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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 15749
Primeira edição
13.08.2009

Válida a partir de
13.09.2009

Medição de resistência de aterramento e de


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potenciais na superfície do solo em sistemas de


aterramento
Ground resistance and soil surface voltages measurements in earthing
systems

ICS 17.220.20; 29.080.01 ISBN 978-85-07-01690-8

Número de referência
ABNT NBR 15749:2009
49 páginas

© ABNT 2009
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Sumário Página

Prefácio ........................................................................................................................................................................ v
1 Escopo ............................................................................................................................................................ 1
2 Referências normativas ................................................................................................................................ 1
3 Termos e definições ...................................................................................................................................... 1
4 Geral ................................................................................................................................................................ 3
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5 Segurança ...................................................................................................................................................... 5
5.1 Durante as medições..................................................................................................................................... 5
5.2 Dos equipamentos utilizados ....................................................................................................................... 5
6 Medição de resistência de aterramento ...................................................................................................... 5
6.1 Método da queda de potencial ..................................................................................................................... 5
6.1.1 Princípio ......................................................................................................................................................... 5
6.1.2 Circuito de corrente....................................................................................................................................... 6
6.1.3 Circuito de potencial ..................................................................................................................................... 6
6.1.4 Procedimento ................................................................................................................................................. 6
6.1.5 Levantamento de curvas típicas de resistência de aterramento .............................................................. 7
6.1.6 Interferências de elementos metálicos enterrados.................................................................................... 8
6.1.7 Sentido de movimentação do eletrodo de potencial S .............................................................................. 9
6.1.8 Acoplamento entre os cabos dos circuitos de corrente e potencial ..................................................... 10
6.1.9 Aumento da corrente de ensaio ................................................................................................................. 10
6.1.10 Correntes parasitas ..................................................................................................................................... 10
6.1.11 Limitações na aplicação do método da queda de potencial ................................................................... 11
6.2 Método da queda de potencial com injeção de alta corrente ................................................................. 12
6.2.1 Princípio ....................................................................................................................................................... 12
6.2.2 Circuito de corrente..................................................................................................................................... 12
6.2.3 Circuito de potencial ................................................................................................................................... 12
6.2.4 Medições em sistemas de aterramento interligados ............................................................................... 13
6.2.5 Medição em sistemas de aterramento com terrômetro tipo alicate ....................................................... 15
7 Medição de potenciais na superfície do solo ........................................................................................... 15
7.1 Princípio ....................................................................................................................................................... 15
7.2 Circuito de corrente..................................................................................................................................... 15
7.3 Circuito de potencial ................................................................................................................................... 15
7.4 Medição da tensão de toque ...................................................................................................................... 15
7.5 Medição da tensão de passo ...................................................................................................................... 17
7.6 Fonte de injeção de corrente ...................................................................................................................... 17
7.7 Comentários e observações adicionais para a execução das medições em subestações................. 18
7.8 Correção dos valores de tensão medidos ................................................................................................ 18
7.9 Determinação das resistências de contato pé-brita (ou solo) ................................................................ 19
8 Medições em instalações energizadas...................................................................................................... 21
8.1 Condições de segurança em instalações energizadas ........................................................................... 21
8.2 Condições específicas para realização de medições em instalações energizadas ............................. 21
8.2.1 Planejamento e programação .................................................................................................................... 21
8.2.2 Divisão da corrente pelos elementos do sistema de aterramento ......................................................... 22
8.2.3 Ruídos e tensões ......................................................................................................................................... 22
8.2.4 Religamentos ............................................................................................................................................... 23
8.2.5 Sensibilização de relés de alta sensibilidade (51GS – ground sensor ou outros) ............................... 23
8.2.6 Possibilidade de retorno remoto ............................................................................................................... 23
8.3 Métodos adequados à medição de aterramento de instalações energizadas ...................................... 23
Anexo A (normativo) Método síncrono à freqüência industrial .......................................................................... 24

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Anexo B (normativo) Compensação capacitiva .................................................................................................... 26


Anexo C (normativo) Especificações dos equipamentos para a medição de resistência de aterramento para
sistemas elétricos de baixa tensão (até 1 000 V em c.a. e 1 500 V em c.c.) .......................................... 28
C.1 Escopo e campo de aplicação ................................................................................................................... 28
C.2 Termos e definições .................................................................................................................................... 28
C.3 Requisitos .................................................................................................................................................... 28
C.4 Marcações e instruções de funcionamento .............................................................................................. 29
C.4.1 Marcações .................................................................................................................................................... 29
C.4.2 Instruções de funcionamento .................................................................................................................... 30
C.5 Métodos de ensaio ...................................................................................................................................... 30
Anexo D (normativo) Método do batimento .......................................................................................................... 33
D.1 Princípio ....................................................................................................................................................... 33
D.2 Método do batimento .................................................................................................................................. 33
Anexo E (informativo) Terrômetro alicate ............................................................................................................... 35
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E.1 Princípio de operação ................................................................................................................................. 35


E.2 Detalhes construtivos ................................................................................................................................. 37
E.3 Restrições .................................................................................................................................................... 37
Anexo F (informativo) Método de medição com injeção de corrente com amperímetro e voltímetro e
inserção de wattímetro adicional ............................................................................................................... 38
F.1 Disposição básica dos componentes ....................................................................................................... 38
F.2 Descrição do método .................................................................................................................................. 38
F.3 Localização dos terminais de medição ..................................................................................................... 39
F.3.1 Terminais (1) e (3) ........................................................................................................................................ 39
F.3.2 Terminal (2) .................................................................................................................................................. 39
F.3.3 Terminal (4) .................................................................................................................................................. 39
F.4 Fator de correção das medições ............................................................................................................... 39
F.4.1 Fator de correção k1 .................................................................................................................................... 39
F.4.2 Fator de correção k2 .................................................................................................................................... 40
F.4.3 Fator de correção k3 .................................................................................................................................... 40
F.5 Metodologia para eliminar o erro de medição devido às correntes e tensões externas (ruídos)....... 41
F.6 Impedância de terra das linhas (Ze) e da malha de aterramento do sistema de aterramento (malha,
linhas e demais componentes interligados à malha) .............................................................................. 43
F.6.1 Malha de aterramento do conjunto interligado (Rc) ................................................................................. 44
F.6.2 Impedância de terra equivalente da linha de transmissão (Ze)............................................................... 44
F.7 Potenciais perigosos................................................................................................................................... 44
F.7.1 Gradiente máximo produzido (VG) ............................................................................................................ 44
F.7.2 Potencial de passo máximo produzido (VP) ............................................................................................. 44
F.7.3 Potencial de toque máximo produzido (VT).............................................................................................. 44
F.7.4 Potencial de malha máximo produzido (VM) ............................................................................................ 44
F.7.5 Potenciais reais ........................................................................................................................................... 44
Anexo G (informativo) Métodos alternativos de medição de resistência de aterramento e potenciais no solo
em instalações energizadas ....................................................................................................................... 46
G.1 Método da queda de potencial com baixas correntes e onda quadrada ............................................... 46
G.2 Método de injeção de baixa corrente em alta freqüência........................................................................ 46
G.2.1 Medição em alta freqüência ........................................................................................................................ 46
G.2.2 Metodologia .................................................................................................................................................. 48
G.2.3 Características do instrumento.................................................................................................................. 48
G.3 Método da medição simultânea de correntes do sistema....................................................................... 48

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras,
cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização
Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de
Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores
e neutros (universidade, laboratório e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos
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elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada
responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 15749 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão de Estudo
de Segurança no Aterramento de Subestações c.a. (CE-03:102.01). O seu 1º Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 10, de 08.10.2008 a 08.12.2008, com o número de Projeto 03:102.01-006.
O seu 2º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 04, de 09.04.2009 a 08.05.2009, com o número
de 2º Projeto 03:102.01-006.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte.

Scope
This Standard establishes the criteria and methods for measuring the ground resistance and the soil surface
voltages in earthing systems. It defines the general characteristics of equipment that can be used for those
measurements and the criteria for evaluating the results.

This Standard also prescribes precautions to be taken for the safety of the personnel involved.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15749:2009

Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície do solo


em sistemas de aterramento

1 Escopo
1.1 Esta Norma estabelece os critérios e métodos de medição de resistência de sistemas de aterramento e de
potenciais na superfície do solo, bem como define as características gerais dos equipamentos que podem ser
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utilizados nas medições e os conceitos para avaliação dos resultados.

1.2 Esta Norma prescreve também os cuidados que devem ser tomados quanto à segurança do pessoal
envolvido.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas,
aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do
referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão

ABNT NBR 5456, Eletricidade geral

ABNT NBR 5460, Sistemas elétricos de potência

IEC 61010-1, Safety requirements for electrical equipment for measurement, control, and laboratory use –
Part 1: General requirements

IEC 61557-1, Electrical safety in low voltage distribution systems up to 1 000 V a.c. and 1 500 V d.c. – Equipment
for testing, measuring or monitoring of protective measures – Part 1: General requirements

IEC 61557-5, Electrical Safety in Low Voltage Distribution Systems up to 1 000 V a.c. and 1 500 V d.c. –
Equipment for testing, measuring or monitoring of protective measures - Part 5: Resistance to earth

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 5456 e ABNT NBR 5460, e
os seguintes.

3.1
aterramento
ligação intencional de parte eletricamente condutiva à terra, através de um condutor elétrico

3.2
condutor de aterramento
condutor ou elemento metálico que, não estando em contato com o solo, faz a ligação elétrica entre uma parte de
uma instalação que deve ser aterrada e o eletrodo de aterramento

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3.3
corrente de interferência (no processo de medição de resistência de aterramento e de resistividade do solo)
qualquer corrente estranha ao processo de medição, capaz de influenciar seus resultados

3.4
eletrodo de aterramento
Elemento ou conjunto de elementos do sistema de aterramento que assegura o contato elétrico com o solo
e dispersa a corrente de defeito, de retorno ou de descarga atmosférica na terra.

3.5
eletrodo natural de aterramento
elemento condutor ligado diretamente a terra cuja finalidade original não é de aterramento, mas que se comporta
naturalmente como eletrodo de aterramento
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3.6
malha de aterramento
conjunto de condutores nus, interligados e enterrados no solo

3.7
potenciais perigosos
potenciais que podem provocar danos quando aplicados ao elemento tomado como referência

3.8
potencial transferido
valor do potencial transferido para um ponto remoto de um dado sistema de aterramento

3.9
resistência de aterramento de um eletrodo
relação da tensão medida entre o eletrodo e o terra remoto e a corrente injetada no eletrodo

3.10
resistividade aparente do solo
resistividade vista por um sistema de aterramento qualquer, em um solo com característica de resistividade
homogênea ou estratificado em camada, cujo valor é utilizado para o cálculo da resistência de aterramento desse
sistema

3.11
resistividade elétrica do solo
resistividade do solo
resistência entre faces opostas do volume de solo, consistindo em um cubo homogêneo e isótropo cuja aresta
mede uma unidade de comprimento

3.12
resistividade média do solo a uma dada profundidade
valor de resistividade resultante da avaliação das condições locais e do tratamento estatístico dos resultados de
diversas medições de resistividade do solo para aquela profundidade, efetuadas numa determinada área ou local,
e que possa ser considerado representativo das características elétricas do solo

3.13
sistema de aterramento
conjunto de todos os eletrodos e condutores de aterramento, interligados ou não entre si, assim como partes
metálicas que atuam direta ou indiretamente com a função de aterramento, tais como: torres e pórticos, armaduras
de edificações, capas metálicas de cabos, tubulações e similares

3.14
tensão de passo
diferença de potencial entre dois pontos da superfície do solo separados pela distância de um passo de uma
pessoa, considerada igual a 1,0 m

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3.15
tensão de toque
diferença de potencial entre uma estrutura metálica aterrada e um ponto da superfície do solo separado por uma
distância horizontal equivalente ao alcance normal do braço de uma pessoa. Por definição considera-se esta
distância igual a 1,0 m

3.16
tensão máxima do sistema de aterramento
tensão máxima que um sistema de aterramento pode atingir relativamente ao terra de referência, quando houver
ocorrência de injeção de corrente de defeito, de retorno ou de descarga atmosférica para o solo

3.17
terra de referência para um eletrodo de aterramento (ou ponto remoto)
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região do solo suficientemente afastada da zona de influência de um eletrodo ou sistema de aterramento, tal que
a diferença de potencial entre dois quaisquer de seus pontos, devido à corrente que circula pelo eletrodo para
a terra, seja desprezível. É uma superfície praticamente eqüipotencial que se considera como zero para referência
de tensões elétricas

4 Geral
4.1 Quando da ocorrência de uma falta para terra numa instalação, as correntes dispersas pelo sistema de
aterramento provocam o surgimento de diferenças de potencial entre:

a) pontos da superfície do solo (tensão de passo);

b) partes metálicas aterradas da instalação e o solo (tensão de toque) - caso de estruturas-suporte, carcaças de
equipamentos e outros;

c) circuitos que de alguma forma estejam ligados ao sistema de aterramento e pontos distantes da superfície do
solo ou outros sistemas de aterramento afastados (por potencial transferido), de modo geral. É o caso dos
circuitos de controle e comunicação, cabos pára-raios, blindagem de cabos de potência e outros conforme
Figura 1.

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Legenda
Ie Corrente de ensaio (A)

Ve Elevação de potencial da malha de aterramento (V)

ET Tensão de toque (V)

EP Tensões de passo (V)


h Profundidade da malha de aterramento (m)

Figura 1 — Tensões que podem aparecer em uma instalação

4.2 A medição no campo é o procedimento mais eficaz para verificação dos valores da resistência ôhmica do
eletrodo de aterramento e dos valores dos potenciais de passo e toque calculados em projeto, para determinação
de valores com finalidade de pesquisa, verificação de níveis de segurança em instalações antigas ou, ainda, em
ensaios de comissionamento de instalações novas. Assim, a resistência do eletrodo de aterramento
e os potenciais na superfície do solo de uma instalação são grandezas a serem medidas, visando basicamente:

a) verificar a eficácia do eletrodo ou do sistema de aterramento;

b) definir alterações para um sistema de aterramento existente;

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c) detectar possíveis tensões de toque e passo perigosos;

d) determinar a elevação de potencial do sistema de aterramento em relação ao terra de referência, objetivando


garantir a proteção do pessoal que mantenha ou não contato com as instalações, circuitos de comunicação,
controle e outros.

NOTA Nesta Norma dois métodos de medição são apresentados: método da queda de potencial e método da queda de
potencial com injeção de alta corrente.

5 Segurança
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5.1 Durante as medições

Medidas de segurança devem ser tomadas para diminuir o risco de acidentes relativos a potenciais perigosos que
possam ocorrer nas proximidades de sistemas de aterramento ou em estruturas condutoras aterradas.
Como medidas de segurança, recomendam-se:

a) utilizar calçados e luvas com nível de isolamento compatível com os valores máximos de tensão que possam
ocorrer no sistema sob medição;

b) evitar a realização de medições sob condições atmosféricas adversas, tendo em vista a possibilidade de
ocorrência de descargas atmosféricas;

c) evitar que pessoas estranhas ao serviço e animais se aproximem dos eletrodos utilizados na medição.

5.2 Dos equipamentos utilizados

Em C.3.5 e C.4 estão especificados os requisitos aplicáveis aos aparelhos destinados a medir a resistência de
aterramento utilizando uma tensão de c.a. As limitações de tensão e/ou corrente estabelecidas garantem
a segurança dos operadores durante a medição sem exigências adicionais.

A utilização de equipamentos de medição em desacordo com os requisitos do Anexo C torna necessária a adoção
de medidas de segurança adicionais, tais como as utilizadas para trabalhos em áreas energizadas.

6 Medição de resistência de aterramento

6.1 Método da queda de potencial

6.1.1 Princípio

O método da queda de potencial é recomendado para medição de resistência de aterramento através de


equipamento específico (terrômetro).

O método da queda de potencial consiste basicamente em fazer circular uma corrente através da malha de
aterramento sob ensaio por intermédio de um eletrodo auxiliar de corrente e medir a tensão entre a malha de
aterramento e o terra de referência (terra remoto) por meio de uma sonda ou eletrodo auxiliar de potencial,
conforme indicado na Figura 2.

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Legenda

I Corrente de ensaio

S Borne para a sonda ou eletrodo auxiliar de potencial

H Borne para o eletrodo auxiliar de corrente

E Borne para a malha de aterramento sob medição

Figura 2 — Método da queda de potencial

6.1.2 Circuito de corrente

O eletrodo de corrente é constituído de uma ou mais hastes metálicas interligadas e cravadas firmemente no solo,
a fim de garantir a menor resistência de aterramento do conjunto. Em C.3.3 indica-se o máximo valor que um
terrômetro deve admitir para a resistência de eletrodo auxiliar de corrente.

6.1.3 Circuito de potencial

O eletrodo de potencial é constituído de uma ou mais hastes metálicas interligadas e cravadas firmemente no solo,
a fim de garantir a menor resistência de aterramento deste eletrodo. Em C.3.3 indica-se o máximo valor que um
terrômetro deve admitir para a resistência de eletrodo auxiliar de potencial.

6.1.4 Procedimento

No processo de medição, o eletrodo de potencial deve ser deslocado ao longo de uma direção predefinida, a partir
da periferia do sistema de aterramento sob ensaio, em intervalos regulares de medição iguais a 5 % da distância d
(Figura 1).

Fazendo-se a leitura do valor da resistência em cada posição, obtém-se a curva de resistência em função
da distância conforme indicado na Figura 3.

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R: Resistência obtida variando a distância da sonda desde a distância d = D


até d = 0 (o eletrodo a medir)

RV: Valor verdadeiro do aterramento

Figura 3 — Curva característica teórica da resistência de aterramento de um eletrodo pontual

6.1.5 Levantamento de curvas típicas de resistência de aterramento

6.1.5.1 Fazendo-se um gráfico da resistência medida em função da distância do eletrodo de potencial S


em relação ao sistema de aterramento sob ensaio E obtém-se, conforme o caso, uma das curvas indicadas
na Figura 4.

6.1.5.2 Da análise da Figura 3 pode-se concluir que:

a) se o deslocamento do eletrodo de potencial S for coincidente com a direção e o sentido do eletrodo


de corrente H , e este último estiver a uma distância satisfatória, maior que a zona de influência do sistema
ensaiado E , é obtida uma curva semelhante à curva "a";

b) se o deslocamento do eletrodo de potencial S for coincidente com a direção e sentido do eletrodo de corrente
H e este último estiver a uma distância insuficiente, menor que a zona de influência do sistema ensaiado E ,
é obtida uma curva semelhante à curva "b";

c) se o eletrodo de potencial S se deslocar na mesma direção e em sentido contrário ao eletrodo H , para


o outro lado do sistema sob ensaio E , partindo do princípio que o espaçamento entre H e E seja
satisfatório, é obtida uma curva semelhante à curva "c".

6.1.5.3 O trecho horizontal (patamar) das curvas "a" e "c" da Figura 4 representa o valor da resistência
de aterramento do sistema sob ensaio. Do ponto de vista prático, pode-se considerar que o trecho horizontal
(patamar) é atingido quando obedecido o disposto em 6.1.4:

a) nas medições reais, de modo geral, a curva resistência função da distância é levantada até que se obtenha
o trecho horizontal da curva da resistência em função da distância;

b) teoricamente o valor da resistência de aterramento obtido com o eletrodo de potencial S se deslocando


em sentido contrário ao eletrodo H é ligeiramente menor que o real, conforme indica a Figura 4.

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Rv
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Legenda
X Área de influência do sistema de aterramento sob medição E

Y Zona de patamar de potencial

Z Área de influência do eletrodo auxiliar de corrente H

Rv Resistência de aterramento do sistema sob medição (valor verdadeiro da resistência de aterramento do


sistema E )

a , b, c Curvas de resistência de aterramento em função do espaçamento e posição relativa dos eletrodos


auxiliares de potencial e de corrente

Figura 4 — Curvas típicas de resistência de aterramento em função das posições relativas dos eletrodos
auxiliares de potencial e de corrente

6.1.5.4 Para a verificação do trecho horizontal (patamar) da curva quando da aplicação do método da queda
de potencial, o eletrodo de corrente H (Figura 2) deve estar a uma distância d da periferia do sistema de
aterramento sob ensaio E de pelo menos três vezes a maior dimensão deste sistema. No entanto, devem ser
feitas verificações, mudando a posição do eletrodo de potencial S em 5 % de d para a direita S1 e para esquerda
S 2 da posição inicial S , para garantir que as medições estão sendo executadas sem sobreposição das áreas de
influência do sistema de aterramento sob ensaio e o eletrodo de corrente. Não há sobreposição entre as áreas de
influência se a porcentagem entre a diferença dos valores medidos com o eletrodo de potencial em S1 e S 2
e o valor medido em S não ultrapassar 10 %.

6.1.6 Interferências de elementos metálicos enterrados

A fim de evitar erros nos valores medidos, o eletrodo de corrente H deve ser posicionado de forma que, entre esse
eletrodo e o sistema de aterramento a ser ensaiado, não existam condutores de eletricidade enterrados,
tubulações metálicas, contrapesos contínuos de linhas de transmissão etc.

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6.1.7 Sentido de movimentação do eletrodo de potencial S

6.1.7.1 Em 6.1.5.2 são descritos, de maneira sumária, os resultados obtidos com a movimentação do eletrodo
de potencial S em dois sentidos: no mesmo sentido do eletrodo de corrente H ou em sentido contrário.

6.1.7.2 Cabe salientar que ambos os procedimentos têm vantagens e desvantagens.

6.1.7.3 Teoricamente, o deslocamento do eletrodo potencial S no mesmo sentido do eletrodo de corrente H


apresenta, para um determinado ponto S n , o valor verdadeiro da resistência do sistema de aterramento sob
ensaio. Para um solo homogêneo, sistemas de aterramento cuja maior dimensão seja inferior a 10m e
afastamento d adequado entre H e E , este ponto dista de E , 62 % da distância d .
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6.1.7.4 Para solos não homogêneos e/ou sistemas de aterramento complexos, torna-se muito difícil
determinar a localização adequada de S n . Em caráter ilustrativo, a Figura 5 apresenta para sistemas de
aterramento pequenos (que possam ser representados, para fins teóricos, como um eletrodo hemisférico), um
gráfico relacionando p/d (em valores percentuais) com h/d (sendo h a profundidade da primeira camada do solo
não homogêneo), para diversos valores do coeficiente de reflexão K , dado por:

 2  1
K [1]
 2  1

Figura 5 — Posição do eletrodo auxiliar de potencial para um solo de duas camadas

6.1.7.5 Outra vantagem do deslocamento supracitado é que, caso o eletrodo de corrente H não esteja
suficientemente afastado de E , tal fato pode ser constatado durante as medições, uma vez que, conforme
já comentado, a curva resistência em função da distância não apresentará o patamar típico.

6.1.7.6 De acordo com o comentário feito em 6.1.5.2-c), a movimentação do eletrodo de potencial S em


sentido contrário ao eletrodo de corrente H apresenta, teoricamente, valor de resistência inferior ao verdadeiro,
denominado limite inferior da resistência real. Entretanto, considerando-se o papel do valor da resistência dentro
dos procedimentos globais de análise dos sistemas de aterramento, a aproximação obtida é, de modo geral,

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perfeitamente aceitável, desde que H esteja adequadamente afastado de E. A grande vantagem deste
procedimento é a minimização dos efeitos de acoplamento entre os circuitos de corrente e potencial. Em muitas
situações, é a única alternativa prática viável dentro do método da queda de potencial. Para sistemas
de aterramento cuja maior dimensão seja superior a 10m, este procedimento não é recomendado.

6.1.7.7 Para minimizar erros no resultado do ensaio, as medições devem ser executadas com os eletrodos de
corrente e potencial alinhados e na mesma direção e sentido.

6.1.8 Acoplamento entre os cabos dos circuitos de corrente e potencial

6.1.8.1 O efeito do acoplamento entre os cabos de interligação dos circuitos de corrente e potencial torna-se
um fator importante nas medições de resistência de aterramento com valores muito baixos, particularmente
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envolvendo sistemas de aterramento de grande porte, os quais exigem grandes comprimentos de cabos para
a realização das medições.

6.1.8.2 Considerando-se que, na faixa de 60 Hz, o acoplamento indutivo entre dois cabos lançados
paralelamente pode ser tão alto quanto 0,1 /100 m, os erros cometidos nas medições podem ser consideráveis.

6.1.8.3 Outro aspecto é que o acoplamento pode provocar um crescimento na curva de resistência
de aterramento em função da distância, na região onde ela deveria ter uma inclinação zero, dificultando
a interpretação dos resultados.

6.1.8.4 Como regra prática, os problemas de acoplamento usualmente são:

a) desprezíveis nas medições de resistências de aterramento acima de 10 ;

b) importante nas medições de resistências de aterramento abaixo de 1,0 ;

c) passíveis de análise, em cada caso, nas medições envolvendo resistências entre 1,0  e 10 .

NOTA O procedimento usual para evitar (ou minimizar) os efeitos do acoplamento entre os condutores de interligação é
afastar fisicamente os dois circuitos.

6.1.9 Aumento da corrente de ensaio

6.1.9.1 A maneira mais simples de aumentar as correntes de ensaio é reduzir a resistência de aterramento do
eletrodo de corrente (uma vez que a tensão já está determinada pelas características do instrumento de medição).
Isto pode ser feito aumentando-se o número de hastes em paralelo, ou utilizando-se hastes de maior comprimento
e/ou diminuindo-se a resistividade do ponto de instalação do eletrodo auxiliar de corrente.

6.1.9.2 Para garantia da exatidão das leituras, o valor máximo admissível da resistência de aterramento de
cada eletrodo auxiliar é usualmente especificado pelos fabricantes dos instrumentos de medição.

6.1.9.3 A resistência de aterramento do eletrodo de corrente usualmente deve ser inferior a 500 .
Como regra prática, a relação entre a resistência de aterramento do eletrodo de corrente e a resistência do
sistema de aterramento sob ensaio não deve exceder 1 000:1, sendo preferíveis relações abaixo de 100:1.

6.1.10 Correntes parasitas

6.1.10.1 Potenciais galvânicos, polarização e correntes contínuas parasitas podem interferir seriamente
nas medições feitas com instrumentos de corrente contínua. De modo geral, os instrumentos usados operam
em corrente alternada (não necessariamente senoidal).

6.1.10.2 Correntes alternadas parasitas, circulando no solo, no sistema de aterramento sob ensaio ou nos
circuitos de ensaio, também podem interferir. O procedimento mais comum para minimizar o problema é realizar
os ensaios com uma freqüência diferente das correntes parasitas presentes. Instrumentos que permitem variar a
freqüência da tensão aplicada são particularmente adequados para o caso. A utilização de filtros e/ou

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instrumentos de banda estreita são também alternativas viáveis. Para os instrumentos que utilizam uma corrente
de freqüência superior à industrial, recomenda-se, além de utilizar filtro de banda e do sistema de retificação
sincrônica, que cumpram com a equação abaixo:

F
2n  1  f [2]
2

onde

F é a freqüência do instrumento, expressa em hertz (Hz);

f é a freqüência industrial, expressa em hertz (Hz);


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n é número inteiro.

Em C.3.3 é determinado o valor máximo de tensão espúria, provocada por corrente parasita, mínimo admissível
para um medidor de resistência de aterramento sem provocar erro.

6.1.11 Limitações na aplicação do método da queda de potencial

6.1.11.1 Em determinadas situações torna-se muito difícil ou mesmo impossível a aplicação do método da
queda de potencial conforme descrito anteriormente. Entre estas situações, destacam-se as seguintes:

a) instalações urbanas em regiões densamente povoadas:

em regiões densamente povoadas, freqüentemente é impossível lançar os circuitos de corrente e potencial


nas distâncias necessárias para se fazer uma medição confiável;

b) sistemas de aterramento de grandes dimensões:

a medição da resistência de aterramento de sistemas de grande porte apresenta várias dificuldades. A mais
evidente é a necessidade de se estender os circuitos de corrente e potencial a distâncias muito grandes, as
vezes de vários quilômetros, o que dificulta enormemente a medição. Outro aspecto importante é que estes
sistemas apresentam, usualmente, resistências de aterramento muito baixas (inferiores a 1,0 ). Nestes
casos, a incerteza quanto aos resultados obtidos em decorrência de vários fatores (acoplamento, impedâncias
de circuito de ensaio, sensibilidade do instrumento e outros) pode ser apreciável.

Além disso, em sistemas de aterramento de grandes dimensões, a reatância pode ser significativa quando
comparada com a resistência e, neste caso, é mais adequado analisar a impedância (que é função da freqüência)
cuja medição deveria ser feita injetando-se correntes com freqüências próximas de 60 Hz.

6.1.11.2 Nos casos de subestações onde são evidentes as limitações apresentadas em 6.1.11.1-a)
e 6.1.11.1-b), existe a alternativa de se utilizar como circuito de corrente uma linha de transmissão desenergizada
que chegue à instalação e, como circuito de potencial, um circuito de comunicação (por exemplo: telefônico),
ou mesmo uma linha de transmissão cuja rota seja afastada do circuito de corrente.

6.1.11.3 A utilização de instrumento em alta freqüência entre 20 kHz e 30 kHz permite a obtenção de
patamares em menores distâncias em comparação com as distâncias obtidas com freqüências próximas
à industrial.

6.1.11.4 Entretanto, tais soluções são muito mais adequadas ao método de injeção de alta corrente, descrito
em 6.2. Tal método, em função dos níveis bem mais elevados de corrente injetada no sistema de aterramento,
associado a procedimentos para correção dos resultados, pode propiciar medições bastante confiáveis, superando
as limitações inerentes ao método da queda de potencial.

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6.2 Método da queda de potencial com injeção de alta corrente

6.2.1 Princípio

O método consiste em circular uma alta corrente entre o sistema de aterramento sob ensaio e o solo, através de
um eletrodo auxiliar de corrente, medindo-se os potenciais na superfície do solo, obtendo-se a resistência
de aterramento.

O método de injeção de alta corrente é recomendado para a medição dos potenciais na superfície do solo,
bem como da resistência de um sistema de aterramento particular ou impedância de um sistema de aterramento
global (envolvendo subestações com cabos pára-raios das linhas de transmissão, neutro de alimentadores
e outros).
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Havendo limitações importantes na aplicação do método da queda de potencial com baixas correntes, a injeção de
alta corrente consiste em alternativa confiável para a determinação da resistência ou impedância de sistemas
de aterramento.

6.2.2 Circuito de corrente

O eletrodo de corrente, de modo geral, consiste numa torre, um trecho de uma linha de transmissão, numa malha
de aterramento de subestação adjacente ou malha de aterramento auxiliar construída especificamente para
este fim.

Para não limitar demasiadamente a corrente injetada, o eletrodo de corrente deve ter uma resistência baixa, de
valor compatível com o sistema de medição.

Para se evitar a superposição entre as regiões de influência, a conexão do circuito de corrente com o eletrodo de
corrente deve estar a uma distância mínima superior a cinco vezes a maior dimensão do sistema de aterramento
sob ensaio; observa-se que esta distância é função da configuração do sistema de aterramento, do sistema
elétrico e do tipo de solo. O procedimento usual é utilizar como circuito de corrente as fases de uma linha de
transmissão desenergizada pertencente à instalação sob ensaio, ligando-as à estrutura (simulando um
curto-circuito) a uma distância adequada do sistema de aterramento, conforme indicado na Figura A.1.

6.2.3 Circuito de potencial

O eletrodo do potencial consiste em uma haste metálica cravada firmemente no solo.

No processo de medição, o eletrodo de potencial S deve ser deslocado radialmente, a partir da periferia do
sistema de aterramento sob ensaio E , fazendo-se a leitura da tensão entre S e E com um voltímetro de alta
impedância de entrada.

Tendo em vista a característica física do eletrodo de corrente (usualmente, uma linha de transmissão (LT)
desenergizada), o eletrodo de potencial deve se deslocar numa direção que faça um ângulo entre 90° e 180°
em relação à direção do eletrodo de corrente, para evitar possíveis acoplamentos entre os dois circuitos.

A resistência do sistema de aterramento sob ensaio E é:

V
R [3]
I
onde

V é a tensão medida, expressa em volts (V);

I é a corrente total injetada no sistema de aterramento sob ensaio E , expressa em ampères (A);

NOTA Para efeito da medição da resistência de aterramento, quanto maior a corrente injetada, maior a confiabilidade dos
valores obtidos, devido à menor influência relativa das correntes de interferência. Entretanto, além das possíveis limitações
da fonte de injeção de corrente, existem os problemas relativos à segurança do pessoal envolvido nas medições.

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6.2.4 Medições em sistemas de aterramento interligados

6.2.4.1 Conforme já dito anteriormente, os ensaios de injeção de corrente se aplicam especialmente


às malhas de aterramento de subestações, usinas e outros. Nestes casos, por razões práticas, de modo geral, a
corrente é injetada exclusivamente entre a malha e o eletrodo de corrente auxiliar, desconectando-se daquela
todos os caminhos alternativos de retorno. Entretanto, muitas vezes há interesse em se verificar o comportamento
do sistema de aterramento como um todo, envolvendo não só a malha, mas também os cabos pára-raios, de linha
de transmissão, neutros de alimentadores, blindagem de cabos de potência isolados e outros que porventura a ela
estejam ligados em condições operativas normais.

A única maneira direta de se fazer esta verificação é realizar os ensaios de injeção de alta corrente com todos os
caminhos de retorno ligados à malha, conforme indicado na Figura 6, selecionando-se uma linha de transmissão
como circuito de corrente.
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NOTA No caso de se ter várias linhas de transmissão saindo da subestação, a rigor, a simulação de curto-circuito (circuito
de corrente) deveria ser feita em cada uma delas, verificando a influência do acoplamento da LT com as correntes de retorno
pelo solo, na distribuição de corrente pelos condutores da malha e, portanto, nos potenciais na superfície do solo.
Contudo, devido às dificuldades inerentes, tal procedimento raramente é utilizado.

Figura 6 — Método de injeção de grandes correntes

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6.2.4.2 As correntes retomando pelos diversos caminhos do sistema de aterramento interligados (pára-raios
de LT's, neutros de alimentadores e outros) podem ser determinadas diretamente através de amperímetros para
corrente eficaz. Entretanto a corrente que retorna pela malha não pode ser determinada diretamente.
Um procedimento aplicável é instalar um circuito de medição diferencial através de transformadores de corrente
(TC's) nos diversos caminhos de retorno, conforme indicado na Figura 7.

NOTA Devido às grandes áreas abrangidas pelos sistemas de aterramento interligados, pode ser necessária a utilização
de uma das fases da linha de transmissão como circuito de potencial.
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Legenda

Ie Corrente de ensaio (A)

IM Corrente de malha (A)

I A , I B Correntes pelos cabos pára-raios (A)

RSE Resistência de aterramento da instalação ()

Figura 7 — Monitoração da corrente de malha

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6.2.5 Medição em sistemas de aterramento com terrômetro tipo alicate

O Anexo E descreve o princípio de funcionamento e aplicação do citado medidor.

7 Medição de potenciais na superfície do solo

7.1 Princípio

É aconselhável que o levantamento dos perfis de potenciais na superfície do solo e das tensões de toque e passo
seja realizado com injeção de alta corrente.
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Para medição de tensões de passo e de toque em determinados locais, como casas, edificações simples e locais
onde não há suspeita de fortes correntes parasitas, também se pode introduzir a medição com terrômetro comum,
deixando para o fabricante a instrução para medição.

Nas medições de potenciais na superfície do solo devem ser utilizados voltímetro e amperímetro ou instrumento
dedicado que cumpra com as condições descritas em 7.2 e 7.3.

7.2 Circuito de corrente

O circuito de injeção de corrente deve ser estabelecido de uma forma análoga à da medição da resistência de
aterramento, devendo, quando necessário, receber tratamento adequado com o objetivo de possibilitar
a circulação de um valor de corrente compatível com o sistema de medição.

7.3 Circuito de potencial

As medições de potenciais devem ser efetuadas nos pontos assinalados em projeto ou em regiões estratégicas de
subestações existentes com voltímetro de alta impedância de entrada, de modo geral, não inferior a 1 M/V
(particularmente adequados são os voltímetros eletrônicos).

7.4 Medição da tensão de toque

Esta medição deve ser feita entre as partes metálicas, estruturas metálicas, carcaças de equipamentos ligadas ao
sistema de aterramento sob ensaio e o eletrodo de potencial cravado no solo conforme indicado na Figura 8,
ou utilizando-se conforme indicado na Figura 10, a 1 m de distância da parte metálica envolvida.

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Figura 8 — Medição de potencial de toque

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7.5 Medição da tensão de passo

No caso das tensões de passo, a tensão deve ser medida entre dois eletrodos de potencial cravados no solo e
afastados em 1 m, conforme indicado na Figura 9, ou utilizando-se conforme a Figura 10.
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Figura 9 — Medição de potencial de passo

7.6 Fonte de injeção de corrente

7.6.1 A fonte de injeção de corrente deve ter potência e tensão adequadas para fornecer corrente
suficientemente elevada, de modo a reduzir os erros nas medições, devido às correntes de interferência que
normalmente circulam no solo.

7.6.2 A fonte pode ser um grupo motor-gerador ou um transformador isolador (abaixador ou não) ligado a uma
rede primária ou secundária de distribuição que passe nas proximidades do sistema de aterramento sob ensaio.

No Anexo A apresenta-se um exemplo ilustrativo de montagem, utilizando-se um transformador com chave


reversora, cuja finalidade é inverter a corrente injetada, eliminando-se, através de cálculos, o efeito das correntes
de interferência (método síncrono à freqüência industrial, ver A.1).

7.6.3 É recomendável que se utilize uma fonte de alimentação com tensão de saída ajustável.

7.6.4 O Anexo B apresenta uma alternativa para se elevar a corrente injetada, reduzindo-se a impedância
do circuito de corrente através de compensação capacitiva.

7.6.5 O Anexo D apresenta alguns métodos aplicáveis no caso das correntes de interferência serem
significativas em relação à corrente injetada no ensaio.

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7.7 Comentários e observações adicionais para a execução das medições em subestações

7.7.1 Os cabos pára-raios e contrapesos de linhas de transmissão, neutros dos alimentadores, blindagem
e capas metálicas de cabos isolados que chegam à instalação devem ser desconectados do sistema de
aterramento sob ensaio.

7.7.2 Para efeito de medição dos potenciais na superfície do solo, quanto maior for a corrente injetada maiores
serão as tensões medidas e, portanto, maior a confiabilidade dos valores obtidos devido à menor influência
relativa das correntes de interferência. Entretanto, além das possíveis limitações da fonte de injeção de corrente,
existem os problemas relativos à segurança do pessoal envolvido nas medições.

7.7.3 Para produzir tensões na superfície do solo desde frações até dezenas de volts, pode-se estabelecer
como regra prática, uma tensão de ensaio do gerador/fonte de alimentação da ordem de 100 V.
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7.7.4 Os locais preferenciais para medição dos potenciais na superfície do solo são os descritos a seguir:

a) é fato bem conhecido (e comprovado não só por simulações teóricas, mas também por ensaios de campo)
que as maiores tensões na superfície do solo (tensões de toque, passo e outros) surgem nas regiões
periféricas dos sistemas de aterramento. Assim, desde que, por limitações de tempo, nem sempre é possível
se fazer um mapeamento completo da instalação, tal fato deve ser levado em conta na seleção das regiões a
serem investigadas. Naturalmente, o fato de selecionarem-se as regiões periféricas como preferenciais não
significa que a região central deva ser ignorada, mas sim que pode ser pesquisada com menor detalhe;

NOTA No caso de sistemas de aterramento projetados com técnicas de espaçamento não uniforme, onde a densidade de
condutores é muito maior na periferia do que no centro, a região central deve também ser investigada com rigor, tendo em
vista a possibilidade de se encontrar tensões significativas nesta região.

b) outro aspecto importante diz respeito à medição das tensões de toque nas partes metálicas aterradas
conforme indicado anteriormente. Desde que, de antemão, não se saiba em qual ponto, em torno da parte
metálica investigada, é obtida a maior tensão, recomenda-se realizar várias medições (no mínimo três) em
direções diferentes (particularmente as direções que se afastem dos condutores enterrados do sistema de
aterramento e/ou as que se aproximem da periferia);

c) cabe lembrar que para os ensaios com todo o sistema de aterramento interligado, correntes acima de 100 A
são, de modo geral, necessárias para que as tensões medidas na superfície do solo sejam desde frações até
dezenas de volts.

7.8 Correção dos valores de tensão medidos

As medidas devem ser referidas ao valor real de corrente de malha I M , determinada para a pior condição de
defeito para a terra. Desta forma obtém-se a equação abaixo:

Ve  I M
VR  [4]
Ie

onde

VR é a tensão real durante uma falha para a terra, expressa em volts (V);

Ve é a tensão medida durante o ensaio, expressa em volts (V);

I M é a corrente de malha, expressa em ampères (A);

I e é a corrente de ensaio, expressa em ampères (A).

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7.9 Determinação das resistências de contato pé-brita (ou solo)

7.9.1 Uma das investigações que podem ser realizadas no ensaio de injeção de corrente é a determinação da
resistência de contato pé-brita (ou solo), bem como a tensão aplicada diretamente sobre a pessoa.
7.9.2 Neste caso, utilizam-se dois pesos de 25 kg, barra de contato da base de 200 cm² cada e
duas resistências, uma de 1 000  (simulando a resistência do corpo humano) e outra de 3 000 , conforme
montagem indicada na Figura 10. Para melhorar a resistência de contato peso-brita, é comum utilizar-se um feltro
umedecido solução salina saturada. Além disso, é interessante fazer a investigação com a brita primeiramente
seca e depois molhada no ponto de medição.

7.9.3 A tensão que surge sobre a "pessoa" é a tensão medida nos terminais da resistência de 1 000 .
Para a determinação da resistência de contato peso-brita, são necessárias duas medições: com a resistência
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de 1 000  e com a resistência de 3 000 . Reportando-se aos circuitos equivalentes representados na Figura 10,
as seguintes relações podem ser obtidas:
a) no circuito para a tensão de toque, obtêm-se as equações 5 e 6:

V1K R
Vf  V1K   CT [5]
1 000 2
V3K R
Vf  V3K   CT [6]
3 000 2

b) resolvendo-se o sistema, obtém-se a equação 7:

2V3K  V1K 
R CT  [7]
 V1K V 
  3K 
 1 000 3 000 

c) no circuito para a tensão de passo, obtêm-se as equações 8 e 9:

V1K
Vf  V1K   2RCP [8]
1 000

V3K
Vf  V3K   2R CP [9]
3 000

Resolvendo-se o sistema, obtém-se a equação 10:

V3K  V1K
R CP  [10]
 V V 
2   1K  3K 
 1 000 3 000 
onde
V1K é a tensão medida nos terminais do resistor de 1 000 , expressa em volts (V);
V3K é a tensão medida nos terminais do resistor de 3 000 , expressa em volts (V);
RCT é a resistência de contato pé-brita, simulando a tensão de toque, expressa em ohms ();
RCP é a resistência de contato pé-brita, simulando a tensão de passo, em ohms ().

NOTA Na realidade, a tensão V1K aplicada com uma resistência de 1 000  não é exatamente a mesma que a existente
no caso de 3 000 , tendo em vista não se tratar de fonte de tensão constante e sim resultado de queda de tensão provocada
pela dispersão da corrente pelo solo. Contudo, a aproximação considerada é, para fins práticos, admissível.

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Legenda
S solo B pedra britada (brita)
F feltro embebido em água e sal P peso de 25 kg
L 1,0 m para tensão de passo V voltímetro eletrônico

Figura 10 — Medição das tensões de toque e passo

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8 Medições em instalações energizadas


Cada vez mais é necessário realizar medições com instalações energizadas, de modo a manter a continuidade do
serviço. Esta situação tem importância maior quanto maior é o impacto da descontinuidade do serviço. Isto feito,
devem ser adotadas providências para que seja possível realizar as medições sob diversos condicionantes,
que são determinantes nesse tipo de atividade. Além disto, as medições em instalações energizadas introduzem
situações e peculiaridades que não existem ou são muito inferiores quando não estão energizadas, como, por
exemplo, a presença de tensões entre neutro e terra ou ruídos e harmônicas.

Assim, toda medição de aterramento a ser realizada em instalações energizadas deve ser realizada apenas
se todos os condicionantes dos itens a seguir forem obedecidos. Adicionalmente, todos os preceitos citados
anteriormente nesta Norma devem ser seguidos e, quando necessário, adaptados à situação de instalações
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energizadas.

A escolha do método de medição deve levar em consideração aspectos de segurança dos profissionais,
praticidade de medição e o seu escopo, seja ele voltado ao estudo de fenômenos em freqüência industrial ou de
transitórios. A etapa de planejamento é crucial na definição do método a ser utilizado.

8.1 Condições de segurança em instalações energizadas

Toda instalação energizada está sujeita a eventos dos sistemas aos quais está conectada, ou seja, pode estar
sujeita a curtos-circuitos, elevações de potencial e sobretensões transitórias. Em especial, qualquer instrumento
conectado a esta instalação também estará sujeito a tais sobretensões e, portanto, terá em seus bornes tensões
elevadas e perigosas para os seres humanos e equipamentos.

Deve-se considerar que os circuitos de medição envolvidos no processo de medição estarão sujeitos,
por conseqüência, a elevadas tensões. O circuito de corrente, caso utilizado, trará um problema adicional: ele
estará sujeito às tensões de transferência, chegando ao limite da elevação de tensão da malha (Ground Potencial
Rise – GPR), ou seja, à maior elevação de potencial do sistema. Portanto, é necessário prover a todos os circuitos
envolvidos na medição de proteção de sobretensão e sobrecorrente, através de dispositivos adequados às
tensões e correntes envolvidas. A malha auxiliar de corrente então também terá sua elevação de potencial e criará
tensões perigosas ao seu redor, com possíveis tensões de passo e toque perigosas. Essa malha, portanto, deve
estar sob supervisão e sinalizada.

O eletrodo de potencial, caso exista, também estará sujeito a potenciais perigosos e, portanto, também deve estar
sob supervisão e sinalizado. Todos os cabos também estarão sujeitos a tensões perigosas e sua isolação deve
ser adequada aos níveis de tensão envolvidos. Não se deve permitir a aproximação de pessoas aos circuitos de
medição.

Os profissionais envolvidos na medição devem utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) adequados às
tensões que serão desenvolvidas em situações de curto-circuito. Deve-se expor pelo mínimo tempo possível os
profissionais às situações de risco, adotando-se chaves seccionadoras ou disjuntores para abrir os circuitos de
medição envolvidos. Desta forma esses circuitos estarão energizados apenas nos instantes quando a medição é
efetivamente realizada.

8.2 Condições específicas para realização de medições em instalações energizadas

As instalações energizadas estão sob forte influência dos sistemas aos quais se conecta. Deve haver tensões e
correntes fluindo pelos diversos elementos do sistema de aterramento, e deve-se considerar os efeitos das
harmônicas e sub-harmônicas, caso existam. Pode ser difícil desconsiderar essas influências no processo de
medição, caso não sejam adotadas ações mitigatórias descritas em 8.2.1 a 8.2.6.

8.2.1 Planejamento e programação

Toda medição em instalações energizadas deve ter um cuidado maior nas etapas de planejamento e programação.
Toda a instalação deve ser inspecionada, e todas as conexões entre os elementos do sistema de aterramento

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devem ser identificadas, inclusive aquelas provenientes de blindagens de cabos de potência. Deve-se avaliar a
possibilidade de estas conexões estarem ou não efetivas.

As áreas envolvidas devem ser previamente escolhidas, assim como o encaminhamento dos cabos ou a utilização
de estruturas de linhas de transmissão (cabos fase ou guarda).

A etapa de planejamento deve determinar o método de ensaio a ser utilizado. A possibilidade ou não de
desconexão de elementos do sistema de aterramento, a dificuldade de utilização de circuitos de medição etc.
devem ser verificadas e consideradas nessa etapa.

8.2.2 Divisão da corrente pelos elementos do sistema de aterramento


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O sistema de aterramento de uma instalação energizada pode estar conectado a diversos elementos de
aterramento, como neutros de alimentadores, cabos-guarda, blindagens de cabos de potência e interligações
entre malhas. Essas conexões possibilitam uma divisão da corrente de curto-circuito e, portanto, de correntes
injetadas em medições de aterramento. Essa divisão pode ser fundamental na determinação da corrente que
efetivamente flui pela malha para o solo. Isto significa que, escolhida a metodologia de medição, pode ser
necessária a desconexão dos circuitos de aterramento da malha a ser medida, ou escolher um método alternativo
que permita a medição simultânea das correntes que fluem pelos diversos elementos, para que seja considerada
apenas a corrente que flui da malha para o solo.

A desconexão dos elementos do sistema de aterramento deve ser realizada com procedimentos adequados a
instalações energizadas, como aterramentos temporários, pois estará abrindo correntes de valor considerável.
E estas correntes serão tão maiores quanto maior for o desequilíbrio do sistema, incorrendo em maior corrente do
neutro para o sistema de aterramento, e maior para cada elemento desconectado. O último elemento deve ter,
portanto, a maior corrente de circulação.

Especial atenção deve ser adotada quando da desconexão de cabos ou conexões que podem estar corroídos ou
mecanicamente deteriorados. Cabos-guarda sob tensão mecânica são potencialmente perigosos quando da sua
desconexão, e podem romper-se e cair sobre os cabos de fase, causando tensões perigosíssimas diretamente
nos profissionais envolvidos. Essas desconexões devem ser planejadas e executadas sob rigorosa supervisão.

A desconexão de elementos do sistema de aterramento da instalação não deve ser um fator impeditivo na escolha
do método de medição, mas pode ser determinante na sua definição. Caso seja necessária a desconexão, ela
pode ser realizada, desde que obedecidas as condições de segurança para essa tarefa. Em casos onde a
desconexão de elementos seja perigosa ou de difícil execução, deve-se adotar outro método de medição, com a
instalação energizada ou não, em que a desconexão não seja necessária.

NOTA Não se deve desconectar os neutros dos transformadores de potência, sob pena de deixar os sistemas isolados e,
portanto, sem referência de terra, inclusive com impossibilidade de detecção de corrente de curto-circuito pelos relés de
proteção da instalação.

8.2.3 Ruídos e tensões

As instalações energizadas estão sujeitas a ruídos e tensões, espúrias ou de desequilíbrio, harmônicas ou outras.
Esses ruídos introduzem uma dificuldade adicional e podem até impossibilitar determinados métodos de ensaio.
Os medidores devem suportar os ruídos e ser seletivos com os sinais injetados, de modo a filtrar os resultados
decorrentes do sinal injetado.

Caso os ruídos ou mesmo os níveis de tensão entre terra e neutro impossibilitem ou dificultem sobremaneira
o ensaio, deve-se adotar a utilização de métodos e/ou equipamentos compatíveis com as condições de segurança
locais ou a medição ser realizada apenas com a instalação desenergizada.

Um equipamento para efetuar esse tipo de ensaio deve ter sensibilidade suficiente para detectar tensões da
ordem de milivolts (mV) geradas pela injeção de corrente da ordem de dezenas de miliampères (mA),
seletivamente filtrados dos ruídos presentes no sistema.

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8.2.4 Religamentos

No período em que a instalação estiver sob ensaio, deve-se bloquear os religamentos dos circuitos aos quais se
conectam a instalação. Depois, torna-se necessário contactar as áreas de operação das concessionárias
envolvidas para que os circuitos que se conectem à instalação tenham seus relés de religamento desabilitados, de
modo a bloquearem imediatamente no primeiro evento que houver na rede.

8.2.5 Sensibilização de relés de alta sensibilidade (51GS – ground sensor ou outros)

A injeção de grandes correntes pode sensibilizar os relés de alta sensibilidade. Deve-se considerar a possibilidade
da atuação desses relés quando da injeção da corrente de ensaio.
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8.2.6 Possibilidade de retorno remoto

Deve-se avaliar a possibilidade de haver uma energização remota em instalações conectadas à instalação sob
ensaio. Caso exista, como no caso de geração em pontos internos ou externos à instalação, essa possibilidade
deve ser considerada como tal ou deve-se proceder à desconexão do circuito sob suspeita.

8.3 Métodos adequados à medição de aterramento de instalações energizadas

Os métodos de queda de potencial, de medição simultânea de correntes do sistema ou de injeção de corrente de


altas freqüências são possibilidades a serem consideradas para a realização destes ensaios, além de outros que
obedeçam aos critérios citados.

Os métodos descritos nas seções anteriores podem ser adequados às medições de instalações energizadas,
desde que obedecidas as condições descritas em 8.1 e 8.2. Outros métodos podem ser utilizados, desde que
obedecidas as mesmas condições e que os resultados possam ser separados dos efeitos das correntes e tensões
que fluam pelos sistemas.

Cada método possui características mais adequadas ao escopo final e facilidades e dificuldades que devem ser
avaliadas quando do planejamento da medição.

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Anexo A
(normativo)

Método síncrono à freqüência industrial


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Legenda

CH A/CH B chaves para inversão de polaridade da fonte com intertravamento

CH C chave de by-pass da fonte

I e A  corrente de ensaio

RSE resistência de aterramento da instalação

Rt resistência de aterramento das estruturas da linha de transmissão

Figura A.1 — Método síncrono à freqüência industrial – Circuito de corrente

A.1 A corrente de ensaio na freqüência de 60 Hz deve ser fornecida por uma fonte em que se possa mudar a
polaridade, por exemplo, transformador. Inicialmente devem ser medidas a corrente de interferência I i e a tensão
de interferência Vi , com a fonte de alimentação desconectada. A fonte de alimentação é ligada e são lidas
a tensão Va e a corrente I a .

A.2 Invertendo-se a polaridade da fonte, são feitas as leituras da tensão Vb e da corrente I b .

A.3 A corrente de medição I e fornecida pelo sistema de alimentação e a tensão Ve provocada pela passagem
dessa corrente pelo sistema de aterramento são calculadas pelas equações a seguir:

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I a2  I b2
Ie   I i2 [11]
2

Va2  Vb2
Ve   Vi 2 [12]
2

Onde

I e é a corrente de ensaio, expressa em ampères (A);


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I a é a corrente de medição numa determinada polaridade, expressa em ampères (A);

I b é a corrente de medição de polaridade defasada de 180° da corrente I a , expressa em ampères (A);

I i é a corrente de interferência, expressa em ampères (A);

Ve é a tensão de ensaio, expressa em volts (V);

Va é a tensão de medição numa determinada polaridade, expressa em volts (V);

Vb é a tensão de medição de polaridade defasada de 180° da tensão Va , expressa em volts (V);

Vi é a tensão de interferência, expressa em volts (V).

A.4 A Figura B.1 exemplifica o circuito de corrente utilizando-se o método síncrono à freqüência industrial para
eliminação de interferência.

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Anexo B
(normativo)

Compensação capacitiva

B.1 Pode ser estabelecida uma compensação capacitiva visando diminuir a impedância da linha de transmissão
utilizada para servir de circuito de corrente (ver Figura B.1).
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Legenda

R0  / Km  resistência de seqüência zero

X 0  / Km  reatância indutiva de seqüência zero

LKm comprimento do circuito de corrente

CC F  capacitância de compensação

Figura B.1 — Esquema básico da configuração de um circuito de corrente com compensação capacitiva

B.2 No caso do circuito de corrente utilizar-se das três fases interligadas de uma linha de transmissão
por um determinado comprimento, tem-se a equação abaixo:

X 1  X   L [13]

onde

X 1 é a reatância indutiva de seqüência zero, expressa em ohms ();

X é a reatância indutiva de seqüência zero por unidade de comprimento, expressa em ohms


por quilômetro (/km);

L é o comprimento do circuito de corrente, expresso em quilômetros (km).

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B.3 Na correção da reatância indutiva para freqüência da fonte deve ser utilizada a seguinte equação:

f
X ' 1  X 1  [14]
f

onde

X ' 1 é a reatância indutiva de seqüência zero para freqüência da fonte de medição, expressa em ohms ();
f é a freqüência da fonte de medição, expressa em hertz (Hz);
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f é a freqüência industrial, expressa em hertz (Hz).

B.4 O valor da capacitância de compensação é dado pela seguinte equação:

10 6
CC  [15]
2    f   X  1

onde

CC é a capacitância de compensação, expressa em microfarads F  .

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Anexo C
(normativo)

Especificações dos equipamentos para a medição de resistência de


aterramento para sistemas elétricos de baixa tensão
(até 1 000 V em c.a. e 1 500 V em c.c.)
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C.1 Escopo e campo de aplicação


Este Anexo define os requisitos aplicáveis aos equipamentos destinados a medir a resistência de aterramento
e/ou resistividade específica do solo, utilizando uma tensão de c.a.

C.2 Termos e definições


Para os efeitos deste Anexo, aplicam-se os termos e definições da Seção 3 e os seguintes.

C.2.1
tensão de medida
tensão existente entre os bornes (E) e (S) do equipamento de medição

C.2.2
tensão de interferência em modo série
tensão alheia ao sistema que está superposta à tensão de medida

C.2.3
resistência total de aterramento
resistência entre o borne principal do aterramento e terra de referência

C.3 Requisitos
Além dos requisitos de segurança que devem nortear o projeto de qualquer equipamento de medição, aplicam-se
os abaixo indicados.

C.3.1 A tensão de saída presente nos bornes (E) e (H) deve ser uma tensão alternada

Tanto a freqüência como a forma de onda do sinal, deve ser escolhida de maneira que as interferências elétricas,
em particular as procedentes de instalações funcionando à freqüência da rede de distribuição (60 Hz), não afetem
os resultados das medições de forma excessiva.

C.3.2 O fabricante do equipamento deve mencionar no manual de instruções se a influência das tensões
perturbadoras de c.a. na freqüência industrial ou contínua ultrapassa os requisitos indicados em 3.3.

C.3.3 Dentro do campo de medida marcado ou estabelecido, o máximo erro de operação em valor percentual
não deve exceder 30 % do valor medido (tido como valor convencional) e determinado segundo o estabelecido na
Tabela 1.

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O erro de funcionamento deve ser aplicável dentro das seguintes condições de funcionamento:

 injeção de tensões de interferência no modo série para as freqüências da rede de 60 Hz e 50 Hz ou para uma
tensão contínua entre os bornes (E), (H) e (S). O valor eficaz da tensão parasita em modo série deve ser
menor que 3 V;

 a resistência de aterramento do eletrodo auxiliar de corrente e da sonda de potencial não deve ultrapassar
100 vezes a resistência que se pretende medir, para um máximo de 50 k.

C.3.4 O aparelho de medida deve permitir determinar se as resistências máximas admissíveis dos eletrodos
auxiliares de corrente e tensão são ultrapassadas.

C.3.5 Durante as medidas, não devem aparecer tensões de contato perigosas. Este objetivo pode ser alcançado
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através de um projeto adequado da fonte de tensão de saída mediante as seguintes providências:

 limitar o valor da tensão de saída de circuito aberto a um valor eficaz de 50 V ou um valor de pico de 70 V;

NOTA Estes valores, quando os ensaios forem realizados em locais com terrenos úmidos, não devem ultrapassar
um valor eficaz de 25 V ou um valor de pico de 35 V, como indicado na Tabela C.2 da ABNT NBR 5410:2004.

 quando o valor da tensão de saída de circuito aberto exceder 50 V eficazes ou 70 V de pico (25 Vef ou 35 V
de pico conforme NOTA acima), o equipamento deve limitar o valor máximo da corrente injetada no terreno
a 7 mA eficazes, ou 10 mA valor de pico;

 quando a condição anterior não se cumprir, deve produzir-se uma interrupção automática do processo de
medida nos tempos admissíveis que se indicam na Figura 1 da IEC 61010-1:1990.

NOTA Esta Norma aplica-se ao projeto e fabricação de equipamentos dedicados à medição da resistência de aterramento
das instalações de baixa tensão (até 1 000 Vc.a ou 1 500 Vc.c) como indicado no começo deste Anexo. Portanto os
equipamentos destinados à medição da resistência de aterramento de subestações ou torres de linhas de transmissão de
energia ficam fora do escopo deste Anexo. A aplicação deste Anexo em baixa tensão independe da condição de energização
ou não da instalação sob ensaio. O conteúdo deste Anexo visa evitar acidentes elétricos potencialmente fatais com
os operadores ou as pessoas presentes na vizinhança.

C.3.6 O usuário não deve estar exposto a uma tensão que exceda a tensão de contato admissível e o aparelho
de medição não deve sofrer danos quando qualquer borne disponível para conexão à rede de alimentação for
conectado a uma tensão igual a 120 % de sua tensão nominal. Os dispositivos de proteção não devem ser
ativados.

C.4 Marcações e instruções de funcionamento

C.4.1 Marcações

Além da marcação definida na IEC 61557-1:1997, o equipamento de medição deve ter as seguintes informações
marcadas sobre ele, de forma indelével:

a) tipo de equipamento;

b) unidades da magnitude de medida;

c) campos de medição;

d) tipo de fusível e corrente marcada para fusíveis intercambiáveis;

e) tipo de bateria, o acumulador e polaridade da conexão no local da bateria;

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f) tensão nominal da rede de distribuição e o símbolo para duplo isolamento de acordo com a IEC 61010-1 para
equipamentos de medição com alimentação de rede de distribuição;

g) nome do fabricante ou marca registrada;

h) número de modelo, nome ou outros meios para identificar o equipamento (interna ou externamente);

i) referência às instruções de funcionamento com o símbolo de acordo com a IEC 61010-1; a seguinte
informação deve ser indicada sobre o equipamento de medida.

!
1)
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2) o campo de medida dentro do qual se aplica o erro máximo de funcionamento;

3) a freqüência da tensão de saída;

4) a designação dos bornes (se houver espaço) ou conforme C.4.2.4:

i) (E): borne da tomada de terra;

ii) (ES): borne do eletrodo mais próximo à tomada de terra;

iii) (S): borne do eletrodo auxiliar de tensão;

iv) (H): borne do eletrodo auxiliar de corrente.

C.4.2 Instruções de funcionamento

Além das indicações especificadas na IEC 61557-1, as instruções de funcionamento (manual) devem subministrar
as informações seguintes:

a) os campos de aplicação (por exemplo, para locais secos, úmidos ou outros, conforme Tabela 19
da ABNT NBR 5410:2004) dos aparelhos destinados a medir a resistência de terra.

b) se for aplicável, a influência das tensões de interferência em modo série quando estas são superiores aos
valores indicados em C.3.3;

c) as indicações relativas ao bom funcionamento do gerador manual (se for utilizado);

d) as designações dos bornes, quando diferem do indicado em c.4.1-i4).

C.5 Métodos de ensaio


Devem ser realizados os ensaios de C.5.1 a C.5.6.

C.5.1 O erro de funcionamento deve ser determinado segundo o indicado na Tabela C.1. Neste método,
o erro intrínseco deve ser determinado dentro das condições de referência seguintes:

a) valor nominal da tensão de alimentação;

b) quando se utiliza para alimentação um gerador manual, a velocidade nominal em rpm;

c) freqüência nominal da tensão de alimentação para equipamentos de medida alimentados pela rede, segundo
o indicado em C.3.3;

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d) temperatura de referência, 23 ºC ± 2 ºC;

e) posição de referência de acordo com o indicado pelo fabricante;

f) resistências das hastes auxiliares, 100 ;

g) tensão de interferência 0 V;

h) erro de funcionamento assim avaliado não deve ultrapassar os limites especificados em C.3.3.

C.5.2 Comprovar se as condições estabelecidas em C.3.5, referentes à tensão em circuito aberto, a corrente de
curto-circuito e o retardo na desconexão se cumprem em cada um dos alcances disponíveis (ensaio de rotina).
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C.5.3 É necessário comprovar se as resistências máximas admissíveis são superadas para as hastes auxiliares
(ensaio de tipo).

C.5.4 A proteção contra sobrecarga, de acordo com o indicado em C.3.6 (ensaio de tipo).

C.5.5 A conformidade com os ensaios desta parte deve ser registrada.

Tabela C.1 — Cálculo do erro de funcionamento

Requisitos ou ensaios
Erro intrínseco segundo seções ou
Condições de referência ou campo de Código de Tipo de
ou magnitude subseções
funcionamento especificado designação ensaio
de influência correspondentes da
IEC 61557- 5
Erro intrínseco Condições de referência A 5, 6.1 R
Posição Posição de referência 90º E1 1, 4.2 R
Tensão de
Nos limites indicados pelo fabricante E2 1, 4.2, 4.3 R
alimentação
Temperatura 0 ºC e 35 ºC E3 1,4.2 T
Tensão parasita
Ver 4.2 e 4.3 E4 5, 4.2, 4.3 T
de modo série

Resistência das 0 a 100  RA;


E5 5, 4.3 T
hastes auxiliares porém 50 k
Freqüência da
99 % a 101 % da freqüência nominal E6 5, 4.3 T
rede
Tensão da rede 85 % a 110 % da tensão nominal E7 5, 4.3 T

Erro de
B   A  1,15 E12  E22  E32  E42  E52  E62  E72  5, 4.3 R
funcionamento  
A = erro intrínseco
Ei = variações B  100 %
B%   
R = ensaio de rotina valor convencional
T = ensaio de tipo

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C.5.6 Os equipamentos e seus acessórios devem estar projetados e fabricados com dispositivos de proteção
dimensionados para categoria de tensão compatíveis com as condições dos ensaios a serem realizados.

NOTA Para equipamento destinado a pesquisas em grandes profundidades através da medição de resistividade.

Nestes casos pode-se considerar que são aplicáveis todas as especificações destinadas aos equipamentos para
medição de resistência de aterramento, exceto aquelas que limitam o uso por falta de sensibilidade ou por pouca
tensão de sinal de teste, as quais se enumeram a seguir:

Em C.3.1, a tensão poderia ser de uma freqüência tão baixa (alguns Hz) que em alguma literatura pode-se
encontrar como de corrente contínua chaveada ou com inversão de polaridade com freqüência abaixo de 15 Hz.

É desejável que o equipamento possa cumprir com os requisitos de C.3.2, C.3.3, C.3.4 e C.3.5, porém, a limitação
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da tensão até 50 V ou a corrente de curto-circuito a 7 mA podem ser superados para alcançar os objetivos de
medição desejados. Para tanto, devem ser tomadas medidas de proteção individual visando minimizar os riscos
de choque elétrico.

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Anexo D
(normativo)

Método do batimento

D.1 Princípio
Via de regra, as medições descritas nesta Norma devem ser feitas à freqüência industrial. Contudo, em áreas que
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tenham sistemas energizados, onde há corrente de desequilíbrio circulando no solo, estas podem perturbar as
medições. Assim, é recomendável que a corrente de ensaio seja a maior possível, a fim de minimizar o efeito das
correntes de interferência.

Entretanto, no caso da utilização de instrumentos tipo terrômetro para ensaios de aterramento, a corrente de
ensaio é baixa. Assim, o terrômetro deve operar a uma freqüência não harmônica da industrial.

Quando não for disponível fonte de corrente de valor adequadamente alto para minimizar suficientemente as
eventuais correntes de interferência, é indicado um dos seguintes métodos opcionais.

D.2 Método do batimento


D.2.1 Este método envolve a utilização de uma fonte, por exemplo, uma unidade geradora de emergência, que
forneça uma corrente cuja freqüência seja de 0,1 Hz a 0,5 Hz acima ou abaixo da freqüência industrial.

D.2.2 Segundo a freqüência de batimento, a corrente e a tensão apresentam, cada uma, um máximo e um
mínimo, devido à defasagem entre a corrente injetada Ie e as correntes parasitas criadas pelo sistema em
funcionamento normal.

D.2.3 Se o tempo de resposta do instrumento de medição for bastante curto para assegurar a obtenção dos
valores de corrente máximo e mínimo (Imax e Imin), então:

1
Ie  I max  I min  para I e  I i [16]
2

1
Ie  I max  I min  para I e  I i [17]
2

1
Ve  Vmax  Vmin  para Ve  Vi [18]
2

1
Ve  Vmax  Vmin  para Ve  Vi [19]
2

onde

I e é a corrente de ensaio, expressa em ampéres (A);

Ve é a queda de tensão provocada pela corrente de ensaio, expressa em volts (V);

I max é a máxima indicação de corrente, expressa em ampéres (A);

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Vmax é a máxima indicação de tensão, expressa em volts (V);

I min é a mínima indicação de corrente, expressa em ampéres (A);

Vmin é a mínima indicação de tensão, expressa em volts (V);

I i é a corrente de interferência, expressa em ampéres (A);

Vi é a tensão de interferência, expressa em volts (V).

NOTA Os valores de I e e de Ve não dependem dos valores de I i e Vi , sendo que estes são medidos somente com o fim
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de determinar quais fórmulas devem ser usadas.

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Anexo E
(informativo)

Terrômetro alicate

E.1 Princípio de operação

O princípio de funcionamento de um medidor deste tipo consiste em um gerador de c.a. que aplica uma tensão
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numa bobina com N espiras, cujo núcleo ferromagnético envolve um circuito fechado como o indicado
na Figura E.1, a qual representa a única espira do secundário de um transformador com relação N:1. A tensão
aplicada na bobina produzirá no circuito fechado uma força eletromotriz (f.e.m) conhecida.

Figura E.1 — Injeção de uma f.e.m num circuito fechado, através da bobina

Com outra bobina com (M) espiras, pode-se medir a corrente que circula no circuito.

Figura E.2 — Princípio de funcionamento de um terrômetro alicate

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A soma das resistências R x  Rc pode ser obtida pela relação entre a tensão gerada e a corrente circulante.

Quando Rc representar um conjunto de eletrodos em paralelo (condição característica de sistemas multiaterrados),


pode-se considerar Rx muito maior que Rc . Nesta condição, o instrumento indicará o valor da resistência de
aterramento R x procurada.

A Figura E.3 representa um sistema multiaterrado.


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Figura E.3 — Sistema multiaterrado

O circuito elétrico correspondente pode ser representado pela Figura E.4

Figura E.4 — Circuito elétrico

Neste circuito, o conjunto de eletrodos R1  Rn está substituindo Rc da Figura E.2.

Quando se aplica uma tensão E no eletrodo Rx através de um transformador especial sobre o solenóide, uma
corrente I circula através do circuito e podendo-se escrever a seguinte equação:

E 1
 Rx 
n
[20]
I

1
Rk
k 1

Na condição de:

1
R x  [21]
n


1
Rk
k 1

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pode-se admitir que:

E
Rx  [22]
I

E.2 Detalhes construtivos


A maioria dos medidores deste tipo se apresenta como um alicate de dois núcleos partidos dimensionados para
poder envolver o eletrodo de aterramento. Um dos núcleos gera a f.e.m, que por sua vez produz a corrente que
circula no circuito, e o outro é um transformador de medida de corrente.
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Para atenuar as perturbações provocadas pela presença de tensões espúrias, os equipamentos geralmente
trabalham com freqüências de medição diferentes da freqüência industrial (tipicamente entre 1 500 Hz e 2 500 Hz)
e possuem filtros adequados

E.3 Restrições
A principal e grande vantagem de não ter necessidade de cravar hastes auxiliares leva alguns usuários
a acreditarem que todos os sistemas de aterramento podem ser medidos com este tipo de medidor. No entanto
deve-se ter em conta que no mínimo sejam cumpridas as seguintes premissas:

a) o método pode ser aplicado para medição de resistência de aterramento quando existe um circuito fechado
(laço), incluindo a resistência do aterramento que se deseja medir. O equipamento não pode ser aplicado na
medição de eletrodos que não formam parte de um laço, como é o caso do aterramento simples de
um pára-raios;

b) a resistência do sistema de aterramento que fecha o laço deve ser muito menor que a resistência do
aterramento sob medição;

c) a distância entre o aterramento sob medição e o mais próximo dos aterramentos que fecham o laço deve ser
suficientemente grande para que as respectivas zonas de influência não apresentem sobreposição.
No caso de aterramentos de múltiplos eletrodos (por exemplo, uma malha de aterramento), não é válida a
medição de cada eletrodo por separado para calcular a resistência do conjunto;

d) a resistência do sistema sob medição deve ser percorrida pela totalidade da corrente injetada no terreno.
No caso de um edifício com múltiplas descidas do SPDA, não se pode aplicar o método para determinar
a resistência de aterramento do conjunto. Se o conjunto estiver interconectado em anel, pode-se incorrer no
erro de se estar medindo a resistência do laço fechado quando se envolve a descida do SPDA.

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Anexo F
(informativo)

Método de medição com injeção de corrente com amperímetro e voltímetro


e inserção de wattímetro adicional

As subseções F.1 a F.5 têm por finalidade apresentar o método de medição com wattímetro adicional e os
procedimentos necessários para a determinação da resistência do sistema de aterramento.
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O método de medição é o de injeção de corrente descrito em 6.2, com a inserção de wattímetro.

F.1 Disposição básica dos componentes


A Figura F.1 apresenta a disposição dos componentes.

MALHA SOB MEDIÇÃO


3 IT
~ W A 4
Eletrodo auxiliar de
corrente
1 2
V
Eletrodo auxiliar de tensão
X12 X24

X14

Figura F.1 — Disposição dos componentes

F.2 Descrição do método


F.2.1 O método é apropriado para os casos em que os circuitos de corrente e potencial possuem considerável
acoplamento mútuo, condição em que a corrente de ensaio (IT) e a elevação de potencial (ET) não estão em fase.

F.2.2 O método consiste, basicamente, na circulação de uma corrente alternada (IT) entre a malha de terra
e o eletrodo auxiliar de corrente (4), com a medição simultânea da:

a) elevação do potencial total (ET) da malha de terra, em relação ao terra de referência (terra remoto), através do
voltímetro e do eletrodo de potencial (2);

b) potência total dissipada (PT) na resistência (R) entre a malha e o terra de referência (terra remoto).

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F.2.3 Para este método:

F.2.3.1 A resistência de terra do sistema deve ser obtida por:

PT
Req  k1  k 2   k3   [22]
IT 2

F.2.3.2 A impedância de terra do sistema deve ser obtida por:

ET
Z eq  k1  k 2    [23]
IT
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F.2.3.3 A reatância de terra do sistema deve ser obtida por:

X eq  Z eq 2  Req 2   [24]

onde

k 1, k 2 e k3 são fatores de correção calculados conforme F.4.1, F.4.2. e F.4.3.

F.3 Localização dos terminais de medição

F.3.1 Terminais (1) e (3)

Estes terminais devem ser ligados individualmente ao condutor da periferia da malha de terra, bem espaçados
e, se possível, a nós da malha constituídos de diversos subcondutores.

F.3.2 Terminal (2)

O terminal (2) do circuito de medição deve ser instalado na terra remota em relação à malha de terra (1), ou seja,
em solo com potencial zero ou próximo deste valor.

A localização do terminal (2) deve ser isenta das influências oriundas da circulação da corrente na malha de terra
em medição (1), nas malhas adjacentes, nos sistemas de aterramento das torres das linhas de transmissão
e no terminal de corrente (4).

F.3.3 Terminal (4)

O terminal (4) deve ser instalado em um ponto remoto, espaçado da malha de terra em medição e do terminal (2),
de maneira que a circulação de corrente pelo menos não altere o potencial da rede (1) e do terminal (2).

F.4 Fator de correção das medições

F.4.1 Fator de correção k1

O fator k1 tem por finalidade considerar a influência da resistência interna (RV) do voltímetro e a do eletrodo
vertical (Reletrodo) ligado ao terminal (2).

RV  R eletrodo
k1  [25]
RV

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 a  2l 
R eletrodo  ln  1   [26]
2l  d 

onde

 a é a resistividade aparente do solo, expressa em ohm x metros (  m);

l é o comprimento do eletrodo, expresso em metros (m);

d é o diâmetro do eletrodo, expresso em metros (m).

Observa-se que, para (RV) muito maior do que (Reletrodo), a aplicação do fator de correção (k1) torna-se
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desnecessária, ou seja:

k1  1

F.4.2 Fator de correção k2

O fator k2 deve corrigir as medições efetuadas, com base nas distâncias (X12), (X 14) e (X 24) utilizadas.

O fator k2 é obtido supondo que a malha de terra e os terminais (1) e (4) são constituídos de semi-esferas, e que
estas dispersam correntes pelo solo produzindo superfícies eqüipotenciais esféricas.

Para malhas de terra de grandes dimensões, essa suposição só é válida quando a distância (X 12) é maior que
duas vezes a sua maior dimensão:

1
k2  [27]
r r r
1  
X 24 X 12 X 14

onde

r é o raio de uma semi-esfera, instalada na superfície do solo, cujo valor é igual à metade do raio de um
círculo com área (A) igual à da malha de terra.

A
r  0,5 m [28]

F.4.3 Fator de correção k3

Este fator tem por finalidade determinar a resistência do caminho de retorno pela terra, que deve ser subtraída do
resultado obtido, quando os terminais (2) e (4) estão na mesma direção ou paralelos.

Observa-se que esta resistência é colocada em série com a resistência da malha de terra, quando se utiliza este
método de medição.

k 3  0,06  l   [29]

onde

l é o menor comprimento dos circuitos de medição (2) e (4), expresso em metros (m).

Para os esquemas de medição em que, por exemplo, os terminais (2) e (4) estejam diametralmente opostos,
ou a 90°, deve ser considerado k3  0.

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F.5 Metodologia para eliminar o erro de medição devido às correntes e tensões externas
(ruídos)
Estes erros são produzidos por correntes de fuga através da malha de terra e/ou tensões induzidas por linhas
paralelas, e devem ser eliminados por circuitos de medição especiais, como os apresentados
nas Figuras F.2 e F.3.
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Figura F.2 — Esquema básico de medição com fonte interna

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Figura F.3 — Esquema básico de medição com fonte externa

F.5.1 A seqüência de medições que deve ser adotada é a seguinte:

a) chave CH0 fechada e chaves CH1 e CH2 abertas

Devem ser medidas a corrente (Io), a tensão (Eo) e a potência dissipada (Po) na malha de terra, antes de aplicar
a corrente de ensaio (IT).

b) chave CH1 fechada e chaves CH0 e CH2 abertas

Deve ser aplicada a fonte de alimentação e medidas a corrente de ensaio (I1), a tensão (E1) e a potência dissipada
(P1) na malha de terra.

c) chave CH2 fechada e chaves CH0 e CH1 abertas

Deve ser aplicada a fonte de alimentação e medidas a potência dissipada (P2) e a corrente de ensaio (I2),
circulando 180 defasada de (I1), e a tensão (E2).

 A corrente real de ensaio (IT) deve ser obtida por:

IT 
I1 2  I 2 2  I 2 A  [30]
o
2

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 A potência real dissipada (PT) deve ser obtida por:

P1  P2
PT   P0 W  [31]
2

 A tensão real de ensaio (ET) deve ser obtida por:

ET 
E1 2  E 2 2  E 2 V  [32]
o
2

F.5.2 A Figura F.4 exemplifica as medições a serem executadas.


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As chaves Cha, CHb, CHc devem fornecer as medições de corrente, potencial e potência que possibilitarão
eliminar “os ruídos” eventualmente existentes.

Figura F.4 — Seqüência de medições

F.6 Impedância de terra das linhas (Ze) e da malha de aterramento do sistema de


aterramento (malha, linhas e demais componentes interligados à malha)

A partir das medições da corrente de ensaio (It), das correntes de fuga pelos cabos pára-raios (i) e do cálculo da
resistência de terra equivalente do sistema (Req), pode-se calcular a resistência específica da malha enterrada
assim como a das linhas de transmissão, por F.6.1 e F.6.2.

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F.6.1 Malha de aterramento do conjunto interligado (Rc)

R eq  IT
Rc  [33]
IT  i
F.6.2 Impedância de terra equivalente da linha de transmissão (Ze)

Req  IT
Ze    [34]
i
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F.7 Potenciais perigosos


A densidade de corrente difundida na terra aumenta nos condutores periféricos, em função dos acoplamentos
resistivos e magnéticos entre os condutores da malha de terra. Desta forma, embora o potencial do condutor da
periferia e dos internos sejam o mesmo em relação a terra remota, observa-se que as diferenças de potencial no
solo nas proximidades dos condutores periféricos são maiores.

Face ao exposto, após as medições de potencial da malha de terra em relação a terra remota, o terminal (2) deve
ser ligado a eletrodos de prova que toquem a superfície do terreno nas proximidades do condutor periférico,
para determinação das diferenças de potencial entre pontos ou entre pontos do solo e condutor da malha,
para determinação dos potenciais relacionados em F.7.1, F.7.2, F.7.3 e F.7.4.

F.7.1 Gradiente máximo produzido (VG)

Corresponde a uma diferença de potencial (ddp) entre um ponto localizado no extremo da malha, notadamente
nos seus vértices, e um ponto a 1 m para fora da malha.

F.7.2 Potencial de passo máximo produzido (VP)

Correspondente a uma ddp entre dois pontos separados de 1 (m), sobre uma perpendicular interna do condutor
periférico da malha.

Observa-se que um ponto deve estar diretamente sobre o condutor periférico.

F.7.3 Potencial de toque máximo produzido (VT)

Correspondente a uma ddp entre um ponto do solo situado a 1m do condutor periférico, no interior da malha
e o potencial da superfície do condutor.

F.7.4 Potencial de malha máximo produzido (VM)

Correspondente a uma ddp entre a superfície do condutor periférico e um ponto do solo situado no centro de
uma retícula da malha, situada entre o condutor periférico e condutor subseqüente.

Estas medições permitirão avaliar a eficiência do espaçamento adotado entre condutores da malha, para controlar
os potenciais perigosos na instalação.

F.7.5 Potenciais reais

Os valores reais dos potenciais (VGr, VPr, VTr e VMr) devem ser obtidos considerando a relação entre a corrente
de malha (Imalha) e a corrente de ensaio (IT):

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I malha
K [35]
IT

onde

VGr  K  VG V  [36]

VPr  K  VP V  [37]

VTr  K  VT V  [38]

VM r  K  VM V  [39]
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Anexo G
(informativo)

Métodos alternativos de medição de resistência de aterramento e potenciais


no solo em instalações energizadas

Esse Anexo descreve brevemente as características de alguns métodos de medição de resistência de aterramento
e potenciais do solo para medições em instalações energizadas, e serve como um guia referencial para definição
do método a ser escolhido no planejamento da medição.
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Apesar da quantidade de métodos citados, acredita-se estar contribuindo com o estado real da arte.
Outros métodos podem ser utilizados, desde que comprovem sua eficácia.

G.1 Método da queda de potencial com baixas correntes e onda quadrada


Esse método pode ser aplicado em instalações energizadas ou não. A medição é através da injeção de correntes
altas [da ordem de até dezenas de ampères (A)] ou baixas [da ordem de dezenas de miliampères (mA)], desde
que essa corrente injetada seja de forma de onda e freqüência diferentes das do sistema, e que o medidor possua
filtros adequados para selecionar os resultados advindos apenas do sinal injetado, filtrando os ruídos e tensões
presentes na instalação sob ensaio.

Especificamente, essa medição pode ser efetuada com instrumento dedicado, baseado em uma fonte de corrente,
para manter o módulo da corrente constante, com forma de onda não senoidal e com freqüência que seja
diferente, porém próxima da industrial. Como exemplo, pode ser utilizado um instrumento que injete uma corrente
de 50 mA com forma de onda quadrada. Alternativamente, um gerador pode ser utilizado, desde que possua
as mesmas características do instrumento dedicado.

Para poder executar as medições com este tipo de instrumento é necessário desconectar o aterramento sob
ensaio dos demais elementos do sistema de aterramento – cabos pára-raios, neutros, blindagens, contrapeso etc.
Em contrapartida, com baixas correntes injetadas, tanto o instrumento quanto seus acessórios são muito mais
leves e práticos de serem manuseados, permitindo um rápido levantamento das características do aterramento.

G.2 Método de injeção de baixa corrente em alta freqüência


O método deve permitir a determinação da resistência de aterramento e potenciais de superfície do sistema
constituído de todos os aterramentos interconectados.

A configuração para este método é similar à medição de resistência de aterramento de um sistema qualquer,
com a particularidade de que os pontos de fixação dos eletrodos de potencial serão nas regiões limítrofes da
malha.

Importante registrar que não será necessário especificar a quantidade e o tipo dos aterramentos dos sistemas
interconectados, visto que para a medição da resistência da malha, a alta freqüência injetada deve garantir
o desacoplamento das demais instalações.

G.2.1 Medição em alta freqüência

O instrumento a utilizar neste método opera numa freqüência tal que a impedância indutiva do(s) cabo(s) pára-
raios de uma ou mais linhas de transmissão acopladas à subestação, em um vão de comprimento normal, seja
razoavelmente alta a ponto de se reduzir o efeito dos aterramentos adjacentes ao que se está medindo.

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Dessa forma, os parâmetros (resistência + reatância) dos cabos pára-raios tendem a infinito, ou seja, sua
influência passa a ser minimizada na medição em alta freqüência, sem a necessidade de seu desacoplamento
físico, com conseqüente ganho na operacionalidade. Assim sendo, a corrente de alta freqüência tenderá a circular
na sua totalidade pelo circuito formado pela malha de terra e o eletrodo auxiliar de corrente, elevando os
potenciais de superfície junto à malha de terra e ao eletrodo auxiliar.

Em conseqüência, ao se deslocar o eletrodo auxiliar de potencial numa região livre das influências tanto da malha
de aterramento sob ensaio quanto do eletrodo auxiliar de corrente (patamar da curva), obtém-se o valor procurado
para a resistência da malha.

G.2.1.1 Elementos envolvidos na medição de aterramento

No esquema da Figura G.1 encontram-se de forma simplificada os parâmetros que compõem a medição de alta
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freqüência.

Figura G.1 — Esquema simplificado da medição com alta freqüência

Neste esquema é possível identificar os parâmetros envolvidos na medição, sendo que:

 L1  Ln representam a parte indutiva da impedância do circuito formada pelas torres (cabos pára-raios das
linhas de transmissão);

 R1  Rn representam uma parte da resistência do circuito (cabos pára-raios das linhas de transmissão);

 Rat1  Rat n representam as resistências dos aterramentos de cada torre das linhas de transmissão;

 Lm representa a parte indutiva da impedância da malha de aterramento sob ensaio;

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 Rm representa a parte resistiva da impedância da malha de aterramento sob ensaio;

 LE c representa a parte indutiva da impedância do eletrodo de corrente;

 REc representa a parte resistiva da impedância do eletrodo de corrente;

 RatE c representa a resistência de aterramento do eletrodo de corrente;

 LEp representa a parte indutiva da impedância do eletrodo de potencial;

 REp representa a parte resistiva da impedância do eletrodo de potencial;


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 RatEp representa a resistência de aterramento do eletrodo de potencial;

 C1, C2, C3 representam o banco de capacitores que pode ser utilizado para compensar a parte reativa do
circuito (conforme Anexo B).

G.2.2 Metodologia

Essa metodologia se aplica a sistemas de aterramento, nas condições de energizados, em locais com poucas
e pequenas áreas disponíveis para colocação dos eletrodos de retorno de corrente e de potencial, tais como áreas
em regiões semi-urbanas ou rurais.

Nessa metodologia de medição, utiliza-se o método convencional da queda de tensão, aplicado, porém,
a eletrodos de corrente posicionados “relativamente próximos” do sistema de aterramento sob ensaio.

O levantamento da curva de resistência de aterramento em função da distância do eletrodo de potencial se


processará tal como definido no levantamento com as instalações desenergizadas (ver 6.1.6).

G.2.3 Características do instrumento

G.2.3.1 O instrumento deve possuir um módulo gerador de sinal de alta freqüência (algumas dezenas de kHz),
com sinais de corrente da ordem de algumas dezenas de mA, controlado por um cristal que dê estabilidade
à freqüência e possua filtros altamente seletivos, dimensionados para eliminar o efeito das correntes parasitas
de freqüência industrial presentes no solo.

G.2.3.2 Paralelamente ao requisito constante em C.3.3, que trata, entre outros, da resistência dos eletrodos
auxiliares, é recomendável que o instrumento permita a medição com altos valores dessas resistências.

G.2.3.3 Como se trata de um instrumento dedicado, a corrente de medição não necessariamente deve
atender aos requisitos do Anexo C, podendo alcançar algumas dezenas de mA.

G.3 Método da medição simultânea de correntes do sistema


Neste método, adequado para medições de instalações energizadas, a corrente de ensaio é a corrente injetada
pelo sistema – tipicamente a corrente de desequilíbrio que circula pelo neutro dos transformadores de potência.
Essa corrente é medida e somada vetorialmente através de transdutores corrente/tensão do tipo alicate em pontos
relevantes da instalação sob ensaio.

Simultaneamente, mede-se também a tensão da malha com relação a um eletrodo remoto. Os sinais de corrente
(Io) e tensão (Vm) são observados em osciloscópio, de modo a verificar sua correspondência. O valor da
resistência da malha (Rm) pode ser dado por

Vm
Rm 
Io

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Comparativamente aos métodos com injeção de corrente, o eletrodo remoto pode situar-se mais próximo da
instalação sob ensaio, além de não ser necessário o uso de fonte de corrente para a realização da medição.
Em contrapartida, deve-se desconectar o aterramento sob ensaio dos demais elementos do sistema de
aterramento – cabos pára-raios, neutros, blindagens, contrapeso etc. Adicionalmente, serão necessários tantos
transdutores quanto forem as fontes de corrente de seqüência zero da instalação.

Esse método não se aplica, portanto, em instalações que não possuam fontes de corrente de seqüência zero,
como no caso de subestações de seccionamento de circuitos sem transformadores de potência.

A Figura G.2 ilustra a utilização do método.

T
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LD F

Alimentador 1
Barramento
IoSEC TSA
TSA Alimentador 2
BC
IoBC T
IoTSA A IfAl1
IfAl2

Usina SE

~ fonte

Vm
IoT 3Io
F
IoT IoTSA IfAl2
Eletrodo remoto
PERFIL IfAl1
de DE
F
Perfil de potencial
POTENCIAL
Potencial

Figura G.2 — Aplicação do método de medição simultânea de correntes do sistema

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