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Professor: Mauro Gomes Rodbard Horário da Aula: Quarta-feira – 7:30 h

Reflexão e Refração da Luz


J. Boarão , S. S. Cezar, W. L. Espindola
Universidade Federal do Paraná
Centro Politécnico – Jd. das Américas – 81531-990 – Curitiba – PR - Brasil
e-mail: sidneyeletrica@yahoo.com.br

Resumo. O presente relatório visa descrever a teoria aplicada à reflexão e refração da luz, assim
como os fenômenos provenientes de tal teoria (lei da reflexão, lei da refração, distância focal,
reflexão interna total, entre outros). A partir do experimento relatado, pode-se observar fatos
teóricos de maneira prática. Também foi possível constatar discrepâncias entre o mundo teórico e
o mundo prático.Uma pequena introdução, para situar o leitor acerca da teoria abordada é feita.
Logo em seguida, o experimento é descrito para posterior reprodução. Os dados são apresentados
em forma de tabelas, gráficos e dados discretos, para então ser feita uma análise criteriosa dos
mesmos. Por fim, a conclusão apresenta os pontos em comum entre a teoria e a prática,
contribuindo para total assimilação do conteúdo.

Palavras chave: reflexão, refração, Snell, luz, experimento.

Introdução propagação da onda” (SEARS e ZEMANSKY, p.


793).2
Até meados do século XVII acreditava-se que a Muitos fenômenos ópticos conhecidos
luz fosse um feixe de partículas ou corpúsculos envolvem o comportamento de uma onda quando
emitidos pelas fontes de luz. Na mesma época, a esta atinge uma interface entre dois materiais.
teoria de que a luz fosse um fenômeno ondulatório Quando esta interface é lisa, ou seja, quando suas
foi proposta por Huygens. irregularidades são pequenas em relação o
Até os dias atuais outros se destacaram, como comprimento de onda, a onda em geral é
Planck, Einstein e Compton, até a existência da parcialmente refletida e parcialmente transmitida
Teoria Quântica, que incluía as propriedades para o outro meio.
corpuscular e ondulatória da luz. Reflexão da luz: “é o retorno de um feixe
Para se entender a reflexão e refração da luz faz- luminoso para o meio do qual é proveniente ao
se uso da teoria corpuscular e da óptica atingir uma superfície” (BONJORNO E CLINTON,
geométrica1, que por sua vez, utiliza os conceitos de P. 283).3
ondas, frentes de onda e raios. Refração da luz: “é a passagem da luz de um
Onda: “perturbação produzida pela aceleração meio para outro” (BONJORNO e CLINTON, p.
de uma carga elétrica que interfere num campo 300).
elétrico em ângulo reto com um campo magnético,
movendo-se ambos em direção perpendicular ou
plano que contém os dois campos (as ondas
luminosas e as da radiodifusão são desta natureza)”
(BUENO, Francisco da Silveira. Minidicionário da
língua portuguesa. São Paulo, 2ª edição. Lisa S.A.:
1997, p. 474).
Frentes de onda: “lugar geométrico de todos os
pontos em que a fase de vibração de uma
quantidade física é a mesma” (SEARS e
ZEMANSKY, p. 793).
Raio: “na teoria corpuscular, raio é
simplesmente a trajetória seguida por um
corpúsculo de luz. Do ponto de vista ondulatório, o 2
Vale a pena ressaltar que quando as ondas se propagam em
raio é uma linha imaginária na direção de meios isotrópicos homogêneos, os raios são linhas retas normais
às frentes de onda.
3
A reflexão que ocorre numa superfície altamente polida é
1
“Parte que estuda os fenômenos luminosos sem considerar chamada regular ou especular. Quando a superfície é rugosa, a
a natureza da luz” (BONJORNO e CLINTON, p.275). reflexão é chamada difusa.
Figura 1: comportamento da luz que se propagam de um meio
para outro representado por – (a) frentes de onda; (b) feixe de
raios ; (c) um único raio.
A partir da Figura 1 pode-se tirar as seguintes
conclusões:
1. Os raios incidente, refletido e refratado e a
normal à superfície situam-se no mesmo plano;
2. O ângulo de reflexão, Φr, é igual ao de
incidência, Φa. Assim Φr = Φa.
Este resultado experimental é chamado de Lei
da Reflexão, ou seja:
Lei da Reflexão: o ângulo do raio refletido é
igual ao ângulo do raio incidente.
Ainda experimentalmente pode-se chegar a uma
terceira conclusão importante:
3. No caso de luz monocromática e de duas
Figura 2:Características do raio refratado quando o raio incide
substâncias dadas, a e b, em lados opostos da com diferentes ângulos – (1) incidência normal; (2) incidência
superfície de separação, o quociente entre o com ângulo qualquer menor que o ângulo crítico; (3) incidência
seno do ângulo Φa (entre o raio na substância a com o ângulo crítico; (4) incidência com ângulo maior que o
ângulo crítico, reflexão interna total da luz.
e a normal) e o seno do ângulo Φb (entre o raio
na substância b e a normal) é uma constante.
Assim - sen Φa / sen Φb = constante. Qualquer ângulo de incidência maior que o
Este resultado experimental é chamado de Lei ângulo crítico, provoca o fenômeno chamado
da Refração.4;5 Reflexão Interna Total. Porém, uma condição
A intensidade dos raios refletido e refratado necessária é que o raio incida do meio mais
dependem do ângulo de incidência, sendo que é refringente.
muito pequena a fração refletida com incidência Dessa forma o ângulo crítico pode ser obtido
normal, chegando a quase 100% com incidência segundo a expressão:
rasante, quando Φa chega a 90º (medidos em
relação à normal a superfície). Φcrítico = sen-1 (nb / na)
Independentemente do sentido que o raio
incidente tem, as Leis da reflexão e da refração são Este fenômeno é muito útil, pois é o princípio
verdadeiras. que permite a propagação de raios através das fibras
Considerando que um feixe de luz ópticas, muito utilizadas nas comunicações hoje em
monocromática propaga-se do vácuo, fazendo um dia.
ângulo de incidência Φ0 com a normal à superfície Os fenômenos da reflexão e refração são muito
de uma substância, a constante da Lei de Snell é importantes nos dias atuais e já o são a muito
chamada de índice de refração da substância a, tempo. São conceitos físicos que ajudam na vida
designado na6 : diária. Um dos exemplos clássicos são as lentes
esféricas usadas em equipamentos ópticos –
sen Φ0 / sen Φa = na microscópios, lentes, lunetas, óculos,
Outra característica da Lei de Snell é que sua retroprojeções, entre outros.
constante para refração entre duas substâncias a e b
é a razão de seus índices de refração: Procedimento Experimental
na * sen Φa = nb * sen Φb Para que os fenômenos envolvidos na Reflexão
Quando um raio incide de um meio a para um e Refração da luz pudessem ser observados,
meio b, onde na > nb, conforme a Figura 2, existe analisados e concluídos, foi realizado o
um ângulo de incidência para o qual o raio procedimento experimental descrito a seguir.
refratado emerge tangente à superfície. Este ângulo O objetivo geral era “verificar as Lei da
é chamado ângulo crítico. Reflexão de um feixe de luz por espelhos planos e
espelhos cilíndricos e as Leis da Refração por uma
lente óptica” (CARVALHO, C. de; LEPIENSKI, C.
M.; RODBARD, M. G. E BERLEZE, S. 2005, p.
1).
4
No caso das duas Leis (reflexão e refração), o resultado Outros objetivos específicos são relatados a
experimental 1 se faz presente. seguir:
5
A Lei da Refração também é chamada de Lei de Snell, por - “Verificar o princípio de propagação retilínea
ser creditada a sua descoberta à Willebrord Snell. da luz;
6
O índice de refração do ar é 1,0003, aproximadamente. - Determinar o índice de refração do material
Para a maioria das aplicações, o índice de refração do ar pode ser
considerado igual a 1.
acrílico de uma lente;
- Determinar o ângulo limite para Reflexão
Interna Total.” (CARVALHO, C. de;
LEPIENSKI, C. M.; RODBARD, M. G. E
BERLEZE, S. 2005, p. 1)
Os materiais utilizados fazem parte do material
didático da disciplina e são os seguintes: banco
óptico, fonte de luz, disco graduado (“Ray Table
Degree Sacale”) e respectiva base, acessórios tipo
fenda única (“Slit Mask”) e múltipla (“Slit Plate”) e
respectivos suportes para o banco óptico, acessório
anteparo (“Viewing Screen”), suporte específico
para ser usado sobre o disco graduado, lente
cilíndrica (“Cylindrical Lens”), espelho óptico e
lente de raios paralelos.
O procedimento experimental foi dividido em 5 Figura 4:Primeira montagem do disco graduado – espelho
plano.
partes, tendo os seguintes temas:
1. Reflexão em espelhos planos; Com o equipamento pronto iniciou-se o
2. Reflexão em espelhos cilíndricos; processo de coleta de dados.
3. Distância focal de espelhos cilíndricos; O primeiro dado foi coletado quando o raio
4. Refração – Lei de Snell; incide sobre a normal, ou seja, com ângulo igual a
5. Reflexão interna total. 0º. Esta dado é coletado assim que a fonte de luz é
ligada.
Girando o disco graduado obtivemos os outros
Reflexão em Espelhos Planos
dados. O padrão de angulação do raio incidente
O equipamento experimental foi montado para determinação experimental foi de 10º em 10º.
seguindo o esquema da Figura 3: Neste ponto vale ressaltar que o ângulo de
incidência é medido entre a normal e o feixe de luz.
Com o disco graduado, verificar a exatidão das
medidas fica mais fácil!.
Os resultados obtidos estão apresentados na
Tabela 1.
As incertezas variaram entre 1º, o que pode ser
Figura 3: Montagem experimental. resultado de um feixe não muito bem definido, ou
seja, um pouco espalhado.
A fonte de luz foi posicionada em um dos
extremos do banco óptico. O suporte com os
Reflexão em Espelhos Cilíndricos
acessórios de fenda múltipla e fenda única foram
colocados. Esses acessórios foram posicionados e Esta segunda parte usou o equipamento
ajustados para que as frentes de onda da fonte de experimental montado anteriormente, apenas com a
luz fossem mais concentradas, dando um aspecto de diferença face do espelho óptico utilizada.
feixe de luz única. O feixe de luz foi novamente alinhado com a
O suporte com o disco graduado foi colocado e reta “Normal”.
o feixe de luz foi alinhado com a reta “Normal” Desta vez, a face utilizada foi a convexa que
indicada no disco graduado. Alguns ajustes na fonte teve sua parte central cuidadosamente alinhada, de
de luz foram necessários para que o feixe de luz forma a fazer um ângulo de 90º com a reta
tivesse uma intensidade adequada e bem “Normal”, tangencialmente posicionada com a reta
centralizada com a “normal do disco. denominada “Component”.
Com o equipamento montado, o espelho óptico Com o equipamento montado, começou o
com a face plana foi posicionada de maneira que processo de coleta de dados, da mesma maneira que
fizesse um ângulo de 90º com a reta “Normal”, ou foi feito para o caso da face plana.
melhor explicando, a parte plana estava alinhada Os dados coletados estão colocados na Tabela
sobre a outra reta do disco, designada 2.
“Component”. As incertezas resultantes têm a mesma
Com isso feito, a montagem, vista apenas no justificativa dada para o procedimento anterior.
disco graduado, ficou igual a representada na Depois a face do espelho óptico foi trocada,
Figura 4. utilizando-se a côncava.
Da mesma forma que no caso anterior esta face
teve seu centro alinhado de forma a fazer um
ângulo de 90º com a reta “Normal”. Repetiu-se o
procedimento anterior para a coleta dos dados que
estão apresentados na Tabela 3.
Distância Focal de Espelhos Cilíndricos As incertezas aparecem devido ao espalhamento
do feixe de luz refratado.
O equipamento experimental foi montado de
Para ser possível saber-se o índice de refração
acordo com a Figura 3, com exceção de que no
do material acrílico, foram calculados os senos dos
suporte para as fendas, foi utilizada apenas a fenda
ângulos de incidência e refração e anotados na
múltipla e, entre este suporte e a fonte de luz, foi
Tabela 4.
posicionada uma lente convergente. Com isso, os
feixe de luz sobre o disco graduado era divergente.
Reflexão Interna Total
Ajustando a posição da lente convergente,
conseguiu-se que todos os feixes ficassem paralelos Para se observar o efeito de reflexão interna
a reta “Normal”. total, o equipamento sofreu uma pequena alteração.
Sobre o disco graduado foi posicionado o Sobre o disco graduado a lente cilíndrica foi
espelho óptico com a face côncava alinhada como posicionada conforme a Figura 6. Um anteparo foi
do procedimento anterior. posicionado de forma que pudesse ser observada a
Determinando a distância entre o ponto central intensidade do raio refratado.
do disco graduado e o ponto onde os feixes
refletidos se encontravam, encontramos a distância
focal deste espelho: 55  1 mm.
Da mesma forma, agora com o espelho óptico
posicionado com sua face convexa, mediu-se a
distância focal deste espelho, porém, desta feita,
utilizando o prolongamento dos raios. O resultado
foi: 57  1 mm.

Refração – Lei de Snell


O equipamento foi novamente montado como
na Figura 3.
O feixe de luz foi alinhado com a reta Figura 6: Montagem do disco graduado para determinação do
“Normal”. ângulo crítico e visualização da reflexão interna total.
Sobre o disco graduado foi posicionada a lente
cilíndrica, com sua face plana alinhada com a reta Girando o disco graduado, observamos os raios
“Component”, de maneira que seu centro fizesse refletido e refratado, sua existência e intensidade.
um ângulo de 90º com a reta “Normal”, conforme Em um determinado momento, para certo
mostra na Figura 5. ângulo de incidência, foi notado nenhum raio
refratado. Anotamos o ângulo incidente que
provoca este efeito: 43º  1º.

Resultados e Discussão

Reflexão em Espelhos Planos


Tabela 1: ângulos de incidência e reflexão – espelho plano.

Ângulo de Ângulo de
incidência reflexão
0º 0º  1º
10º 10º  1º
Figura 5: Montagem sobre o disco graduado para 20º 20º  1º
determinação da Lei de Snell.
30º 30º  1º
Com o equipamento pronto, começou o 40º 40º  1º
processo de coleta de dados. Girando-se o disco 50º 50º  1º
graduado, mediram-se os ângulos de incidência e 60º 60º  1º
refração.7 Os resultados são apresentados na Tabela 70º 70º  1º
4. 80º 80º  1º
90º 90º  1º

7
Os ângulos são medidos entre a reta “Normal e o feixe de Segundo a teoria de reflexão podemos observar
luz, tanto para o ângulo de incidência quanto para o ângulo de que a Lei da Reflexão é verdadeira. Alguns dados
refração.
obtidos não são totalmente condizentes com a lei, 40º 41º  1º
porém, isso pode ter ocorrido devido ao fato do 50º 51º  1º
feixe de luz ter uma largura proporcional ao 60º 62º  1º
tamanho da fenda única. 70º 72º  2º
Teoricamente, este feixe (raio) de luz seria fino 80º 85º  5º
demais, o bastante para que a medida fosse exata. 90º 90º  1º
Contudo, o comportamento experimental é
similar ao comportamento esperado pela teoria. Tabela 3: ângulos de incidência e reflexão – espelho cilíndrico,
A comprovação da teoria da Lei da Reflexão se face côncava.
deu em duas observações importantes.
A primeira com o fato de que o plano de Ângulo de Ângulo de
incidência é o mesmo plano de reflexão. Ito foi incidência reflexão
possível de constatar, porque o ângulo de incidência 0º 0º  1º
a 0º, tinha como resultado um ângulo de reflexão 10º 10º  1º
igual a 0º. 20º 20º  1º
O segundo, quando variado o ângulo de
30º 30º  1º
incidência, o ângulo de reflexão variava
40º 41º  1º
praticamente da mesma forma. Ou seja, o ângulo de
50º 51º  1º
incidência é igual ao ângulo de reflexão.
60º 61º  1º
Reflexão em Espelhos Cilíndricos 70º 71º  1º
80º 80º  2º
A Lei da Reflexão também foi observada no 90º
caso de espelhos cilíndricos.
Da mesma forma que no caso de espelhos Distância Focal de Espelhos Cilíndricos
planos, a lei foi comprovada pelos mesmos dois
fatos experimentais (planos de incidência e reflexão Para determinar a distância focal dos espelhos
co-planares, e ângulo de incidência igual ao ângulo cilíndricos a maior dificuldade foi localizar o ponto
de reflexão). exato onde os feixes convergiam.
A variação , nesta etapa, foi um pouco maior Tanto no caso do espelho côncavo quanto do
que anteriormente. Uma das causas é a dificuldade convexo, a medida apresentada foi aproximada.
de se acertar o centro, tanto do espelho côncavo Observando de maneira cuidadosa a curvatura
quanto do convexo. Com isso, algumas medidas do espelho côncavo e do convexo, concluímos que
extrapolaram um pouco na incerteza. as medidas são bem próximas, o que justifica o
Ainda considerando o espelho côncavo, houve valor parecido das duas distâncias focais (55  1
dificuldade de obtenção do ângulo de reflexão mm – espelho côncavo; 57  1 mm – espelho
quando o raio incidia a 90º, pelo fato das pontas do convexo).
espelho estar na frente. Porém, pode-se deduzir que
o ângulo de reflexão neste caso seria de 90º. Refração – Lei de Snell
No caso do espelho côncavo, é importante
Tabela 4: ângulos de incidência e refração.
ressaltar que o centro deve ser alinhado
tangencialmente com a reta “Component”. Caso
Ângulo Seno do Ângulo Seno do
contrário, as discrepâncias são muito grandes entre
de ângulo de de ângulo de
os dados experimentais e o resultado teórico
incidência incidência refração refração
consagrado.
(θ1) (θ2)
Para espelhos cilíndricos, diferentemente do
caso para espelhos planos, o raio deve incidir 0º 0 0º  1º 0
exatamente no centro. Se isso não for verdade, o 10º 0,174 7º  1º 0,122
desvio do raio refletido é muito grande do esperado 20º 0,342 13º  1º 0,225
pela teoria. 30º 0,500 20º  1º 0,342
40º 0,643 26º  1º 0,438
Tabela 2: ângulos de incidência e reflexão – espelho cilíndrico,, 50º 0,766 31º  1º 0,515
face convexa. 60º 0,866 0,588
36º  1º
70º 0,940 40º  2º 0,643
Ângulo de Ângulo de 80º 0,985 42º  5º 0,670
incidência reflexão 90º 1,000
0º 0º  1º
10º 10º  1º Com os dados obtidos verificou-se o
20º 20º  1º comportamento dos feixes refletido e refratado.
30º 31º  1º
Um dos fatos observados, e que faz parte da Com o aumento da angulação, o raio refletido tinha
literatura, é que o raio refratado tem tendência a se sua intensidade gradativamente maior que a
aproximar da reta “Normal”. intensidade do raio refratado, que diminuía.
A medida que variávamos a angulação do raio Com um raio incidindo com um ângulo igual a
incidente, a diferença para o ângulo do raio 43º  1º, o raio refratado não aparecia no anteparo,
refratado aumentava. e o raio refletido tinha sua maior intensidade.
Outra observação importante, foi que com o Conforme teoria, o raio refratado estava
aumento do ângulo do raio incidente, aumentava a perpendicular ao limite da separação entre as duas
intensidade do raio refletido e diminuía a superfícies, ou seja, estava exatamente sobre o
intensidade do raio refratado, sendo esta observação plano comum de origem do raio refletido e
mais acentuada a partir de um ângulo de incidência refratado, constatando a reflexão interna total, tal
maior que 50º. Este raio refletido obedecia a Lei da qual observado na Figura 2.
Reflexão.
Para se obter o índice de refração do acrílico, foi
construído o gráfico abaixo e o mesmo foi Conclusão
linearizado. O resultado obtido com o coeficiente Todo o experimento serviu para comprovação
angular é a constante enunciada na Lei da Refração. das leis mais elementares da teoria de reflexão e
refração da luz, segundo o objetivo geral.
As lei de reflexão e refração puderam se
observadas com clareza e deu abertura para
discussão acerca da teoria aplicada nos casos.
Observou-se também que, apesar da
proximidade com o resultado teórico, a prática
denuncia um mundo imperfeito, pela imperícia das
pessoas e dos equipamentos.
Contudo, sabe-se que a prática, em especial a
apresentada, reafirma, de maneira muito próxima, o
resultado teórico.
A lei da reflexão pode ser observada claramente
e também as sua condições necessárias. Da mesma
forma, a lei da refração pode ser experimentada.
Os outros objetivos também foram alcançados e
grande foi a contribuição para o entendimento da
O índice de refração do acrílico (considerando o teoria aplicada a reflexão e refração da luz.
índice de refração do ar iguala 1), é:

nacrílico = nar * (sen Φar * sen Φacrílico)


Referências
nacrílico = nar * (sen Φincidente * sen Φrefratado)
[1] BONJORNO, Regina Azenha et al “Física
nacrílico = nar * constante do gráfico Fundamental: 2º grau, volume único” – São
Paulo: FTD, 1993. p. 274 – 327.
nacrílico = nar * coeficiente angular do gráfico [2] CARVALHO, Carlos de et al “Apostila de
Física Experimental II: Universidade Federal do
Paraná” – Curitiba, 2005. p. 1 – 6.
nacrílico = 1,46954  0,00917
[3] SEARS, F.; ZEMANSKY M. W.; YOUNG,
H. D. “Física 4: ondas eletromagnéticas, óptica,
Uma última observação. Quando o raio incide
física atômica” 2ª ed. – Rio de Janeiro: LTC, 1985.
perpendicularmente à “Normal”, tanto na superfície
p. 788 – 799.
plana, quanto na superfície curva, o raio incidente
não sofre nenhum desvio, isso porque o
posicionamento da lente é exatamente no centro das
mesmas.

Reflexão Interna Total


Nesta etapa observamos o fenômeno de reflexão
interna total. Com o equipamento montado,
variamos o ângulo do raio incidente.
A medida que este ângulo era variado, as
intensidades do raio refratado e refletido mudavam.

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