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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ –

CAMPUS​ ITABIRA
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA
NOME DOS ACADÊMICOS, RA E TURMA
1- Aline Souza Santos - 2016017399 - 01
2- Gabriel Procópio Bicalho - 34641 - 01
3- Isaque de Souza Berbert Tomaz - 2017002238 - 01
4- Júlia Lima Borges - 2017007083 - 01
5- Rafael Rodrigues Lopes - 2017018185 - 01

DISCIPLINA
Laboratório de Física B – FISI06

PROFESSOR(A)
Edelma Eleto da Silva

LABORATÓRIO
Laboratório de Física I

ASSUNTO DA AULA PRÁTICA DATA DA AULA


Polarização da Luz 12/03/2019

1 INTRODUÇÃO
O efeito de polarização está muito presente no cotidiano e possui grandes aplicabilidade para
a Engenharia. Este efeito pode ser visto em ondas de televisão, em alguns lasers, entre outros. Para
esta prática foi feito o experimento com a finalidade de se estudar e verificar a Lei de Malus, com o
efeito da polarização em relação a intensidade da luz, identificando estas características entre uma
luz branca e luz a laser, além de enriquecer o conhecimento dos alunos envolvidos no estudo e
familiarizá-los com tais experimentos em laboratório.

1.1 Polarização
A polarização é uma característica de todas as ondas eletromagnéticas. Uma onda é
linearmente polarizada quando ela possui deslocamentos apenas em uma direção. Segundo Young et
al. (2016) as ondas produzidas por uma emissora de rádio são, em geral, linearmente polarizadas. Os
elétrons na antena de transmissão oscilam verticalmente, produzindo ondas eletromagnéticas
polarizadas verticalmente que se propagam a partir da antena na direção horizontal. Já a luz visível,
vindas de fontes comuns como por exemplo uma lâmpada incandescente ou fluorescente, emitem
luz que não é polarizada (ou luz natural). Neste caso qualquer fonte de luz contém um número
extremamente grande de moléculas com orientações caóticas, de modo que a luz emitida é composta
por ondas polarizadas aleatoriamente em todas as direções transversais possíveis.

1.2 O que é um polarizador?


O filtro polarizador (ou apenas polarizador), é um dispositivo ​que tem a capacidade de
direcionar o feixe de luz em um único plano, ou seja ​deixa passar somente componentes da onda
com polarização em determinada direção. Segundo Young et at. (2016) um filtro polarizador ideal
deixa passar 100% da luz que é polarizada na mesma direção do eixo de polarização e bloqueia
completamente a luz polarizada na direção perpendicular a esse eixo.

1.3 Filtros polarizadores e a interferência entre os ângulos de polarização


Segundo Halliday e Resnick (2012), ao considerar uma luz não polarizada que passa por um
polarizador ideal, pode-se dizer que toda luz que é polarizada paralelamente ao eixo polarizador da
filtro é permitido passar, em contrapartida toda luz que é polarizada perpendicularmente pelo eixo
polarizador é totalmente bloqueada.
Desse modo, o polarizador deixa passar somente metade da intensidade da luz, seja qual for a
orientação do eixo de polarização. ​Como ainda afirma Halliday e Resnick (2012), esta é a chamada
regra da metade. Ao considerar uma luz polarizada pelo primeiro filtro que passa por um segundo
polarizador, no qual recebe o nome de analisador. Este arranjo, a luz polarizada passa pelo segundo
filtro, e a luz polarizada emergente do segundo filtro é dada pela equação 1:

I = I máx cos2 ϕ (1)

Sendo ϕ o ângulo formado entre as linhas dos eixos polarizadores do segundo filtro e o
primeiro filtro. Para definir a direção de polarização da luz transmitida pelo primeiro polarizador,
deve-se girar o polarizador até que a intensidade do feixe de luz seja igual a zero, nesta posição, o
eixo do primeiro polarizador forma um ângulo ϕ = 90º ao eixo do segundo polarizador.
Segundo Halliday e Resnick (2012), a intensidade do feixe transmitido será igual a zero,
quando o ângulo ϕ = 90º, e será máxima, quando o ângulo ϕ = 0º, sendo isto provado se
substituímos esses valores na equação 1. Quando ϕ = 0º, temos cos2 ϕ = 1, logo I = I máx , já se
apresentarmos ϕ = 90º, temos cos2 ϕ = 0 facultando I = 0 , logo a intensidade é nula quando os
ângulos são perpendiculares e máxima quando paralelos.

1.4 A máquina de Polarização


Este tipo de equipamento é utilizado para fazer a verificação da lei de Malus (sendo essa a lei
explicado no tópico 1.3), permitindo medir a intensidade da luz em função do ângulo entre os eixos
dos dois polarizadores. A imagem a seguir demonstra como a máquina é montada, sendo que
segundo a apostila de física IV da USP o polaróide 1 é ajustado para a condição de maior
transmissão, logo após ajusta-se o segundo polaróide com o intuito de deixar os dois polarizadores
com seus eixos de transmissão aliados. Após isso o experimento acontece com o giro do segundo
polarizador e com a análise da reação da intensidade da luz.

Figura 1 - ​Aparato utilizado na verificação da Lei de Malus

Fonte: ​Apostila de física IV USP, 2013.


2 OBJETIVOS
O objetivo da prática é na verificação da Lei de Malus, observando a interferência na
intensidade da onda eletromagnética utilizando um aparato com filtros polarizadores, assim
identificando características na polarização da luz entre essas duas fontes.

3 MATERIAIS E MÉTODOS
Para esta prática, foi utilizado os seguintes materiais:
- Aparato utilizado na verificação da Lei de Malus;
- Fonte de luz branca;
- Fonte de Luz a laser;
Este equipamento utilizado na prática pode ser visto na Figura 2, a seguir:
Figura 2 ​- Equipamento utilizado a prática.

Fonte:​ Autores da pesquisa, 2018​.

Primeiro procedimento foi direcionar a luz a laser no sensor, captando a sua intensidade de
luz. Após isto, foi colocado o primeiro filtro polarizador e assim foi coletado o dado fornecido de
sua intensidade de luz emergente do filtro. Com o primeiro polarizador posicionado, deu-se passes
de 10º em 10º e anotou todos os valores de intensidade da luz captados numa volta de 360º.
Em seguida, o primeiro filtro foi reajustado para o passe de 0º e se colocou um segundo filtro
polarizador, repetindo o processo, dando passes de 10º em 10º no segundo filtro. Os dados da
intensidade da luz a laser foram coletados em uma volta de 360º no segundo filtro. O mesmo
procedimento foi seguido para a luz branca.

4 ANÁLISE DE DADOS

Após a realização do experimento o grupo coletou os dados obtidos a cada 10º de curvatura
no polarizador e plotou o seguinte gráfico, figura 3, o qual demonstra o comportamento da lâmpada
de LED ao passar por um polarizador. Pode-se perceber que a curva tem um comportamento que se
assemelha a uma função periódica. É válido ressaltar que o ângulo de polarização desta lâmpada é
aproximadamente 80 graus, tendo um intervalo de aproximadamente 180 graus para seus pontos de
menor incidência de luz.

Figura 3 ​- Curva com lente polarizada e luz infravermelho.

Fonte:​ Autores da pesquisa, 2018​.


Já a figura 4 mostra o comportamento da luz ao ser submetida a dois polarizadores, sendo
que o primeiro é truncado no ângulo 0 e o segundo polarizador vai sendo rotacionado e tomada as
medidas a cada 10 graus. Dessa forma é possível perceber que o gráfico se comporta da maneira
esperada, pois tem um comportamento de cossenóide, assim como a lei de Malus demonstra. O
gráfico que mostra este comportamento pode ser visto na figura 4 a seguir:

Figura 4​ - Gráfico de intensidade da luz a laser emergente do segundo polarizador

Fonte:​ Autores da pesquisa, 2018.


Figura 5​ - Gráfico de intensidade da luz branca emergente em um polarizador

Fonte:​ Autores da pesquisa, 2018.

A figura 5 foi referente o comportamento da luz ao ser submetida a apenas um polarizador, entretanto o
grupo não teve êxito com o experimento, durante o experimento alguns alunos abriram a porta da sala onde
estava o equipamento, e assim afetando nos resultados, contudo usamos o resultado dos alunos que fizeram a
prática depois de nós.
Figura 6​ - Gráfico de intensidade da luz branca emergente em um polarizador

Fonte:​ Autores da pesquisa, 2018.

A figura 6 foi referente o comportamento da luz ao ser submetida a apenas um polarizador e foi concluído
que ao ser alternado o 0° a 90°, não teve diferença no comportamento do feixe de luz branca e que a luz
branca foi polarizada.
Figura 7​ - Gráfico de intensidade da luz branca emergente do segundo polarizador

Fonte:​ Autores da pesquisa, 2018.

A figura 7 é referente ao comportamento da luz sujeitado a dois polarizadores e foi observado que quando
a lente do segundo polarizador é rotacionada de 0° a 360°, ocorreu uma conduta ​de cossenóide, assim
como a lei de Malus demonstra.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização desse experimento teve como objetivo verificar a Lei de Malus a partir de
observações do comportamento da intensidade da luz (luz branca e luz a laser) ao serem utilizados
filtros polarizadores. De acordo com a análise dos resultados obtidos na prática, pode-se concluir
que a compreensão dos autores deste trabalho, a respeito do comportamento apresentado por
radiações luminosas, de diferentes comprimentos de onda e de diferentes modos de propagação, foi
amplamente crescente, tanto durante a realização do experimento, quanto durante a análise dos
dados obtidos. Percebeu-se ainda, que pequenas perturbações do meio, durante o ensaio, podem
influenciar em resultados que indiquem comportamentos estranhos da luz, principalmente a luz
branca ao passar pelo polarizador, que são inexistentes e que aparecem devido influências externas,
o que influi em baixa precisão dos dados e em incapacidade de análise destes.
Concluiu-se com base nos experimentos que para o comportamento da luz de LED vermelha
ao passar pelo primeiro filtro polarizador, obteve resultados satisfatórios. Isso se deve ao fato de sua
intensidade se manter constante até decair em seu pico no ângulo de 70 graus, entre intervalos de
90º. Logo, pelos princípios da Lei de Malus, a luz de LED vermelha é uma luz polarizada, e seu
ângulo de polarização pode ser localizado nos vales de oscilações da curva cossenóide da figura 4,
que é de 70 graus.
Foi observado também, que algumas teorias apresentadas anteriores a execução do ensaio,
foram confirmadas após a avaliação dos resultados, como por exemplo o comportamento
apresentado pelos dados graficamente, que se assemelham deveras a comportamentos de funções
cosseno, conforme a equação 1, que rege o desempenho da luz passando por dois polarizadores.
Percebeu-se, que realmente, quando o ângulo de polarização entre o primeiro polarizador e o
analisador é igual a zero, a intensidade da luz é máxima e o contrário também foi observado, a
intensidade foi mínima quando o ângulo era 90º.
Assim, considera-se que o principal objetivo proposto durante o procedimento, provar a Lei
de Malus foi alcançado, principalmente, se considerar a necessidade apenas didática da execução do
ensaio, embora releva-se que seja preciso, dependências mais adequadas com menor número de
possíveis perturbações durante o procedimento.

REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David; RESNICK,Robert; WALKER,Jearl. ​FUNDAMENTOS DE FÍSICA: ​Óptica


e Física Moderna. 9. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2012.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS. ​Laboratório


de Ensino de Física​. Laboratório de Física IV: livro de práticas/ compilado por Tiago Barbim
Batalhão [et al]. São Carlos: Instituto de Física de São Carlos, 2013. 264p.
YOUNG, Hugh D. et al.​ Física IV​: ótica e física moderna. Colaboração de A. Lewis Ford, Tradução
de Daniel Vieira, Revisão técnica de Adir Moysés Luiz. 14 ed. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2016.

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