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PROPOSTA DE UMA NOVA METODOLOGIA PARA A OBTENÇÃO DO MAPA DE

EFICIÊNCIA DE MÁQUINAS SINCRONAS

Edson C. Bortoni Mauro K. I. Uemori Bruno Tonsic Araujo


UNIFEI GE Renewable Hydro ABB Brasil

José V. Bernardes Jr J. Johnny Rocha Roberto T. Siniscalchi


UNIFEI Trassinio Consulting Furnas Eletrobras

Resumo
O presente trabalho tem como objetivo apresentar o conceito de mapeamento da eficiência
aplicada em geradores de grande porte bem como propor uma metodologia para obtê-los. Será
apresentada uma abordagem sobre perdas segregadas e a modelagem matemática para o
mapeamento das perdas para toda a área operacional da curva de capabilidade.

Também serão propostos modelos para cálculo de eficiência que podem ser aplicados em
qualquer condição de carregamento da máquina.

Para a validação da metodologia foram realizados testes em 02 geradores síncronos de grande


porte por meio da comparação dos resultados calculados através dos modelos com os resultados
obtidos pelos modelos computacionais utilizados nos projetos dos geradores.

Palavras chave
Modelagem de perdas, mapa de eficiência

1 INTRODUÇÃO
A Modelagem de perdas em máquinas síncronas tem sido objeto de inúmeras publicações nos
últimos anos. Em geral, cada tipo de máquina possui diversos tipos de perdas [1],
compreendendo perdas nos enrolamentos do estator, perdas nos enrolamentos do rotor [2-3],
perdas no material magnético [4-5], perdas suplementares [6-7] e por ventilação [8-9].

As perdas no sistema de excitação, escovas e perdas nos mancais também poderão ser levadas
em consideração quando necessárias. De fato, vários fatores exercem influência sobre estas
perdas, entretanto, algumas destas são constantes enquanto outras variam com a corrente do
rotor ou do estator, ou seja, as perdas variam com o carregamento das máquinas.

Fatores como a intermitência dos ventos ou geração fotovoltaica tem sido solucionadas por
sistemas de armazenamento de energia. Entretanto, quando sistemas de armazenamento de
energia não estão disponíveis, os impactos sistêmicos são absorvidos pela geração hidráulica
[11-12].

A potência reativa tem sido amplamente despachada obrigando geradores síncronos a operarem
como condensadores, motorizados ou não. É sabido que as novas fontes de energia renováveis
como eólica ou solar não estão aptas a promover a regulação de tensão dos sistemas elétricos,
deixando este trabalho para os geradores síncronos que se encontram em operação.

O impacto de cargas flexíveis conectadas ao sistema tem sido objeto de muitos estudos
principalmente, relacionados à operação segura dos geradores, aos reflexos nos dos ciclos de
temperatura, na isolação e na vida útil destas máquinas. Certamente, tais questões podem
consideradas os grandes desafios para futuros projetos [13].

1
Apesar do rendimento nominal se referir às condições nominais de potência, fator de potência,
tensão e frequência, é importante salientar que excursões em toda faixa admissível de ambas
ativa e reativa potência podem ocorrer.

Este trabalho contribui com a elaboração do mapa de eficiência no plano P-Q em toda a faixa
admissível, ou seja, dentro da curva de capabilidade, é calculada através das diversas
modelagens de perdas da máquina. Partindo dos testes de perdas segregadas e das condições
nominais, o modelo desenvolvido é aplicado para obtenção do comportamento das perdas ao
longo de todas as possíveis condições de operação.

2 PERDAS SEGREGADAS
Apesar de várias formas de se determinar as perdas segregadas [14-15], a metodologia mais
prática para testar geradores de grande porte é baseada em testes termodinâmicos utilizando
técnicas de termografia infravermelha [16] Entretanto, as segregação de perdas é realizada ao
se testar o gerador em diferentes condições de operação. Para isto, é previsto ao menos três
giros do gerador conforme descritos a seguir:

2.1 Primeiro giro

Também conhecido como giro mecânico, a máquina opera a vazio, com velocidade nominal e
sem excitação. Após a máquina atingir o equilíbrio térmico, o método calorimétrico é aplicado no
qual são medidas as perdas por atrito e ventilação. As perdas a vazio são consideradas a soma
da potência dissipada nos sistemas de resfriamento e perdas por radiação e convecção nas
superfícies, isto é, coberturas metálica, paredes de concreto, eixo, etc.

2.2 Segundo giro:

A máquina opera a vazio, velocidade nominal e excitação suficiente para obter a tensão nominal
na saída do gerador. Nesta condição, além das perdas à vazio, são consideradas as perdas no
material magnético e as perdas no enrolamento de campo. A subtração das perdas obtidas no
primeiro giro das perdas obtidas no segundo giro resulta na soma das perdas no núcleo
magnético e as perdas no enrolamento de campo. As perdas no enrolamento de campo são
obtidas através do produto da tensão de excitação pela corrente de excitação. Ao se subtrair as
perdas determinadas no primeiro giro e as perdas no enrolamento de campo determina-se, assim
as perdas no núcleo magnético.

2.3 Terceiro giro

Nesta etapa, a máquina opera com os terminais do estator em curto e excitação suficiente para
obtenção da corrente nominal na saída do gerador. Nesta configuração, além das perdas
determinadas anteriormente, estão contempladas as perdas no enrolamento do estator e perdas
suplementares. As perdas suplementares são determinadas através da subtração das perdas no
cobre do estator, perdas no circuito de campo e perdas a vazio das perdas totais medidas neste
teste. As perdas no cobre da armadura são determinadas através da medição da resistência
corrigida com a temperatura e a corrente da armadura. Conforme mencionado anteriormente as
perdas no circuito de campo é determinada pelo produto da excitação pela tensão de excitação.
As perdas a vazio são obtidas no primeiro giro, com eventual correção de variações de densidade
e pressão do ar.

3 MODELAGEM DE PERDAS
Cabe observar que alguns tipos de perdas são constantes e outros podem ser modeladas em
função da corrente da armadura ou corrente de campo. Tais características são detalhadas
abaixo:

2
3.1 Perdas constantes:

São as perdas que não variam em função da carga, ou seja as perdas por atrito, ventilação e
perdas no material magnético. As perdas por ventilação são proporcionais ao cubo da
velocidade. Logo, elas são consideradas constantes desde que o gerador opere sincronizado
com a rede, exceto nos caso de transientes. Existe uma pequena variação nas perdas por atrito
com a máquina em carga. Entretanto, o maior esforço em uma máquina hidráulica são as forças
axiais da turbina, as quais são praticamente constantes. As perdas no núcleo magnético da
armadura são em função da frequência e da tensão cuja máquina opera. Como estas não sofrem
variação, as perdas também são consideradas constantes. Portanto, as perdas por atrito,
ventilação, perdas nos mancais, no material magnético da armadura não dependem da corrente
da armadura e por isso, são consideradas constantes.

3.2 Perdas que variam em função da carga:

São aquelas que variam de acordo com a corrente da armadura, ou seja, as perdas no
enrolamento estatórico e as perdas suplementares. Ambas variam com o quadrado da corrente
da armadura. A Equação (1) pode ser usada para obter a corrente efetiva nos terminais da
máquina em função das potencias ativas e reativas despachadas e da tensão nos terminais da
máquina.

𝐼 = (1)

3.3 Perdas que variam em função corrente de campo:

São aquelas compostas pelas perdas no enrolamento do rotor, queda de tensão nas escovas e
no circuito de excitação. As duas primeiras variam com o quadrado da corrente de campo e a
terceira perda é proporcional à corrente de campo. A corrente de campo pode ser calculada
conforme formulação apresentada em [14] a qual é função da reatância síncrona de eixo direto
e de quadratura, reatância de Potier e resistência da armadura. Para maquinas síncronas
operando como gerador, e utilizando valores eficazes, tem-se:

𝜑 = arctan(𝑄/𝑃) (2)

( ) ( )
𝛿 = arctan ( ) ( )
(3)

A tensão induzida é dada por:

𝐸 = 𝑈 cos(𝛿) + 𝑅 𝐼 cos(𝛿 + 𝜑) + 𝑋 𝐼 sin(𝛿 + 𝜑) (4)

O ângulo da tensão atrás da reatância de Potier é dado por:


( ) ( )
𝜃 = arctan ( ) ( )
(5)

E o respectivo valor da tensão é:

𝐸 = 𝑈 cos(𝜃) + 𝑅 𝐼 cos(𝜃 + 𝜑) + 𝑋 𝐼 sin(𝜃 + 𝜑) (6)

O incremento da saturação é dado pela diferença entre o valor da corrente de campo requerida
para induzir Ep na linha do entreferro e o valor da corrente de campo correspondente ao Ep na
curva de saturação de circuito aberto. Modelando a parte saturada da curva de saturação como
polinômio, resulta:

𝐼 = + ∑ 𝑏 𝐸 − (7)

3
3.4 Cálculo de Perdas e Eficiência
Considerando as perdas que variam com a corrente de armadura e as que variam em função da
corrente de excitação, os modelos a seguir podem ser aplicados para determinação das perdas
em qualquer situação de carga:

𝑃 = 𝑃∗ ∗ (8)

𝑃 = 𝑃∗ ∗ (9)

𝑃 = 𝑃∗ ∗ (10)

𝑃 = 𝑃∗ ∗ (11)

𝑃 = 𝑃∗ ∗ (12)

𝑃 = 𝑃∗ ∗ (13)

As variáveis denotadas com (*) referem-se as quantidades e perdas medidas em condições


nominais. As corrente IA e IF são calculados para quaisquer condições de carga usando as
equações (1) e (7). Tendo em vista que as perdas por ventilação, atrito, perdas nos mancais e
núcleo magnéticos são consideradas constantes, a eficiência para quaisquer condição de carga
pode ser obtida a partir da equação (14).

𝜂= (14)

4 VALIDAÇÃO DA METODOLOGIA PROPOSTA


A validação da metodologia proposta foi efetuada através da comparação dos resultados
calculados através dos modelos com os resultados obtidos pelo modelos computacionais
utilizados nos projetos dos geradores. Foram utilizados dados de um gerador síncrono de grande
porte e outro de médio porte. Os resultados são apresentado a seguir:

4.1 Aplicação em uma máquina de 82,5 MVA


As grandezas nominais da máquina em estudo são apresentadas na Tab.1

Grandeza Unidade Valor


Potência aparente MVA 82,25
Fator de Potência - 0,9
Tensão Nominal kV 13,8
Corrente Nominal A 3441
Velocidade Nominal rpm 100
Velocidade de disparo rpm 300
Frequência Hz 60
Reatância de eixo direto (Xd) pu 1,09
Reatância de eixo em quadratura (Xq) pu 0,72
Reatância de Potier (XP) pu 0,2
Tab.1 – Grandezas nominais

4
As perdas calculadas conforme projeto são apresentadas na Tab.2

Tipo de Perdas Unidade Valor


Perdas no núcleo kW 240,4
Perdas nas escovas kW 2,5
Perdas nos mancais kW 0
Perdas por atrito e ventilação kW 200,0
Perdas nos enrolamentos da armadura (@ 95 oC) kW 425,2
Perdas Joule nos enrolamento de campo (@ 95 oC) kW 286,1
Perdas nos sistema de excitação kW 23,1
Perdas suplementares kW 144,6
Tab.2 – Perdas conforme projeto

A Fig.1 mostra a curva de saturação a vazio A Fig. 2 mostra a família de curvas V resultantes da
aplicação das equações (1) a (7) na máquina em estudo.

1,0
1,4
1,2 0,8

Corrente de armadura (pu)


Tensão induzida (pu)

1,0
0,6
0,8
0,6 0,4
0,4
0,2
0,2
0,0 0,0
0,0 1,0 2,0 3,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Corrente de Campo (pu)
Corrente de campo (pu)
Fig. 2 – Família de curvas V
Fig.1 – Curva de saturação da máquina de 82,25 MVA

O mapa de eficiência obtido para a máquina de 82,25 MVA é apresentado na Fig.3. Esta figura também
apresenta valores de rendimento calculados pelo fabricante através de programas computacionais
utilizado no projeto do gerador.

Fig. 3 – Mapa de eficiência da máquina de 82,25 MVA

5
4.2 Aplicação em uma máquina de 679 MVA

A Tab.3 apresenta as grandezas nominais para uma máquina de 679 MVA

Grandeza Unidade Valor


Potência aparente MVA 679
Fator de Potência - 0.9
Tensão Nominal kV 18
Corrente Nominal A 21779
Velocidade Nominal rpm 85,7
Velocidade de disparo rpm 162
Frequência Hz 60
Reatância de eixo direto (Xd) pu 0,98
Reatância de eixo em quadratura (Xq) pu 0,69
Reatância de Potier (XP) pu 0,18
Tab.3 – Grandezas nominais

As perdas calculadas conforme projeto são apresentadas na Tab.4

Tipo de Perdas Unidade Valor


Perdas no núcleo kW 1577,8
Perdas nas escovas kW 6,5
Perdas nos mancais kW 60
Perdas por atrito e ventilação kW 2781
Perdas nos enrolamentos da armadura (@ 95oC) kW 1570,8
Perdas Joule nos enrolamento de campo (@ 95oC) kW 1467
Perdas nos sistema de excitação kW 117,9
Perdas suplementares kW 830,9
Tab.4 – Perdas conforme projeto

A curva de saturação a vazio é mostrada na Fig.4. A parte saturada da curva foi obtida através de
equações polinomiais. A Fig. 5 apresenta o conjunto de curvas V, as quais relacionam a corrente da
armadura com a corrente de excitação para fatores de potência de 0 até 1 pu.
1,4
1,0
1,2
Corrente de armadura (pu)
Tensão induzida (V)

0,8
1,0

0,8 0,6
0,6
0,4
0,4
0,2
0,2

0,0 0,0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 0,5 1,0 1,5 2,0
Corrente de campo (A) Corrente de campo (pu)

Fig.4 – Curva de saturação da máquina de 679 MVA Fig.5 – Família de curvas V

O mapa de eficiência obtido para a máquina de 679 MVA é apresentado na Fig. 6. As curvas de iso-
eficiência são representadas por linhas com base em valores de mesma eficiência. Nesta figura
também são apresentados valores de rendimento obtidos pelo fabricante através de programas
computacionais utilizados no projeto do gerador. Verifica-se a convergência e proximidade entre dos
valores calculados e os valores fornecidos pelo fabricante o que reforça a efetividade da metodologia.

6
Fig. 6 – Mapa de eficiência da máquina de 679 MVA

5 CONCLUSÕES
Para a validação da metodologia foram utilizados dados de geradores de médio e de grande
porte. Apesar da simplicidade das equações matemáticas utilizadas na modelagem, pode–se
observar uma boa aproximação entre a metodologia utilizada e os resultados obtidos pelos
programas computacionais fornecidos pelo fabricante para a maioria das condições calculadas.

Desde que aplicados métodos normatizados, os valores das perdas determinadas durante
comissionamento, podem ser utilizados nesta metodologia.

Com o crescimento não convencional da geração, a operação das redes demandam dos
geradores síncronos o aumento da flexibilidade operacional. Este estudo contribui nesta direção
se pautando na literatura disponível através uma metodologia para obter não somente a
eficiência em condições nominais mas também em quaisquer condições que o gerador possa
operar.

O mapa de eficiência é particularmente importante no contexto de novas fontes renováveis como


eólica e fotovoltaica, uma vez que estas fontes possuem notável intermitência e na ausência de
sistemas de armazenamento de energia, os geradores síncronos operando de forma otimizada
podem dar o devido suporte ao sistema elétrico

Como resultado, em ambos casos, os geradores em estudo apresentaram eficiência acima de


98,5% para potência ativa acima de 0,6 pu. Também, apresentaram eficiência acima de 98%
considerando potência ativa acima de 0,4 pu. Portanto, para uma situação mais otimizada,
sugere-se a operação da máquina com um mínimo de potência ativa.

Cabe ressaltar que as Normas IEC 60034-33 e IEEE C50.12 aplicada à hidrogeradores e IEEE
C50.13 para turbogeradores estão passando por revisão. Nestas revisões, para geradores em
operação, já se considera a inclusão do conceito de rendimento ponderado, o qual depende
diretamente do histograma de potencias ativa e reativa e do mapa de eficiência de geradores.
Para novos geradores, algumas condições de operação e respectivo mapa de rendimento
poderão ser ajustado entre as partes, ou seja, consumidor e fornecedor.

6 AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à FAPEMIG, INERGE, CAPES e CNPq pelo continuado apoio às
pesquisas

7
7 BIBLIOGRAFIA
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