dimensionamento e detalhamento da cobertura.

Figura 1: Layout de referência – Quadra poliesportiva (dimensões em metros)


1
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Campus Ministro Petrônio Portella
Centro de Tecnologia - CT Teresina/PI
1. DADOS:
1.1. O dimensionamento e detalhamento da estrutura devem seguir as recomendações da ABNT NBR
8800:2008.
1.2. Os pilares devem ser dimensionados com perfis W ou H (laminados).
1.3. As treliças da cobertura devem ser dimensionadas com perfis L e/ou U laminados.
1.4. As terças devem ser dimensionadas com perfis U laminados.
1.5. Cargas permanentes e variáveis de acordo com a ABNT NBR 6120:2019.
1.6. Considerar a ação do vento de acordo com a ABNT NBR 6123:1988.
1.7. Características do Galpão:
1.7.1. Cobertura em duas águas com treliças em estrutura de aço.
1.7.2. Telhas de aço trapezoidal, 0,50 mm de espessura (TP40-980).
1.7.3. Utilizar aço MR250 para os perfis e aço A325 para os parafusos.
1.7.4. A altura H (m) apresentada na Tabela 1 é referente à altura total da estrutura (distância do
piso da quadra à cumeeira).
Tabela 1: Dados dos grupos para o trabalho de estruturas de aço.
Inclinação Largura Comprimento Altura
Grupo Integrantes Localização
θ (º) L (m) C (m) H (m)
Denilson
1 Marynara 10 20 35 9,0 Teresina - PI
Marcelo
Aldo
2 Carla 15 22 40 10,0 São Paulo - SP
Matheus
Natanael
3 Guilherme 20 25 40 10,5 Brasília - DF
Thiago

2. APRESENTAÇÃO DO TRABALHO:
2.1. Reações de apoio e diagramas de esforços solicitantes – (Formato A4).
2.2. Memória de cálculo - (Formato A4).
2.3. Projeto de execução da estrutura (vigas, pilares, lajes, conexões, treliças e detalhes) - (Formato
A3 ou A1).
2.4. Dois cortes do projeto estrutural (Formato A3 ou A1).
2.5. Tabela de elementos e orçamento de materiais datado e atualizado. Devem ser apresentadas as
propostas das empresas fornecedoras consultadas (Formato A4).
2.6. O Trabalho deverá ser entregue impresso ou em formato pdf e organizado em um único arquivo.
2.7. Estas orientações sobre o trabalho devem ser incluídas no trabalho final como anexo, após as
referências bibliográficas ou apêndices.

2
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Campus Ministro Petrônio Portella
Centro de Tecnologia - CT Teresina/PI
3. NOTA DO TRABALHO – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
3.1. Parte escrita (2,50 pontos)
o Apresentação e organização do trabalho – 0,40 pontos:
▪ Capa – Cabeçalho/Rodapé/Data/Turma/Turno/Período/Outros dados – 0,02 ponto.
▪ Matrícula e nome completo dos alunos – 0,02 ponto.
▪ Sumário – 0,03 ponto.
▪ Anexar a descrição do trabalho e critérios de avaliação – 0,03 ponto.
▪ Introdução – 0,07 ponto.
▪ Justificativa e objetivo do trabalho – 0,07 ponto.
▪ Metodologia/Descrição do trabalho – 0,07 ponto.
▪ Trabalho organizado e em um único arquivo – 0,06 ponto.
▪ Referências Bibliográficas – 0,03 ponto.
o Locação dos pilares e diagramas de esforços solicitantes – 0,50 ponto.
o Memória de cálculo com o dimensionamento da estrutura – 0,50 ponto.
o Projeto executivo da estrutura com vigas, pilares, conexões, treliças, detalhes e cortes – 1,00
ponto.
o Orçamento atualizado e datado para todos os materiais da estrutura – 0,10 ponto.
3.2. Este trabalho deve ser realizado em grupo. Cada grupo deve apresentar seu trabalho com os dados
fornecidos pelo professor na data marcada para a entrega do trabalho final.
3.3. Todos os grupos devem realizar o upload do trabalho completo no SIGAA-UFPI até as 20:00 horas
do dia 13/02/2023.
3.4. Nas memórias de cálculo da estrutura (vigas, treliças, pilares e ligações) devem constar toda a
metodologia de cálculo, com as expressões utilizadas no dimensionamento e detalhamento dos
elementos estruturais e o desenvolvimento dos cálculos com os valores numéricos.
3.5. Entrega, apresentação do trabalho e arguição individual: 0,50 ponto. No caso do não
comparecimento do aluno no dia da arguição e apresentação do trabalho, a este aluno será
automaticamente atribuída a nota zero neste quesito de avaliação.
3.6. As apresentações e arguições do trabalho prático serão realizadas no dia 14/02/2023, conforme
divulgado no Plano de Ensino da disciplina Estruturas de Aço e Madeira.
3.7. Caso o professor solicite ao aluno algum arquivo complementar (arquivos extras não descritos neste
trabalho), estes devem ser repassados para o professor por e-mail, em um prazo máximo de 24
horas após o fim da aula de entrega do trabalho final (16:00h).
3.8. Ao grupo que não apresentar o arquivo pdf ou impresso do trabalho na data e horário combinados
para entrega será atribuída a nota 0,00 (zero).
3.9. Este texto poderá ser modificado pelo professor a qualquer momento, caso sejam identificadas
inconformidades. Modificações que venham a contribuir para a formação profissional dos alunos
também poderão ser feitas. Estas modificações serão notificadas aos alunos.
3.10. Todos os casos omissos devem ser tratados e resolvidos em consenso com o professor, mediante
justificativas plausíveis.
4. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO:
4.1. 17/01/2023- Concepção estrutural, combinações de ações, esforços solicitantes.
4.2. 24/01/2023 - Dimensionamento da treliça.
4.3. 07/02/2023 - Dimensionamento das vigas, pilares e conexões.
4.4. 14/02/2023 - Defesa do projeto.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
5.1. PRAVIA Z. M. C., DREHMER G. A., JÚNIOR E. M. Galpões para usos gerais /Instituto Aço Brasil,
- Instituto Aço Brasil. Rio de Janeiro: IABr/CBCA, 2010.
“Quanto mais suor derramado no treinamento, menos sangue será derramado em batalha.”
Dale Carnegie
Bom trabalho!
3
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Desenhadas por AUTORES
Verificado por AUTORES

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A101
Escala 1 : 100
A103 A103
PLANTA DE COBERTURA
PLANTA DE LOCAÇÃO DOS PILARES
1:100
Norte
1 1:100
Norte
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Consultor Consultor
Endereço Endereço
2 2 2 Endereço Endereço
Telefone Telefone
Fax Fax
e-mail e-mail

7000
W200X41.7

W200X41.7

W200X41.7

W200X41.7
3 3 3

7000
Nº Descrição Data
Oeste

Oeste

Leste

Leste
A104 1 A104 1 - - - -
W200X41.7

W200X41.7

W200X41.7

W200X41.7
4 4 4

7000
W200X41.7

W200X41.7

W200X41.7

W200X41.7
5 5 5
7000

WALLISON C.
S. B.
W200X41.7

W200X41.7

W200X41.7

W200X41.7
QUADRA POLI.
6 6 6

P. COBERTURA
20000

Número do projeto 0001


A B A B Data 16/02/2023
Desenhadas por Autor
Sul- Sul-
Verificado por Verificador

15/02/2023 14:01:16
- -

A102
PLANTA DE COBERTURA LOCAÇÃO DOS PILARES
1 1 : 100
2 1 : 100 Escala 1 : 100
MATERIAIS UTILIZADOS NA TRELIÇA
1:50

B A

www.autodesk.com/revit

C100X10.8
C100X10.8

L64X64X6.4
C100X10.8 C100X10.8 Consultor Consultor

L64X64X6.4
L64X64X6.4
L64 X
C100X10.8 X6.4 C100X10.8 Endereço Endereço

L64X64X6.4
64 X

L64X64X6.4
C100X10.8 L64 X 6.4 L64X64 6.4 C100X10.8 Endereço Endereço
64 X 6 4X

L64X64X6.4
L64X64X6.4
L64 X
C100X10.8
X27.9 64 X
L64X64X6.4 6.4 L6 4X 6 4X
6.4 C100X10.8
C200X2 Telefone Telefone

L64X64X6.4
C100X10.8 C200 L64 X64 6.4 L6 4X 6.4 7.9 C100X10.8
Fax Fax
6 4X

L64X64X6.4
L64X64X6.4

L X
C100X10.8 64 X64 6.4 L6 4X X6.4 C100X10.8

L64X64X6.4
e-mail e-mail
L64X64X6.4

C100X10.8 L64 X X6.4 7.9 C200X26 4X64 6.4 C100X10.8


64 X C200X2 L 7.9 6 4X

L64X64X6.4
L64X64X6.4

L64 X
C100X10.8 6.4 L6 4X 6.4 C100X10.8
L64X64X6.4

L64X64X6.4
64 X 6 4X
L64X64X6.4

L64 X
64 X
6.4 L6 4X 6 4X
6.4
Consultor Consultor
6.4 L6 4X Endereço Endereço
Padrão Endereço Endereço
Telefone Telefone
Fax Fax
e-mail e-mail
W200X41.7

W200X41.7
Nº Descrição Data

Norte
1 1 : 50

VISTA EM PERFIL DA QUADRA


1:100

6 5 4 3 2 1

WALLISON C.
S. B.
QUADRA POLI.
DETALHES
TRELIÇA
Número do projeto 0001
Data 16/02/2023
Desenhadas por Autor
Leste Verificado por Verificador
2

15/02/2023 14:05:28
1 : 100
A103
Escala Como indicado
www.autodesk.com/revit

Consultor Consultor
Endereço Endereço
Endereço Endereço
Telefone Telefone
Fax Fax
e-mail e-mail

MATERIAIS UTILIZADOS NA TRELIÇA


Consultor Consultor
1:50
Endereço Endereço
Endereço Endereço
Telefone Telefone
Fax Fax
e-mail e-mail

B A

C100X10.8
C100X10.8

L64X64X6.4
C100X10.8 C100X10.8

L64X64X6.4
L64X64X6.4
L64 X
C100X10.8 X6.4 C100X10.8

L64X64X6.4
64 X

L64X64X6.4
C100X10.8 L64 X 6.4 L64X64 6.4 C100X10.8
6 6 4X

L64X64X6.4
L64X64X6.4
L64 X 4 X6.4
C100X10.8 6 L6 4X 6 4X
6.4 C100X10.8
C200X2

L64X64X6.4
X2
L 7.9 L64X64X6.4
4 X 7.9 C100X10.8
C100X10.8 C200 64 X64 6.4 L6 4X 6.4
6 4X

L64X64X6.4
L64X64X6.4

L X
C100X10.8 64 X 6.4 L6 4X X6.4 C100X10.8

L64X64X6.4
64 X
L64X64X6.4

C100X10.8 L 64 X6 6.4X27.9 C200X264X64 6.4 C100X10.8


L 7.9 6 4X

L64X64X6.4
00
L64X64X6.4

L 4 X6 C2
C100X10.8 64 X6 .4 L6 4X 6.4 C100X10.8
L64X64X6.4

L64X64X6.4
6 4X
L64X64X6.4

L64 X 4 X6
64 X .4 L6 4X 6 4X
6.4
6.4 L6 4X Nº Descrição Data
Padrão
W200X41.7

W200X41.7
WALLISON C.
S. B.
Norte QUADRA POLI.
1 1 : 50

DETALHES
TRELIÇA
Número do projeto 0001
Data 16/02/2023
Desenhadas por Autor
Verificado por Verificador

15/02/2023 14:00:26
A103
Escala 1 : 50
www.autodesk.com/revit
VISTA EM PERFIL DA QUADRA
1:100

Consultor Consultor
Endereço Endereço
Endereço Endereço
Telefone Telefone
Fax Fax
e-mail e-mail

Consultor Consultor
Endereço Endereço
Endereço Endereço
Telefone Telefone
Fax Fax
e-mail e-mail

1 2 3 4 5 6

Nº Descrição Data

7000 7000 7000 7000 7000

Oeste
1 1 : 100

WALLISON C.
S. B.
QUADRA POLI.
VISTA EM
PERFIL
Número do projeto 0001
Data 16/02/2023
Desenhadas por Autor
Verificado por Verificador

15/02/2023 14:04:52
A104
Escala 1 : 100
www.autodesk.com/revit

Consultor Consultor
Endereço Endereço
Endereço Endereço
Telefone Telefone
Fax Fax
e-mail e-mail

ISOMÉTRICO DA QUADRA Consultor Consultor


Endereço Endereço
Endereço Endereço
Telefone Telefone
Fax Fax
e-mail e-mail

Nº Descrição Data

WALLISON C.
S. B.
QUADRA POLI.

ISOMÉTRICO
ISOMÉTRICO DA QUADRA
1 Número do projeto 0001
Data 16/02/2023
Desenhadas por Autor
Verificado por Verificador

15/02/2023 14:39:21
A105
Escala
15/02/2023 22:05:34
A106
Escala
16/02/2023
Autor
Verificado por Verificador
Número do projeto 0001
WALLISON C. S. Não nomeada
Tabela de Framing Estrutural

Desenhadas por
Descrição
Família e Uso Comprimen Material Código de de
tipo estrutural to (mm) Contagem estrutural Fabricante Custo montagem montagem

Data

QUADRA POLI.
C Formas: Terça 37860 1 Aço,
C100X10.8 45-345
C Formas: Terça 37953 1 Aço,
C100X10.8 45-345

B.
C Formas: Terça 37993 1 Aço,
C100X10.8 45-345
C Formas: Terça 38000 15 Aço,
C100X10.8 45-345
C Formas: Banzo 10152 24 Aço,
C200X27.9 45-345
L Ângulos Teia 610 114 Aço,
iguais: 45-345
L64X64X6.

www.autodesk.com/revit
4
L Ângulos Teia 1310 96 Aço,
iguais: 45-345
L64X64X6.
4
PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES

E60
5 40

PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES


PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES

E70
3

E70
3
A3 (420 x 297)

PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES


Perfil U203x27,9 (Banzo superior)
Perfil W200x41,7 (Coluna)

50
43 80 43
Perfil W200x41,7 (Coluna)

Perfil U203x27,9 (Montante externo)

NOTAS GERAIS DA ESTRUTURA METÁLICA


DIMENSÕES EM MILÍMETROS.

CONFERIR MEDIDAS ANTES DOS CORTES DOS PERFIS NO LOCAL E JUNTO


2
AO PROJETO DE ARQUITETURA.

Perfil U203x27,9 (Banzo Inferior) 3

4
USAR AÇO USI-SAC 300 (fymin=300 MPa) PARA TODOS OS ELEMENTOS.

USAR ELETRÔDOS AWS E-70XX - fw = 492 MPa (NBR6650). USAR SOLDA DE FILETE CONTÍNUA EM TODAS AS
LIGAÇÕES E EM AMBAS AS FACES.

5 AS CHAPAS DE BASE DOS PILARES DEVERÃO SER DE 6.3 mm (1/4") DE ESPESSURA.

TODAS AS MEDIDAS DEVEM SER CONFERIDAS NO LOCAL E NA PLANTA DE ARQUITETURA ANTES DO INÍCIO DA
6
OBRA E ANTES DA EXECUÇÃO DE QUALQUER PEÇA.
TODAS AS MEDIDAS DEVEM SER CONFERIDAS NO LOCAL E NA PLANTA DE ARQUITETURA ANTES DO INÍCIO DA
7
OBRA E ANTES DA EXECUÇÃO DE QUALQUER PEÇA.

8 SERÁ USADA SOLDA ELÉTRICA NA CONFECÇÃO DAS PEÇAS E NAS LIGAÇÕES ENTRE AS PEÇAS.

APENAS SE ADMITE A SUBSTITUIÇÃO DOS AÇOS ESPECIFICADOS NESTE PROJETO POR OUTROS DE RESISTÊNCIA
9
MECÂNICA E À CORROSÃO COMPROVADAMENTE SUPERIORES.

30
10 SERÁ USADA SOLDA ELÉTRICA NA CONFECÇÃO DAS PEÇAS E NAS LIGAÇÕES ENTRE AS PEÇAS.

TODOS OS CORDÕES DE SOLDA DEVEM PERCORRER TODO O PERÍMETRO DE CONTATO ENTRE AS PEÇAS E
11
DEVEM TER ESPESSURA MÍNIMA, IGUAL OU MAIOR À CHAPA DE MENOR ESPESSURA A SER SOLDADA NA CONEXÃO.

AS SOLDAS DE TOPO DEVERÃO TER PENETRAÇÃO TOTAL.


12
DEVERÃO SER REMOVIDAS TODAS AS CASCAS GERADAS NO PROCESSO DE SOLDAGEM.
A LIMPEZA DO SUBSTRATO DOS PERFIS DEVERÁ SER POR JATEAMENTO DE GRANALHA, DE MODO QUE DEIXE O
13
SUBSTRATO QUASE BRANCO, CONFORME NORMA NBR 7348.

50
TODAS AS DEMÃOS DE PINTURA DEVERÃO OCORRER PREPARAÇÃO CONFORME INDICAÇÕES DO FABRICANTE DE
14

80
CADA TINTA A SER APLICADA NA DEMÃO.

15 A PINTURA DA FÁBRICA DEVERÁ SER POR PISTOLA DE AR COMPRIMIDO.

DEVERÃO SER APLICADAS DUAS DEMÃOS DE ZARCÃO DE FERRO EPÓXI, ESPESSURA POR DEMÃO (PELÍCULA SECA)
16
DE 30 A 35 MICRÔMETROS.
APÓS SERÁ APLICADO DUAS DEMÃOS DE TINTA EPÓXI SEMI-BRILHO PARA ACABAMENTO, COM ESPESSURA DA
17
DEMÃO SECA DE 35 MICRÔMETROS.
TODAS AS SOLDAS FEITAS NA OBRA DEVERÃO SER PINTADAS CONFORME ESPECIFICAÇÃO ANTERIOR, PORÉM COM
18
PINCEL.

A VIGA DE APOIO A SER EXECUTADA E PREVISTA PELO PROJETISTA DE ESTRUTURA DEVERÁ SER NO MINIMO COM
19
bw = 60 cm. QUAISQUER MODIFICAÇÃO DO PROJETO, O PROJETISTA DEVERÁ SER CONSULTADO.

PROJETO DE REFERÊNCIA: PROJ. DE ARQUITETURA DO IF- GOIANO GALPÃO GARAGEM, DEZEMBRO 2014
20
ELABORADO PELO ARQUITETO WALTER ANTÔNIO GARCIA CAU - A10297-0.

Ø EMISSÃO INICIAL NOME 16/02/2023


Nº REVISÃO / DESCRIÇÃO PROJETISTA DATA

AUTORIA DO PROJETO

MARYNARA CRUZ DIAS DENÍLSON LIMA

Perfil U203x27,9 (Banzo Inferior)


MARCELO BRAYEN
51,7

60
30
80

PROJETO ESTRUTURAL
OBRA:

PROJETO DE UM GALPÃO METÁLICO


CLIENTE:

WALLISON CARLOS DE SOUSA BARBOSA


DESCRIÇÃO:

DETALHE TÍPICO DAS LIGAÇÕES PARAFUSADAS

LOCAL: ARQUIVO ELETRONICO:

TERESINA-PI Ligação parafusada.dwg

PROJETISTA: DESENHO: VERIFICADOR: DATA: Nº PROJETO: 08/08


MARYNARA DENÍLSON MARCELO 16/02/2023 N° 01

FORMATO A1 - INTERNO: 801 x 574 mm.


EXTERNO: 841 x 594 mm.

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