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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Faculdade de Tecnologia
Departamento de Engenharia de Mecânica
Graduação em Engenharia Mecânica

Disciplina: Física Experimental IV.


Docente: Igor Figueiredo Justo.

Discente(s): Filipe de Oliveira Petini.


Matrícula(s): 201910097311.

Discente(s): Helen Karen Souza.


Matrícula(s): 201910097111.

Data: 31 de maio de 2023


Tema: Refração da Luz

Resende
2023

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FACULDADE DE TECNOLOGIA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

Sumário

1. Resumo .................................................................................... 03

2. Introdução ................................................................................. 03

3. Teoria ....................................................................................... 04

3.1 Ângulo de Brewster ........................................................... 06

4. Descrição do experimento ......................................................... 08

4.1 Materiais utilizados ............................................................. 08

4.2 Montagem do experimento ................................................ 08

5. Dados experimentais coletados ................................................. 08

6. Discussão e resultados .............................................................. 10

6.1 Tratamento dos dados ........................................................ 10

7. Conclusão .................................................................................. 17

8. Referência Bibliográfica ............................................................. 19

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1. Resumo

Neste experimento, estudamos os fenômenos de reflexão da luz

utilizando a Lei de Brewster. Dessa forma, submetemos o raio laser a

diferentes angulações de entrada, fazendo o uso de polarizadores e de um

bloco de acrílico, e analisamos o ângulo de saída do raio laser. Assim, foi

possível medir o índice de refração da luz ao passar pelo bloco de acrílico.

2. Introdução

A reflexão da luz pode ser entendida como o fenômeno de um raio de

luz que se propaga ao meio incidente em uma superfície e volta ao meio de

origem, este fenômeno é denominado reflexão da luz. É devido a este

fenômeno que podemos enxergar os objetos, tendo em vista que um raio

luminoso deve chegar ao objeto iluminando-o e, posteriormente, sendo refletido

até os olhos tornando assim possível ver o objeto iluminado. [1]

Para um estudo do fenômeno de Reflexão devemos inicialmente

classificar as superfícies dos corpos onde a luz incide como refletoras (quando

polidas) e difusoras (quando não polidas). Nas superfícies não polidas a

reflexão é dita difusa, pois a luz que incide em tais superfícies é refletida em

várias direções. Uma pequena região de uma superfície não polida, quando

iluminada pode ser vista de várias direções. Se a superfície é polida, a reflexão


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é dita dirigida ou especular. [1]

Se as dimensões usadas no experimento são suficientemente grandes

quando comparadas ao comprimento de luz da onda, de modo que podemos

desprezar os efeitos de difração, nesse caso as ondas se comportam com boa

aproximação como se viajassem em linha reta, este caso especial do

comportamento das ondas luminosas é tratado pela óptica geométrica. [1]

Segundo a óptica geométrica, sempre que um feixe de luz incide em

uma superfície de separação entre dois meios com propriedades ópticas

distintas, podemos observar dois fenômenos: a reflexão e a refração Fig.[ 2.1].


[1]

Fig 2.1-Reflexão e refração de um raio luminoso em dois meios

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3. Teoria

A observação do fenômeno de reflexão e refração da luz se deu pelo

homem pré-histórico quando o mesmo observou o arco íris. O fenômeno foi

elucidado por Isaac Newton em 1670 e o experimento baseou-se em um

feixe de luz que passava por um prisma tendo como resultado cada uma das

cores saindo em diferentes direções iguais ao arco íris, conforme a figura 3.1,

porém no arco íris a luz penetra nas gotículas de água saindo assim cada cor

em uma direção formando o arco íris. [2]

Fig 3.1 - Prisma de cores

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Um feixe de luz se propaga no meio obedecendo ao princípio de

Fermat, ou seja, um raio de luz percorre o trajeto entre dois pontos gastando

sempre o menor tempo possível. Sendo esse meio homogêneo (exemplo:o

ar) a luz se propaga em linha reta (Lei básica da óptica geométrica). [2]

Como demonstrado na Fig.[1.1] um raio refletido para ter o tempo

mínimo, obedecendo ao princípio de Fermat, terão os dois ângulos iguais (θ

=θ’) .Podemos observar também na Fig.[ 2.1] que após haver a troca do meio

o raio será refratado , tomando assim uma direção onde 𝑛1𝑠𝑒𝑛(𝜃 ) =

𝑛2𝑠𝑒𝑛(𝜃 ) conhecido como Lei de Snell, sendo n1 (índice de refração do

meio 1) e 𝜃 (ângulo de incidência do meio 1) e n2 (índice de refração

do meio 2) e 𝜃 (ângulo de incidência do meio 2) . Logo dependendo do

índice de refração os ângulos irão mudar para obedecer ao princípio de

Fermat. [3]

Considerando uma onda plana propagando-se no meio 1,conforme

mostra na Fig.[ 2.1].A experiência indica que quando uma onda incide sobre

uma superfície plana x que separa o meio 1 do meio 2,uma parte da onda é

transmitida ao segundo meio e uma parte é refletida de volta ao meio 1.Essas

ondas são chamadas de onda refratada e onda refletida, respectivamente. [3]

3.1 Ângulo de Brewster

Ao ser refletida a luz pode manifestar-se da superfície refletora parcial

ou totalmente polarizada. Podemos compreender esse fato com o uso de um

polarizador. Existe um ângulo de incidência, chamado ângulo de Brewster

Fig[3.1.2],para o qual o raio luminoso refletido é totalmente polarizado.

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Podemos mostrar que no ângulo de Brewster existe uma relação entre a

direção do raio refletido e do refratado, dada por: [4]

θ𝑝 + θ𝑟 = (1)

Onde θ𝑝 é o ângulo de reflexão e θ𝑟 o de refração Fig[2.1].Por outro

lado, temos: [4]

𝑛1𝑠𝑒𝑛(θ𝑝) = 𝑛2𝑠𝑒𝑛(θ𝑟) (2)

Onde n1 é o índice de refração do meio 1, de onde parte o raio

luminoso, e n2 é o do meio 2 .Então temos: [4]

𝑛1𝑠𝑒𝑛(θ𝑝) = 𝑛2𝑠𝑒𝑛( − θ𝑝) = 𝑛2𝑐𝑜𝑠(θ𝑝) (3)

O que leva a:

𝑡𝑎𝑛(θ𝑝) = (4)

Onde (4) é a fórmula do ângulo de Brewster, por meio do qual permite

então determinar experimentalmente o índice de refração do material. [4]

Fig.3.1.2 - Lei de Brewster

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4. Descrição do experimento

4.1 Materiais utilizados

Para realizar o experimento, foram necessários os seguintes materiais:

• 01 Fonte Laser;

• 01 Banco Óptico;

• 01 Mesa Giratória;

• 01 Bloco de acrílico.

4.2 Montagem do experimento

Para a realização do experimento, foi preciso realizar a montagem

conforme o auxílio da figura 4.2.3, mostrada abaixo.

Fig. 4.2.1 – Demonstração para montagem do experimento

O grupo realizou a montagem e ajuste na seguinte ordem:


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1. Montagem do conjunto ótico – Foi posicionado os instrumentos para a

realização do experimento sobre o trilho ótico. Sobre ele, no seu extremo, foi

posicionada a fonte de luz, responsável por emitir o feixe de luz. A uma

distância suficiente para a realização do experimento, foi posicionada a mesa

giratória ao qual continha sobre a mesma o suporte das lentes utilizadas no

experimento, que foi de acrílico, além disso também foi posicionado um

anteparo com escala, para auxiliar na medição do grau de rotação do braço

móvel.

2. Em seguida, ligamos a fonte de laser para que pudéssemos garantir que

o feixe de laser estivesse paralelo com o banco ótico.

3. Dando continuidade à montagem, alinhamos a mesa giratória sobre o

banco giratório e garantimos que o zero da mesa ficasse alinhado com a

direção do feixe incidente.

4. O ajuste do anteparo foi realizado a seguir, sendo posto a alinhado em

relação a base e se utilizando a escala do interior como referência.

5. Posicionamos o bloco de acrílico na mesa giratória e de forma alinhada

com o conjunto.

6. Foi ajustado o bloco de modo que a luz que se refletia no anteparo do

braço móvel pudesse coincidir com a direção do feixe do laser.

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Após posicionar todos os equipamentos citados em 4.1 sobre a bancada, e

seguido os passos citados, a montagem ficou conforme imagem apresentada

abaixo [Figura 4.2.2].

Figura 4.2.2 - Esquema de montagem do experimento

A partir deste momento, o experimento estava pronto para ser realizado

pelo grupo, onde deveria seguir para fazer duas partes do estudo.

A primeira consistia em obtermos o ângulo de reflexão, ao posicionarmos o

bloco de acrílico em 5 ângulos θ diferentes, seriamos capaz de medir o ângulo

de reflexão (θ’).

Para a segunda parte, foi verificado a respeito da Lei de Brewster, onde a

configuração se mantém, porém, agora é posto um polarizador entre o

anteparo e o bloco, com o eixo de polarização posto na paralela com o plano

de incidência. Nesta segunda parte, utilizamos os blocos de vidro e acrílico.

Após a adição do polarizador ao experimento, devemos mover os blocos de


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modo que o ângulo de incidência do feixe de luz varie e após, acompanharmos

com o anteparo até que o feixe suma, encontrando assim o ângulo de

Brewster.

5. Discussões e Resultados

5.1 Tratamento dos dados

Os cálculos realizados nas tabelas 1, 2,3 e 4 foram:

 Média aritmética simples, cuja fórmula é:

𝒔𝒐𝒎𝒂 𝒅𝒐𝒔 𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓𝒆𝒔 𝒅𝒂𝒔 𝒐𝒃𝒔𝒆𝒓𝒗𝒂çõ𝒆𝒔


𝑴é𝒅𝒊𝒂 =
𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒆 𝒐𝒃𝒔𝒆𝒓𝒗𝒂çõ𝒆𝒔

 Desvio padrão, cuja fórmula é:

(𝒙𝒊 − 𝒙)𝟐
𝑫𝑷 =
𝒏

 Erro instrumental, cuja fórmula é:

𝒎𝒆𝒏𝒐𝒓 𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒂 𝒆𝒔𝒄𝒂𝒍𝒂


𝑬𝒓𝒓𝒐 𝒊𝒏𝒔𝒕𝒓𝒖𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒍 =
𝟐

 Erro total, cuja fórmula é:

𝑬𝑻 = 𝑬𝒓𝒓𝒐 𝒊𝒏𝒔𝒕𝒓𝒖𝒎𝒆𝒏𝒕𝒂𝒍𝟐 + 𝐃𝐞𝐬𝐯𝐢𝐨 𝐩𝐚𝐝𝐫ã𝐨𝟐

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Conforme citado anteriormente, o experimento foi realizado em duas

partes, sendo a primeira para encontrarmos o ângulo de reflexão da luz e a

segunda parte para encontrarmos o ângulo de Brewster, ambos utilizando o

bloco de acrílico. Os métodos para a realização de cada etapa pode ser visto a

seguir:

 Ângulo de reflexão – Para a realização desta etapa, após a montagem

de todo o conjunto para a realização do experimento, e que pode ser

acompanhado anteriormente, o bloco de acrílico foi alinhado e ajustado,

e partindo do ângulo θ igual a 0º, foram escolhidos cinco ângulos

distintos, sendo esses θ1=20º, θ2= 40º, θ3 = 60º, θ4 = 65. Os ângulos

de refração obtidos são mostrados nas tabelas 1, 2,3 e 4 a seguir.

ângulo ângulo
incidência refração
1 20,0 18,5
2 20,0 18,0
3 20,0 18,5
4 20,0 18,1
5 20,0 18,2
6 20,0 18,1
7 20,0 18,5
8 20,0 18,1
9 20,0 18,0
10 20,0 18,1
Média 20,0 18,21
Desvio 0,0 0,207899548
Padrão
Erro Ins. 0,5 0,5
Erro Total 0,5 0,541499974

Tabela 1: Dados coletados para o ângulo de incidência de 20°.


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ângulo ângulo
incidência refração
1 40,0 35,1
2 40,0 35,5
3 40,0 35,9
4 40,0 35,7
5 40,0 36,0
6 40,0 36,0
7 40,0 36,1
8 40,0 36,0
9 40,0 35,8
10 40,0 36,0
Média 40,0 35,8
Desvio 0,0 0,30713732
Padrão
Erro Ins. 0,5 0,5
Erro Total 0,5 0,586799227

Tabela 2: Dados coletados para o ângulo de incidência de 40°.

ângulo ângulo
incidência refração
1 60,0 51,7
2 60,0 52,2
3 60,0 52,0
4 60,0 52,5
5 60,0 52,4
6 60,0 52,5
7 60,0 52,3
8 60,0 53,0
9 60,0 52,1
10 60,0 52,3
Média 60,0 52,3
Desvio 0,0 0,346410162
Padrão
Erro Ins. 0,5 0,5
Erro Total 0,5 0,608276253

Tabela 3: Dados coletados para o ângulo de incidência de 60°.


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ângulo ângulo
incidência refração
1 65,0 55,8
2 65,0 56,0
3 65,0 56,1
4 65,0 56,2
5 65,0 56,2
6 65,0 56,2
7 65,0 56,1
8 65,0 57,0
9 65,0 56,1
10 65,0 56,0
Média 65,0 56,17
Desvio 0,0 0,316403
Padrão
Erro Ins. 0,5 0,5
Erro Total 0,5 0,591702

Tabela 4: Dados coletados para o ângulo de incidência de 65°.

Ângulo incidência Ângulo refração

(2,00 ± 0,05)10 𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠 (1,821 ± 0,054)10 𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠


(4,00 ± 0,05)10 𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠 (3,58 ± 0,06)10 𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠
(6,00 ± 0,05)10 𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠 (5,23 ± 0,06)10 𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠
(6,50 ± 0,05)10 𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠 (5,617 ± 0,059)10 𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠

Tabela 5: Média dos dados de ângulo de incidência e de Ângulo refração.

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 Ângulo de Brewster

Para a realização da segunda parte do experimento, a configuração para

a primeira parte foi mantida, porém agora acrescentamos um polarizador

paralelo ao feixe de luz. Após isso, movemos o bloco, que está na mesa

giratória, em quatro ângulos distintos, até que o feixe sumisse, encontrando

assim o ângulo de Brewster. Para esta etapa, foi utilizado o bloco de

acrílico. Os dados coletados podem ser vistos na Tabela 6 a seguir.

Aquisição Ângulo de Brewster


1 57,5
2 56
3 56,1
4 58
5 56,5
6 56,5
7 57
8 56,7
9 56
10 56,1
Média 56,64

Tabela 6 - Ângulos de Brewster

A média foi calculada a partir da média aritmética e o erro total do índice de


refração será calculado a partir da raiz da tangente do erro instrumental ao
quadrado mais a média da tangente dos valores da aquisição ao quadrado,
logo índice de refração será:
𝒏𝟐 = 𝟏, 𝟓𝟏𝟕 ± 𝟎, 𝟎𝟒

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Esse resultado é muito bom uma vez que este resultado está próximo da com o
da literatura (1,49), erro de 1,8%, mas não somente como o baixo erro do dado
de 0,04, logo o experimento foi muito preciso e teve alta acurácia.

5.2 Gráfico.

Com os dados da tabela 5, realizamos o método MMQ, também

denominada regressão linear, para encontrar a equação da reta a fim de se

verificar a lei de Snell. A fórmula do MMQ para os coeficientes angular e linear

é demonstrada na figura 4.2.3

Figura 4.2.3. Fórmula MMQ

Como resultado, obteve-se a seguinte equação da reta:

𝒚 = 𝟎, 𝟗𝟏𝟕𝒙 + 𝟎, 𝟎𝟎𝟐

O valor de 𝟎, 𝟗𝟏𝟕, coeficiente angular da reta, este valor representa o

índice de refração do ar dividido pelo índice do material,


𝒏𝟏
= 𝟎, 𝟗𝟏𝟕
𝒏𝟐

Logo o índice do material é 1,09 e pode-se que concluir que este valor está

distante do esperado, uma vez que o índice do acrílico é 1,49 na literatura, erro

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de 20%, entretanto esses índices são para comprimentos de ondas de

aproximadamente 550nm, mas no experimento foi utilizado um laser de

comprimento de onda de aproximadamente 400nm (vermelho), e de acordo

com a literatura com a diminuição do comprimento de onda haverá um menor

índice de refração, então é possível que o valor não esteja errado.

6. Conclusão

Com o experimento realizado foi possível verificar não só a reflexão da

luz, onde os ângulos de incidência são bem próximos aos ângulos refletidos,

mas também a lei de Brewster, onde a imagem do angulo de incidência fica

quase transparente, provando que o raio luminoso refletido tende a

polarização, e também o índice de refração próximo ao esperado.

Não podemos deixar de mencionar que os resultados obtidos no

experimento de snell não foram totalmente satisfatórios, uma vez que não foi

encontrado o valor do índice de refração para 400nm na literatura, como

também por diversos motivos experimentais, sendo alguns principais como: a

precisão do equipamento que pode ser duvidosa, a superfície dos objetos que

pode não ser totalmente lisa e as medições com os olhos humanos que podem

ser imprecisas. O fator linear constante encontrado na equação da reta está

relacionado a esses erros instrumentais inerentes ao experimento.

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No entanto, com os resultados obtidos no experimento de Brewster

podemos considerar que o experimento foi um sucesso, devido à proximidade

do valor encontrado com a literatura, como também o erro ter sido pequeno.

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7. Referência bibliográfica

[1] HALLIDAY, D.; WALKER, J.; RESNICK R. Fundamentos de Física. vol 3


8.ed., Rio de Janeiro: LTC, 2009.

[2] TIPLER, P; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros. 6 ed., Rio


de Janeiro: LTC, 2014, v. 3.

[3] Sir David Brewster - Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/biografia/sir-david-brewster.htm.

[4] YOUNG, Hugh; FRIEDMAN, Roger. Física 3: eletromagnetismo. 12a Ed.


São Paulo: Pearson Education, 2009.

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