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ILUMINAÇÃO

estúdio fotográfico:

- conceitos
básicos,
- equipamentos,
- efeitos
Fotografia para Audiovisual I / 2022-2
Profa. Maria Beatriz Colucci
Montagem da luz
- A iluminação é um fator
decisivo para a criação da
expressividade da imagem.
Por isso é preciso fazer um
esquema (mapa) que leve
em conta a qualidade e a
direção da luz, sua posição
em relação ao objeto.
- Vale, em estúdio, os
mesmos princípios da
iluminação natural, onde
quantidade/potência,
qualidade da luz
(dura/suave) e sua direção
são aspectos essenciais a
analisar.
Foto: Walda Marques
- Como já vimos, a iluminação transmite informações
sobre o assunto/objeto (forma, tamanho, textura,
profundidade), confere atmosfera à cena (cor,
direção), valoriza ou desvaloriza elementos/objetos
(planos e ângulos de visão) e sugere qualidades
(tristeza, alegria, pureza), trabalhando a temperatura
de cor, por exemplo (WB);
- Existem muitas maneiras de trabalhar a iluminação,
inclusive mapas de luz e dicas para fotografar cada
tipo de material. No entanto é preciso antes saber as
intenções e o resultado pretendido;
- Para compor uma luz qualquer, o fotógrafo deve
saber qual é o ASSUNTO PRINCIPAL da cena, e
como ele deve ser iluminado, pois em razão disso
terá as diretrizes para cada fonte de luz.
Esquema básico de iluminação:

1. Ataque: principal luz para


iluminar o objeto.
Determina o relevo.

2. Compensação: muito
suave. Preenche as sombras
causadas pelo ataque.

3. Contraluz: geralmente
dura e forte. Separa o objeto
do fundo.

* Pode-se ainda usar uma luz


direcionada ao fundo: iluminar o
cenário
1) Luz Principal, ou KeyLight
Trata-se da luz que irá
dar maior ênfase ao
assunto principal da
cena, que na maioria dos
casos coincide com a luz
mais forte, embora isso
não seja uma regra. A luz
principal tem como
característica o fato de
ser a partir dela que as
demais são criadas, se
houver necessidade
Apenas "Key-Light"
(muitas vezes uma única
fonte de luz já é
suficiente).
2) Luz de Preenchimento, ou Fill Light
É uma luz geral que
permeia toda a cena, ou
parte dela, mas apenas
para manter a estabilidade
dos contrastes nos
assuntos enquadrados, ou
seja, preenche espaços
escuros e ameniza as
sombras. Por vezes a luz
principal e a luz de
preenchimento, se
bastante difusa, são Apenas "Fill-Light"
suficientes para ambientes
mais neutros e sem
contrastes excessivos.
3) Contra-Luz ou BackLight
É também chamada de luz
delineadora, pois é a luz que
"recorta" um determinado
personagem ou objeto do
fundo do cenário. Está
geralmente colocada de
frente para a câmera (não
apontada para ela) e atrás
do personagem, enfatizando
Apenas "Back-Light"
os contornos e criando uma
"aura" em volta do assunto.
Criar texturas e simular
dimensões, sem ela perde-
se a noção de espacialidade
tridimensional.
Iluminado pelos três pontos
Luz de Fundo

Usada para iluminar o plano


de fundo, destacando deste o
modelo ou objeto. Geralmente
é luz de pouca energia,
colocada em pequeno suporte
com filtro difusor, e que dá
mais tridimensionalidade à
cena.
Luz dirigida para obter efeitos
O fotômetro de luz incidente
É o aparelho que mede a quantidade de
luz que incide sobre o objeto, permitindo
determinar a intensidade de cada fonte
de luz, colocando-o na posição do
assunto e direcionando-o para a fonte de
luz. Depois de afinada a luz, colocando-
o na posição do assunto e direcionando-
o à câmera, ele auxilia o fotografo na
determinação do diafragma a ser
utilizado.
É necessário informar ao fotômetro a
sensibilidade (ISO) que está sendo
utilizado e a velocidade do obturador.
Controle da qualidade da luz

Luz pontual

Direta sobre o objeto


Natureza: dura
Causa sombras bem
marcadas
Luz de refletor Soft Light

Natureza: suave
Causa sombras
extremamente suaves
Luz rebatida

Natureza: suave
O nível de suavidade
depende da área do
rebatedor
Luz filtrada com difusor

Direta sobre o objeto


Natureza: suave
O nível de suavidade depende da área
do difusor
EQUIPAMENTOS BÁSICOS
Iluminação
Refletores/flashesartificial
Modificadores de luz
Exemplos:
- sombrinhas (branca, prata,
dourada, difusora),
- hazy light,
- softbox
- refletores parabólico e base
(com ou sem colmeia).
- ...
Refletores/Flashes:

– disparam em sincronismo
com a câmera através de cabos
ou rádio flash – equipamento
com fotocélula e canais de
frequência que conectam
câmeras e flashes;
– usados com modificadores de
luz: acessórios para serem
colocados na cabeça de flash e
cada modelo gera um efeito
diferente na iluminação.
MODIFICADORES
DE LUZ
- As sombrinhas refletoras branca e prata estão no setor das luzes mais
suaves, emitem luz refletiva e proporcionam um bom aproveitamento,
produzindo bons resultados. São muito usadas para retratos, mas,
dependendo da proposta, servem como opção para fotos de produtos.

- A sombrinha branca gera uma luz mais suave e projeta sombras mais
amenas. Já a sombrinha prata oferece melhor aproveitamento da luz,
fazendo com que o fotógrafo ganhe mais pontos do diafragma. Provoca
mais contraste e iluminação mais intensa – por outro lado, gera mais
reflexos e sombras acentuadas. A grande diferença entre a branca e a
prata é que a prateada oferece uma luz um pouco mais dura, dando
um tom mais neutro ao trabalho.

- Quanto maior o tamanho da sombrinha mais luz ela espalhará,


causando mais difusão da iluminação.

- A sombrinha difusora é vista como substituta de baixo custo do softbox


ou do hazy light, mas sem oferecer um maior controle da luz como
esses modificadores. Ela funciona como um difusor de luz, gerando
iluminação difundida, porém, mais contrastada. O modo de utilizá-la é
diferente das sombrinhas convencionais, pois ela deve ser posicionada
de frente ao objeto, de modo a difundir a luz, e não refleti-la.
Luz suave:
- Hazy light é um dos modificadores mais usados em estúdios por ser curinga
e servir para várias situações. Na prática, uma das características que
diferenciam o hazy light do softbox é o formato. Por ser quadrado e não ter
abas, o hazy gera luz menos contrastada se comparado ao resultado obtido
com o softbox, que é retangular e também oferece uma luz difusa suave.
- Softbox: o difusor frontal branco recuado envolto por abas do softbox ajuda a
direcionar melhor a luz e controlar reflexos na lente, evitando o efeito flare.
Luz dura:
- Refletor parabólico é dos mais populares por produzir uma iluminação direta,
concentrada e contrastada.
- Há refletores alongados (que têm o corpo mais longo e o bocal suavemente
fechado), os convencionais, conhecidos também como curtos (com o bocal
mais aberto), e os angulados (cortados em ângulos). Todos oferecem
projeção de sombras acentuadas e potencializam a luz. Por outro lado,
causam alto índice de reflexos, dependendo do produto que está sendo
fotografado.
- Com mais concentração de luz ainda, o refletor base pode ser usado com ou
sem colmeia, acessório que leva esse nome por lembrar um favo de mel.
Esse modificador projeta sombras acentuadas quando usado como
iluminação direta. Com a colmeia acoplada a ele, a luz dura é suavizada.
REBATEDORES
Luzes fixas para
vídeo/foto: Luzes fixas, difusas ou
FRESNEL, semi-difusas, a depender do
tipo de lâmpada (halógena,
ABERTO, SPOT, tungstênio, led,...).
SOFT
No caso de fresneis
dependem da abertura das
abas externas, chamadas
"Bandôs" (do inglês Band-
Door), e servem como
bandeiras que evitam a
dispersão da luz pelos
lados.
EFEITOS DE ILUMINAÇÃO
Lightpainting = pintando com a luz
Motion blur (= borrão de movimento)
Para fazer Light Painting:
• câmera fotográfica DSLR
• tripé ou algum tipo de apoio para manter a câmera parada no lugar
• lanterna, LED ou alguma fonte de luz, como a lanterna do celular

• Modo de fazer:
o local escuro, com nenhuma ou pouca fonte de luz externa;
o a câmera deve estar no tripé e modo manual;
o ajustar o ISO para 100;
o colocar a velocidade do obturador em 30 segundos, em média (pode
ajustar para mais ou menos tempo, se necessário, pois depende do
que quer “desenhar”);
o a abertura do diafragma deve estar mais fechada, em f.8, f.11 ou o
mais;
o posicionar a câmera no local desejado e fazer o foco (deixar no modo
manual também);
o clique no disparador e comece a se mexer/desenhar com
flash/lanterna/luz de LED.
Efeitos de motion blur, panning

Ajustar modo manual ou de prioridade de velocidade (esportes) para


controlar o obturador e evitar a perda total da nitidez. A velocidade do
obturador precisa estar baixa, para que, assim, ele fique aberto o tempo
suficiente de capturar o movimento registrado. Para calcular o valor do
obturador, analise a quantidade de luz e quanto de movimento você quer
que seja registrado na foto. Esse tempo de exposição pode variar entre
segundos, minutos, ou até horas. Para fazer esse tipo de foto, apoie a
câmera em um tripé
Outro desafio é conseguir um detalhe nítido com borrão de movimento
(motion blur): fundo estático e apenas o objeto se movendo. Se acompanhar
o movimento com a câmera (girando eixo na horizontal) faz o panning.
Canon EOS 5D Mark III; 24mm/ƒ/3.2/1/6s/ISO 200. Photo by Ollie Nord.
Canon EOS 6D; 24mm/ƒ/11.0/1/15s/ISO 400. Photo by Ryan Millier.
Referências principais
BALAN, Willians Cerozzi. A iluminação: arte e técnica em
harmonia. Curso de Pós-Graduação Comunicação e Poéticas
Visuais, FAAC, Bauru/SP. (Dissertação de Mestrado). In:
http://www.willians.pro.br/index2.htm

CESCONETTO, Charles. Fotografia cinematográfica. UFSC.


In: http://www.ufsc.br

LANGFORD, Michael. Iluminação: princípios e equipamentos. In:


Fotografia básica de Langford: guia completo para fotógrafos. 8.
ed. Porto Alegre: Bookman, 2009, p. 135-157 (cap. 7).

QUEIROZ,Leandro. Curso de iluminação. In:


http//:www.leandroqueiroz.com.br

SALLES, Filipe. Iluminação. In: http://www.mnemocine.art.br

(*) ver simuladores de iluminação, tutoriais

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