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FISI06 • Laboratório de Física B •2023

8/10

Relatório - Aula prática

EXPERIMENTO DIFRAÇÃO E INTERFERÊNCIA DA LUZ

BRUNA DE LIMA FURTADO


Matrícula : 2018011670, Curso: ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
HUGO ALVES DE ALMEIDA
Matrícula : 2021020751 , Curso: ENGENHARIA ELÉTRICA
IARA MARINA COSTA SOUZA
Matrícula : 2021022738, Curso: ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

RESUMO: O relatório descreve um experimento com o objetivo de analisar os padrões de


difração e de interferência da luz e determinar a largura e distância entre fendas a partir
desses padrões. Para isso, foi utilizado um laser, lâmina com fendas e orifícios de diferentes
dimensões, suporte para lâmina, trena, anteparo, e detector de luz. Inicialmente, o feixe do
laser foi configurado com um fio de cabelo para determinar a espessura de um fio de cabelo
através de um cálculo utilizando a distância entre a fenda do laser e o anteparo e o
comprimento de onda (𝛌) previamente conhecido. Também foi feita uma configuração com
o feixe do laser para a fenda dupla identificada na lâmina, e as figuras de interferência
observadas foram copiadas. Com base nas medidas obtidas, foi possível determinar qual das
duas fendas duplas produziria uma figura de interferência com os máximos de intensidade
mais próximos um do outro. Na análise de resultados, foi discutido qual das fendas produzia
uma figura de difração com o máximo central mais largo, explicando o motivo desse
resultado. Além disso, foi considerada a tendência observada nas figuras registradas e
determinado como seria a figura de difração se a fenda fosse muito estreita ou muito larga,
verificando a conformidade com os princípios teóricos. Medindo as distâncias dos quatro
primeiros mínimos de intensidade ao centro do padrão de difração na figura de difração, foi
possível determinar o melhor valor para a largura da fenda.

Palavras-chave: Fenda dupla; difração da luz; interferência da luz.

INTRODUÇÃO

No século XVII, a luz era amplamente considerada como partículas de matéria,


conforme proposto por Isaac Newton. No entanto, durante o século XIX, pesquisadores
como Thomas Young e Augustin-Jean Fresnel começaram a questionar essa visão e
sugeriram que a luz poderia ter natureza ondulatória. O experimento de difração e
interferência da luz foi projetado para testar essa hipótese e elucidar o comportamento da
luz quando passava por aberturas ou obstáculos.
O experimento envolve a passagem de um feixe de luz através de uma fenda estreita
ou de uma abertura circular. Quando a luz atinge essa abertura, ocorre o fenômeno da
difração, que é a tendência da luz de se espalhar ao passar por uma abertura ou ao
encontrar um obstáculo. Esse fenômeno resulta na curvatura e propagação da luz em várias
direções.
Além disso, quando duas ou mais ondas de luz se encontram após passar por
diferentes aberturas, ocorre o fenômeno da interferência. Isso significa que as ondas
luminosas se combinam e interagem umas com as outras, podendo resultar em padrões de
interferência, com regiões de reforço (máximos) e regiões de cancelamento (mínimos).
O experimento de difração e interferência da luz tem sido realizado de várias
maneiras ao longo dos anos, usando diferentes configurações, como o experimento da fenda
dupla, onde dois estreitos sulcos são utilizados para criar os padrões de interferência.
Os resultados desses experimentos confirmaram a natureza ondulatória da luz, uma
vez que os padrões de interferência observados não podiam ser explicados pelo modelo de
partículas de Newton. Essas descobertas foram fundamentais para o desenvolvimento da
teoria da onda eletromagnética e para a compreensão de muitos outros fenômenos ópticos,
como a formação de arco-íris, a difração de ondas sonoras e a interferência de ondas de
rádio.
Em resumo, o experimento de difração e interferência da luz foi uma peça-chave na
história da óptica, permitindo-nos entender que a luz se comporta como uma onda, e não
apenas como partículas. Essa compreensão tem implicações profundas em diversas áreas da
ciência e tecnologia, desde a construção de microscópios e telescópios até a exploração da
luz em diversas aplicações modernas, como a holografia e a fibra óptica.

MATERIAIS E MÉTODOS

Os materiais e métodos utilizados no experimento de difração e interferência da luz


são os seguintes:

● Laser
● Lâmina com fendas e orifícios de várias dimensões
● Suporte para lâmina
● Anteparo
● Trena
● Detector de luz.

Os seguintes métodos foram adotados durante o experimento:

Entendimento e montagem: Foi entendido mais sobre o aparato previamente


montado que foi utilizado durante o experimento.
Cálculo da espessura de um fio de cabelo: Foi estendido um fio de cabelo
verticalmente na frente da fenda do laser. Foi observada e copiada a projeção do laser sobre
o anteparo e foram medidas as distâncias entre as franjas claras e franjas escuras. Com a
trena, foi medido a distância entre a fenda do laser com o fio de cabelo e o anteparo. Com
as medidas obtidas e o comprimento de onda (𝛌) previamente conhecido, a espessura do fio
de cabelo, em milímetros, foi calculada.
Interferência em fenda dupla: Com a trena, foi medido a distância entre a fenda do
laser e o anteparo. Foi observada e copiada a projeção do laser sobre o anteparo e foram
medidas as distâncias as distâncias dos quatro primeiros mínimos de intensidade ao centro
do padrão de difração (θ = 0).
Análise dos resultados: Com base nas medidas obtidas, foi possível estabelecer a
relação entre a figura de difração, o máximo central e as fendas, determinando o melhor
valor para a largura da fenda.
É importante ressaltar que os métodos e materiais podem variar de acordo com o
equipamento disponível e o objetivo específico do experimento. No entanto, a configuração
básica descrita acima é comumente utilizada para estudar a difração e interferência da luz.

RESULTADOS E ANÁLISE DE DADOS


Fenda Simples

Para determinar o comprimento de onda de um feixe de luz utilizando uma fenda


simples, primeiro coletamos a distância entre o quadro e o laser, do qual obtivemos o valor
de L= 5,90 metros, utilizamos no experimento fendas de espessuras distintas sendo elas de
0,02 mm; 0,04mm; 0,08mm; 0,16mm; de tal forma que iremos determinar o comprimento
de onda da luz emitida pelo laser para as diferentes tipos de fendas, observando a distância
entre dois máximos adjacentes emitidas no quadro, chegamos aos seguintes resultados
como pode ser visto na Tabela 1. Para obtermos o comprimento de onda pode-se utilizar a
fórmula que diz que os mínimos de difração é:

𝑎 * 𝑠𝑒𝑛 (θ) = 𝑚λ

Como foi realizado a medida da primeira faixa de difração, tem-se que m = 1.


Portanto, de forma simplificada, pode-se obter o comprimento de onda como:

λ = 𝑎 𝑡𝑎𝑛(θ)

Tabela 1 - Comprimento de onda da fenda simples.

Fenda - a (m) Difração - Ym (m) Tan (rad) (Ym/2) (m) λ (nm)

0,00002 0,375 0,031779661 0.1875 635,59 ± 0.69%

0,00004 0,196 0,016610169 0.098 664,40 ± 3.81%

0,00008 0,095 0,008050847 0.0475 644,06 ± 0.63%

0,00016 0,0475 0,004025423 0.02375 644,06 ± 0.63%

Fonte: Autores (2023).

O comprimento de onda do laser é de 640nm, desta forma os valores encontrados


estão próximos do valor real.
Fenda dupla

Para determinarmos o comprimento de onda de um feixe de luz utilizando um de


fenda dupla, primeiro preparamos o dispositivo com duas fendas estreitas posicionadas
paralelamente e separadas por uma distância conhecida. O laser foi colocado de uma forma
que o feixe que passa através das fendas projete um padrão de interferência no quadro.
Medimos e registramos a distância entre as fendas e o quadro onde o padrão de
interferência é observado e medimos L = 6,26 metros. Observando o padrão de interferência
resultante no quadro vemos uma série de faixas claras e escuras alternadas, chamadas de
franjas de interferência. Registramos a distância entre duas franjas de interferência
adjacentes. Os dados obtidos assim como o comprimento de onda calculado encontra-se na
Tabela 2,usamos a seguinte fórmula para calcular o comprimento de onda (λ) do laser:

λ = 𝑑 * 𝑡𝑎𝑛(θ)

Onde:

𝑑
θ= 𝐿

Tabela 2 - Fenda dupla.

Fenda - a (m) Fenda - d (m) Ymáx (m) Tan (rad) λ (nm)

0,00004 0,0005 0,008 0,001277955 638,97

0,00004 0,00025 0,013 0,002076677 519,16

0,00008 0,0005 0,008 0,001277955 638,97

0,00008 0,00025 0,015 0,002396166 599,04

Fonte: Autores (2023).


Qual o valor encontrado para cada conjunto de medidas?
a tabela deve ser explicada no texto. o que é cada variável? não há
CONSIDERAÇÕES FINAIS especificações.
Em conclusão, os experimentos de interferência e difração da luz revelam a natureza
ondulatória da luz e fornecem insights fundamentais sobre o comportamento da luz como
uma onda eletromagnética. A interferência ocorre quando duas ou mais ondas de luz se
encontram e se combinam ou se anulam, criando padrões de interferência característicos,
como os observados em experimentos de fenda dupla. Esses padrões demonstram
claramente que a luz exibe propriedades de onda, como a capacidade de se superpor e
interferir construtiva ou destrutivamente.
Além disso, a difração é o fenômeno pelo qual a luz se curva ao redor de obstáculos
ou passa por aberturas estreitas, espalhando-se em várias direções. Isso também evidencia
o comportamento ondulatório da luz, pois ocorre quando a luz encontra um obstáculo ou
uma abertura comparável ao seu comprimento de onda.
Esses experimentos têm implicações significativas em várias áreas da ciência e da
tecnologia. Por exemplo, na óptica, eles são a base para o funcionamento de dispositivos
como hologramas e grades de difração, que são amplamente utilizados em aplicações como
imagem tridimensional, análise espectral e medição precisa de comprimentos de onda.
Além disso, esses experimentos foram cruciais para o desenvolvimento da teoria
eletromagnética de Maxwell, que unifica a luz como uma onda eletromagnética com outras
formas de radiação eletromagnética.
Em suma, os experimentos de interferência e difração da luz são pilares da óptica
moderna e evidenciam a natureza ondulatória da luz, proporcionando uma compreensão
mais profunda dos fenômenos relacionados à luz e suas aplicações práticas.

REFERÊNCIAS

EDUCA MAIS BRASIL. Educa Mais Brasil - Bolsas de Estudo de até 70% para Faculdades –
Graduação e Pós-graduação. Disponível em:
<https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/fisica/difracao>. Acesso em: 26jun. 2023.

Guimarães, Vadir. Instituto de física. Aula: difração. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4892836/mod_resource/content/1/aula_3_difraç
ão_2019.pdf>. Acesso em: 28 jun. 2023.

INTERFERÊNCIA E DIFRAÇÃO DA LUZ INTRODUÇÃO. [s.l: s.n.]. Disponível em:


<https://www.fisica.ufmg.br/ciclo-basico/wp-content/uploads/sites/4/2020/05/Interferenci
a_e_difracao-da-luz.pdf>.

Interferência e Difração. [s.l: s.n.]. Disponível em:


<http://www.if.ufrgs.br/fis01038/interfdifracao.pdf>.

Melo, Pâmella. Mundo educação. Difração. [s.l: s.n.]. Disponível em:


<https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/o-fenomeno-difracao.html>. Acesso em: 28
jun.2023.

Teoria -Difração e Interferência Objetivos. [s.l: s.n.]. Disponível em:


<http://www.fap.if.usp.br/~vannucci/2014_FisicaIV_EngEletrica_2a-Exp_difreinterf_teoria.p
df>.

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