Você está na página 1de 6

1.

Reflexão e Refração da Luz

1 OBJETIVOS

Verificar as leis da reflexão de um feixe de luz por espelhos planos e espelhos cilíndricos e as leis da
refração por uma lente óptica.

 Verificar o princípio de propagação retilínea da luz.


 Determinar o índice de refração do material acrílico de uma lente.
 Determinar o ângulo limite para Reflexão Interna Total.

2 MATERIAL UTILIZADO

Banco óptico, fonte de luz, disco graduado ("Ray Table Degree Scale") e respectiva base, acessórios
tipo fenda única ("Slit Mask") e múltipla ("Slit Plate") e respectivos suportes para o banco óptico, acessório
Anteparo ("Viewing Screen"), suporte específico para ser usado sobre o disco graduado, lente cilíndrica
("Cylindl'ical Lens"), espelho óptico, lente de raios paralelos.

3 ROTEIRO DE ESTUDOS

1. Escreva a lei da reflexão.

RESPOSTA: Reflexão é o retorno de um raio incidente para o meio do qual o raio é proveniente, ao
atingir a superfície. (ver figura)

2. Quais são os dois fatos experimentais descritos na lei da reflexão?

RESPOSTA: 1 – raio incidente, raio refletido e a normal são coplanares.


2 – o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão (θi = θr).

3. Defina refração da luz.

RESPOSTA: Refração é a passagem de um feixe de luz de um meio para outro. Caso o raio incida
obliquamente na superfície, o raio refratado mudará de direção, o que não ocorrerá se o raio incidente
for perpendicular a superfície.

4. Expresse a lei da refração (lei de Snell) e identifique cada grandeza envolvida.

RESPOSTA: n1senθi = n2senθr, onde n1 = índice de refração do meio 1, n2 = índice de refração do


meio 2. Se o raio passar de um meio MENOS refringente (n1<n2 e θi>θr) para um MAIS refringente, o
raio refratado se APROXIMA da normal. Se o raio passar de um meio MAIS refringente (n1>n2 e θi<θr)
para um MENOS refringente, o raio refratado se AFASTA da normal.

5. O que é reflexão interna total?

RESPOSTA: RIT é quando um raio se propaga de um meio MAIS refringente para um meio MENOS
refringente, com um ângulo de incidência superior a um certo ângulo limite. Todo feixe de luz incidente é
refletido. Para o ângulo crítico (limite) o raio refratado é paralelo à superfície (perpendicular a normal).

6. Qual é a expressão que define o ângulo crítico na reflexão interna total?

RESPOSTA: Para que ocorra a RIT, o ângulo de incidência deve ser maior que o ângulo limite (ou
crítico): nmaiorsenθc = nmenorsen90° → senθc = nmenor/nmaior
7. Para ocorrer reflexão interna total, ao incidir numa interface, a luz deve estar no meio de maior ou
menor índice de refração?

RESPOSTA: O feixe de luz deve passar de um meio MAIS refringente (nmaior) para um MENOS
refringente (nmenor).

8. Cite três situações do cotidiano onde os fenômenos estudados estão envolvidos e são relevantes.

RESPOSTA: Fibra óptica, miragem e arco-íris.

4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

REFLEXÁO EM ESPELHOS PLANOS

 Monte o equipamento conforme a Figura 1.


 Ajuste os componentes sobre o banco óptico, tal que um feixe de luz fique alinhado com a reta do
disco graduado denominada "NORMAL", Se for necessário, use o botão que está localizado na parte
superior da fonte de luz para alinhar adequadamente o filamento da lâmpada.
 Sobre o disco graduado coloque o Espelho Óptico conforme a Figura 2.
 Com cuidado, alinhe a superficie plana do espelho formando um ângulo de 90° com a reta
"NORMAL" do disco graduado, ficando completamente alinhada sobre a outra reta do disco -
"COMPONENT'.
 Gire o disco graduado e observe o feixe de luz.
 Meça os ângulos de incidência e de reflexão com relação à reta "NORMAL".
 Preencha a Tabela 1 e responda as questões da Análise de Resultados.

TABELA 1 - Ângulos de incidência e reflexão.


Âng. de incidência Áng. de reflexão

10°
20°
30°
40°
50°
60°
70°
80°
90°

REFLEXÃO EM ESPELHOS CILÍNDRICOS

 Monte o equipamento conforme a Figura 1.


 Ajuste os componentes sobre o banco óptico, tal que um feixe de luz fique alinhado com a reta do
disco graduado denominada "NORMAL". Se for necessário, use o botão que está localizado na parte
superior da fonte de luz para alinhar adequadamente o filamento da lâmpada.
 Sobre o disco graduado coloque o Espelho Óptico.
 Com cuidado, alinhe a parte central da superfície convexa do espelho formando um ângulo de 90°
com a reta "NORMAL" do disco graduado, ficando alinhada tangencialmente com a reta denominada
"COMPONENT".
 Gire o disco graduado e observe o feixe de luz.
 Meça os ângulos de incidência e de reflexão com relação à reta "NORMAL".
 Repita para a superficie côncava do espelho cilíndrico.
 Preencha a Tabela 2 e responda as questões da Análise de Resultados.
TABELA 2 - Ângulos de incidência e reflexão em espelho cilíndrico.
Superfície Convexa Superficie Concava
Ângulo de Ângulo de Ângulo de Ângulo de
incidência reflexão incidência reflexão
0° 0°
10° 10°
20° 20°
30° 30°
40° 40°
50° 50°
60° 60°
70° 70°
80° 80°
90° 90°

DISTÂNCIA FOCAL DE ESPELHOS CILÍNDRICOS

 Monte o equipamento conforme a Figura 1, porém, somente com a fenda múltipla, sem a fenda
única. Você terá então um feixe de luz divergente.
 Coloque a lente de raios paralelos (lente convergente) entre a fonte e a fenda múltipla, ajustando
para que todos os feixes fiquem paralelos à linha "NORMAL" do disco graduado.
 Coloque o espelho com a superficie côncava alinhada como nas montagens anteriores.
 Determine a distância entre o ponto central do espelho e o ponto onde os feixes refletidos pelo
espelho convergem. Essa distância é denominada distância focal do espelho.Repita a operação para
o caso do espelho convexo. É importante colocar uma folha de papel entre o espelho e o disco, para
marcar o vértice e também dois pontos sobre cada raio. Utilize o prolongamento dos raios para
determinar a distância focal.

REFRAÇÃO - LEI DE SNELL

 Monte o equipamento conforme a Figura 1.


 juste os componentes sobre o banco óptico, tal que um feixe de luz fique alinhado com a reta do
disco graduado denominada "NORMAL". Se for necessário, use o botão que está localizado na parte
superior da fonte de luz para alinhar o filamento da lâmpada .
 Coloque a Lente Cilíndrica sobre o disco graduado (conforme a Figura 3). Ângulo de e Alinhe a
superfície plana da lente com Refração a linha denominada "COMPONENr' do disco graduado, tal
que a reta "NORMAL" seja perpendicular à superfície plana considerada .
 Gire o disco graduado e observe o que ocorre ao feixe de luz.
 Meça os ângulos de incidência e de refração com relação à reta "NORMAL" (observe a Figura 3).
 Preencha a tabela 3 e responda as questões da Análise de Resultados.

TABELA 3 - Ângulos de incidência e refração.


Ângulo de Ângulo de
Seno do ângulo θ1 Seno do ângulo θ2
incidência (θ1) incidência (θ2)
0° 0°
10° 10°
20° 20°
30° 30°
40° 40°
50° 50°
60° 60°
70° 70°
80° 80°
90° 90°

REFLEXÃO INTERNA TOTAL

 Monte o equipamento conforme a figura 1 e coloque a Lente Cilíndrica sobre o disco graduado.
 Ajuste os componentes sobre o banco óptico, tal que apenas um feixe de luz incida sobre a
superfície curva da lente (veja também a Figura 4).
 Verifique se os ângulos de incidência e de reflexão são consistentes com a lei da reflexão .
 Observe atentamente se ocorre reflexão do feixe incidente para todos os ângulos de incidência.
 Observe atentamente se há refração para todo feixe de luz que incide sobre a lente. Repita este
procedimento para todos os ângulos de incidência possíveis.
 Verifique como varia a intensidade do feixe refletido e refratado com o ângulo de incidência.
 Verifique para que ângulo de incidência toda a luz é refletida, não ocorrendo nenhuma refração.
Indique este ângulo na forma explícita.
 Para um ângulo de incidência próximo daquele observado no item anterior, observe o feixe refratado
(é possível projetá-Io sobre um anteparo "Viewing Screen"). Verifique a decomposição da luz branca,
anotando qual cor sofre maior desvio e qual cor sofre o menor desvio.
 Responda as questões da Análise de Resultados.

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

REFLEXÃO

1. Qual a relação observada entre o ângulo de incidência e o ângulo de reflexão num espelho plano?

RESPOSTA: O ângulo de incidência e de reflexão são iguais em relação a normal comum.

2. Como se pode comprovar experimentalmente que o plano de incidência (formado pelo raio incidente
e a normal) coincide com o plano de reflexão (formado pelo raio refletido e a normal)?

RESPOSTA: Porque todos podem ser visualizados experimentalmente no plano do disco.

3. Se o feixe incidente estiver paralelo ao eixo de simetria de um espelho cilíndrico, mas não for
coincidente com este eixo, ainda vale a lei de reflexão?

RESPOSTA: Sim pois a lei é referenciada a partir de uma reta normal local ao ponto de incidência.

REFRAÇÃO - LEI DE SNELL

1. Construa um gráfico com sen(θRefração) representado no eixo x e sen(θIncidência) representado no eixo y.

RESPOSTA: (ver gráfico)

2. Qual é a forma do gráfico encontrado?

RESPOSTA: Uma reta.

3. Determine o coeficiente angular da curva obtida acima.

RESPOSTA: n1senθi = n2senθr → senθi = (n2/n1)*senθr


↑ ↑ ↑
y a x b=0
narsenθi = nacrílicosenθr

4. Com base no resultado gráfico, determine o índice de refração do acrílico, assumindo que o índice
de refração do ar é 1,00.

RESPOSTA:

Ponto xi yi xi2 xi*yi


1
2
3
4
5
6
7
8
9

a = N∑xi*yi - ∑xi∑yi
N∑xi2 - (∑xi) 2

a = nacrilico
nar

5. O raio incidente é desviado quando atinge perpendicularmente a superfície plana da lente? E quando
incide perpendicularmente à superfície curva?

RESPOSTA: Em ambos os casos o raio incidente não é desviado pois o raio retorna na direção do feixe
incidente.

6. Há dificuldades para se medir o ângulo de refração para grandes ângulos de incidência ( θ > 70° ) ?
Por que?

RESPOSTA: Sim pois maior parte do raio incidente é refletido, tornando o raio refratado cada vez mais
claro.

REFLEXÃO INTERNA TOTAL

1. Ocorre reflexão para todo e qualquer ângulo de incidência?

RESPOSTA: Sim, para todos os ângulos.

2. Ocorre refração para todo e qualquer ângulo de incidência?

RESPOSTA: Não, após atingir o ângulo limite (ou crítico) ocorre apenas a reflexão.

3. Para que ângulo de incidência ocorre reflexão interna total?

RESPOSTA: Para ângulos maiores que o ângulo crítico (neste caso 42° + 0,5).

4. Neste caso (para o ângulo crítico), qual é o ângulo de refração?

RESPOSTA: 90°, ele sairá paralelo à superfície (perpendicular à reta normal).


5. Com base nestes resultados calcule o índice de refração do acrílico, expressando-o com a incerteza.

RESPOSTA: θc = (42 + 0,5)°, senθc = sen(42 + 0,5)°

Limite Inferior → sen(41,5)° = 0,662620


Limite Superior → sen(42,5)° = 0,675590207

Δsen(42 + 0,5)° = (LS – LI) = 0,012970207

sen(42 + 0,5)° = sen42° + [Δsen(42 + 0,5)°]/2 = 0,6691306 + 0,0064851035

nacrílicosenθc = narsen90°, como nar = 1 → nacrílico = 1/senθc, substituindo:

nacrílico = (1/0,6691306) + (1/0,6691306)*(0,0064851035/0,6691306)

nacrílico = 1,494476 + 0,01

6. Como a intensidade dos raios refletido e refratado varia com o aumento do ângulo de incidência?

RESPOSTA: O raio refletido aumenta gradativamente de intensidade. O raio refratado diminui de


intensidade até desaparecer, quando é atingido o ângulo crítico.

7. Qual a explicação para a decomposição da luz branca? Com base nos desvios diferentes
apresentados para cada cor, o que se pode concluir com relação ao comportamento óptico do
material?

RESPOSTA:

Você também pode gostar