Você está na página 1de 30

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CAMPUS SÃO MATEUS


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

AMABILE VALANI PESSOTI


ARTHUR DAL’COL
EDUARDO HENRIQUE
SARA STEFANELLO FISCHBORN

DIMENSIONAMENTO DO REDUTOR INDUSTRIAL DE UM ELEVADOR DE


CAÇAMBAS

SÃO MATEUS - ES
2023
AMABILE VALANI PESSOTI
ARTHUR DAL’COL
EDUARDO HENRIQUE
SARA STEFANELLO FISCHBORN

DIMENSIONAMENTO DO REDUTOR INDUSTRIAL DE UM ELEVADOR DE


CAÇAMBAS

Trabalho apresentado à Coordenadoria do Curso de


Engenharia Mecânica do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, campus São
Mateus, como requisito parcial para a obtenção de nota
da disciplina de Elementos de Máquinas II.

Professor: Dr. João Paulo Barbosa

SÃO MATEUS - ES
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1 DEFINIÇÃO DO MOTOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2 DIMENSIONAMENTO DAS ENGRENAGENS . . . . . . . . . . . . . 4
2.3 DIMENSIONAMENTO DOS EIXOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.4 DIMENSIONAMENTO DOS ROLAMENTOS . . . . . . . . . . . . . . 8
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
APÊNDICE A – MEMORIAL DE CÁLCULO . . . . . . . . . . . . . . 20
3

1 INTRODUÇÃO

Redutores são dispositivos mecânicos que reduzem a velocidade de um motor de acio-


namento, aumentando simultaneamente o torque de saída. Projetados para suportar
altas cargas e fornecer uma operação confiável e durável, os redutores são compostos
por engrenagens de diferentes tamanhos, que se encaixam para transmitir movimento
e força.

No panorama industrial, os redutores são componentes fundamentais para o funciona-


mento de sistemas de elevadores de caçamba para transporte vertical de materiais a
granel, tais como areia, pedras e grãos, conforme Figura 1. Os elevadores de caçamba
são comumente utilizados em indústrias de construção, mineração, agricultura e outras
aplicações que envolvam o transporte eficiente e seguro de grandes volumes de carga.

Nessa perspectiva, o dimensionamento do redutor industrial de um elevador de caçam-


bas para transporte de cargas é a principal ênfase deste estudo, com todos os cálculos
expressos no Memorial de Cálculo detalhadamente.

Figura 1 – Representação do elevador de caçambas transportando coxinhas de frango

Fonte: Sew-Eurodrive (2018).


4

2 METODOLOGIA

2.1 DEFINIÇÃO DO MOTOR

Para início do projeto, usou-se o embasamento proveniente de Sew-Eurodrive (2018)


para se dispor de dados de entrada. Assim, com valores de rotação de entrada e saída
definidas, pôde-se escolher o motor elétrico responsável pelo acionamento de todo o
equipamento. O motor utilizado foi o exposto na Figura 2, conforme o manual da WEG
(2023), fornecendo dados de:

• Potência nominal = 160 kW

• Rotação nominal = 1470 rpm

Figura 2 – Motor trifásico de indução modelo W22 IE2 High Efficiency

Fonte: WEG (2023).

2.2 DIMENSIONAMENTO DAS ENGRENAGENS

Como já se tinha posse da rotação do motor e de saída, foi possível, através da divisão
das respectivas rotações, encontrar a relação de transmissão total do redutor como
sendo i = 49, 79. Logo, definiu-se que o redutor teria 3 estágios com 6 engrenagens. A
Tabela 1 detalha a respeito das engrenagens.

Além disso, Z1 e Z2 foram definidas como engrenagens cônicas e as demais como


engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais.
5

Tabela 1 – Descrição das engrenagens

Engrenagem N° de dentes Relação de transmissão


Z1 14 5,071
Z2 71
Z3 15 3,133
Z4 47
Z5 15 3,133
Z6 47

Fonte: autoras.

Assim, iniciou-se os seus dimensionamentos, sempre com foco no pinhão pois ele sofre
os maiores esforços. Pra isso, mais algumas definições de projeto foram feitas:

• Duração prevista de 100000 horas [h]

• Material SAE 8640 de 6000HB [HB]

• Pinhão e coroa de aço de fator 1512 [f]

• Ângulo de pressão de 20° [α]

• Ângulo de hélice de 20° [β ]

• Fator de serviço para serviços pesados de 1,25 [e]

Pelo Critério de Pressão, calcula-se δ 2 e δ 1 através das Equação 2.1 e Equação 2.2.

Z2
tanδ2 = (2.1)
Z1

δ1 = 90 − δ2 (2.2)

Após, isso calcula-se o torque (Equação 2.3) no eixo I, usando da potência do eixo
I, que é a potência do motor descontadas da eficiência de um par de mancais e, da
rotação no eixo I, encontrada pela relação de transmissão.

30000 PI
MT I = (2.3)
π nI
6

O fator de durabilidade [W] é dado pela Equação 2.4:


60 nI h
W= (2.4)
106
Também, a pressão admissível (Equação 2.5) é dada por:
0, 487 HB
Padm = (2.5)
W 1/6
E o volume mínimo representado na Equação 2.6:

2 MT I cos(δ1 ) i2 + 1
b1 dm1 = 0, 2 f 2 2
(2.6)
Padm i2
Após se normalizar o módulo, têm-se as dimensões dos diâmetros e larguras das en-
grenagens. Por fim, checa-se se a tensão máxima será menor que a tensão admissível
através da Equação 2.8, para que o dimensionamento esteja correto e suporte seus
esforços. Antes disso, calcula-se a força tangencial, através da Equação 2.7.
2 MT
Ft = (2.7)
dm
Ft q
σmx = (2.8)
b mn e
Onde o fator de forma [q] é obtido por interpolação da Figura 3.

Figura 3 – Fator de forma

Fonte: Budynas e Nisbett (2011).

De maneira análoga, realizou-se o dimensionamento das engrenagens cilíndricas de


dentes helicoidais Z3 e Z5. Elas possuem o passo a passo de dimensionamento muito
7

similar ao já descrito de uma engrenagem cônica, porém. são acrescentados dois


fatores, que são obtidos através do ângulo de pressão já definido e estão ilustrados
nas Figura 4 e Figura 5.

Figura 4 – Fator de correção de hélice (resistência)

Fonte: Budynas e Nisbett (2011).

Figura 5 – Fator de correção de hélice

Fonte: Budynas e Nisbett (2011).

2.3 DIMENSIONAMENTO DOS EIXOS

Para iniciar o dimensionamento dos eixos também foi realizado a escolha do material
do eixo, para isso, como o material mais usual e comercial foi escolhido o aço St 50.11
(ABNT 1035), que possui σ f ad e τ f ad iguais a respectivamente: 50 e 40 MPa.

Em seguida, em posse das forças tangenciais anteriormente calculadas, encontra-se


as forças axiais e radiais por meio da Equação 2.9 e Equação 2.10.

Fr = Ft αso (2.9)

Fa = Ft tan(β ) (2.10)

onde:
tan(20)
αso = (2.11)
cos(20)

Após isso, realizando-se o diagrama de corpo livre nos planos horizontais e verti-
cais, descobre-se as reações de apoio através de somatório de momentos e forças,
objetivando achar os momentos fletores máximos.
8

Com os momentos máximos calculados de ambos os planos, foi feito um momento


resultante utilizando a Equação 2.12:
q
MR = MV2 mx + MHmx
2 (2.12)

Em seguida foi realizado o cálculo do momento ideal para o cálculo do diâmetro do eixo,
essa apuração foi feita baseando-se na equação Equação 2.13 e sendo a=σ f ad /τ f ad:
r
a
Mi = MR2 + ( MT )2 (2.13)
2

Por fim, foi calculado o diâmetro mínimo que o eixo deveria ter para que suportasse as
engrenagens utilizando a equação, onde considerou-se b = 1, pois o eixo é maciço:
s
Mi
d > 2, 17 3 b (2.14)
σ f ad

2.4 DIMENSIONAMENTO DOS ROLAMENTOS

Cada eixo teve seus rolamentos definidos individualmente mas e metodologia que se
seguiu foi a mesma.

Em posse das forças atuantes, foi-se necessário necessário calcular as resultantes das
forças axiais e radiais.

Além disso, considerações tiveram que ser feitas:

• Probabilidade de falha de 4

• Viscosidade do óleo a 40°C igual a 220 cSt

• Temperatura de serviço de 70°C

• Fator de serviço igual a 1,5

Como o redutor trabalha com velocidades de rotação maiores que 10 RPM, utiliza-se a
carga dinâmica para os resultados. Além disso, por se tratar de um redutor universal
o fator de esforços dinâmicos ( fL ) por convenção varia de 2 a 3, portanto, para os
cálculos iniciais adotou-se fl = 2, 5.
9

Com a rotação e utilizando a Figura 6, através da interpolação dos valores nas faixas
obteve-se o fator de rotação ( fn ). Em seguida, para o cálculo da carga estática
equivalente (C0 ), calcula-se a relação Fa/Fr e a partir do seu resultado, usa-se a
relação adequada ilustrada pela Figura 7.

Figura 6 – Fator de rotação

Fonte: Budynas e Nisbett (2011).

Figura 7 – Relação de Fa e Fr

Fonte: Budynas e Nisbett (2011).


10

Em sequência, calcula-se a capacidade de carga estática (C0 ) pela Equação 2.15:

C0 = f s P0 (2.15)

Para o cálculo da carga dinâmica equivalente (P), primeiro é necessário obter os fatores
radiais e axiais dos rolamentos fixos de esferas (X e Y), pela Figura 8.

Figura 8 – Fatores radiais e axiais

Fonte: Budynas e Nisbett (2011).

Calculando a razão Fa/C0 e verificando na tabela pode-se obter o valor de e e, anali-


sando o valor de Fa/Fr em relação a e, assim tira-se a coluna de valores a ser utilizada
que através da interpolação obteve-se os valores de X e Y. Em seguida, acha-se a
carga dinâmica equivalente pela Equação 2.16.

P = X Fr +Y Fa (2.16)

Em sequência, a capacidade de carga dinâmica pela Equação 2.17

fL
c= P (2.17)
fn
11

Com a capacidade de carga dinâmica e o diâmetro do eixo, através do catálogo de


rolamentos da SKF, selecionou-se o melhor rolamento a ser utilizado, assim, obtendo
o valor da capacidade de carga dinâmica corrigido e o diâmetro externo e interno do
rolamento.

Para calcular a vida útil do rolamento, primeiramente obtivemos o fator a1 através da


probabilidade de falhas na Figura 9.

Figura 9 – Fator a1

Fonte: Budynas e Nisbett (2011).

Outro fator a ser calculado é o fator a23 , que são dependentes da matéria-prima e das
condições de serviço. Portanto, para calcula-lo precisa-se obter o valor da viscosidade
relativa (υ1 ) utilizando os valores do diâmetro médio (Dm), entre o diâmetro do eixo (d)
e o diâmetro externo do rolamento (D), e a rotação do eixo (n) pela Figura 10.
12

Figura 10 – Diagrama 1

Fonte: Budynas e Nisbett (2011).

Dando continuidade, é necessário calcular também a viscosidade de serviço (υ), para


isso a utilização do diagrama abaixo (Figura 11) com os valores da viscosidade do óleo
a 40°C e a temperatura de serviço:
13

Figura 11 – Diagrama 2

Fonte: Budynas e Nisbett (2011).

Além disso, calcula-se a relação υ/υ1 para utilizar a Figura 12 e achar o fator a23 .
14

Figura 12 – Diagrama 3

Fonte: Budynas e Nisbett (2011).

Finalmente, obteve-se a vida útil mínima do rolamento através da Equação 2.18.

LNmin = a1 a23 Lh (2.18)


15

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com a realização do dimensionamento das engrenagens, eixos e rolamentos do redutor


de 3 estágios detalhado no Apêndice A, propõe-se a representação bidimensional do
sistema na Figura 13 para melhores esclarecimentos de nomenclatura estabelecidos.

Figura 13 – Representação do sistema de engrenagens do redutor do processo

Fonte: Acervo próprio.

O dimensionamento de engrenagens foi realizado nas engrenagens 1, 3 e 5, pois a


engrenagem 1 representa o pinhão do conjunto de engrenagens cônicas de dentes
retos do eixo I e as engrenagens 3 e 5 os pinhões do sistema de engrenagens cilíndricas
helicoidais dos eixos II e III. Sendo assim, a Tabela 2 apresenta as características
provenientes do dimensionamento realizado no Apêndice A.

Tabela 2 – Características finais das engrenagens

Engrenagens Módulo normal [mm] Diâmetro primitivo [mm] Largura [mm]


1 9 100,8 138,23
3 11 550,18 72,29
5 11 175,59 72,29

Fonte: Acervo próprio.

No processo de seleção das dimensões das engrenagens cilíndricas helicoidais, foram


calculadas as tensões máximas encontradas no sistema. Por isso, como materiais dos
pinhões 3 e 5 selecionou-se o aço SAE 8640, visto que sua tensão admissível é 200
MPa.
16

Esquematizaram-se as forças presentes no eixo em cada plano de atuação, com


suas devidas reações nos mancais de rolamentos em suas extremidades, conforme
Figura 14, 15 e 16. Em seguida, definiu-se o momento fletor máximo horizontal e
vertical, a fim de calcular o momento ideal e, consequentemente, o diâmetro mínimo de
cada eixo, expressos na Tabela 3.

Figura 14 – Diagrama de corpo livre nos planos do eixo I

(a) D.C.L. no plano horizontal (b) D.C.L. no plano vertical

Fonte: Acervo próprio.

Figura 15 – Diagrama de corpo livre nos planos do eixo II

(a) D.C.L. no plano horizontal (b) D.C.L. no plano vertical

Fonte: Acervo próprio.


17

Figura 16 – Diagrama de corpo livre nos planos do eixo III

(a) D.C.L. no plano horizontal (b) D.C.L. no plano vertical

Fonte: Acervo próprio.

Tabela 3 – Diâmetro mínimo dos eixos

Eixo Diâmetro [mm]


1 64,0
2 126,5
3 183,3

Fonte: Acervo próprio.

Por fim, dimensionou-se o sistema a fim de selecionar os rolamentos do redutor, espe-


cificados na Tabela 4. Para cada eixo, parâmetros como carga e capacidade estática
e dinâmica foram essenciais para a informação das especificações dos rolamentos
definidos, conforme catálogo da SKF (2015).

Tabela 4 – Características dos rolamentos selecionados no dimensionamento

Eixo Capacidade de carga dinâmica calculada [N] Especificação


1 64810 SKF 6311
2 673300 SKF 6072M
3 8865 SKF 61811

Fonte: Acervo próprio.


18

4 CONCLUSÃO

O dimensionamento adequado dos redutores industriais é essencial para garantir o


desempenho adequado, a confiabilidade, a eficiência energética e a vida útil prolongada
dos sistemas e equipamentos em que são utilizados. Em elevadores de caçambas, os
redutores de engrenagens são componentes comumente utilizados para controlar a
velocidade e o torque do motor de acionamento, desempenhando um papel crucial na
transmissão de potência e no movimento eficiente da carga.

Portanto, com a consciência do papel fundamental a respeito da utilização dos redutores


para o transporte de cargas a granel, o estudo foi finalizado com êxito, visto que os
componentes do redutor de três estágios, como suas engrenagens, eixos e rolamentos
foram dimensionados, contribuindo no aprendizado dos elementos de máquinas.
19

REFERÊNCIAS

SEW-EURODRIVE. Catalog - X.. series bevel-helical gear units bucket elevator


drives: Industrial gear units. Germany, 2018. 212 p.

SKF. Rolamentos de esferas. [S.l.], 2015. 1382 p.

WEG. Folha de dados: Motor trifásico de indução. [S.l.], 2023. 4 p.


20

APÊNDICE A – MEMORIAL DE CÁLCULO

PROJETO DO REDUTOR DE UM ELEVADOR DE CAÇAMBAS


Dados de entrada:
n m := 1470 rpm n sai := 29.524 rpm almeja-se 30 rpm

Pm := 160000 W

30 Pm 3 nm
M T := = 1.039  10 Nm i t := = 49.79
π n m nsai

Redutor de 3 estágios - 3 pares de engrenagens

71 47 47
  = 49.79
14 15 15

Z1 := 14 Z2 := 71 Engrenagens cônicas de dentes retos

Z3 := 15 Z4 := 47 Engrenagens cilindricas de dentes helicoidais

Z5 := 15 Z6 := 47 Engrenagens cilindricas de dentes helicoidais

Dimensionamento de Engrenagens cônicas de dentes retos:

Critério de Pressão
α := 20deg

 Z1 
δ1 := atan  = 11.155 deg δ2 := 90 - δ1 = 89.805
Z2
 
ηm := 0.99 ηe := 0.98 Z1  n m
n I := = 289.859
5 Z2
PI := Pm ηm = 1.584  10
Z2
30 PI 3 i I := = 5.071
M TI := = 1.029  10 Nm Z1
π n m

Duração prevista: h := 100000

Fator de durabilidade:
Wfd := 8820
N
HB := 6000
Material SAE 8640: 6000HB 2
mm
Pressão admissível:

0.487 HB
Padm := = 642.839
1
6
Wfd
21

Fator de forma: f := 1512

Volume mínimo do pinhão:

( )
2
2 2
M TI cos δ1 iI + 1 Relação entre largura e diâmetro médio = 0.5
b1dm1 := 0.2f  
2 2
Padm iI

dm 1 := 93.2 diâmetro médio [mm]


b 1 := 161.7 largura [mm]

Módulo médio [mm]:


dm 1
mm1 := = 1.313 mm
Z2

Módulo do engrenamento (ferramenta) [mm]:


mm1
mn := = 1.641 mno := 9
0.8

Recalculando módulo médio [mm]:

mmR := 0.8 9 = 7.2


Recalculando diâmetro médio [mm]:
d mr1 := mmR Z1 = 100.8

Largura do pinhão [mm]:


Reclaculando pelo volume mínimo: b r1 := 138.23

Força tangencial [kN]:

2  M TI
Ft := = 20.416
d mr1
Número de dentes equivalente:

Z1 Fator de forma por interpolação: Fator de serviço para


Ze := = 14.27
cos δ1( ) q := 2.208 serviços pesados:
e := 1.25
Resistência à flexão no pé do dente:
Ft q
σmax := σmáx := 36.23 MPa
b r1 mmR e

Tensão máxima é menor que a tensão admissível, visto que se trata de um aço SAE 8640.
22

Dimensionamento de Engrenagens Cilíndricas de Dentes Helicoidais:


2 5
PII := ηm  ηe Pm = 1.537  10 W
Z3  n I Z4
n II := = 92.508 rpm i II := = 3.133
Z4 Z3
30000 PII 7
M TII := = 1.586  10 Nmm
π n II

Fator de durabilidade:

60 n II h
WII := = 555.049
6
10
Pressão admissível [MPa]: Fator de correção de hélice para Beta = 20°
φp := 1.4
0.487 HB 3
PadmII := = 1.019  10
1
6
WII

Volume mínimo:
d 0II := 164.57 mm

b II := 82.28 mm
2 (
M TII i II + 1 ) β := 20deg
b IId.0II := 0.2 f 
2
PadmII  φp  i II
d0II
msII := = 10.971
Z3 mnII := msII cos( β) = 10.31

Normalizando o módulo:
mnrII := 11
mnrII
msrII := = 11.706
cos( β)

d 0rII := msrII Z4 = 550.18

b rII := 72.29

Calculando a força tangencial [N]:


Número de dentes eq para achar q:
2  M TII 4
FtII := = 5.767  10 Z3
d 0rII ZeII := = 18.077
3
cos( β)
Achando q por interpolação:
q II := 3.49
Fator de correção de hélice:
φr := 1.35
23

Fator de serviço agma: Elevadores de caçambas carga uniforme φ := 1


para 10h
1
eII := =1
φ
FtII q II
σmáxII := = 187.479 MPa
b rII mnrII  eII  φr

Tensão máxima é menor que a tensão admissível, visto que o material do pinhão selecionado é
o SAE 8640.

Dimensionamento de Engrenagens Cilíndricas de Dentes Helicoidais no eixo III:


3 2 5
PIII := ηm  ηe  Pm = 1.491  10 W

Z5 n II Z6
n III := = 29.524 rpm i III := = 3.133
Z6 Z5
30000 PIII 7
M TIII := = 4.823  10 Nmm
π n III

Fator de durabilidade:

60 n III h
WIII := = 177.143
6
10
Pressão admissível [MPa]:
0.487 HB 3
PadmIII := = 1.233  10
1
6
WIII

Volume mínimo:
d 0III := 162.92 mm

b III := 81.46 mm

b IIId.0III := 0.2 f 
(
2 M TIII i III + 1 )
2
PadmIII  φp  i III
d0II
msIII := = 10.971
Z5 mnIII := msIII cos( β) = 10.31

Normalizando o módulo:
mnrIII := 11
mnrIII
msrIII := = 11.706
cos( β)

d 0rIII := msrIII Z5 = 175.589

b rIII := 72.29
24

Calculando a força tangencial [N]:


Número de dentes eq para achar q:
2 M TIII 5
FtIII := = 5.493  10 Z5
d 0rIII ZeIII := = 18.077
3
cos( β)
Achando q por interpolação:
q III := 3.49

Fator de serviço agma: Elevadores de caçambas carga uniforme


para 10h
1
eIII := =1
φ
FtIII q III
σmáxIII := = 196.67 MPa
b rIII mnrIII eIII φr

Tensão máxima é menor que a tensão admissível, visto que o material do pinhão selecionado é
o SAE 8640.

DIMENSIONAMENTO DOS EIXOS:


tan( 20deg)
αso := = 0.387
cos( 20deg)

Para o eixo II: d 4 := 510.48 d 5 := 175.58

l 1 := 0.3 metros l 2 := 0.12 metros l 3 := 0.08 metros

Engrenagem 4: Engrenagem 5:

2  M TII 4 2  M TII 5
Ft4 := = 6.215  10 Ft5 := = 1.807  10
d4 d5

4 4
Fr4 := Ft4 αso = 2.407  10 Fr5 := Ft5 αso = 6.999  10
4 4
Fa4 := Ft4 tan( β) = 2.262  10 Fa5 := Ft5 tan( β) = 6.577  10

Plano Horizontal:

Somatório de momentos em A:

  d  10- 3   d  10- 3 


5 4
 r4 ( 1 2 ) r5 1 a5  2  a4  2 
F  l + l + F  l + F  - F 
R BHII :=
     = 6.222  104
l +l +l (1 2 3 )
Somatório de forças em Y:

4
R AHII := Fr5 + Fr4 - RBHII = 3.185  10
25

Plano Vertical:

Somatório de momentos em A:

( )
Ft4 l 1 + l 2 + Ft5 l 1 5
R BVII := = 1.606  10
( l1 + l2 + l3)
4
R AVII := Ft5 + Ft4 - R BVII = 8.223  10

Calculando o momento fletor:

MvmáxII := 4863 MhmáxII := 3022.63

2 2 3
M máxII := MvmáxII + MhmáxII = 5.726  10

Para o eixo III: Engrenagem 6:


d 6 := 550.15
2  M TIII 5
Ft6 := = 1.753  10
d6

4
Fr6 := Ft4 αso = 2.407  10
4
Fa6 := Ft4 tan( β) = 2.262  10

Plano Horizontal:
Somatório de momentos em A:

R BHIII := 393.98

R AHIII := 4353.02

Plano Vertical:

R BVIII := 6618

R AVIII := 4412

Calculando o momento fletor:

MvmáxIII := 1323.6 MhmáxIII := 1305.9

2 2 3
M máxIII := MvmáxIII + MhmáxIII = 1.859  10
26

Para o eixo I:

Engrenagem 2: Engrenagem 3:
d 2 := 0.511
d 3 := 0.16292
2  M TI 3
2  M TI 4
Ft2 := = 4.027  10 Ft3 := = 1.263  10
d2 d3

3 3
Fr2 := Ft2 αso = 1.56  10 Fr3 := Ft3 αso = 4.893  10
3 3
Fa2 := Ft2 tan( β) = 1.466  10 Fa3 := Ft3 tan( β) = 4.598  10

Plano Horizontal:
Somatório de momentos em A:

R BHI := 4488.76

R AHI := 1964.24

Plano Vertical:

R BVI := 11575.68

R AVI := 5081.32

Calculando o momento fletor:

MvmáxI := 926.05 MhmáxI := 610.26

2 2 3
M máxI := MvmáxI + MhmáxI = 1.109  10

Dimensionando o diâmetro dos eixos:


6 6
σfad
σfad := 50 10 τfad := 40 10 a := = 1.25 b := 1
τfad

Para o eixo I:

2
2  a M TI 
M iI := M máxI +   = 1.282  103
 2 

(b MiI)
3
d I := 2.17 = 0.064
σfad

Portanto, o diâmetro deve ser maior ou igual a 64 mm


27

Para o eixo II:

2
2  a M TII 
M iII := M máxII +   = 9.915  106
 2 

(b MiII)
3
d II := 2.17 = 1.265
σfad

Portanto, o diâmetro deve ser maior ou igual a 1265 mm

Para o eixo III:

2
2  a MTIII 
M iIII := M máxIII +   = 3.014  107
 2 

(b MiIII)
3
d III := 2.17 = 1.833
σfad

Portanto, o diâmetro deve ser maior ou igual a 1833 mm

Dimensionamento dos rolamentos:

Para o eixo I:

2 2 4 2 2 3
Fr I := R BHI + RBVI = 1.242  10 FaI := Fa2 + Fa3 = 4.826  10

FaI
= 0.389 Logo, P0 = Fr pois 0.389 < 0.8
Fr I

fs := 1.5 fL := 2.5 fnI := 0.491 Interpolando para valor da rotação em I

4
C 0I := fs Fr I = 1.862  10

FaI
= 0.259 Interpolando para achar e: eI := 0.371 XI := 0.56
C0I
Interpolando para achar Y: YI := 1.197

Carga dinâmica:
4
P0I := XI Fr I + YI FaI = 1.273  10

Capacidade de carga dinâmica:


fL P0I 4
C I := = 6.481  10 Rolamento escolhido: SKF 6311
fnI
28

Recalculando FL: Probabilidade de falha de 4% a1 := 0.53


74100 fnI
fLI := = 2.858
P0I
Temperatura de serviço em torno de 70°C e viscosidade do
55 + 120 óleo a 40°C é 220 cSt
dm I := = 87.5
2
Pelo diagrama 1: Pelo diagrama 2:
υI := 70
υ1 I := 40

Interpolando para achar Lh:


Pelo diagrama 3:
LhI := 11725
υI
= 1.75 a23I := 1.2
υ1 I

Portanto, a vida útil mínima do rolamento é [h]:


3
LminI := a1  a23I LhI = 7.457  10

Para o eixo II:

2 2 5 2 2 4
Fr II := RBHII + RBVII = 1.723  10 FaII := Fa4 + Fa5 = 6.955  10

FaII
= 0.404 Logo, P0 = Fr pois 0.404 < 0.8
Fr II
n II = 92.508
fnII := 0.727 Interpolando para valor da rotação em II

5
C 0II := fs Fr II = 2.584  10

FaII
= 0.269 Interpolando para achar e: eII := 0.377 XII := 0.56
C0II
Interpolando para achar Y: YII := 1.428

Carga dinâmica:
5
P0II := XII Fr II + YII FaII = 1.958  10

Capacidade de carga dinâmica:


fL P0II 5
C II := = 6.733  10 Rolamento escolhido: SKF 6072M
fnII

Recalculando FL: Probabilidade de falha de 4%


695000 fnII
fLII := = 2.581
P0II
Temperatura de serviço em torno de 70°C e viscosidade do
360 + 540 óleo a 40°C é 220 cSt
dm II := = 450
2
Pelo diagrama 1: Pelo diagrama 2:
υII := 70
υ1 II := 50
29

Interpolando para achar Lh:


Pelo diagrama 3:
LhII := 8610
υII
= 1.4 a23II := 0.98
υ1 II
n II = 92.508
Portanto, a vida útil mínima do rolamento é [h]:
3
LminII := a1  a23II LhII = 4.472  10

Para o eixo III:

2 2 3 2 4
Fr III := RBHIII + RBVIII = 6.63  10 FaIII := Fa6 = 2.262  10

FaIII 4
P0III := 0.6 Fr III + 0.5 FaIII = 1.529  10
= 3.412
Fr III
n III = 29.524
fnIII := 1.047 Interpolando para valor da rotação em III

3
C 0III := fs Fr III = 9.945  10
FaIII
= 2.275 Interpolando para achar e: eIII := 0.91 XIII := 0.56
C0III YIII := 0
Interpolando para achar Y:
Carga dinâmica:
3
PCIII := XIII Fr III + YIII FaIII = 3.713  10

Capacidade de carga dinâmica:


fL PCIII 3
C III := = 8.865  10 Rolamento escolhido: SKF 61811
fnIII

Recalculando FL: Probabilidade de falha de 4%


9040 fnIII
fLIII := = 2.549
PCIII
Temperatura de serviço em torno de 70°C e viscosidade do
55 + 72 óleo a 40°C é 220 cSt
dm III := = 63.5
2
Pelo diagrama 1: Pelo diagrama 2:
υIII := 70
υ1 III := 350

Interpolando para achar Lh:


Pelo diagrama 3:
LhIII := 8290
υIII
= 0.2 a23III := 0.22
υ1 III
n III = 29.524
Portanto, a vida útil mínima do rolamento é [h]:

LminIII := a1  a23III LhIII = 966.614

Você também pode gostar