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Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Disciplina: Física Experimental II

Professor: Kennedy Leite Agra

RELATÓRIO DO EXPERIMENTO:
INTERFERÊNCIA, POLARIZAÇÃO E DIFRAÇÃO DA LUZ

ALUNO: VINÍCIUS MONTEIRO DE


FREITAS
MATRÍCULA: 121110044

CAMPINA GRANDE,
08 de ABRIL DE 2023

1. INTRODUÇÃO

Primeiramente, para realização do experimento, alguns termos tais como interferência,


polarização e difração devem ser esclarecidos, pois são fundamentais para o decorrer do
estudo dos fenômenos. A interferência da luz é um fenômeno que ocorre quando duas ou mais
ondas de luz se encontram e se superpõem, criando um padrão de interferência. Esse padrão
pode ser caracterizado pela presença de regiões com intensidades máximas e regiões com
intensidades mínimas. A interferência da luz ocorre quando as ondas de luz estão em fase, o
que significa que as cristas de uma onda coincidem com as cristas da outra, ou quando estão
em fase oposta, o que significa que as cristas de uma onda coincidem com os vales da outra, o
que ocasiona em interferência destrutivas e construtivas.
A difração é um fenômeno que ocorre quando uma onda encontra um obstàculo ou
abertura que faz com que ela se espalhe em diferentes direções. O padrão de difração
resultante depende da forma e do tamanho do objeto ou da abertura em relação ao
comprimento de onda da onda incidente.
Por fim, a polarização da luz é um fenômeno óptico que se refere à orientação do
campo elétrico das ondas de luz. A luz é uma onda que pode se propagar em qualquer direção
perpendicular à direção de propagação. No entanto, a polarização da luz é importante em
algumas aplicações em que é necessária uma orientação específica do campo elétrico.
Existem diferentes métodos para polarizar a luz o método utilizado para polarização
no experimento foi por absorção, em que a luz passa através de um filtro que absorve o campo
elétrico em uma direção específica, que varia de acordo com um ângulo desejado. Uma das
aplicações da polarização da luz é na fabricação de óculos polarizados para reduzir o brilho e
melhorar a visibilidade em superfícies reflexivas, evitando por exemplo a passagem da luz
azul, que de acordo com algumas pesquisas fazem mal à visão humana.

2. MATERIAIS UTILIZADOS

 Fonte de luz branca 12 V – 21 W, chave liga-desliga, alimentação bivolt e sistema de


posicionamento do filamento;
 Base metálica (8x70x3)cm com duas mantas magnéticas e escala lateral de 700 mm;
 Lente de vidro convergente biconvexa ∅50mm, DF 50mm em moldura plástica
com fixação magnética;
 Lente de vidro biconvexa ∅50mm, DF 100mm em moldura plástica com fixação
magnética;

 Diafragma com uma fenda;


 Cavaleiros metálicos;
 Rede de difração com 500 e 1000 fendas/mm;
 Régua 50cm;

 Anteparo para projeção com fixação magnética e régua milimetrada-150mm;


 Lente de vidro convergente plano-convexa com 60mm, DF 120mm, em moldura
plástica com fixação magnética;
 Dois polaróides em moldura plástica com fixação magnética;
 Suporte para disco giratório;
 Disco giratório 23 cm com escala angular e subdivisões de 1º.

3.DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DE ONDA DE LUZ.


3.1 PROCEDIMENTOS
Inicialmente montou-se o experimento conforme a imagem abaixo.

Figura 1 referente a montagem do experimento: Determinação do comprimento de onda de luz.


Fonte: Azeheb, Laboratório de Física.

Posteriormente colocou-se na frente da fonte luminosa uma lente convergente de


distância focal igual a 5 cm. Esta lente é utilizada para iluminar a fenda. Na frente da lente foi
colocado o diafragma com uma fenda.
Foi utilizada uma lente convergente de distância focal 10 cm para projetar a fenda no
anteparo e a posição da lente foi ajeitada para que a luz fique bem nítida, a rede de difração foi
ajustada para que ficasse com 14cm de distância do anteparo de projeção. Então foram medidas
as distâncias do centro de cada cor ao centro do anteparo e anotados em uma tabela, porém
notou-se que na imagem realizada pelo celular as cores pareciam mais nítidas ocasionando
mudanças nos valores anotados, mediu-se a distância X e a para a radiação vermelha: X= 4,4
cm e a=14 cm . A constante da rede de difração tem 500 fendas por mm, ou seja, D = 2000 nm.

Utilizando a equação:
DX
λ= 2 2 (1)
√ (α + X )

Obteu-se λ = 599,65 nm para a cor vermelha.

Figura 2 referente a realização do experimento: Determinação do comprimento de onda de luz.


Fonte: Autoria própria

3.2 ANÁLISES

Posteriormente completou-se a tabela abaixo de acordo com os valores das cores e por
fim foram comparados, realizando uma análise do funcionamento do experimento. Uma
observação importante sobre a realização da tabela, é que alguns valores coletados durante o
experimento foram alterados pois após realizar uma análise nas fotos, a qualidade e divisão de
cores estão mais claras urgindo alterações.

Cor α (m) X (m) λ (10-9 m)


Vermelho 0,14 0,044 648,65
Laranja 0,14 0,041 562,11
Amarelo 0,14 0,039 536,71
Verde 0,14 0,036 498,08
Azul 0,14 0,033 458,85
Violeta 0,14 0,030 419,06
Tabela 1 referente a realização do experimento: Determinação do comprimento de onda de luz.
Fonte: Autoria própria

Comparando os valores achados com a tabela abaixo, referente aos valores teóricos das
luzes em nm, com auxílio da fórmula (1) para encontrar os valores experimentais, além disso os
erros relativos foram realizados, como os valores teóricos estão em intervalos, utilizou-se um
representante para cada intervalo, o valor médio.

Tabela 2 referente aos valores teóricos: Determinação do


comprimento de onda de luz.
Fonte: Guia Laboratório

Observa-se que as cores vermelhas, azul e violeta estão do intervalo desejado, porém as
cores, laranja, amarela e verde não. Com erros relativos de 7,2% , 5,7% e 6,4%,
respectivamente.

3.3 CONCLUSÃO
Ao analisar os valores nota-se que o experimento teve valores esperados e os que foram
diferentes, tiveram erros relativos relativamente baixos, devido à qualidade dos materiais
utilizados e dificuldade de vizualização das cores. A radiação que tem maior comprimento de
onda é a vermelha e a radiação que tem a menor frequência é a violeta, uma vez que a já a
radiação que sofre interferência construtiva mais afastada da raia central é a vermelha.

4 . POLARIZAÇÃO DA LUZ
4.1 PROCEDIMENTOS
Inicialmente montou-se o experimento de acordo com a imagem abaixo.

Figura 3 referente a montagem do experimento: Polarização da luz.


Fonte: Azeheb, Laboratório de Física.

Colocou-se sobre a base metálica um cavaleiro metálico com lente convergente de


distância focal de 12 cm que ficou unida com um diafragma com uma fenda, então na
extremidade um anteparo foi colocado e ligou-se a fonte de luz, e sobre a base metálica um
polaroide fixo foi colocado fixo no cavaleiro e a 10 cm da lente.
Depois ajustou-se para que a fenda projetada fique bem nítida, então observou-se a
projeção luminosa e colocou-se sobre a base metálica o segundo polaroide e a 10 cm do
primeiro polaroide.

4.2 ANÁLISES

Observa-se que a projeção luminosa sobre o anteparo de projeção diminuiu e quando


girou-se o segundo polaroide sobre o cavaleiro num ângulo de 90° em relação ao primeiro
polaroide o feixe de luz desapareceu. Ao repetir os procedimentos acima percebemos que
sempre que a diferença entre os ângulos for de 90º a projeção luminosa desaparece, pois ao
passar pelo primeiro filtro polarizador a luz estará polarizada em apenas um plano, com a
defasagem do segundo

4.3 CONCLUSÃO
Os polarizadores funcionam como uma fenda permitindo que a luz passe apenas em
um plano. No caso de dois polarizadores alinhados na mesma direção, a luz passa pelo
primeiro, mas no segundo não se vê nada, pois não haverá emergência de luz. Dessa maneira,
esse fenômeno só pode acontecer com esse tipo de onda, assim podemos concluir que com as
ondas sonoras não acontece polarização, pois as mesmas são do tipo longitudinal.

5 . POLARIZAÇÃO DA LUZ POR REFLEXÃO.


5.1 PROCEDIMENTOS

Montou-se o experimento conforme a figura abaixo:

Figura 4 referente a montagem do experimento: Polarização da luz por reflexão.


Fonte: Azeheb, Laboratório de Física.

O disco ótico foi girado a 20º, e observou-se o raio refletido, e na mesma direção do
raio refletido o polaróide foi colocado e o feixe refletido foi projetado no anteparo a 10 cm do
polaróide;
O polaróide 90º foi girado e observou-se a projeção do feixe luminoso e o polaróide
foi retornado para a mesma posição. Logo após, o disco ótico 40º foi girado e observou-se o
raio refletido. Reposicionou-se o conjunto polaróide e anteparo de projeçãoe Mais uma vez
girou-se o polaróide de 90º e observamos a projeção do feixe luminoso e retornamos o
polaróide para a mesma posição.

Depois o procedimento foi repetido para os ângulos de 50º e 60º e encontrou-se um


ângulo de reflexão de tal modo que girando o polaróide a projeção desaparece.

5.2 ANÁLISES

Mediu-se o ângulo de incidência que tem a luz polarizada θB=55 ° e o ângulo entre o
raio refletido e o raio refratado α = 90°. A direção de polarização é ortogonal a 120º.
Encontrou-se a tangente do ângulo θB = tan(55°) = 1,428. Comparando este valor com
o índice de refração do acrílico n= 1,487 obtido no experimento anterior com a média dos
valores da tabela. O erro percentual do valor da tangente em relação ao índice de refração e
obtemos o resultado de 4,13%, que é menor que a tolerância de erro 5%.

Figura 5 referente a realização do experimento: Polarização da luz por reflexão.


Fonte: Azeheb, Laboratório de Física.

5.3 CONCLUSÃO
O fato de possuir um erro percentual de 4,13%, que é menor que a tolerância de erro
5%, faz com que em nosso experimento podemos considerar o ângulo de Brewster θB igual o
indice de refração do material.
6. Referências Bibliográficas
NASCIMENTO, Pedro luiz. Apostila de Laboratório de Óptica, eletricidade e magnetismo, Física
Experimental 2, 2012.1. Universidade Federal de Campina Grande – CCT – Unidade Acadêmica de
Física.

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