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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica


Coordenação de Isolamento – 2° Semestre de 2019

TRABALHO PRÁTICO 2

Desempenho de LT’s frente a


Descargas Atmosféricas

Aluno: Magno Leandro Cardoso Soares


Professor: Ivan José da Silva Lopes

Belo Horizonte
07 de novembro de 2019
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 2

2. CÁLCULO MANUAL PELO MÉTODO DOS DOIS PONTOS ............................... 2

3. AVALIAR O DESEMPENHO DE DIFERENTES ESTRUTURAS FRENTE A


DESCARGA ATMOSFÉRICA COM O PROGRAMA FLASH. ................................... 10

3.1. TENSÃO DE OPERAÇÃO – 138,0 E 345 KV .............................................. 10

3.2. TORRE S-19 E S-13 OPERANDO EM 138,0 E 345 KV .............................. 12

3.3. NÚMERO DE ISOLADORES – S-19 EM 138 E 345 KV .............................. 14

3.4. DESEMPENHO VERSUS RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO ................. 15

4. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 17

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 18

[1] ANDERSON, J. G., “Transmission Line Reference Book 345 kV and above”,
Electric Power Research Institute, 2. Ed, California, Estados Unidos, 1982. ............ 18
2

1. INTRODUÇÃO

O desempenho de linhas de transmissão frente a descargas atmosféricas é um


assunto bastante estudado nas disciplinas de pós-graduação em Engenharia Elétrica.
A justificativa da-se ao fato de ser umas das causas mais frequentes do desligamentos
de linhas.
Diante desse cenário de alto indice de desligamentos/km/ano, o TP2 tem por objetivo
avaliar a influência dos principais fatores que determinam ou podem contribuir para o
melhor desempenho da linha de tranmissão em caso de incidências de descargas
atmosféricas.
Tem por objetivo também de apresentar as principais ferramentas utilizadas para
estimar os desligamentos, mais precisamente a ferramenta “Flash” e o “método dos
dois pontos”.

2. CÁLCULO MANUAL PELO MÉTODO DOS DOIS PONTOS

Utilizar o “Método dos Dois Pontos” (Ref.: “Transmission Line Reference Book”, Cap.
12 – Material disponibilizado via Moodle), para estimar o desempenho de linhas de
transmissão frente a descargas atmosféricas (desligamentos/100km.ano) no que diz
respeito aos desligamentos devidos a falhas de blindagem e “back-flashover”
separadamente.
Considere os mesmos dados de entrada do exemplo resolvido no livro: incidência de
descargas, tensão de operação da linha, bitolas de condutores e cabos guarda,
flechas e vãos médios entre torres, comprimento da cadeia de isoladores, etc. A única
diferença é o perfil da estrutura a ser considerada

Para esse primeiro item está sendo considerada a torre S-19, cujo modelo é H-Frame.
A estrutura está apresentada na figura 1 com suas principais dimensões. O esboço
da torre na escala correta é o primeiro passo para adoção do método dos dois pontos.
3

Figura 1 – Torre S-19 – Modelo H-Frame

3
1 2

3 4 2,45 5

2,8
41°
18,3

S-19

6,05

As coordenadas do condutores e demais dados utilizados como entrada para os


cálculos estão apresentados na tabela 1.
Tabela 1 – Coordenadas da Torre S-19

CONDUTORES X Y
No FUNÇÃO [m] [m]
1 Cabo-guarda -3 + 21,4
2 Cabo-guarda +3 + 21,4
3 Fase A - 4,9 + 18,3
4 Fase B 0 + 18,3
5 Fase C + 4,9 + 18,3

A tabela 2 apresenta os dados considerados como padrão e retirados do livro de


referência [1].
4

Tabela 2 – Dados de referência do livro-texto EHV - Página 576 - Caso Padrao.

CONDUTORES VÃO ENTRE


RAIO BUNDLE FLECHA
TORRES
No FUNÇÃO [cm] [cm] [m]
[m]
1 Cabo-guarda 0,45 - 7,0
2 Cabo-guarda 0,45 - 7,0
3 Fase A 1,48 45,7 7,0 335
4 Fase B 1,48 45,7 7,0
5 Fase C 1,48 45,7 7,0

A tabela 3 abaixo apresenta os resultdos dos cálculos realizados para falha de


blindagem conforme método dos dois pontos.

Tabela 3 – Cálculo de falha de blidagem pelo método dos dois pontos – Torre S-19
VALORES CALCULADOS
PASSO PROCEDIMENTO VARIÁVEL
GERAL ESQUERDA DIREITA

Desenhar a torre em escala e determinar as


1
coordenadas de todos os condutores.

2 Estabelecer o nível ceráunico em dias de T 30


trovoada por dia.

3 Calcular o número de descargas atmosféricas N 3.6


para o solo por quilômetro quadrado por ano.
4 YG 16.73
Calcular a altura média dos cabos-guarda.
Calcular o total de descargas atmosféricas na
5 NL 33.20
linha por 100 km por ano.

Encontrar o valor de sobretensão para a cadeia


de isoladores das fases mais expostas de 1540 1540
6 V
ambos os lados da torre para uma descarga Fase A Fase C
atmosférica de 6 μs de tempo de frente.

Calcular a altura média dos condutores no


7 meio do vão para os quais foi encontrado o YΦ 13.63 13.63
valor de sobretensão no item anterior.

Calcular o raio efetivo dos condutores devido à


8 RC 0.19 0.19
presença do efeito corona.
5

Calcular o raio de um único condutor


9 Req 0.08 0.08
equivalente ao um conjunto de condutores.

Calcular o raio equivalente do conjunto de


10 RT 0.27 0.27
condutores com o efeito corona.

Calcular a impedância de surto característica


11 Zφ 323.054 323.054
efetiva dos condutores de fase (Ω).

Calcular as correntes mínimas de descarga


12 para uma descrupção devido a falha de Imin 9.53 9.53
blindagem (kA).

13 Calcular a distância mínima de descarga (m). S 43.29 43.29

14 Escolha um fator β para a linha. Β 0.8

Calcule a coordenada XG do cabo-guarda para


15 XG -1,565 1,565
uma blindagem efetiva (m).

16 Calcular o ângulo efetivo de blindagem αE (°). αE -26.78 26.78

17 Calcular a largura da faixa desprotegida (m). XS 2.76 2.76

Encontrar a distância máxima que uma


18 Smax - -
descarga pode ocorrer.

19 Entrar com o valor calculado no Passo 12 Imin - -

20 Calcular o valor de Imax a partir do Passo 18. Imax - -

Calcular a probabilidade Pmin da corrente Imin ser


21 Pmin - -
excedida.

Calcular a probabilidade Pmax da corrente Imax


22 Pmax - -
ser excedida.

Calcular o número de falhas de blindagem por (NSF)D


23 - -
100 km de linha por ano (NSF)E

Somar os valores de cada lado no Passo 23


24 para encontrar o total de falhas de blindagem NSF 0
por 100 km por ano.

Subtrair o resultado do Passo 24 do resultado


25 do Passo 5 para estabelecer o total de NT 33.20
descargas na linha por 100 km por ano.

A tabela 4 abaixo apresenta os resultdos dos cálculos realizados para falha devido ao “back-flashover”
conforme método dos dois pontos.
6

Tabela 4 – Cálculo de falha por back-flashover utilizando método dos dois pontos – Torre S-19
VALORES CALCULADOS
PASSO PROCEDIMENTO VARIÁVEL
GERAL A B C

1 Determinar a tensão de disrupção (VI)2 2156 2156 2156


da cadeia de isoladores em 2 μs.
2 Repetir o Passo 1 para 6 μs. (VI)6 1540 1540 1540
Mutiplicar o valor calculado no
3 Passo 1 por 1,8 para estimar a [(VI)2]TT 3880
tensão no topo da torre e média
para todas as fases.

Calcular o diâmetro do efeito


corona do cabo guarda através da
4 RC 1.5
tensão do Passo 3 e Eo = 1500
V/m. Considere como altura a
altura da torre.
A partir do resultado do Passo 4,
5 calcular a impedância própria de Zn1 317.34
surto dos cabos guarda na torre.
A partir do resultado do Passo 5,
6 calcular a impedância mútua de ZS 141.55
surto dos cabos guarda na torre.
7 Calcular o fator de acoplamento Kn 0.54 0.61 0.54
de cada um dos cabos fase.
8 Determinar a impedância de surto ZT 136.58
da torre.
9 Determinar o tempo de tráfego da τT 0.071
torre.
10 Calcular o tempo de tráfego entre τS 1.24
torres.
11 Calcular o tempo de tráfego do τPN 0.001 0.001 0.001
topo até cada cruzeta da torre.
12 Selecionar a resistência de pé de R 20
torre.
13 Calcular a impedância do circuito ZI 46.62
intrínseco.
14 Calcular a impedância de onda da ZW 23.69
torre.
15 Calcular o fator de amortecimento Ψ 0.24
da torre.
Calcular o fator de refração da
16 resistência completa de pé de ᾱR 0.26
torre.
17 Calcular a tensão em PU (per unit) (VT)2 18.49
no topo da torre em 2 μs.
Calcular a tensão no topo da torre
18 devido às componentes refletidas (V'T)2 0
nas torres adjacentes em 2 μs.
Adicionar os valores calculados no
19 Passo 17 e no Passo 18 para VT 18.49
encontrar a tensão real no topo da
torre.
7

Calcular a tensão sobre a


20 resistência de pé de torre em 2 (VR)2 15.25
μs.

Reduzir o valor de (VR)2 na


mesma proporção que o valor
21 calculado no Passo 19 foi VR 15.25
reduzido para encontrar a tensão
real na resistência de pé de torre
em 2 μs.
22 Calcular a tensão na cruzeta para (VPN)2 18.45 18.45 18.45
cada fase em 2 μs.
Usando os resultados do Passo 7,
23 do Passo 19, e do Passo 22, (VSN)2 8.38 7.13 8.38
calcular a tensão P.U. em cada
isolador em 2 μs.
Calcular a tensão no topo da torre
24 em 6 μs sem as reflexões das (VT)6 15.59
torres adjacentes.
Calcular a tensão no topo da torre
25 devido às componentes refletidas (V'T)6 -4.55
nas torres adjacentes em 6 μs.
A partir das tensões do Passo 24
e do Passo 25 e os coeficientes
26 de acoplamento do Passo 7, (VSN)6 5.03 4.28 5.03
calcular a tensão total em PU para
cada fase.
Calcular a relação entre as
tensões do Passo 1 e do Passo
27 23 para cada fase. Essa relação (ICN)2 257.28 302.36 257.28
será a corrente crítica para
backflashover em 2 μs.
Calcular a relação entre as
tensões do Passo 2 e do Passo
28 26 para cada fase. Essa relação (ICN)6 306.15 359.45 306.15
será a corrente crítica para
backflashover em 6 μs.
Selecionar a menor corrente para
cada fase a partir dos valores
29 encontrados no Passo 27 e no (ICN)2 257.28 302.36 257.28
Passo 28.
Selecionar as tensões
30 relacionadas a cada valor de ICN, a (VI)2 2.156 2.156 2.156
partir do Passo 1 e do Passo 2.
A partir dos dados do Passo 29 e
31 do Passo 30, plotar a curva I’CN
para cada fase.
Determinar a porcentagem de
32 tempo que cada fase é 50% 0% 50%
predominante.
Calcular o valor médio de I’CN para
33 cada fase durante o tempo em Ī'cn 247.28 - 247.28
que ela é predominante.
8

Encontrar a probabilidade de uma


corrente do Passo 33 ser
34 excedida em uma descarga na PI 0.005 - 0.005
linha.
Multiplicar as descargas do Passo
25 do capítulo 2.1 por 0,60 para
35 estabelecer o número real de 43.2
descargas atmosféricas na torre
por 100 km por ano.
Multiplicar o valor do Passo 35
pelos valores do Passo 32 e
36 dividir por 100 para encontrar as 21.6 - 21.6
descargas na torre por 100 km por
ano.
Multiplicar cada valor do Passo 36
pela probabilidade
correspondente do Passo 34 para
37 encontrar o número esperado de 0.097 - 0.097
descargas atmoféricas que
causam disrupção na cadeia de
isoladores para uma dada fase.

Somar todos os valores do Passo


37 para calcular o número total de
38 backflashover por 100 km por ano. 0.194

Adicionar ao valor do Passo 38 o


total de falhas de blindagem do
39 Passo 23 do capítulo 2.2 para 0.194
encontrar o total de falhas por 100
km por ano.
9

A figura 2 apresenta os resultados da torre S-19 no Flash 1.8, considerando os dados


de entrada conforme tabela 1.

Figura 2 – Resultado Torre S-19 simulado no Flash, versão 1.8

A tabela 5 apresenta o resumo dos cálculos obtidos manualmente em comparação


com os resultados provenientes do programa Flash – Vesão 1.8 de 2001.

Tabela 5 – Resultados cálculo manual x calculado pelo programa Flash.

Tipo de Falha Cálculo Manual Programa Flash


Back-flashover 0,194 0,21
Blindagem 0,00 0,00
Total 0,194 0,21
10

3. AVALIAR O DESEMPENHO DE DIFERENTES ESTRUTURAS FRENTE A


DESCARGA ATMOSFÉRICA COM O PROGRAMA FLASH.

Utilizando o programa “Flash”, avaliar o desempenho de diferentes configurações de


linhas frente a descargas atmosféricas no que diz respeito aos desligamentos devidos
a falhas de blindagem e “back-flashover” separadamente. Fazer uma análise da
influência de:
1. tensão de operação,
2. perfil da estrutura,
3. níveis de isolamento (no de isoladores) para uma mesma tensão de operação,
4. resistência de aterramento.

PARÂMETROS A SEREM UTILIZADOS:


Raio dos condutores-fase: 1,60cm (2 condutores por fase com espaçamento de
22,86cm)
Flecha dos condutores-fase no meio do vão: 7,00m
Raio dos condutores dos cabos-guarda: 0,6cm
Flecha dos condutores dos cabos-guarda no meio do vão: 2,50m
Densidade de descargas para terra: 7,2 desc./km2.ano
Vão médio entre torres: 400m.

3.1. TENSÃO DE OPERAÇÃO – 138,0 E 345 KV

Nessa etapa será verificado a influência da tensão nominal de operação de um linha


de transmissão no desempenho frente a descargas atmosféricas.
11

Figura 3 – Resultado Torre S-19 – 138,0 kV de operação

Figura 4 – Resultado Torre S-19 – 345,0 kV de operação

As figuras 3 e 4 apresentam os resultados simulados no Flash e o gráfico 1 resume


os valores encontrados. Nessa etapa foram utilizados 9 isoladores para a tensão de
138,0 kV e 16 isoladores para a torre de 345,0 kV, dessa forma a altura dos condutores
de fase também é alterada. Os resultados mostram que a linha de transmissão
apresenta melhor desempenho para linhas de maior nível de tensão, conforme
abordagem em várias literaturas, quanto maior o nível de tensão, menor será o
impacto de descargas atmosféricos, principalmente devido a distância de arco
fornecido pelo arranjo das cadeias de isoladores.
12

Gráfico 1 – Resultados – torre S-19 – 138 kV e 345 kV

VN X DESEMPENHO

2.24 2.28

DESL./ KM/ANO

0.57 0.57
0.04 0

BACK-FLASHOVER BLINDAGEM TOTAL


TIPO DE FALHA

S-19 - 138kV S-19 - 345 kV

3.2. TORRE S-19 E S-13 OPERANDO EM 138,0 E 345 KV

O item 2.1 será comparado com o desempenho da torre S-13, modelo Waist, operando
em 138,0 e 345,0 kV. A cadeia de isoladores assim como no item 2.1 terá a distância
de arco de acordo com o caso-base. A figura 5 mostra os dois tipos de estruturas.

Figura 5 – Estruturas – torre S-19 e S-13 – 138 kV e 345 kV

10,06

4,85

2,45
2,8

2,48
28,98

41°
18,3

20,38

S-19 S-13
7,32
6,05

As figuras 6 e 7 apresentam os resultados das simulações feitas para a torre S-13 em


138 kV e 345 kV.
13

Figura 6 –Resultados torre S-13 – 138 kV

Figura 7 –Resultados torre S-13 – 345 kV

Os resultados apresentados nas figuras 6 e 7 estão resumidos no gráfico 2. Os dados


mostram que a estrutura S-13 tem um desempenho desfavorável em comparação com
a S-19, isso ocorre para os níveis de 138,0 e 345 kV.
14

Gráfico 2 – Comparação de desempenho torre S-19 e S-13.

S-19 e S-13
12
9.28 9.54
10
DESL./KM/ANO

8
6
4
2.24 1.83 2.28 1.86
2 0.57 0.57
0.04 0 0.26 0.03
0
BACK-FLASHOVER BLINDAGEM TOTAL
TIPO DE FALHA

S-19 - 138kV S-19 - 345 kV S-13 - 138kV S-13 - 345 kV

3.3. NÚMERO DE ISOLADORES – S-19 EM 138 E 345 KV

Essa etapa tem por objetivo avaliar a influência do número de isoladores no


desempenho da LT. Para a tensão de 138,0 kV será simulado o desempenho com a
cadeia de isoladores com 7, 8, 9 e 10 isoladores com 14,605 cm de
comprimento/unidade. Da mesma forma será simulado em 345,0 kV, com 15, 16, 17
e 18 isoladores. Para ambos os casos será utilizado a estrutura S-19. Os gráficos 3 e
4 apresentam os resultados das simulações para ambos níveis de tensão versus
número de isoladores. Tanto a falha por Back-flashover quanto a falha de blindagem
são menores quanto maior for a distância de arco da cadeia de isoladores.
15

Gráfico 3 – Desempenho da torre versus número de isoladores – 138,0 kV

DESEMPENHO X N° ISOLADORES (138 KV)


7 Isoladores 8 Isoladores 9 isoladores 10 isoladores

5 4.6 4.69

4
DESL./KM/ANO

3.11 3.17
3 2.24 2.28
2 1.65 1.67

1
0.09 0.06 0.04 0.02
0
Back-flashover Blindagem Total
TIPO DE FALHA

Gráfico 4 – Desempenho da torre versus número de isoladores – 345,0 kV

DESEMPENHO X N° ISOLADORES - 345 KV


15 Isoladores 16 Isoladores 17 isoladores 18 isoladores

0.8 0.69 0.69


0.57 0.57
DESL./KM/ANO

0.6 0.48 0.48


0.41 0.41
0.4

0.2
0 0 0 0
0
Back-flashover Blindagem Total
TIPO DE FALHA

3.4. DESEMPENHO VERSUS RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO

Nessa etapa será avaliado o desempenho da linha de transmissão com a torre S-19
frente a descargas atmosféricas variando-se a resistência de aterramento em 5, 15,
30, 50 e 150Ω. Em um segundo momento também será avaliado o mesmo cenário,
porém, considerando que 20% das estruturas tem valores de aterramento 5 vezes
maior que a média dos valores dados no primeiro momento. A síntese dos resultados
está apresentada no gráfico 5. Para todos os casos de simulação desse item, foram
considerados os dados de entrada conforme figura 8. Cadeia com 9 isoladores e torre
S-19 operando em 138,0 kV.
16

Figura 8 – Resultado programa Flash – S-19 - 138,0 kV

Gráfico 5 – Desempenho da torre versus resistência de aterramento – S-19 - 138,0 kV

DESEMPENHO X RESISTÊNCIA DE ATERRMENTO (S-19 -138 KV)

5Ω 15 Ω 30 Ω 50 Ω 150 Ω 50/250 Ω

50 47.51 47.55
45
40
35
DESL./KM/ANO

30 25.95 25.99
25
18.35 18.39
20
15
8.28 8.32
10
5 2.24 2.28
0.26 0.04 0.04 0.04 0.04 0.04 0.04 0.3
0
Back-flashover Blindagem Total
TIPO DE FALHA

Os resultados apresentados na tabela 5 mostram que a resistência de aterramento do


solo é um parâmetro que afeta em grandes proporções o desempenho das linhas de
transmisão. Outro ponto observado é que a falha de blindagem é totalmente
independente da qualidade do aterramento da torre. A análise da segunda parte
proposta, que é supor o solo com 20% em 250 Ω e 80% do solo com 50 Ω em
comparação com o solo de 100% com resistência de 50 Ω. 20% do solo com 5 vezes
17

mais resistência que o valor média das resistência, aumenta em 41,4% o indíce de
desligamentos da linha de trasmissão.

4. CONCLUSÃO

O trabalho permitiu concluir que softwares mesmo que simplistas em questão de


robustez, tornam a atividade de estimativa de desempenho mais rápida e fácil. O flash
é uma ferramenta fácil de usar e ao comparar os valores de saída com o método de
dois pontos, tem-se uma excelente precisão.
O desempenho de linhas de transmissão está instimamente ligado a questões como
o comprimento de arco da cadeia de isoladores, a resistência de aterramento da
estrutura, e distância entre os cabos-guarda.
As ferramentas apresentadas possibilitam uma análise bem detalhada de qual dos
parâmetros supracitados podem sofrer mais alteração no valor de desempenho,
inclusivo podendo-se levar em consideração qual dos itens avaliadados é melhor e
mais enconômico.
18

REFERÊNCIAS

[1] ANDERSON, J. G., “Transmission Line Reference Book 345 kV and above”,
Electric Power Research Institute, 2. Ed, California, Estados Unidos, 1982.

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