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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA

LABORATÓRIO DE FÍSICA GERAL IV


Equação de Fresnel

MANAUS – AM
2022
2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM


INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA

Grupo:
1. Giovanna Lucena de Abreu - 21953900
2. Katrine Silva da Silva - 21950581
3. Enderson Nicolas Silva da Silva - 21954743
4. Paulo José Bentes Andrade – 21954740
5. Ricardo Martins da Costa – 22052357

Trabalho apresentado ao curso de


Física da Universidade Federal do
Amazonas para obtenção de nota
parcial da Disciplina de Laboratório
de Física Geral IV.

MANAUS- AM
2022
3

SUMÁRIO

1. TÍTULO........................................................................................... 4
1.1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS............................................ 4

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................... 4

3. PARTE EXPERIMENTAL............................................................... 7
3.1. Material necessário.............................................................. 7
3.2. Montagem do experimental................................................. 7
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL............................................. 8
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES................................................... 8
6. CONCLUSÃO................................................................................. 9

7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.................................................... 9
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1. TÍTULO

Equação de Fresnel

1.1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

Os fenômenos de interferência, de difração e de polarização da luz são


de grandeimportância e são discutidos desde o século XVII. Este relatório,
apresenta as equações de Fresnel para descrição de ondas eletromagnéticas
em relação aos campos elétricos e magnético, além de comparar o valor teórico
esperado para o índice de refração com o obtido de maneira indireta pelo
conhecimento experimental do valor do ângulo de Brewster. Com o objetivo de
compreender o conceito de polarização da luz; determinar o ângulo de Brewster;
verificar experimentalmente as leis de Fresnel.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No começo do século XIX, a área da óptica física viveu um grande


desenvolvimento, com contribuições de cientistas como Thomas Young, E. L.
Malus, Augustin Fresnel e Sir David Brewster. Em 1808, Malus percebeu que o
coeficiente de reflexão (fração da intensidade incidente que é refletida) dependia
da polarização, mas não avançou muito no sentido de obter relações
quantitativas. Em 1815, Sir David Brewster, físico escocês, mostrou que havia
um ângulo para o qual a luz com determinada polarização não era refletida,
resultando no máximo de transmissão para uma determinada polarização.
Brewster relacionou esse ângulo com o índice de refração dos materiais; hoje,
esse ângulo é conhecido como o ângulo de Brewster.

Em 1821, Fresnel mostrou que os fenômenos envolvendo polarização só


podiam ser explicados se a luz fosse tratada como uma onda puramente
transversal (acreditava-se na época que a luz tinha também uma componente
longitudinal). Ele também calculou os coeficientes de reflexão para cada uma
das componentes, chegando ao que hoje é conhecido como as equações de
Fresnel.
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Quando o ângulo de incidência é igual ao ângulo de Brewster, a


componente cuja polarização é paralela ao plano de incidência é completamente
transmitida, de modo que a luz refletida tem apenas a componente
perpendicular. O ângulo de Brewster ocorre quando os raios refletido e refratado
fazem um ângulo de π / 2:

𝜋
𝜃𝐵 + 𝜃𝑡 =
2

Usando a lei de Snell, temos:

𝑛1 𝑠𝑖𝑛𝜃𝐵 = 𝑛2 𝑐𝑜𝑠𝜃𝐵

(Eq. 1)

Ou seja:

𝑛2
𝑡𝑎𝑛𝜃𝐵 =
𝑛1

Essa relação foi descoberta experimentalmente por Brewster e relaciona


o ângulo de polarização e o índice de refração. Para o caso comum em que o
meio 1 é o ar (𝑛1 = 1) e o meio 2 tem índice de refração 𝑛2 = n têm-se:

𝑡𝑎𝑛𝜃𝐵 = 𝑛

(Eq. 2)

Se um feixe de luz polarizada paralelo ou perpendicular ao plano de


incidência reflete sobre uma superfície polida e semitransparente (dielétrico)
como acrílico, sua intensidade pode ser descrita pelas equações de Fresnell
abaixo:

Paralela (TM)

−𝑛2 𝑐𝑜𝑠𝜃 + √𝑛2 − 𝑠𝑒𝑛2 𝜃


𝑅𝑝 = (𝑟𝑝 )2 =
𝑛2 𝑐𝑜𝑠𝜃 + √𝑛2 − 𝑠𝑒𝑛2 𝜃

(Eq. 3)
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Perpendicular (TE)

2
𝑐𝑜𝑠𝜃 − √𝑛2 − 𝑠𝑒𝑛2 𝜃
𝑅𝑠 = (𝑟𝑠 ) =
𝑐𝑜𝑠𝜃 + √𝑛2 − 𝑠𝑒𝑛2 𝜃

(Eq. 4)

onde R é a refletância, isto é, fração da intensidade refletida em relação à


incidente. O r é o coeficiente de refletividade e n é o índice de refração relativo
do ar. Por exemplo:

𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜
𝑛=
𝑛𝑎𝑟

(Eq. 5)

Se a direção da incidência for ar → acrílico. O 𝜃 é o ângulo de incidência


do feixe com a normal à superfície.

Estas equações podem ser representadas graficamente conforme a


Figura 1 a seguir
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Figura 1: No gráfico nós temos o 𝑅2 a refletância do


feixe polarizado perpendicular e o 𝑅𝑝 a refletância do
feixe polarizado perpendicularmente

Observa-se no gráfico que: Para o feixe paralelo a refletância vai à zero


em um determinado ângulo de incidência 𝜃𝐵 (Ângulo de Brewster).

3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1. Material necessário
• Fonte de luz
• Condensador com diafragma
• Polarizados
• Corpo semicircular de acrílico (𝑛𝑎𝑐𝑟í𝑙𝑖𝑐𝑜 = 1,49)
• Trilho ótico
• Disco ótico
• Régua Graduada
• Suportes

3.2. Montagem Experimental

O esquema da montagem do experimento abaixo:


8

Figura 2: Esquema da montagem do experimento:


Equações de Fresnel e Ângulo de Brewster.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. Alinhamos o feixe de laser sobre o disco de ângulos com o corpo
semicircular de acrílico de forma que podemos visualizar os feixes
incidentes, refletido e refratado, com direção do ar para o acrílico,
como na figura 2.
2. Giramos o dico com o corpo semicircular de acrílico até obter (𝜃 + ∅) =
90º , pois nesta situação 𝑅𝑝 , se anula pela eq.(4).
3. Fizemos o feixe ficar polarizado. Adicionamos na frente da fenda um
polarizador na direção 0º, com isso, a refletância ficou sendo 𝑅𝑠 .
4. Para o feixe incidente ficar polarizado paralelo ao plano de incidência,
giramos o polarizador de 90º.
5. Medimos o ângulo de incidência 𝜃 ou o ângulo refletido, este é o
Angulo de Brester 𝜃𝐵 .
6. Use a equação (5) para determinar o índice de refração do acrílico.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Durante o experimento notamos que quando o disco é 90º, 𝑅𝑝 se anula e


em 𝑅𝑠 o feixe com polarizador na direção 0º, a luz dente a ficar menos intensa e
a 90º a intensidade é maior.
Para o ângulo refratado em relação a normal, ficou sendo 34º e para o
refletido, ficou sendo 56°, com isso, obtivemos um ângulo de 90º. Quando o
polarizador estava em 0º a luz incidente ficou fraca e no refratado a luz ficou
mínima. Com o polarizador 90º, a luz incidente e refratada perde pouca
intensidade, e no feixe de luz refletido a luz permanece mínima por conta do
material que é feito, o acrílico, o feixe de luz ficou disperso.
Determinaremos o índice de refração do acrílico ( 𝑛2 ) através do ângulo de
Brewster. O ângulo que foi encontrado durante a realização do experimento foi
de 𝜃𝐵 = 56°, esse ângulo foi o valor obtido através da reflexão total.
Para encontrar o índice de refração, utilizamos,

𝑛1 𝑠𝑖𝑛𝜃𝐵 = 𝑛2 𝑐𝑜𝑠𝜃𝐵
9

𝑛2
𝑡𝑔𝜃𝐵 =
𝑛1

Sabendo que 𝑛1 = 1, temos,

𝑛2
𝑡𝑔(56°) =
1

𝑛2 = 1,48

6. CONCLUSÃO

Portanto, com os dados obtidos em laboratório e com o auxílio do roteiro


do experimento, foi possível verificar os coeficientes dependem da direção
de polarização da luz incidente, e que existe um ângulo (ângulo de Brewster)
para o qual a luz com determinada polarização não é refletida, o que resulta no
máximo de transmissão para uma determinada polarização.

Ao calcularmos o índice de refração 𝑛2 , obtivemos o valor 1,48, que


comparando com o valor teórico, 1,49, temos um erro de 0,01 ou 1%. Com isso,
concluímos com sucesso o experimento realizado.

7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

FOWLES, Grant R. Introduction to Modern Optics. Second Edition. Dover


Publications.

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