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1- OBJETIVOS

Esses experimentos têm como objetivo observar e entender como ocorre


a polarização, a difração e a refração da luz.

2- INTRODUÇÃO TEÓRICA

Ondas polarizadas verticalmente são aquelas cujo campo elétrico oscila


na vertical, analogamente, ondas polarizadas horizontalmente são aquelas cujo
campo elétrico oscila na horizontal.

As fontes eletromagnéticas emitidas por uma fonte de luz comum são


polarizadas aleatoriamente ou não polarizadas. Ou seja, a direção do campo
elétrico muda aleatoriamente com o tempo, embora se mantenha perpendicular
à direção de propagação da onda. É possível transformar a luz não polarizada
em polarizada fazendo-a passar por um filtro polarizador. Um filtro polarizador é
uma folha de plástico que contém moléculas longas. Durante o processo de
fabricação, a folha é esticada, o que faz com que as moléculas se alinhem.
Quando as moléculas passam pela folha, as componentes do campo elétrico
paralelas às moléculas conseguem atravessá-la, mas as componentes
perpendiculares às moléculas são absorvidas e desaparecem.

Em vez de examinar o comportamento individual das moléculas, é


possível atribuir ao filtro como um todo uma direção de polarização, a direção
que a componente do campo elétrico deve ter para atravessar o filtro: o campo
elétrico da luz que sai de um filtro polarizador contém apenas a componente
paralela à direção de polarização do filtro, o que significa que a luz está
polarizada nessa direção.

A componente do campo elétrico paralela à direção de polarização é


transmitida por um filtro polarizador; a componente perpendicular é absorvida.

Segundo Halliday e Resnick (2014, p. 77), quando uma onda encontra um obstáculo
que possui uma abertura de dimensões comparáveis ao comprimento de onda, a parte da onda
que passa pela abertura se alarga (é difratada) na região que fica do outro lado do obstáculo.
Esse alargamento ocorre de acordo com o princípio de Huygens.
O princípio de Huygens afirma que cada ponto da primeira linha de onda
age como uma fonte secundária com as mesmas características da original,
formando a frente de onda, que é a superfície tangente a todas as ondas
secundárias.

Quando a luz monocromática de uma fonte distante (ou de um laser)


passa por uma fenda estreita e é interceptada por uma tela de observação,
aparece na tela uma figura de difração. (HALLIDAY; RESNICK, 2014, p. 106).

Uma figura de difração, que é uma figura de interferência, é uma


consequência da difração.

Quando as fendas são iluminadas são iluminadas com luz


monocromática, surgem franjas de interferência cuja análise permite determinar
o comprimento de onda da luz. Quando um feixe de luz monocromática incide
em uma rede de difração e aumentamos gradualmente o número de fendas de
pequeno para um número grande N, o gráfico de intensidade muda da figura de
difração típica de um experimento de dupla fenda, inicialmente para uma figura
muito mais complexa e posteriormente para uma figura simples.

O índice de refração n para a luz em qualquer meio, exceto o vácuo, depende do


comprimento de onda. Isso significa que quando um feixe luminoso é formado por raios de
diferentes comprimentos de onda, o ângulo de refração é diferente para cada raio; em outras
palavras, a refração espalha o feixe incidente. Esse espalhamento da luz é conhecido como
dispersão cromática. (HALLIDAY; RESNICK, 2014, p.19).

Um raio de luz é uma linha orientada que representa a trajetória seguida


pela luz. Um feixe de luz é o conjunto de raios de luz, que pode ser divergente,
convergente ou paralelo. Um feixe de luz monocromático é aquele que emite
luz de uma única cor, como por exemplo, um laser.

A luz branca é composta por todas as cores do espectro visível, logo um


feixe de luz branca possui raio de todas as cores do espectro visível.

O surgimento do arco-íris é um exemplo da dispersão cromática. No


caso do prisma triangular, ocorre duas refrações, sendo que na primeira
refração é onde ocorre a separação da luz branca nas cores componentes e já
a segunda refração intensifica o efeito.
Imagem 1- Prisma separando a luz branca nas cores componentes

Fonte: os autores, 2022.

3- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Foram realizadas dois experimentos, o primeiro deles sendo sobre


polarização e difração da luz e o segundo outro sobre difração da luz.

3.1 Procedimento experimental I

O equipamento já estava montado, apenas foi ligado o laser e colocada


a lente com filtro polarizador- 600 mm. O equipamento era composto por uma
base, a qual possuía em suas laterais uma espécie de régua e escala que era
dada em centímetros, fixo em uma extremidade da base havia um laser e em
seu comprimento dois anteparos, um com a lente polarizadora e o outro com
uma tela branca.

Após ligar o laser e posicionar a lente polarizadora no aparato,


começamos a realizar os ajustes necessários para realizar as medições.
A posição do laser ficou fixa em 56 cm durante todo o experimento,
assim como o ângulo da lente polarizadora em θ=0 °. Foram realizadas cinco
medições variando a distância dos dois anteparos. Conseguimos obter um
máximo de cinco pontos observados.

3.2 Procedimento experimental II

Para este procedimento só havia um equipamento montado, o qual era


de feixe de luz. Havia também alguns prismas disponíveis para tal prática, e um
círculo que apresentava marcações de angulação, o qual foi utilizado como
uma espécie de base para os prismas.

Inicialmente ligamos o equipamento de feixe de luz e começamos a


dispor os prismas e observar o que acontecia. Inicialmente a disposição dos
prismas não estava correta, logo não acontecia a difração da luz como era
esperado.

Para tal procedimento utilizamos apenas o equipamento de feixe de luz,


dois prismas, alterando suas disposições e a base. Fomos reorganizando os
prismas e observando o que acontecia. Um prisma foi utilizado para refração
primária da luz, o outro para as demais refrações. No prisma para refração
primária havia uma aresta onde a luz incidia e refratava, o outro prisma
refratava a luz conforme a sua ordenação. Os prismas ficaram distribuídos
entre o primeiro e terceiro quadrante do círculo de base.

O prisma de refração primária tinha a forma de um trapézio retângulo, já


o de refração era um prisma triangular.

4- ANÁLISE DOS DADOS

Para o procedimento 3.1 que a distância do laser era fixa e as distâncias


dos anteparos variáveis, obtemos as medições da tabela 1.
Tabela 1- Posição do laser e dos anteparos.

Posição do laser [cm] Posição da lente [cm] Posição da tela [cm]


56,0 10,0 2,25
56,0 45,0 2,00
56,0 28,0 2,00
56,0 26,0 2,00
56,0 11,5 2,00

As medições da tabela 2 são das distâncias entre os pontos observados


na tela, variando de um a cinco pontos.

Tabela 2- Distância entre os pontos na tela.

Total de pontos Pontos de referência Distância entre os pontos de


referência [cm]
5 3-4 3,0
5 3-5 9,5
4 2-3 4,0
4 3-4 11,5
3 2-3 10,0
2 1-2 12,5

Para o procedimento 3.2 fomos dispondo os prismas aleatoriamente em


cima da nossa base ajustando-os para analisar como a luz incidia no prisma
trapézio retângulo e depois no prisma triangular. As imagens abaixo são de
algumas distribuições dos prismas.
Imagem 2- Refração do arco-íris com separação dos raios vermelho e amarelo em
duas direções.

Fonte: Os autores, 2022.

Imagem 3- Refração do arco-íris com separação do raio vermelho.

Fonte: Os autores, 2022.


Imagem 4- Refração arco-íris em duas direções com separação dos raios vermelho,
amarelo, azul e verde.

Fonte: Os autores, 2022.

Imagem 5- Refração arco-íris em três direções com separação do raio azul.

Fonte: Os autores, 2022.


Imagem 6- Refração do arco-íris com separação dos raios vermelho, amarelo e azul.

Fonte: Os autores, 2022.

Imagem 7- Refração do arco-íris em três direções com separação do raio vermelho.

Fonte: Os autores, 2022.


Imagem 8- Refração do arco-íris com separação dos raios vermelho, amarelo, verde e
azul.

Fonte: Os autores, 2022.

Imagem 9- Refração do arco-íris em duas direções com separação dos raios vermelho
e azul.

Fonte: Os autores, 2022.


Imagem 10- Refração do arco-íris em duas direções com separação dos raios azul e
verde.

Fonte: Os autores, 2022.

Imagem 11- Refração arco-íris em três direções.

Fonte: Os autores, 2022.


Imagem 12- Refração do arco-íris em duas direções com separação dos raios azul,
vermelho, amarelo e verde.

Fonte: Os autores, 2022.

A distribuição dos prismas variou entre o primeiro e o terceiro quadrante do


círculo, o prisma de refração primária variou no primeiro quadrante e o prisma
de refração secundária variou entre o segundo e o terceiro quadrante.

5- CONCLUSÕES

Analisando os dados das tabelas 1e 2 é possível ver a relação entre a


distância do laser e do filtro polarizador com a quantidade de pontos
observados na tela. Quando o anteparo com a lente polarizadora estava mais
perto do laser, a quantidade de pontos observada era máxima, conforme essa
distância aumentava, a quantidade de pontos observados diminuía.

Da tabela 2 também podemos observar que quando havia maior número


de pontos a distância entre eles era menor, e conforme a quantidade de pontos
diminuía a distância entre eles aumentava.

Analisando as imagens de 2 a 12 foi possível analisar que o prisma


trapézio retângulo teve sua posição e seu ângulo pouco modificados, já o
prisma triangular teve sua posição e seu ângulo modificados. A luz incidia em
uma apenas uma das arestas do prisma trapezoidal e formava o arco-íris, as
demais não formavam o arco-íris. Já no prisma triangular era onde ocorriam as
refrações secundárias. Em alguns lugares onde a luz refletia acabava sendo
refletido o arco-íris novamente.

Quando a primeira refração refletia em alguma das arestas do prisma


triangular ocorriam as segundas refrações, as quais acentuavam o efeito da
primeira. Conforme alterávamos o prisma e a refração anterior refletia em
algum dos vértices ocorria a separação das componentes das cores do arco-
íris, como com todas as imagens, com exceção da imagem 11.
REFERÂNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de física: Óptica e física moderna.


Tradução: Ronaldo Sérgio De Biasi. 9. ed. rev. Rio de Janeiro: LTC, 2014. v. 4.

REFRAÇÃO da luz. In: Refração da luz. [S. l.], 4 mar. 2010. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/refracao-da-luz/. Acesso em: 5 jul. 2022.

POLARIZAÇÃO da luz. In: Polarização da luz. [S. l.], 9 mar. 2010. Disponível em:


https://www.infoescola.com/fisica/polarizacao-da-luz/. Acesso em: 5 jul. 2022.

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