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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

NOME DO CENTRO

LEIS DA REFLEXÃO

Icaro de Souza Farias Benevides


Ingrid Conceição Fonseca de Oliveira
João Vitor Silva de Jesus

Cruz das Almas


2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
NOME DO CENTRO

LEIS DA REFLEXÃO

Icaro de Souza Farias Benevides


Ingrid Conceição Fonseca de Oliveira
João Vitor Silva de Jesus

Relatório apresentado ao curso de BCET do


CETEC da Universidade Federal do Recôn-
cavo da Bahia como avaliação da disciplina
GCET828 - Física Experimental IV - T07 sob a
orientação do docente Dr. José Edvaldo de Lima
Júnior.

Cruz das Almas


2023
Sumário

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

2 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

4 MATERIAIS UTILIZADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

5 MÉTODO EXPERIMENTAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

6 TRATAMENTO DE DADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

7 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

8 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3

1 Introdução

Frequentemente nos deparamos com fenômenos físicos e nem nos damos conta que eles
estão sempre a nossa volta. Ao vermos nossa imagem em um espelho ou até mesmo em uma
superfície com água, estamos diante de um fenômeno óptico que para a física é chamado de
reflexão da luz.
O campo da óptica geométrica (por vezes chamado óptica de raio) envolve o estudo da pro-
pagação da luz, que supõe que ela se propaga em uma direção fixa em linha reta conforme
atravessa um meio uniforme e muda de direção quando encontra a superfície de um meio dife-
rente ou se as propriedades ópticas do meio são não uniformes no espaço ou no tempo².
Quando a luz encontra uma interface de dois meios transparentes, parte da luz em geral é
refletida e parte é refratada. Ambos os raios permanecem no plano de incidência.
A reflexão da luz em uma superfície lisa é chamada reflexão especular, que também pode
ser chamada de reflexão regular. Se a superfície reflexiva for irregular, a superfície reflete os
raios não somente como um conjunto paralelo, mas em várias direções. A reflexão de qualquer
superfície irregular é conhecida como reflexão difusa.
Neste relatório estudaremos sobre o comportamento da reflexão desses raios em uma super-
fície regular em relação ao plano de incidência.
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2 Objetivos

Temos como objetivo reconhecer que o raio refletido está contido no plano formado pelo raio
incidente e pela reta normal à superfície polida do espelho, no ponto de incidência e verificar se
as leis de reflexão são realmente válidas.
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3 Fundamentação Teórica

A fotografia da Figura 1 mostra um exemplo de ondas luminosas que se propagam apro-


ximadamente em linha reta. Um feixe luminoso estreito (o feixe incidente), proveniente da
esquerda, que se propaga no ar, encontra uma superfície plana de água. Parte da luz é refletida
pela superfície, formando um feixe que se propaga para cima e para a direita, como se o feixe
original tivesse ricocheteado na superfície. O resto da luz penetra na água, formando um feixe
que se propaga para baixo e para a direita¹.

Figura 1 – Fotografia que mostra a reflexão e a refração de um feixe de luz incidente em uma
superfície de água horizontal.

Na Figura 2, os feixes luminosos da fotografia estão representados por um raio incidente,


um raio refletido e um raio refratado (e frentes de onda associadas). A orientação desses raios
é medida em relação a uma direção, conhecida como normal, que é perpendicular à interface
no ponto em que ocorrem a reflexão e a refração. Na Figura 2, o ângulo de incidência é θ1 , o
ângulo de reflexão é θ1′ e o ângulo de refração é θ2 ; os três ângulos são medidos em relação à
normal. O plano que contém o raio incidente e a normal é o plano de incidência¹.

Figura 2 – Uma representação da Figura 1 usando raios.


Capítulo 3. Fundamentação Teórica 6

Os resultados experimentais mostram que a reflexão e a refração obedecem às seguintes leis:

• Lei da reflexão: O raio refletido está no plano de incidência e tem um ângulo de reflexão
igual ao ângulo de incidência. Isso significa que
θ1′ = θ1 (3.1)

• Lei da refração: O raio refratado está no plano de incidência e tem um ângulo de refração
θ2 que está relacionado ao ângulo de incidência θ1 ¹.

Se dois espelhos forem postos à 90°, o feixe refletido retorna para a fonte paralela a seu
caminho original. Este fenômeno, chamado retrorreflexão, tem várias aplicações práticas. Se
um terceiro espelho for posicionado perpendicularmente aos dois primeiros, de modo que os
três formem o vértice de um cubo, a retrorreflexão funciona em três dimensões².
A Figura 3 mostra vários raios de luz monocromática sendo emitidos por uma fonte pontual
S, propagando-se na água e incidindo na interface da água com o ar.
No caso dos raios b a e, que chegam à interface com ângulos de incidência cada vez maio-
res, também existem um raio refletido e um raio refratado. À medida que o ângulo de incidência
aumenta, o ângulo de refração também aumenta. O ângulo de incidência para o qual isso acon-
tece é chamado de ângulo crítico e representado pelo símbolo θc . Para ângulos de incidência
maiores que o ângulo crítico, como os dos raios f e g, não existe raio refratado e toda a luz é
refletida; o fenômeno é conhecido como reflexão interna total.

Figura 3 – A reflexão interna total da luz emitida por uma fonte pontual S na água acontece
para ângulos de incidência maiores que o ângulo crítico θc . Quando o ângulo de
incidência é igual ao ângulo crítico, o raio refratado é paralelo à interface água-ar.

O ângulo crítico θc é dado por

n2
θc = sen−1 (3.2)
n1
em que n1 e n2 são constantes adimensionais, denominadas índices de refração, que dependem
do meio no qual a luz está se propagando.
A reflexão interna total não pode ocorrer quando a luz passa para um meio com um índice
de refração maior que o meio no qual se encontra inicialmente.
7

4 Materiais Utilizados

* 01 Laser vermelho
* 01 Base retangular com disco transferidor de escala angular
* 01 Espelho
* 02 Suportes para o espelho
8

5 Método Experimental
9

6 Tratamento de Dados

Para relacionarmos o ângulo de incidência (i) e o ângulo de reflexão (r) neste experimento,
utilizamos a seguinte equação

i=r (6.1)

Ao analisarmos os dados da Tabela 1, é evidente que os valores dos ângulos de incidência


e reflexão são praticamente idênticos. Entretanto, à medida que a angulação da incidência au-
menta, é possível observar uma sutil variação. Essa pequena discrepância pode ser atribuída às
potenciais imperfeições no equipamento utilizado e ao erro de paralaxe.

Tabela 1 – Dados coletados no estudo do ângulo de incidência


i (°) r (°)
0 (0, 0 ± 0, 5)
10 (10, 0 ± 0, 5)
20 (20, 1 ± 0, 5)
30 (30, 9 ± 0, 5)
40 (41, 0 ± 0, 5)

Quando o raio incidente é perpendicular à superfície refletora, o raio refletido coincidirá


exatamente com o raio de incidência. Nesse caso, o ângulo formado entre o raio incidente e o
raio refletido é igual a zero.
À medida que o disco gira no sentido horário, é possível notar que o raio incidente é refletido
pelo espelho e o ângulo do raio refletido tem aproximadamente o mesmo valor do ângulo do raio
de incidência, não sendo totalmente iguais por conta das incertezas, como mostram as figuras
abaixo.
Capítulo 6. Tratamento de Dados 10

Já quando giramos o espelho e deixamos o disco parado, conseguimos direcionar o ângulo


refletido exatamente para o mesmo ângulo de giro do espelho. Equanto o ângulo de incidência
permanece no 0°. Com isso conseguimos observar na Tabela 2 que o ângulo entre os raios
incidente e refletido é complatamente igual ao ângulo de giro do espelho.

θ =r+i (6.2)

Onde:

θ é o ângulo entre os raios incidente e refletido.


i é o ângulo do raio incidente.
r é o ângulo do raio refletido.

É de suma importância considerarmos a incerteza associada à medição nessa parte do ex-


perimento. Com isso, podemos calcular a incerteza padrão (δA) usando a seguinte fórmula
simplificada:

δθ = δr + δi (6.3)

Onde:
Capítulo 6. Tratamento de Dados 11

δθ é a incerteza do ângulo entre os raios incidente e refletido.


δi é a incerteza do ângulo do raio incidente.
δr é a incerteza do ângulo do raio refletido.

Tabela 2 – Dados coletados no estudo dos ângulos de giro do raio incidente


Ângulo de giro
θ (°)
do espelho (°)
0 (0 ± 1)
10 (10 ± 1)
20 (20 ± 1)
30 (30 ± 1)
40 (40 ± 1)
Capítulo 6. Tratamento de Dados 12
13

7 Resultados

Com o uso dos pontos apresentados na Tabela 1, foi criado um gráfico para representar os
resultados do experimento.

Figura 10 – Gráfico do ângulo de reflexão

Em relação a esse gráfico, foi preciso encontrar uma curva que melhor se ajusta aos dados
encontrados experimentalmente. Segundo a equação da linearização, dada por:

Y = AX + B (7.1)

Figura 11 – Gráfico do ângulo de reflexão linearizado


Capítulo 7. Resultados 14

Relacionando os parâmetros da equação 6.1, pode-se concluir que:

Y = i; X = r; B = 0

Analisando os dados coletados e as informações da figura 11, obteve-se o valor do coefici-


ente angular com sua respectiva incerteza

A = (1, 03 ± 0, 01)

Com o valor do coeficiente angular teórico e com o valor obtido através do gráfico podemos
calcular o erro relativo percentual usando a seguinte equação:

Ateórico − Agráfico 1, 00 − 1, 03
Erelativo = × 100 = × 100 = 3%
Ateórico 1, 00
Para os pontos apresentados na 2 foi criado um outro gráfico para representar o resultado da
segunda parte do experimento.

Figura 12 – Gráfico do ângulo entre os raios de incidência e de reflexão

Da mesma forma que linearizamos o gráfico do ângulo de reflexão, linearizamos também


esse gráfico. Usando a equação da linearização 7.1
Capítulo 7. Resultados 15

Figura 13 – Gráfico do ângulo entre os raios de incidência e de reflexão linearizado

Relacionando os parâmetros da equação 6.2, pode-se concluir que:

Y = θ; X = r; B = i

Analisando os dados coletados e as informações da figura 12, obteve-se os valores do coefi-


ciente angular e linear com suas respectivas incertezas

A = (1, 00 ± 0, 03) B = (0, 0 ± 0, 8)

Como B = i, consequentemente:

i = (0, 0 ± 0, 8)

Calculando o erro relativo percentual temos:

Ateórico − Agráfico 1, 00 − 1, 00
Erelativo = × 100 = × 100 = 0%
Ateórico 1, 00
Como não existe erros percentuais de 0% , adotamos o erro do disco transferidor de es-

cala angular e subdivisões de 1º, onde se tem um erro de ± 1,02 = 0, 5◦ . Assim se tem o erro
percentual de 0,5 %
Os resultados obtidos foram consistentes com a teoria e demonstraram claramente a relação
entre o ângulo de incidência e o ângulo de reflexão.
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8 Conclusão

Por fim, pode-se concluir que o experimento sobre as Leis da Reflexão propiciou uma ob-
servação óptica geométrica, que retrata a movimentação da luz e seu comportamento. Podemos
analisar o raio refletido contido no plano formado pelo raio incidente e pela reta normal, e
verificar se as leis são verdadeiras. Ao analisar os dados experimentais, foi confirmado, em in-
cidência, que o raio refletido está plano e o ângulo de reflexão é igual ao ângulo de incidência,
justificando a Lei da Reflexão, sendo elas facilmente observadas nos experimentos. Os espelhos
possibilitaram o estudo e entedimento da formação da imagem de um objeto refletido, sendo
possível calcular a distância na qual o foco do espelho se encontra. Em suma, todos os expe-
rimentos trouxeram resultados satisfatórios que possibilitaram a compreensão da reflexão da
luz.
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Referências

¹HALLIDAY D.; RESNICK, R. W. J. Fundamentos de Física, volume 4: Óptica e Física


Moderna. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016.
²JEWETT, John. SERWAY, Raymond. Física Para Cientistas E Engenheiros, Volume 4: Luz,
Óptica E Física Moderna. 8. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

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