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ONDULATÓRIA

Prof.: Pedro Fena


1) ONDAS
Imagine que uma pessoa resolva fazer uma brincadeira usando
uma corda. Ela segura a corda por uma extremidade enquanto
a outra extremidade da corda encontra-se presa a uma parede.
Em um dado instante, a pessoa realiza um movimento de sobe
e desce na corda, como ilustrado na figura abaixo.

III) Ondas Mistas

Ocorre quando a onda possui vibrações longitudinais e


transversais simultaneamente.
Uma onda mista pode ser observada quando atiramos uma
pedrinha em um lago calmo. As partículas que da água que
estão na superfície descrevem trajetórias circulares que têm
componentes longitudinais e transversais.
Esse movimento produz uma perturbação que se propaga pela
corda. A essa perturbação damos o nome de pulso. Um pulso
constitui uma onda. Se esse movimento de sobe e desce for
repetido de maneira sequencial, teremos um arranjo de pulsos,
constituindo o que chamamos de trem de onda.
É importante notar que as partes constituintes da corda não são
transportadas pelo pulso. O pulso somente cria a deformação na
corda fazendo com que os pontos apenas sofram essa
deformação durante a passagem do pulso e depois retornam à
posição original. O que é propagado pela corda é apenas a
deformação e a energia.
Concluímos então que: um pulso se propaga sem arrastar o
meio por onde passa. Assim, uma onda propaga energia e não
matéria.
• QUANDO À DIMENSÃO OU DIREÇÃO DE
2) PROPRIEDADES DAS ONDAS PROPAGAÇÃO DA ENERGIA
As ondas são perturbações que transportam energia e
quantidade de movimento de um ponto a outro, sem transportar
matéria entre esses pontos. I) Ondas Unidimensionais

3) CLASSIFICAÇÃO DAS ONDAS Ocorre quando a energia da onda se propaga em uma só


direção.
• QUANTO A DIREÇÃO DE VIBRAÇÃO Exemplo: onda numa corda de um violão.

II) Ondas Bidimensionais


I) Ondas Longitudinais
Ocorre quando a energia da onda se propaga em um plano.
Ocorre quando a direção de vibração e a direção de Exemplo: ondas na superfície da água.
propagação do pulso são paralelas.
III) Ondas Tridimensionais

Ocorre quando a energia da onda se propaga em três


dimensões.
Exemplo: ondas sonoras se propagando no ar.

II) Ondas Transversais


• QUANTO À NATUREZA

Ocorre quando a direção de vibração do pulso é perpendicular


à sua direção de propagação. I) Ondas Mecânicas

Uma onda é dita mecânica quando ela é originada por uma


perturbação em um meio elástico, o qual tende a restabelecer a
deformação, transmitindo a perturbação pelo meio.

1
As ondas mecânicas necessitam de um meio elástico para a 5) ONDAS PERIÓDICAS
propagação, isto implica na não propagação de ondas
mecânicas no vácuo.

II) Ondas Eletromagnéticas

Ondas eletromagnéticas são geradas por cargas elétricas


oscilantes. Uma carga elétrica acelerada emite onda
eletromagnética. Como exemplo temos: ondas de rádio, TV,
raios X, raios γ, radar, ondas luminosas. As ondas
eletromagnéticas podem se propagar no vácuo e em meios
materiais. As ondas eletromagnéticas são ondas transversais.

Uma onda eletromagnética é constituída por um campo elétrico


e um campo magnético, ambos variáveis, perpendiculares entre
si e propagando-se no espaço.
Na figura acima, A é a amplitude da onda e λ é o comprimento
de onda.
Em uma onda, os pontos mais altos são denominados cristas e
os pontos mais baixos vales.
O comportamento dos pontos que correspondem as cristas é
contrário ao comportamento dos pontos correspondentes aos
vales. Dizemos então que, os pontos relativos as cristas oscilam
em oposição de fase aos pontos relativos aos vales.
A distância entre duas cristas ou entre dois vales é o
comprimento de onda.
O comportamento dos campos elétrico e magnético é
semelhante, ambos oscilam com o mesmo período e em OBS: dois pontos distintos (P e P´) de uma onda oscilam em
direções perpendiculares. concordância de fase quando a distância entre eles é igual a
um número inteiro de um comprimento de onda.
4) PERÍODO E FREQUÊNCIA
𝑃𝑃´ = 𝑛. 𝜆 , para 𝑛 = 1,2,3 …
• FREQUÊNCIA (f)
Dois pontos distintos (P e P´) oscilam em oposição de fase
É o número de repetições de um determinado evento que quando a distância entre eles é igual a um número ímpar de
ocorrem por unidade de tempo. semiondas.

𝜆
𝑃𝑃´ = 𝑛. 2, para 𝑛 = 1,3,5,7 …
𝑛º 𝑑𝑒 𝑒𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠
𝑓=
𝛥𝑡
6) VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO
Supondo que a velocidade de propagação da onda seja v, então
Unidade no SI: 1/s ou Hertz (Hz) o comprimento de onda λ é definido como a distância
percorrida pela onda em um intervalo de tempo igual a um
• PERÍODO (T) período.

É o menor intervalo de tempo para que ocorra uma repetição de 𝜆


um determinado evento. 𝑣= 𝑜𝑢 𝑣 = 𝜆. 𝑓
𝑇
Quando substituímos o número de eventos por 1 na fórmula da
frequência, podemos usar o intervalo de tempo Δt como período
e, com isso, chegamos na relação que existe entre frequência e Questão 1. (ENEM 2015): A radiação ultravioleta (UV) é
período. dividida, de acordo com três faixas de frequência, em UV-A,
UV-B e UV-C, conforme a figura.
1
𝑇=
𝑓

Unidade no SI: segundo (s)

2
Para selecionar um filtro solar que apresente absorção máxima b) 0,5.
na faixa UV-B, uma pessoa analisou os espectros de absorção c) 1,0.
da radiação UV de cinco filtros solares: d)1,9.
e) 3,7
Solução:

Questão 3. (ENEM 2012): Em um dia de chuva muito forte,


constatou-se uma goteira sobre o centro de uma piscina coberta,
formando um padrão de ondas circulares. Nessa situação,
observou-se que caíam duas gotas a cada segundo. A distância
entre duas cristas consecutivas era de 25 cm e cada uma delas
Considere: se aproximava da borda da piscina com velocidade de 1,0 m s.
velocidade da luz = 3,0  108 m s e 1nm = 1,0  10−9 m. Após algum tempo a chuva diminuiu e a goteira passou a cair
uma vez por segundo.
O filtro solar que a pessoa deve selecionar é o Com a diminuição da chuva, a distância entre as cristas e a
a) V. velocidade de propagação da onda se tornaram,
b) IV. respectivamente,
c) III. a) maior que 25 cm e maior que 1,0 m s.
d) II. b) maior que 25 cm e igual a 1,0 m s.
e) I. c) menor que 25 cm e menor que 1,0 m s.
Solução:
d) menor que 25 cm e igual a 1,0 m s.
e) igual a 25 cm e igual a 1,0 m s.
Solução:
Questão 2. (ENEM 2013): Uma manifestação comum das
torcidas em estádios de futebol é a ola mexicana. Os
espectadores de uma linha, sem sair do lugar e sem se
deslocarem lateralmente, ficam de pé e se sentam,
sincronizados com os da linha adjacente. O efeito coletivo se
propaga pelos espectadores do estádio, formando uma onda
progressiva, conforme ilustração.

7) PROPAGAÇÃO DE ONDAS EM CORDAS


Considere uma corda flexível e homogênea, onde são
originados pulsos. Desprezando-se as perdas de energia devido
a forças dissipativas, podemos afirmar que o pulso mantém a
mesma forma à medida que se propaga.
É observado que a velocidade de propagação de um pulso é
maior quanto maior for a tração à qual está submetida a corda,
e a velocidade é menor quanto maior for a densidade linear (µ)
da corda.
Calcula-se que a velocidade de propagação dessa “onda
humana” é de 45 km/h, e que cada período de oscilação contém • DENSIDADE LINEAR DE MASSA (µ)
16 pessoas, que se levantam e sentam organizadamente e
distanciadas entre si por 80 cm. É a razão entre a massa por unidade de comprimento

Disponível em: www.ufsm.br. Acesso em: 7 dez. 2012


𝑚
(adaptado). 𝜇=
𝐿
Nessa ola mexicana, a frequência da onda, em hertz, é um valor
mais próximo de
Unidade no SI: kg/m

a) 0,3. • EQUAÇÃO DE TAYLOR

3
Usada para calcular a velocidade de um pulso em uma corda.

𝐹𝑇
𝑣=√
µ

Onde:
v é a velocidade de propagação do pulso;
𝐹𝑇 é o módulo da força de tração;
µ é a densidade linear da corda.

8) REFLEXÃO DE PULSOS
Considere um pulso gerado na extremidade livre de uma corda;
este se propaga em direção à outra extremidade da corda. Se a
extremidade para a qual o pulso se destina estiver presa a um
suporte, ocorrerá o fenômeno da reflexão, ou seja, o pulso Questão 4. (ENEM 2010): As ondas eletromagnéticas, como
inverterá o seu sentido de propagação, voltando com a mesma a luz visível e as ondas de rádio, viajam em linha reta em um
velocidade. meio homogêneo.
Assim, podemos considerar dois tipos de reflexão, dependendo Então, as ondas de rádio emitidas na região litorânea do Brasil
se o suporte ao qual está presa a corda for fixo ou livre. não alcançariam a região amazônica do Brasil por causa da
curvatura da Terra. Entretanto sabemos que é possível
i) SUPORTE FIXO transmitir ondas de rádio entre essas localidades devido à
ionosfera.
Se o suporte for fixo, o pulso chegando a ele, exercerá uma Com ajuda da ionosfera, a transmissão de ondas planas entre o
força para cima, sendo que o suporte, por sua vez, exercerá uma litoral do Brasil e a região amazônica é possível por meio da
força igual e oposta, para baixo, sobre a corda, o que fará com a) reflexão.
que o pulso refletido seja invertido. Dizemos que ocorreu b) refração.
reflexão com a inversão de fase. c) difração.
d) polarização.
e) interferência.
Solução:

9) REFRAÇÃO DE PULSOS
A refração de pulsos em cordas ocorre quando um pulso que se
propaga em uma determinada corda passa a se propagar em
outra corda com diferente densidade linear.
O que irá caracterizar a refração é a mudança no valor da
velocidade de propagação do pulso refratado em relação ao
pulso incidente.
Assim como na óptica geométrica, sempre que ocorrer refração
ocorrerá também a reflexão parcial.

ii) SUPORTE LIVRE i) PULSO SE PROPAGA DA CORDA DE


MENOR DENSIDADE LINEAR PARA A
Se a extremidade da corda estiver presa a um suporte livre, CORDA DE MAIOR DENSIDADE LINEAR.
quando o pulso chegar à extremidade exercerá uma força para
cima na extremidade livre, a qual será acelerada para cima.
Assim, quando a extremidade livre voltar à sua posição
original, dará origem a um pulso com a mesma fase do pulso
incidente. Ocorrerá a reflexão, porém sem inversão de fase.

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No ponto de junção das cordas, o pulso incidente origina o Solução:
pulso refletido e o pulso refratado.
Quando o pulso vai da corda de menor densidade linear para a
corda de maior densidade, o pulso refletido sofre inversão de
fase, enquanto o refratado continua com a mesma fase do pulso Questão 6. (ENEM 2015): Será que uma miragem ajudou a
incidente. afundar o Titanic? O fenômeno ótico conhecido como Fata
Morgana pode fazer com que uma falsa parede de água apareça
µ1 < µ2 => 𝑣1 > 𝑣2 sobre o horizonte molhado. Quando as condições são
favoráveis, a luz refletida pela água fria pode ser desviada por
uma camada incomum de ar quente acima, chegando até o
ii) PULSO SE PROPAGA DA CORDA DE observador, vinda de muitos ângulos diferentes. De acordo com
MAIOR DENSIDADE LINEAR PARA A estudos de pesquisadores da Universidade de San Diego, uma
CORDA DE MENOR DENSIDADE LINEAR. Fata Morgana pode ter obscurecido os icebergs da visão da
tripulação que estava a bordo do
Titanic. Dessa forma, a certa distância, o horizonte verdadeiro
fica encoberto por uma névoa escurecida, que se parece muito
com águas calmas no escuro.

Disponível em: http://apod.nasa.gov. Acesso em: 6 set. 2012


(adaptado).

O fenômeno ótico que, segundo os pesquisadores, provoca a


Fata Morgana é a
a) ressonância.
b) refração.
c) difração.
d) reflexão.
e) difusão.
Solução:

O pulso refratado tem a mesma fase do pulso incidente. Nesse


caso, o pulso refletido também terá a mesma fase do pulso Questão 7. (ENEM PPL 2014): As miragens existem e podem
incidente, pois o ponto de junção das cordas comporta-se como induzir à percepção de que há água onde não existe. Elas são a
uma extremidade móvel. manifestação de um fenômeno óptico que ocorre na atmosfera.

µ1 > µ2 => 𝑣1 < 𝑣2 Disponível em: www.invivo.fiocruz.br. Acesso em: 29 fev.


2012.
Questão 5. (ENEM Libras 2017): No Hemisfério Sul, o
solstício de verão (momento em que os raios solares incidem Esse fenômeno óptico é consequência da
verticalmente sobre quem se encontra sobre o Trópico de a) refração da luz nas camadas de ar próximas do chão quente.
Capricórnio) ocorre no dia 21 ou 23 de dezembro. Nessa data, b) reflexão da luz ao incidir no solo quente.
o dia tem o maior período de presença de luz solar. A figura c) reflexão difusa da luz na superfície rugosa.
mostra a trajetórias da luz solar nas proximidades do planeta d) dispersão da luz nas camadas de ar próximas do chão quente.
Terra quando ocorre o fenômeno ótico que possibilita que o Sol e) difração da luz nas camadas de ar próximas do chão quente.
seja visto por mais tempo pelo observador. Solução:

Questão 8. (ENEM PPL 2013): Devido à sua resistência


mecânica, baixa condutividade térmica e transparência à luz, o
vidro tem sido cada vez mais utilizado na construção civil,
aplicado em portas, janelas e telhados. Sua transparência é
importante porque resulta em uma grande economia da energia
Qual é o fenômeno ótico mostrado na figura? elétrica usada na iluminação interna do ambiente.
Microscopicamente, a transparência ocorre devido à forma com
a) A refração da luz solar ao atravessar camadas de ar com que a luz incidente interage com os elétrons dos átomos que
diferentes densidades. compõem o material vítreo.
b) A polarização da luz solar ao incidir sobre a superfície dos A transparência pode ser explicada, considerando-se que a luz
oceanos. a) é absorvida pelos elétrons e transformada em calor.
c) A reflexão da luz solar nas camadas mais altas da ionosfera. b) é absorvida pelos elétrons e reemitida em todas as direções.
d) A difração da luz solar ao contornar a superfície da Terra. c) não é absorvida pelos elétrons e é espalhada em diversas
e) O espalhamento da luz solar ao atravessa a atmosfera. direções.

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d) não é absorvida pelos elétrons e continua seu caminho em
trajetórias regulares.
e) é absorvida pelos elétrons e reemitida de volta pela mesma
trajetória de onde veio.
Solução:

Questão 9. (ENEM PPL 2012): Em um experimento, coloca-


se glicerina dentro de um tubo de vidro liso. Em seguida, parte
do tubo é colocada em um copo de vidro que contém glicerina
e a parte do tubo imersa fica invisível.
Esse fenômeno ocorre porque a

a) intensidade da luz é praticamente constante no vidro.


b) parcela de luz refletida pelo vidro é praticamente nula.
c) luz que incide no copo não é transmitida para o tubo de vidro. Nessa situação, qual deve ser o índice de refração da lâmina
d) velocidade da luz é a mesma no vidro e na glicerina. para que o feixe refletido seja polarizado?
e) trajetória da luz é alterada quando ela passa da glicerina para a) 3
o vidro. 3
Solução: b)
3
c) 2
1
d)
Questão 10. (ENEM 2012): Alguns povos indígenas ainda 2
preservam suas tradições realizando a pesca com lanças, 3
demonstrando uma notável habilidade. Para fisgar um peixe em e)
2
um lago com águas tranquilas o índio deve mirar abaixo da Solução:
posição em que enxerga o peixe.
Ele deve proceder dessa forma porque os raios de luz
a) refletidos pelo peixe não descrevem uma trajetória retilínea
no interior da água.
b) emitidos pelos olhos do índio desviam sua trajetória quando Questão 12. (ENEM 2014): Uma proposta de dispositivo
passam do ar para a água. capaz de indicar a qualidade da gasolina vendida em postos e,
c) espalhados pelo peixe são refletidos pela superfície da água. consequentemente, evitar fraudes, poderia utilizar o conceito de
d) emitidos pelos olhos do índio são espalhados pela superfície refração luminosa. Nesse sentido, a gasolina não adulterada, na
da água. temperatura ambiente, apresenta razão entre os senos dos raios
e) refletidos pelo peixe desviam sua trajetória quando passam incidente e refratado igual a 1,4. Desse modo, fazendo incidir o
da água para o ar. feixe de luz proveniente do ar com um ângulo fixo e maior que
Solução: zero, qualquer modificação no ângulo do feixe refratado
indicará adulteração no combustível.

Em uma fiscalização rotineira, o teste apresentou o valor de 1,9.


Qual foi o comportamento do raio refratado?
Questão 11. (ENEM PPL 2015): A fotografia feita sob luz a) Mudou de sentido.
polarizada é usada por dermatologistas para diagnósticos. Isso b) Sofreu reflexão total.
permite ver detalhes da superfície da pele que não são visíveis c) Atingiu o valor do ângulo limite.
com o reflexo da luz branca comum. Para se obter luz d) Direcionou-se para a superfície de separação.
polarizada, pode-se utilizar a luz transmitida por um polaroide e) Aproximou-se da normal à superfície de separação.
ou a luz refletida por uma superfície na condição de Brewster, Solução:
como mostra a figura. Nessa situação, o feixe da luz refratada
forma um ângulo de 90 com o feixe da luz refletida, fenômeno
conhecido como Lei de Brewster. Nesse caso, o ângulo da
incidência θp , também chamado de ângulo de polarização, e o
ângulo de refração θr estão em conformidade com a Lei de
Snell.
Questão 13. (ENEM PPL 2013): A banda larga brasileira é
lenta. No Japão já existem redes de fibras ópticas, que permitem
Considere um feixe de luz não polarizada proveniente de um
acessos à internet com velocidade de 1 gigabit por segundo
meio com índice de refração igual a 1, que incide sobre uma
(Gbps), o suficiente para baixar em um minuto, por exemplo,
lâmina e faz um ângulo de refração θr de 30. 80 filmes. No Brasil a maioria das conexões ainda é de 1
megabit por segundo (Mbps), ou seja, menos de um milésimo

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dos acessos mais rápidos do Japão. A fibra óptica é composta se propagam no mesmo sentido e com a mesma velocidade
basicamente de um material dielétrico (sílica ou plástico), das ondas geradas pela fonte principal, nos permitindo
segundo uma estrutura cilíndrica, transparente e flexível. Ela é determinar a nova posição da frente de onda como sendo a
formada de uma região central envolta por uma camada, da superfície que tangencia essas ondas secundárias.
também de material dielétrico, com índice de refração diferente
ao do núcleo. A transmissão em uma fibra óptica acontecerá de 11) DIFRAÇÃO
forma correta se o índice de refração do núcleo, em relação ao
revestimento, for A difração é um fenômeno característico das ondas e pode ser
a) superior e ocorrer difração. definido como a capacidade que as ondas possuem de contornar
b) superior e ocorrer reflexão interna total. obstáculos.
c) inferior e ocorrer reflexão interna parcial. Vamos observar a figura para entender melhor como ocorre a
d) inferior e ocorrer interferência destrutiva. difração.
e) inferior e ocorrer interferência construtiva.
Solução:

10) PRINCÍPIO DE HUYGENS


Antes de estudarmos o Princípio de Huygens, precisamos
entender os conceitos por trás de raio e frente de onda.
Imagine a superfície de um lago tranquilo, sem nenhuma
agitação. Se uma goteira começar a cair no lago, de forma
periódica, teremos a formação de ondas circulares na superfície A difração pode ser explicada pelo Princípio de Huygens. A
desse lago, como mostra a figura: frente de onda atinge as arestas da fenda, as quais passam a ser
fontes secundárias de ondas, garantindo assim a deflexão dos
raios de onda na região após o obstáculo, caracterizando a
difração.
O fenômeno da difração ocorre em determinadas condições;
por exemplo, quando o comprimento de onda tem a mesma
ordem de grandeza do obstáculo ou abertura sobre o qual a onda
incide.
Portanto, para que a difração da luz ocorra, precisamos de
obstáculos ou aberturas muito pequenos.
Para as ondas sonoras, que possuem comprimentos de onda
entre 1,7 cm e 17 m, aproximadamente, a difração pode ocorrer
com mais facilidade.

Questão 14. (ENEM PPL 2014): Ao assistir a uma


apresentação musical, um músico que estava na plateia
percebeu que conseguia ouvir quase perfeitamente o som da
banda, perdendo um pouco de nitidez nas notas mais agudas.
Ele verificou que havia muitas pessoas bem mais altas à sua
Pela figura, percebe-se que existe uma região já perturbada e frente, bloqueando a visão direta do palco e o acesso aos alto-
uma região que ainda não foi perturbada. A separação entre falantes. Sabe-se que a velocidade do som no ar é 340m s e
essas regiões é feita por uma linha de onda, chamada frente de
que a região de frequências das notas emitidas é de,
onda.
aproximadamente, 20Hz a 4000Hz.
Definição: Frente de onda é uma linha (ou superfície) formada
por pontos da onda que estão em concordância de fase e que Qual fenômeno ondulatório é o principal responsável para que
o músico percebesse essa diferenciação do som?
separam a região já perturbada da região não perturbada.
a) Difração.
Raios de Onda: São elementos geométricos (semirretas) que b) Reflexão.
são traçados, a partir da fonte, de forma radial. Em meios c) Refração.
homogêneos e isotrópicos, os raios de onda são perpendiculares d) Atenuação.
às frentes de onda. e) Interferência.
Solução:
OBS: Um meio é chamado isotrópico quando suas Questão 15. (ENEM 2011): Ao diminuir o tamanho de um
propriedades são as mesmas em todas as direções. orifício atravessado por um feixe de luz, passa menos luz por
intervalo de tempo, e próximo da situação de completo
fechamento do orifício, verifica-se que a luz apresenta um
• Princípio de Huygens
comportamento como o ilustrado nas figuras. Sabe-se que o
som, dentro de suas particularidades, também pode se
Dada uma frente de onda, podemos considerar os seus
comportar dessa forma.
pontos como fontes secundárias de ondas, onde estas que

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e) constituídas por pequenos comprimentos de onda que lhes
conferem um alto poder de penetração em materiais de baixa
densidade.
Solução:

12) INTENSIDADE E POTÊNCIA DE UMA ONDA


Como já estudamos, as ondas são perturbações que transportam
energia. A energia associada à uma onda tem origem na fonte
que é responsável por gerar as ondas.
Desprezando-se as perdas de energia, a potência da fonte é
transmitida na formação da onda; assim, sendo uma superfície
de área A atingida perpendicularmente por uma onda de
potência P, a intensidade média da onda na superfície é definida
por:

𝑃
𝐼=
𝐴

Em qual das situações a seguir está representado o fenômeno Questão 17. (ENEM 2009): O progresso da tecnologia
descrito no texto? introduziu diversos artefatos geradores de campos
a) Ao se esconder atrás de um muro, um menino ouve a eletromagnéticos. Uma das mais empregadas invenções nessa
conversa de seus colegas. área são os telefones celulares e smartphones. As tecnologias
b) Ao gritar diante de um desfiladeiro, uma pessoa ouve a de transmissão de celular atualmente em uso no Brasil
repetição do seu próprio grito.
contemplam dois sistemas. O primeiro deles é operado entre as
c) Ao encostar o ouvido no chão, um homem percebe o som de
frequências de 800 MHz e 900 MHz e constitui os chamados
uma locomotiva antes de ouvi-lo pelo ar.
d) Ao ouvir uma ambulância se aproximando, uma pessoa sistemas TDMA/CDMA. Já a tecnologia GSM, ocupa a
percebe o som mais agudo do que quando aquela se afasta. frequência de 1.800 MHz.
e) Ao emitir uma nota musical muito aguda, uma cantora de Considerando que a intensidade de transmissão e o nível de
ópera faz com que uma taça de cristal se despedace. recepção “celular” sejam os mesmos para as tecnologias de
Solução: transmissão TDMA/CDMA ou GSM, se um engenheiro tiver
de escolher entre as duas tecnologias para obter a mesma
cobertura, levando em consideração apenas o número de
antenas em uma região, ele deverá escolher:
Questão 16. (ENEM 2ª Aplicação 2010): Ao contrário dos a) a tecnologia GSM, pois é a que opera com ondas de maior
rádios comuns (AM ou FM), em que uma única antena comprimento de onda.
transmissora é capaz de alcançar toda a cidade, os celulares b) a tecnologia TDMA/CDMA, pois é a que apresenta Efeito
necessitam de várias antenas para cobrir um vasto território. No Doppler mais pronunciado.
caso dos rádios FM, a frequência de transmissão está na faixa c) a tecnologia GSM, pois é a que utiliza ondas que se
dos MHz (ondas de rádio), enquanto, para os celulares, a propagam com maior velocidade.
frequência está na casa dos GHz (micro-ondas). Quando d) qualquer uma das duas, pois as diferenças nas frequências
comparado aos rádios comuns, o alcance de um celular é muito são compensadas pelas diferenças nos comprimentos de
menor. onda.
e) qualquer uma das duas, pois nesse caso as intensidades
Considerando-se as informações do texto, o fator que decaem igualmente da mesma forma, independentemente da
possibilita essa diferença entre propagação das ondas de rádio frequência.
e as de micro-ondas é que as ondas de rádio são Solução:
a) facilmente absorvidas na camada da atmosfera superior
conhecida como ionosfera.
b) capazes de contornar uma diversidade de obstáculos como
árvores, edifícios e pequenas elevações.
c) mais refratadas pela atmosfera terrestre, que apresenta maior 13) INTERFERÊNCIA
índice de refração para as ondas de rádio. O fenômeno da interferência, assim como o da difração, é um
d) menos atenuadas por interferência, pois o número de fenômeno característico do comportamento ondulatório da luz.
aparelhos que utilizam ondas de rádio é menor. Podemos observar a interferência quando duas ou mais ondas
estão superpostas.

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• Princípio da Independência das Ondas

Imagine que duas pessoas estejam segurando as extremidades


opostas de uma corda. Em determinado instante, cada uma
delas produz pulsos que se propagam em sentidos opostos, uns
em direção aos outros. Ocorrerá um instante no qual esses
pulsos estarão superpostos, estarão um interferindo na forma do
outro. No entanto, logo após a interferência, os pulsos
continuarão com suas formas e velocidades inalteradas, como
se nada tivesse acontecido. Esse fenômeno é chamado
independência das ondas.
Quando as ondas se encontram, ou seja, durante a superposição,
a perturbação resultante é igual à soma das perturbações que
seriam causadas por cada uma das ondas, de acordo com o
Princípio da Superposição.

• Caso 1: Interferência Construtiva

Durante a interferência de dois pulsos em fase, um pico maior


que o de qualquer um dos pulsos isolados é produzido e
observa-se que a amplitude aumenta. Esse fenômeno
caracteriza a interferência construtiva.

14) ONDAS ESTACIONÁRIAS


É o fenômeno que ocorre quando ondas idênticas, com a mesma
frequência e mesma amplitude, mas com sentidos de
propagação opostos, sofrem interferência.
Para exemplificar melhor, imagine uma corda com uma das
extremidades presa a um suporte fixo. Ao produzirmos ondas a
partir da oscilação em MHS na outra extremidade da corda, os
pulsos iniciais percorrem a corda, sofrendo reflexão na
extremidade fica. Assim, teremos pulsos em um certo sentido e
no sentido oposto percorrendo a corda, podendo então, surgir
na corda a configuração de uma onda estacionária.

• Caso 2: Interferência Destrutiva Os pontos do tipo V são denominados ventres e são os que
possuem a máxima amplitude de vibração.
Durante a superposição de dois pulsos em oposição de fase, um Os pontos do tipo N são chamados de nós (ou nodos) e
pulso de amplitude menor que a amplitude de pelo menos um possuem amplitude nula de vibração.
dos pulsos isolados é produzido. Esse fenômeno é chamado de
interferência destrutiva. A onda recebe o nome de estacionária pois a posição dos
ventres e dos nós é constante; esses pontos simplesmente
oscilam na vertical, sem que ocorra qualquer deslocamento
horizontal, fazendo parecer com que a onda esteja parada.

Questão 18. (ENEM 2016): Um experimento para comprovar


a natureza ondulatória da radiação de micro-ondas foi realizado
da seguinte forma: anotou-se a frequência de operação de um
forno de micro-ondas e, em seguida, retirou-se sua plataforma
giratória. No seu lugar, colocou-se uma travessa refratária com
uma camada grossa de manteiga. Depois disso, o forno foi
ligado por alguns segundos. Ao se retirar a travessa refratária
do forno, observou-se que havia três pontos de manteiga

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derretida alinhados sobre toda a travessa. Parte da onda
estacionária gerada no interior do forno é ilustrada na figura.

De acordo com a figura, que posições correspondem a dois


pontos consecutivos da manteiga derretida?
a) I e III
b) I e V
c) II e III
d) II e IV
e) II e V
Solução:

• Ponto de Interferência
15) INTERFERÊNCIA EM 2D Na figura abaixo, 𝑃𝐴 é um ponto onde ocorre a interferência
Vamos considerar um caso em que ondas circulares são construtiva e 𝑃𝐵 um ponto onde ocorre interferência destrutiva.
formadas na superfície da água de um lago. As fontes que Considere também os seguimentos 𝑆1 𝑒 𝑆2 que foram traçados
originam nossas ondas são fontes ditas coerentes. partindo das fontes 1 e 2.
Fontes coerentes são fontes que emitem ondas de mesma
frequência e que mantêm uma diferença de fase constante.
No nosso caso, as fontes não possuem diferença de fase. Isso
quer dizer que, quando uma fonte produz uma crista, a outra
fonte também produzirá uma crista.

Interferência construtiva: ocorrerá quando uma crista estiver


𝜆
superposta com outra crista ou quando um vale estiver Lembre-se que, a distância entre uma crista e um vale é de 2.
superposto com outro vale. Portanto, teremos:
Interferência destrutiva: ocorrerá quando uma crista estiver
superposta com um vale. • Caso 1: Fontes em concordância de fase

A figura abaixo mostra o padrão de interferência de duas ondas 𝜆


i) ̅̅̅̅̅1 − ̅̅̅̅̅
Se |𝑃𝐹 𝑃𝐹2 | = 𝑛. 2 , em que n é um número
bidimensionais, em que as linhas cheias representam cristas e
as linhas tracejadas representam vales. par, então ocorrerá em P a interferência
construtiva.

𝜆
ii) ̅̅̅̅̅1 − ̅̅̅̅̅
Se |𝑃𝐹 𝑃𝐹2 | = 𝑛. 2 , em que n é um número
ímpar, então ocorrerá em P a interferência
destrutiva.

10
• Caso 2: Fontes em oposição de fase

𝜆
i) ̅̅̅̅̅1 − ̅̅̅̅̅
Se |𝑃𝐹 𝑃𝐹2 | = 𝑛. 2 , em que n é um número
par, então ocorrerá em P a interferência
destrutiva.

𝜆
ii) ̅̅̅̅̅1 − ̅̅̅̅̅
Se |𝑃𝐹 𝑃𝐹2 | = 𝑛. 2 , em que n é um número
ímpar, então ocorrerá em P a interferência
construtiva.

ATENÇÃO: Nas franjas escuras, a amplitude da onda


16) EXPERIÊNCIA DE YOUNG resultante é nula e a intensidade luminosa é nula.
A teoria ondulatória da luz era defendida na época por alguns Nas franjas claras, a amplitude da onda resultante é igual ao
cientistas, dentre eles Thomas Young que, com base em seu dobro da amplitude de cada onda original. Assim, a intensidade
experimento, conseguiu mostrar que a luz possui será o quádruplo da intensidade de cada onda proveniente das
comportamento ondulatório. fendas.

Procedimento Experimental: Finalmente, Thomas Young conseguiu mostrar através de seu


experimento que a luz apresenta comportamento ondulatório.
a) A experiencia de Young consiste em fazer uma luz Isso ocorre, pois, a explicação do experimento de Young
consiste em dois fenômenos ondulatórios: difração e
monocromática incidir sobre um anteparo que possui
interferência.
uma fenda (A), sendo as dimensões dessa fenda, Dessa maneira, como a explicação do experimento de Young
próprias para a difração luminosa. está baseada em fenômenos que correspondem a ondas,
b) A luz que sofre difração nessa primeira fenda irá podemos concluir que a luz apresenta comportamento
incidir em um outro anteparo (B), que agora possui ondulatório.
duas fenas separadas por uma certa distância. A luz É importante notar também que, a teoria corpuscular era
também sofrerá difração nessas duas fendas, e as incapaz de explicar o fenômeno da difração, o que deu
impulsionou mais ainda a teoria ondulatória da luz.
fendas passarão a funcionar como fontes lineares e
coerentes de ondas. Questão 19. (ENEM 2018): Nos manuais de instalação de
c) As ondas luminosas difratadas pelas duas fendas irão equipamentos de som há o alerta aos usuários para que
interferir na região após o anteparo que possui as duas observem a correta polaridade dos fios ao realizarem as
fendas. conexões das caixas de som. As figuras ilustram o esquema de
Se colocarmos um novo anteparo (C) à frente do conexão das caixas de som de um equipamento de som mono,
anteparo que possui as duas fendas, poderemos notar no qual os alto-falantes emitem as mesmas ondas. No primeiro
caso, a ligação obedece às especificações do fabricante e no
a interferência das ondas luminosas em cima do último
segundo mostra uma ligação na qual a polaridade está invertida.
anteparo.
d) Aparecerão nesse último anteparo franjas claras e
franjas escuras. As franjas claras são resultantes da
interferência construtiva, enquanto as franjas escuras
são resultantes de interferência destrutiva.

A interferência ocorre por causa da diferença de percursos entre


as ondas que saem das duas fendas do segundo anteparo.

A próxima figura exemplificará melhor como funciona o


experimento de Young.
O que ocorre com os alto-falantes E e D se forem conectados
de acordo com o segundo esquema?
a) O alto-falante E funciona normalmente e o D entra em
curto-circuito e não emite som.
b) O alto-falante E emite ondas sonoras com frequências
ligeiramente diferentes do alto-falante D provocando o
fenômeno de batimento.

11
c) O alto-falante E emite ondas sonoras com frequências e
fases diferentes do alto-falante D provocando o fenômeno
conhecido como ruído.
d) O alto-falante E emite ondas sonoras que apresentam um
lapso de tempo em relação às emitidas pelo alto-falante D
provocando o fenômeno de reverberação.
e) O alto-falante E emite ondas sonoras em oposição de fase
às emitidas pelo alto-falante D provocando o fenômeno de
interferência destrutiva nos pontos equidistantes aos alto-
falantes.
Solução:

Questão 20. (ENEM PPL 2018): Alguns modelos mais


modernos de fones de ouvido contam com uma fonte de energia
elétrica para poderem funcionar. Esses novos fones têm um
recurso, denominado “Cancelador de Ruídos Ativo”,
constituído de um circuito eletrônico que gera um sinal sonoro O valor da frequência, em hertz, do som produzido pela fonte
semelhante ao sinal externo de frequência fixa. No entanto, para sonora é
que o cancelamento seja realizado, o sinal sonoro produzido a) 3.200.
pelo circuito precisa apresentar simultaneamente características
b) 1.600.
específicas bem determinadas.
c) 800.
Quais são as características do sinal gerado pelo circuito desse d) 640.
tipo de fone de ouvido? e) 400.
a) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e diferença Solução:
de fase igual a 90 em relação ao sinal externo.
b) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e diferença
de fase igual a 180 em relação ao sinal externo.
c) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e diferença
de fase igual a 45 em relação ao sinal externo.
d) Sinal de amplitude maior, mesma frequência e diferença de
fase igual a 90 em relação ao sinal externo.
e) Sinal com mesma amplitude, mesma frequência e mesma
fase do sinal externo.
Solução:
Questão 22. (ENEM PPL 2017): O debate a respeito da
natureza da luz perdurou por séculos, oscilando entre a teoria
corpuscular e a teoria ondulatória. No início do século XIX,
Thomas Young, com a finalidade de auxiliar na discussão,
Questão 21. (ENEM 2017): O trombone de Quincke é um
realizou o experimento apresentado de forma simplificada na
dispositivo experimental utilizado para demonstrar o fenômeno
figura. Nele, um feixe de luz monocromático passa por dois
da interferência de ondas sonoras. Uma fonte emite ondas
anteparos com fendas muito pequenas. No primeiro anteparo há
sonoras de determinada frequência na entrada do dispositivo.
uma fenda e no segundo, duas fendas. Após passar pelo
Essas ondas se dividem pelos dois caminhos (ADC e AEC) e segundo conjunto de fendas, a luz forma um padrão com franjas
se encontram no ponto C, a saída do dispositivo, onde se claras e escuras.
posiciona um detector. O trajeto ADC pode ser aumentado pelo
deslocamento dessa parte do dispositivo. Com o trajeto ADC
igual ao AEC, capta-se um som muito intenso na saída.
Entretanto, aumentando-se gradativamente o trajeto ADC, até
que ele fique como mostrado na figura, a intensidade do som na
saída fica praticamente nula. Desta forma, conhecida a
velocidade do som no interior do tubo (320 m s), é possível
determinar o valor da frequência do som produzido pela fonte.

12
Com esse experimento, Young forneceu fortes argumentos para
uma interpretação a respeito da natureza da luz, baseada em
uma teoria
a) corpuscular, justificada pelo fato de, no experimento, a luz
sofrer dispersão e refração.
b) corpuscular, justificada pelo fato de, no experimento, a luz
sofrer dispersão e reflexão.
c) ondulatória, justificada pelo fato de, no experimento, a luz
sofrer difração e polarização.
d) ondulatória, justificada pelo fato de, no experimento, a luz
sofrer interferência e reflexão. Questão 24. (ENEM2013): Em viagens de avião, é solicitado
e) ondulatória, justificada pelo fato de, no experimento, a luz aos passageiros o desligamento de todos os aparelhos cujo
sofrer difração e interferência. funcionamento envolva a emissão ou a recepção de ondas
Solução: eletromagnéticas. O procedimento é utilizado para eliminar
fontes de radiação que possam interferir nas comunicações via
rádio dos pilotos com a torre de controle.
A propriedade das ondas emitidas que justifica o procedimento
adotado é o fato de
a) terem fases opostas.
b) serem ambas audíveis.
Questão 23. (ENEM 2015): Certos tipos de superfícies na c) terem intensidades inversas.
natureza podem refletir luz de forma a gerar um efeito de arco- d) serem de mesma amplitude.
íris. Essa característica é conhecida como iridescência e ocorre e) terem frequências próximas.
por causa do fenômeno da interferência de película fina. A Solução:
figura ilustra o esquema de uma fina camada iridescente de óleo
sobre uma poça d’água. Parte do feixe de luz branca incidente
(1) reflete na interface ar/óleo e sofre inversão de fase (2), o que
equivale a uma mudança de meio comprimento de onda. A
parte refratada do feixe (3) incide na interface óleo/água e sofre
reflexão sem inversão de fase (4). O observador indicado 17) POLARIZAÇÃO DE UMA ONDA
enxergará aquela região do filme com coloração equivalente à A polarização de uma onda ocorre quando excluímos um de
do comprimento de onda que sofre interferência seus sentidos de vibração. Para isso, usamos filtros que
completamente construtiva entre os raios (2) e (5), mas essa chamamos de polarizadores.
condição só é possível para uma espessura mínima da película. O polarizador permite apenas a passagem da componente da
Considere que o caminho percorrido em (3) e (4) corresponde onda que possui a direção da fenda.
ao dobro da espessura E da película de óleo. É muito importante notar que, para que uma onda possa ser
polarizada, ela deve ser necessariamente transversal, ou seja, o
sentido de vibração precisa ser perpendicular ao sentido de
propagação da onda.
A polarização de uma onda pode ocorrer na vertical ou na
horizontal, dependendo do tipo de fenda que o filtro polarizador
possua.

• Polarização Vertical

Ocorre, quando o polarizador possui fendas verticais,


permitindo, assim, que apenas o plano de vibração vertical da
onda possa passar pelo filtro.

Expressa em termos do comprimento de onda (λ ), a espessura


mínima é igual a
λ
a) .
4
λ
b) .
2

c) .
4
d) λ.
e) 2λ.
Solução: • Polarização Horizontal

13
Ocorre, quando o polarizador possui fendas horizontais,
permitindo, assim, que apenas o plano de vibração horizontal
da onda possa passar pelo filtro.
18) RESSONÂNCIA
Qualquer sistema físico possui uma ou mais frequências
naturais de vibração. Quando ele é “excitado” por algum agente
externo, agindo no ritmo de uma dessas frequências, surge o
fenômeno da ressonância, ou seja, ele começa a oscilar
gradativamente até atingir uma dessas frequências, onde sua
amplitude é máxima.
Uma criança, num balanço já em movimento, sabe qual é o
momento certo, para que, com o movimento do corpo provoque
um impulso, que faz aumentar a amplitude do movimento,
obtendo assim, a ressonância. Trata-se de ressonância
mecânica.
Ao sintonizar uma emissora de rádio ou TV estamos fazendo
com que nosso aparelho receptor entre em ressonância com a
Na realidade, a polarização de uma onda é o fenômeno que mesma frequência que a das ondas eletromagnéticas da estação
descreve como o campo elétrico da onda eletromagnética se que as emitiu. Trata-se de ressonância eletrônica.
propaga. As vibrações da corda de um violão entram em ressonância com
Utilizamos a polarização da luz de diversas formas, como em o ar contido em sua caixa de madeira “caixa de ressonância”
óculos 3D, telas de LCD, telas de celular, películas insulfilm, que vibra com a mesma frequência das cordas, ampliando o
entre outras. som. Trata-se de ressonância sonora.
Exemplo: óculos com lentes polarizadas
Alguns cantores conseguem quebrar um delicado copo de
Questão 25. (ENEM 2ª Aplicação 2016): Nas rodovias, é cristal, cantando próximo a ele e fazendo com que o copo vibre
comum motoristas terem a visão ofuscada ao receberem a luz cada vez mais e quebre, entrando em ressonância com a voz do
refletida na água empoçada no asfalto. Sabe-se que essa luz cantor.
adquire polarização horizontal. Para solucionar esse problema,
há a possibilidade de o motorista utilizar óculos de lentes
constituídas por filtros polarizadores. As linhas nas lentes dos
óculos representam o eixo de polarização dessas lentes.

Quais são as lentes que solucionam o problema descrito?

a)

A ponte Pênsil, que fica no Estreito de Tacoma nos Estados


Unidos, terminou rompendo-se e desabando por causa do efeito
b) de fortes ventos. A ventania no local fez com que a ponte
começasse a balançar e, a amplitude do balanço começou a
aumentar cada vez mais devido ao efeito da ressonância, até
que a ponte não suportou mais e desabou.

c)

d)

e) Questão 26. (ENEM PPL 2017): Ao sintonizar uma estação


de rádio AM, o ouvinte está selecionando apenas uma dentre as
inúmeras ondas que chegam à antena receptora do aparelho.
Essa seleção acontece em razão da ressonância do circuito
receptor com a onda que se propaga.

Solução:

14
O fenômeno físico abordado no texto é dependente de qual d) ultravioleta.
característica da onda? e) infravermelha.
a) Amplitude. Solução:
b) Polarização.
c) Frequência. Questão 30. (ENEM 2014): Alguns sistemas de segurança
d) Intensidade. incluem detectores de movimento. Nesses sensores, existe uma
e) Velocidade. substância que se polariza na presença de radiação
Solução: eletromagnética de certa região de frequência, gerando uma
tensão que pode ser amplificada e empregada para efeito de
controle. Quando uma pessoa se aproxima do sistema, a
radiação emitida por seu corpo é detectada por esse tipo de
Questão 27. (ENEM 2014): Ao sintonizarmos uma estação de sensor.
rádio ou um canal de TV em um aparelho, estamos alterando
algumas características elétricas de seu circuito receptor. Das WENDLING, M. Sensores. Disponível em:
inúmeras ondas eletromagnéticas que chegam simultaneamente www2.feg.unesp.br. Acesso em: 7 maio 2014 (adaptado).
ao receptor, somente aquelas que oscilam com determinada
frequência resultarão em máxima absorção de energia. A radiação captada por esse detector encontra-se na região de
O fenômeno descrito é a frequência
a) difração. a) da luz visível.
b) refração. b) do ultravioleta.
c) polarização. c) do infravermelho.
d) interferência. d) das micro-ondas.
e) ressonância. e) das ondas longas de rádio.
Solução: Solução:

Questão 28. (ENEM 2012): Nossa pele possui células que Questão 31. (ENEM PPL 2015): Em altos-fornos siderúrgicos,
reagem à incidência de luz ultravioleta e produzem uma as temperaturas acima de 600 C são mensuradas por meio de
substância chamada melanina, responsável pela pigmentação
pirômetros óticos. Esses dispositivos apresentam a vantagem de
da pele. Pensando em se bronzear, uma garota vestiu um
medir a temperatura de um objeto aquecido sem necessidade de
biquíni, acendeu a luz de seu quarto e deitou-se exatamente
contato. Dentro de um pirômetro ótico, um filamento metálico
abaixo da lâmpada incandescente. Após várias horas ela
é aquecido pela passagem de corrente elétrica até que sua cor
percebeu que não conseguiu resultado algum.
seja a mesma que a do objeto aquecido em observação. Nessa
O bronzeamento não ocorreu porque a luz emitida pela lâmpada
condição, a temperatura conhecida do filamento é idêntica à do
incandescente é de
objeto aquecido em observação.
a) baixa intensidade.
b) baixa frequência.
Disponível em: www.if.usp.br. Acesso em: 4 ago. 2012
c) um espectro contínuo.
(adaptado).
d) amplitude inadequada.
e) curto comprimento de onda.
Solução:
A propriedade da radiação eletromagnética avaliada nesse
processo é a
a) amplitude.
b) coerência.
Questão 29. (ENEM PPL 2017):
c) frequência.
d) intensidade.
e) velocidade.
Solução:

Questão 32. (ENEM PPL 2013): Quando a luz branca incide


em uma superfície metálica, são removidos elétrons desse
material. Esse efeito é utilizado no acendimento automático das
luzes nos postes de iluminação, na abertura automática das
portas, no fotômetro fotográfico e em sistemas de alarme.
Esse efeito pode ser usado para fazer a transformação de
A faixa espectral da radiação solar que contribui fortemente
energia
para o efeito mostrado na tirinha é caracterizada como
a) nuclear para cinética.
a) visível.
b) elétrica para radiante.
b) amarela.
c) térmica para química.
c) vermelha.
d) radiante para cinética.

15
e) potencial para cinética.
Solução:

Questão 33. (ENEM 2013): Em um experimento foram


utilizadas duas garrafas PET, uma pintada de branco e a outra
de preto, acopladas cada uma a um termômetro. No ponto
médio da distância entre as garrafas, foi mantida acesa, durante
alguns minutos, uma lâmpada incandescente. Em seguida a
lâmpada foi desligada. Durante o experimento, foram
monitoradas as temperaturas das garrafas: a) enquanto a
lâmpada permaneceu acesa e b) após a lâmpada ser desligada e
atingirem equilíbrio térmico com o ambiente.

20) DIFRAÇÃO DE ONDAS SONORAS


Como já definimos o fenômeno da difração, apenas
utilizaremos os conhecimentos já adquiridos para entendermos
como funciona a difração para ondas sonoras.
Como sabemos, a difração é mais pronunciada quando as
dimensões dos obstáculos e o comprimento de onda têm a
mesma ordem de grandeza.
Vamos supor que a velocidade do som no ar seja de
aproximadamente 340 m/s e, com isso, calcularemos o
A taxa de variação da temperatura da garrafa preta, em intervalo do comprimento de onda que possibilite a onda sonora
comparação à da branca, durante todo experimento, foi dentro da faixa audível sofrer a difração.
a) igual no aquecimento e igual no resfriamento.
b) maior no aquecimento e igual no resfriamento.
c) menor no aquecimento e igual no resfriamento. Pelos valores determinados, podemos perceber que o intervalo
d) maior no aquecimento e menor no resfriamento. do comprimento de onda do som audível tem a mesma ordem
e) maior no aquecimento e maior no resfriamento. de grandeza dos objetos do nosso cotidiano. Por isso a difração
Solução: das ondas sonoras é bem acentuada nas dimensões do nosso
mundo.

21) REFLEXÃO DAS ONDAS SONORAS


19) ACÚSTICA Agora, vamos mostrar algumas peculiaridades que ocorrem
É o ramo da física dedicado ao estudo das ondas sonoras. quando temos a reflexão das ondas sonoras.
Os fenômenos ondulatórios que já estudamos até agora também Quando ondas sonoras refletem, podemos observar três
ocorrem com as ondas sonoras e, nesse momento, dedicaremos fenômenos muito importantes, chamados: reforço,
nossa atenção ao estudo restrito dessas ondas. reverberação e eco.
Antes de iniciarmos nossos estudos, vamos deixar claro as
características principais das ondas sonoras: i) Se após um tempo muito menor que 0,1 segundo,
após a percepção de um som, recebermos outro
i) São ondas mecânicas, ou seja, dependem de um som, não notaremos o intervalo entre os dois sons,
meio material para se propagarem. ou seja, será percebido um único som.
ii) São ondas longitudinais quando se propagam em Quando o intervalo entre a percepção de dois sons
gases ou líquidos, podendo ser transversais ou for muito pequeno, o ouvinte perceberá um som
mistas quando se propagam em sólidos. reforçado.
iii) Ondas sonoras consistem em vibrações do meio ii) Se o intervalo de tempo for menor que 0,1
elástico. As vibrações do meio serão audíveis se segundo, porém não desprezível, ocorrerá o que
tiverem frequência entre 20 Hz e 20.000 Hz, chamamos de reverberação. Na reverberação o
aproximadamente. ouvinte tem a sensação de prolongamento do som.
iii) Se o intervalo de tempo for maior que 0,1
segundo, teremos o que se chama de eco. Nesse
caso, se percebem os dois sons distintamente.
Tem-se a impressão de repetição do som.

Questão 33. (ENEM PPL 2014): O sonar é um equipamento


eletrônico que permite a localização de objetos e a medida de
distâncias no fundo do mar, pela emissão de sinais sônicos e
ultrassônicos e a recepção dos respectivos ecos. O fenômeno do
eco corresponde à reflexão de uma onda sonora por um objeto,

16
a qual volta ao receptor pouco tempo depois de o som ser
emitido. No caso do ser humano, o ouvido é capaz de distinguir • ALTURA DO SOM
sons separados por, no mínimo, 0,1 segundo.
É determinada pela frequência do som. Quanto maior a
Considerando uma condição em que a velocidade do som no ar frequência do som mais alto ele é. Sons de maiores
é 340m s, qual é a distância mínima a que uma pessoa deve frequências são chamados de sons agudos. Por outro lado,
estar de um anteparo refletor para que se possa distinguir o eco quanto menor for a frequência do som mais baixo ele é. Sons
do som emitido? com essa características são chamados de sons graves.
a) 17m
b) 34m • VOLUME DO SOM
c) 68m
É determinado pela intensidade do som. Portanto, sons com
d) 1700m
maior volume são mais intensos e sons com menor volume
e) 3400m são sons menos intensos.
Solução:
Questão 34. (ENEM 2ª Aplicação 2016): As notas musicais
podem ser agrupadas de modo a formar um conjunto. Esse
conjunto pode formar uma escala musical. Dentre as diversas
escalas existentes, a mais difundida é a escala diatônica, que
utiliza as notas denominadas dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. Essas
notas estão organizadas em ordem crescente de alturas, sendo a
nota dó a mais baixa e a nota si a mais alta.

Considerando uma mesma oitava, a nota si é a que tem menor


a) amplitude.
22) INTENSIDADE E NÍVEL DE INTENSIDADE b) frequência.
c) velocidade.
Quando ouvirmos determinado som, podemos classificá-lo em
d) intensidade.
forte ou fraco.
e) comprimento de onda.
A intensidade sonora é a qualidade do som que nos permite
Solução:
avaliar se um som é forte ou é fraco. A relação que já estudamos
anteriormente da intensidade é válida também para as ondas
sonoras. Assim, relembramos que:

𝑃 Questão 35. (ENEM PPL 2013): Visando reduzir a poluição


𝐼= sonora de uma cidade, a Câmara de Vereadores aprovou uma
𝐴
lei que impõe o limite máximo de 40 dB (decibéis) para o nível
Existe um valor mínimo para a intensidade de uma onda sonora sonoro permitido após as 22 horas.
ser audível. Para ondas sonoras com frequências de 1.000 Hz, Ao aprovar a referida lei, os vereadores estão limitando qual
essa intensidade é de, aproximadamente, 10−12 𝑊/𝑚² e característica da onda?
corresponde ao que se chama de limiar de audição. a) A altura da onda sonora.
Enquanto 10−12 𝑊/𝑚² corresponde à mínima intensidade que b) A amplitude da onda sonora.
uma onda deve ter para ser audível, 1 𝑊/𝑚² corresponde ao c) A frequência da onda sonora.
limiar de dor. d) A velocidade da onda sonora.
Através de experimentos realizados, notou-se que, se e) O timbre da onda sonora.
aumentarmos a intensidade da onda em cem vezes, o som Solução:
percebido não será cem vezes mais forte.
Para compensarmos os aumentos na intensidade do som com os
aumentos perceptíveis pelo ouvido humano, definiu-se a
grandeza intensidade auditiva ou nível de intensidade sonora 23) TIMBRE DE UM SOM
(ẞ), dada pela equação:
É a qualidade do som que nos permite distinguir o som de uma
𝐼 mesma nota tocada em instrumentos diferentes.
ẞ = log Quando um instrumento é tocado, o som emitido não é um som
𝐼0
único. Quando uma nota é tocada, há o som fundamental (mais
grave) e alguns de seus harmônicos se superpondo a ele.
Onde:
A intensidade dos harmônicos que acompanham o som
𝐼 é a intensidade do som;
fundamental variará para cada instrumento. Isso é o que
𝐼0 é um nível de referência que é tomado como limiar de
determina o timbre de um som.
audição, ou seja, 𝐼0 = 10−12 𝑊/𝑚²
Questão 36. (ENEM 2015): Ao ouvir uma flauta e um piano
OBS: A unidade de ẞ no SI é denominada bel (B). Entretanto,
emitindo a mesma nota musical, consegue-se diferenciar esses
ẞ é mais expresso em uma unidade menor chamada decibel
1 instrumentos um do outro.
(dB), em que: 1 𝑑𝐵 = 10 𝐵.

17
Essa diferenciação se deve principalmente ao(a)
a) intensidade sonora do som de cada instrumento musical.
b) potência sonora do som emitido pelos diferentes
instrumentos musicais.
c) diferente velocidade de propagação do som emitido por cada
instrumento musical
d) timbre do som, que faz com que os formatos das ondas de
cada instrumento sejam diferentes.
e) altura do som, que possui diferentes frequências para
diferentes instrumentos musicais.
Solução:
Questão 37. (ENEM PPL 2012): Para afinar um violão, um
músico necessita de uma nota para referência, por exemplo, a
nota Lá em um piano. Dessa forma, ele ajusta as cordas do Através de alguns cálculos, podemos relacionar a frequência
violão até que ambos os instrumentos toquem a mesma nota. percebida pelo detector com a frequência original emitida pela
Mesmo ouvindo a mesma nota, é possível diferenciar o som fonte, como mostra a relação:
emitido pelo piano e pelo violão.
𝑣𝑠𝑜𝑚 ± 𝑣𝑜
𝑓𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑓0 . ( )
Essa diferenciação é possível, porque 𝑣𝑠𝑜𝑚 ∓ 𝑣𝑓
a) a ressonância do som emitido pelo piano é maior.
b) a potência do som emitido pelo piano é maior.
c) a intensidade do som emitido por cada instrumento é Onde:
diferente.
d) o timbre do som produzido por cada instrumento é diferente. 𝑓𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = frequência percebida pelo detector;
e) a amplitude do som emitido por cada instrumento é diferente.
Solução: 𝑓0 = frequência original emitida pela fonte;

𝑣𝑠𝑜𝑚 = velocidade do som no meio;

Questão 38. (ENEM 2014): Quando adolescente, as nossas 𝑣𝑜 = velocidade do observador (detector);
tardes, após as aulas, consistiam em tomar às mãos o violão e o
dicionário de acordes de Almir Chediak e desafiar nosso amigo 𝑣𝑓 = velocidade da fonte.
Hamilton a descobrir, apenas ouvindo o acorde, quais notas
eram escolhidas. Sempre perdíamos a aposta, ele possui o Na equação acima:
ouvido absoluto.
O ouvido absoluto é uma característica perceptual de poucos • O sentido positivo (para atribuir sinal às velocidades
indivíduos capazes de identificar notas isoladas sem outras
𝑣𝑜 e 𝑣𝑓 ) é sempre do observador O para a fonte F.
referências, isto é, sem precisar relacioná-las com outras notas
de uma melodia. • A velocidade do som é sempre em módulo (positiva).
• O meio onde a onda se propaga (ar) está em repouso
LENT, R. O cérebro do meu professor de acordeão. Disponível em relação à Terra.
em: http://cienciahoje.uol.com.br. Acesso em: 15 ago. 2012 • A velocidade da fonte é muito menor que a velocidade
(adaptado).
da onda 𝑣𝑓 ≪ 𝑣𝑠𝑜𝑚 ).
No contexto apresentado, a propriedade física das ondas que
permite essa distinção entre as notas é a Os movimentos da fonte e/ou do observador estão na direção
a) frequência. da linha que une o observador e a fonte.
b) intensidade.
c) forma da onda.
d) amplitude da onda. Questão 39. (ENEM 2016): Uma ambulância A em
e) velocidade de propagação. movimento retilíneo e uniforme aproxima-se de um observador
Solução: O, em repouso. A sirene emite um som de frequência constante
fA . O desenho ilustra as frentes de onda do som emitido pela
ambulância.

24) EFEITO DOPPLER O observador possui um detector que consegue registrar, no


esboço de um gráfico, a frequência da onda sonora detectada
O efeito doppler consiste na presença de uma frequência em função do tempo fo (t), antes e depois da passagem da
aparente (para o ouvinte), quando há movimento relativo entre
a fonte sonora e o ouvinte (detector). ambulância por ele.

18
Questão 40. (Enem 2016): O morcego emite pulsos de curta
duração de ondas ultrassônicas, os quais voltam na forma de
ecos após atingirem objetos no ambiente, trazendo informações
a respeito das suas dimensões, suas localizações e dos seus
possíveis movimentos. Isso se dá em razão da sensibilidade do
morcego em detectar o tempo gasto para os ecos voltarem, bem
como das pequenas variações nas frequências e nas
intensidades dos pulsos ultrassônicos. Essas características lhe
permitem caçar pequenas presas mesmo quando estão em
movimento em relação a si. Considere uma situação
unidimensional em que uma mariposa se afasta, em movimento
Qual esboço gráfico representa a frequência fo (t) detectada retilíneo e uniforme, de um morcego em repouso.
pelo observador?
A distância e velocidade da mariposa, na situação descrita,
seriam detectadas pelo sistema de um morcego por quais
alterações nas características dos pulsos ultrassônicos?
a)
a) Intensidade diminuída, o tempo de retorno aumentado e a
frequência percebida diminuída.
b) Intensidade aumentada, o tempo de retorno diminuído e a
frequência percebida diminuída.
c) Intensidade diminuída, o tempo de retorno diminuído e a
frequência percebida aumentada.
d) Intensidade diminuída, o tempo de retorno aumentado e a
b) frequência percebida aumentada.
e) Intensidade aumentada, o tempo de retorno aumentado e a
frequência percebida aumentada.

Solução:

c)

d)

e)

Solução:

Boa Prova!

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