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MICRO-ONDAS
Ítalo de Almeida Oliveira
2016436306
INTRODUÇÃO
As micro-ondas têm interesse prático no dia-a-dia devido aos fenômenos que podem ser
observados em escala macroscópica, visto que possui comprimentos de onda maiores que as das
ondas da luz visível e com isso podem ser observadas, conforme figura 01.
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Em um segundo momento será feito uma experiência com a inserção de um prisma contendo
bolinhas de poliestireno que desviarão o raio de incidência em um ângulo que será medido pelos
deslocamentos angulares do receptor, e com isso calcularemos o índice de refração do prisma
pela Lei de Snell.
PARTE EXPERIMENTAL
Objetivos
Determinar o comprimento de onda de um transmissor de micro-ondas
Determinar o índice de refração de bolinhas de estireno.
Os materiais que serão usados: gerador de Micro-ondas, receptor de Micro-ondas, trilhos,
goniômetro (0-360o), bolinhas de estireno- prisma em espuma ethafoam.
EXPERIMENTO 01
O aparato abaixo é montado, com emissor e receptor de micro-ondas, ligado por um trilho
milimetrado e um goniômetro onda possa ser medido deslocamentos lineares e angulares
através do goniômetro, conforme figura 03 abaixo. O receptor converte essas micro-ondas em
sinais elétricos onde pode-se medir as tensões máximas e inferir os pontos de máximos das
ondas.
Após deslocarmos o receptor das micro-ondas em várias posições podemos registrar os valores
de máximo, na interferência construtiva da onda, conforme tabela 01 abaixo:
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Com os pontos da tabela 01 plotamos o gráfico abaixo, no software OriginPro 8.5, para
encontrarmos uma relação linear entre o deslocamento entre emissor e receptor de micro-
ondas e com isso fazermos a relação da Equação 01 com o coeficiente angular da reta e
acharmos o comprimento de onda emitida e, consequentemente, comprovar com a frequência
conhecida de 10.5GHz, identificado no emissor.
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λ
l= n
2
λ
=1,463
2
λ=2,926
c= λ . f
c
=f
λ
10
f =1,025 x 10 = 10,3 x 109 Hz=10,3GHz
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EXPERIMENTO 02
Com a introdução de um prisma contendo bolinhas de poliestireno entre emissor e receptor das
micro-ondas, figura 04 abaixo, mediremos o índice de refração deste prisma. Para isso
deslocaremos o receptor em relação ao receptor e, para cada deslocamento, faremos o
deslocamento angular com o intuito de encontrar o ponto de máximo registrado pelo medidor de
tensão. Faremos uso desta lei de Snell para comprovar resultados experimentais e podermos
comprovar a validade da fórmula.
Figura 4- Aparato experimental com a inserção do prisma com bolinhas de estireno entre emissor e receptor de
micro-ondas.
Em um primeiro momento registramos em uma tabela, os valores dos ângulos para o qual
obtivemos o máximo de onda possibilitado pela refração do prisma, em um ângulo em relação à
normal da parede do prisma.
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O ângulo interno do prisma foi dado α=70°, com isso fazemos uma relação geométrica para
encontrar o valor de ϴ2.
θ1=θ 2−θ
o
θ1 +α =90
Com base nestas duas relações acima encontramos
o o
θ1=20 e θ2=30,2
Agora estamos possibilitados de aplicar a Lei de Snell, sabendo que o índice de refração do ar é
aproximadamente n ar =1,0
sen θ2
n prisma =nar .
sen θ1
n prisma =1,47
Pela bibliografia temos que o índice do poliestireno puro é 1,546, portanto valor encontrado
experimentalmente é aproximado ao valor real.
Essa pequena diferença entre o valor encontrado e o real pode estar ligado ao fato que um
prisma com bolinhas de estireno contem ar entre as bolinhas e a parede do prisma, o que torna o
elemento menos refringente que um poliestireno sólido.
Este mesmo aparato experimental poderia ser usado para medir o índice de refração do ar, basta
que para isso retirássemos todas as bolinhas de estireno e com o prisma apenas com ar
fizéssemos todas as medições novamente, o qual encontraríamos um valor aproximadamente
igual a 1,0, conforme desejado.
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Conclusão
O experimento teve como objetivo a aplicação da relações de ondas estacionárias para emissões
λ
de micro-ondas onde comprovamos a equação l= n com os resultados experimentais, os
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quais possibilitaram encontrar um valor muito próximo da frequência do emissor de ondas. O
segundo experimento comprovamos como verdadeira a Lei de Snell onde utilizamos a relação
de ângulos, incidente e de refração, para a micro-onda sobre as paredes de um prisma com
bolinhas de estireno com o intuito de achar o índice de refração deste prima. O valor encontrado
aproximou do valor referenciado pela bibliografia, tendo como principal motivo para a
discrepância, o ar entre as bolinhas e o prisma.
BIBLIOGRAFIA
“Física”, Resnick, Halliday and Krane – Vol.4 - Cap. 42,43.
Física IV, Ótica e Física Moderna, Young & Freedman, 14 aEdição, Cap. 33 – Natureza e
propagação da luz, Seção 3.3.2 – Reflexão e Refração.
https://sites.ifi.unicamp.br/laboptica/roteiros-do-laboratorio/4-verificacao-experimental-da-
lei-de-snell/
https://www.fq.pt/tabelas/indices-de-refracao
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-refracao-luz.htm