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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE MECÂNICA
PRÁTICA 5: REFLEXÃO E REFRAÇÃO DA LUZ

1 OBJETIVOS

- Verificar as leis da reflexão.


- Estudar a formação de imagens em um espelho plano
- Verificar como se comporta um feixe luminoso ao passar de um meio transparente para outro com
diferente índice de refração.
- Determinar o índice de refração do acrílico.
- Observar a reflexão total.

2 MATERIAL

- Fonte luminosa;
- Disco graduado;
- Corpo ótico semicircular;
- Espelho plano fixo em base de madeira;
- Espelho plano semitransparente em acrílico;
- Bloco com fenda em acrílico;
- Dois espelhos planos articulados;
- Dado (objeto real);
- Fita plástica;
- Papel com diagrama.

3 FUNDAMENTOS
Quando a luz atinge a superfície de separação entre dois meios transparentes, três fenômenos ocorrem
simultaneamente: reflexão, refração e absorção.
Nesta prática estudaremos a reflexão, a formação de imagens em um espelho plano e a refração.

REFLEXÃO DA LUZ E FORMAÇÃO DE IMAGENS


A reflexão consiste no retorno ao meio por onde incidiu a luz, após atingir uma superfície de separação
deste meio com outro. Ela obedece a duas leis:

“O raio incidente, o raio refletido e a normal, estão num mesmo plano”


“O ângulo de reflexão é igual ao ângulo de incidência”
Com relação ao espelho plano, verificaremos que as imagens são virtuais (se os objetos forem reais);
direitas, e do mesmo tamanho do objeto (Obs: os espelhos planos fornecem imagens reais de objetos virtuais).

REFRAÇÃO DA LUZ

Sempre que um feixe de luz atinge a superfície de separação entre dois meios transparentes, parte da
luz é refletida e parte é transmitida. Nesta atividade prática analisaremos o comportamento do feixe luminoso
que é transmitido. Observaremos que ao passar do ar para o acrílico, o feixe luminoso sofre um desvio. Este
fenômeno chama-se refração, e obedece a duas leis gerais:

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“O raio incidente, o raio refratado, e a normal à superfície no ponto de incidência são co-planares”
“A razão entre o seno do ângulo de incidência e o seno do ângulo de refração é constante”.
Esta última assertiva é a conhecida “Lei de Snell”. A este valor constante dá-se o nome de índice de refração.
O índice de refração é um valor relativo entre os dois meios considerados. Em geral, define-se como índice de
refração absoluto de um meio, o índice de refração deste meio em relação ao do vácuo, cujo valor é 1.

4 PROCEDIMENTO

PROCEDIMENTO 1: Leis da Reflexão.

Figura 1. Fonte de luz ajustada para incidir com ângulo de incidência de 0o.

Fonte: o autor.

1.1 Coloque o espelho plano no centro do disco ótico, exatamente sobre a linha vertical, como na Figura 1.
1.2 Utilize a caixa luminosa com o diafragma de uma abertura colocado na saída de luz através da lente.
1.3 Faça o raio de luz incidir no espelho plano com um ângulo de incidência de 60o. O raio deve incidir
exatamente no ponto de interseção das linhas vertical e horizontal do disco ótico.
1.4 Leia o ângulo de reflexão e anote na Tabela 1.
1.5 Repita o procedimento para os outros ângulos indicados na Tabela 1.
1.6 Observe que em todos os casos, o raio incidente, o raio refletido, e a normal estão em um mesmo plano.

Tabela 1. Resultados experimentais.


Ângulo de Incidência () Ângulo de Reflexão ()
60o
50o
40o
30o
20o
10o
0o

PROCEDIMENTO 2: Desvio de um raio refletido ao girar o espelho plano.

2.1 Coloque o espelho plano no centro do disco ótico sobre a fita plástica e o conjunto (espelho + fita plástica)
exatamente sobre a linha vertical, como mostra a Figura 2. Observe a trajetória do raio refletido.
2.2 Gire o espelho plano de 10o e anote de quanto gira o raio refletido.
2.3 Partindo sempre da mesma situação inicial, item 2.1, repita o procedimento 2.2 para os outros ângulos
indicados na Tabela 2.2.

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Figura 2. Arranjo experimental para permitir a rotação do espelho plano de um ângulo conhecido.

Fonte: o autor.

Tabela 2.
Giro do Espelho 10o 20o 30o 45o 60o
Giro do raio refletido

PROCEDIMENTO 3: Formação de imagem em um espelho plano.

3.1 Coloque o espelho plano semitransparente verticalmente sobre a linha apropriada da Figura Anexa.
3.2 Observando através do espelho, desenhe uma cópia do objeto (vela) no lugar onde se forma a imagem.
3.3 Prolongue os raios refletidos e verifique que para o observador, tudo se passa como se um objeto estivesse
na posição da imagem formada pelo espelho plano.
3.4 Meça a distância do ponto A (objeto) ao espelho. Meça também a distância da imagem de A ao espelho.
Anote.

PROCEDIMENTO 4: Imagens formadas por dois espelhos planos.

4.1 Coloque dois espelhos planos formando um ângulo de 120o.


4.2 Coloque um objeto (o dado) entre os espelhos de modo que o mesmo se localize no plano bissetor do diedro
formado pelos dois espelhos, observe e anote o número de imagens formadas. Anote também o número de
imagens formadas quando o objeto entre os espelhos não está sobre o plano bissetor.
4.3 Repita o procedimento anterior para os outros ângulos indicados na Tabela 3.

Tabela 3. Número de imagens formadas por dois espelhos planos.


Ângulo entre os Espelho 120o 90o 72o 60o 45o 40o
Número de imagens
(objeto no plano bissetor)
Número de imagens
(objeto próximo a um dos espelhos)

PROCEDIMENTO 5: Índice de refração do acrílico.

5.1 Coloque o corpo ótico semicircular sobre o disco ótico exatamente sobre a linha vertical como mostra a
Figura 3.
5.2 Utilize a fonte luminosa posicionada próxima do disco ótico.
5.3 Faça o feixe de luz incidir no corpo óptico semicircular exatamente sobre o eixo ótico (linha fazendo 0o
com a normal ao plano de incidência).
5.4 Se as posições do corpo ótico e da fonte luminosa estiverem corretas o feixe luminoso passará através do
corpo ótico sem sofrer desvio (faça ajustes se necessário).
5.5 Gire o disco ótico até que o feixe de luz incidente forme com a normal um ângulo de 10o. O feixe de luz
deve incidir exatamente no ponto de interseção das linhas verticais e horizontais do disco ótico.
5.6 Leia o ângulo de refração e anote na Tabela 4.
5.7 Repita o procedimento para os outros ângulos da Tabela 4.

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Figura 3. Fonte de luz ajustada para incidir com ângulo de incidência de 0o.

Fonte: o autor.

Tabela 4 - Resultados para o acrílico.


ângulo de ângulo de sen(i) sen(r) sen(i)/sen(r)
incidência (i) refração (r)
0o
10o
15o
30o
45o
50o
60o
75o

PROCEDIMENTO 6: Reflexão total.

6.1 Posicione o corpo ótico de forma que o feixe luminoso incida sobre sua superfície semicircular como
mostra a Figura 4. Faça o raio de luz incidir exatamente sobre o eixo ótico. Se as posições do corpo ótico
e da fonte luminosa estiverem corretas o raio de luz deve atravessar toda a peça de acrílico sem sofrer
desvio. O feixe incidente deve incidir sempre exatamente sobre o centro do disco ótico.
6.2 Gire o disco ótico até que o feixe incidente incida sobre a superfície do corpo ótico fazendo um ângulo de
30o com o eixo ótico.
6.3 Meça o ângulo de refração (ângulo de desvio do feixe que emerge do corpo ótico). E anote na Tabela 5.
6.4 Repita o procedimento para os outros ângulos da Tabela 5.
6.5 Girando o disco ótico procure o ângulo de incidência para o qual o ângulo de refração será 90o. Anotar
seu valor na Tabela 5.

Figura 4. Fonte de luz ajustada para incidir na superfície semicircular da peça de acrílico.

Fonte: o autor.

Tabela 5 – Ângulos de refração em função do ângulo de incidência.


ângulo de incidência 30o 35o 40o 50o
ângulo de refração 90o

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5 QUESTIONÁRIO

1. Que conclusão podemos tirar dos resultados da Tabela 1?


2. Generalize o resultado do PROCEDIMENTO 2.
3. Qual a relação entre a distância do objeto ao espelho e a distância da imagem ao espelho?
4. Qual a relação que fornece o número de imagens, N, formadas por dois espelhos planos que formam
um ângulo , para um objeto localizado no plano bissetor entre eles?
5. Considerando o PROCEDIMENTO 1, explique por que o feixe de luz não se desvia novamente ao sair
do corpo ótico semicircular.
6. Dos dados da Tabela 4.1, determine o valor médio do índice de refração do acrílico.

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Figura Anexa

Inclua esta figura em seu Relatório.

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